FACULDADE NOVO MILÊNIO
Layon Endlich Rodrigues
Danilo Rocha Freitas
Gabriel Nicchio
Fábio Ferreira
Pablo Buzato Bacheti
VIRTUALIZAÇÃO DE DATACENTER
VILA VELHA – ES
ABRIL DE 2008
Layon Endlich Rodrigues
Danilo Rocha Freitas
Gabriel Nicchio
Fábio Ferreira
Pablo Buzato Bacheti
VIRTUALIZAÇÃO DE DATACENTER
Trabalho de pesquisa apresentado ao
professor
David
Gomes
Barboza,
como requisito da disciplina Tópicos
Avançados
em
Tecnologia
da
Informação, pelos alunos do terceiro
período do curso de Tecnologia em
Gestão
Informação.
VILA VELHA – ES
ABRIL DE 2008
de
Tecnologias
da
Súmario
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..... . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. O que é um datacenter? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .... . . . .. . . . . . . . . . . . . 6
1.1 O que faz um datacenter? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..... . . . . . . . . . . . . . . 6
1.2 Qual o custo pra se manter um datacenter? . . . . . . . . . . . . . .... . . . . . . . . . . . . . 9
2 O que é virtualização? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .. . . . . . . . 10
2.1 Virtualização de servidores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . 11
2.2 Algumas ferramentas de virtualização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . 13
2.3 Os oito principais desafios da virtualização de datacenters . . . . . .. . . . . . . . . . 15
• Abdicando do físico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . 15
• Performance de aplicativos abaixo da média . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . 16
• Segurança falha. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . 17
• Aprisionamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . 17
• Acúmulo de máquinas virtuais. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
• Custos de licenciamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
• Paixão por armazenamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
• Barreiras virtuais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4 Vantagens. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4.1 do ponto de vista ambiental. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . .. . . . . . . . . . . . . . . 22
4.2 do ponto de vista financeiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... .. . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
4.3 do ponto de vista técnico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
5 Outras considerações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Conclusão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Referências bibliográficas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Introdução
Nos dias de hoje, é imprescindível para as empresas que buscam
pelo
sucesso possuir uma área de TI flexível, pronta para crescer na mesma
proporção que crescem seus negócios.
A virtualização de sistemas é uma solução para melhorar os recursos do
hardware e ao mesmo tempo aproveitar todo o poder de processamento.
Quando um computador é incapaz de explorar todo o potencial de uma
CPU moderna, você pode deixar vários computadores tentarem.
Múltiplos
servidores virtuais num pequeno número de máquinas físicas compõem uma
solução para melhorar o uso dos recursos de hardware, ao mesmo tempo
consolidando o panorama do sistema.
04
Objetivo
O objetivo deste trabalho é apresentar a tecnologia de virtualização de
datacenter, mostrando-a como um recurso de menor custo e uma tecnologia mais
verde. Com este trabalho poderá ser tirada conclusões sobre quando optar por um
datacenter virtualizado ou físico.
05
1 O que é um datacenter?
1.1 O que faz um datacenter?
Um DataCenter é uma modalidade de serviço de valor agregado que
oferece recursos de processamento e armazenamento de dados em larga escala
para que organizações de qualquer porte e mesmo profissionais liberais possam ter
ao seu alcance uma estrutura de grande capacidade e flexibilidade, alta segurança,
e igualmente capacitada do ponto de vista de hardware e software para processar e
armazenar informações.
Na década de 1970, quando os sistemas Mainframe eram utilizados em
grande escala, o conceito de DataCenter era muito conhecido como "Bureaux de
Serviços". Atualmente podemos definir duas categorias principais de DataCenters:
DataCenter Privado (PDC) e o Internet DataCenter (IDC).
Um PDC pertence e é operado por corporações privadas, instituições ou
agências governamentais com o propósito principal de armazenar dados resultantes
de operações de processamento interno e também em aplicações voltadas para a
Internet. Por outro lado, um IDC normalmente pertence e é operado por um provedor
de serviços de telecomunicações, pelas operadoras comerciais de telefonia ou
outros tipos de prestadores de serviços de telecomunicações. O seu objetivo
principal é prover diversos tipos de serviços de conexão, hospedagem de sites e de
equipamentos dos usuários. Os serviços podem incluir desde comunicações de
longa distância, Internet, acesso, armazenamento de conteúdo, etc.
