COLÉGIO OFICINA
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SIMULADO ENEM
2º SEMESTRE - 2015
GABARITO
EXTENSIVO
NOME DO(A) ALUNO(A)
TURMA
Redação, Linguagens, Códigos E SUAS TECNOLOGIAS
(Tárcio, Tacyana, Tarsis, Abdon, Dudu e Danilo)
Matemática E SUAS TECNOLOGIAS
(Caribé E Tufic)
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I N S T R U Ç Õ E S
01. Verifique se este caderno contém 90 questões, assim distribuídas:
Redação
Linguagens, Códigos e suas tecnologias – 01 a 45
Matemática e suas tecnologias – 01 a 45
Caso contrário, solicite ao fiscal da sala um outro caderno completo. Não serão aceitas reclamações
posteriores.
02. Leia cuidadosamente cada uma das questões e escolha uma única resposta correta; mais de uma
letra assinalada implicará anulação dessa questão.
03. A resposta deve ser marcada com caneta esferográfica de tinta azul ou preta na Folha de Respostas
que acompanha o caderno de questões.
04. Você terá 5h30min (7h30 às 13h), para responder a todas as questões e preencher a Folha de
Respostas.
05. Reserve os 30 minutos finais para marcar sua Folha de Respostas. Os rascunhos e as suas marcações
assinaladas no caderno de questões não serão consideradas na avaliação.
06. Você somente poderá deixar o local da prova após decorridas 1h30min do início da aplicação da
mesma.
07. Você será excluído do exame caso:
– utilize, durante a realização da prova, máquinas e(ou) relógios de calcular, bem como rádios,
gravadores, headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie.
08. É obrigatória a devolução do caderno de questões e Folha de Respostas ao fiscal da sala.
BOM TRABALHO!
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PROPOSTA DE REDAÇÃO
Tema: A valorização do trabalho e do trabalhador no Brasil
LEI GARANTE FGTS E OUTROS NOVOS BENEFÍCIOS ÀS EMPREGADAS DOMÉSTICAS
Benefícios como FGTS, seguro-desemprego, apólice contra acidente e indenização na dispensa sem justa causa
entram em vigor em 120 dias. Salário-família e auxílio-creche já estão valendo.
(Atualizado em 03/06/2015 07:30)
Adicional noturno, obrigatoriedade do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
por parte do empregador, seguro-desemprego, salário-família, auxílio-creche e pré-escola, seguro contra acidentes
de trabalho e indenização em caso de demissão sem justa causa. Esses são alguns dos direitos que passam a valer
em 120 dias para os empregados domésticos brasileiros. Depois de passar dois anos sendo discutida no
Congresso, o texto regulamenta a emenda constitucional e amplia os direitos das empregadas domésticas, lei
conhecida como PEC das Domésticas, foi sancionada na segunda-feira pela presidente Dilma Rousseff e
publicada ontem no Diário Oficial da União.
Para a advogada e professora da faculdade Newton Paiva, Tatiana Bhering, a publicação da lei é um avanço
para o país que passa a valorizar a mão de obra humana. “Nós éramos um dos únicos países que ainda não tinha
regulamentado uma lei para os trabalhadores domésticos. É possível que agora muitos queiram sair da
informalidade, já que serão valorizados e terão todos os direitos que os outros trabalhadores já haviam
conquistado”, afirma. A advogada avalia ainda outros pontos importantes que passam a vigorar com a lei, como as
horas de trabalho excedidas pelo empregado durante viagens com a família do empregador que poderão ser
compensadas após o término da viagem. A remuneração será acrescida em 25% e o empregador não poderá
descontar do trabalhador despesas com alimentação, transporte e hospedagem.
http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2015/06/03/internas_economia,654321/lei-garante-direitos-para-empregada-domestica.shtml
TRABALHO
Novo plano do governo permite reduzir salário e jornada para evitar demissões
MP prevê que governo complementará 50% da perda salarial dos trabalhadores durante redução de jornada.
(06/07/2015 – Estadão conteúdo e folhapress)
Diante de um cenário de desaceleração da economia e demissões – mais de 240 mil vagas de trabalho foram
encerradas neste ano –, a presidente Dilma Rousseff definiu nesta segunda-feira (6) a criação de um programa
para preservar o emprego no país.
O chamado Programa de Proteção ao Emprego (PPE) prevê a redução em até 30% da jornada de trabalho,
com redução proporcional de salários dos trabalhadores em períodos de crise, por no máximo um ano. O
programa, cuja vigência terá início nesta terça (7), com a publicação de medida provisória, foi resultado de
negociação das centrais sindicais, indústria e o Planalto.
De acordo com a MP, a proposta permite a redução temporária em relação à jornada, habitualmente
estabelecida em até 30%, por meio de convenção ou acordo coletivo com propósito específico, de todos os
empregados ou de um setor específico da empresa. Os salários dos trabalhadores são reduzidos proporcionalmente
e o governo complementa 50% da perda salarial durante o período máximo de 12 meses.
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IMPACTO
Estima-se que o PPE terá um impacto de R$ 26,9 milhões e R$ 67,9 milhões em 2015 e 2016, respectivamente.
Tais despesas serão custeadas pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
“O Programa de Proteção ao Emprego é importante para proteger os empregos em momentos de retração da
atividade econômica; preservar a saúde econômico-financeira das empresas; sustentar a demanda agregada
durante momentos de adversidade para facilitar a recuperação da economia; estimular a produtividade do trabalho
por meio do aumento da duração do vínculo trabalhista; e fomentar a negociação coletiva e aperfeiçoar as relações
do trabalho”, ressalta o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, na exposição de motivos da MP.
