UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE
CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO – CAC
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO- DCI
CURSO DE BIBLIOTECONOMIA
POLÍTICAS PÚBLICAS DE INFORMAÇÃO:
implantação da Biblioteca Comunitária no Bairro de João Paulo II –
Camaragibe-PE: uma expectativa
Gilvanedja Silva
Recife
2010
Gilvanedja Silva
POLÍTICAS PÚBLICAS DE INFORMAÇÃO:
Implantação da Biblioteca Comunitária no Bairro de João Paulo IICamaragibe –PE: uma expectativa
Trabalho de Conclusão de Curso
- TCC, apresentado ao Departamento
de Ciência da Informação do Centro
de Artes e Comunicação - CAC da
Universidade
Federal
de
Pernambuco- UFPE como requisito
parcial para obtenção do Título de
Bacharel
em
Biblioteconomia,
orientado pela Profª. Drª. Maria
Cristina Guimarães.
Recife
2010
S586
Silva, Gilvanedja
Políticas públicas de informação: implantação da
Biblioteca Comunitária no Bairro de João Paulo II –
Camaragibe-PE: uma expectativa. Gilvanedja Ferreira
Mendes da Silva. – 2010.
58 f.
Orientador: Prof.(a) Maria Cristina Guimarães.
Trabalho de conclusão de curso (graduação) Universidade Federal de Pernambuco, Curso de
Biblioteconomia, 2010.
1. Políticas públicas de informação. 2. Biblioteca
Comunitária João Paulo II. 3. Município de Camaragibe –
perfil. 4. Prefeitura Municipal – Secretaria de Educação.
I. Título.
CDU - 35
CDD - 350
FOLHA DE APROVAÇÃO
POLÍTICAS PÚBLICAS DE INFORMAÇÃO: Implantação da
Biblioteca Comunitária no Bairro de João Paulo II- Camaragibe –PE: uma
expectativa
Gilvanedja Silva
Monografia submetida ao Departamento de Ciência da Informação – DCI,
do Centro de Artes e Comunicação - CAC da Universidade Federal de
Pernambuco- UFPE, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau
de Bacharel em Biblioteconomia.
Aprovada por:
Prof._______________________ - Orientador
(titulação)
Prof.________________________
(titulação)
Prof.________________________
(titulação)
Recife
2010
À comunidade do Bairro de
João Paulo II e a todos que
necessitam se informar para
transformar...
AGRADECIMENTOS
A Deus, primeiramente, por minha vida, pela oportunidade de realizar mais
um sonho e por todas as conquistas e desafios que ainda surgirão em minha
trajetória.
Aos meus pais, atores essenciais na minha vida, pelo apoio que me deram
não só durante essa fase de produção monográfica, mas ao longo da minha vida,
através dos valiosos conselhos e ensinamentos que carrego sempre comigo.
Agradeço também a minha Orientadora, Profª. Maria Cristina Guimarães
Oliveira, por acreditar no meu potencial, pelo incentivo nos momentos difíceis que
enfrentei ao longo dessa trajetória.
Ao Departamento de Ciência da Informação, na pessoa dos Professores Ana
Maria Elizabeth e Murilo Silveira que compreenderam minhas limitações físicas e
me deram total apoio para que eu conseguisse superar as barreiras e não desistir
do meu Trabalho de Conclusão de Curso – TCC.
Aos meus amigos e amigas de curso, que direta ou indiretamente torceram
por mim, em especial a Ana Luiza Silva, que não deixaram de regar meu jardim
com palavras de ânimo, com sorrisos e que estiveram presentes nos momentos
que mais precisei de apoio e compreensão.
RESUMO
Trata da importância das políticas públicas de informação para promoção do
acesso, uso, produção e divulgação da informação e do conhecimento a
comunidade. Aborda o atual cenário do município de Camaragibe, no qual se
retrata a ausência dessas políticas na administração municipal, especificamente
no governo do Prefeito João Lemos (PC do B – 2004/2008; 2009/2012). Através
de pesquisas bibliográficas em diversas fontes (livros, artigos de revistas, sites,
trabalhos monográficos, blogs, fóruns de discussão e outros), buscou-se elaborar
uma análise introdutória sobre o tema em nível nacional e, principalmente, local.
Além disso, foram realizadas visitas à Secretaria de Educação na Prefeitura de
Camaragibe, a fim de esclarecer dúvidas e obter dados sobre ações que têm sido
feitas para suprir as necessidades informacionais da população que não possui
uma Biblioteca Municipal em funcionamento para estudar, pesquisar, ler e ter
acesso à informação, educação e cultura. Conclui-se com uma proposta de
política pública informacional para Camaragibe: a implantação da Biblioteca
Comunitária no Bairro de João Paulo II, trabalho apoiado pela Prefeitura e inscrito
no Projeto Mais Cultura de Apoio as Bibliotecas Municipais 2010, lançado pelo
Ministério da Cultura – Minc.
Palavras-chave: Biblioteca Comunitária João Paulo II. Município de Camaragibe –
perfil. Políticas Públicas de Informação. Prefeitura Municipal – Secretaria de
Educação.
ABSTRACT
Addresses the importance of public policies promoting access to information, use,
production and dissemination of information and knowledge to the community.
Discusses the current scenario Camaragibe, with regard to the absence of such
policies in the municipal administration, specifically in the government of Mayor
João Lemos (PC do B - 2004/2008, 2009/2012). Through literature searches in
various sources (books, journal articles, Web sites, monographs, blogs, forums,
etc.) Aimed to develop an introductory discussion on the subject at national and
particularly local. In addition, visits were made to the Secretary of Education in
Camaragibe Prefecture, to answer questions and obtain information about what
actions have been tailored to meet the informational needs of the population that is
not a municipal library in place for studying, researching, reading and access to
information, education and culture. It concludes with a public policy proposal for
informational Camaragibe: the deployment of the Community Library in the
neighborhood of João Paulo II, work supported by the City and enrolled in the
Project to Support More Culture municipal libraries in 2010, released by the
Ministério da Cultura - Minc.
Key-words: Community Library João Paulo II. Camaragibe - profile. Public Policy
Information. Municipal Government - Department of Education.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 09
1.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 10
1.1 Objetivos específicos .......................................................................................... 11
1.3 Justificativa ......................................................................................................... 12
2 MUNICÍPIO DE CAMARAGIBE: PERFIL .............................................................. 14
3 POLÍTICAS PÚBLICAS: conceitos gerais e históricos .......................................... 18
4 POLÍTICAS PÚBLICAS DE INFORMAÇÃO: o atual cenário do município de
Camaragibe .............................................................................................................. 23
5 METODOLOGIA ................................................................................................... 29
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 30
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 32
APÊNDICES
APÊNDICE A - Projeto de Implantação da Biblioteca Comunitária João Paulo II:
Plano de Trabalho..................................................................................................... 35
ANEXOS
ANEXO A - “Camaragibe Notícias”- Inauguração da Biblioteca Itinerante ................ 58
1 INTRODUÇÃO
Todos têm direito a ter acesso a informações de seu interesse particular,
coletivo ou geral, pois o desenvolvimento de qualquer sociedade passa pela
informação.
A grande revolução que o mundo está vivendo é a da comunicação. Aqueles
países que não se integrarem a este processo ficarão abaixo do desenvolvimento.
Vive-se numa sociedade da informação, época marcada pela chamada era da
informação, cujo avanço tecnológico e científico induz os profissionais a adotar
uma prática moderna de gerenciamento da informação voltada para o acesso a
todos, na perspectiva de uma ação de informação pública com vistas à inclusão
digital e social da comunidade usuária. Mas, infelizmente, em alguns lugares
registra-se a ausência do simples acesso à escola, à biblioteca, a um espaço para
leitura, estudo, pesquisa e formação cultural.
Segundo Araújo (1999) apud Lourenço (2008), a informação é um elemento
de fundamental importância, pois permite aos indivíduos, em seu meio social,
tomarem conhecimento dos seus direitos e deveres e a partir desse conhecimento
decidir sobre suas vidas.
A construção e o exercício da cidadania passam pela questão do acesso e
uso da informação, pois a consciência de deveres e direitos está relacionada com
o livre acesso à informação sobre tais direitos e deveres. Contudo, a natureza
econômica e cultural não permite acesso livre a todos, a informação fica restrita
àqueles que são alfabetizados (escrita e digitalmente) e/ou aos que usam
computador em casa ou que podem pagar por esses serviços.
Por isso é necessário criar políticas de informação, apoiadas em estruturas
organizacionais, conjunto de leis, regulamentos e políticas que estimulem ou
regulem a geração, uso, armazenamento e comunicação de informação. E nesse
contexto, o estado, de acordo com Jambeiro (2007) apud Lourenço (2008), “é o
maior produtor de informação de interesse dos cidadãos e tem por obrigação
8
formular diretrizes e políticas, desenvolver atividades e projetos relacionados à
gestão e acesso a essas informações para a população.” (p.2)
Sendo assim, a escolha do tema surgiu, primeiramente, do interesse
particular pelos estudos envolvendo políticas públicas de informação; bem como
pela necessidade de investigar o porquê da ausência de políticas públicas
municipais em Camaragibe voltadas ao acesso, uso e divulgação da informação à
população, analisando as ações da administração pública municipal de
Camaragibe, no âmbito da informação, especialmente na gestão do Prefeito João
Lemos (PC do B).
Como proposta de política pública de informação para o município,
apresenta-se um projeto de implantação de biblioteca comunitária, que será
localizada no prédio da Associação de Moradores do Bairro João Paulo II, na
cidade de Camaragibe – PE.
