VI Seminário Internacional de Atenção Básica
"Universalização com Qualidade”
Apoio Institucional e Atenção Básica:
A experiência de Sapucaia do Sul, RS
Julho, 2012
Cenário
Desafios colocados para a gestão do trabalho e
da clínica em Sapucaia do Sul:
• Necessidade de ampliação e qualificação do acesso
dos usuários
• Desejo de superar a fragmentação do cuidado,
garantindo resolutividade e integralidade
• Busca por produção de autonomia, criatividade e coresponsabilização na gestão e na clínica
• Ampliar espaços de participação popular
Algumas pistas...
Consideração de que todos os atores são sujeitos nos processos de
gestão e de atenção em saúde, com potenciais de criação e mudanças
Caminhar mantendo a autogestão utópica, algo que ainda que inatingível, é
constantemente procurado.
Nesse trajeto produz-se busca, movimento, desestabilização do instituído.
FONTES E INSPIRAÇÕES
Saúde coletiva
(complexidade, determinantes em saúde)
Análise institucional
(busca da autogestão, autoanálise; análise de demandas e
ofertas)
Método paideia
(co-responsabilização de todos os atores; reconhecimento de
relações de poder, saber e afeto)
Objetivos
Qualificação da gestão e da atenção em
saúde
•
Desenvolvimento de processos decisórios compartilhados e
com co-responsabilização entre equipes da gestão e da
assistência;
•
Mudança da forma tradicional de gestão por áreas
fragmentadas nos núcleos profissionais e/ou de ações e
programas de saúde;
•
•
•
Fortalecimento da perspectiva trabalho integral e em rede;
Desburocratização e maior resolutividade da gestão.
Histórico recente
2009 - Decreto de Estado de Calamidade Pública na
Saúde
Recomposição das equipes assistenciais e da gestão
2010 - Leis Municipal para todo os cargos da Saúde
2011 - Concurso Público para Atenção Básica e Saúde
Mental e Seleção Pública para Agentes Comunitários de
Saúde
Na prática...
Dez/2010 Sapucaia do Sul → Mudanças no âmbito
da Coordenação de Atenção Primária à Saúde
Antigas Coordenações:
médica, de enfermagem, de
odontologia, de programas
Implementação do
NASF
(Apoio Matricial)
Nova configuração =
Apoio Institucional
Planejamento,
organização
e
gestão do processo de trabalho e
discussão
compartilhada
das
políticas de saúde, Educação
Permanente ...
Questões técnicas de
núcleo, Projetos
Terapêuticos,
Suporte/Apoio Pedagógico,
Educação Permanente...
ESF
CARIOCA
ESF
COLONIAL
Região II
UBS
COHAB
Região I
ESF
FORTUNA
ESF
FREITAS
CLISAM
UBS
SESI
HOSPITAL
ESF SÃO
JOSÉ
ESF SÃO
CRISTÓVÃ
O
CESAME
ESF
VARGAS
CAPS-AD
SPA
ESF
SILVA
ESF
ITAPEMIRI
M
UCE
ESF
CAPÃO
UBS NOVA
SAPUCAIA
INFECTO
Região III
UBS
GREISS
RAS de
Sapucaia do
Sul
ESF COLINA VERDE
UBS
PASQUALI
NI
Região IV
ESF
ALCINA
ESF BOA
VISTA
Equipe
I
Karin
Débora
Nilson
Equipe
II
Marina
Thaís
Equipe
III
Luciana
Mariana
Equipe
IV
Cristina
Bruna
Coordenação
Sanitaristas que buscam dar resposta integral às demandas das
equipes, superando a fregmentação dos Programas e Núcleos
Profissionais.
• O apoiador atua como profissional de
referência para a equipe
• Encontros através de rodadas quinzenais,
com presença nas reuniões de equipe das
unidades.
Nesses momentos, se atualizam e
discutem concepções e ações, além de
redes de pedidos e compromissos que
constituirão o trabalho do apoio junto às
equipes.
Primeiros momentos
Estranhamento com a nova proposta de gestão
Desencontros entre oferta do apoio e pedidos
das equipes
>> Foco no processo de trabalho X Foco
em infraestrutura
Equipes ainda buscando antigas referências dos
núcleos
Momento de aproximação e busca de
acolhimento e desenvolvimento de vínculo com as
equipes
Primeiras conquistas
A gestão municipal também promoveu a implantação
do ACOLHIMENTO em todas equipes da APS como
dispositivo de ampliação do acesso e estratégia de
reorganização do processo de trabalho das equipes.
Acolhimento como postura e prática nas ações de
atenção e gestão que favorece a construção de uma
relação de confiança, compromisso e coresponsabilização entre usuários, equipes e serviços,
contribuindo a legitimação do sistema público de saúde.
Transição das equipes com a chegada dos concursados
Algumas atividades...
• Participação regular em reuniões de equipe
• Contatos e intermediação entre serviços de saúde e
espaços intersetoriais
• Participação na organização e desenvolvimento de
atividades realizadas pela equipe e espaços de
Educação Permanente.
• Atendimento e orientação a usuários sobre fluxos
• Representação institucional
• Gestão Colegiada
Algumas atividades...
• Mediação de conflitos
• Gerenciamento de recursos e trabalhadores na rede
• Registro das ações e atividades dos apoiadores
(registros de reuniões, diários de campo, em relação às
equipes acompanhadas).
• Apoio intensificado às equipes durante todo o
processo do PMAQ
Desafios do caminho...
Implantação de instrumento de monitoramento e
avaliação do Apoio
Organização do trabalho entre a “ demanda
espontânea e as ações planejadas
espontânea”
Autoanálise permanente (onipresença ou tutela)
Educação Permanente para o Apoiador
Avanços
•
Aproximação entre gestão e atenção, com coresponsabilização e busca de autonomia
•
•Criação de espaços de coletivização das tomadas de
decisões
•Ampliação da capacidade de reflexão e análise – olhar
mais amplo
•Qualificação do acolhimento e vínculo com usuários;
fortalecimento do cuidado integral e em rede, inclusive
intersetorial
Avanços
•
•
•Maior transversalização de informações e relações
•Dados e percepções servindo de subsídio para o
planejamento das atividades de apoio (assuntos
emergentes para trabalhar em reuniões de equipe,
demandas para Educação Permanente, mudanças
de ordem administrativa)
Muito obrigada!
Bruna Mendes Lisboa, Débora Spalding Verdi, Dulce Maria
Bedin, Karin Wünsch, Lúcia Gimenes Passero, Luciana
Bisio Mattos, Nílson Maestri, Maria Cristina de Almeida e
Mariana Silva Bauer, Marina Sanes e Thaís Benemann
[email protected]
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