Ano: XIII - Nº: 45 - Abril/2012 INSS dá oportunidade de aposentadoria mesmo sem a contribuição Um dos maiores trabalhos do SINDNAÇÕES, uma verdadeira luta mesmo, foi para que os trabalhadores em embaixadas e organismos internacionais tivessem seus direitos trabalhistas resguardados. Depois de muita briga, conseguimos que a maioria das embaixadas assinasse a Carteira de Trabalho de seus empregados contratados no Brasil. Quem acompanhou a nossa luta, sabe que ela foi grande e a nossa dedicação e empenho salvou a vida de muita gente que finalmente poderá se aposentar. Algumas embaixadas assinaram a Carteira com data retroativa ao tempo de trabalho do empregado e com o devido recolhimento ao INSS do trabalhador. Outras só assinaram, mas não fizeram a contribuição retroativa. São esses que agora terão a grande oportunidade de se aposentarem, mesmo que o empregador não tenha contribuído para o INSS. Para isso, basta apresentar a Carteira de Trabalho com os devidos registros. Mas nossa grande preocupação é com aqueles que não têm suas carteiras assinadas. O Sindicato quer lutar para comprovar o vínculo empregatício para contar tempo para aposentadoria. Nesse sentido, o SINDNAÇÕES fará reuniões junto ao INSS para encontrar o caminho que facilite aos trabalhadores de nossa categoria, e quando estes forem solicitar suas aposentadorias não tenham dificuldades, principalmente os empregados de organismos internacionais que a grande maioria não tem carteira de trabalho assinada. Junte- se a nós e tenha seus direitos garantidos, veja na página 03 matéria da Agência Brasil sobre o assunto. Trabalhadores e trabalhadoras na luta junto com o SINDNAÇÕES Paralisação no Consulado da França em São Paulo por reajuste salarial Funcionários(as) da Embaixada da Costa do Marfim durante assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho Assembléia Geral Extraordinária Dia 13/04 - sexta-feira, às 16h, na sede do SINDNAÇÕES (CONIC) para eleger os delegados(as) que participarão do Congresso da CUT-DF e da Plenária da CONTRAC’S Assembléia Geral Extraordinária Dia 24/04 - terça-feira - às 16h na Sede do Sindicato Pauta: Discutir e deliberar sobre alterações no Estatuto do SINDNAÇÕES página 02 Editorial Raimundo Luis de Oliveira Presidente do SINDNAÇÕES SINDNAÇÕES: uma entidade de luta em defesa dos direitos dos trabalhadores Temos a convicção das muitas conquistas que arrancamos na luta para os funcionários, pois quando o SINDNAÇÕES foi fundado no final de 1997, mais de 80% dos empregados de embaixadas não tinham carteira de trabalho assinada. Com a nossa luta, solitária e muito difícil, conseguimos inverter essa situ- ação: a maioria tem carteira assinada, e, apesar de ainda não estarmos satisfeitos com a situação dos empregados, temos muito o que comemorar. Hoje o empregado pode sonhar com aposentadoria por tempo de serviço, se ficar doente pode solicitar o auxílio doença, ou acidente de trabalho ou até invalidez. Muitos que já ficaram inválidos por motivo de doença ou acidente estão recebendo seus benefícios. Quando o empregado é demitido também recebe sua indenização, se ficar desempregado pode receber o seguro desemprego. Antes da existência do SINDNAÇÕES não tinham direito algum. Quando o trabalhador era contratado por uma embaixada, já sabia que não receberia seus direitos trabalhistas e a maioria ainda fica conformada diante da tão propalada imunidade que as embai- xadas gostavam tanto de jogar na nossa cara, pois não era obrigada a cumprir com as leis trabalhistas. Com isso o nosso primeiro enfrentamento, foi conscientizar os empregados que as embaixadas seriam sim obrigadas a cumprir com os direitos trabalhistas de seus empregados como qualquer outra empresa, mesmo assim têm empregados que ainda acham que as embaixadas não têm obrigação de cumprir com as leis trabalhistas, hoje quem pensa assim é minoria, mas, têm até advogados que pensam dessa forma ainda. Nossa dificuldade ainda é grande, mas nunca perdemos a esperança que um dia todas as embaixadas, consulados e organismos internacionais irão cumprir 100% das leis trabalhistas brasileiras. Auditores Fiscais, cadê vocês? Segundo pesquisa realizada por Antenor Pereira Madruga Filho (A renúncia à imunidade de jurisdição pelo Estado brasileiro e o novo Direito da imunidade de Jurisdição. Rio de Janeiro: Renovar, 203, p. 378), entre 1992 e 2000, o Brasil pagou o montante de US$ 1.155.628,61 em 52 condenações oriundas de ações trabalhistas contra