“A urgência desta medida provisória deriva da necessidade de preservar os empregos formais que são
indispensáveis para a retomada do crescimento econômico.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija um texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre a frase: A valorização
do trabalho e do trabalhador são prerrogativas indispensáveis para o desenvolvimento social do Brasil.
Apresente proposta de intervenção social que agregue valor às suas considerações, zelando pelo respeito aos
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de
seu ponto de vista.
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS – Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção Inglês)
01.
O secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, anunciou oficialmente, no dia 24 de janeiro, o fim da
proibição para que mulheres sirvam em combate nas Forças Armadas dos EUA, iniciativa que pode abrir
milhares de postos de trabalho na linha de frente de combate para elas.
De acordo com a imagem acima, o vocábulo “whichever” remete
A) ao tratamento desigual recebido pelas mulheres em todas as esferas da sociedade americana, inclusive
quando prestam o serviço militar.
B) ao forte preconceito enfrentado pelas mulheres quando elas decidem ingressar no exército americano para
compor as fileiras militares.
C) à incapacidade do soldado de dizer se a decisão do Pentágono representa, para as mulheres, uma conquista
real ou uma exposição ao perigo.
D) às inúmeras dificuldades encontradas pelas mulheres quando elas optam por seguir a carreira militar
nas forças armadas dos Estados Unidos.
E) às exigências absurdas impostas para as mulheres americanas no que diz respeito à participação delas em
situações de combate.
02.
THE COMPUTER THAT NEVER CRASHES
A revolutionary new computer based on the apparent
chaos of nature can reprogram itself if it finds a fault.
OUT of chaos, comes order. A computer that mimics the
apparent randomness found in nature can instantly recover
from crashes by repairing corrupted data.
Dubbed a “systemic” computer, the self-repairing machine
now operating at University College London (UCL) could
keep mission-critical systems working. For instance, it could
allow drones to reprogram themselves to cope with combat
damage, or help create more realistic models of the human brain.
Disponível em: http://www.newscientist.com. Acesso em: 26 fev. 2013.
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Um computador que trava é no mínimo irritante e, na pior das hipóteses, uma catástrofe. Mas, agora uma equipe
de cientistas desenvolveu um novo tipo de computador que nunca falha. De acordo com o texto acima, que
reproduz parcialmente uma matéria publicada na revista New Scientist, o computador em questão
A) imita os padrões de regularidade amplamente encontrados no funcionamento do cérebro humano.
B) reprograma-se imediatamente quando detecta a possibilidade iminente de vir a sofrer uma falha.
C) recupera-se instantaneamente, duplicando o conteúdo armazenado através de um sistema emergencial.
D) garante o funcionamento pleno do processamento central, embora não recupere dados corrompidos.
E) pode vir a auxiliar equipamentos militares que sofreram algum tipo de avaria em situações de combate.
03.
Uma equipe de investigadores britânicos confirmou ter encontrado o esqueleto do último rei da Inglaterra morto
em batalha – o rei Ricardo III, que governou o país no século XV. Os restos mortais foram descobertos numa zona
medieval, onde atualmente existe um estacionamento.
Com base na imagem acima, o rei Ricardo III
A) morreu nas mãos do próprio filho que se aliou a Henrique VII, na tentativa de usurpar o trono de seu pai.
B) foi um dos reis que permaneceu por mais tempo no trono da Inglaterra em toda a história da monarquia.
C) padeceu a vida inteira por causa de uma deformidade física que impedia o pleno exercício de suas funções.
D) sofreu vários ferimentos de guerra, incluindo lesões no crânio e perfurações em seu rosto.
E) recebeu um sepultamento repleto de pompa, como era esperado para um monarca morto em combate.
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04.
A tragédia em Santa Maria – que culminou com a morte de 240 jovens – colocou em xeque um problema
comum em todo o país: a falta de segurança em boates e casas de shows. A peça publicitária acima que
integra uma campanha desenvolvida pelo “Texas State Fire Marshal’s Office” se acima a
A) condenar a precariedade dos sistemas de prevenção de incêndio que não estabelecem um plano de
evacuação para estabelecimentos superlotados.
B) incentivar o frequentador de casas de shows a desenvolver o hábito de planejar uma estratégia de saída
para situações críticas de emergência.
C) exigir das autoridades responsáveis um maior rigor na fiscalização de estabelecimentos comerciais
que se destinam ao entretenimento.
D) destacar a necessidade de reestruturar as casas de shows para evitar que novas tragédias causadas pela
superlotação voltem a se repetir.
E) criticar as casas noturnas que não se preocupam em garantir minimamente a segurança dos frequentadores
em situações de emergência.
05.
THE SLAVE AUCTION
(By Frances Ellen Watkins Harper)
The sale began – young girls were there,
Defenseless in their wretchedness,
Whose stifled sobs of deep despair
Revealed their anguish and distress.
And woman, with her love and truth,
For these in sable forms may dwell,
Gazed on the husband of her youth,
With anguish none may paint or tell.
And mothers stood, with streaming eyes,
And saw their dearest children sold;
Unheeded rose their bitter cries,
While tyrants bartered them for gold.
And men, whose sole crime was their hue,
The impress of their Maker’s hand,
And frail and shrinking children too,
Were gathered in that mournful band.
