COMUNICACOES ORAIS – TEMATICA: GASTRONOMIA
Gastronomia
Segurança alimentar: Desmistificando mitos do senso comum construídos na cozinha.
Gastronomia
Benefícios de uma dieta sem glúten para não portadores de doença celíaca.
Gastronomia
Introdução a Alimentação Funcional na Gastronomia
Gastronomia
COMPOSIÇÃO CENTESIMAL E VALOR CALÓRICO DAS SEMENTES DE
GERGELIM (PRETO E DOURADO) COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE
SALVADOR
Benefícios de uma dieta sem glúten para não portadores de doença
celíaca.
Bruno Almeida Brito
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
Email: brunobrito.corretor
@gmail.com
Fernanda Escariz
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
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Anaildes Batista Cruz
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
Email: [email protected]
Larissa Alves de S. Costa
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
Email: [email protected]
Ana Valéria S. de Oliveira
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
Email:
[email protected]
Larissa Oliveira Lima
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
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Os estudos da relação entre o consumo da proteína do trigo (glúten) e o agravamento nos quadros de
diversas alterações neurológicas remontam ao período subsequente à 2ª Guerra Mundial. Francis Curtis
Dohan foi o primeiro a formalmente estabelecer a relação entre o consumo do trigo e a esquizofrenia, ao
observar que o número de internações decorrentes da moléstia decaíram em um período de escassez de
pão em países como EUA e Canadá, ao passo que, recuperadas as economias dessas nações e normalizado
o abastecimento do pão, voltou a crescer o número de internações. Em novo estudo realizado na Nova
Guiné, onde o povo vivia à base de dieta pobre em carboidratos refinados, a esquizofrenia era
praticamente inexistente. A colonização europeia, ao introduzir novos hábitos alimentares, em especial o
consumo de derivados do trigo, deu início à multiplicação do número de casos naquela região. Tais
observações foram replicadas pela Penn University, Sheffield (Inglaterra) e Duke University, onde foram
relatados casos de remissão total da doença. William Davis, em seu Wheat Belly recentemente, voltou a
abordar o tema, ponderando, entretanto, que embora pareça improvável que a exposição ao trigo seja a
causadora da esquizofrenia, inegável, contudo, que seu consumo está associado a um agravamento
mensurável dos sintomas. O autismo é apontado como outra condição da mente vulnerável ao trigo. O
estudo clínico mais abrangente já realizado até os dias atuais evidenciou melhora no comportamento
autístico de 55 crianças dinamarquesas após a eliminação do glúten em suas dietas. Pesquisas recentes,
ainda em discussão, ponderam que uma parcela substancial de crianças e adultos portadores do transtorno
do déficit de atenção/hiperatividade (TDA/H) também pode reagir à eliminação do trigo. O Dr. William
Davis considera improvável que o trigo seja a causa de tal transtorno, mas, como no caso da
esquizofrenia, parece estar associado à exacerbação dessa condição. Há de se questionar, então, o que
existe nesse cereal que piora a psicose e outros comportamentos anormais? Pesquisadores do National
Institutes of Health (NIH), em especial a Dra. Christine Zioudrou e seus colaboradores, o glúten, principal
proteína do trigo, a um processo digestivo simulado. O resultado da exposição do glúten à pepsina e ao
ácido clorídrico resultou numa mistura de polipeptídios que vieram a ser isolados e administrados em
cobaias. Como resultado concluiu-se que tais polipeptídios possuem a peculiar capacidade de atravessar a
barreira hematoencefálica (cuja função primordial é a de proteger o sistema nervoso central) e, em
seguida, de se ligarem aos receptores de morfina, exatamente os mesmos aos quais se ligam as drogas
opiáceas. Tais polipeptídeos foram, por essa razão, denominados “exorfinas”, compostos exógenos