Um espaço físico agradável para ler, estudar, pesquisar, ter contato com o
universo dos livros, com as atividades artístico-culturais e que esteja aberto para
receber esse público tão carente de ações que contribuam para a inclusão social,
formação humana e profissional da população é extremamente necessário no
Bairro de João Paulo II – Camarabige/PE.
1.1 Objetivo Geral
Contribuir para a promoção e democratização do acesso, uso, reprodução e
divulgação da informação para a população camaragibense, bem como a
participação social da comunidade no âmbito nas atividades desenvolvidas pela
Associação de Moradores da comunidade do Bairro de João Paulo II.
9
1.2 Objetivos Específicos
•
Levantar os planos da Secretaria de Educação e Cultura que envolvam a
divulgação e uso de informação;
•
Discutir sobre o atual cenário das políticas públicas de informação no âmbito
da administração municipal de Camaragibe;
•
Apresentar um projeto de Implantação da Biblioteca Comunitária, que será
localizada no prédio da Associação de Moradores do Bairro João Paulo II, na
cidade de Camaragibe – PE.
10
1.3 Justificativa
A biblioteca deve ser um lugar onde o povo possa encontrar-se, trocar idéias,
discutir problemas, saciar curiosidades, obter informações essenciais para a
cidadania. A existência de uma biblioteca comunitária, que atenda às
necessidades de informação, pode minimizar a exclusão social, em regiões
caracterizadas pela privação de educação, informações, lazer e vários fatores
considerados essenciais para a qualidade de vida.
O Município de Camaragibe, de acordo com o 1º Censo Nacional das
Bibliotecas Públicas Municipais, realizado pela Fundação Getúlio Vargas e
divulgado no dia 30 de abril de 2010, é uma das 420 cidades que não possuem
biblioteca municipal, seja pelo fato de ter sido extinta, fechada para reforma ou
nunca ter existido.
O Bairro de João Paulo II, pertencente à II Região Político-Administrativa –
RPA do Município de Camaragibe possui, atualmente, mais de 6.000 habitantes
de um total de 150.354 camaragibenses que residem no município (Estimativa,
IBGE, 2006) e que não contam com um espaço para leitura, estudo, pesquisa,
lazer e acesso às atividades artístico-culturais.
As pesquisas do 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais que
tiveram como objetivo subsidiar o aperfeiçoamento de políticas públicas em todas
as esferas de governo – federal, estadual e municipal – voltadas à melhoria e
valorização das bibliotecas públicas brasileiras, mostraram a necessidade da
elaboração e execução de ações públicas, em caráter de urgência, para tentar
reverter esse cenário de ausências e demandas reprimidas.
A Prefeitura de Camaragibe, através da Secretaria de Educação, afirma que
vem trabalhando em prol da reabertura de sua Biblioteca Municipal, porém
enquanto as obras de reforma da biblioteca não se iniciam, a população conta
apenas com a “Biblioteca Itinerante”.
11
Inaugurada em 6 de fevereiro do corrente ano, funciona num caminhão baú
“Viajando no mundo da leitura”, que circula pelos bairros do município buscando
inserir o hábito de leitura no cotidiano dos camaragibenses. Contudo, tal projeto
enfrenta dificuldades de manutenção dos equipamentos, o que muitas vezes o
impossibilita de prestar serviços de qualidade para a população.
Portanto, é de notável relevância a construção de uma biblioteca comunitária
que sirva de instrumento para garantir a participação democrática da comunidade
nas atividades desenvolvidas, buscando parcerias locais e de diversas entidades
que apóiam projetos sociais para melhoria das condições de vida da comunidade.
Proporciona-se, com isso, crescimento intelectual e valorização da cultura
popular e local, estímulo ao trabalho coletivo, a luta pela melhoria do dia-a-dia dos
moradores de forma individual e coletiva. Além disso, irá auxiliar o processo de
ensino-aprendizagem, principalmente, das crianças e adolescentes, no que se
refere à leitura e escrita, na perspectiva de aperfeiçoar os serviços e garantir a
participação da comunidade nas tomadas de decisão e nas atividades culturais
oferecidas pela instituição.
12
2 MUNICÍPIO DE CAMARAGIBE: Perfil
A palavra Camaragibe tem origem na expressão Tupi, que significa “Terra de
Camarás”, YEB – terra e CAMARÁ – planta (lantana brasilienses da família das
verbenáceas) abundante na área do atual rio Camaragibe, a qual denomina a
região habitada por um povo Ameríndio, os Tupinambás.
É no inicio do século XVI que se tem a formação da população de São
Lourenço da Mata, reconhecida em 1621 como Freguesia e só em 13 de outubro
de 1775 é que passou a se chamar distrito. A denominação de município foi dada
em 1884, onde São Lourenço da Mata desmembra-se dos municípios de Recife e
Paudalho. Na sua divisão administrativa, o município de São Lourenço da Mata
contava com três distritos: São Lourenço da Mata, Nossa Senhora da Luz e
Camaragibe.
O distrito de Camaragibe foi criado pela Lei Municipal nº 21, de 05 de março
de 1908, seu nome advém do Engenho Camaragibe. Só em 20 de dezembro de
1963, através da Lei Estadual nº 4.988 se elevou à categoria de município.
Contudo, em 06 de julho de 1964, por meio acórdão do Tribunal de Justiça,
mandado de segurança nº 59.906, seu território foi reanexado ao município de
São Lourenço da Mata. Somente em 14 de maio de 1982 é que volta a ter a
categoria de município, desmembrando-se de São Lourenço da Mata, através a
Lei 8.951 do Diário Oficial do Estado de Pernambuco.
No século XV, o território era ocupado de forma predominante por uma
população Ameríndia (Índios) que se distribuía em pequenas aldeias. Segundo
escassas documentações havia abundância e forte exploração do pau-brasil, esta
atividade se dava entre os nativos e os europeus. Estes detinham relações sócioeconômicas baseadas na exploração pela força ou através do escambo (troca de
mercadorias). Vale ressaltar que tal comércio influenciou na aglomeração de
pessoas e posteriormente a construção de engenhos.
A agroindústria açucareira surge como principal fonte econômica do território
de Camaragibe desde meados de 1500, existindo, no local, um bom número de
13
engenhos. Destes, destacava-se o Engenho Camaragibe, que tem seu
funcionamento datado desde 1549, segundo menção em carta de Duarte Coelho
(1º Donatário da Capitania) dirigida ao Rei de Portugal, D. João III, datada de
Olinda 02 de maio de 1550. O engenho tornou-se um dos mais prósperos, o que
levou a um significativo comércio de açúcar, exploração de escravos e de bens e
serviços voltados para esta atividade.
No município de Camaragibe, verificou-se nos fins do século XIX a
passagem de uma economia agroindustrial para uma economia de base industrialtextil e, em seguida, com o declínio das industrias nas décadas de 80 e 90, o setor
terciário assume a predominância como atividade de base da atual economia
municipal.
Hoje, é possível observar em seu espaço territorial um conjunto de usos e
ocupações, representado por toda a sorte de equipamentos residenciais,
industriais, de comércio e serviços públicos e privados que surgiram em diferentes
fases do desenvolvimento da sociedade local.
Entretanto, vale ressaltar que a economia de Camaragibe sempre esteve
atrelada ao desenvolvimento econômico da capital que detém relações de
proximidade sócio-econômica, presente nas interações de complementaridades e
dependência de sua base
econômica, dos serviços
de infra-estruturas
educacionais, hospitalares, de transporte de cargas e passageiros, além de
serviços de suporte como os financeiros, entre outros; demonstrando o complexo
nível de interações que envolve o território de Camaragibe.
O Município de Camaragibe está localizado na Mesorregião Metropolitana
do Recife- RMR e na Microrregião do Recife. De acordo com a Agência Estadual
de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco - Condepe-Fidem/IBGE, o
município apresenta extensão territorial de 55,083km², situando-se na área onde
predominam os tabuleiros costeiros.
Possui atualmente 150.354 habitantes (Estimativa, IBGE, 2006) o que
corresponde a 3.85% da população da Região Metropolitana do Recife – RMR,
sendo 62.579 homens e 66.123 mulheres (IBGE, 2000), aproximadamente.
Apresenta um Índice de desenvolvimento humano - IDH geral de 0,747 e IDH
14
renda de 0,636. É Composto por 5 Regiões Político-Administrativas – RPA’s e
todo o território do município é considerado urbano, conforme a Lei Municipal nº
32/1997.
O município possui uma densidade de 2.733 hab/km², tendo uma distribuição
desigual da população se refletindo nos contrastes de desenvolvimento expressos
pelas formas de uso e ocupação do espaço no que tange aos seus problemas e
potencialidades presentes nas RPA’s 1, 2, 3 e 4 e na área ao norte - RPA 5
(Região de Aldeia).
Mesmo que, legalmente, não possua área rural, boa parte do seu território
apresenta características campestres e clima agradável, principalmente, na região
de Aldeia, de pouca ocupação e com atividades voltadas ao cultivo de flores
tropicais destinados ao mercado interno e à exportação.
Embora seu espaço esteja bastante urbanizado e tenha sofrido diversas
ações antrópicas, o município possui áreas de relevante valor ambiental: são
bolsões
remanescentes
de
mata
atlântica
que
ainda
apresenta
uma
biodiversidade considerável.
