ANDARILHO, QUEM CUIDA DE VOCÊ?
Autor:
Maria Bernadete Muniz de Borba
Co-autores:
Adriana Cristina de Borba
Manuela Oliveira Peixoto
Mara Lucia P. Rocha
Resumo
Este projeto tem por objetivo fazer uma reflexão sobre “Andarilhos”, pois há um considerável número deles em
nossa cidade. Após várias sugestões sobre diversos assuntos, os alunos demonstraram interesse em saber sobre a
vida destes andarilhos. Alguns alunos, inclusive, citaram ter em suas famílias, pessoas que por diversas razões,
se tornaram andarilhos. O grupo decidiu que alguns andarilhos seriam visitados e entrevistados com perguntas
informais para que se pudesse conhecê-los melhor, sua forma de vida, o porquê desta vida e alguns aspectos de
sua vida pessoal. Tendo em vista que a problemática gira em torno de quem cuida do andarilho, decidiu-se
pesquisar como, autoridades de quem seria a responsabilidade destes andarilhos, e como a comunidade se
comporta diante da presença destes em nossa cidade. Dos cem entrevistados, a maioria respondeu que os
andarilhos representam perigo para sociedade, que se sentem ameaçados temendo serem assaltados por eles.
Quanto de quem seria a responsabilidade por eles, a maioria respondeu que a comunidade e os governantes
devem se responsabilizar e ajuda-los na medida do possível.
Palavras-chave: andarilho –pesquisa –responsabilidade – instituições
1. Problema de Pesquisa
Assim que os alunos decidiram que iriam participar do projeto NEPSO(Nossa Escola
Pesquisa Sua Opinião) com o assunto “Andarilhos”, surgiram várias questões sobre os
mesmos, sendo a principal: O que as pessoas sentem e pensam sobre os andarilhos?
Ficaram bastante curiosos em saber como um andarilho se sente, de que forma vive, o
que o levou a viver desta forma tão pouco comum na sociedade.
Sendo assim, com este projeto, conheceremos um pouco mais sobre a vida de pessoas
que, por diversas razões, se tornaram andarilhos e principalmente o que as sociedade pensa a
respeito destes “cidadãos”.
Alunos do 3º ano da Escola Estadual de Ensino Médio Patrulhense: Vanessa Pacheco Nehme
Schumck, Angélica de Castilhos Peixoto, Renata Cardoso Correa, Verônica Gomes da Silva, Rena Silveira
Barcella, Andressa Vanz Vargas, Andressa Santos de Lima, Rodrigo Oliveira D’Avila, Eduardo Gomes de
Souza, Bruna Marieli dos Santos, Natana Oliveira da Silva, Bianca Machado Peixoto, Jéssica Cardoso Steyer,
Tamires Pereira dos Santos, Francielen Fermiano Guimarães, Jéssica Cardoso Neves, Rodrigo Fernandes
Pacheco, Guilherme Emerim Migliavaca, Kaian Bernardo Marcos, Fellipe Cardoso Telles, Sarah Pacheco
Schunck, Ezequiel Machado da Silva.
2. Desenvolvimento
O Tema da Pesquisa
Com o tema sobre andarilhos, surgiram a curiosidade por parte dos alunos não só em
conhecer um pouco sobre sua forma de vida como também, o que as pessoas da comunidade
sentem e pensam sobre os andarilhos. Pesquisaram na biblioteca da escola, mas não encontrar
material de acordo com o enfoque da pesquisa. Algumas pesquisas no site de busca google
foram realizadas, mas sem sucesso. Através de conversas informais com agentes de saúde e
social foram esclarecidas algumas dúvidas e adquirida algumas informações específicas dos
nosso andarilhos.
Ficou decidido então que as entrevistas seriam dirigidas às pessoas da comunidade em
geral. Uma outra questão que surgiu foi: de quem seria a responsabilidade por estes
andarilhos? Assim decidiram entrevistas também as autoridades da cidade, secretarias de
educação, segurança e delegacia de polícia.
Ao serem questionados sobre os perigos que um andarilho representa, a maioria
respondeu que eles seriam ameaças de assaltos, seqüestros, abuso sexual entre outros.
As pessoas vêem no andarilho a figura “marginal” de alguém que vive, muitas vezes,
da boa vontade de alguns que, por compaixão, acabam ajudando de alguma forma.
