Advisor Análises independentes de tendências tecnológicas para profissionais de TIC SDN Como o novo universo trazido pelas redes definidas por software irá impactar os negócios Foco Conectividade Tecnologia Redes, aplicações Setor Operadoras, data centers, poder público e grandes corporações Geografia Global Advisor Redes definidas por software (SDN) 2 Outubro, 2013 Sumário Introdução 3 Conceito 4 Benefícios do SDN 6 Roadmap de adoção 8 Oportunidades e desafios 11 Conclusão 13 Advisor Redes definidas por software (SDN) 3 Introdução IoT Mobilidade Social Cloud Big data Rede O mercado de telecomunicações e tecnologia da informação está passando por um momento de grande transformação. O crescimento explosivo do uso de dispositivos móveis e das redes sociais, a adoção cada vez mais frequente de computação em nuvem e, em um futuro próximo, o uso massivo de sensores inteligentes nos mais variados dispositivos, conectando praticamente qualquer coisa à rede (criando a chamada "Internet das Coisas" ou IoT, do inglês "Internet of Things"), têm proporcionado novas oportunidades de negócios, mas ao mesmo tempo, têm trazido enormes desafios aos profissionais do setor. Entre os principais desafios está a modernização das redes de telecomunicações, cuja arquitetura atual é essencialmente baseada em conceitos que nasceram na década de 1950. A partir daí, diversos protocolos e componentes foram adicionados de acordo com as necessidades que surgiram ao longo do tempo. Apesar de atender às necessidades atuais, a situação tornou-se bastante complexa, e de certa forma, pouco flexível para continuar a evoluir na velocidade do surgimento de novas aplicações que imaginamos para o futuro próximo. Em outras palavras, apesar da arquitetura de redes atual ser bastante robusta, ela aparentemente não é escalável o suficiente para as necessidades deste novo cenário que se aproxima rapidamente. Como resposta a esse desafio, diversos players do setor, como fabricantes, pesquisadores e entidades de padronização, começaram a trabalhar em uma nova arquitetura de redes, baseada em padrões abertos, significativamente menos complexa, mais flexível, mais eficiente e potencialmente mais barata. O resultado desse trabalho é o que vem sendo chamado de redes definidas por software ou, na sigla em inglês, SDN (software defined networks). Advisor Redes definidas por software (SDN) 4 De acordo com o conceito original, SDN é uma arquitetura que prevê a separação entre os planos de controle e o plano de dados nas redes de comunicação Conceito A principal mudança trazida pela nova arquitetura é uma alteração na camada da rede em que se dá o controle do tráfego. De acordo com o conceito original, SDN prevê a separação entre os planos de controle (a inteligência de um elemento de rede, por exemplo, o software responsável por definir os processos de roteamento, política de segurança, engenharia de tráfego) e o plano de dados (responsável por fazer o encaminhamento dos pacotes, ou seja, a forwarding information base). Enquanto na arquitetura tradicional os controles estão no nível dos elementos de rede – e, portanto, baseados em sistemas proprietários desenvolvidos pelos fabricantes de equipamentos –, o novo conceito pulveriza a inteligência, que passa a estar distribuida entre o hardware e a camada de software, , separando os planos de controle e de dados. Assim, os elementos de rede passam a ser responsáveis apenas pelo encaminhamento físico dos pacotes, enquanto todo o controle do roteamento por meio de software, em uma camada superior. Como resultado, espera-se redes menos complexas e ao mesmo tempo mais flexíveis, cujas políticas de tráfego podem ser redefinidas rapidamente conforme surgem as demandas de negócios, na camada de controle, sem a necessidade de configuração de cada switch e roteador individualmente. Torna-se possível, também, a interação dos aplicativos Advisor Redes definidas por software (SDN) 5 Arquitetura de SDN (software defined network) Camada de aplicações Aplicações de negócios API Camada de controle SDN Software de controle switch API* Serviços de conectividade Interface de controle Camada de infraestrutura Fonte: PromonLogicalis API roteador firewall acess point * API (application programming interface) - Interface de programação de aplicativos com os elementos de rede, permitindo que o comportamento da infraestrutura defina-se automaticamente com base na aplicação, trazendo para o mundo de networking conceitos que a virtualização levou há alguns anos aos data centers. Cria-se, portanto, o conceito de redes programáveis. A partir dessa arquitetura, os elementos de rede (roteadores, switches, firewall, etc.) passam a ter APIs (application programming interface) no seu sistema operacional que criarão a possibilidade de que aplicações não desenvolvidas pelos fabricantes do hardware interajam com o plano de controle do sistema, tomando decisões de engenharia de tráfego baseadas em padrões não usuais, como temperatura, custo do link, consumo de energia, entre outros. Números do IDC apontam que o mercado de SDN movimenta, hoje, aproximadamente US$ 360 milhões em todo o mundo. A expectativa, porém, é de que este montante passará para cerca de US$ 3,7 bilhões em 2016, sendo 58% desse investimento relacionado à infraestrutura e controle da rede de dados. Não é à toa que todos os principais fornecedores de infraestrutura de TIC já estejam desenhando suas estratégias e se posicionando nesse novo cenário. Além dos grandes players, o momento incipiente do mercado vem atraindo também diversas startups interessadas em aproveitar a nova tendência. OpenFlow x Open DayLight Um dos alicerces do conceito de SDN é o protocolo OpenFlow, proposto por membros de diversas universidades, como Stanford, Berkeley e MIT, como uma linguagem aberta e universal para a “comunicação” entre elementos de rede, a partir da criação de tabelas de fluxo dinâmicas. Atualmente, muitos equipamentos são compatíveis com o OpenFlow, popularizando o protocolo e viabilizando a expansão das redes definidas por software. Como alternativa ao OpenFlow, diversos fabricantes criaram, em 2013, uma associação chamada Open DayLight. Mantida pela Linux Foundation, trata-se de um projeto colaborativo cuja ambição é criar um controlador de rede (elemento na camada de controle) padronizado, evitando assim a fragmentação dos protocolos e softwares de redes, uma das principais preocupações quando se fala em redes abertas e programáveis. Advisor Redes definidas por software (SDN) 6 O "middleware" humano das redes legadas não é escalável Uso intensivo de tempo e recursos não se encaixa na realidade cloud 10.000 provisionamentos por dia 20 comandos por mudança 50.000 usuários X 200.000 comandos por dia 1 minuto por comando 3.333 horas de esforço X e 420 administradores de rede Fonte: HP Benefícios do SDN Redução da complexidade Um dos principais problemas da arquitetura de redes tradicional é a complexidade, gerada principalmente pela necessidade de “empilhamento” de protocolos criados para atender a diversas demandas. Assim, para cada alteração na infraestrutura são necessárias configurações em diversos níveis, em cada elemento. Com o software defined networking, torna-se possível substituir alguns protocolos que operam de forma "empilhada" por regras customizadas e mais eficientes de roteamento de pacotes. Além disso, o SDN torna possível o desenvolvimento de ferramentas que automatizam muitas atividades de gestão da rede que hoje têm de ser realizadas manualmente. Com isso, a complexidade da rede é reduzida significativamente, possibilitando a redução de mão de obra ao mesmo tempo em que diminui a instabilidade (causada por erros de configuração) e permite modelos de provisionamento muito mais ágeis. Com uma infraestrutura mais simples, não é difícil prever a equação que leva à redução dos gastos com mão de obra especializada: além de ser preciso um menor número de profissionais, o nível de especialização também é reduzido com a independência em relação aos grandes fornecedores. Nos data centers, essa redução reflete diretamente nos custos de interface, permitindo a adoção de velocidades maiores no acesso, como 40G ethernet. Velocidades assim permitem a redução na quantidade de interfaces, o que resulta em redução dos custos com cabeamento e OPEX. Controle centralizado e mais granular Ao mesmo tempo em que, por um lado, o SDN garante o controle centralizado da infraestrutura (permitindo gerenciar múltiplos dispositivos, de diferentes fornecedores, a partir de um ponto central), também possibilita a aplicação de políticas em um nível extremamente granular. A combinação das duas características garantem a agilidade e a flexibilidade das redes baseadas na nova arquitetura. Outro benefício do SDN é a possibilidade de se combinar infraestruturas hoje independentes, transformando-as em uma rede única. Com isso, muitas empresas que hoje enfrentam problemas com infraestrutura dividida em silos conseguem aproveitar melhor os recursos disponíveis. Advisor Redes definidas por software (SDN) 7 Inovações-chave no SDN: programabilidade no nível da aplicação e virtualização 1 Separação dos planos de dados e de controle Comportamento determinístico, desempenho previsível, convergência rapida 2 Plano de dados orientado a fluxo Planejamento simplificado, otimização global, análises offline 3 Controle e gerenciamento