O gerenciamento é um dos principais serviços que um DataCenter oferece
na previsão de falhas dos sistemas e equipamentos dos usuários. São duas as
categorias de gerenciamento: Básico e Avançado. A diferença entre eles está no
06
fato que no gerenciamento básico os servidores são monitorados continuamente
através do envio de pacotes de dados de verificação e no gerenciamento avançado,
além do envio desses pacotes de dados, os serviços (www, SQL, entre outros) são
checados, ou seja, o servidor do provedor fará uma requisição aos serviços que
estão rodando para assegurar a qualidade máxima no gerenciamento do sistema do
usuário. O gerenciamento avançado é o método mais eficaz na garantia de
disponibilidade do site, possibilitando em muitos casos o envio de mensagens de email, Pager, etc, aos administradores da rede, informando o estado das aplicações.
Até mesmo pode-se avaliar o desempenho médio e ter diagnóstico antes mesmo do
problema acontecer.
Um dos aspectos que devem ser observados na contratação de um
serviço de DataCenter, é o tipo de acesso (co-location) que o usuário terá ao
servidor do provedor de serviços. O tipo de acesso irá definir por qual método o
servidor será acessado em caso de necessidade. Se o co-location for contratado, o
acesso é feito pelos funcionários do provedor, localmente. Se o co-location for
remoto, o acesso será feito através de softwares de controle remoto que será
escolhido pelo usuário. Neste caso o aplicativo de acesso remoto é instalado no
servidor pelos funcionários do provedor de serviço. Eventualmente uma ou mais
ferramentas podem necessitar de manutenção ou pode haver a necessidade de
instalação de novos aplicativos. Nesses casos, o usuário deve solicitar ao provedor
do serviço que providencie o que for necessário para a operação. Durante a
hospedagem no servidor, o usuário assina um termo constatando a legalidade de
todos os softwares instalados em seu servidor.
Pode-se observar que através do co-location (locação de um servidor
exclusivo do usuário, instalado e operado na estrutura do provedor), o usuário pode
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se beneficiar de uma série de recursos. Um co-location proporciona alta
escalabilidade, ou seja, em caso de necessidade de ampliação dos serviços ou
equipamentos, a mesma pode ser feita imediatamente, com monitoramento 24 horas
por dia e 7 dias por semana (24X7), backup, otimização dos custos de operação e
manutenção, rede com alta disponibilidade e carga balanceada.
Existem várias modalidades de utilização dos DataCenters. Dentre elas
destacam-se o "Modelo Corporativo Monolítico" (pertence a uma única organização
e não é compartilhado), o "Modelo Corporativo Compartilhado" (permite usufruir uma
infra-estrutura comum) e o "Modelo ASP" (Provedor de Aplicações e Serviços).
Nas modalidades corporativas o objetivo central é terceirizar a operação e
a gestão dos processos informatizados da empresa na forma de Outsourcing, onde
o provedor de serviços passa a se responsabilizar pelos processos operacionais da
área de TI. Na modalidade ASP, a organização ou o profissional liberal, passa a
utilizar os recursos disponíveis no DataCenter na modalidade de prestação de
serviços, locando licenças de software, espaço para armazenamento em disco e
também capacidade de processamento em servidores hospedeiros. Nessa forma de
utilização o usuário não necessita dispor de licenças de software aplicativos ou de
automação de escritórios, não necessita licenciar sistemas operacionais, nem
licenciar algum tipo de Banco de Dados. Todos os recursos necessários para a
operação do sistema normalmente são fornecidos como parte da solução em forma
de serviço, liberando a empresa para focar exclusivamente nos negócios.
08
1.2 Qual o custo pra se manter um datacenter?
É relativamente alto, para empresas de médio e grande porte. Já que os
investimentos em hardware, licenciamento, consumo de energia e infra-estrutura são
altos.
09
2 O que é virtualização?
Máquina Virtual, assim chamada na década de 60 quando começou a ser
utilizada – e é assim que é conhecida até os dias atuais –, significava simplesmente
um software instalado em um sistema operacional real (ou hóspede) que interagia
com o mesmo, literalmente como um sistema virtual. Porém nesta época era restrito
somente ao uso em mainframes.
