Moldando Seu Destino Frederick W. Babbel, 1982 Deus trabalha de acordo com princípios eternos. Sua ajuda está disponível a todos que têm necessidade, desejo e confiança, a despeito da afiliação religiosa. Algumas vezes, uma pessoa terá uma experiência que mudará completamente sua perspectiva de vida. Meu ex-sócio de negócios é um bom exemplo. Em 1920 ele experimentou a morte enquanto deitava numa mesa de operação. O médico havia prometido uma tentativa de remoção de um grande tumor da veia jugular. Meu sócio testemunhou a cirurgia inteira quando seu espírito sobrevoava seu corpo e ele escutou a conversa entre o médico e a enfermeira. Em um momento, o médico disse: “Eu não posso continuar. Se o fizer, ele morre.” “Mas você prometeu-lhe que se esforçaria,” disse a enfermeira, “mesmo que lhe custasse a vida.” Durante a operação, como temia o médico, a veia jugular se partiu e o sangue começou a esguichar do ferimento. O espírito de meu sócio deixou o quarto neste momento, e ele se viu entrando no mundo espiritual, onde encontrou entes queridos que haviam partido antes. Subitamente ele estava envolto por uma brilhante luz branca. “Eu o trouxe de volta à minha presença.” disse a voz em meio à ofuscante luz branca, “porque você temeu grandemente a transição que você chama de morte. Você agora percebe que não há o que temer, antes há uma oportunidade de gozar de um abundante futuro muito mais glorioso do que você jamais poderia imaginar.” Então este personagem glorioso continuou: “Você deve retornar a Terra. Sua missão de vida ainda não está acabada. Você perderá tudo que você teve de mais querido. No entanto, se você confiar em mim, você virá a cumprir muitas grandes coisas e desfrutará de algumas das bênçãos mais doces que estão disponíveis aos filhos de meu Pai na Terra.” Retornando a seu corpo, que estava agora coberto por um lençol, ele viu a enfermeira preparando-se para deixar o quarto. Reentrando seu espírito no corpo, a enfermeira percebeu um movimento e uma respiração. Ela chamou animadamente: “Doutor! Volte! Ele está vivo e está respirando novamente!” Então meu sócio perdeu a consciência. Quando deixou o hospital, a Madre Superior disse a ele: “Nós nunca esperamos que você saísse daqui vivo. Você estava morto por muitos minutos!” Tudo o que foi dito durante a curta entrevista no mundo espiritual aconteceu. Ele realmente perdeu tudo que ele amava, incluindo sua esposa que havia se divorciado e exigiu suas posses terrenas. Pouco tempo antes dos infames acontecimentos em Pearl Harbor em 1941, ele se tornou um membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e logo depois se casou com uma linda moça ex-missionária. Abundantes bênçãos continuaram a ser gozadas por este casal e sua família. A maioria de nós não tem uma experiência dramática como esta para nos forçar a avaliar e tomar decisões em nossas vidas. Ainda assim, percebendo ou não, estando cientes disto ou não, nós estamos moldando nosso destino. Nosso desafio é aprender os princípios que nos ajudarão. Mas primeiro, nós devemos saber a resposta à pergunta “Quem sou eu?” Você é Alguém! Você não é um ninguém. Você é um alguém – um alguém real com potencial ilimitado! “Quem, eu?” você pode responder. Sim, você. Você é literalmente um filho ou uma filha de Deus. Ele é o verdadeiro pai do espírito divino que habita dentro de um corpo mortal e dá vida a ele. Quando um espírito deixa seu corpo, você é dito como morto. Ainda mais significativo, ser gerado da deidade – Deus – é a verdadeira razão porque uma vez no Velho Testamento, e novamente no Novo Testamento, Deus declarou: “Sois deuses.” (Salmos 82:6; João 10:34). Você é da família de nosso Pai Celestial. E você é investido com o potencial, se você escolher usá-lo, de tornar-se como seu divino Pai. “Parece incrível!” você pode exclamar. “Nós possuímos alguma prova válida disto?” “Prova inspirada e genuína,” é a resposta, “por meio de profetas de nossos dias, assim como registros sagrados que chamamos de escrituras. Isto é parte do legado deixado por Deus.” Relevante a este assunto, talvez a expressão mais bem conhecida foi escrita pelo Presidente Lorenzo Snow em 1840: “Um homem agora é, como Deus uma vez já foi: Assim como Deus é agora, o homem pode se tornar.” (Biography and Family Records of Lorenzo Snow [Salt Lake City: Zion´s Book Store, 1975], p. 46.) Nós consideraremos três declarações inspiradas para confirmar e ampliar as afirmações já feitas. Neste Sermão memorável do Rei Follett, o Profeta Joseph Smith identificou claramente a gênese do homem: A alma – a mente do homem – o espírito imortal. De onde terá vindo? Todos os homens cultos e doutores dizem que Deus o criou no princípio; mas não é assim; a meu ver, a própria idéia diminui o homem. Não creio nessa doutrina. Eu conheço a verdade. Escutai, ó vós, confins da Terra, pois o próprio Deus me disse. E se não acreditais em mim, isso não invalidará a verdade... Dizemos que o próprio Deus é um ser auto-existente. Quem vo-lo disse? É bastante correto; mas, como entrou na vossa mente? Quem vos contou