semelhantes à morfina, distintos, assim, das endorfinas. A mais importante das exorfinas foi denominada
“gluteo-morfina”, principal responsável, segundo os pesquisadores, no agravamento dos sintomas
observados em pacientes esquizofrênicos nos diversos estudos precursores. Ainda mais destaque merece o
fato de que os efeitos desencadeados por esses polipeptídios são bloqueados com a administração da
mesma droga utilizada em quadros de overdose de heroína, a naloxona. A ingestão de derivados do trigo,
destarte, leva à liberação de compostos no organismo semelhantes à morfina, que se ligam aos receptores
opiáceos do cérebro, desencadeando uma sensação geral de prazer, de recompensa beirando a euforia em
alguns casos. Quando interrompida a ingestão desses alimentos um grande número de pessoas apresenta
sintomas de abstinência. Em conclusão há de se salientar que o trigo moderno é um dos poucos alimentos
que conseguem alterar o comportamento de quem o consome, provocar prazer e gerar uma síndrome de
abstinência ao ser removido da dieta, fato que só veio a ser descoberto após a observação de sua ação no
organismo de pacientes esquizofrênicos. Diante do exposto é possível chegar à conclusão de que não
apenas portadores da doença celíaca podem se beneficiar de uma dieta sem glúten, mas, em verdade,
também os portadores de esquizofrenia, TDA/H e pessoas com tendência ao consumo compulsivo de
carboidratos refinados.
Palavras-chaves: trigo; glúten, esquizofrenia.
Trabalho apresentado na Área de Conhecimento Gastronomia da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e
Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/BA.
INTRODUÇÃO A ALIMENTAÇÃO FUNCIONAL NA
GASTRONOMIA
FernandaKuhimEscariz
Bruno Almeida Brito
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/BA
Email: fernanda.escariz
@gmail.com
Email:
[email protected]
Larissa Oliveira Lima
Ana Valéria Santos de Oliveira
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/BA
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/BA
Email:
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[email protected]
Anaildes Batista
Cruz
Larissa Alves de
S. Costa
Faculdade Ruy
Barbosa –
Salvador/Ba
Faculdade Ruy
Barbosa –
Salvador/Ba
Email:
[email protected]
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[email protected]
A gastronomia funcional baseia-se na criação de pratos saudáveis, nutritivos e saborosos. Através desta, é
possível unir princípios da gastronomia clássica aliados a alimentação funcional, resultandoem
preparações que favoreçam a saúde e o bem-estar e, porque não dizer também, aumentar a longevidade do
indivíduo. Sendo assim, o foco em questão é a influênciaque determinados alimentos terão no organismo
do indivíduo, respeitando alergias e intolerâncias, com ênfase é no seu bem estar e na sua saúde. Portanto,
alimentação funcional baseia-se no consumo de alimentos naturalmente enriquecidos ou adicionados de
vitaminas, minerais e fibras que produzam benefícios à saúde, além de sua função nutricional básica. Na
década de 1920 houve um grande desenvolvimento da tecnologia de alimentos, surgindo então os
primeiros alimentos nutricionalmente modificados, entretanto o processo de desenvolvimento dos
alimentos funcionais tomou forma no Japão, em 1993, quando foi criado uma nova categoria de chamada
FOSHU (em inglês Food for Specific Health Use, em português Alimentos Funcionais ou Nutracêuticos).
A alimentação funcional ganhou força no Brasil há cerca de 3 anos com o aumento da expectativa de vida
da população e o aumento de doenças crônicas, como obesidade, diabetes, câncer, hipertensão, etc. Sendo
assim, a utilização dos alimentos funcionais na gastronomia apenas terá resultado se aliada à uma dieta
balanceada e exercícios físicos regulares, uma vez que, por exemplo, para um portador de uma doença
crônica relacionada ao colesterol, a ingestão de alimentos funcionais tais como aveia, alho, azeite de
oliva, etc. só trará resultado positivo se aliado a uma dieta pobre em gordura saturada e exercícios físicos.