Conceitualmente, virtualização, quer dizer softwares especializados em
criar uma camada lógica entre o SO hóspede e o hardware do computador a fim de
prover um ambiente funcional com todas as características de uma máquina real.
“Virtualização refere-se a tecnologias criadas para fornecer uma camada de
abstração entre sistemas de hardware de computador e o software que roda nestes
sistemas” (WATERS, 2007).
A Virtualização, como também é chamada, nada mais é do que a criação
de uma máquina virtual munida de periféricos fictícios, porém utilizando uma
máquina real. O sistema operacional, por exemplo, “acha” que está sendo executado
em uma máquina real com todos os periféricos
necessários, porém, o que
realmente está acontecendo é que esta máquina virtual está utilizando parte física
de uma máquina real, ocupando espaço em um disco rígido real, ocupando memória
principal, utilizando um processador real, enfim, ela necessita de uma máquina real
para que seja criada, mas na prática é e sempre será uma máquina virtual.
“As máquinas virtuais fazem o milagre da multiplicação do PC. Na prática,
não passam de espaços em disco e na memória, que podem ser apagados quando
você quiser” (MACHADO, p. 82, 2007).
10
Diante dos conceitos apresentados pode-se abstrair que: as máquinas
virtuais podem servir para executar vários sistemas operacionais simultaneamente.
Para ilustrar como isso pode beneficiar a organização que venha a utilizar essa
tecnologia pode-se citar um exemplo que seria de que uma empresa especializada
em Web 6 Design precisa testar seus sites em vários sistemas e navegadores
diferentes. É aqui que entram as máquinas virtuais.
Outro exemplo simples de utilização: uma organização precisa testar seu
aplicativo no novo Windows VISTA, para isto pode utilizar o software VMware, que
em sua nova versão traz suporte ao novo sistema operacional da Microsoft. Instalase o VMware em um computar emula-se uma máquina virtual com o VISTA e faz-se
os testes necessários para averiguação de possíveis problemas (bugs) que seu
aplicativo apresentará na nova plataforma.
As pessoas todos os dias utilizam diretamente máquinas virtuais sem que
percebam em seus aparelhos celulares. São as máquinas virtuais Java. A grande
maioria desses aparelhos modernos de comunicação, incluindo os smartphones,
que, segundo “um estudo do IDC apontou que 232 mil aparelhos foram comprados
no país em 2006. Mas o número de aparelhos vendidos cresceu 140% entre o
primeiro trimestre de 2006 e o mesmo período de 2007. Até 2012, os smartphones
corresponderão a 22% do total de celulares no mundo […]” (GREGO, p. 60, 2007),
possuem essa funcionalidade para utilização de aplicativos como: jogos, softwares
para downloads de mp3 e outros formatos de multimídia, até mesmo compiladores
de outras linguagens de programação que rodam sob a máquina virtual Java.
Utilidades para máquinas virtuais são o que não faltam. Diversas
ferramentas para implementação do mesmo podem ser citadas: Virtual PC e Virtual
Server 2005 (da Microsoft), Qemu (livre), VMware Player (gratuito), Bochs
11
(proprietário), VirtualBox (opensource) e XenExpress (da XenSource, gratuito e
opensource). Todos com uma interface muito simples e intuitiva, o que ajuda muito
na configuração.
Segundo a INTEL CORPORATION (2007), a virtualização é uma mudança
de paradigma; ela muda seu modo de pensar em relação aos recursos. Com a
virtualização, você não está mais restrito a executar apenas um sistema operacional
em um servidor ou workstation de baixa utilização. É possível consolidar vários
sistemas operacionais e aplicativos em servidores poderosos, o que propicia a
simplificação do datacenter, uso mais eficiente, redução de custos e mais segurança
em sua empresa.
Um outro conceito importante tratando-se do assunto de máquinas
virtuais é o de monitor – também chamado de hypervisor, Virtual Machine Monitor
ou VMM. “O monitor é uma camada de software inserida entre o sistema visitante
(guest system) e o hardware onde o sistema visitante executa” (ANDRADE, apud
XENSOURCE, p. 11, 2006). É ele quem gerencia o hardware da máquina real
compartilhando-o para todas as máquinas virtuais. São os monitores que criam e
controlam as máquinas virtuais, gerenciando todos os dispositivos físicos da
máquina hóspede.