Alunos do 3º ano da Escola Estadual de Ensino Médio Patrulhense: Vanessa Pacheco Nehme
Schumck, Angélica de Castilhos Peixoto, Renata Cardoso Correa, Verônica Gomes da Silva, Rena Silveira
Barcella, Andressa Vanz Vargas, Andressa Santos de Lima, Rodrigo Oliveira D’Avila, Eduardo Gomes de
Souza, Bruna Marieli dos Santos, Natana Oliveira da Silva, Bianca Machado Peixoto, Jéssica Cardoso Steyer,
Tamires Pereira dos Santos, Francielen Fermiano Guimarães, Jéssica Cardoso Neves, Rodrigo Fernandes
Pacheco, Guilherme Emerim Migliavaca, Kaian Bernardo Marcos, Fellipe Cardoso Telles, Sarah Pacheco
Schunck, Ezequiel Machado da Silva.
Você acha que um andarilho
representa perigo?
8%
sim
23%
não
69%
não quis
responder
Que tipo de perigo?
agressão
assalto
14%
1%
28%
10%
sequestro
0%
10%
abuso sexual
outro
37%
mais de uma
alternativa
não quis responder
Muitas pessoas deixaram claro que o andarilho representa perigo, pois a maioria das vezes
eles se encontram embriagados. E por outro lado, são pessoas “desocupadas”.
Alunos do 3º ano da Escola Estadual de Ensino Médio Patrulhense: Vanessa Pacheco Nehme
Schumck, Angélica de Castilhos Peixoto, Renata Cardoso Correa, Verônica Gomes da Silva, Rena Silveira
Barcella, Andressa Vanz Vargas, Andressa Santos de Lima, Rodrigo Oliveira D’Avila, Eduardo Gomes de
Souza, Bruna Marieli dos Santos, Natana Oliveira da Silva, Bianca Machado Peixoto, Jéssica Cardoso Steyer,
Tamires Pereira dos Santos, Francielen Fermiano Guimarães, Jéssica Cardoso Neves, Rodrigo Fernandes
Pacheco, Guilherme Emerim Migliavaca, Kaian Bernardo Marcos, Fellipe Cardoso Telles, Sarah Pacheco
Schunck, Ezequiel Machado da Silva.
3. Aplicação do Conhecimento
Ações
A turma demonstrou grande vontade em conversar com alguns andarilhos. Pensaram
em realizar uma refeição para reuni-los. No entanto, antes disso, resolveram conversar com
assistente social que lhes informou que não seria recomendável fazer este tipo de atividade.
Que o melhor seria visita-los em pequenos grupos para uma conversa informal.
Quando visitados pelos alunos, alguns andarilhos se mostraram bastante carentes, que
gostam e lembram de suas famílias. Alguns se tornaram andarilhos por opção e que se sentem
bem ao não ter nenhuma responsabilidade. Outros, porém, devido a algum vício, foram
abandonados por suas famílias. Um aspecto que chamou atenção dos alunos foi o vovabulário
usado por eles, já que a maioria não possui escolaridade.
Percebeu-se também que entre eles há solidariedade, pois repassam uns aos outros,
roupas que ganham. Alguns sobrevivem catando lixo, outros de doações feitas pela
comunidade.
Os andarilhos gostam de se reunir com amigos para conversar e tomar chimarrão. Eles
moram com cães no antigo presídio(agora desativado), em Santo Antônio.
Alguns andarilhos relataram que são da cidade e que não são procurados por seus
familiares. Outros mantém contato com os seus filhos.
Quanto à questão de quem seria a responsabilidade por estes andarilhos, 55% das
pessoas entrevistadas responderam que seria da competência das autoridades governamentais,
37% da comunidade em geral.
Alunos do 3º ano da Escola Estadual de Ensino Médio Patrulhense: Vanessa Pacheco Nehme
Schumck, Angélica de Castilhos Peixoto, Renata Cardoso Correa, Verônica Gomes da Silva, Rena Silveira
Barcella, Andressa Vanz Vargas, Andressa Santos de Lima, Rodrigo Oliveira D’Avila, Eduardo Gomes de
Souza, Bruna Marieli dos Santos, Natana Oliveira da Silva, Bianca Machado Peixoto, Jéssica Cardoso Steyer,
Tamires Pereira dos Santos, Francielen Fermiano Guimarães, Jéssica Cardoso Neves, Rodrigo Fernandes
Pacheco, Guilherme Emerim Migliavaca, Kaian Bernardo Marcos, Fellipe Cardoso Telles, Sarah Pacheco
Schunck, Ezequiel Machado da Silva.