Logo, é recomendado o consumo de alimentos frescos e orgânicos com consequente redução no consumo
de carne de vaca, farinhas brancas, embutidos cárneos,além da eliminação do consumo de refrigerantes,
frituras, açúcares refinados, sal e cafeína. A atuação da alimentação equilibrada na saúde despertou o
interesse dos estudiosos da área com o intuito de comprovar a veracidade da atuação de determinados
alimentos na prevenção de doenças. Ainda assim, a qualidade alimentar dos alimentos funcionais ainda é
muito discutida por especialistas pois há uma descrença relacionada aos benefícios reais do consumo dos
mesmos por parte dos estudiosos. É importante salientar que, os ditos produtos funcionais
industrializados, na verdade, não são capazes de produzir os benefícios alegados pois seria necessário um
alto consumo dos mesmos para adquirir tais benefícios. Nos Estados Unidos e Europa, os alimentos
funcionais industrializados são alvos dos órgãos reguladores devido à falta de evidências que comprovem
os benefícios alegados. O consumo dos alimentos funcionais, aliado a uma dieta equilibrada e exercícios
físicos deve ser regular para que os benefícios sejam alcançados. Tem-se como exemplo desses alimentos,
a soja, a aveia integral, o alho e o vinho tinto, como redutores de colesterol. Como redutor de risco de
doenças cardiovasculares temos o peixe e a maçã. O vinho tinto aparece novamente na lista como
estimulador do sistema imunológico, se consumido 1 taça/dia. Além disso, temos os ácidos graxos dos
óleos de linhaça, nozes, castanha e azeite de oliva, que se consumidos corretamente tem ação imunológica
e anticancerígena. Essa lista ainda engloba o tomate e a goiaba com ações antioxidantes e redutoras de
risco de câncer de próstata, dentre tantos outros alimentos milenares.
*Palavras-chaves:alimentos funcionais, gastronomia, consumo
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Trabalho apresentado na Área de Conhecimento Gastronomia da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e
Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/BA.
COMPOSIÇÃO CENTESIMAL E VALOR CALÓRICO DAS SEMENTES DE
GERGELIM (PRETO E DOURADO) COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE
SALVADOR1
Bruno Almeida Brito
FernandaKuhimEscariz
Larissa Oliveira Lima
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
Email:
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Email: [email protected]
Ana Valéria Santos de Oliveira
Anaildes Batista Cruz
Larissa Alves de S. Costa
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
Email: anavaleriasanto.2011
@hotmail.com
Email: [email protected]
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O gergelim (Sesamumindicum L.) é classificado, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, como uma semente de alto valor nutricional atribuído a quantidades significativas de
vitaminas, principalmente do complexo B e vitamina E (poderoso antioxidante), além de minerais como
cálcio, ferro, fósforo,potássio, magnésio, sódio, zinco e selênio. As sementes fornecem também óleo rico
em ácidos graxos insaturados, incluindo ooléico (47%) e linoléico (41%) e alfa-linolênico (0,5%), além
devários constituintes secundários como sesamol, sesamina, sesamolina e gamatocoferol que determinam
sua elevada qualidade, em especial a estabilidadequímica em decorrência da resistência à rancificação por
oxidação,propriedade atribuída ao sesamol. O ácido graxo ômega 6, presente em maiorquantidade, auxilia
no controle de colesterol total e LDL (ruim), podendoaumentar o bom colesterol (HDL) quando
consumido em grandes quantidades.Neste contexto, o gergelim pode caracterizar um produto em
potencial para ser introduzido na dieta, através do consumo de sementes in natura e em diversas
preparações alimentícias. Assim, o objetivo do presente estudo foi determinar a composição centesimal
das sementes de gergelim, de colorações preta e dourada, obtidos no comércio varejista de da cidade de
Salvador-BA. As sementes foram avaliadas quanto aos teores de umidade, cinzas, proteínas, lipídios, fibra
alimentar e carboidratos. Inicialmente, as amostras foram pulverizadas em moinho para a obtenção da
granulometria de 20 mesh. As farinhas foram acondicionadas em embalagens de polietileno, identificadas
e armazenadas em temperatura ambiente por prazo máximo de uma semana. A composição centesimal das
amostras
foi
determinada
em
triplicata
segundo
os
métodos
oficiais
da
AssociationofOfficialAnalyticalChemists (AOAC). Os carboidratos foram determinados pela diferença