Camaragibe possui importante rede de drenagem com diversos olhos d'água
e nascentes de rios com o rio Araçá e o rio Pacas, na região de Aldeia,
formadores do rio Beberibe, além dos riachos Timbí
e Besouro e o rio
Camaragibe. Isso se deve porque a cidade está inserida nas duas bacias mais
importantes da RMR – Bacia hidrográfica do rio Capibaribe e Bacia hidrográfica do
rio Beberibe.
A área sul é considerada o centro da cidade de Camaragibe, reunindo a
maior
densidade
educacionais,
populacional,
comerciais
de
bem
diversas
como
serviços
naturezas
e
médico-hospitalares,
grande
parte
dos
estabelecimentos industriais do município.
De acordo com o IBGE, Camaragibe ocupa a 11ª posição entre as maiores
taxas de crescimento populacional do Estado de Pernambuco, figurando com uma
taxa geométrica de crescimento anual de 2.91% – de acordo com o Censo de
2000.
15
O primeiro mandato do governo municipal foi exercido pelo Prefeito Carlos
Josimar Lapenda (1984 -1988), seguido dos prefeitos Arnaldo Gonçalves Guerra –
(1988 – 1992); João Ribeiro de Lemos – (1992 – 1996); Paulo Roberto de Santana
– (1996 – 2004); e novamente João Ribeiro de Lemos – atual prefeito (2004 –
2012);
16
3 POLÍTICAS PÚBLICAS: conceitos gerais e históricos
A expressão políticas públicas é polissêmica, sua origem vem das Ciências
Sociais e Política. Expressões como “política” e “políticas públicas” comportam
variadas acepções, concepções e definições.
De acordo com Muller e Surel (2004) apud Jardim (2009,) na língua inglesa o
termo “policies” é a expressão utilizada para designar a ação pública, ou seja, os
processos que elaboram e implementam programas e projetos públicos. O tipo ou
modelo de estado é quem vai determinar, em parte, o conceito de políticas
públicas.
As Políticas Públicas precisam ser vistas como um conjunto de ações
coletivas voltadas para a garantia dos direitos sociais, representando um
compromisso público que visa dar conta de determinada demanda, em diversas
áreas.
Na definição de Matias-Pereira (2008, p.107), política pública compreende
um elenco de ações e procedimentos que visam à resolução pacífica de conflitos
em torno da alocação de bens e recursos públicos e os personagens envolvidos
nestes conflitos são denominados "atores políticos".
As políticas públicas vão além do social, mas todas visam à coletividade.
Ganharam muito espaço nas constituições sociais de direito, como a do Brasil.
Contudo, elas não devem ser entendidas apenas como “planos” e “programas”.
Devem ser compreendidas em várias dimensões - Política com o sentido de arte
de governar (governança), Política como arte de planejar o presente e o futuro,
Política como escolha de metas, de objetivos visando o interesse coletivo.
Trata-se de uma ação pública porque a coordenação é do estado, através
dos diversos entes da federação, das suas funções básicas (administrativa,
legislativa, jurisdicional) e dos diversos órgãos públicos. Podem ser sociais,
econômicas, diplomáticas e não visam apenas às pessoas em situação de
vulnerabilidade, mas a todos. Englobam também a fase de decisão política,
representando um nexo entre a teoria e a ação.
17
A literatura da área afirma que é nos Estados Unidos, na década de 50, que
as políticas públicas passaram a ser objeto de preocupação e estudo. Surgiram
para garantir o direito à satisfação das necessidades básicas como saúde,
educação, moradia, segurança pública, cultura, transporte, bem como o direito ao
acesso, uso, produção, divulgação da informação.
Tratar de políticas públicas é, antes de tudo, compreender o papel do Estado
e suas implicações na sociedade contemporânea. Isto é, observar a lógica
existente nas diversas formas de interação entre estado e sociedade, identificando
as relações entre os vários atores e entendendo a dinâmica da ação pública.
Jardim (2009) faz menção a Easton (1953) quando afirma que uma política é
“uma teia de decisões que alocam valor”. (DAGNINO et al, 2002, p.2 apud
JARDIM, 2009, p.10). O autor traz ainda, baseado nos estudos de Heclo (1972),
que uma política pode ser considerada como um curso de uma ação ou inação (ou
‘não-ação’), mais do que decisões ou ações especificas.
Jardim amparado pelas teorias de Jenkins (1978), diz que política é “conjunto
de decisões inter-relacionadas, concernindo à seleção de metas e aos meios para
alcançá-las, dentro de uma situação especificada”. E na definição de Wildavsky
(1979), a política é “um processo de tomada de decisões, mas também, o produto
desse processo”. (DAGNINO et al, 2002, p. 2 apud JARDIM, p.10).
Segundo Subirats (1989), uma política pública “normalmente implica uma
série de decisões. Decidir que existe um problema. Decidir que se deve tentar
resolver. Decidir a melhor maneira de resolver. Decidir legislar sobre o tema”.
(SUBIRATS, 1989, p.4),
As políticas públicas estão subordinadas aos princípios gerais da
administração pública, conforme o art. 37 da Constituição da República Federativa
do Brasil de 1988, como legalidade, transparência, eficiência. Também se
submetem aos princípios republicanos da prestação de contas, participação
popular e controle social e institucional.
Para que tenham eficácia e eficiência, necessitam da gestão matricial e
transversal, dentro de uma visão sistêmica, já que se vive numa federação
18
norteada pelos fundamentos e objetivos da república e pelo princípio da dignidade
da pessoa humana.
De acordo com BUCCI (2002), “políticas públicas são programas de ação
governamental visando a coordenar os meios à disposição do estado e as
atividades privadas, para a realização de objetivos relevantes e politicamente
determinados” (BUCCI, 2002, p.241).
Tomando como base os artigos 1º, 3º, 5º, 174 da CFB, não é possível
garantir os fundamentos e os objetivos da república e os direitos fundamentais do
ser humano se não for por meio das políticas públicas. Portanto, os governos,
dentro de suas competências (parcelas de atribuições) estão obrigados a elaborar
políticas públicas.
Os meios para sua elaboração e execução podem se dar pelo plano
plurianual de metas (art.165,i,§1º), pela Lei de Diretrizes Orçamentárias
(art.165,ii,§2º), por meio da governabilidade no congresso nacional, assembléias
legislativas e câmaras municipais.
Segundo Jardim (2009, p.12), é possível identificar algumas características
comuns às políticas públicas: relações de poder e legitimidade; espaços de trocas;
elementos de valor e conhecimento; normas, regulamentos e procedimentos;
necessidades de escolhas; sentidos e valores culturais; uma ideologia que as gere
e
as
sustente;
planejamento
orçamentário;
organograma
e
estrutura
organizacional hierárquica setorial; integração e inter-relacionamento entre seus
vários aspectos e níveis; programas e projetos específicos; dinamismo para as
necessárias atualizações; participação dos setores interessados; representação
democrática da sociedade na sua formulação e implementação; atendimento de
diferentes demandas; critérios de aferição e avaliação de seus resultados.
Uma política pública é, portanto, dinâmica e mutante. Tende a alterar-se
ao longo do tempo, sob a redefinição de diretrizes e novos objetivos. Para
entender melhor o conceito de política, Dagnino et al.(2002, p. 3 apud JARDIM
2009, p. 12) sintetiza a temática em 10 (dez) tópicos:
19
1. Necessidade de distinção entre política e decisão, pois a política é
gerada por uma série de interações entre decisões mais ou menos
conscientes de diversos atores sociais (e não somente dos
tomadores de decisão);
2. Distinção entre política e Administração
3. Política envolve tanto intenções quanto comportamentos;
4. Ação como não-ação;
5. Pode determinar impactos não esperados;
6. Os propósitos podem ser definidos ex post: racionalização;
7. Processo que se estabelece ao longo de curto, médio e longo prazo;
8. Envolve relações intra e inter organizações;
9. É estabelecida no âmbito governamental, mas envolve múltiplos
atores;
10. É definida subjetivamente segundo as visões conceituais adotadas.
Baseado em Jardim (2009), para se identificar uma política pública há alguns
critérios necessários: existência de um conjunto de medidas concretas; decisões
de natureza mais ou menos autoritária; estar inscrita em um quadro geral de
ação, nunca ocorrer isoladamente; possuir sempre um público; possuir objetivos
definidos.
Uma política pública não é apenas um conjunto de decisões. É concebida,
formulada e implementada a partir de atores sociais diversos que se relacionam e
se influenciam mutuamente em um ambiente de conflitos e consensos.
Reconhecida a realidade e as circunstâncias em que as políticas públicas
são formuladas e pretendem surtir efeito, sua implementação depende de
planejamento estratégico, o que, por sua vez, significa também atuação política
sustentada e prolongada no tempo.
Ao se tratar de políticas públicas é necessário se ater a alguns pontos
abordados por Jardim (p.18):
•
As escolhas por determinados desenhos e objetos de políticas públicas
informacionais em detrimento de outros, assim como as conseqüências de
tais escolhas;
20
• Aos modelos de não-ação política, ou seja, a indefinição de políticas
públicas de informação como uma estratégia do governo municipal;
• Ao cenário estatal e social no qual são desenhadas e implantadas as
políticas públicas de informação;
• As causas, custos e efeitos das políticas formuladas e implementadas, bem
como daquelas formuladas, porém não implementadas;
• Os obstáculos de natureza diversa ao desenho e à implementação de
políticas públicas;
• As tendências a se interpretar a existência de políticas públicas de
informação apenas como um conjunto de mecanismos legais ou de infraestruturas de informação;
• A diversidade de atores do Estado e da sociedade civil e as redes de
poder, incluindo seus embates, que se constroem no desenho e na
formulação de políticas públicas;
• A construção e a execução do orçamento governamental voltado para as
políticas públicas de informação;
• A transversalidade da política pública de informação com outras políticas
públicas;
• As metas propostas e os impactos alcançados, incluindo a análise dos
processos decisórios; e graus de coerência entre metas, decisões e ações;
• As ações e os programas não anunciados como políticas públicas pelos
agentes estatais, mas que merecem ser trabalhados como políticas
públicas;
• O grau de participação da sociedade civil: setores representados,
processos de escolha e perfis dos representantes; bem como a maior ou
menor representatividade do Estado no processo decisório;
• A comparação do alcance, intensidade e as formas pelas quais indivíduos,
grupos e organizações são afetados (ou não) pelas políticas de
informação.