Disponível em: http://www.poetryfoundation.org. Acesso em: 26 fev. 2013
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Frances Ellen Watkins Harper (1825-1911) foi uma das mais ativas oradoras e poetisas envolvidas em causas
de cunho social, tais como: o abolicionismo, o direito do voto das mulheres e os movimentos contra o
alcoolismo e o linchamento de negros.
Com base no texto anterior de sua autoria, a poetisa
A) descreve os sentimentos que tomavam conta de adultos, jovens e crianças quando eram submetidos à
prática do leilão de escravos.
B) enaltece a coragem de abolicionistas que lutavam contra o horror da escravidão para pôr um fim ao leilão
de homens e mulheres escravos.
C) ressalta a revolta que se apoderava de seres humanos vendidos como objetos na abominável prática de
comercialização de escravos.
D) denuncia a indiferença da sociedade americana que ignorava o sofrimento vivido por homens e mulheres
vendidos em leilões de escravos.
E) critica a omissão do poder público que permitia, mesmo após a abolição da escravatura, a realização de
frequentes leilões de escravos.
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS – Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção Espanhol)
01.
A publicidade em análise, da empresa Aerolíneas Argentina, busca convencer o leitor a comprar suas
passagens aéreas, mostrando como característica vantajosa do serviço oferecido
A) o espaço interno das aeronaves, mais amplo que o convencional.
B) a larga experiência de voo dos pilotos dessa companhia.
C) o curto tempo que se gasta para chegar ao destino desejado.
D) as mais diversas possibilidades de pagamento da passagem adquirida.
E) a variedade de destinos dentro do próprio país.
02. En marzo volvieron los gitanos. Esta vez llevaban un catalejo y una lupa del tamaño de un tambor, que
exhibieron como el último descubrimiento de los judíos de Amsterdam. Sentaron una gitana en un extremo
de la aldea e instalaron el catalejo a la entrada de la carpa. Mediante el pago de cinco reales, la gente se
asomaba al catalejo y veía a la gitana al alcance de su mano. “La ciencia ha eliminado las distancias”,
pregonaba Melquíades. “Dentro de poco, el hombre podrá ver lo que ocurre en cualquier lugar de la tierra,
sin moverse de su casa.” Un mediodía ardiente hicieron una asombrosa demostración con la lupa gigantesca:
pusieron un montón de hierba seca en mitad de la calle y le prendieron fuego mediante la concentración de
los rayos solares. José Arcadio Buendía, que aún no acababa de consolarse por el fracaso de sus imanes,
concibió la idea de utilizar aquel invento como un arma de guerra. Melquíades, otra vez, trató de disuadirlo.
Pero terminó por aceptar los dos lingotes imantados y tres piezas de dinero colonial a cambio de la lupa.
(http://www.literatura.us/garciamarquez/soledad)
O texto em análise consiste em uma parte do livro Cien años de soledad, famosa obra de Gabriel García Márquez,
escritor latinoamericano.
O fragmento em questão apresenta a figura do cigano como responsável por
A) criar instrumentos inovadores e exportá-los a regiões circunvizinhas.
B) distribuir objetos criados em rituais religiosos em suas tribos.
C) furtar instrumentos de povos diversos a fim de vendê-los como fonte de renda.
D) gerar guerras entre pessoas do mesmo povo pela busca incessante do lucro.
E) exibir novidades de fora ao povo de uma determinada região.
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03.
PARAGUAY: EL GUARANÍ, LA LENGUA DE LA IDENTIDAD NACIONAL
A partir de 1992, la Constitución reconoció al guaraní como lengua oficial, lo que permite afirmar
que en este terreno existe una excepción paraguaya. Esta situación deriva del temprano mestizaje y
del aislamiento del país durante siglos, como lo plantea el historiador Miguel Colman. Destaca
también que el guaraní es el idioma del pueblo, mientras que el castellano ha sido usado
tradicionalmente por las clases acomodadas. Asegura que las guerras contribuyeron a erigir al guaraní
en lengua de la patria.
Sin embargo, cada vez más se intercalan palabras en castellano en el guaraní hablado. Como lo
indica la periodista Tamara Samaniego, hay términos que no existen en el idioma indígena. Reconoce
que solo aquellos cuya lengua materna es el guaraní lo hablan de manera pura.
La Academia de Lengua Guaraní, creada en 2010, rige el idioma. Mario Rubén Alvarez, uno de
sus miembros, admite el uso de neologismos en español. Opina que el estado debería invertir más en
“esta lengua estratégica” de la identidad paraguaya y que “debería bilingüizarse”. En especial porque a
veces el pueblo no entiende bien el castellano.
(http://www.espanol.rfi.fr/americas/20150401-paraguay-un-pais-bilinguee-espanol-guarani)
De acordo com a situação atual da língua guarani no território paraguaio, pode-se considerar que este idioma
A) continua sendo usado exclusivamente pelo povo indígena que habita a região.
B) vem recebendo cada vez mais investimentos do Estado por ser língua estratégica.
C) foi trazido ao país pelas classes acomodadas provenientes da Europa.
D) apresenta a incorporação de alguns termos do castelhano.
E) é usado por todos de forma pura e conservadora.
04.
Mafalda é uma personagem de cómic argentina que, embora criança, faz críticas maduras frente às mais
diversas situações do cotidiano.
Na charge em questão, Mafalda deixa claro que
A) tem a sua mãe como exemplo de mulher que deseja seguir.
B) está preocupada em ter um futuro fracassado como o de sua mãe.
C) sente pena de sua mãe por tanto trabalho que tem para realizar.
D) admira o sucesso que sua mãe alcançou na vida.
E) está disposta a auxiliar a sua mãe nos trabalhos domésticos.