entre o total da amostra (100%) e os teores de umidade, cinzas, proteínas, lipídios e fibras. O valor
calórico total foi calculado a partir dos coeficientes de Atwater, de 4 kcal g-1 para carboidratos e proteínas,
e de 9 Kcal g-1 para lipídios. Dos parâmetros avaliados, a umidade é uma das determinações mais
importantes utilizada no controle de qualidade, pois seu conteúdo está relacionado com a estabilidade e a
qualidade do produto alimentício. Dos resultados obtidos, verifica-se que gergelim preto e dourado
apresentaram5,10% e 4,55% de umidade, sendo94,90% e 95,45% de matéria seca,
respectivamente,indicativo de que as sementes podem ser armazenadas à temperatura ambiente sem
qualquer problema de estabilidade. As cinzas indicam o resíduo inorgânico (cálcio, ferro, magnésio,
fósforo, sódio, selênio e outros compostos minerais) remanescente da queima da matéria orgânica que é
transformada em CO2, H2O e NO2. No gergelim dourado foi encontrado4,19% de minerais, enquanto o
gergelim preto apresentou teor superior (4,72%). Com relação aos macronutrientes, os teores de proteínas,
lipídios, fibra alimentar e carboidratos, para os variedadespreto e dourado, foram de 18,37% e13,44%;
46,28% e 55,09%; 21,23% e16,08%; 5,14%6,12%, respectivamente. O gergelim preto e douradofornecem
aproximadamente76,6 Kcal/15g e 86,1 Kcal/15g, respectivamente, considerando 1 colher de sopa (15g) a
medida caseira recomendada para uso diário. Dessa forma, o gergelim preto mostrou maior teor proteico e
de fibras alimentares quando comparado com o gergelim dourado. Portanto, o gergelim pode ser
adicionado à alimentação diária através da adição em produtos como massas de pães, bolos, biscoitos,
suflês, doces, patês, canapés tornando-se fonte de nutrientes na elaboração de diversas preparações
alimentícias.
*Palavras-chaves:gergelim, composição centesimal, micronutrientes, macronutrientes.
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Trabalho apresentado na Área de Conhecimento Gastronomia da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e
Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa – Salvador/
O IMPÉRIO DOS ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS1
Ana Valéria Santos de Oliveira
Larissa Oliveira Lima
FernandaKuhimEscariz
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
Email: anavaleriasantos.2011
@hotmail.com
Email: [email protected]
Email:
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Bruno Almeida Brito
Anaildes Batista Cruz
Larissa Alves de S. Costa
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
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A industrialização do setor alimentício mudou os hábitos de boa parte da população, passando a
ofertar produtos com mais açúcar, mais gordura saturada, mais sódio, mais substâncias
químicas (como conservantes, aromatizantes e estabilizantes) e com menos fibra do que o recomendado
para uma alimentação saudável. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo analisar os prejuízos da
comida rápida e/ou ultraprocessada em diversos segmentos sociais, incumbindo-se de explicar os
impactos desses alimentos na economia, na cultura, no meio ambiente e a dimensão dos seus efeitos na
saúde pública. A vida contemporânea exige dos indivíduos rapidez e praticidade na execução de todas as
atividades cotidianas e com isso a cerimônia da refeição vem perdendo cada vez mais espaço nas horas
corridas do dia-a-dia, dessa forma o comer bem vêm sendo associado a momentos especiais e
esporádicos.Em concordância com esse novo estilo de vida, a sociedade como um todo está mudando e
moldando um novo cenário social,não à toa as multinacionais são cada vez mais fortes no âmbito
econômico e político. Embora a praticidade seja, à princípio, um dado positivo, não é possível
desconsiderar o impacto para a saúde humana causado por estes alimentos, impacto este que varia de
acordo com o grau de processamento e de transformações porque passam os alimentos. Recentemente,
uma nova classificação foi apresentada por um grupo de pesquisadores brasileiros. Diferentemente das
classificações tradicionais, que agrupam os alimentos segundo categorias botânicas ou segundo seus
componentes nutricionais, essa nova classificação, baseia-se no grau e no propósito do processamento de
cada alimento. Sendo assim, no primeiro grupo temos os alimentos minimamente processados, definidos
como alimentos que foram submetidos a algum processo com o objetivo de preservá-los e torná-los mais
acessíveis, convenientes, por vezes, mais seguros e mais saborosos (ex.: arroz, feijão, carne fresca, etc.).
