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Trabalho 2391 - 1/3
INDICE DE INTERNAÇÃO POR CARDIOPATIAS EM UMA UNIDADE
DE TERAPIA INTENSIVA
BIZZI, INGRID1
EINLOFT, CANDIDA CRISTINA MARTINS2
FORMOSO, GABRIELA SILVA3
HAAS, IANA CRISTINA4
NOYA, MELINA MACHADO5
INTRODUÇÃO: As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) surgiram na década de
70 a partir da necessidade de aperfeiçoamento e concentração de recursos
materiais e humanos para o atendimento a pacientes graves, em estado crítico,
mas tidos ainda como recuperáveis, e da necessidade de observação constante,
assistência médica e de enfermagem contínua, centralizando os pacientes em um
núcleo especializado1. A doença cardíaca é hoje a principal causa de morte em
adultos em muitos países, inclusive o Brasil 4. A terceira principal causa de
internação hospitalar pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, em dados de
2001, foram as doenças do aparelho circulatório 1,2,3. Dentre as causas de
internações por cardiopatias em nosso país, em um levantamento efetuado no
ano de 2003, as três primeiras são a insuficiência cardíaca (IC), as emergências
hipertensivas e angina instável, nessa ordem5. Por essa alta freqüência de
internações por doenças cardíacas, a alta mortalidade e a falta de dados
epidemiológicos mais concretos em nosso meio, é da maior importância um
estudo epidemiológico mais detalhado dos tipos de cardiopatias que mais
acometem a população, sexo e idade mais acometidos e tempo de internação
com necessidade de cuidados intensivos. OBJETIVOS: analisar dados sobre as
internações em Unidade de Tratamento Intensivo por cardiopatias em 13 meses
consecutivos, mediante a utilização de informações dos prontuários dos
pacientes. METODOLOGIA: estudo transversal com utilização dos dados dos
prontuários dos pacientes que estiveram internados no Centro de Tratamento
Intensivo Prontomed na cidade de Santana do Livramento, Rio Grande do
Sul,com diagnóstico de cardiopatia, no período de 01 de junho de 2008 a 30 de
junho de 2009. RESULTADOS: Foram analisados 318 prontuários. Destes, 136
pacientes (42.77%) internaram por doenças cardiológicas, sendo 59% do sexo
feminino e 54% do sexo masculino. A idade média dos cardiopatas foi de 66,58
anos. A angina pectoris foi responsável por 25% das internações, seguida das
arritmias (22,8%); a insuficiência cardíaca congestiva aparece em terceiro lugar
com 19,8%, seguida das cardiopatias isquêmicas que obtiveram um índice de
1.Enfermeira. Especialista em Saúde Pública. Enfermeira assistencial do Complexo Hospitalar
Santa Casa de Porto Alegre.
2.Enfermeira. Pós-graduanda em Urgência e Emergência (SEG - RS). Enfermeira assistencial do
Pronto Socorro da Santa Casa de Santana do Livramento.
3.Enfermeira. Especialista em Saúde Publica. Responsável Técnica Enfermagem Centro
Hospitalar Santanense.
4.Enfermeira. Pós-graduanda em Terapia Intensiva (UNISC-RS). Enfermeira assistencial Centro
Hospitalar Santanense.
5.Enfermeira. Especialista em Urgência e Emergência. Enfermeira assistencial do Pronto Socorro
da Santa Casa de Santana do Livramento.