centralizados Multi-tenancy e compartilhamento de infraestrutura 4 Virtualização e abstração de hardware Mobilidade e melhor performance 5 Redes programáveis Networking direcionado à aplicação Fonte: ADVA Melhor experiência no uso de aplicações Uma das características mais festejadas por seus defensores é a rápida resposta das redes baseadas em software às demandas de negócios. Com configuração mais simples e controle centralizado, os administradores de rede conseguem adequar a infraestrutura conforme a necessidade do usuário final. A virtualização do ambiente de rede permite ainda a definição de políticas de tráfego – escaláveis e flexíveis – baseadas na aplicação. A ideia principal é permitir que alterações nas aplicações ou novos deployments reflitam diretamente na camada de rede. Com isso, a rede passa a se comportar de forma mais otimizada às aplicações, o que resulta em uma melhor experiência para os usuários. Disponibilidade, confiabilidade e segurança Graças à sua capacidade de definição de políticas e regras específicas, em um nível bastante granular, as arquiteturas SDN podem garantir maior disponibilidade, confiabilidade e segurança do ambiente, já que ela elimina a necessidade de configuração manual e individual a cada adição ou mudança de elementos de rede, reduzindo o risco de falhas e consequentes indisponibilidades. Advisor Redes definidas por software (SDN) 8 Roadmap de adoção a. Data center Existe uma crescente percepção no mercado que um dos ambientes que mais se beneficiarão do SDN são os data centers. Com estruturas de processamento e armazenamento virtualizados, a necessidade de mudanças na forma como as redes de data centers são administradas e estruturadas torna-se premente. Em comparação com os sistemas de gerência hoje disponíveis para os ambientes virtualizados de processamento e armazenamento, as interfaces de gerenciamento podem ser ser consideradas menos evoluídas, e é comum o uso de scripts e execução de comandos manuais diretamente nos equipamentos. Neste cenário, os sistemas e a camada de rede não conseguem acompanhar de forma automática as mudanças dinâmicas e movimentações de carga de trabalho que acontecem nas camadas de processamento, armazenamento e aplicações. Desta forma, são os data centers – e, em especial, aqueles que processam enormes volumes de dados, como Google e Amazon, os chamados MSDC (Massively Scalable Data Centers) – os primeiros a adotar a nova arquitetura. A principal razão para tanto é o fato de que a computação em nuvem é uma das aplicações mais impactadas positivamente pelo conceito (ver box na página 11). Diferente do mundo cliente-servidor, em que a comunicação acontece entre dois pontos, no mundo cloud as aplicações precisam acessar múltiplos bancos de dados e servidores, gerando tráfego em múltiplos sentidos e ampliando a complexidade do ambiente – situação mitigada pelo SDN. A necessidade de se criar esses ambientes multitenant escaláveis fez surgirem implementações conhecidas como virtual overlay networks, baseadas em protocolos como VxLAN e STT, que criam segmentos virtuais (overlays) em cima da rede física (chamada por alguns de underlay network). Além de aumentar a escalabilidade, essas implementações visam a integrar ou dar visibilidade entre a rede física e as redes criadas pelos servidores virtuais, permitindo a movimentação entre redes físicas distintas – funções cumpridas com mais simplicidade no SDN. O avanço da computação em nuvem nos data centers corporativos – com as chamadas nuvens privadas – somado à novas arquiteturas de informação (big data) e a disseminação do BYOD (e a consequente necessidade de se oferecer acesso a aplicações e dados corporativos de qualquer lugar e por meio de qualquer dispositivo) vêm alterando os padrões de tráfego também dentro das empresas, fazendo com que os data centers corporativos Advisor Redes definidas por software (SDN) 9 Top 5 localizações para adotar SDN e NFV até 2014 Dentro do data center Entre data centers Operações e gerenciamento Redes de distribuição de conteudo (CDNs) Cloud services 0% 20% 40% 60% Porcentagem de operadoras que planejam adotar até 2014 Fonte: Infonetics Research logo sejam também impactados pelo SDN. É esse o perfil de ambiente visado pelos fornecedores com as chamadas soluções de software-defined data centers (SDDC), as quais incluem processamento, armazenamento e redes virtualizados. Sobre as rede virtualizadas, é importante ressaltar que, diferentemente do que acontece com os servidores, ela não significa necessariamente aumento da capacidade ou otimização do uso da rede, mas melhor gestão dos ambientes devido à visibilidade e integração das redes criadas pelos