21
4 POLÍTICAS PÚBLICAS DE INFORMAÇÃO: o atual cenário do
Município de Camaragibe
As políticas públicas de informação são consideradas objeto da ação do
Estado e, ao mesmo tempo de investigação de várias áreas do conhecimento. Tal
temática requer a compreensão do papel do Estado enquanto produtor e
acumulador de informações, bem como seus desdobramentos na sociedade atual.
De acordo com Jardim (2009. p.3), “[...] as políticas públicas de informação
configuram-se em processos complexos e característicos da contemporaneidade”.
A essência da formulação, implementação e avaliação de qualquer política está
nas escolhas, confrontos e ações informacionais de grande impacto em vários
níveis da vida social.
Após a 2ª Guerra Mundial (1945), a temática “Política de Informação” vem
crescendo rapidamente, ganhando espaço teórico e operacional nas “estruturas
do Estado, nas características da sociedade civil, nas formas de governo e de ser
governado nos âmbitos local, regional, nacional e até mesmo transnacional.
Por
isso,
“os
vários
aspectos
científicos,
tecnológicos,
políticos,
organizacionais e sócio-culturais, inerentes a esse processo, têm demandado
novas questões e a conseqüente busca por respostas em todas essas facetas da
contemporaneidade”. (JARDIM, 2009, p.3)
A intensidade e a diversidade das informações no cenário – estado-governosociedade – exigem que as ações governamentais adquiram novos contornos, a
fim de garantir a implementação efetiva das políticas públicas informacionais.
Dentro do regime democrático, o estado constitui o agente que detém
privilégio de produção, recepção e agregação das informações, submetendo-se ao
controle social. Nessa perspectiva, ele é o agente protagonista na busca pelo
acesso à informação e o uso cada vez mais integrado de serviços de
documentação, bibliotecas e arquivos.
22
De acordo com Jardim (2009), o programa intergovernamental UNISIST –
Sistema Mundial de Informação Científica e Tecnológica lançado em 1972 pela
Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura- ONU tinha
como propostas fundamentais a cooperação voluntária internacional para a
melhoria do acesso e uso da informação e a superação do desequilíbrio entre
países desenvolvidos e em desenvolvimento.
A partir dos anos 80, a ONU surge com o conceito de NATIS- Sistemas
Nacionais de Informações – ampliando as ações de incentivo às políticas
nacionais de informação. Tais ações foram ainda mais reforçadas pela
emergência das novas tecnologias de informação e comunicação.
No cenário dos anos 90, a figura de um “Estado mínimo provoca
questionamentos ao protagonismo do Estado na sua formulação, execução e
avaliação de políticas públicas informacionais” (JARDIM, 2009, p.5).
Sendo
assim,
novas
formas
de
produção
e
uso
da
informação,
principalmente nos países de capitalismo central, provocaram transformações em
diversos cenários informacionais, dentre eles destaca-se: nas relações estadosociedade, nas agendas governamentais e nos comportamentos sociais de
maneira geral.
Outros autores como Caridad Sebastian, Méndez Rodriguez e Rodrigues
Mateos citados por Jardim discorrem sobre a
“dimensão das políticas de informação como orientações ou diretrizes
para a consecução do direito a informação e como conjunto de
estratégias convergentes para estimular a nova era tecnológica que
caracteriza a nova sociedade” (CARIDAD SEBASTIAN; MÉNDEZ
RODRIGUEZ; RODRIGUES MATEOS(2000) apud JARDIM, 2009, p.6).
Ainda de acordo com o autor [...] as políticas de informação são projetadas
para responder às necessidades e regular as atividades dos indivíduos, a indústria
e o comércio, de todos os tipos de instituições e organizações e governos
nacionais, locais, ou supranacionais. Devem regular a capacidade e a liberdade de
adquirir, possuir e manter a própria informação, usá-la e transmiti-la (HILL, 1995
apud JARDIM, 2009, p.7).
23
A concepção das políticas de informação se completa com o seu papel
principal de prover o marco legal e institucional do qual decorre o intercâmbio
formal de informação. Esse intercâmbio refletiria objetivos políticos e burocráticos,
dada a sua emergência na organização do governo e do aparato estatal.
Segundo Daniel (2000), uma política de informação “é o conjunto de regras
formais e informais que diretamente, restringindo, impulsionando ou de outra
maneira, formam fluxos de informação” (DANIEL, 2000, p.2, tradução nossa).
Conforme González de Gómez (2002), a relação entre política e informação
ficou imersa nas novas configurações das infra-estruturas de informação e da
noção de sociedade da informação, implicando a necessidade de sua
reconstrução.
Lastres e Aun (1997) apud Jardim (2009, p. 7) sintetiza o quadro do
desenvolvimento das políticas de informação afirmando que, na década de 70, as
tendências principais das políticas de informação refletiam principalmente a ênfase
ao
desenvolvimento
científico
tecnológico,
privilegiando
a
criação
e
o
armazenamento de informações correlatas.
Na década de 80, ainda segundo Jardim (2009), sob a influência dos
avanços da expansão das tecnologias de informação e da aceleração do processo
de globalização, observa-se que as políticas passaram a valorizar a criação de
infra-estruturas de informação para a comunicação e a utilização de bases de
dados.
Os avanços dos anos 90, associados aos avanços da informática e das
telecomunicações – que passaram a aliar a comunicação com rapidez sem
precedentes à ampla capacidade de armazenamento da informação – exigiam
novos desafios no que se refere ao estabelecimento de prioridades enfocadas
pelas políticas de informação.
As políticas de informação adquirem, então, uma nova dimensão dentro do
campo das políticas públicas, pois governos de vários países passaram a
reorganizar suas estratégias com relação ao desenvolvimento da área de
informação, implicando em redefinição de seu escopo e abrangência.
24
É preciso que haja o reconhecimento do papel da informação como bem e
direito público, com suas características de transparência e distribuição de amplo
acesso e baixo custo de reprodução, assim como a sua importante contribuição
nas áreas sociais (LASTRE; AUN, 1997, p.55 apud JARDIM, 2009, p.8).
As políticas públicas de informação possuem natureza complexa, e por isso
mesmo, não existe ‘uma única política que abarque tudo’. Isso é evidenciado
quando se afirma que
(...) política de informação constitui então um conjunto de princípios,
leis, diretrizes, regras, regulamentos e procedimentos inter-relacionados
que orientam a supervisão e gestão do ciclo vital da informação: a
produção, coleção, organização, distribuição/disseminação, recuperação
e eliminação da informação. Política de informação compreende o acesso
à, e uso da informação (ANDRYCHUCK, 2004, p. 3 apud JARDIM, 2009,
p.9).
Para Jardim (2003), as políticas públicas informacionais constituem o
conjunto de premissas, decisões e ações – produzidas pelo Estado e inseridas
nas agendas governamentais em nome do interesse social – que contemplam os
diversos aspectos (administrativo, legal, científico, cultural, tecnológico, etc.)
relativos à produção, uso e preservação da informação de natureza pública e
privada.
É nesse contexto de pressões internas e externas impondo a readequação
da agenda pública no Brasil que se insere o Município de Camaragibe. Por meio
da Prefeitura e sob o mandato do Prefeito João Lemos (PC do B - 20042008/2009-2012) vem afirmando administrar de forma democrática e participativa,
contudo, não apresentou até o presente momento, ações concretas e eficazes
voltadas ao acesso, uso, produção e divulgação da informação.
Desde o início do seu 1º mandato (2004-2008), a ausência de ações para
ampliação/reforma da Biblioteca Municipal de Camaragibe é perceptível; os
camaragibenses não têm à disposição locais para leitura, estudo adequados, se
quer existia durante esse período, um bibliotecário(a) atuando na instituição.
Através da elaboração de um projeto de pesquisa pelos alunos do Curso de
Biblioteconomia/DCI da UFPE Ana Luiza Souza e Silva, Gilvanedja Silva e Túlio
25
Revoredo para o 8º Congresso de Iniciação Científica – CONIC/SEMESPE em
2008 foi possível coletar de dados referentes à Biblioteca Municipal como sua
história, seu acervo, serviço de referência, empréstimo e divulgação das
atividades desenvolvidas e chegarem a conclusão que, enquanto estava em
funcionamento, a Biblioteca Pública de Camaragibe possuía espaço físico
insuficiente, acervo bastante desatualizado, principalmente na área de informática
e saúde; não havia uma política de atualização do acervo, bem como material
informativo sobre sua fundação, trajetória e atividades desenvolvidas. Também
havia recursos materiais e humanos escassos e pouco capacitados para atender a
demanda com qualidade e eficiência; nem dispunha de salas de leitura individual;
tendo apenas uma sala de leitura infantil, porém totalmente desorganizada (obras
sem classificação, sem preservação/conservação).
