SUGESTÃO DE PAUTA Unic | Josafá Vilarouca | Renata Tomasetti (11) 5051.6639 [email protected] | [email protected] Não empreste seu nome! Especialista em finanças revela que grande parte dos inadimplentes brasileiros não são culpados pelas dívidas que contraíram. O Brasil vem batendo recordes em empréstimos para pessoas físicas. Somente em março deste ano a oferta de crédito dobrou, gerando mais de R$ 268 milhões nas mãos dos consumidores, com crescimento de 94,2% em relação ao período de cinco anos. Estes dados podem ser ótimos para aquecer a economia brasileira, que aumenta as vendas no comércio varejistas a cada mês. Mas podem proporcionar grandes estragos irreparáveis no orçamento familiar. Segundo o Serasa, mais de 27 milhões de brasileiros estão inadimplentes. Somente no Distrito Federal, mais de 151 mil pessoas foram incluídas no cadastro de Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) no mês passado. O que esses dados não revelam é “quem tem culpa no cartório”. “Muitas pessoas se tornam inadimplentes por causa de um amigo ou parente que pediu o nome emprestado para fazer fina nciamento ou crediário”, explica Rafael Paschoarelli, especialista em finanças pessoais e autor dos livros Como comprar mais gastando menos e A Regra do Jogo, ambos lançados pela editora Saraiva. Paschoarelli alerta para os perigos de emprestar o nome a pessoas que já são inadimplentes. “É muito perigoso emprestar o nome para que outros façam crediário. Se a conta não for paga, quem fica com o nome sujo é você. E não adianta nem tentar explicar a situação para a loja, pois o que eles querem é receber o dinheiro da dívida feita, independente de quem tem culpa no cartório. Além disso, para quem não pagou uma vez, o que perde se não pagar de novo?”. O especialista lembra que a maioria dos pedidos de uso de nomes e empréstimos é sempre de algum parente ou amigo. E que para cada situação a pessoa boa e generosa pode dizer não sem perder a amizade ou deixar de ter um bom relacionamento com todos a sua volta . “Um bom argumento para fugir desse tipo de situação é dizer que não tem dinheiro. Isso não é mentir, mesmo que se tenha. É bom encarar da seguinte maneira: tenho dinheiro, mas não para emprestar”. Paschoarelli finaliza com uma dica preciosa para quem quer fugir dos pidões: “Nunca diga quanto ganha! Se disser, sempre aparece algum coitado dizendo que ganha menos e que, por isso, precisa da sua ajuda”. Mais sobre Rafael Paschoarelli Rafael Paschoarelli foi eleito em 2006, pelo Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças de São Paulo (IBEF/SP) e pela KPMG, o executivo revelação em finanças do ano. Hoje é um dos maiores especialistas em finanças do Brasil. Professor de finanças da USP, ele é Doutor em Administração (Finanças) pela FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo) e Especialista em Administração pela EAESP-FGV (Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas). Rafael Paschoarelli ministra palestras e dá aulas nos maiores cursos de MBA do País, na área de finanças, sendo homenageado diversas vezes pela atuação que tem no mercado. Entre as instituições que leciona estão a FIA (Fundação Instituto de Administração), a FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), a FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), a Fundação Dom Cabral, a Fundação Carlos Alberto Vanzolini e o IBMEC. Rafael Paschoarelli é autor dos livros Como comprar mais gastando menos – descubra como utilizar as técnicas de compra para gastar menos e A Regra do Jogo – Descubra o que não querem que você saiba sobre no jogo do dinheiro, ambos lançados pela editora Saraiva.