Audiência pública da OAB/Viçosa Faleceu Zé Curto debate morosidade da justiça Quinta-feira - 24 de abril de 2014 - O objetivo do evento “consiste na busca de diagnóstico e avaliação da prestação jurisdicional em todas as subseções da OAB/MG A Subseção de Viçosa da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Minas Gerais, realizou na última terça-feira, 22, às 19 horas, no Salão do Júri da Comarca de Viçosa-MG, a “Primeira Audiência Pública do Fórum Mineiro de Prestação Jurisdicional”. O objetivo do evento “consiste na busca de diagnóstico e avaliação da prestação jurisdicional em todas as subseções da OAB/MG, defendendo os interesses da advocacia mineira”. Foram convidados a participar, além dos advogados, magistrados, promotores, defensores públicos, procuradores públicos e sociedade civil, oportunidade em que todos poderão discutir os entraves e as propostas à adequada e eficiente prestação jurisdicional em Minas Gerais. Desse evento sairá um consolidado de propostas que será remetido à conferência estadual, a ser realizada brevemente na capital mineira, para continuidade das discussões e apontamento das causas do entrave da prestação de serviço da justiço ao cidadão e as soluções apontadas para sua solução em todo o Estado. Pesquisa realizada e publicada recentemente pelo “Jornal do Advogado” pinta um quadro catastrófico da prestação jurisdicional em Minas Gerais. Nele, é enfatizado que “estudo realizado pela OAB/ MG aponta urgência da necessidade de investimentos no sistema da Justiça na maior parte do Estado. A pesquisa ouviu 204 subseções em todo o Estado e apurou que 88,8% delas acham que o número de juízes e varas é insuficiente no Estado; 55,6% aponta a morosidade como um dos principais problemas da justiça na atual conjuntura; 44,4% citam a falta de infraestrutura como a maior barreira enfrentada pelo Estado e 97,7% acreditam que o número de servidores em atividade nas varas e cartórios é insuficiente. FALTA DE COMPROMETIMENTO A atual presidente da OAB Viçosa, Vanja Aguiar Albino, acha que falta interesse das autoridades políticas com a causa da melhoria da prestação da justiça nas comarcas. "Falta de comprometimento e interesse do governo, para com a justiça. A desculpa é sempre a mesma: falta verba. É triste, mas é a realidade”, resume a advogada. Ciando a comarca de Viçosa coimo exemplo, a dirigente lembra que a justiça luta nas comarcas com a faltam de juízes e de melhor estrutura de funcionamento, como melhor aparelhamento e adequação dos quadros funcionais, por exemplo. Para a presidente da OAB local, essa iniciativa da Ordem mineira é importante e poderá colher bons frutos. “Agora é aguardar o resultados das audiências públicas que a OAB irá fazer por todo o estado de Minas Gerais”, conclui. DEMORA VERGONHOSA Já o ex-presidente da OAB Viçosa, Leonardo Pereira Rezende, lembrou que a audiência pública realizada pela OAB/MG em todas as suas 214 subseções do Estado, tem por objetivo fazer um amplo diagnóstico do Poder Judiciário em Minas Gerais. Para ele, a razoável duração do processo é hoje uma regra constitucional muito embora não esteja sendo seguida pelo Poder Judiciário por uma série de fatores. “Em Viçosa temos exemplos de uma justiça célere como a primeira instância do Juizado Especial Estadual e da justiça federal. No entanto, nestes dois casos, a demora no julgamento da segunda instância chega a ser vergonhosa. Hoje, no Tribunal Regional Federal da 1ª Região em Brasília, um processo demora de 2 a 6 anos para ser julgado. Não podemos aceitar esta demora excessiva. A solução, a meu ver, para uma maior celeridade do Poder Judiciário passa por vários fatores como contratação de mais servidores, capacitação destes, compromisso do Juiz para com a celeridade, mudança da postura de algumas partes litigantes, como por exemplo, as grandes empresas ligadas ao consumo de massa e, por fim, construção coletiva de um pacto pela celeridade, incluindo aqui a magistratura, servidores, advogados e promotores da comarca”, frisou o ex-presidente da OAB/Viçosa. JUIZ DR. OMAR: “PIOR NÃO PODERIA ESTAR”. Em recente entrevista ao jornal “Tá na Cara”, que abordou diversos assuntos, respondendo à pergunta: “E o judiciário, de um modo geral, como anda”? o juiz de Direito Omar Gilson de Moura Luz, que responde pelas varas Criminal e da Infância e da Juventude na comarca de Viçosa, disse: “Pior não poderia estar. O grande problema do judiciário brasileiro é a vaidade. Não há necessidade dessa enormidade de tribunais e instâncias. Cada estado da federação deveria ter apenas um tribunal e Brasília apenas um. Sejam os estaduais compostos de quatrocentos desembargadores (ou ministros – se a imodéstia chamar a alcunha) requisitados entre