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05. Los principales líderes que durante años han promulgado terapias agresivas para curar la homosexualidad reconocen
ahora su error porque se han dado cuenta de que estos tratamientos “no funcionan”. En una carta abierta
firmada por nueve líderes exgays, aseguran tener “más conocimientos ahora” que cuando promulgaron las
llamadas terapias de conversión asegurando que la homosexualidad se podía curar.
Los firmantes de esta carta se disculpan, al creer que existía “algo moralmente incorrecto y psicológicamente
roto” por ser gay o lesbiana. “Crecimos mientras nos decían que ser LGTB era desordenado, enfermo, una
patología mental, pecaminoso y desagradable a Dios. Crecimos mientras nos decían que las relaciones
amorosas homosexuales eran superficiales conducidas por la lujuria, engañosas, desordenadas, e imposibles”,
confiesan en el escrito que pretenden que sirva para que se prohíban terapias similares.
Los líderes de este movimiento son conscientes de las consecuencias que han podido acarrear tras años de
férrea defensa de la “cura de la homosexualidad”. Lamentablemente, muchos optarán por el suicidio como
resultado de su sentimiento de fracaso.
(http://sociedad.elpais.com/ - Fragmento)
O texto jornalístico caracteriza-se basicamente por apresentar informações a respeito dos mais variados
assuntos, e seu título antecipa o tema que será tratado.
Tomando como base o fragmento, a proposição que indica o tema central e poderia ser usado como título é:
A) Antiguos promotores de terapias para ‘curar’ a los gays admiten que no servían.
B) Las terapias agresivas son las más eficaces en la ‘cura’ gay.
C) Las relaciones homosexuales son las más engañosas y desordenadas.
D) La defensa de la ‘cura’ gay puede causar el suicidio.
E) Se debe denunciar cualquier intento de cambiar la orientación sexual.
06. TEXTO I
TEXTO II
SEIS ESTADOS ZERAM FILA DE ESPERA PARA
TRANSPLANTE DE CÓRNEA
Seis estados brasileiros aproveitaram o aumento no
número de doadores e de transplantes, feitos no
primeiro semestre de 2012, no país, e entraram para
uma lista privilegiada: a de não ter mais pacientes
esperando por uma córnea. Até julho desse ano,
Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Paraná, Rio
Grande do Norte e São Paulo eliminaram a lista de
espera no transplante de córneas, de acordo com
balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, no Dia
Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. Em 2011,
só São Paulo e Rio Grande do Norte conseguiram
zerar essa fila.
Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em: 11 ago. 2013 (adaptado).
A notícia e o cartaz abordam a questão da doação de órgãos. Ao relacionar os dois textos, observa-se que o cartaz é
A) contraditório, pois a notícia informa que o país superou a necessidade de doação de órgãos.
B) complementar, pois a notícia diz que a doação de órgãos cresceu e o cartaz solicita doações.
C) redundante, pois a notícia e o cartaz têm a intenção de influenciar as pessoas a doarem seus órgãos.
D) indispensável, pois a notícia fica completa sem o cartaz, que apela para a sensibilidade das pessoas.
E) discordante, pois ambos os textos apresentam posições distintas sobre a necessidade de doação de órgãos.
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07.
Óia eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo para xaxar
Vou mostrar pr’esses cabras
Que eu ainda dou no couro
Isso é um desaforo
Que eu não posso levar
Que eu aqui de novo cantando
Que eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo mostrando
Como se deve xaxar
Vem cá morena linda
Vestida de chita
Você é a mais bonita
Desse meu lugar
Vai, chama Maria, chama Luzia
Vai, chama Zabé, chama Raque
Diz que eu tou aqui com alegria
BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em: www.luizluagonzaga.mus.br. Acesso em: 5 maio 2013 (fragmento).
A letra da canção de Antônio de Barros manifesta aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil. O
verso que singulariza uma forma característica do falar popular regional é:
A) “Isso é um desaforo”.
B) “Diz que eu tou aqui com alegria”.
C) “Vou mostrar pr’esses cabras”.
D) “Vai, chama Maria, chama Luzia”.
E) “Vem cá morena linda, vestida de chita”.
08.
QUERÔ
DELEGADO — Então desce ele. Vê o que arrancam desse sacana.
SARARÁ — Só que tem um porém. Ele é menor.
DELEGADO — Então vai com jeito. Depois a gente entrega pro juiz.
(Luz apaga no delegado e acende no repórter, que se dirige ao público.)
REPÓRTER — E o Querô foi espremido, empilhado, esmagado de corpo e alma num cubículo
imundo, com outros meninos. Meninos todos espremidos, empilhados, esmagados de corpo e alma,
alucinados pelos seus desesperos, cegados por muitas aflições. Muitos meninos, com seus desesperos e
seus ódios, empilhados, espremidos, esmagados de corpo e alma no imundo cubículo do reformatório.
E foi lá que o Querô cresceu.
MARCOS, P. Melhor teatro. São Paulo: Global, 2003 (fragmento).
No discurso do repórter, a repetição causa um efeito de sentido de intensificação, construindo a ideia de
A) opressão física e moral, que gera rancor nos meninos.
B) repressão policial e social, que gera apatia nos meninos.
C) polêmica judicial e midiática, que gera confusão entre os meninos.
D) concepção educacional e carcerária, que gera comoção nos meninos.
E) informação crítica e jornalística, que gera indignação entre os meninos.