4. Considerações Finais
Após a realização deste trabalho, pondo em prática diversas atividades como
discussões em torno do assunto: “Andarilho, quem cuida de você”? , conversas informais com
assistentes sociais, entrevistas realizadas com pessoas e autoridades da cidade, visitadas feitas
aos andarilhos, relatos que os alunos fizeram dos depoimentos dos andarilhos, chega-se a
conclusão de que pessoas que vivem à margem da sociedade, que passam de cidade em
cidade, que muitas vezes são vítimas da incompreensão de familiares e vizinhos, pessoas
estas, que sendo humanos são chamados simplesmente de “andarilhos”. Muitas vezes são
vistos como ameaça e como um quadro feio que desagrada aos olhos de quem passa.
Quem sabe, quando todos, governos e comunidade se unirem para melhorar ou pelo
menos, amenizar a agonia de quem vive na rua, o quadro fique menos desagradável de se
olhar. Pois por mais que uma pessoa diga que é feliz assim, ela precisa das mínimas condições
de vida para que não seja confundido com um ser inanimado, como qualquer coisa que está ali
e que geralmente é mais cômodo fingir que não se vê.
Segundo a opinião da Bruna (aluna do 3º ano – participante do projeto): “ Cada um
passa por uma série de problemas acumulados durante a vida. Acredito que estes andarilhos
são pessoas que já sofreram muito com a discriminação, com a falta de oportunidades, com o
preconceito, entre outros fatores”. Todos temos problemas e enfrentamos desafios, porém
uma boa estrutura familiar fará a diferença.
Os governantes da cidade dizem que fazem o que podem, oferecendo abrigos aos
andarilhos.
Acreditamos que os alunos cresceram e amadureceram bastante com tudo o que viram
e ouviram.
Alunos do 3º ano da Escola Estadual de Ensino Médio Patrulhense: Vanessa Pacheco Nehme
Schumck, Angélica de Castilhos Peixoto, Renata Cardoso Correa, Verônica Gomes da Silva, Rena Silveira
Barcella, Andressa Vanz Vargas, Andressa Santos de Lima, Rodrigo Oliveira D’Avila, Eduardo Gomes de
Souza, Bruna Marieli dos Santos, Natana Oliveira da Silva, Bianca Machado Peixoto, Jéssica Cardoso Steyer,
Tamires Pereira dos Santos, Francielen Fermiano Guimarães, Jéssica Cardoso Neves, Rodrigo Fernandes
Pacheco, Guilherme Emerim Migliavaca, Kaian Bernardo Marcos, Fellipe Cardoso Telles, Sarah Pacheco
Schunck, Ezequiel Machado da Silva.
Referências:
Conversas informais com autoridades da cidade, delegacia de polícia, assistentes
sociais e pessoas da comunidade em geral.
O material disponível sobre este assunto foi uma das dificuldades encontradas pelos
alunos, inclusive tentativas de pesquisa no site de busca google foram feitas, porém sem
sucesso.
Alunos do 3º ano da Escola Estadual de Ensino Médio Patrulhense: Vanessa Pacheco Nehme
Schumck, Angélica de Castilhos Peixoto, Renata Cardoso Correa, Verônica Gomes da Silva, Rena Silveira
Barcella, Andressa Vanz Vargas, Andressa Santos de Lima, Rodrigo Oliveira D’Avila, Eduardo Gomes de
Souza, Bruna Marieli dos Santos, Natana Oliveira da Silva, Bianca Machado Peixoto, Jéssica Cardoso Steyer,
Tamires Pereira dos Santos, Francielen Fermiano Guimarães, Jéssica Cardoso Neves, Rodrigo Fernandes
Pacheco, Guilherme Emerim Migliavaca, Kaian Bernardo Marcos, Fellipe Cardoso Telles, Sarah Pacheco
Schunck, Ezequiel Machado da Silva.
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