juízes federais, estaduais, do trabalho e dos tribunais regionais federais. Teríamos, então, em cada tribunal estadual, julgadores versados em todas as matérias do direito, com distribuição deles em câmaras especializadas. Seria mister a extinção dos Tribunais Regionais do Trabalho, dos Tribunais Regionais Eleitorais, dos Regionais Federais e do Superior Tribunal de Justiça. Os membros do último integrariam o Supremo, que teria o número de cadeiras quadruplicado; os demais integrariam os tribunais estaduais, que julgariam em última instância; ou seja, as decisões que tomassem não seriam recorríveis, ressalvados os embargos de declaração, os infringentes e o recursos extraordinários, este último se flagrada violação à Constituição da República. O Supremo reexaminaria também – visto aumentado o número de seus ministros – todas as causas eleitorais julgadas pelos juízes eleitorais e pelos tribunais estaduais. O Judiciário funcionaria como ocorre hoje com as turmas recursais que reexaminariam, em grau de recurso, as sentenças proferidas pelos juízes dos juizados especiais cíveis e criminais. Confirmada ou reformada a sentença, esgotado estará o julgamento, salvo expressa violação ao texto da CR. O modelo evitaria a perpetuação das demandas e afugentaria a chicana e o calote. Teríamos um judiciário lépido e, portanto, respeitado. Mas não o querem assim. Lutam contra ele os próprios juízes de segunda, o governo, em geral, e os políticos. Para eles, quanto mais morosa a justiça, melhores as chances das procrastinações, dos esquecimentos e do prolongamento do estranho jogo das influências. Para finalizar, o Conselho Nacional de Justiça é frustrante. Ele mais atrapalha que ajuda. Ao invés de detectar os cancros e dar-lhes unguentos, criou a cultura da estatística e dos formulários, que atravancam os serviços das secretarias judiciais e tomam expressivo tempo dos juízes. O Conselho, em sua forma atual, pouco contribui para a melhoria do Judiciário. Seu único mérito tem sido puxar as orelhas dos desembargadores, ministros e juízes, e muitos, veja bem, muitos merecerem”. A comunidade viçosense perdeu, por falecimento, aos 83 anos de idade, na quinta-feira última, 17, um de seus mais benquistos cidadãos: José Mendes (Zé Curto). Filho de José Mendes de Paula e Benvinda Isolina Mendes, era viúvo de Maria Helena Mendes e deixa os filhos José, Maria Palmira, Vanilda Aparecida e Vaneuza Aparecida. Os outros filhos, Carlos Antônio (Dunga) e Helena já faleceram. Deixa os irmãos Eva (Tita), Neuza, Antônio (Tony) e Jandir. Nilda, a outra irmã, já é falecida. Auxiliar de serviços agropecuários, Zé Curto era aposentado pela Universidade Federal de Viçosa. Seu velório foi no salão da Liga Operária Viçosense, entidade que presidiu na década de 1970 e da - 10 qual foi um dos mais ativos sócios, durante décadas. Ao seu sepultamento, no Cemitério Colina da Saudade, na tarde da na sexta-feira, com o acompanhamento de uma multidão de amigos e admiradores que foram lhe prestar as últimas homenagens. FUNDAÇÃO ARTHUR BERNARDES FUNARBE AVISO DE HOMOLOGAÇÃO E ADJUDICAÇÃO PREGÃO ELETRÔNICO A Fundação Arthur Bernardes, inscrita no CNPJ 20.320.503/0001-51, torna público a Homologação do Pregão Eletrônico nº 13/2014, processo 675/2014, Licitação BB nº 528801. Objeto: Contratação de empresas especializadas para a execução de serviços de gestão ambiental e execução de programas ambientais necessários à realização das obras de implantação e pavimentação da BR235/BA, nos trechos DIV. SE/BA e DIV. BA/ PE, com extensão total de 283,3 km. Adjudicada: GRP Comunicação Consultoria e Representação Ltda., inscrita no CNPJ 08.472.828/0001-54, no valor de R$3.251.504,65 (três milhões, duzentos e cinquenta e um mil, quinhentos e quatro reais e sessenta e cinco centavos). Convênio: 9295 – Funarbe/UFV/Gestão Ambiental BR-235 Data da Homologação: 16-4-2014 Níkolas Frederico Rodrigues Campos Pregoeiro. AVISO DE CHAMADA PÚBLICA O MUNICÍPIO DE TEIXEIRAS/MG torna público a Chamada Publica - Processo n.º 018/2014, objeto: seleção de empresa do ramo da construção civil, para apresentação de proposta para produção de 19 (dezenove) habitações de interesse social no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida (Lei Federal n.º 11.977/09) operado pela Caixa Econômica Federal (CEF). Entrega do envelopes até as 14:00 horas do dia 20 de maio de 2014. Telefone (31) 3895 1066. Francisco Márcio da Silva Teixeira – Prefeito Municipal. AVISO DE LICITAÇÃO O Município de Teixeiras torna público a republicação do Edital de Pregão Presencial 10/2014, aquisição de pneus, retificando o edital e prorrogando data de realização do mesmo para o dia 14 de maio de 2014 as 14 horas. Teixeiras, 22 de abril de 2014.