que o homem não existe da mesma forma, sob os mesmos princípios? O homem existe sob os mesmos princípios...a mente ou inteligência possuída pelo homem é semelhante (co-eterna) a do próprio Deus! Sei que meu testemunho é verdadeiro... A inteligência dos espíritos não teve início, nem terá fim... Os primeiros princípios do homem são auto-existentes com Deus. (DHC 6:310) E quanto à próxima fase da existência do homem? Como se tornou um filho da deidade? Parley P. Pratt esclareceu este assunto: Este indivíduo – corpo espiritual – foi gerado pelo Pai Celestial, em própria sua imagem e semelhança, e pelas leis da procriação. Nasceu e amadureceu nas mansões celestiais, treinado na escola de amor no círculo da família, e entre os mais ternos laços de afeição paternal e fraternal. Neste estado primário, em seu lar celestial, ele viveu e moveu-se livremente como uma inteligência livre e racional, agindo sob seu próprio arbítrio, e como toda inteligência, independente em sua própria esfera. Ele foi colocado sob certas leis e foi responsável por sua Cabeça Patriarcal. (Key to the Science of Theoloy [Salt Lake City: Deseret Book Co., 1938], p. 56. Daqui por diante referido como Key to Theology.) Vamos trazer nosso estado de existência presente e futuro para o foco apropriado. Para esta informação, voltamo-nos para o Élder James E. Talmage: O homem como indivíduo é eterno, ele é literalmente o filho do eterno pai dos espíritos – verdadeiramente nascido na linhagem dos Deuses! Antes de nascer, agora e depois da morte, cada um de nós foi, é e será um personagem distinto – o mesmo ser, de identidade imutável e por tanto, eterna. Você era você e eu era eu antes de nascermos nestes corpos de carne. Você será você mesmo e eu serei eu mesmo além da sepultura. Este nosso corpo é a vestimenta terrena de nosso espírito imortal... Há no homem um espírito imortal que viveu como uma inteligência antes do corpo ser formado, e assim continuará a existir como o mesmo indivíduo imortal depois que o corpo entrar em decadência... A revelação divina atesta esta gloriosa e grandiosa verdade, o homem é de natureza eterna. (Sunday Night Talks, no.21, p. 230.) Aí está. Por meio destas declarações inspiradas, nós começamos a perceber quem somos e o que podemos nos tornar. A resposta à admoestação de Sócrates, “Homem, conhece-te a ti mesmo,” é então revelada. Você, o Feitor de Seu Destino Cada um de nós está agora no processo de se tornar o tipo de pessoa que seremos pela eternidade. No entanto, relativamente poucos de nós percebem o potencial ilimitado que possuímos como filhos e filhas literais de nosso Grande Pai e Deus. Poucos ainda descobriram como se comunicar ativamente com os poderes do céu. E apenas um número insignificante percebe em suas vidas o convite e a promessa de Jesus Cristo, quando ele disse: Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo. Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono. (Apocalipse 3:20-21) Isto é do que o livro se trata – esclarecer os desafios a serem atingidos e delinear a fundação, os blocos construtores que possibilitarão a todos que se aplicarem a gozar da vida de maior poder e propósito mais do que nenhum de nós jamais poderia sonhar ser possível. Se você é jovem, na flor da idade, ou no pôr-do-sol da vida, nenhuma das oportunidades delineadas neste livro está fora de seu alcance. Você tem o poder de realizar hoje, e todos os dias que se seguem, o que você desejar, a despeito do que aconteceu no passado. Enquanto as escrituras afirmam que Jesus Cristo é o autor e o aperfeiçoador de nossa fé, a própria sugestão de que você é o autor e o aperfeiçoador de seu destino pode parecer assustador. No entanto, quando você entende os princípios envolvidos e as implicações com relação a seu destino eterno, você perceberá que é você quem determina seu sucesso na vida ou sua falta de realização pessoal. Há mais poder disponível para você moldar seu destino – seu próprio curso de sucesso na vida – do que você jamais contemplou antes. Viver de acordo com estes princípios disponibilizará os poderes do céu para seu benefício. Princípios Eternos de Progresso Neste capítulo, examinaremos dois princípios e duas chaves pelas quais poderemos aumentar nossa fé e aplicá-la para moldar nosso destino. A Lei da Colheita O primeiro princípio é a Lei da Colheita. ... porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. (Gálatas 6:7) Algumas pessoas chamam isto de Lei da Causa e Efeito; outros chamam da Lei da Ação de Reação; ainda há outros que chamam da Lei do Carma. Referências nas santas escrituras usualmente referem-se a este princípio como Lei da Colheita. Esta lei pode ser citada como a primeira lei dada durante a criação desta Terra e todas as formas de vida nela presentes. (Ver Gênesis 1:11-12, 27-28) Tudo se multiplica “conforme sua espécie.” Isto inclui plantas, árvores frutíferas, pássaros, peixes, insetos, animais, e seres humanos. Se você planta uma semente de cenoura, você não obterá um tomate. Se você quer um tomate, você terá que plantar o tipo certo de