servidores virtuais. Em resumo, em muitos casos, a estrutura atual das redes de data center não permite o crescimento na velocidade exigida pelas demais camadas (servidores, storage) e pela explosão no número de aplicações e projetos de computação em nuvem, o que abre o caminho para o desenvolvimento das SDNs nesse ambiente. É preciso ter em mente, entretanto, que nem sempre as redes definidas por software farão sentido. Empresas em que a arquitetura de TI mantém o modelo tradicional, onde o impacto de temas como computação em nuvem, big data e BYOD ainda é baixo, não teriam ganhos diretos neste momento com a adoção de SDN. Em termos técnicos, as soluções de SDN para data center dividem-se em três grupos: SDN standard: são as soluções que apresentarão as funcionalidades mais básicas de SDN, geralmente serão baseadas em switches simples de data center (white boxes) com conexão com plataformas básicas (geralmente open source), como Openflow. Serão usadas principalmente pelos data centers de grande capacidade (MSDC). SDN como virtualização da rede: estas soluções farão parte do que o mercado passou a chamar de software defined data center. Neste caso, a solução de SDN terá visibilidade desde a camada de rede até a camada dos servidores virtuais. SDN como elemento de integração entre redes e aplicações: estas soluções podem ser consideradas como uma evolução do modelo de SDN, já que se utilizam da mesma arquitetura porém com uma amplitude de visibilidade que vai dos servidores físicos à camada de aplicações. Advisor Redes definidas por software (SDN) 10 A adoção da nova arquitetura de redes baseada em SDN abrirá novos horizontes para o desenvolvimento de aplicações que envolvam conectividade b. Redes públicas Fora do data center, as redes definidas por software devem fazer mais sentido, ao menos inicialmente, para provedores de serviços, redes de missão crítica, empresas com demandas altamente variáveis sazonalmente e grandes corporações com distribuição geográfica esparsas. Provedores de serviços e corporações com variação sazonal da demanda (como grandes varejistas, por exemplo) tendem a se beneficiar do SDN devido à simplicidade e à rapidez com que se consegue alterar as rotas de encaminhamento de pacotes e a arquitetura da rede em um ambiente virtualizado. Por sua vez, corporações com escritórios e filiais distribuídos geograficamente têm, no controle centralizado do ambiente, a principal vantagem da nova arquitetura. Há, entretanto, um novo mundo que se desenha e que passa a depender de uma série de características que trazem complexidade às redes atuais e que são nativas no SDN. As redes de missão crítica (especialmente as redes de automação) dependem de disponibilidade, agilidade, flexibilidade e segurança – características das redes definidas por software. A evolução desse ambiente são as chamadas “redes de sensores” e/ou “redes de comunicação entre máquinas (M2M)”, que darão origem à Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês). Nesse novo ambiente, em que a latência das redes deve ser a menor possível, em que a disponibilidade deve ser próxima de 100% e em que os sistemas de segurança não podem interferir na operações normal, a migração para as redes definidas por software parece ser um caminho natural. Dando um passo além e imaginando um mundo em que os recursos computacionais das “coisas” conectadas à internet (TVs, carros, geladeiras, medidores, semáforos, etc..) possam ser combinados de forma a criar uma verdadeira rede de objetos com capacidade de processamento (usados para fins diversos), as redes definidas por software tornam-se ainda mais relevantes, já que a configuração terá de ser ainda mais simples e dinâmica. Advisor Redes definidas por software (SDN) 11 Aplicações Cloud computing Diferente do mundo cliente-servidor, em que a comunicação a comunicação é bidirecional, no mundo cloud as aplicações precisam acessar múltiplos bancos de dados e servidores, gerando tráfego em múltiplos sentidos e ampliando a complexidade do ambiente. Entregar serviços de TI com agilidade e no modelo “self-service” pregado pela computação em nuvem exige que processamento, armazenamento e capacidade de rede sejam escaláveis. Mobilidade Não é novidade que os usuários corporativos estão demandando mais mobilidade, exigindo a possibilidade de acessar sistemas e informações a qualquer momento, de qualquer lugar e usando qualquer dispositivo – ainda que ele seja seu smartphone pessoal. Essa mudança de comportamento dos usuários está alterando também os padrões de tráfego nas redes e nos data centers. Big Data O gerenciamento, armazenamento e acesso aos dados corporativos vem mudando significativamente nos