Existem ainda dois tipos de VMMs, onde esses tipos são relacionas
devido ao nível de abstração do hardware da máquina hóspede. No primeiro tipo, as
VMMs criam device drivers nos SOs das máquinas hóspedes para serem utilizados
pelas máquinas virtuais. No segundo tipo é diferente; os monitores não utilizam essa
funcionalidade, executando independentemente da arquitetura de hardware do
sistema hóspede. Como é o caso da máquina virtual Java já citada neste trabalho.
12
2.1 Virtualização de servidores;
Em uma definição simplificada, a virtualização é um processo que, através
do compartilhamento de hardware, permite a execução de inúmeros sistemas
operacionais em um único equipamento. Cada máquina virtual criada neste
processo é um ambiente operacional completo, seguro e totalmente isolado como se
fosse um computador independente. Com a virtualização, um único servidor pode
armazenar diversos sistemas operacionais em uso. Isto permite que um data center
opere com muito mais agilidade e com um custo mais baixo.
2.2 Algumas ferramentas de virtualização;
VMware Infrastructure
O datacenter com alta capacidade de resposta. Dinâmico. Eficiente.
Disponível. O VMware® Infrastructure é o pacote de software mais amplamente
implantado para otimizar e gerenciar ambientes de TI padrão do setor por meio da
virtualização – desde o desktop até o datacenter. Único pacote de software de
virtualização pronto para a produção, o VMware Infrastructure fornece resultados
comprovados a mais de 20.000 clientes de todos os portes, sendo usado em uma
grande diversidade de ambientes e aplicações.
O pacote é totalmente otimizado, rigorosamente testado e certificado para
uma ampla gama de produtos de hardware, sistemas operacionais e aplicativos de
software.
O VMware Infrastructure fornece recursos de gerenciamento incorporado,
otimização de recursos, disponibilidade de aplicativos e automação operacional que
proporcionam uma economia de custos transformadora, além de maior eficiência
operacional, flexibilidade e níveis mais elevados de serviços de TI.
13
Oracle® VM
Consistindo em um software para servidor de código aberto e um console
de gerenciamento integrado baseado em browser, o Oracle VM oferece uma
interface gráfica rica e fácil de usar para criar e gerenciar pools de servidores
virtuais, executados em sistemas x86 e x86-64 em toda a empresa. O Oracle VM
oferece:
•
Instalação simplificada – com uma única instalação, aplicação de
correção e atualização para Oracle VM e Oracle Enterprise Linux;
•
Implementação mais rápida – por meio de imagens de Máquina Virtual
pré-configuradas do Banco de Dados Oracle e do Oracle Enterprise
Linux;
•
Mais eficiência – três vezes mais eficiente do que outros produtos de
virtualização de servidores;
•
Suporte para Linux e Windows – suporte para sistemas operacionais
hóspedes Linux e Windows, incluindo Oracle Enterprise Linux 4 e 5;
RHEL3, RHEL4 e RHEL5; Windows 2003, Windows Server 2003 e
Windows XP (em hardware com suporte para HV);
•
Uma única fonte de suporte – com o respaldo da organização de
suporte da Oracle, os clientes têm um único ponto de contato para todo
o seu ambiente virtual, incluindo o sistema operacional Linux e o Banco
de Dados Oracle, Fusion Middleware e aplicativos Oracle;
•
Baixo custo total de propriedade – permite implementar a virtualização
de servidores por uma fração do custo, em comparação com os
produtos de outros fabricantes;
14
2.3 Os oito principais desafios da virtualização de datacenters
A economia promovida pela virtualização é enorme, mas o processo ainda
tem seus transtornos. Acompanhe os principais desafios levantados pela
NetworkWorld.
O benefício de virtualizar servidores x86 é evidente. O vínculo entre
software e hardware se desfaz e é criada uma base para um data center mais
dinâmico, flexível e eficiente.
Com a perspectiva de que o mercado de software de virtualização poderá
ultrapassar 1 bilhão de dólares este ano, as empresas não estão se limitando a um
olhar apressado sobre a tecnologia.
