Relatório mensal, por Núcleo Regional, referente ao
desenvolvimento das lavouras de Goiás safra 2013/2014 –
levantamento divulgado em Novembro/2013
Núcleo 1. Matrinchã, Jussara e região (Artur Pagnoncelli). A produtividade nesta região ficou
muito abaixo das expectativas iniciais, fechando em 220 @/ha de algodão em caroço em
média. O produtor atribuiu isso à variedade semeada neste ano, a qual não se adaptou muito
bem à região. A quantidade de maçãs estava em patamar satisfatório, porém o peso dos
capulhos e a qualidade da fibra ficaram aquém do esperado. Choveu cerca de 150 mm até o
momento na região. A destruição dos restos culturais foi realizada. A expectativa é semear
cerca de 500 hectares de algodão irrigado na safra 2013/2014, iniciando-se a semeadura no
início de Fev/2014. O armadilhamento para bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis) será
realizado no final do ano dentro do prazo adequado para a região.
Fig. 01 e 02 – Realização da destruição dos restos culturais.
Núcleo 2. Acreúna, Santa Helena, Palmeiras e região (Aderbal Neto). A região segue com a
semeadura da soja, mesmo com um somatório de chuvas instável (alguns locais do núcleo
choveu um acumulado médio de 250 mm, enquanto em outros choveu apenas 80 mm). Para a
Rua da Pátria nº 230 Bairro Santa Genoveva, Goiânia/GO – CEP: 74670-300
cultura do algodoeiro a região está com expectativa de plantio de 3.110 ha, sendo 1.450 ha de
algodão no sistema safrinha. Porém, cotonicultores já veem a possibilidade de aumentar a
área do sistema safra devido ao atraso das chuvas. Outra preocupação por parte dos mesmos
é em relação à qualidade da fibra pois, nesta safra, a mesma não foi tão satisfatória como da
safra passada. Em relação às pragas, as propriedades estão iniciando o armadilhamento de
captura do bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis), como preconiza o Projeto de Controle
e Supressão do Bicudo do Algodoeiro em Goiás, porém, ainda não foram realizadas todas as
leituras. A produtividade média da safra passada foi cerca de 200 @/ha de algodão em caroço
no algodão safra, 220 @/ha de algodão em caroço no sistema safrinha e 320@/ha de algodão
em caroço no sistema irrigado. Os índices de BAS (Bicudo/armadilha/semana) até o momento
estão com média de 0,24, caracterizando a região como área AZUL.
Fig. 01 – Desenvolvimento da cultura antecessora ao algodão no sistema safrinha.
Núcleo 3. Rio Verde, Montividiu, Paraúna e região (Aderbal Neto). A colheita e destruição dos
restos culturais foram finalizadas em todas as propriedades, há locais em que já se plantaram
grande parte da área com feijão e soja. As chuvas ainda estão instáveis na região, tendo-se um
acumulado variando de 90 – 330 mm em diferentes pontos do núcleo. Os índices de
produtividade da região variaram desde 120 @/ha a 360 @/ha de algodão em caroço nas
regiões mais altas. O grande ataque de lagartas do gênero Helicoverpa armigera afetou
diretamente a produtividade da região. Outro problema verificado foi a qualidade de fibra,
ficando aquém da expectativa dos cotonicultores. Para a próxima safra, a expectativa de
plantio está em aproximadamente 11.044 ha. As propriedades que irão plantar algodão safra
já iniciaram o armadilhamento para a captura do bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis),
o qual vem sendo reduzido periodicamente como pode ser observado no histórico das
Rua da Pátria nº 230 Bairro Santa Genoveva, Goiânia/GO – CEP: 74670-300
propriedades. Este fato decorre principalmente do bom trabalho da equipe técnica das
fazendas em consonância com o projeto de Controle e Supressão do Bicudo do Algodoeiro em
Goiás.
Fig. 01 e 02 – Soja antecedendo o algodão e armadilhamento das propriedades.
Núcleo 4. Chapadão do Céu (Adriano Moraes Rezende). Logo após a doação de armadilhas e
feromônios para a continuação do Projeto Bicudo no Estado de Goiás, as propriedades
iniciaram a instalação das mesmas ao redor dos talhões destinados a cultura do algodão. O
núcleo já realizou as primeiras leituras, e foram notados altos índices de captura do bicudo do
algodoeiro (Anthonomus grandis), demonstrando assim que a população deste inseto-praga
permanece alta na região. Em decorrência deste fato, algumas propriedades instalaram os
TMB’s nos locais mais críticos para tentar reduzir essa população inicial, além de cumprir com
o acordo firmado entre os produtores de algodão. Neste ano-safra existe uma previsão de
semear aproximadamente 9.545 hectares de algodão de primeira época e de 5.313 hectares
de algodão de segunda época; mas a semeadura ocorrerá a partir do dia 1 de dezembro deste
ano, pois ainda está no período de vazio sanitário. As chuvas estão ocorrendo em quantidade
suficientes e regulares, com média de 220 mm na região.