últimos anos. Ao mesmo tempo em que o volume de informações não estruturadas aumentou exponencialmente, as arquiteturas dos data warehouses vem mudando, se adaptando às novas necessidades e às novas tecnologias propostas pelos fornecedores. Essas mudanças demandam alterações também na arquitetura das redes e no padrão de roteamento dos dados. Internet of things As chamadas “redes de sensores” e/ ou “redes de comunicação entre máquinas" (M2M), que darão origem à Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) exigem que a latência das redes deve ser a menor possível, a disponibilidade deve ser próxima de 100% e os sistemas de segurança não interfiram na operações normal. Nesse contexto, características como disponibilidade, confiabilidade, flexibilidade e segurança são fundamentais. Oportunidades e Desafios A adoção da nova arquitetura de redes baseada em SDN abrirá novos horizontes para o desenvolvimento de aplicações que envolvam conectividade – em 2021, segundo a consultoria Analysys Mason, haverá mais de 2 bilhões de conexões globais ante pouco mais de 100 milhões registrados em 2011. Nesse cenário, fabricantes de equipamentos de redes, desenvolvedores de software, integradores de sistemas e prestadores de serviços irão readequar seus portfólios para atender a um mercado cada vez mais dinâmico. Entre as oportunidades que se pode vislumbrar para os data centers, por exemplo, estão a oferta de hospedagem de servidores com aplicativos legados (sem suporte pelos padrões atuais de redes), graças ao uso de conectores específicos para a SDN, ou nuvens globais com qualidade de serviços diferenciados (largura de banda, latência, disponibilidade, etc). Advisor Redes definidas por software (SDN) 12 Números do IDC apontam que o mercado de SDN movimenta, hoje, aproximadamente US$ 360 milhões em todo o mundo. A expectativa, porém, é de que este montante passará para cerca de US$ 3,7 bilhões em 2016, sendo 58% desse investimento relacionado à infraestrutura e controle da rede de dados Provedores de serviços de telecomunicações poderão oferecer suas redes para que utilities (fornecedores de energia, água e gás) implementem suas redes de sensores com características específicas programáveis na rede; assim como poderão criar novos modelos de negócio, como links de internet que funcionam apenas dentro de uma janela de tempo determinada, para replicação de dados entre data centers. Por sua vez, fabricantes de smart devices (TVs, refrigeradores, sistemas de áudio-video, etc) terão a possibilidade de programar a rede para proporcionar a interação entre os dispositivos e criar serviços inovadores, como por exemplo distribuição de música, vídeo ou até receitas culinárias utilizando a capacidade distribuída de processamento desses equipamentos. Finalmente, usuários e desenvolvedores de aplicações poderão inovar e criar diferenciais competitivos frente a seus concorrentes sem se preocupar com eventuais limitações das redes, uma vez que elas poderão ser dinamicamente readequadas. Entretanto, assim como SDN se traduz em uma série de oportunidades e benefícios muito interessantes, a adoção dessa nova tecnologia poderá ser bastante desafiadora. A migração para as redes definidas por software representa uma mudança de paradigma, em um mercado tradicionalmente fechado composto por "caixas pretas" com as quais a única forma de interação se dá por meio de protocolos e interfaces específicos da indústria, e que formam um conjunto de siglas pouco palatáveis para novos entrantes (SNMP, TACACS, ISUP, Gx, S11, etc.). De maneira análoga, a mão de obra da indústria também se especializou em direção a esses mesmos protocolos e interfaces, o que pode trazer dificuldades não apenas com os skills de desenvolvimento de software (agora extremamente úteis), mas também em relação à adaptação a uma arquitetura mais aberta e à possibilidade de projetar todo o seu ambiente de rede tendo a aplicação como elemento central. A mesma “abertura” que é tão benéfica no ponto de vista de uso, precisa ser bem gerida e controlada para não induzir ao caos nas empresas. Isso significa adaptar mecanismos e processos de gestão similares aos adotados no segmento de desenvolvimento de software – como gestão de requisitos, modelagem de software, metodologias de quality assurance, entre outros – a este novo mundo. Por fim, funções e relações costumeiros entre as empresas do setor precisarão de adaptação para se adequarem a esta nova realidade. Os clássicos papéis e responsabilidades de fabricantes de equipamentos, fornecedores de software de gerenciamento, integradores de sistema e prestadores de serviço sofrerão mudanças que impactarão as dinâmicas do setor e podem mudar