O caminho para um data center virtual, entretanto, tem seus percalços.
Por meio de conversas com profissionais, analistas e fornecedores de TI,
compilamos uma lista de oito obstáculos que o usuário poderá enfrentar para
implementar ambientes virtuais. Acompanhe.
•
Abdicando do físico
A idéia de migrar para um ambiente virtual é executar mais cargas de
trabalho virtuais em um número menor de sistemas físicos, mas isso não significa
que o hardware desce no rol de prioridades.
As organizações podem ter problemas se não se dedicarem a analisar
atentamente quais recursos físicos serão necessários para dar suporte a cargas de
trabalho virtuais e a monitorar esses recursos de hardware.
15
“Tudo é uma questão de escorar a virtualização com os sistemas físicos
certos”, observa David Payne, CTO da Xcedex, empresa norte-americana de
consultoria em virtualização.
“Alguns profissionais acham que, para se ter um ambiente virtual, basta
comprar um sistema barato da Dell ou da HP, acrescentar o hardware e colocar a
virtualização em cima”, acrescenta Payne.
Muitas vezes, esta receita leva em conta mais o preço do que as próprias
cargas de trabalho virtuais.
•
Performance de aplicativos abaixo da média
Embora a virtualização esteja cada vez mais disseminada, muitos
aplicativos ainda não foram ajustados para ambientes virtuais. Daniel Burtenshaw,
engenheiro sênior de sistemas da Universidade Health Care, nos Estados Unidos,
por exemplo, implementou o ESX Server da VMware, da EMC, há cerca de um ano
e os resultados, no geral, foram bons.
“Nossos maiores problemas têm sido com alguns fornecedores de
aplicativos que não se mostram dispostos a dar suporte a seus produtos em
servidores virtuais, e limitações da versão do ESX que estamos usando”, revela
Burtenshaw.
A organização de serviços de saúde possui um grande ambiente Citrix,
mas, quando migrou alguns servidores Citrix para o ambiente VMware, descobriu
que a performance não se manteve.
“Basicamente, temos um número muito limitado de usuários por servidor.
Se virtualizamos, um grupo de servidores virtuais em um host é equivalente a ter
16
apenas um host físico", diz Burtenshaw. Sua empresa está atualizando para o Virtual
Infrastructure 3 da VMware.
•
Segurança falha
Quando você implementa um ambiente virtual, elimina o vínculo entre
hardware e software, o que pode gerar confusão na hora de proteger sua infraestrutura. "Esta desvinculação tem o risco de cegar os profissionais especializados
quanto ao que está acontecendo por trás de seus hardware de segurança da rede",
diz Allwyn Sequeira, vice-presidente sênior de operações de produto da Blue Lane
Technologies, especializada em patching.
O ambiente de servidor fica mais fluido, mais complexo, e os profissionais
de segurança acabam perdendo a estabilidade que o hardware proporcionava.
Qualquer tipo de varredura de vulnerabilidades pode tornar-se obsoleta em questão
de minutos.
Dennis Moreau, CTO da Configuresoft, que atua na área de segurança e
adequação, concorda. A virtualização otimiza provisionamento e processos como
patching, mas também acrescenta complicações que os profissionais de TI talvez
não estejam cogitando. Portanto, o trabalho de manter um ambiente seguro e
documentar isso para fins de adequação, pelo simples fato de acrescentar uma
camada de tecnologia de virtualização, torna tudo muito mais complexo.
•
Aprisionamento
O mercado de virtualização está evoluindo rapidamente e até a VMware
está fomentando uma maneira-padrão de criar e gerenciar máquinas virtuais. Mas
padrões e interoperabilidade virão lentamente. As empresas que não forem
17
cautelosas poderão acabar presas ao enfoque de determinados fornecedores,
tornando-se difícil – além de caríssimo – mudar de enfoque à medida que as
tecnologias amadurecem.
"Tente escolher produtos que possam ser considerados padrões e que
sejam abertos ao mercado de virtualização”, aconselha Ulrich Seif, CTO da National
Semiconductor.