nossas Embaixadas e Consulados. Por outro lado, o Judiciário brasileiro vem igualmente condenando Embaixadas e Consulados estrangeiros que não respeitam a legislação nacional. Parafraseando o Secretário Geral da Presidência do TST, o edifício que abrigava a imunidade ilimitada já ruiu: mas a poeira dispersada ainda dificulta um pouco a visão. Está se firmando, portanto, uma nova consciência: a de que não são absolutos os privilégios destes empregadores. Ainda ouço, de vez em quando, o enorme equívoco de que os locais onde nossa categoria trabalha fazem parte do território estrangeiro. Isso é mentira: os locais consulares e as embaixadas são território nacional, sendo que por causa das Convenções de Viena, respeitamos, por assim dizer, a “privacidade” daqueles locais. Mas essa privacidade (chamada de imunidade) há de ter limites, pois deve servir apenas para que o representante diplomático ou consular cumpra com independência a sua função, dentro do que é lícito, de acordo com nossas leis e com as leis de seus respectivos países. Se descumprirem estas últimas, sofrerão conseqüências administrativas e judiciais estrangeiras, e se descumprirem as nossas leis, deverão sofrer conseqüências judiciais nacionais. Como por exemplo na contratação de trabalhadores locais. E controles administrativos? Nosso executivo nada deve fazer? Será que só o Judiciário é que consegue enxergar melhor nessa poeira? Nosso executivo cadê? De que lado está o MTE? Minha boa-fé quer crer que é apenas uma questão de tempo, que é necessário esperar a poeira baixar para que o Executivo, mesmo sem óculos, enxergue melhor a nova realidade e passe a atuar lado a lado com o Judiciário. Senão, já que inúmeras sentenças brasileiras e internacionais entendem que não há imunidade em relação às questões trabalhistas, por qual motivo nossas SRT’s se recusariam a fazer controles em relação às condições de trabalho nas embaixadas e consulados? Evidentemente tal controle não poderá ser feito como se fosse uma intromissão que acabe por interferir nos trabalhos dessas Representações, em respeito ao art. 22 da Convenção de Viena de 1961, mas deve haver algum controle, em respeito ao Art. 41 da mesma, para verificação do cumprimento da nossa legislação, mesmo que com hora marcada. Conhecemos casos em que não há refrigeração em ambientes de trabalho tórridos, os relógios de ponto são manipulados, não há depósitos de FGTS, etc... e os Auditores Fiscais não podem entrar para verificar tais realidades, nem sequer verificar se há os livros de registros de empregados! Eu já estou cansado de ouvir dos Cônsules: “denuncie-me onde quiser, suas autoridades nada podem contra mim...” Serão os trabalhadores da nossa categoria menos que os outros? Quanto tempo será preciso para que a poeira baixe? Quando nossos Auditores Fiscais começarão a a enxergar melhor a lei, interpretando-a em harmonia com as decisões judiciais? A meu ver seria necessário dar-lhes apenas um pouco mais informação e, aos seus chefes, coragem. Alessandro CB Valério Vice-Presidente do SINDNAÇÕES página 03 Trabalhador que não teve contribuição recolhida poderá se aposentar Segundo o governo, basta que o empregado apresente a Carteira Profissional com a anotação do contrato de trabalho O trabalhador que teve vínculo empregatício, mas não teve as contribuições mensais recolhidas à Previdência Social deve ter o Homo Politicus Há três formas de provocarmos a revolução: - Por meio da revolução armada; - Por meio da revolução de massa; - E por meio da revolução institucional. Primeiro: atualmente se pegarmos em armas para sonharmos a revolução é descabido, desproporcional e irresponsabilidade. A revolução de massa tornou-se inatingível com a fragmentação da estrutura sindical. Restando-nos apenas a revolução institucional. Essa sim, nos proporciona mecanismo de mudança de forma democrática e sistemática. E sabemos que a política não é feita por anjos, mas por homens. Logo, teremos propostas de leis e votações que favo- seu tempo de serviço reconhecido, para efeito de aposentadoria, segundo entendimento do presidente do Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), Manuel Rodrigues. O presidente disse que para o reconhecimento do direito basta que o empregado apresente, quando for se aposentar, a Carteira Profissional, com a anotação do contrato de trabalho, com a data de entrada e de saída do emprego. Outra prova importante que justifica o tempo de serviço do