2010, ano do
sesquicentenário
do nascimento
de Luiz de Mattos
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A RAZÃO
JORNAL ESPIRITUALISTA
O Racionalismo
Cristão explica o que
somos e o que
fazemos na Terra.
FEVEREIRO / 2010
Ano do Centenário do Racionalismo Cristão
Preito a Luiz de Mattos
FOTO LILIAN AYAKO SHIMIZU
A doutrina racionalista
cristã respeita princípios,
sem culto à personalidade
DA REDAÇÃO
o Racionalismo
Cristão não se
cultuam personalidades; respeitam-se princípios.
A afirmação, de Antonio Cottas, feita em 1941, quando
anunciou o fim das reuniões
especiais em reverência a Luiz
de Mattos e Luiz Thomaz, foi
citada pelo presidente em
exercício da Doutrina, Gilberto
Silva, em seu discurso na
homenagem prestada na Filial
São Paulo à memória de Luiz
de Mattos no dia do sesquicentenário de seu nascimento
– 3 de janeiro.
Ao fazer a citação, Gilberto Silva acrescentou que a
decisão de Antonio Cottas,
de não mais realizar a homenagem, foi consequência do
mau uso da ocasião por
oradores que mais queriam
aparecer, com frases rebuscadas e vocabulário que nem
todos os ouvintes dominavam, do que propriamente
preitear os fundadores do
Racionalismo Cristão.
Gilberto Silva destacou,
ainda, o caráter do humanista
Luiz de Mattos, defensor da
igualdade social, durante toda a vida física.
O presiden te da Casa,
Herval Tavares de Campos,
após a abertura da cerimônia,
acompanhou o descerramento
de placa por uma criança, ao
lado do busto já existente de
Luiz de Mattos, entre outros
colocados no imponente
saguão do edifício-sede da
Filial São Paulo.
N
Em seguida, o militante
Ivo Garcia do Nascimento
historiou a participação intensa e ilustre de Luiz de
Mattos na sociedade brasileira
de sua época, em Santos (SP)
e no Rio de Janeiro.
Herval Tavares de Campos completou didaticamente,
com dados ainda mais pormenorizados, informações sobre o codificador da doutrina racionalista cristã e toda a
sua vibrante atuação até sua
desencarnação, em 1926.
LUTADOR. Ivo Garcia do
Nascimento destacou o Luiz de
Mattos abolicionista – que
abrigava escravos fugitivos, ainda que se indispondo com
amigos plantadores do café
que ele exportava –, o defensor das causas sociais, o estudioso, o espiritualista e o empreendedor. Numa sequência
cronológica, o orador mostrou
o Luiz de Mattos menino, chegando de Portugal ao Brasil, e
pouco depois transformandose em grande empresário.
“Dos 20 aos 22 anos,
tornou-se o principal exportador de café, sendo muito
respeitado nessa área, devido
à sua dedicação, honradez e
grande coragem”, afirmou Ivo
Garcia do Nascimento.
Disse, ainda: “Já nessa
época tornou-se personagem
de destaque na sociedade
santista e tornou-se amigo de
abolicionistas. Para melhor difundir suas idéias, passou a
publicar artigos em jornais da
cidade de Santos, defenden-
Grupo de participantes da reunião especial que homenageou Luiz de Mattos
do direitos dos trabalhadores.
Na condição de vice-cônsul de Portugal na cidade, interveio em negociações envolvendo trabalhadores, sempre a favor destes. A luta
pela abolição dos escravos o
levou a ser recebido pela
Princesa Isabel.
Os confrontos de Luiz
de Mattos lhe valeram alguns
abalos financeiros, posteriormente superados, e abalos
físicos. Perto dos 50 anos,
com a saúde afetada, Luiz de
Mattos dedicou-se a questões
de espiritualidade e iniciou a
preparação do que viria a ser
a grande doutrina Racionalismo Cristão, iniciada em
1910, na cidade de Santos,
com o nome de Centro
Espírita Amor e Caridade”.
Em 1916 fundou o jornal a Tribuna Espírita, hoje A
Razão, para poder, mais livremente, expor e esclarecer, os
princípios da doutrina.
Herval Tavares de Campos
deu detalhes da vida de Luiz
de Mattos, sua participação
nas campanhas abolicionista e
republicana, até entregar-se
aos estudos espiritualistas. No
material pesquisado, Herval
colheu, entre outros, diálogos
determinantes na mudança de
rumo de Luiz de Mattos, de
livre pensador a espiritualista
dedicado ao estudo da vida
fora da matéria.
