55º Congresso Nacional de Botânica
26º Encontro Regional de Botânicos de MG, BA e ES
18 a 23 de Julho de 2004
Viçosa, MG, BR
CRESCIMENTO DE ESPÉCIES ARBÓREAS DA MATA ATLÂNTICA SOB DIFERENTES ADUBOS ORGÂNICOS
MENDONÇA, Thalita Regina Gusmão Lima de1,2; SILVA, Kirley Michelly Marques da1; SILVA, Fabiano de Araújo1; MARROQUIM,
Paula Maria Guimarães1; ENDRES, Laurício3. 1 Graduando; 2 Bolsista PIBIC/CNPq; 3 Docente; Depto de Botânica. Centro de Ciências
Biológicas. Universidade Federal de Alagoas. ([email protected])
A exploração extrativista sobre a Mata Atlântica vem causando grande impacto sobre esse ecossistema, fato
que se agrava por não existir reposição suficiente através de reflorestamento. O pau-brasil (Caesalpinia
echinata Lam), o ipê-amarelo (Tabebuia chrysotricha Mat. Ex DC Standl) e a sucupira (Bowdichia virgilioides
Kunth) são espécies bastante empregadas na recuperação de áreas degradadas e foram utilizadas neste
trabalho com o objetivo de identificar um substrato favorável ao crescimento e desenvolvimento dessas
espécies. Os tratamentos utilizados foram: terra preta (controle), alga arribadas “in natura”, húmus de
minhoca e alga arribadas dessalinizada na proporção de 2/5 de terra preta, 2/5 de areia e 1/5 do tratamento.
Foram avaliadas as taxas de germinação e crescimento mensal. Aos 240 dias, as mudas foram colhidas e
pesadas para obtenção de peso fresco e seco. Os substratos terra preta e alga dessalinizada proporcionaram
as maiores médias de crescimento para o pau-brasil e a sucupira; foi verificado um maior acúmulo de matéria
seca nos tratamentos terra preta e húmus de minhoca para o pau-brasil nos tratamentos contendo terra preta
e alga dessalinizada para a sucupira. Porém estas duas espécies mostraram-se bastante sensíveis ao
substrato com alga “in natura” provavelmente devido à elevada salinidade. O ipê-amarelo atingiu as maiores
médias de crescimento e acúmulo de matéria seca no substrato contendo alga “in natura” e alga
dessalinizada. Os resultados mostraram que, entre os substratos testados, algas arribadas dessalinizadas
podem ser usadas com bastante eficiência como adubo orgânico para produção de mudas de pau-brasil, ipêamarelo e sucupira, visto se tratar de matéria-prima abundante na maior parte do litoral nordestino. (Trabalho
desenvolvido com apoio do PIBIC/CNPq)
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Resumo - Sociedade Botânica do Brasil