Além disso, não havia divulgação efetiva das movimentações culturais pela
administração da unidade de maneira a atrair o público para participar de suas
atividades.
Enfim, não há, até o presente momento, políticas de informação
definidas e implementadas pela Secretaria de Educação e pela Fundação de
Cultura da cidade de Camaragibe.
O ano de 2009 foi o ápice da triste história da biblioteca da cidade, pois teve
suas atividades encerradas para uma “reforma no prédio” que até a presente data
(junho/2010) continua sem acontecer, completando 1(um) ano e 4(quatro) meses
de seu fechamento. Vale ressaltar que o mesmo foi repentino e em pleno mês de
fevereiro, início do ano letivo, deixando os estudantes de Ensino Fundamental e
Médio e demais usuários sem qualquer alternativa para realizar seus estudos e
pesquisas no município.
Era necessário que houvesse antecipadamente um planejamento por parte
da Secretaria de Educação e da Fundação de Cultura da cidade para que, a partir
do momento que a unidade de informação fosse fechada, outro espaço alternativo
fosse disponibilizado com o intuito de não deixar a população desamparada de
tais recursos e serviços.
Tal problemática provoca a seguinte interrogação: se em Camaragibe não há
biblioteca funcionando, nem ao menos espaços de leitura, salas para acesso
26
gratuito à internet, nem um pequeno acervo de livros, periódicos e demais
recursos para pesquisas, como e onde a população tem buscado suprir suas
necessidades informacionais?
A resposta a este questionamento é simples: a grande maioria da população
não tem o hábito da leitura, não faz pesquisas em livros, e os trabalhos escolares,
em geral, ou são feitos na sala de aula apenas com os livros didáticos oferecidos
pelas redes municipal e estadual de ensino, ou através da internet com os
chamados CTRL + C e CTRL + V, ou seja, o famoso “copiar-colar” textos de sites
diversos, sem orientação adequada e sem sequer haver interpretação e
entendimento acerca do objetivo do trabalho, da sua importância e aplicabilidade
na vida dos estudantes.
Para tentar remediar a situação, a Prefeitura de Camaragibe, através da
Secretaria de Educação, afirma que vem trabalhando em prol da reabertura de
sua Biblioteca Municipal, porém enquanto as obras de reforma da biblioteca não
se iniciam, a população conta apenas com a “Biblioteca Itinerante”.
Inaugurada em 6 de fevereiro do corrente ano, funciona num caminhão baú
“Viajando no mundo da leitura”, que circula pelos bairros do município buscando
inserir o hábito de leitura no cotidiano dos camaragibenses. Contudo, tal projeto
enfrenta algumas dificuldades técnicas que muitas vezes impossibilita-o de prestar
serviços de qualidade para a população.
Vale salientar ainda que ao tomar ciência que este trabalho de pesquisa
monográfico estava sendo desenvolvido no município por uma simples moradora
do Bairro de João Paulo II, e que é de conhecimento do Ministério da Cultura –
Minc que Camaragibe aparece nos dados do 1º Censo Nacional das Bibliotecas
Públicas Municipais como uma das 420 cidades que não possuem biblioteca, de
imediato, houve uma reunião extraordinária com o Prefeito João Lemos e os
responsáveis pela Secretaria de Educação e Fundação de Cultura.
Ficou decidido que, provisoriamente, será aberto um espaço para estudo no
atual prédio da fundação, bem como se exigiu ações imediatas para a execução
do projeto de reforma da Biblioteca Municipal da cidade que se encontra
paralisado há mais de um ano.
27
Tudo isso demonstra a falta de planejamento municipal no que se refere às
questões envolvendo acesso, uso, produção e disseminação da informação por
parte da população camaragibense. É nítida a despreocupação com as demandas
reprimidas, com a formação intelectual, cultural e profissional do público estudantil,
bem como os usuários de maneira geral.
28
5 METODOLOGIA
Por meio de pesquisa exploratória, foi realizado um levantamento dos
principais autores, trabalhos publicados (livros, periódicos, teses, dissertações,
textos na internet) existentes sobre políticas públicas de informação.
Também foram feitas entrevistas aleatórias, entre os responsáveis pelas
Secretarias de Educação e Cultura de Camaragibe, a fim de colher informações
sobre as ações administrativas e as políticas voltadas à promoção do acesso à
leitura, ao uso da biblioteca, atividades culturais e de educação de modo geral
desenvolvidos por esta secretaria durante o período de gestão do Prefeito João
Lemos (2004-2008/2009-2012).
Seqüencialmente, foi realizada a análise dos dados obtidos a fim de formular
uma proposta para que seja possível a criação e a implantação de políticas
públicas de informação no município de Camaragibe, começando pela inscrição
do Projeto de Implantação da Biblioteca Comunitária João Paulo II no edital Mais
Cultura de Apoio às Bibliotecas Públicas Municipais 2010, lançado pelo Ministério
da Cultura – Minc, bem como a reabertura da Biblioteca Municipal da cidade, além
de outros espaços que promovam o acesso, uso e divulgação da informação e da
educação.
29
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com os dados coletados, as abordagens expostas e defendidas ao longo
deste trabalho é possível se afirmar que são inexistentes ações públicas concretas
que contemplam o acesso à informação pelo cidadão e a oferta de canais de
comunicação no âmbito do município de Camaragibe.
Essa falta de informação impede aos cidadãos de obterem informações de
seu interesse. Por isso, devem ser desenvolvidos serviços de informação e
comunicação e divulgação de como acessá-las, para que ocorra uma inclusão
dessa demanda na sociedade da informação.
As maiores dificuldades para elaboração e implementação efetiva de
políticas públicas pelos poderes do estado e os entes da federação dizem respeito
à falta de transversalidade e a idéia de sistema, a falta de consenso para a
elaboração das matrizes essenciais e apenas alguns setores da comunidade
conhecem os caminhos da lei e do judiciário para tal formulação.
Além disso, há o problema cultural das autoridades e do povo, a visão
patrimonialista e não republicana da maioria dos responsáveis pelas funções do
estado, nos três poderes e nos diversos entes da federação, o forte paternalismo,
assistencialismo e clientelismo político, bem como a falta de planejamento a curto,
médio e em longo prazo.
Aquilo que é denominado pelos próprios governos que a formulam, como
uma política pública, nem sempre se configura como tal. Mesmo na ausência de
uma estrutura governamental especializada para a formulação e implementação
de uma política pública, essa pode existir. Como também a não-ação pode ser
considerada um modelo de política pública adotada pelo governo, como é o caso
do Município de Camaragibe.
A promoção de políticas públicas e sua efetiva implementação implica na
mudança do comportamento dos políticos e em novos arranjos institucionais nas
atitudes de governo.
30
Necessita-se, assim, que haja um deslocamento de foco – do atendimento
das necessidades dos diferentes órgãos da administração pública para as
tentativas de solucionar os problemas da sociedade (CUNHA; RESENDE, 2005, p.
65 apud JARDIM, 2009, p.17).
Segundo Lourenço e Freire (2008, p.6), são “as práticas informacionais que
auxiliam na constituição de redes sociais, pois são conjuntos de múltiplas relações
de associações coletivas, transformando as pessoas e agregando valor aos seus
conhecimentos”. Porém, a relação entre informação e cidadania não é algo gerado
a partir do simples acesso/uso de informação, esta relação vai, além disto, exige
participação por parte do usuário de informação.
Para que a mudança ocorra é preciso que a informação seja recebida e
analisada a partir de necessidades específicas e transferida para atender a estas
mesmas necessidades, surgindo fluxos informacionais mais presentes.
Assim, diante desta consideração, a sociedade de informação e do
conhecimento é apenas um espaço de possibilidades que ainda espera uma ação
por parte dos sujeitos sociais, no sentido de colocar tais elementos a serviço do
bem estar coletivo, atingindo o objetivo da informação, que é ser útil aos cidadãos,
onde a informação passa a ter valor a partir do momento que é utilizada para
suprir necessidades.
31
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informação. Brasília, DF: Briquet de Lemos/Livros, 1996.
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33
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VERGUEIRO, Waldomiro. Seleção de materiais de informação: princípios e
técnicas. 2.ed. Brasília, DF: Briquet de Lemos/Livros, 1997.
34
APÊNDICES
9
APÊNDICE A - Projeto de Implantação da Biblioteca Comunitária João
Paulo II: Plano de Trabalho
A elaboração do projeto de implantação da biblioteca faz parte da proposta
de política pública de informação para o município de Camaragibe e para sua
inscrição no edital, seguiu os padrões estabelecidos pelo Ministério da Cultura –
Minc. e apresenta as seguintes categorias:
ROTEIRO DE ELABORAÇÃO DO PROJETO TÉCNICO
PARA TODAS AS CATEGORIAS
1. Apresentação: descrição resumida do projeto a partir da categoria e
subcategorias escolhidas (máximo de 15 linhas).
2. Objetivo: descrever o que se pretende alcançar para a comunidade com a
execução do projeto (máximo de 10 linhas).
3. Justificativa: verificar as orientações abaixo na categoria que o projeto está
sendo apresentado (máximo de 30 linhas).
- Categoria 1 e 3: justificar o projeto a partir do diagnóstico das demandas locais
na área de livro e leitura e das condições de funcionamento da biblioteca, das
suas necessidades prioritárias, da sua atuação e importância na comunidade, do
perfil do público usuário e destacar as perspectivas de atendimento, a partir do
apoio pretendido no edital.