semente. Uma semente não apenas volta a ser uma semente e não permanece como uma semente plantada. Se você plantar uma semente de melancia e a nutrir, ela crescerá e se transformará em muitas melancias, cada uma contendo centenas de melões. Assim também, um grão de milho não volta a ser apenas um grão de milho. E a concepção de um filho resulta em um futuro pai ou mãe, um avô ou avó. Ao aplicarmos este princípio em situações da vida diária, nós veremos que isto também se aplica a nossos pensamentos, sentimentos e ações. Em um dos cursos de treinamento que eu dirigi nos Arquivos Nacionais, nós tivemos uma grande freqüência do pessoal do Navy´s David Taylor Model Basin perto de Washington, D.C. Já que estávamos discutindo os princípios e práticas de boa gerência, eu discuti estes conceitos com eles à medida que eles aplicavam estes conhecimentos às suas funções e atividades específicas. Um dos alunos questionou minha sugestão de que nossos pensamentos e sentimentos são projetados àqueles a nossa volta e resultarão também em um retorno aumentado do bem ou mal. Ele e seus companheiros foram voluntários para conduzir um experimento para provar que eu estava errado a respeito de tais coisas. Eu os convidei para trazer seus resultados para a sessão de conclusão duas semanas mais tarde. Quando voltaram, eles brevemente fizeram um diagrama de sua experiência no quadro negro. Eles haviam tomado um pesado pedaço de prancha, e no topo dela, eles montaram um sismógrafo. Debaixo, eles posicionaram um sonar como aqueles usados em navios para detectar distúrbios na água. que o último registro era quase três vezes maior que o salpicar da água. Eles concluíram que as ondulações na praia voltaram por baixo d’água de volta à pedra, a fonte original de energia. O sonar na água indicou que a força que retornou se havia multiplicado em aproximadamente três vezes. Eles reconheceram que já que este princípio se aplica a objetos inanimados (como rochas), certamente se aplica a pensamentos e sentimentos, o que instrumentos científicos haviam registrado como produção de quantidade de energia mensurável. Podemos aprender isto por nós mesmos. Tudo que temos que fazer é ficar na mesma sala com alguém que está raivoso para sentir a energia radiada que está sendo absorvida por nosso sistema nervoso. Portanto, por meio de radiação negativa, nós nos esgotamos uns aos outros e nos isolamos do Espírito do Senhor. A pessoa gerando tal raiva está sendo grandemente prejudicada à medida que esta energia negativa se multiplica e retorna para ser absorvida por sua própria alma. Porque o que de ti sair, a ti retornará. (Alma 41:15) O que quer que você dê à vida, voltará a você – multiplicado. Isto se aplica a nossos pensamentos, sentimentos e ações, sejam negativos ou positivos, edificantes ou deprimentes. Então, precisamos tomar decisões sábias. Por causa deste princípio, você pode fazer para si mesmo um céu ou inferno na Terra. Você sozinho deve carregar esta responsabilidade pelas escolhas feitas. Quem define o padrão do perdão que você deve receber? Você. (Mateus 6:14-15) Se você deseja ser perdoado, você deve primeiro perdoar aos outros. Quem define o padrão de como você será julgado? Você. (Mateus 7:1-2) Seu próprio julgamento pelo Pai Celestial será compassivo ou duro, dependendo do padrão que você determinou ao julgar os outros. As coisas que você deseja na vida, você deve primeiro dar à vida. (Mateus 7:12) Que tal adquirir as coisas que você quer? Como a semente plantada no solo, a vida pode apenas retornar a você aquilo que você deu primeiramente – com a promessa de que tudo que você der deve voltar a você multiplicado. Talvez seja por isso que um antigo sábio disse uma grande verdade: “Dê ao mundo o melhor que você tenha e o melhor voltará a você.” E nós podemos adicionar que será multiplicado! Este equipamento foi colocado em um de seus lagos artificiais. Então eles pegaram um grande seixo e o lançaram para que ele caísse perto deste equipamento. O sismógrafo registrou o salpicar da água, as ondas e até a ondulação ao longo da praia. Se você acha que é do tipo “propenso ao acidente,” ou “uma verruga de preocupação” ou “por que-tudo-acontece-comigo?” você se tornou uma vítima e não um mestre desta lei. Sua atenção é em seus próprios problemas e por causa disto, eles continuarão a multiplicar-se. Mas esta lei pode funcionar a seu favor como também pode funcionar contra você. Os alunos continuaram a focalizar seus binóculos no sismógrafo. Logo, a agulha registradora começou a mover-se em uma intensidade gradual. A fita monitora mostrou Na Bíblia, Jó é um resumo de um homem justo e perfeito com muitos problemas. No início deste registro, parece que ele não entendia as implicações da Lei da Colheita. Como uma pessoa jovem na Escola Dominical, incomodava-me muito quando nosso professor relatava-nos a história de Jó e sua dor e sofrimento torturantes. A explicação sempre era que nós devíamos ser pacientes em nossas aflições, assim como Jó. A racionalização era sempre de que o diabo queria testar a Jó e que