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09. FABIANA, arrepelando-se de raiva — Hum! Ora, eis aí está para que se casou meu filho, e trouxe a mulher
para minha casa. É isto constantemente. Não sabe o senhor meu filho que quem casa quer casa... Já não
posso, não posso, não posso!
(Batendo com o pé). Um dia arrebento, e então veremos!
PENA, M. Quem casa quer casa. www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 dez. 2012.
As rubricas em itálico, como as trazidas no trecho de Martins Pena, em uma atuação teatral, constituem
A) necessidade, porque as encenações precisam ser fiéis às diretrizes do autor.
B) possibilidade, porque o texto pode ser mudado, assim como outros elementos.
C) preciosismo, porque são irrelevantes para o texto ou para a encenação.
D) exigência, porque elas determinam as características do texto teatral.
E) imposição, porque elas anulam a autonomia do diretor.
10.
Deixe-me sozinho
Porque assim
Eu viverei em paz
Quero que sejas bem feliz
Junto do seu novo rapaz...
BARROS, Renato. Disponível em http://www.mpbnet.com.br. Acesso em: ago. 2013
Na composição de Renato Barros, gravada por Adriana Calcanhoto, há uma inadequação quanto ao uso do pronome.
De acordo com a norma-padrão da língua, isso se justifica, pois
A) gera a omissão do sujeito marcado pela segunda pessoa.
B) gera a inadequação na concordância com o verbo.
C) contraria as regras de colocação pronominal.
D) contraria a uniformidade na forma de tratamento.
E) apresenta o oblíquo marcando a função de sujeito.
11. Aquele bêbado — Juro nunca mais beber — e fez o sinal da cruz com os indicadores. Acrescentou: — Álcool.
O mais ele achou que podia beber. Bebia paisagens, músicas de Tom Jobim, versos de Mário Quintana.
Tomou um pileque de Segall. Nos fins de semana, embebedavase de Índia Reclinada, de Celso Antônio.
— Curou-se 100% do vício — comentavam os amigos.
Só ele sabia que andava mais bêbado que um gambá. Morreu de etilismo abstrato, no meio de uma
carraspana de pôr do sol no Leblon, e seu féretro ostentava inúmeras coroas de ex-alcoólatras anônimos.
ANDRADE, C. D. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991.
A causa mortis do personagem, expressa no último parágrafo, adquire um efeito irônico no texto porque, ao
longo da narrativa, ocorre uma
A) metaforização do sentido literal do verbo “beber”.
B) aproximação exagerada da estética abstracionista.
C) apresentação gradativa da coloquialidade da linguagem.
D) exploração hiperbólica da expressão “inúmeras coroas”.
E) citação aleatória de nomes de diferentes artistas.
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12. A substituição do haver por ter em construções existenciais, no português do Brasil, corresponde a um dos
processos mais característicos da história da Língua Portuguesa, paralelo ao que já ocorrera em relação à
ampliação do domínio de ter na área semântica de “posse”, no final da fase arcaica. Mattos e Silva
(2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e discute a emergência de ter existencial, tomando por base a
obra pedagógica de João de Barros. Em textos escritos nos anos quarenta e cinquenta do século XVI,
encontram-se evidências, embora raras, tanto de ter “existencial”, não mencionado pelos clássicos estudos de
sintaxe histórica, quanto de haver como verbo existencial com concordância, lembrado por Ivo Castro, e
anotado como “novidade” no século XVIII por Said Ali.
Como se vê, nada é categórico, e um purismo estreito só revela um conhecimento deficiente da língua. Há
mais perguntas que respostas. Pode-se conceber uma norma única e prescritiva? É válido confundir o bom
uso e a norma da própria língua e dessa forma fazer uma avaliação crítica e hierarquizante de outros usos e,
através deles, dos usuários? Substitui-se uma norma por outra?
CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito linguistico: do presente para o passado. IN: Cadernos de Letras da
UFF, n. 36, 2008. Disponível em: www.uff.br. Acesso em:26 fev 2012 (adaptado)
Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes contextos evidencia que:
A) O estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica.
B) Os estudos clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e a mudança na língua.
C) Os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística.
D) A avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua fundamenta a definição da norma.
E) A adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos linguísticos.
13.
Disponível em: www.ccsp.com.br. Acesso em: 26 jul. 2010 (adaptado).
O anúncio publicitário está intimamente ligado ao ideário de consumo quando sua função é vender um
produto. No texto apresentado, utilizam-se elementos linguísticos e extralinguísticos para divulgar a atração
“Noites do Terror”, de um parque de diversões.
O entendimento da propaganda requer do leitor o(a)
A) identificação com o público-alvo a que se destina o anúncio.
B) avaliação da imagem como uma sátira às atrações de terror.
C) atenção para a imagem da parte do corpo humano selecionada aleatoriamente.
D) reconhecimento do intertexto entre a publicidade e um dito popular.
E) percepção do sentido literal da expressão “Noites do Terror”, equivalente à expressão “noites de terror”.