•
Acúmulo de máquinas virtuais
Originalmente, a virtualização era uma ótima jogada para consolidar
servidores físicos e, assim, reduzir demandas de energia e saída de calor. Mas,
dada a facilidade de implementação das máquinas virtuais, as organizações talvez
descubram que, apesar de terem diminuído o número de dispositivos físicos, o
número de sistemas virtuais a serem gerenciados aumentou extraordinariamente.
"Uma das maiores ciladas é o acúmulo de máquinas virtuais", salienta
John Humphreys, diretor de programa da IDC. A melhor maneira de evitar este
acúmulo é planejar o ciclo de vida da máquina virtual, recuperando instâncias
virtuais que não estão sendo mais usadas.
•
Custos de licenciamento
Assim como as empresa discutem com fornecedores de software
independentes – que estabelecem taxas de licença baseadas no uso de CPU – em
torno do preço em servidores com múltiplos processadores, elas também têm
surpresas com as licenças em ambientes virtuais.
"As licenças de software podem ser uma barreira”, aponta John Enck,
vice-presidente de pesquisa do Gartner. ”Talvez você queira rodar um aplicativo em
18
um grande servidor virtualizado, mas a licença foi criada para os núcleos de
processador físicos na máquina.
Se, por exemplo, você migrar este aplicativo de um servidor com dois
processadores para um servidor virtualizado com quatro processadores, seu custo
de licença de software poderá aumentar, apesar de o software só usar dois
processadores no ambiente virtual", explica Enck.
•
Paixão por armazenamento
Tendo em vista que muitos dos candidatos à virtualização baseavam-se
em sistemas x86 distribuídos, é fácil se esquecer do impacto que a arquitetura mais
centralizada de recursos virtuais pode ter. O storage, por exemplo, deve ser
examinado com atenção, já que, em muitos casos, os recursos virtuais vão acessar
uma storage area network (SAN) compartilhada.
"Algumas empresas talvez comprem um determinado tipo de storage array
e não considerem a carga de trabalho que o ambiente VMware imporá a ele,
fazendo com que aquele array simplesmente não consiga suportá-la: I/O demais",
diz Payne, da Xcedex. Se este array fica inativo e traz problemas para a SAN, cada
máquina virtual será afetada, ou seja, provavelmente quebrará, será corrompida,
resultando em uma experiência extremamente ruim.
Seif, da National Semiconductor, acha que a preocupação com storage
deve ser prioridade para a empresa que planeja um ambiente virtual. Para ele, o
armazenamento baseado em SAN é essencial.
19
•
Barreiras virtuais
Com servidores AMD e Intel funcionando lado a lado em muitos data
centers, algumas empresas talvez pensem que máquinas virtuais móveis podem ser
movidas em qualquer hardware x86, mas não é bem assim. Segundo Humphreys,
da IDC, "a questão com que as pessoas estão se confrontando é: à medida que
movimento estas máquinas virtuais, preciso ter hardware similar?"
As máquinas virtuais de hoje não podem comutar entre sistemas
baseados em Intel e AMD, explica Raghu Raghuram, vice-presidente de marketing
de produtos e soluções da VMware.
"Nossa tecnologia VMotion permite que você migre um aplicativo que está
sendo executado de uma máquina física para outra, mas os processadores nestas
máquinas têm de ser iguais: você pode passar de AMD para AMD ou de Xeon para
Xeon”, diz Raghuram. Isto por causa da diferença das arquiteturas de processador e
do comportamento de determinadas instruções. É um problema que será resolvido
em um prazo mais longo.
20
3 O que é um datacenter virtualizado?
O termo virtualização nasceu no tempo dos mainframes. Na atual versão
para servidores e storage, um software permite que cada máquina real seja
multiplicada em várias virtuais. Desse modo, as empresas conseguem enxergar a
capacidade de processamento total disponível, independentemente do servidor. As
aplicações não ficam restritas a um único computador, e os usuários não percebem
que estão compartilhando recursos.
De acordo com a demanda por processamento, o poder computacional
pode ser deslocado de uma aplicação para outra. Há, assim, uma economia em
recursos físicos para servidores, já que o uso torna-se compartilhado. “A
consolidação resolve bem o passado e a virtualização prepara as máquinas para o
futuro”, afirma André Vilela, diretor de soluções corporativas da Unisys América
Latina.