Deus, deu-lhe o privilégio de destruir a vida deste pobre homem e tudo o que ele havia construído. Eu nunca aceitei aquele tipo de Deus, um que se compromete ou “faz um acordo” com o diabo. Minha experiência me confirmou que ele é um Deus de amor, um Deus de bondade, um Deus de paciência, meu Pai que é divino e que me colocou aqui nesta Terra para que eu pudesse ter alegria. Eu não podia conceber que ele deliberadamente permitiria que este tipo de sofrimento acontecesse a um homem perfeito. Depois de ler o conto bíblico várias vezes, finalmente me ocorreu que Jó conta a verdadeira causa de todos os seus desastres no terceiro capítulo, versículo vinte e cinco: “Porque o que eu temia me veio, e o que receava me aconteceu.” (Jó 3:25) Em outras palavras, Jó reconheceu que ele tinha medo, que ele era um homem preocupado. O que ele faria se ele perdesse sua saúde? O que ele faria se ele perdesse sua riqueza? O que ele faria se perdesse seus negócios? O que ele faria se perdesse sua casa? O que aconteceria se perdesse alguns de seus entes queridos? O que aconteceria se ele perdesse toda a sua família? O que aconteceria se seus amigos mais próximos se voltassem contra ele? Tais pensamentos, aparentemente, o corroíam continuamente. A lei é que as coisas que pensamos e as coisas em que trabalhamos geram nossos sentimentos, e estes sentimentos resultam em nossas ações que produzem a colheita. “Porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” (Gálatas 6:7) “Porque como [o homem] imaginou na sua alma, assim é.” (Provérbios 23:7) Como Jó plantava sementes de preocupação, dúvida e medo, o diabo teve acesso a ele e a colheita foi calamitosa. Ele perdeu tudo, menos sua fé no Senhor. As coisas com que Jó estava tão preocupado aconteceram. Elas tornaram-se tão insuportáveis que ele desejou nunca ter nascido, que ele tivesse se escondido debaixo da maior cadeia de montanhas para que nem Deus pudesse encontrá-lo ou ter qualquer lembrança de sua existência. Mas com todos os seus problemas e tribulações, ele não negou a Deus. Finalmente o Senhor veio a ele e disse, efetivamente: “Jó, levante-se e seja homem. Não se lembra de quão feliz você era na manhã da criação e quão ansioso você esperou pela maravilhosa oportunidade de vir a esta Terra e partilhar das belezas aqui? Agora, pare de choramingar e seja um homem. Cinge teus lombos e fale como tivesse conhecimento.” Quando Jó percebeu a mensagem e reconheceu que havia plantado as sementes de seus próprios problemas, ele tomou nova coragem. (Jó 42). Ele então deixou o medo e desejou as coisas que são de Deus. Ele estava ansioso por seguir as instruções que o Senhor lhe havia dado. Note como a Lei da Colheita começou a trabalhar em favor de seu benefício quando ele mudou de atitude. As escrituras revelam que quando Jó descobriu a causa de seu dilema e pediu ao Senhor perdão, suas bênçãos foram abundantemente multiplicadas; ele foi recompensado em dobro com família, amigos, rebanhos, saúde e em tudo que faz da vida abundante. Desde que eu me atentei para a verdadeira causa dos problemas de Jó, meu sentimento sempre tem sido que sua paciência e sofrimento resultaram em conforto e esperança para aqueles que passam por aflições semelhantes pelas mesmas razões. Também nos ensina a “segurar as pontas” até que aprendamos os meios pelos quais podemos mudar de direção. No entanto, a mensagem subjacente parece ser que nós devemos tirar proveito da experiência de Jó. Reconhecendo e aplicando estas leis e chaves que Jó, depois de seus problemas, aprendeu a reconhecer e aplicar, as calamidades espirituais podem ser evitadas e nós podemos acordar e viver. O que quer que nós emanemos em nossos pensamentos, sentimentos, ou ações, voltará para nós multiplicado muitas vezes! A Lei do Arbítrio e Responsabilidade O segundo princípio é a Lei do Arbítrio e Responsabilidade. Arbítrio é um dom de Deus. Nós podemos escolher. Enquanto muitas pessoas pelo mundo reconhecem que o homem é uma criação que tem o direito de escolha, a Bíblia Sagrada não menciona claramente como um direito dado a nós por Deus. Parece ser uma daquelas “coisas claras e preciosas” (I Néfi 13:28) que foram removidas da Bíblia. Sem o auxílio de revelações nestes últimos dias, o mundo como um todo teria pouca consciência das ramificações cruciais deste princípio de arbítrio e responsabilidade conseqüente. Sabemos que Moisés entendeu que as pessoas podiam escolher. (Deuteronômio 30:19) No entanto, não há menção de que Adão recebeu de Deus liberdade de escolha. As revelações modernas esclarecem este assunto. (Moisés 3:17) O livro de Moisés estabelece o fato de que o arbítrio do homem é um dom de Deus. Precisamos reconhecer isto como uma base. ... Satanás [rebelou-se] contra mim e [procurou] destruir o arbítrio do homem, o qual eu, o Senhor Deus lhe dera, ... (Moisés 4:3) Deus não irá e satanás não pode violar nosso arbítrio. O Profeta Joseph Smith esclareceu este assunto: Ele então observou que geralmente culpávamos Satanás pelo mal que praticávamos, mas se ele era a causa de toda a nossa iniqüidade, os