- Categoria 2: justificar a necessidade de criação da biblioteca a partir do
contexto social onde o equipamento será proposto, indicar o perfil do público a ser
atendido e destacar as perspectivas de atendimento, a partir do apoio pretendido
no edital.
4. Plano de trabalho: elaborar um Plano de Trabalho com as recomendações
abaixo apenas nas categorias escolhidas pelo proponente para apresentar seu
projeto:
a) Aquisição de Acervo: apresentar a descrição geral com percentuais de
gêneros literários a adquirir e justificativa para a seleção apresentada,
sempre seguindo os critérios estabelecidos no edital (subitens 1.1.1; 1.2.1;
1.3.1).
b) Formação de Mediadores e Agentes de leitura: detalhar e justificar o
conjunto de atividades a realizar durante a capacitação, descrevendo:
metodologia, recursos pedagógicos, materiais didáticos, equipe de
profissionais envolvidos, carga horária, público alvo, local e período de
realização, parcerias, forma de divulgação, etc.
c) Capacitação em Gestão de Bibliotecas ou Bibliotecas Acessíveis:
detalhar e justificar o conjunto de atividades a realizar durante a
capacitação, descrevendo: metodologia, recursos pedagógicos, materiais
didáticos, equipe de profissionais envolvidos, carga horária, público alvo,
local e período de realização, parcerias, forma de divulgação, etc.
36
d) Programação Sócio-Cultural (plano anual de atividades): descrever o
conjunto de atividades a realizar, detalhando: tipo de atividades, horários,
periodicidade, público alvo, linguagens artísticas, profissionais envolvidos,
etc.
e) Aquisição de Equipamentos, Mobiliário e Itens de Ambiência:
apresentar a descrição técnica de todos os itens a ser adquiridos quando
se tratar de aquisição de acervo, de equipamentos, mobiliários e itens de
ambiência.
f) Reforma do Espaço Físico: apresentar e justificar, detalhadamente, a
necessidade da ampliação e/ou reforma, acompanhadas do Projeto Básico
Arquitetônico, contendo plantas baixas, cortes, fachadas, cobertura com
indicação de cotas e áreas.
5. Etapas e cronograma de execução: detalhar as etapas e o prazo de trabalho
(com datas de início e término) necessárias para executar o projeto, considerando
todas as subcategorias escolhidas.
6. Orçamento: detalhar todos os itens de despesas, por subcategoria, informando a
quantidade, unidade, valor unitário e valor total; identificar quais os custos serão
apoiados pelo MinC e quais são contrapartida do proponente.
7. Plano de Divulgação: detalhar a forma de divulgação na comunidade das
atividades e serviços oferecidos.
8. Cronograma de desembolso: detalhar o cronograma de pagamentos
decorrentes da execução do projeto, a partir do recebimento do recurso e da
contrapartida.
9.
Metas e Resultados Esperados: citar os benefícios criados ou ampliados para
a comunidade atendida com a execução do projeto.
10. Equipe técnica: nome, contatos (telefone fixo, telefone celular e email) e currículo
do(s) coordenador(es) do projeto; nome, função, contatos e formação de outros
membros participantes da equipe de execução do projeto (entre funcionários,
terceirizados, prestadores de serviços e colaboradores).
11. Materiais complementares: fotos, reportagens, declarações, croquis, etc.
37
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMARAGIBE
FUNDAÇÃO DE CULTURA, TURISMO E ESPORTES
Gilvanedja Silva
Projeto de Implantação da Biblioteca Comunitária
no Bairro de João Paulo II – Camaragibe/PE
Projeto desenvolvido por Gilvanedja
Silva, concluinte do Curso de
Bacharelado em Biblioteconomia pela
Universidade
Federal
de
Pernambuco-UFPE, com Licenciatura
Plena
em
Pedagoga
pela
Universidade
de
PernambucoUPE/FFPNM, e atualmente, Pósgraduanda
em
Formação
em
Recursos Humanos pela Faculdade
Frassinetti do Recife - FAFIRE, para
participar do Edital do Projeto Mais
Cultura de Apoio às Bibliotecas
Públicas
2010
lançado
pelo
Ministério da Cultura – Minc.
Camaragibe
2010
38
APRESENTAÇÃO
O projeto apresenta uma proposta de Implantação da Biblioteca Comunitária,
que será localizada no prédio da Associação de Moradores do Bairro João Paulo
II, na cidade de Camaragibe – PE.
É de notável relevância a construção de uma biblioteca comunitária que
sirva de instrumento para garantir a participação democrática da comunidade nas
atividades desenvolvidas, buscando parcerias locais e de diversas entidades que
apóiam projetos sociais para melhoria das condições de vida da comunidade,
proporcionando crescimento intelectual e valorização a cultura popular e local,
estimulando o trabalho coletivo, a luta pela melhoria dos moradores de forma
individual
e
coletiva,
auxiliando
no
processo
de
ensino-aprendizagem,
principalmente, das crianças e adolescentes, quanto à leitura e escrita, na
perspectiva de otimizar os serviços e garantir a participação da comunidade nas
tomadas de decisão e nas atividades culturais oferecidas pela instituição.
39
POLÍTICA DE SELEÇÃO
A política de seleção baseia-se num instrumento formal de características
administrativas, de relações públicas e políticas. Este documento justifica-se pôr
garantir a manutenção dos critérios selecionados abaixo, além da permanência
física dos profissionais responsáveis pelas decisões, auxiliando nos momentos em
que o bibliotecário deve decidir entre um item ou outro.
Critérios de Seleção Adotados pela Equipe Técnica
Estes critérios irão garantir que o acervo seja fruto de um planejamento
condizente com os propósitos e objetivos da instituição. Dentre os Critérios de
Seleção citados por ANDRADE; VERGUEIRO (1996), os seguintes foram
adotados:
• Autoridade- a qualidade do material está relacionada com a reputação do
autor, editor ou patrocinador.
• Precisão- aqui se evidenciou o quanto a informação de um documento é
exata, rigorosa e correta.
• Atualidade- critério decisivo em bibliotecas públicas e comunitárias que
valorizam dados atuais.
• Cobertura/Tratamento- diz respeito à abordagem dos assuntos e seus
aspectos.
• Conveniência- deve verificar o vocabulário e o visual do trabalho, os quais
serão determinados pela idade e desenvolvimento intelectual dos usuários.
40
• Característica Física- observou-se os aspectos materiais (caracteres
tipográficos, legibilidade, tamanho, encadernação, qualidade do papel),
considerando o uso pretendido para o material e as características dos
usuários.
• Aspectos Especiais- analisando a inclusão e a qualidade de bibliografias,
apêndices, notas, índices e mais elementos que contribuam para utilização
de documentos.
• Custo- identificando alternativas financeiras de menos custo para a
biblioteca.
Aquisição do Acervo
No intuito de satisfazer a necessidade informacional de seus clientes
/usuários, o sistema de informação e/ou a biblioteca tem como finalidade
primordial formar e desenvolver coleções, bem como promover o acesso a essas
coleções.
Deste modo, “o desenvolvimento de coleções constitui uma das atividades
mais importantes, na medida em que dela depende a provisão dos recursos
informacionais da biblioteca...” (KLAES, 1991, p.31).
Porém, para que haja uma coleção que atenda de maneira eficaz os clientes/
usuários, se faz necessário que a instituição tenha uma política de seleção
criteriosa.
Diante do perfil da Biblioteca Comunitária João Paulo II, definiu-se as
seguintes categorias para a composição do seu acervo, bem como uma
porcentagem de títulos destinados para cada uma delas.
•
Obras de Referência – composto por dicionários, enciclopédias, almaques,
anuários, catálogos, etc. (20%)
41
•
Literatura Infanto-juvenil e Adulta – compostos por obras diversas de
ficção, clássicos da literatura brasileira, inglesa, bem como obras para
crianças e adolescentes; (40%)
•
Acervo Multidisciplinar – formado pelas grandes áreas do Conhecimento,
de acordo com a Classificação Decimal Universal – CDU, que são: (20%)
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
0 Generalidades. Informação. Organização.
1 Filosofia. Psicologia.
2 Religião. Teologia
3 Ciências Sociais. Economia. Direito. Política. Assistência Social. Educação.
4 Classe vaga.
5 Matemática e Ciências Naturais.
6 Ciências Aplicadas. Medicina. Tecnologia.
7 Arte. Belas-artes. Recreação. Diversões. Desportos.
8 Linguagem. Linguística. Literatura.
9 Geografia. Biografia. Historia.
•
Periódicos – formado por jornais e revistas; (10%)
•
Multimeios – CDs, DVDs, mapas, etc; (5%)
•
Acervo Especial – composto por materiais para atender ao público que
possui necessidades especiais. (5% - aquisição inicial de títulos)
Inicialmente, pretende-se adquirir aproximadamente 2000( dois mil) títulos
distribuídos nas seguintes categorias:
Porcentagem (%)
inicial para
aquisição
20%
Obras de Referência
Quant. Aprox.
Média de
Preço
Preço total
(aprox.)
400 títulos
R$100,00
R$ 20.000,00
40%
800 títulos
R$ 50,00
R$ 40.000,00
20%
400 títulos
R$ 50,00
R$ 20.000,00
Categorias
Literatura Infantojuvenil e Adulta
Acervo
Multidisciplinar
Periódicos
(assinaturas)
Multimeios
Acervo Especial
Total =
10%
5%
5%
100%
200
(exemplares)
100
100
2000
R$ 10,00
R$ 2.000,00
(exemplar)
R$ 20,00
R$ 2.000,00
R$ 30,00
R$ 3.000,00
R$260,00 R$ 87.000,00
42
PROGRAMAÇÃO SOCIOCULTURAL
Planejamento da programação inicial para ser realizada a partir da
inauguração da Biblioteca Comunitária, podendo sofrer ajustes dependendo das
necessidades do público, da disponibilidade dos profissionais envolvidos e de
demais fatores externos.