trabalhador para ser beneficiário da Previdência Social é a apresentação da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) que todo ano os empregadores têm que encaminhar ao Ministério do Trabalho e Emprego. Como a Rais só passou a existir a partir de 1976 e os dados são informados pelas delegacias re- gionais do Trabalho e inseridos no Cadastro Nacional de Informações Sociais, quem trabalhou antes disso só terá como prova a Carteira Profissional. Em reunião na semana passada no CNPS, Manuel Dantas destacou que "há uma cultura do trabalhador brasileiro de recorrer à Justiça quando tem qualquer problema com o Instituto Nacional do Seguro Social". Ele disse que a Previdência Social é o foro apropriado para resolver as questões com o INSS. Segundo ele, recorrer ao Judiciário envolve demora nas soluções e alto custo para a União. De todos os precatórios pagos anualmente pelo governo, 85% envolvem ganhos de causa dos trabalhadores contra a Previdência Social. O presidente do CNPS disse que vai lutar para melhorar a estrutura da área de recursos da Previdên- cia, para agilizar a solução para o estoque de recursos que estão em tramitação. "Os trabalhadores pensam logo de saída em ir para a Justiça, porque não estão bem informados sobre as possibilidades de solução, no âmbito administrativo da Previdência Social". Dantas disse que conta com o apoio do ministro Garibaldi Alves Filho para ampliar a estrutura do conselho de recursos. Ele lembrou que existem no país mais de 6 milhões de empregados domésticas que não têm carteira assinada. "Quando chegar a idade de aposentadoria, não terão como provar que trabalharam". Por isso chama a atenção para a importância de as donas de casa assinarem as carteiras de seus empregados domésticas, para que no futuro tenham proteção previdenciária. reçam apenas a casta vip brasileira. E como encontrar o nosso espaço na política brasileira? Primeiramente precisamos entendê-la. Bem, de acordo com dados do DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) no Congresso brasileiro quase 50% dos parlamentares são empresários. E levando em consideração que os parlamentares dividem-se em bancadas, ex.: bancada da saúde, bancada da educação, bancada ruralista, bancada evangélica e etc. E quem de fato ira representar os trabalhadores? Bem, temos a bancada dos trabalhadores, no entanto, fazemos parte dos outros 50%, isto é, somos uma pequena parte dos 50% restante dos parlamentares. Com essa estrutura parlamentar montada no Congresso dificilmente a classe trabalhado- clusão do artigo no próximo ra terá êxito. Então não há solução viá- número e a luta do Sindnavel para os trabalhadores? É ções. Até breve! claro que há! O movimento sinMarcondes R. Silva dical brasileiro esta muito bem Secretario de Administração estruturado para as constantes e Finanças pressões no Congresso a favor dos trabalhadores. Lembrandoos que o Sindnações é filiado à CUT. A maior central sindical brasileira, a maior da America Latina e a quarta maior do mundo. Agora, para que tenhamos a oportunidade de vislumbrar uma mudança em todo o Brasil, é preciso que os eleitores, isto é, nós, passemos a acompanhar a vida parlamentar dos políticos de nosso estado. Acompanhando-os nas comissões em que são membros. E para aqueles que são alérgicos à política, vai a dica de Arnold Joseph Toynbee – 1889-1975 “O maior castigo para quem não gosta de política é ser governado pelos que gostam”. Obs.: Acompanhe a con- Fonte: Agência Brasil página 04 Embaixada do Panamá é condenada por danos morais a ex-empregado. Justiça condena a Embaixada do Panamá a pagar ao ex-empregado DEUSDETE BARBOSA DOS SANTOS, R$ 50 mil reais, por danos morais, além das verbas trabalhistas pleiteadas em rescisão de contrato de trabalho de forma indireta nos termos do artigo 483 da CLT- Consolidação das Leis do Trabalho, julgado em primeira instância e a embaixada recorreu. Mais uma vez perde na Justiça quando entrou com recurso de embargos decla- ratórios, com pretensão de anular a sentença, que penalizou a Embaixada a pagar ao ex. empregado R$ 50 mil reais por danos morais, mais outras verbas rescisórias que somam um valor de mais de R$ 55 mil reais, além da multa do FGTS. Esses valores depositados em conta vinculada ao empregado proveniente do labor de mais de 11 anos de serviço prestado a Embaixada, e agora a Embaixada, além dos R$ 55 mil, foi condenada tam- bém a pagar mais 22% (vinte e dois por cento) sobre o valor da