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14. “Eu acho um fato interessante... né... foi como meu pai e minha mãe vieram se conhecer... né... que... minha
mãe morava no Piauí com toda família... né... meu... meu avô... materno no caso... era maquinista... ele sofreu
um acidente... infelizmente morreu... minha mãe tinha cinco anos... né... e o irmão mais velho dela... meu
padrinho... tinha dezessete e ele foi obrigado a trabalhar... foi trabalhar no banco... e... ele foi... o banco... no
caso... estava... com um número de funcionários cheio e ele teve que ir para outro local e pediu transferência
prum local mais perto de Parnaíba que era a cidade onde eles moravam e por engano o... o... escrivão
entendeu Paraíba... né... e meu... e minha família veio parar em Mossoró que era exatamente o local mais
perto onde tinha vaga pra funcionário do Banco do Brasil e:: ela foi parar na rua do meu pai... né... e
começaram a se conhecer... namoraram onze anos... né... pararam algum tempo... brigaram... é lógico...
porque todo relacionamento tem uma briga... né... e eu achei esse fato muito interessante porque foi uma
coincidência incrível... né... como vieram a se conhecer... namoraram e hoje... e até hoje estão juntos...
dezessete anos de casados…”
CUNHA, M. A. F. (Org.). Corpus discurso & gramática: a língua falada e escrita na cidade do Natal. Natal: EdUFRN, 1998.
Na transcrição de fala, há um breve relato de experiência pessoal, no qual se observa a frequente repetição de
“né”. Essa repetição é um(a)
A) índice de baixa escolaridade do falante.
B) estratégia típica de manutenção da interação oral.
C) marca de conexão lógica entre conteúdos na fala.
D) manifestação característica da fala regional nordestina.
E) recurso enfatizador da informação mais relevante da narrativa.
15.
CURY, C. Disponível em: http://tirasnacionais.blogspot.com. Acesso em: 13 nov. 2011.
A tirinha denota a postura assumida por seu produtor frente ao uso social da tecnologia para fins de interação
e de informação. Tal posicionamento é expresso, de forma argumentativa, por meio de uma atitude
A) crítica, expressa pelas ironias.
B) resignada, expressa pelas enumerações.
C) indignada, expressa pelos discursos diretos.
D) agressiva, expressa pela contra-argumentação.
E) alienada, expressa pela negação da realidade.
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UTILIZE O TEXTO ABAIXO PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES 16 E 17
O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba
em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; (...) na acidez da aurora tropical,
depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema,
como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos
soubessem antes que o amor tinha acabado; (...) em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo
Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou
antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o
mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e
acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia
imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados;
e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não
acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que
alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode
acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; no álcool; de
manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no
conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o
amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
(Paulo Mendes Campos, O amor acaba.)
16. No trecho “e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se
movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha
acabado”, o cronista associa a figura das mãos à imagem de um polvo, o que constitui a seguinte figura de
linguagem:
A) Metonímia
B) Anáfora
C) Metáfora
D) Comparação
E) Sinédoque
17. Na passagem “em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São
Paulo, dinheiro”, as vírgulas são usadas para
A) marcar a elipse de um verbo.
B) separar elementos anafóricos.
C) indicar que houve um anacoluto.
D) marcar o sentido metafórico do texto.
E) isolar o vocativo.
18. Abatidos pelo fadinho harmonioso e nostálgico dos desterrados, iam todos, até mesmo os brasileiros, se
concentrando e caindo em tristeza; mas, de repente, o cavaquinho de Porfiro, acompanhado pelo violão do
Firmo, romperam vibrantemente com um chorado baiano. Nada mais que os primeiros acordes da música
crioula para que o sangue de toda aquela gente despertasse logo, como se alguém lhe fustigasse o corpo com
urtigas bravas. E seguiram-se outras notas, e outras, cada vez mais ardentes e mais delirantes. Já não eram
dois instrumentos que soavam, eram lúbricos gemidos e suspiros soltos em torrente, a correrem serpenteando
como cobras numa floresta incendiada; eram ais convulsos, chorados em frenesi de amor: música feita de
beijos e soluços gostosos; carícia de fera, carícia de doer, fazendo estalar de gozo.
(AZEVEDO, Aluísio)
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17
No romance O Cortiço (1890), de Aluísio Azevedo, as personagens são observadas como elementos
coletivos caracterizados por condicionantes de origem social, sexo e etnia. Na passagem transcrita, o
confronto entre brasileiros e portugueses revela prevalência pelo elemento brasileiro, pois
A) destaca o nome de personagens brasileiras e omite o de personagens portuguesas.
B) exalta a força do cenário natural brasileiro e considera o do português inexpressivo.
C) mostra o poder envolvente da música brasileira, que cala o fado português.
D) destaca o sentimentalismo brasileiro, contrário à tristeza dos portugueses.
E) atribui aos brasileiros uma habilidade maior com instrumentos musicais.
19.
AQUI É O PAÍS DO FUTEBOL
Brasil está vazio na tarde de domingo, né?
Olha o sambão, aqui é o país do futebol
[...]
No fundo desse país
Ao longo das avenidas
Nos campos de terra e grama
Brasil só é futebol
Nesses noventa minutos
De emoção e alegria
Esqueço a casa e o trabalho
A vida fica lá fora
Dinheiro fica lá fora
A cama fica lá fora
A mesa fica lá fora
Salário fica lá fora
A fome fica lá fora
A comida fica lá fora
A vida fica lá fora
E tudo fica lá fora
SIMONAL, W. Aqui é o país do futebol. Disponível em: www.vagalume.com.br. Acesso em: 27 out. 2011 (fragmento).
Na letra da canção Aqui é o país do futebol, de Wilson Simonal, o futebol, como elemento da cultura corporal de
movimento e expressão da tradição nacional, é apresentado de forma crítica e emancipada devido ao fato de
A) reforçar a relação entre o esporte futebol e o samba.
B) ser apresentado como uma atividade de lazer.
C) ser identificado com a alegria da população brasileira.
D) promover a reflexão sobre a alienação provocada pelo futebol.
E) ser associado ao desenvolvimento do país.
20. Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe
importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem... Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o
nome dos heróis do Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das
coisas do tupi, do folk-lore, das suas tentativas agrícolas... Restava disso tudo em sua alma uma satisfação?
Nenhuma! Nenhuma!
O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa, o escárnio; e levou-o à loucura. Uma decepção. E a
agricultura? Nada. As terras não eram ferazes e ela não era fácil como diziam os livros. Outra decepção. E,
quando o seu patriotismo se fizera combatente, o que achara? Decepções. Onde estava a doçura de nossa
gente? Pois ele não a viu combater como feras? Pois não a via matar prisioneiros, inúmeros? Outra decepção.
A sua vida era uma decepção, uma série, melhor, um encadeamento de decepções. A pátria que quisera ter
era um mito; um fantasma criado por ele no silêncio de seu gabinete.
BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br.Acesso em: 8 nov. 2011.
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18
O romance Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, foi publicado em 1911. No fragmento
destacado, a reação do personagem aos desdobramentos de suas iniciativas patrióticas evidencia que a
A) dedicação de Policarpo Quaresma ao conhecimento da natureza brasileira levou-o a estudar inutilidades,
mas possibilitou-lhe uma visão mais ampla do país.
B) curiosidade em relação aos heróis da pátria levou-o ao ideal de prosperidade e democracia que o
personagem encontra no contexto republicano.
C) construção de uma pátria a partir de elementos míticos, como a cordialidade do povo, a riqueza do solo e a
pureza linguística, conduz à frustração ideológica.
D) propensão do brasileiro ao riso, ao escárnio, justifica a reação de decepção e desistência de Policarpo
Quaresma que prefere resguardar-se em seu gabinete.
E) certeza da fertilidade da terra e da produção agrícola incondicional faz parte de um projeto ideológico
salvacionista, tal como foi difundido na época do autor.
21.
CÁRCERE DAS ALMAS
Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.
Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.
Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
Nesses silêncios solitários, graves,
que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistério?!
CRUZ E SOUSA, J. Poesia completa. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura /
Fundação Banco do Brasil, 1993.
Os elementos formais e temáticos relacionados ao contexto cultural do Simbolismo encontrados no poema
Cárcere das Almas, de Cruz e Sousa, são o(a)
A) opção pela abordagem, em linguagem simples e direta, de temas filosóficos.
B) prevalência do lirismo amoroso e intimista em relação à temática nacionalista.
C) refinamento estético da forma poética e o tratamento metafísico de temas universais.
D) evidente preocupação do eu-lírico com a realidade social expressa em imagens poéticas inovadoras.
E) liberdade formal da estrutura poética que dispensa a rima e a métrica tradicionais em favor de temas do
cotidiano.
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22.
19
SE OS TUBARÕES FOSSEM HOMENS
Se os tubarões fossem homens, eles seriam mais gentis com os peixes pequenos?
Certamente, se os tubarões fossem homens, fariam construir resistentes gaiolas no mar para os peixes
pequenos, com todo o tipo de alimento, tanto animal como vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem
sempre água fresca e adotariam todas as providências sanitárias. Naturalmente haveria também escolas nas
gaiolas. Nas aulas, os peixinhos aprenderiam como nadar para a goela dos tubarões. Eles aprenderiam, por
exemplo, a usar a geografia para localizar os grandes tubarões deitados preguiçosamente por aí. A aula
principal seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. A eles seria ensinado que o ato mais
grandioso e mais sublime é o sacrifício alegre de um peixinho e que todos deveriam acreditar nos tubarões,
sobretudo quando estes dissessem que cuidavam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este
futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência. Cada peixinho que na guerra matasse alguns
peixinhos inimigos seria condecorado com uma pequena Ordem das Algas e receberia o título de herói.
BRECHT, B. Histórias do Sr. Keuner. São Paulo: Ed. 34, 2006 (adaptado).
Como produção humana, a literatura veicula valores que nem sempre estão representados diretamente no
texto, mas são transfigurados pela linguagem literária e podem até entrar em contradição com as convenções
sociais e revelar o quanto a sociedade perverteu os valores humanos que ela própria criou. É o que ocorre na
narrativa do dramaturgo alemão Bertolt Brecht mostrada.
Por meio da hipótese apresentada, o autor
A) demonstra o quanto a literatura pode ser alienadora ao retratar, de modo positivo, as relações de opressão
existentes na sociedade.
B) revela a ação predatória do homem no mar, questionando a utilização dos recursos naturais pelo homem
ocidental.
C) defende que a força colonizadora e civilizatória do homem ocidental valorizou a organização das sociedades
africanas e asiáticas, elevando-as ao modo de organização cultural e social da sociedade moderna.
D) questiona o modo de organização das sociedades ocidentais capitalistas, que se desenvolveram
fundamentadas nas relações de opressão em que os mais fortes exploram os mais fracos.
E) evidencia a dinâmica social do trabalho coletivo em que os mais fortes colaboram com os mais fracos, de
modo a guiá-los na realização de tarefas.
TEXTO PARA AS QUESTÕES 23 E 24
Paisagens da minha terra,
Onde o rouxinol não canta
— Mas que importa o rouxinol?
Frio, nevoeiros da serra
Quando a manhã se levanta
Toda banhada de sol!
Sou romântico? Concedo.
Exibo, sem evasiva,
A alma ruim que Deus me deu.
Decorei “Amor e medo”,
“No lar”, “Meus oito anos”... Viva
José Casimiro Abreu!
Sou assim, por vício inato.