Contou Herval: Ao chegar a um casebre de sapê,
aonde fora levado pelo irmão
Manoel Lavrador, acompa nhado do amigo Luiz Thomaz, Luiz de Mattos deparou
com alguns dos seus empregados. Lá o esperava um
homem que lhe disse:
– Sr. Comendador, o nosso presidente astral, Antonio
Vieira, ordenou-nos que,
quando o Irmão chegasse, lhe
déssemos a presidência do
trabalhos.
Luiz de Mattos, respondeu-lhe:
– Homem de Deus, eu
conheço todos os meus irmãos e meu pai foi um homem de bem.
– Desculpe, Sr. Comendador, em nossa ciência usase assim.
– Ciência neste casebre?
– Faça o favor, assuma a
presidência.
– Estás maluco, homem,
eu não entendo nada disso,
eu fico mesmo aqui na porta
a presenciar.
Diante, porém, da insistência, quer do homem que
o esperava, à porta, quer dos
seus dois amigos, lá foi ele
para a cabeceira da mesa, de
onde presenciou fenômenos
mediúnicos.
Conta, ainda, Herval que,
chegada outra vez a hora, de
novo partiram os três, Luiz de
Mattos, Manoel Lavrador e
Luiz Thomaz, para o espiritismo e, como anteriormente, havia ordem do centro,
dada pelo presidente astral,
Antonio Vieira, para que Luiz
de Mattos, logo que chegasse,
assumisse a presidência.
Fenômenos aconteciam
em cada sessão e tudo se dava para que Luiz de Mattos
se convencesse da existência
da vida fora da matéria, e ele
ficava surpreso como os espíritos transmitiam fatos de
que só ele sabia.
Outros fenômenos aconteceram, inclusive uma comunicação dada por escrito, em
Francês legível e livre de erros, causando espanto a Luiz
de Mattos. Informado das
condições morais, materiais e
intelectuais do médium, ficou
certo de que fenômeno importante se passava.
Em outra sessão foi dada
uma comunicação em Inglês
e ele analisou e verificou estar claramente legível.
Após 18 meses de estudos, o guia Pinheiro Chagas
disse a Luiz de Mattos: "Meu
filho, é neces sário que te
disponhas a iniciar a obra
pois estás demorando muito".
Por fim, decidiu-se.
No início de 1910, Luiz
de Mattos, com 50 anos de
idade, e Luiz Alves Thomaz,
com 39, ambos ricos, como
espíritos evoluidíssimos, iniciaram a grandiosa missão em
que estavam incumbidos: A
divulgação da vida fora da
matéria, a fundação do Espiritismo Racional e Científico
Cristão, que Jesus, o Cristo,
praticara e procurara difundir
e que durante tantos séculos
ficara hibernando, por falta de
condições para ser divulgado.
Ao encerrar a reunião,
Gilberto Silva referiu-se ao
busto colocado no saguão da
Filial, de Antônio Flôr, a
quem considera um mestre
muito sutil, e lembrou o antigo militante Wilson Carnevalli, hoje presidente astral na
casa racionalista cristã de São
Miguel Paulista, que fazia
aniversário justamente em 3
de janeiro.
Com a colaboração de
Roberto Farias de Oliveira
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Casa de Tessier
festeja 10 anos
Será comemorado em 13
deste fevereiro, na localidade
de Malakoff (perto de Paris),
o 10º aniversário do Correspondente Tessier do Racionalismo Cristão. A Casa, presidida por Helder Fonseca, foi
fundada por seu pai, Gabriel
Graham Fonseca.
Gabriel, conta Helder,
nasceu em Cabo Verde na
cidade de Mindelo, em março
de 1930. Teve elevada visão
da justiça e da honra entre
os seres humanos. Emigrou
para o Senegal em 1954, por
estar em desacordo com as
ideias políticas daquela época.
Em 1970 Gabriel começou a
frequentar a casa racionalista
cristã de Dakar e, em 1974,
foi do Senegal para a França.
Em 1983, foi aberta a
primeira casa racionalista
cristã em Paris, com a parti-
cipação do casal Fonseca.
Gabriel, com a força que
vibrava em seu interior, de
avançar, de evoluir, decidiu formar seu proprio grupo racionalista cristão. Em 9 março
de 1992, começaram as reuniões de limpeza psíquica na
casa da Dona Marcelina de
Jesus, em Charenton-le-Pont
(perto de Paris). Crescia a convicção de Gabriel de que uma
casa racionalista cristã seria
aberta, o que significava o
avanço da humanidade no
caminho de espiritualidade. A
primeira reunião ocorreu em
Tessier no dia 26 dezembro de
1995. Gabriel lutou muito para
a oficialização da Casa. De 9
de março de 1992 a 5 de
fevereiro de 2000 foram oito
anos de coragem e determinação para a implantação do
Correspondente Tessier.
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