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Trabalho 2391 - 2/3
17% e os Infartos agudos do miocárdio aparecem com 13,2%. Por último estão as
síndromes coronarianas agudas com apenas 2% das internações. O índice de
reinternação deste pacientes neste período de tempo foi de 12,6% e a cardiopatia
que levou ao maior número de reinternações foi angina pectoris (6,7%). Dos
pacientes estudados, 9 (6,6%) foram a óbito. A média de diárias dos pacientes
cardiopatas foi de 2,31 dias. Foram encontrados pacientes com dois ou mais
diagnósticos. Sendo assim, dos 136 pacientes, 110 (73,5%) apresentaram apenas
um diagnóstico e 26 (26,5%) dois ou mais diagnósticos descritos nos prontuários
médicos. CONCLUSÕES: Este estudo conseguiu demonstrar um panorama das
internações por cardiopatias no Centro de Tratamento Intensivo Prontomed da
cidade de Santana do Livramento - RS, além de traçar um perfil clínicoepidemiológico das doenças cardiológicas encontradas. Concluímos que a angina
pectoris é o diagnóstico mais freqüente, dentre as causas de internações por
cardiopatias; tendo uma prevalência discreta de mulheres,e a maioria dos
pacientes são idosos(60 anos ou mais).Segundo dados do Ministério da Saúde, a
insuficiência cardíaca é responsável pela maioria das internações referentes a
cardiopatias2, porém em nosso estudo esta apareceu em terceiro lugar atrás da
angina e das arritmias, revelando uma prevalência de 19,8%. Mas observamos
que angina instável obteve uma prevalência de 25%, estando, assim, em primeiro
lugar, e divergindo dos dados do Ministério da Saúde, que listava o terceiro lugar
entre as causas de internações por doenças do coração. A média de idade entre
os internados foi de 66,58 anos. Apesar de termos um leve predomínio de
mulheres internadas, verificou-se que entre os homens as duas maiores causas
de internações, a angina pectoris e as arritmias cardíacas, estavam presentes.
1.Castro DS. Experiência de pacientes internados em unidade de terapia
intensiva: análise fenomenológica. [dissertação]. Ribeirão Preto (SP):
Escola de Enfermagem/USP; 1990.
2.Lima MG. Assistência prestada pelo enfermeiro em unidades de
terapia intensiva: aspectos afetivos e relacionais. [dissertação]. Ribeirão
Preto (SP): Escola de Enfermagem/USP; 1993.
3. Freibergerl;L., Heinisch; R.H., Bernardi;A. Estudo de internações por
cardiopatias em um hospital geral.ACM Arquivos Catarinense de Medicina.
33(2):25-30, abr.-jun. 2004.
4. Brasil. Ministério da Saúde. Rede Interagencial de Informações para a Saúde –
RIPSA. Indicadores e dados básicos – Brasil – 2007 IDB; 2007 [Internet] Brasilia
1.Enfermeira. Especialista em Saúde Pública. Enfermeira assistencial do Complexo Hospitalar
Santa Casa de Porto Alegre.
2.Enfermeira. Pós-graduanda em Urgência e Emergência (SEG - RS). Enfermeira assistencial do
Pronto Socorro da Santa Casa de Santana do Livramento.
3.Enfermeira. Especialista em Saúde Publica. Responsável Técnica Enfermagem Centro
Hospitalar Santanense.
4.Enfermeira. Pós-graduanda em Terapia Intensiva (UNISC-RS). Enfermeira assistencial Centro
Hospitalar Santanense.
5.Enfermeira. Especialista em Urgência e Emergência. Enfermeira assistencial do Pronto Socorro
da Santa Casa de Santana do Livramento.
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Trabalho 2391 - 3/3
(DF);2007.
5. Brasil. Ministério da Saúde. Caderno de informações de saúde. Brasília, 2003.
Disponível em: <http:/ /portalweb02.saude.gov.br/saude/aplicacoes/tabfusion/
default.cfm?estado=RS> Acesso em 25 de julho de 2009.
1.Enfermeira. Especialista em Saúde Pública. Enfermeira assistencial do Complexo Hospitalar
Santa Casa de Porto Alegre.
2.Enfermeira. Pós-graduanda em Urgência e Emergência (SEG - RS). Enfermeira assistencial do
Pronto Socorro da Santa Casa de Santana do Livramento.
3.Enfermeira. Especialista em Saúde Publica. Responsável Técnica Enfermagem Centro
Hospitalar Santanense.
4.Enfermeira. Pós-graduanda em Terapia Intensiva (UNISC-RS). Enfermeira assistencial Centro
Hospitalar Santanense.
5.Enfermeira. Especialista em Urgência e Emergência. Enfermeira assistencial do Pronto Socorro
da Santa Casa de Santana do Livramento.
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