homens não seriam condenados. O demônio não podia compelir a humanidade a praticar o mal; tudo era voluntário. Aqueles que resistissem ao Espírito de Deus seriam mais facilmente levados a cair em tentação, e então a associação do céu seria retirada daqueles que rejeitaram partilhar de tal glória. Deus não exerceria nenhum meio compulsório, e o diabo não podia. (Journal of Discourses 2:272. De agora por diante referido como JD.) Brigham Young também ensinou este princípio: “A violação pela criatura é livre; esta é a lei de sua existência, e o Senhor não pode violar sua própria lei; se Ele o fizesse, Ele cessaria de ser Deus.” (JD 2:272) Se Deus não irá e o diabo não pode violar nosso arbítrio, por que permitimos que outros ditem nossos pensamentos, sentimentos ou ações? Nós somos responsáveis por nossas escolhas. A responsabilidade herdada que acompanha este dom do arbítrio é claramente apresentada em Doutrina e Convênios: “para que todo homem aja, em doutrina e princípio relativos ao futuro, de acordo com o arbítrio moral que lhe dei, para que todo homem seja responsável por seus próprios pecados no dia do juízo.” (D&C 101:78) Algumas pessoas podem sentir que a expiação de Jesus Cristo nos absolve da responsabilidade por nossos pecados. Não! Jesus Cristo Declarou: “Pois eis que eu, Deus, sofri estas coisas por todos, para que não precisem sofrer caso se arrependam; mas se não se arrependerem, terão que sofrer assim como eu sofri.” (D&C 19:16-17) Isto quer dizer que a expiação não é incondicional. É verdade que Jesus morreu por nossos pecados, mas apenas sob uma condição: que nós nos arrependêssemos. Se não nos arrependermos, a Lei da Colheita irá trabalhar contra nós. O que plantamos, contrário às leis de Deus, nós colheremos em sofrimento, amargura e pesar. Desta forma, nós literalmente nos tornamos feitores de nosso destino. Mas você pode dizer: “E quanto ao grande poder do diabo?” Se você ler as “palavras pequenas” nas escrituras – a parte que é raramente enfatizada – você freqüentemente encontrará um “se”, “quando”, “porque”, ou “se você permitir”. (Alma 5:20; Mosias 16:3; D&C 76:31; 2 Néfi 26:10) O conselheiro de Brigham Young, Heber C. Kimball, publicou este desafio: Eu não temo coisa alguma. Eu não temo coisa alguma no céu, ou na terra. Eu não temo o inferno, nem suas combinações; nem o inferno, nem o diabo, nem qualquer de seus anjos têm poder sobre mim, ou sobre você, apenas se permitirmos. Se permitirmos que o diabo tenha poder sobre nós...então ele terá domínio sobre nós. Sob o mesmo princípio, nós deixamos que o pecado tenha poder sobre nós, mas o pecado não tem poder algum sobre nós a menos que nos sujeitemos a ele. (JD 1:204) Você não pode ser justificado dizendo: “O diabo me fez fazê-lo”. O que você deve realmente dizer é: “Eu permiti que o diabo me influenciasse e eu caí.” Já que nós somos livres para escolher e somos responsáveis por nossas escolhas, é óbvio que para nosso próprio interesse nós devemos escolher o certo. Duas Chaves Para o Auto-Controle Além destes dois importantes princípios – a Lei da Colheita e a Lei do Arbítrio e Responsabilidade – há duas chaves que podem mudar sua vida e contribuir grandemente para alcançar seu objetivo de autocontrole. Chave Número Um: Devemos Ser Positivos A primeira chave a ser lembrada é que Deus trabalha por meio de pensamentos, sentimentos e ações positivos. O adversário entra em nossas vidas através de nossos pensamentos, sentimentos e ações negativos. O presidente George Albert Smith aprendeu este princípio quando era uma jovem criança. Há duas influências no mundo hoje, e têm sido desde o princípio. Uma é a influência que é construtiva, que irradia felicidade, e constrói o caráter. A outra influência é uma que destrói, torna os homens demônios, derruba e desanima. Nós somos todos susceptíveis a ambas. A primeira vem do Pai Celestial e a outra vem da fonte do mal que tem estado no mundo desde o princípio, procurando trazer a destruição à família humana. Meu avô costumava dizer a sua família: “Há uma linha de demarcação, bem definida, entre o território de Deus e do diabo. Se você permanecer no lado de Deus, estará sob a influência Dele e não terá vontade de pecar; mas se atravessar para o lado de Satanás, ainda que seja um só centímetro, estará sob o poder do tentador, e se ele for bem sucedido, você não poderá pensar nem raciocinar adequadamente, pois você haverá perdido o Espírito de Deus.” Se você quer ser feliz, lembre-se que toda a digna felicidade está no lado do Senhor e todo pesar e desapontamento estão no lado de Satanás. (Sharing the Gospel with Others [Salt Lake City: Deseret News Press, 1948], p. 42-43) O apóstolo Paulo discute o mesmo princípio em Gálatas. Ele identifica sentimentos positivos como “frutos do Espírito,” e sentimentos e ações negativos como “obras da carne.” (Gálatas 5:19) O Dr. John A.Widtsoe explicou: “O diabo é sujeito a Deus, e é permitido operar apenas se ele se mantiver em limites bem definidos...” (A Rational Theology [Salt Lake City: General Priesthood Committee, 