"Nos próximos dois ou três anos, a virtualização será prática normal na
maioria das grandes empresas", afirma Eraldo Jiaqueto, diretor de data center da
Global Crossing. Há seis anos, a empresa, que oferece serviços de data center dos
tipos hosting e colocation, consolidou os servidores de seus três data centers, que
abrigam 4 mil processadores.
No serviço de hosting, o cliente loca o data center e o fornecedor é
também responsável pela provisão das máquinas. No colocation, ou housing, o
cliente utiliza seus próprios servidores, no data center alugado. Esses serviços são
atualmente os de maior demanda no mercado. Segundo o Gartner, empresas que
possuem máquinas ecologicamente corretas optam pelo colocation e as que não
têm condições de investir em modernização do parque preferem o hosting.
21
4 Vantagens
A virtualização de servidores e máquinas proporciona às empresas a
consolidação de Servidores, que consiste em centralizar ou diminuir o numero de
equipamentos e aplicações instaladas em cada um dos servidores da organização,
com objetivo de aumentar a produtividade da infra-estrutura, melhorar o
gerenciamento do ambiente, aumentar a segurança, diminuir a manutenção e
economizar em recursos humanos, físicos e financeiros.
A virtualização pode reduzir o consumo de energia, ar-condicionado e
espaço físico.
Existem várias vantagens para utilização de máquinas virtuais em
sistemas de computação:
4.1 do ponto de vista ambiental;
4.1.1 Redução do consumo de energia.
4.1.2 Os custos médios de energia e refrigeração de um servidor são
reduzidos em 560 dólares ao ano com o uso da tecnologia de
virtualização. E a causa é esta: o aplicativo médio normalmente usa
apenas de 10 a 15% da energia de um servidor, mas este ainda exige o
mesmo tanto de energia e refrigeração para executar alguns poucos
aplicativos e para muitos aplicativos. Por isso, se um servidor que em
geral roda com 10% de sua capacidade pode usar 50%, o resultado pode
ser um ganho de cinco vezes na eficiência de energia.
4.1.3 Estudos mostraram que nos Estados Unidos, os data centers
representaram 1,2% do consumo de energia em 2005, e que cada
servidor gera um custo facilmente superior a U$1.200 por ano
22
considerando apenas seu consumo de energia direto e indireto, como,
por exemplo, o consumo gerado para refrigeração do ambiente.
4.1.4 Redução de dissipação do calor.
4.1.5 A virtualização reduz a quantidade de equipamentos físicos dentro de
um data center e, conseqüentemente, a dissipação de calor, a
necessidade de refrigeração, o consumo de energia elétrica e a emissão
de CO2, contribuindo na redução do aquecimento global. Outros tantos
benefícios podem ser encontrados em nosso menu especial sobre
virtualização.
4.1.6 Contribui na redução de CO2
4.1.7 O aquecimento global despertou a atenção de todos nos últimos anos.
O mundo percebeu os efeitos desastrosos que a poluição e a alteração
climática podem causar.
4.1.8 A indústria de TI utiliza substâncias perigosas e não recicláveis durante
o ciclo de produção. E com o barateamento das máquinas, as vendas
crescem e, em conseqüência, aumenta o consumo de energia elétrica,
muitas vezes gerada por fontes não-renováveis.
4.1.9 O crescimento descontrolado dos data centers na última década tornou
estes ambientes bastante nocivos ao meio ambiente. Esforços para
redução da utilização de matérias primas poluentes na fabricação dos
equipamentos têm sido constante pelos grandes fabricantes, mas um dos
maiores problemas, hoje, é a baixa eficiência energética destes
ambientes, causada por equipamentos com densidade cada vez maior e
com uma média de utilização muito baixa. Esta baixa eficiência não
23
apenas prejudica o meio ambiente como, também, traz grandes
desperdícios de dinheiro para as empresas.
4.2 do ponto de vista financeiro;
4.2.1 Otimização de uso e redução da quantidade de máquinas necessárias,
4.2.2 Economia em sistemas, aplicações, manutenção e backup.
4.2.3 Em média, os servidores utilizam somente de 5% a 10% da sua
capacidade, o restante da sua capacidade fica sem nenhuma utilidade.