Tipo de Atividade
Horário
Periodicidade
Rodas de Leitura
14:00 às 18:00h
Mensal
Saraus Literários
14:00 às 16:00h e
18:00 às
20:00h(intercalados)
Bimestral
09:00 às 11:00h e
Contação de Histórias
14:00 às 16:00h
(intercalados)
Semanal
09:00 às 11:00h e
Oficinas de artes
Página do mês
Este mês na História
14:00 às 16:00h
(intercalados)
08:00 às 21:00h
Mensal
Mensal
08:00 às 21:00h
Mensal
Datas
Comemorativas
08:00 às 21:00h
Mensal
Exposições de
Trabalhos escolares
08:00 às 21:00h
Bimestral
PúblicoAlvo
Recursos Profissionais
Materiais
envolvidos
Livros
Crianças e
escolhidos Professores,
recreadores
adolescentes
pelos
usuários
Poesias,
Adolescentes
Professores,
poemas,
e jovens
recreadores
cordel
Livros de
literatura
infantoProfessores,
juvenil;
recreadores,
Crianças e
equipe
adolescentes
Painés, papel voluntária da
e demais
biblioteca
materiais
didáticos
Papel, tinta,
Crianças, tesoura, cola,
Professores,
adolescentes, materiais
recreadores
recicláveis,
jovens
barbante, ect.
Impressora
Bibliotecários,
Toda
Computador
professores
comunidade
Papel A4
Professores
Papel A4.
Estudantes
de história,
das escolas Computador.
voluntários,
Painel
municipais e
contadores
estaduais do expositor.
de história,
Impressora.
município
bibliotecários
Professores
- Painéis para
de história,
Crianças e
exposição;
voluntários,
adolescentes - Cartazes;
contadores
de história
Estudantes - Painéis para Professores,
das escolas exposição; voluntários,
municipais e - Painéis em grupos de
alunos
cartão,
estaduais do
43
município
Recepção a autores e
artísticas locais
Apoio e divulgação de
Concursos Literários
vários
14:00 às 18:00h
08:00 às 21:00h
Trimestral
Trimestral
09:00 às 11:00h e
Projeção de filmes
14:00 às 16:00h
(intercalados)
Mensal
cartolina,
tesouras,
cola e outros
materiais de
escritório;
- Painéis para
exposição;
Bibliotecários,
- Tesoura,
equipe de
Toda
cola e outros
profissionais
comunidade
materiais
da biblioteca,
consumíveis
voluntários
de escritório;
- Painéis para
exposição;
- Painéis em Bibliotecários,
equipe de
cartão,
profissionais
cartolina,
tesouras, da biblioteca,
cola e outros voluntários,
materiais de professores
escritório;
Computador
Datashow Profissionais
Aparelho de da biblioteca,
voluntários,
TV
Aparelho de recreadores
DVD
44
REFORMA FÍSICA
O espaço da biblioteca a ser implantada, necessitará de algumas reformas
no que se refere à pintura, acabamento, revestimento em gesso, instalações
elétricas e hidráulicas, bem como adaptações do espaço existente para atender às
necessidades das pessoas especiais.
Calcula-se que, em será necessário, aproximadamente, R$ 10.000,00 (dez
mil reais) para executar os serviços necessários.
Aquisição de Equipamentos, Mobiliário e Itens de Ambiência
ÍTEM - DESCRIÇÃO
Mesa redonda para Biblioteca 4 lugares Estrutura metálica em aço- formato ômega.
Tampo em MDF 15 mm
Mesa quadrada para Biblioteca 2 lugares Estrutura metálica em aço - formato ômega.
Tampo em MDF 15 mm.
Mesa para Biblioteca 4 lugares - Estrutura
metálica em aço SAE 1008/1020- formato
ômega. Tampo em MDF 15 mm.
Cadeira Biblioteca Empilhável Sem Braço
Cromada
Estação de trabalho operacional
Cadeira giratória para estação de trabalho
Impressora multiprofissional
Impressora a laser
Notebook
Computadores
Sofá de espera de 2 lugares com braços
fixos.
Estante para livros e periódicos face dupla base aberta - Construção em aço
SAE 1010/1020 – 12 prateleiras
Mobiliário Infantil - Livros e periódicos
2010 _ Estante Kids Face Dupla Base
Aberta
QUANT
PREÇO
UNITÁRIO
PREÇO
TOTAL
2
300,00
600,00
2
100,00
200,00
6
200,00
1.200,00
50
60,00
3.000,00
1
2
300,00
150,00
300,00
300,00
1
500,00
500,00
1
800,00
800,00
1
6
2.000,00
1.500,00
2.000,00
9.000,00
1
400,00
400,00
6
300,00
1.800,00
3
200,00
600,00
45
1
200,00
200,00
10
12,00
120,00
5
10,00
50,00
2
500,00
1.000,00
1
350,00
350,00
1
200,00
200,00
-
-
500,00*
20
6,00
120,00
Caixas , Cestos para transporte de
audiovisuais
Expositores para cartazes
2
25,00
50,00
1
100,00
100,00
Caixas/Bolsas audiov. Exposição/Armazen./arquivo
Materiais para limpeza de audiovisuais
Etiquetas para audiovisuais, livros, revistas
50
2,00
100,00
4
15,00
60,00
2000
0,15
300,00
40
2,00
80,00
3
30,00
90,00
-
-
200,00
100
12,00
120,00
5
10,00
50,00
Carrinho Desmontável para biblioteca
Bibliocanto – divisória e suporte de livros e
periódicos que são colocados nas estantes dimensão 0,09 cm x 0,16 cm x 0,11 cm.
Bibliocanto Infantil -Bicharada Borboleta
Armário em aço montável com 02 portas de
abrir.
Arquivo em aço com 04 gavetas para pasta
suspensa tamanho oficio.
Expositor para livros e periódicos face simples base semi-fechada – 6
prateleiras
Materiais de escritório (Resmas de papel
ofício, A4, grampeador, canetas, Fita adesiva,
Cola, Lápis com borracha, Lápis de cor,
Cartolina, Bolas de festa, Grampo
Material para arquivo: Caixas -plástico e de
cartão
Cerra-livros, placas-letreiros, sinalética
p/prateleiras
Ficheiros e separadores
Materiais de encadernação
Bolsas p/fichas, fantasmas- p/ organiz.
documentos (embalagem: 100 unidades)
Placas identificação e caixas sugestões
46
Equipamentos e Mobiliários diversos
Aparelho de DVD
2
200,00
Aparelho de som – Micro System
2
350,00
Cadeiras de plástico
50
30,00
Refrigeradores de ar
1
1.700,00
Projetor
1
1.500,00
TV
1
1.500,00
Tefefone
2
150,00
Lixeiros
4
20,00
Tapetes
5
20,00
Pufes
4
50,00
Bebedouro
1
400,00
Forno microondas
1
250,00
Fogão
1
350,00
Pia para copa
1
200,00
Quadro-branco
2
100,00
Desumidificadores
2
1.200,00
Máquina reprográfica
1
400,00
Refrigerador
1
800,00
Botijão de gás
1
50,00
Mesa para copa com 4 cadeiras
1
300,00
Prateleiras - parede
5
25,00
Ventilador
2
150,00
Máquina fotocopiadora (Xerox)
1
6.000,00
Equipamentos para Instalações diversas
(banheiros, demais espaços da
biblioteca)
2420 R$18.029,15 400,00
600,00
1.500,00
1.700,00
1.500,00
1.500,00
300,00
80,00
100,00
200,00
400,00
250,00
350,00
200,00
200,00
2.400,00
400,00
800,00
50,00
300,00
125,00
300,00
6.000,00
1.500,00
R$44.645,00
47
ETAPAS E CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
ETAPAS
1ª Fase
2ª Fase
3ª Fase
4ª Fase
5ª Fase
6ª Fase
7ª Fase
8ª Fase
9ª Fase
DESCRIÇÃO
INÍCIO
TÉRMINO
Reforma e adaptações no
Prédio da Biblioteca
Dezembro
Agosto 2010
Comunitária e Formação
2010
da Equipe de Voluntários
Campanha de Doação de
Dezembro
Agosto 2010
Livros
2010
Visitas a outras entidades,
centros culturais, ONG’s,
institutos de fomento a
projetos sociais em busca
de patrocinadores,
parceiros para a
Biblioteca Comunitária
Agosto 2010 Agosto 2011
Compra dos Livros,
Setembro
Outubro
equipamentos e
2010
2010
mobiliários
Processamento Técnico
do acervo, organização e
instalação dos
Dezembro
equipamentos e
Outubro 2010
2010
mobiliários
Planejamento com toda
equipe da Associação de
Moradores e da Biblioteca
Comunitária, reuniões, e
ações para divulgar a
Fevereiro
Janeiro 2011
Abertura da Biblioteca e
2011
seu cronograma de
atividades
Inauguração e início das
atividades da Biblioteca
Fevereiro 2011
Comunitária em João
Paulo II – Camaragibe –
Atendimento ao Público,
empréstimos presenciais Fevereiro 2011
e por telefone
Implantação da Base de
48
Dados Bibliográfica da
biblioteca, bem como
oferecer acesso à internet Janeiro 2011
para pesquisas e
realização de trabalhos
escolares
11ª Fase
Abril 2011
Treinamento dos usuários
para utilização da Base
Fevereiro 2011 Março 2011
de Dados e demais
pesquisas na Web
10ª Fase
Implantação das Aulas de
Fevereiro 2011
Reforço
11ª Fase
12ª Fase
13ª Fase
14ª Fase
15ª Fase
16ª Fase
Assessoria em trabalhos
escolares e acadêmicos, Fevereiro 2011
normalização;
Serviço de fotocópia e
impressão
Fevereiro 2011
Programa de
Alfabetização de Jovens e
Adultos
Agosto de
2011
Criação de Grupos de
Estudo, grupos de
pesquisa, de teatro,
atividades artesanais
Agosto de
2011
Elaboração e início da
execução de Projetos de
inclusão das pessoas com
necessidades especiais