1915], p.81) Deus opera pelos pensamentos, sentimentos e ações positivos. O diabo opera por meio de pensamentos, sentimentos e ações negativos. As escrituras afirmam este fato. Note o que elas dizem. Exemplos de sentimentos que vêm de Deus são encontrados nas seguintes escrituras: amor – I Tessalonicenses 4:9; I João 2:10; D&C 121:41; humildade – Mateus 18:4; Tiago 4:10; I Pedro 5:6; D&C 112:10; gratidão – Salmos 100:4; Efésios 5:17, 20; D&C 46:7; 78:19; perdão – Mateus 6:14-15; Marcos 11:25; Mosias 26:30; D&C 64:7-11. Reciprocamente, seguem exemplos de escrituras que descrevem os sentimentos negativos de Satanás: medo – 2 Timóteo 1:7; Josué 1:9; Apocalipse 21:8; D&C 6:36; ira – Salmos 37:8; Mateus 5:22; Morôni 9:3; 2 Néfi 33:5; D&C 10:24; incredulidade – Apocalipse 21:8; Hebreus 3:12; Mateus 13:58; D&C 10:63; Lucas 6:30 (TJS). LADO DE DEUS LADO DO ADVERSÁRIO Amor Regozijo (glorificar) Gratidão Alegria Fé Perdão Paciência Humildade (mansidão) Harmonia Paz Temperança Bondade Gentileza Crítica Discórdia (briga) Contenda (discussão) Orgulho (disputa) Inveja Desânimo Incredulidade (dúvida) Medo (preocupação, ansiedade) Ira Ódio Pergunte-se: “Eu estou no lado do Senhor?” Você provavelmente verá que a resposta mudará à medida que as condições mudarem. Não se desanime, porque você pode controlar a situação. O quadro acima é apenas o começo. Muitas escrituras confirmam este princípio. Segue uma lista parcial: Virtudes (lado positivo): 2 Pedro 1:5-8; Regras de Fé 1:13; Deuteronômios 6:5-7; Josué 1:9; 2 Néfi 31:20; Salmos 24:3-5; 1 Tessalonicenses 5:14-22; Mosias 26:39; Mateus 5:44, 6:33, 7:7; D&C 112:10; 78:19; 121:41-45. Pecados (lado negativo): Romanos 1:24-32; 1 Coríntios 3:16-17, 6:1-10; 10:8; Efésios 5:3-7; Gálatas 5:19-21; Colossenses 3:5, 7-8; 1 Tessalonicenses 4:3-5; Apocalipse 21:8. Todos sabem que não se deve encher-se de ira, ódio, inveja ou sentimentos semelhantes. Mas também reconhecemos que não devemos nos preocupar, temer, criticar ou sentir pena de nós mesmos? Mas nós também reconhecemos que duvidar é a principal causa de muitas de nossas tribulações? Em Apocalipse 21:8, ênfase especial é dada à incredulidade. Em Mórmon 9:23-29, um discurso especial dado por Morôni contrasta crença e dúvida. Eu descobri um discurso fascinante a este respeito que discute a virtude da fé versus o pecado da dúvida. Eu o incluirei aqui porque normalmente, esta passagem não está disponível para muitas pessoas. “Remove de ti a dúvida e por nada no mundo hesites em pedir alguma coisa a Deus, dizendo a ti mesmo: ‘Como poderia eu pedir alguma coisa ao Senhor e obtê-la, tendo cometido tão grandes pecados contra ele?’ “Não penses assim. Ao contrário, converte-te ao Senhor, do fundo do coração, suplica-o confiante e conhecerás sua grande misericórdia, porque ele não te abandonará, mas atenderá a oração da tua alma. De fato, Deus não é como os homens rancorosos; ele não conhece o rancor e tem compaixão de sua criatura. “Tu, portanto, purifica teu coração de todas as vaidades deste mundo e dos males dos quais já te falei. Suplica ao Senhor e obterás tudo; nenhuma de tuas orações será rejeitada, se suplicares ao Senhor com confiança. “Contudo, se duvidares em teu coração, não alcançarás nenhum dos teus pedidos, pois os que duvidam de Deus são indecisos e não alcançam nada do que pedem. Em troca, os que são íntegros na fé, pedem tudo com plena confiança no Senhor, e são atendidos, porque pedem sem vacilar e sem incerteza. Com efeito, todo homem que duvida, se não fizer penitência, dificilmente se salvará. “Portanto, purifica da dúvida o teu coração, reveste-te de fé, porque ela é forte e tem confiança que Deus atenderá todas as tuas orações. “E se alguma vez pedires alguma coisa ao Senhor e ele tardar em concedê-la, não duvides porque não obtiveste logo o pedido da tua alma; certamente, tardas a receber o que pediste, por causa de alguma provação ou de algum pecado que ignoras. “Não deixes, portanto, de pedir o que tua alma deseja, e o obterás. Contudo, se ao orar caíres no desânimo e na dúvida, culpa-te a ti mesmo e não àquele que está disposto a te dar. “Cuidado com a dúvida: ela é má, insensata e desenraiza da fé, não poucos, até pessoas muito fiéis e firmes, pois a dúvida é filha do diabo e faz muito mal aos servos de Deus. Fé, inspiração, cura, revelação pessoal e poder do sacerdócio, assim como paciência, perdão e outras virtudes divinas, são todas provenientes da mesma fonte do amor. Este é o caminho para a perfeição. “Despreza, portanto, a dúvida, e domina-a em tudo. Para isso, reveste-te de fé firme e poderosa. A mesma base de receptividade espiritual se aplica a todos os dons do Espírito. Não importa que dons do Espírito podem nos ter sido prometidos ou podem nos ser dados, os frutos destes dons não serão manifestados a menos que nós estejamos no lado de Deus. De fato, a fé tudo promete e tudo cumpre, mas a dúvida, que não tem confiança sequer em si mesma, malogra-se em toda obra que empreende. “Vês, portanto, que a fé vem do alto, do Senhor, e tem grande força; a dúvida, porém, é