Visita de Estudo ao Alentejo. Nos dias 26 e 27 de Abril de 2013, as turmas 4A1 e 4B do 10º e 11º anos do Colégio de S. Gonçalo realizaram uma visita de estudo ao Alentejo, organizada no âmbito da disciplina de Geografia A, pela Professora Sílvia Fernandes. Os locais visitados foram Herdade do Esporão, Vila de Monsaraz, Barragem do Alqueva, Centro histórico de Évora, Museu de Mármore e uma Pedreira em Vila Viçosa. O Alentejo corresponde à maior região estatística NUT II portuguesa. Com uma superfície de 31.550,9 km2, corresponde a aproximadamente um terço do território português (34,2%). A Região é limitada a norte pela região Centro, a leste por Espanha, a sul pelo Algarve e a oeste pelo Oceano Atlântico e Lisboa. O Alentejo divide-se em cinco sub-regiões estatísticas (NUTS III): Alentejo Central, Alentejo Litoral, Alto Alentejo, Baixo Alentejo e Lezíria do Tejo (que até 2002 fazia parte da região de Lisboa e Vale do Tejo) e compreende, ao todo, 58 concelhos com 392 freguesias. A região tem uma população residente de 767.679 habitantes (7,2% da população portuguesa) (INE, 2004), o que se traduz numa densidade populacional média de 24,3% hab/km2. Esta é a densidade populacional regional mais baixa de Portugal e é consideravelmente mais baixa que a média europeia. A região do Alentejo possui um ordenamento marcado por latifúndios e um grau de urbanização pouco acentuado.No Alentejo a agricultura pratica-se de forma intensiva e em latifúndios, a prática agrícola é monocultural em carpos abertos e a produção de vinhos, azeite e alguns cereais apresenta uma produtividade é elevada. O primeiro local de visita foi a herdade do Esporão, onde chegamos por volta das13.40h. São extensões quase infinitas de campos verdejantes que logram resistir ao calor abrasador do Verão alentejano. Tudo graças ao moderno sistema de rega que automaticamente vai debitando as gotas necessárias em cada pé de vinha para que a produção seja optimizada. Ao todo, estivemos rodeados por 600 ha de área plantada, que se dividem em cinco qualidades diferentes: Esporão, Perdigões, Rusga, Palmeiras e Monte, que por sua vez se repartem em castas tintas e brancas que são combinadas entre si para originarem os vinhos da herdade. A nossa guia explicou-nos todo o processo de produção. A adega, construída em 1987, continua ainda a ser uma das mais modernas da Europa. Enormes recipientes armazenam alguns milhares de litros de mosto em estágio de fermentação. Após esta fase, o vinho é transferido para o estágio em barricas de madeira, localizados na cave. A cave do Esporão apresenta uma enorme galeria em cimento em forma de abóbada, com uma extensão superior a cem metros. Nela, repousam um sem número de pipas alinhadas em filas paralelas. Dentro conservam milhares de litros desse líquido precioso que será mais tarde engarrafado . Partimos depois para a Vila de Monsaraz. Tipicamente alentejana, uma vila que é um bom exemplo do tipo de povoamento desta região- o povoamento concentrado. Foi-nos dada ainda a oportunidade, de em grupo, explorar-mos as muralhas, e em recantos e escadarias encontramos uma exposição de quadros feitos de mármore da região. Após esta visita seguimos para a barragem do Alqueva, A Barragem de Alqueva, com uma albufeira de 250 km² e mais de 1100 kms de margens é o maior lago artificial da Europa. Abrange 5 concelhos do Alentejo: Portel, Moura, Reguengos de Monsaraz, Mourão e Alandroal, e ainda os municípios raianos. Realizou-se uma visita ao CIAL (Centro de Informação de Alqueva), onde se pode encontrar toda a informação relevante do empreendimento de fins múltiplos de Alqueva, história e memória do processo, que levou à implementação do Projecto, bem como do novo espaço criado pela albufeira e os projectos que estão em curso. Houve ainda tempo para observar a imponente infra-estrutura da barragem. Na manhã seguinte fizemos a Rota Tons de Mármore, onde ficamos a conhecer o mundo do mármore alentejano No decorrer da viagem ao mundo das rochas ornamentais visitamos o Museu do Mármore, onde encontramos distintos espaços que nos deram uma ideia geral da indústria de extracção e transformação dos mármores. Em exposição vimos vários objetos e instrumentos de trabalho, utilizados nas pedreiras e unidades de transformação, que nos a possibilitaram conhecer, in loco, a evolução tecnológica que tem marcado esta atividade no decorrer do tempo No final os alunos assistiram ao vídeo “Vila Viçosa... vila de mármore”, produzido pelo Departamento de Geociências da Universidade de Évora. Um trabalho que permitiu consolidar os conhecimentos adquiridos ao longo de toda a visita. Posteriormente seguimos para a pedreira, um local magnifico, não estava em funcionamento, mas observamos o local e as máquinas que fazem a extração . Relembremos que o mármore é uma rocha ornamental com grande valor monetário e a maior exploração acontece na faixa Borba, Vila Viçosa e Estremoz O concelho de Vila Viçosa possui um enorme potencial económico relacionado com a extração e transformação do mármore, sendo esta indústria a principal atividade profissional da região, ocupando cerca de 93% da população activa, na sua maioria mão-de-obra masculina. Esta pedreira, que visitamos, tem mais de 600m de profundidade. As máquinas são colocadas nos socalcos por poderosos guindastes. Os mesmos, servem, também, para trazer até cima os grandes blocos de mármore que daqui são retirados. Ficamos impressionados… Depois da pedreira voltamos á cidade de Vila Viçosa onde almoçamos e de seguida retomamos a longa viagem até Amarante. Conclusão: Gostei muito da visita de estudo, penso que foi uma atividade muito bem conseguida, tendo em conta os conteúdos da disciplina de geografia A. Despertou o nosso interesse e curiosidade sobre o espaço geográfico e, sem dúvida, deu-nos outra visão daquilo que nos foi transmitido dentro da sala de aula. Tudo o que abordamos e visitamos é de interesse geográfico e irá ajudarnos, certamente, na resolução de perguntas do exame nacional. Deveriam fazerse mais atividades como estas. Trabalho Realizado por: Ana Margarida Fernandes Carvalho 11º 4 A 1