Rua da Pátria nº 230 Bairro Santa Genoveva, Goiânia/GO – CEP: 74670-300
Fig. 01 e 02 – Instalação das armadilhas nos talhões que serão algodão.
Núcleo 5. Itumbiara e região (Artur Pagnoncelli). Nesta região choveu um acumulado de 150
mm em média. A produtividade média fechou em 240 @/ha de algodão em caroço. O
monitoramento pré-safra do bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis) apresenta até o
momento índices abaixo de 1 BAS (bicudo/armadilha/semana) na média da região,
classificando em área azul e em alguns pontos isolados em área amarela. Foi realizado um
seminário sobre lagartas do gênero Helicoverpa nesta região, a fim de preparar os produtores
e profissionais da área para os desafios desta lagarta na próxima safra. Os consultores e
técnicos de campo estão preocupados porque algumas lavouras onde a soja se encontra no
terceiro trifólio já foram feitas até 4 aplicações para tentar controlar a lagarta. A necessidade
de aplicação já é semanal, e isso preocupa todo o setor. A previsão é de semear cerca de 3.000
hectares de algodão na safra 2013/2014.
Fig. 01 – Seminário acerca de lagartas do gênero Helicoverpa.
Rua da Pátria nº 230 Bairro Santa Genoveva, Goiânia/GO – CEP: 74670-300
Núcleo 6. Ipameri, Cristalina e região (Artur Pagnoncelli). Nesta região foram encontrados
pontos com rebrotas de soqueira mal destruídas, e que já apresentavam estruturas
reprodutivas com ataque de Helicoverpa armigera e bicudo do algodoeiro (Anthonomus
grandis), como demonstra as fotos abaixo. Todas estas soqueiras estão em processo de
destruição. Já choveu uma média de 140 mm em toda a região. A produtividade média fechou
em 275 @/ha de algodão em caroço. Este foi um mês intenso de aplicações e medidas para
conter a população de bicudo remanescente da safra anterior, e espera-se um reflexo positivo
nos próximos monitoramentos. Alguns trabalhos, dentre eles a utilização de soqueira isca,
deram bons resultados e deixaram alguns produtores otimistas para a utilização futura em
larga escala. Foi realizado um seminário sobre lagartas do gênero Helicoverpa nesta região
para levar informação aos produtores e profissionais da área. Alguns produtores estão
plantando feijão na soqueira de algodão para aproveitar a haste da planta onde o feijão sobe e
produz longe do contato com o solo melhorando a fitossanidade da planta. A previsão é de
semear cerca de 11.850 hectares de algodão na safra 2013/2014.
Fig. 01 e 02 – Rebrotas com presença de pragas em estruturas reprodutivas
Núcleo 7. Mineiros, Perolândia e região (Adriano Moraes Resende). O núcleo possui como
característica semear 90% da área destinada à cultura do algodão no sistema safrinha e/ou
safrinha adensado. Desta forma, o armadilhamento não possui números significativos que
representem a população do bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis) na região até o
Rua da Pátria nº 230 Bairro Santa Genoveva, Goiânia/GO – CEP: 74670-300
momento. Este período é considerado como vazio sanitário na região, e se estenderá até o dia
30 de Novembro deste ano. Nota-se que todas as propriedades realizaram a destruição dos
restos culturais. A estimativa das áreas de algodão podem sofrer grandes alterações. Como
nesta região predomina o algodão semeado como 2° safra, é muito importante o volume
pluviométrico neste início, pois os atrasos podem inviabilizar a semeadura do algodão. Até o
momento as chuvas estão sendo consideradas típicas para a época e para a região, chovendo
cerca de 250 mm de média. Até o momento, a previsão de área para algodão na safra
2013/2014 permanece inalterada (cerca de 5.900 hectares).
Fig. 01 e 02 – Estágio atual das culturas antecessoras do algodão de segunda safra.
Para mais informações e esclarecimentos de dúvidas relacionadas ao Projeto de
Controle do Bicudo do Algodoeiro em Goiás, entrar em contato com a Fundação
Goiás, por meio do coordenador de campo e gerente executivo, Davi Laboissiére,
pelo telefone (64) 9606-1350 ou pelo e-mail [email protected].
Para mais informações sobre a cadeia produtiva do algodão acesse os sites
www.promoalgo.com.br; www.agopa.com.br e www.fundacaogo.com.br
Rua da Pátria nº 230 Bairro Santa Genoveva, Goiânia/GO – CEP: 74670-300
Download

Novembro de 2013