apenas um espírito terrestre que vem do diabo e não tem força, nenhuma. “Serve, portanto, à fé que tem força e afasta a dúvida que não tem força nenhuma. Então viverás em Deus, e todos os que pensam assim também viverão em Deus.” (2 Hermas 9:1-11, The Lost Books of the Bible [Cleveland: World Publishing Company, 1926], p. 221-22. Retirado de Pseudepigrapha, publicado em 1911) Sentimentos e atitudes negativos podem efetivamente impedir que o Espírito de Deus e o Espírito Santo fluam por nós com seus poderes de cura, influência santificada, inspiração e bênção. O Espírito Santo não pode habitar onde há discórdia. Ele opera no lado de Deus. Ele não pode habitar em um corpo impuro, e ele não permanecerá em uma mente ou coração que armazena influências negativas de qualquer natureza. Amor, como Jesus descreveu, cumpre toda a lei e profetas. “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo e teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas.” (Mateus 22:37 – 40) É claro que sim. O amor mantém você no lado de Deus, onde todas as bênçãos estão. Obviamente, o amor é a mais importante qualidade de caráter que nós devemos desenvolver e praticar em nossas vidas. Quando você genuinamente amar a Deus, você se torna cada vez mais semelhante a Ele. (The Great Stone Face, uma história de Nathaniel Hawthorne´s, é um excelente exemplo do que acontece quando uma pessoa tem em mente um ideal.) Ao desenvolver este amor, você estará apto a compartilhá-lo com outros. Você não pode compartilhar com outros algo que você não possui. Compartilhando este amor por meio do serviço ao seu semelhante, ele se multiplicará e voltará aumentando seu próprio amor até que alcance proporções divinas, exemplificando o princípio da Lei da Colheita. Com a fundação de tal amor divino, será uma alegria amar seu próximo como a si mesmo! Quando estamos no lado negativo – o lado do inimigo – nós não seremos receptivos à inspiração positiva. É como se quiséssemos ouvir um programa de rádio na banda de FM, estando sintonizados na AM. O Espírito do Senhor não nos é imposto. Nós temos que primeiro ser receptivos antes de recebermos seus poderes penetrantes. Chave Número Dois: Nós Podemos Mudar A segunda chave a ser lembrada é que nós podemos escolher mudar. A maioria de nós reconhece que nós podemos escolher nossas ações e nossas palavras. Mas nós também reconhecemos que podemos escolher nossos pensamentos e sentimentos? Nós não precisamos ser “levados pelo vento e jogados” se não quisermos. Pensamentos são coisas poderosas. Nossos pensamentos geram nossos sentimentos. Nossos sentimentos motivam nossas ações. Nossas ações levam a nossas conquistas ou insucessos. A seguinte escritura corrobora este fato: “...qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” (Mateus 5:28) Então, nós podemos controlar nossos sentimentos controlando nossos pensamentos. E podemos normalmente controlar nossos pensamentos controlando o foco de nossa atenção. E a menos que façamos isto, nós tornarémo-nos vítimas em vez de mestres destas leis. O problema começa quando nós não reconhecemos que a habilidade de escolher mudar a nós mesmos é parte do direito divino de nosso arbítrio. Não devemos nos preocupar ou temer. No entanto, perdemos muito de nossa vida estando desanimados, sofrendo, temendo, e nutrindo sentimentos de mágoa. Por que fazemos isto? Nós estamos vivendo em um ambiente saturado de pensamentos e sentimentos negativos, e eles são contagiosos! Ponderem por um momento em nossos jornais, revistas, programas de televisão e conversas. A maior parte deles edifica nossos corações e nossos espíritos? Uma amostra aleatória de nossos jornais diários nos dará uma pista. Nós examinamos a primeira seção de nosso jornal para ver o que encontraríamos. De 44 colunas que analisamos, 41,8 eram negativas e apenas 2,2 eram positivas. Isto é aproximadamente 5% de positividade. Se você passar sessenta minutos por dia com tal material, significa que cinqüenta e sete minutos são gastos em um ambiente negativo e apenas três minutos em um ambiente positivo. Considerando que nossos jornais possuem 786.762 assinantes e leitores, aproximadamente 39.000 horas são gastas em leitura positiva, enquanto 748.000 horas são destinadas à exposição à leitura negativa. Isso dá uma proporção de 19 para 1 em favor da negatividade. Que maneira de começar cada novo dia! E lembrem-se de que todas estas pessoas estarão compartilhando seus pensamentos e sentimentos negativamente influenciados com outros pelo resto do dia. Examinando outros tipos de mídia, chegaremos a resultados semelhantes. Poucos imaginam que isto representa um verdadeiro desafio para todos nós que queremos ficar no lado do Senhor – o lado positivo. Podemos ficar no lado do Senhor! Mas devemos escolher isso. Nós devemos aprender como fazê-lo. Precisamos praticar. É dessa forma que a sintonia com o Espírito se torna possível. É aí que a fé é exercida. É onde a cura ocorre. É onde a revelação divina nos sobrevém. É onde o poder de Deus pode se manifestar em nossas vidas. É onde podemos receber