Agosto de
2011
Exibição de filmes e
Documentários
Agosto de
2011
-
-
Dezembro
2011
Dezembro
2011
Dezembro
2011
Dezembro
2011
49
PLANO DE DIVULGAÇÃO
As atividades de divulgação das ações da Biblioteca Comunitária de João
Paulo II utilizarão os seguintes meios de comunicação, recursos e etapas:
1. Divulgação da data de inauguração e cronograma de atividades– através de
reunião com a comunidade do bairro, marcada antecipadamente; além de
folders fixados em locais de circulação da comunidade (posto de saúde,
bares e mercearias, terminal de transporte público e complementar, lan
house, nas paradas de ônibus, nas rádios locais da cidade, etc;
2. Criação do Blog da Biblioteca, Comunidade no Orkut, email da instituição,
hospedagem em sites gratuitos, perfil no Facebook, Twitter;
3. Produção de pequenos vídeos sobre a Biblioteca Comunitária de João
Paulo II para postar no You Tube;
4. Divulgação da programação mensal nos ônibus e veículos que fazem o
transporte no bairro, por meio de cartazes, entrega de convites para visitar
a biblioteca;
5. Divulgação no Jornal Semanal da Prefeitura de Camaragibe – “Camaragibe
Notícias”, na Agenda Cultural da Prefeitura do Recife, na Fundação de
Cultura de Camaragibe, Quadro de Avisos do Terminal Integrado de
Camaragibe, dentro outros locais de grande circulação de pessoas;
6. Campanha de Doação de Livros e Materiais Didáticos para a biblioteca –
através de postos de arrecadação fixados em pontos estratégicos do bairro;
50
7. Elaboração de Projetos para serem enviados aos órgãos de apoio como o
Instituto Itaú Cultural;
8. Pesquisa dos títulos de obras de interesse da comunidade- através de
pesquisa de opinião a ser realizada no atendimento da unidade;
9. Participação da equipe nas feiras de livros, bienais, Congressos nas
universidades e eventos educativos das escolas municipais e estaduais da
cidade e demais regiões metropolitanas do Recife/PE;
10. Participação das reuniões do Fórum Pernambucano em Defesa do Livro,
Leitura e Bibliotecas, criado em 2006;
11. Participação dos grupos de discussão sobre as Bibliotecas Comunitárias;
12. Convite a conhecer e usar a biblioteca – através de uma lista de contatos
telefônicos e emails dos moradores, realizar alertas semanais para divulgar
as atividades, as novas aquisições, cobrar a devolução de obras, bem
como fazer empréstimos;
13. Divulgação na Escola Municipal João Paulo II sobre a abertura de
inscrições para formação de turma para as Aulas de Reforço;
14. Palestras sobre temas de interesse da comunidade durante os encontros de
grupos de idosos no posto de saúde, bem com na escolinha comunitária,
dentre outros.
15. Sistema de Alerta na própria unidade, por meio dos quadros de aviso, da
exibição dos novos títulos adquiridos por compra ou doação, dentre outras
atividades.
51
CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO - ORÇAMENTO
ETAPAS
Reforma e adaptações no Prédio da
Biblioteca Comunitária
Compra dos Livros
Instalações elétricas e hidráulicas
Compra de equipamentos e mobiliários
Instalações dos Computadores, rede de
acesso à internet
Implantação da Base de Dados
Bibliográfica da biblioteca
Inauguração e início das atividades da
Biblioteca Comunitária em João Paulo II
– Camaragibe
Serviço de fotocópia e impressão.
Custo Total
Recurso Minc
Recurso
Fundação de
Cultura
(Prefeitura)
TOTAL =
R$ 149.145,00
R$ 85.000,00
R$ 64.145,00
R$10.000,00
R$ 5.000,00
R$ 5.000,00
R$ 50.000,00
R$1.300,00
R$24.500,00
R$37.000,00
R$200,00
R$ 20.145,00
R$1.500,00
R$500,00
R$1.500,00
R$500,00
R$1.000,00
R$500
R$500
R$1.000,00
R$700,00
R$ 87.000,00
R$1.500,00
R$44.645,00
R$2.000,00
R$2.000,00
R$300,00
52
METAS E RESULTADOS ESPERADOS
•
No início de agosto de 2010, formar uma equipe de moradores voluntários
que se disponham a colaborar nas atividades diárias da biblioteca
(atendimento ao público, organização do acervo, nas atividades
administrativas, na limpeza, na realizações das atividades culturais, etc
•
Criar uma campanha de doação de livros e materiais para a biblioteca
comunitária, realizando visitas porta-a-porta na comunidade, além de
divulgar a iniciativa em empresas privadas e setores do comércio local início de agosto de 2010;
•
Realizar ao longo do 2º semestre de 2010 e do ano de 2011, parcerias com
outras entidades, centros culturais, ONG’s, institutos de fomento a projetos
sociais, bem como ampliar a parceria da Prefeitura de Camaragibe;
•
No início de janeiro de 2011, realizar reuniões mensais com a comunidade
a fim de conhecer as dificuldades existentes, os desejos e as habilidades e
serviços que a comunidade pode desenvolver -;
•
Em fevereiro de 2011, oferecer aulas de reforço escolar para a
comunidade, bem como implantar projetos de Alfabetização de Jovens e
Adultos;
•
Em agosto de 2011, criar grupos de estudos, grupos de pesquisa, de teatro,
bem como atividades artesanais e outros meios para levantar fundos para
manter a biblioteca em funcionamento;
•
Em agosto de 2011, desenvolver projetos para inclusão das pessoas com
necessidades especiais que residem na comunidade e em bairros
próximos;
•
Entre janeiro e agosto de 2011, implantar a Base de Dados Bibliográfica da
biblioteca, bem como oferecer acesso à internet para pesquisas e
realização de trabalhos escolares;
53
•
Oferecer os serviços de: Consulta à Base de dados bibliográfica da
biblioteca; empréstimo por telefone; assessoria em trabalhos escolares e
acadêmicos, normalização; comutação bibliográfica com outras bibliotecas;
exibição de filmes e documentários; serviço de fotocópia e impressão,
dentre outros;
•
Democratizar o acesso, uso e transferência da informação à comunidade,
incentivando-os a visitar a biblioteca diariamente;
•
Promover a interação da comunidade nas atividades desenvolvidas pela
Associação de Moradores do Bairro de João Paulo II, participando dos
eventos e atividade educativas e artístico-culturais da biblioteca;
•
Buscar a redução do número de crianças e adolescentes ociosos, a
violência na comunidade e os índices de gravidez não planejada em
adolescentes e menores de 18 anos;
54
Equipe Técnica
¾ Gilvanedja Ferreira Mendes da Silva
Contato: (081xx) 3456-5280/87018081
Email: [email protected]/ [email protected],
[email protected]
Formação: Concluinte do Curso de Biblioteconomia – UFPE, Licenciada em
Pedagogia – UPE e Pós-graduanda do Curso de Formação em RH para espaços
escolares e não-escolares – FAFIRE.
Função: Coordenadora do Projeto
¾ Gabriel
Formação: Tecelão
Função: Presidente da Associação de Moradores do Bairro de João Paulo II e
Membro da equipe de execução do projeto
¾ Maria Cristina de Oliveira Guimarães
Contato: (081xx) 99456282
Email: [email protected]
Formação: Profª. Drª. do Curso de Biblioteconomia da UFPE, Profª. do Mestrado
em Ciência da Informação, Drª em Serviço Social
Função: Membro voluntário do projeto
¾ Ana Luiza Souza e Silva
Contato: (081xx) 3458-7058/85551848
Email: [email protected]/ [email protected]
Formação: Concluinte do Curso de Biblioteconomia – UFPE
Função: Membro da Equipe de execução do Projeto
55
¾ Tiago
Contato: (081xx) 87741904
Email: [email protected]
Formação: Técnico em Montagem, Manutenção e Rede de Computadores
Função: Membro voluntário do projeto
¾ Amanda Kelly Ferreira da Silva
Contato: (081xx) 3484-4492
Email: [email protected]
Formação: Estudante do Curso de Licenciatura em Pedagogia - UFPE
Função: Membro voluntário do projeto
¾ Anatália Martins da Silva
Contato: (081xx) 97268077/ 81823734
Email: [email protected]/ [email protected]
Formação: Concluinte do Curso de Serviço Social – UFPE, Licenciada em
Pedagogia – UPE e Pós-graduanda do Curso de Formação em RH para espaços
escolares e não-escolares – FAFIRE.
Função: Membro voluntário do projeto
56
ANEXOS
57
ANEXO A – Informativo “Camaragibe Notícias”- Inauguração da
Biblioteca Itinerante
58
Download

Implantação da Biblioteca Comunitária no Bairro de João