causa por ter sido considerado o embargos declaratório protelatório, ou seja, litigância de má fé. Pode ser checada a veracidade das afirmações no site WWW.trt10.jus.br PROCESSO Nº 399- ANO 2011VARA 14ª Última sentença em 13 de fevereiro de 2012. pela juíza do Trabalho da 10º região, doutora CILENE FERREIRA AMARO SANTOS. Embaixada Americana sofre penhora A penhora ocorreu no dia 03 de março de 2012 no parque dos leilões na cidade do Guará em Brasília DF. Foram leiloados bens móveis como eletrodomésticos da embaixada, e, ao final do leilão, o oficial de justiça apresentou o mandado judicial de penhora dos valores arrecadados com as vendas dos bens. Para maiores informações, consulte o processo n.º 384 Ano 2011 Vara 18° no site www.trt10.jus.br A embaixada americana até que merece passar por isto, pois a mesma não cumpre com as obrigações trabalhistas e previdenciárias, não contribui com o INSS patronal, apenas repassa ao INSS os valores arrecadados dos empregados. Os 20% da parte patronal não são pagos aos cofres da previdência social. A embaixada americana agora passou também até a mandar nas vias públicas de Brasília. Uma pista foi construída entre a embaixada americana e a embaixada de Portugal, e depois de pronta foi fechada pela embaixada. Isto é um absurdo, não podemos nos calar diante de tamanha arrogância, o Brasil precisa ter sua autonomia respeitada. Essa embaixada deve respeitar as leis e os regulamentos do Brasil como determina a Conven- ção de Viena de 1961, como diz o “Artigo 33.1. Salvo o disposto no parágrafo 3º deste artigo, o agente diplomático estará, no tocante aos serviços prestados ao Estado acreditante, isento das disposições sobre seguro social que possam vigorar no Estado acreditado”. 2. A isenção prevista no parágrafo 1º deste artigo aplicar-se-á também aos criados particulares que se acham ao serviço exclusivo do agente diplomático, desde que: a) não sejam nacionais do Estado acreditado nem nele tenham residência permanente; e b) estejam protegidos pelas disposições sobre seguro social vigentes no Estado acreditante ou em terceiro Estado. 3. O agente diplomático que empregue pessoas a quem não se aplique a isenção prevista no parágrafo 2º deste artigo deverá respeitar as obrigações impostas aos patrões pelas disposições sobre seguro social vigentes no Estado acreditado. Artigo 41.1 Sem prejuízo de seus privilégios e imunidades, todas as pessoas que gozem desses privilégios e imunidades deverão respeitar as leis e os regulamentos do Estado acreditado. Tem também o dever de não se imiscuírem nos assuntos internos do referido Estado. Assim entendemos que a embaixada americana tem obrigação de respeitar as leis e os regulamentos do Brasil e também não pode se intrometer nos assuntos internos do nosso país. Convênios UNIP – Universidade Paulista: Endereço: SGAS Q 913 s/n conjunto “B” Asa Sul. Telefone: (61) 3345-9188 SITE: www.unip.br LABORATÓRIOS EXAME MEDICINA DIAGNÓSTICA - TEL: 4004-3883 SITE: www.laboratorioexame.com.br PASTEUR MEDICINA DIAGNÓSTICA TEL: 4004-9669 SITE: www.pasteur-df.com.br BANCOORBRAS – VIAGENS E TURISMO - TEL: 3314-1219 SITE: www.bancorbras.com.br IESB TEL: 3340-3747 SITE: www.iesb.br FACITEC TEL: 3038-9700 SITE: www.facitec.br UNIPLAN – Centro Universitário Planalto:Telefone(s): (61) 3345-9146 e (61) 3345-9131 SITE: www.uniplandf.edu.br Rede de Ensino JK Telefone: 0800-601-8787 Site: www.faculdadejk.com.br Advogados competentes em amplo conhecimento em área trabalhistas e fora da esfera trabalhista. Em breve, novos convênios serão disponibilizados para os associados e seus dependentes. Acompanhe em nosso site. Presidente – Raimundo Luis de Oliveira; Vice-Presidente - Alessandro Carlo Bernardi Valério; Secretário Geral – Krisney Álvares de Sousa; Secretário de Administração e Finanças – Marcondes Rodrigues da Silva; Secretário de Imprensa e Comunicação – Edilson Pereira de Araujo; Secretário de Assuntos Jurídicos e Previdenciários – João Erich Lira Hillebrand; Secretário de Esporte Cultura, Formação Sindical e Qualificação Profissional – Antonio Carlos Ribeiro da Silva; Conselho Fiscal Titular – Helder Fruteira e Silva, Damião Campos da Silva, José Tubertino Idelfonso Conselho Fiscal Suplente – Leon Pakula, Francisco de Paula Cardoso Costa ,João Pereira da Silva Endereço Sindnações: SDS - Ed. Venâncio VI SL/73 - Térreo - CEP.: 70.393- 904 - www.sindnacoes.org.br - e-mail: [email protected] - Fones: (61) 3322-5656 – Fax: (61) 3223-3576