inspiração para resolver nossos problemas. Nós precisamos de pensamentos e sentimentos positivos para ter ajuda do Senhor. Joseph Smith era um menino. Ele exerceu todos os seus poderes clamando ao Senhor para livrá-lo do inimigo, e ele foi salvo. (Joseph Smith – História 1:15-17) Jó se arrependeu. (Jô 42:3-6) Néfi falou em voz alta sobre seus medos e seu amor e confiança no Senhor. (2 Néfi 4:16-35) Você também pode fazer todas estas coisas. Eu conheço uma irmã que estava tendo sérios problemas com seu filho adolescente. Um dia ela recebeu uma ligação para ir à escola resolver mais problemas. No caminho de casa, ela estava tão preocupada que ela teve um pequeno acidente de carro. Agora ela estava realmente deprimida. Então ela lembrou-se de como Néfi lidou com uma depressão semelhante. Por que estou sentindo-me assim? ela se perguntou. Eu não tenho que me sentir desta forma. Ela orou para que aqueles sentimentos fossem retirados dela e para que ela pudesse se encher com o Espírito do Senhor. Dentro de poucos minutos ela estava feliz, cheia de paz em seu coração, e estava na posição de receber inspiração concernente a seus problemas. Ela disse que foi uma experiência emocionante ver como seus sentimentos haviam mudado tão rapidamente e por perceber que ela era capaz de fazer algo a respeito deles. Nós Podemos Mudar Nossos Sentimentos Mudando Nossos Pensamentos Quando você se encontrar deprimido, preocupado ou temeroso, perceba que você está no lado errado e que se você continuar lá, as coisas irão piorar. Mas você pode passar para o lado certo. Néfi o fez. E você também pode! Uma vez aprendido este princípio e o colocando em prática, reconhecemos que podemos controlar nossos sentimentos; estaremos então na estrada para vencer a negatividade. No minuto em que você desvia a atenção de seus problemas, como quando ora por ajuda, conta suas bênçãos ou repele seus sentimentos negativos, você abre a porta para o Espírito do Senhor ajudar você. Um dos pontos mais altos de nossa vida será no dia em que você, estando desencorajado, sozinho, deprimido ou preocupado, dará a volta para que o Espírito do Senhor possa inundar sua alma. Com todas as influências negativas ao nosso redor, nós precisamos fazer algo para contra-atacar estas influências. As escrituras estão repletas de conselhos oportunos que nos ajudam a manter uma atitude positiva. Estes conselhos não são pregações. Sua mensagem é vital para nosso bem-estar eterno – como manter nossos sentimentos no lado positivo. Por exemplo, aqui estão quatro maneiras diferentes: Quando estamos vivendo no lado negativo – no território do diabo – os problemas se multiplicam. Sejam problemas de saúde, financeiros ou de relacionamento, todos eles resultam do fato de estarmos atolados na negação, e não percebemos que nós não temos que nos sentir assim. Nós podemos mudar nossos sentimentos. Se você se encontrar cheio de medo, ao menos você está em boa companhia. Como Moisés lidou com isto? Joseph Smith? Jó? Néfi? Moisés continuou clamando ao Senhor por forças até que ele teve o suficiente para sua necessidade. (Moisés 1:12-22) Ore: orai a ele continuamente. (2 Néfi 9:52) Examine: examinai as escrituras. (João 5:39) Banqueteie-se: banqueteai-vos com as palavras de Cristo. (2 Néfi 32:3) Agradeça: aquele que receber todas as coisas com gratidão. (D&C 78:19) Se nós apenas fizermos estas coisas consistentemente, nós seremos protegidos automaticamente. Nossos corações e mentes se abrirão ao Espírito do Senhor. Eu Sou! Eu Posso! Eu Farei! Minha esposa e eu costumávamos preparar boletins da família periodicamente. Eram uma forma de “pregação aceitável” para nossos filhos quando se tornaram jovens adultos e morando em várias partes da nação. No lado direito do título estava escrito: Eu sou! Eu posso! Eu farei! E abaixo estava uma inscrição: “...e eu e minha casa serviremos ao Senhor.” (Josué 24:15) Um dos fatores importantes é reconhecer que não poderemos ansiosamente dizer “Eu farei” para nós mesmos e outros, se não nos comprometermos com o sucesso. Frases como “Eu pensarei nisso” ou “Eu tentarei” são nada mais que desculpas para o fracasso. Sentimos que esta é uma razão porque o Senhor nos ofereceu tão nobres desafios como “sede vós pois perfeitos,” “sede puros,” “sede como eu sou,” “vem, segue-me.” Se pudermos nos comprometer a alcançar um plano mais alto, nós podemos fazêlo aplicando todos estes princípios de chaves sabiamente, e com a ajuda de Deus. Como nosso amado profeta Spencer W. Kimball falou: “Faça!” Repita o seguinte para si mesmo: Sou um filho ou uma filha de Deus. Eu sou de linhagem divina. Porque eu sou, há certas coisas esperadas de mim. Porque eu sou, eu posso fazê-las! E porque eu sou e posso fazê-las, Eu farei! Nunca mais, enquanto durar sua existência, conscientemente use seus poderes de criação para plantar sementes que irão perverter ou destruir sua vida, sua felicidade e alegria, e as vidas de outros. Seu desafio é edificar. Nas palavras do Salvador: Vós sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo. (Mateus 5:13-14)