4.2.4 Menos gastos com energia devido à redução de número de máquinas e
na infra-estrutura
4.2.5 Com o objetivo de reduzir os custos de administração e manutenção e
4.2.6 centralizar o trabalho dos gerentes de tecnologia, as empresas
apostaram em um novo conceito: utilizar equipamentos mais robustos,
com mais recursos de processamento e espaço em disco, para hospedar
as diversas aplicações da companhia, prática batizada de consolidação
de servidores.
4.3 do ponto de vista técnico.
4.3.1 Simplificação dos processos de manutenção.
4.3.2 Facilidades
no
gerenciamento,
migração
e
reaplicação
de
computadores, aplicações ou sistemas operacionais.
4.3.3 Prover um serviço dedicado a um cliente específico com segurança e
confiabilidade.
4.3.4 Desenvolvimento de novas aplicações para diversas plataformas,
garantindo a portabilidade dessas aplicações.
4.3.5 Simular alterações e falhas no hardware para teste e reconfiguração de
um sistema operacional, provendo confiabilidade para as aplicações.
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4.3.6 Simular configurações e situações diferentes do mundo real, como por
exemplo, mais memória disponível ou a presença de outros dispositivos
e E/S (Entrada e Saída).
4.3.7 Executar diferentes SOs sobre o mesmo hardware, simultaneamente.
4.3.8 Facilitar o aperfeiçoamento e teste de novos sistemas operacionais.
4.3.9 Auxiliar no ensino prático de SOs e programação, uma vez que é
permitida a execução de vários sistemas para comparação no mesmo
equipamento.
4.3.10 A virtualização de sistemas é uma solução para melhorar os recursos
do hardware e ao mesmo tempo aproveitar todo o poder de
processamento.
4.3.11 Há ganhado em agilidade de administração, porque os servidores
ficam centralizados. Também há mais disponibilidade, menos chances de
"gargalos de memória", e no caso de problemas em um dos servidores, é
possível subir a imagem de outro servidor em menos de 10 minutos –
nos servidores tradicionais, o processo podia levar mais de uma hora.
4.3.12 Uma grande vantagem de possuir máquinas virtuais é o fato de que os
recursos disponíveis para ela podem ser aumentados ou diminuídos sem
a necessidade de ser alterado as estruturas físicas do computador. Isto é
especialmente importante se o sistema precisa de grande capacidade de
processamento em situações especificas e temporárias.
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5 Outras considerações:
5.1 Organizações com datacenter virtualizado;
5.1.1 Coma virtualização, a HP, que está virtualizando todo o seu datacenter,
conseguiu reduzir em mais de 50% os seus datacenters, transformando
85 em 40 datacenters;
5.1.2 A LocaWeb, que consegue colocar entre 10 e 20 servidores virtuais em
apenas um hardware (servidor físico).
5.2 Empresas especialistas em virtualização;
5.2.1 A LocaWeb tem como de um de seus serviços a locação de servidores
virtuais;
5.2.2 A VirtueIT é outra empresa especializada em virtualização.
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Conclusão
Além dos benefícios que virtualização e uma solução para as empresas
que desejam ter
economias
desde
economia com energia
até
economia
com pessoas para suporte conforme visto nos estudo feitos.
Além desses benefícios podemos citar também a economia com
equipamentos uma vez que uma maquina é virtualizada os equipamentos são
consolidados fazendo com que centralize o trabalho dos gerentes de tecnologia e
tornando a administração mais rápida e simplificada.
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Referências bibliográficas
VMWARE. Disponivel via URL em: http://www.vmware.com/br/pdf/vi_brochure_br.pdf
Acesso em março de 2008.
VIRTUEIT. Disponível via URL em:
http://www.virtueit.com.br/whats_server_virtualization.html Acesso em abril de 2008.
ORACLE. Disponivel via URL em:
http://www.oracle.com/global/br/corporate/press/2007_nov/software_virtualizacao.html
Acesso em abril de 2008.
INFO EXAME. Disponível via URL em:
http://info.abril.com.br/aberto/infonews/012008/03012008-10.shl Acesso em abril de 2008.
IDGNOW. Disponível via URL em:
http://idgnow.uol.com.br/computacao_corporativa/2007/04/27/idgnoticia.
2007-04-27.3291222006 Acesso em abril de 2008.
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