Vale ressaltar que estes processamentos não alteram substancialmente as propriedades nutricionais destes
produtos. No segundo grupo temos os alimentos extraídos de outros alimentos, estes são utilizados como
ingredientes no preparo de pratos essencialmente constituídos por alimentos frescos e minimamente
processados (ex.: óleos vegetais, farinhas, féculas e açúcares, etc.). Estes tornaram-se a matéria-prima
base para o terceiro grupo de alimentos ultraprocessados, na qual são confeccionados usando-se aditivos
químicos, principalmente edulcorantes e corantes artificiais, a fim de alterar o sabor e a cor, tornando
estes produtos mais atraentes e estimulando o hábito de consumo (ex.: biscoitos, sorvetes, chocolates,
doces em geral, cereais matinais, barras de cereais, refrigerantes, nuggets, salsichas, linguiças,
hambúrgueres, além de produtos prontos ou semi-prontos para consumo).A presença de produtos
ultraprocessados cresce exponencialmente na alimentação dos brasileiros, suscitando a necessidade de
investigação profunda de seu impacto na saúde da população. A maioria dos dados disponíveis, tanto de
tendência quanto do impacto desses produtos na dieta e saúde, está restrita a alguns itens, mas não ao
conjunto dos produtos ultraprocessados, por se tratar de uma proposta recente de classificação dos
alimentos. Novos estudos são necessários para investigar a influência de características regionais,
culturais e socioeconômicas, bem como as práticas gastronômicas sobre os padrões de alimentação,
utilizando a classificação de alimentos baseada na extensão e finalidade do processamento industrial.
*Palavras-chaves:alimentos, ultraprocessados, consumidor.
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Trabalho apresentado na Área de Conhecimento Gastronomia da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e
Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/BA.