a balança de poder da indústria. Advisor Redes definidas por software (SDN) 13 Conclusão Apesar de ser uma quebra de paradigma, a migração para a arquitetura das redes definidas por software tende a ser uma evolução natural, ainda que leve algum tempo para que seja efetivamente absorvido por fornecedores e, principalmente, usuários. Por ser um modelo ainda muito novo, existem diversas alternativas possíveis para seu desenvolvimento, que podem ir do SDN puro, proposto pelas universidades e entidades de pesquisa, a versões criadas por grandes fornecedores. De qualquer forma, é importante destacar a possibilidade de se adotar o conceito das redes programáveis sobre a infraestrutura existente, sem a necessidade de substituição de equipamentos. Trata-se da inclusão de uma camada de gestão à rede atual, mudando sua arquitetura. Não há dúvidas, entretanto, que seja uma tendência com enorme apelo técnico e tecnológico, e com a capacidade de alterar significativamente as dinâmicas do mercado de tecnologia da informação, podendo tornar-se um divisor de águas com as mesmas proporções da virtualização de servidores ou mesmo da chegada da telefonia sobre pacotes. Advisor Redes definidas por software (SDN) 14 Advisor é uma publicação da PromonLogicalis®. Este documento contém informações de titularidade ou posse da PromonLogicalis®, de suas controladas ou coligadas, e são protegidas pela legislação vigente. Reprodução total ou parcial desta obra apenas com prévia autorização da PromonLogicalis®. As informações contidas nesta publicação são baseadas em conceitos testados e empregados no desenvolvimento de projetos específicos e estão sujeitas a alterações de acordo com o cenário de mercado e os objetivos de cada projeto. Luís Minoru Shibata Julian Nakasone Lucas Pinz Fabio Hashimoto Daniel Domingues Diretor de Consultoria Diretor de Soluções de TI Com mais de 15 anos de Tem mais de 15 anos de Tem mais de 13 anos Engenheiro de Com mais de 12 anos de experiência em TIC, atuou experiência no setor de de atuação no mercado Computação pela experiência em TIC, atuou como Diretor Executivo da tecnologia da informação de TIC. É formado pelo Unicamp com MBA pela em projetos internacionais Ipsos e como Managing e comunicações. MIT-EUA em Educação ESAMC, possui mais de de integração de sistemas Director do Yankee Formado em Executiva, possui MBA 12 anos de experiência e data centers e gerenciou Group na América Latina. Engenharia Eletrônica pela FGV-BR e Ohio em TIC. Atua em projetos projetos de operação MBA em Conhecimento, pelo ITA, com MBA pela University-EUA e é pós- ligados a integração de remota de ambientes Tecnologia e Informação EASP-FGV. graduado pela FGV-RJ sistemas em software, computacionais de em Gestão Empresarial. em áreas como sistemas grandes companhias. de suporte a operação Atualmente gerencia pela FIA (FEA/USP). Gerente-senior de Tecnologia julian.nakasone@ Gerente-senior de Tecnologia Gerente de Tecnologia luis.minoru@ br.promonlogicalis.com lucas.pinz@ (OSS), business a área de soluções br.promonlogicalis.com +55 (11) 3573-1011 br.promonlogicalis.com intelligence (BI) e software para data centers da +55 (11) 3573-8928 defined networks (SDN). PromonLogicalis. fabio.hashimoto@ daniel.domingues@ br.promonlogicalis.com br.promonlogicalis.com +55 (11) 3573-7278 +55 (11) 3573-7107 +55 (11) 3573-7335 Para saber mais Entre em contato conosco para saber o que podemos fazer pela sua empresa. E-mail [email protected] Coordenação e texto Thais Cerioni Marketing PromonLogicalis [email protected] Diretor Responsável Luís Minoru Shibata [email protected] Advisor Redes definidas por software (SDN) 15 A PromonLogicalis A PromonLogicalis é um provedor de serviços e soluções de tecnologia da informação e telecomunicações que atua em toda a América Latina e têm auxiliado operadoras, órgãos públicos e grandes corporações a entender como alavancar seus negócios por meio da adoção de soluções tecnológicas. Com um portfólio dinâmico e bem estruturado, é capaz de atender as principais necessidades de seus clientes, com tecnologias desde infraestrutura de redes, passando por sistemas de colaboração, data centers e segurança da informação, até sua operação e gerenciamento. Sempre atenta às tendências do mercado, a PromonLogicalis criou criou um time especializado em Serviços de Integração em Software. Por meio dessa nova estrutura, além de atender às demandas atuais, a empresa se prepara para o novo momento do mercado de infraestrutura, em que conceitos como SDN ganham espaço. www.br.promonlogicalis.com Argentina Bolívia Brasil Chile Colômbia Equador México Paraguai Peru Uruguai © Copyright 2013 PromonLogicalis – All rights reserved.