SAÚDE E SEGURANÇA ALIMENTAR: DESMISTIFICANDO
MITOS DO SENSO COMUM CONSTRUÍDOS NA COZINHA1
Larissa Oliveira Lima
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
Email: [email protected]
Ana Valéria Santos de Oliveira
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
Email: anavaleriasanto.2011
@hotmail.com
Bruno Almeida Brito
Faculdade Ruy Barbosa –
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Fernanda Kuhim Escariz
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Anaildes Batista Cruz
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
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Larissa Alves de S. Costa
Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/Ba
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A segurança alimentar tem papel fundamental na garantia de alimentos preparados e processados de
acordo com os requisitos necessários de boas práticas de fabricação, permitindo a acessibilidade de
alimentos de qualidade a todos e garantindo a saúde daqueles que os consomem. Apesar das construções
em torno da segurança alimentar e suas normas e técnicas estarem se aprimorando cada vez mais, ainda
prevalece nas casas e no dia a dia de grande parte da população, costumes e crenças em torno das práticas
de produção e manipulação de alimentos. Ao redor das cozinhas e mesas do mundo inteiro, esses mitos,
construídos a partir de conhecimento de senso comum, ou seja, um saber que não se baseia em métodos
científicos para comprová-los, mas sim nas vivências de cada um, circulam como verdade absoluta e
incontestável. Esses conhecimentos estão presentes na história do mundo há muito tempo, não há
registros que justifiquem todos eles, por se tratarem de histórias passadas de geração em geração, como
um ato sagrado, cuja veracidade não é comprovada. São diversas as crenças em torno dos alimentos e sua
preparação, que fazem parte do cotidiano de todos, até mesmo os mais experientes na prática culinária,
creem e seguem determinados mitos sem questionar. Geralmente esses equívocos são relacionados a
higienização, armazenamento, descongelamento e todo processo desde a compra até o consumo dos
alimentos. Todos estão suscetíveis a cometer falhas na cozinha, no entanto, certos erros acabam
comprometendo a qualidade dos produtos. Por esse motivo, as boas práticas de manipulação e produção
de alimentos estão sendo implantadas em todo e qualquer estabelecimento alimentício e devem ser
obedecidas pelos seus manipuladores e gerenciadores no intuito de proteger os clientes de ingerirem
alimentos contaminados e impróprios para o consumo, livrando-os assim de contaminações e
consequentemente doenças transmitidas por alimentos. O grande questionamento é; porque essas práticas
e saberes que se fazem tão necessários, não são apresentadas aos indivíduos que utilizam a cozinha no dia
a dia, nos seus respectivos lares? Os mitos e crenças ainda são predominantes na realidade de
consumidores e manipuladores de alimentos do senso comum, comprometendo assim, a manutenção da
qualidade de alimentos nas mesas da população. Desde a infância essas lendas são inseridas de modo tão
seguro e enfatizado com tanta certeza, que não deixa espaços para questionamentos. Quem nunca ouviu,
por exemplo, que é preciso deixar o alimento recém-cozido esfriar em temperatura ambiente para depois
coloca-lo na geladeira? Quem nunca lavou a carne ou os ovos antes de prepara-los? Usou manteiga para
fritar algo no lugar do óleo, alegando ser mais saudável? Ou até mesmo, quem nunca usou a mesma tábua
para cortar alimentos de diferentes procedências, com a justificativa de que basta lava-la entre o corte de
um produto e outro? Algumas dessas crenças “incontestáveis” não possuem tanta interferência no
resultado da preparação de alimentos, mas grande parte tem grande impacto e sua prática pode causar
grandes transtornos já que a manipulação incorreta dos alimentos o torna suscetível a contaminação por
micro-organismo e substancia indesejadas no produto, possibilitando assim consequências negativas para
o consumidor, como as DVAs (Doenças Veiculadas por Alimentos). O questionamento e debate em torno
dessas práticas são de fundamental importância, para desconstruir as crenças e conscientizar a população
sobre a necessidade de conhecer e seguir as boas práticas em todos os momentos em que os alimentos são
manipulados e preparados. Com o intuito de analisar esses mitos e práticas, este trabalho se dispõe a
esclarecer fatos verídicos e inverídicos em torno das crenças de senso comum que circulam em todo o
mundo. O conhecimento empírico também tem seu lugar e valor na sociedade, mas se faz necessário
resgatar e entender as procedências e fundamentos dessas histórias para assim garantir a saúde e
segurança dos indivíduos no que tange a alimentação.
*Palavras-chaves:alimentos, segurança, saúde, gastronomia.
Trabalho apresentado na Área de Conhecimento Gastronomia da VI Mostra de Pesquisa em Ciência e
Tecnologia DeVry Brasil, realizada entre 4 e 8 de maio de 2015 na Faculdade Ruy Barbosa –
Salvador/BA.
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