Ainda hoje gosto de Diva,
Nem não posso renegar
Peri, tão pouco índio, é fato,
Mas tão brasileiro... Viva,
Viva José de Alencar!
BANDEIRA, Manuel. Sextilhas românticas. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. 2. ed. Rio de Janeiro:José Olympio, 1970. p.185-186.
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20
23. (ENEM-adaptada) O sujeito poético considera-se romântico, porque
A) emite juízo de valor sobre si e os outros, com olhar pessimista e irônico.
B) se mostra portador de um espírito nacionalista, valorizador de elementos brasileiros.
C) busca, neste poema, o escapismo, a evasão do momento presente através da morte.
D) defende uma visão negativista e desacreditada da realidade à sua volta.
E) denuncia uma problemática social caracterizadora de sua terra, da qual quer partir.
24. (ENEM-adaptada) Sobre o poema de Bandeira, é correto afirmar que o texto apresenta
A) nos versos 1, 2 e 3, a indiferença em face da ausência de um elemento atípico na paisagem nacional.
B) nos versos 4, 5 e 6, imagens contrastantes e simbólicos da desigualdade social brasileira.
C) no verso 13, o reconhecimento de algo inerente ao ser, com o qual este apresenta conflito.
D) no verso 15, uma construção frasal que demonstra a inserção do discurso no uso da norma culta.
E) no verso 16, uma visão nostálgica a respeito da idealização romântica, que acredita verdadeira.
TEXTO PARA AS QUESTÕES 25 E 26
Na rua, Clara pensou em tudo aquilo, naquela dolorosa cena que tinha presenciado e no vexame que
sofrera. Agora é que tinha a noção exata da sua situação na sociedade. Fora preciso ser ofendida
irremediavelmente nos seus melindres de solteira, ouvir os desaforos da mãe do seu algoz, para se
convencer de que ela não era uma moça como as outras; era muito menos no conceito de todos. Bem fazia
adivinhar isso, seu padrinho! Coitado!...
A educação que recebera, de mimos e vigilâncias, era errônea. Ela devia ter aprendido da boca dos seus
pais que a sua honestidade de moça e de mulher tinha todos por inimigos, mas isto ao vivo, com exemplos,
claramente... O bonde vinha cheio. Olhou todos aqueles homens e mulheres... Não haveria um talvez, entre toda
aquela gente de ambos os sexos, que não fosse indiferente à sua desgraça... Ora, uma mulatinha, filha de um
carteiro! O que era preciso, tanto a ela como às suas iguais, era educar o caráter, revestir-se de vontade, como
possuía essa varonil Dona Margarida, para se defender de Cassi e semelhantes, e bater-se contra todos os que se
opusessem, por este ou aquele modo, contra a elevação dela, social e moralmente. Nada a fazia inferior às outras,
senão o conceito geral e a covardia com que elas o admitiam...
Chegaram em casa; Joaquim ainda não tinha vindo. Dona Margarida relatou a entrevista, por entre o
choro e os soluços da filha e da mãe.
Num dado momento, Clara ergueu-se da cadeira em que se sentara e abraçou muito fortemente sua
mãe, dizendo, com um grande acento de desespero:
— Mamãe! Mamãe!
— Que é minha filha?
— Nós não somos nada nesta vida.
(BARRETO, Lima de. Clara dos Anjos)
25. Lima Barreto, autor pré-modernista, apresenta inovações estéticas ao lado de elementos conservados de
movimentos anteriores. A leitura do trecho do romance Clara dos Anjos nos permite verificar que o autor
apresenta como inovação temática:
A) O protagonismo do excluído, representado por Clara, retratada, embora de forma determinista, com suas
subjetividades.
B) As descrições horrendas expressionistas presentes nas referências desrespeitosas dos passageiros do bonde.
C) A personificação do ambiente, presente na imagem do bonde, representação metonímica dos passageiros
que a olhavam.
D) Os diálogos vazios de reflexão, típicos de uma abordagem dadaísta, preocupada em definir e não em criticar.
E) A idealização da raça, uma vez que está presente na obra uma ideia, a defesa de uma tese sobre negras e mulatas.
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26. Lima Barreto é amplamente reconhecido por suas duras críticas ao preconceito racial. Assinale a alternativa
em que o trecho destacado do texto retrata teor crítico de sua escritura em relação ao olhar lançado pela
sociedade às mulheres mulatas e negras:
A) “A educação que recebera, de mimos e vigilâncias, era errônea”.
B) “Nada a fazia inferior às outras, senão o conceito geral e a covardia com que elas o admitiam...”.
C) “Na rua, Clara pensou em tudo aquilo, naquela dolorosa cena que tinha presenciado e no vexame que sofrera”.
D) “O bonde vinha cheio. Olhou todos aqueles homens e mulheres...”.
E) “Num dado momento, Clara ergueu-se da cadeira em que se sentara e abraçou muito fortemente sua mãe”.
TEXTO PARA AS QUESTÕES 27 E 28
Pelas ruas de túmulos, fomos calados. Eu olhava vagamente aquela multidão de sepulturas, que trepavam,
tocavam-se, lutavam por espaço, na estreiteza da vaga e nas encostas das colinas aos lados. Algumas pareciam se
olhar com afeto, roçando-se amigavelmente; em outras, transparecia a repugnância de estarem juntas. Havia
solicitações incompreensíveis e também repulsões e antipatias; havia túmulos arrogantes, imponentes, vaidosos e
pobres e humildes; e, em todos, ressumava o esforço extraordinário para escapar ao nivelamento da morte, ao
apagamento que ela traz às condições e às fortunas.
BARRETO, Lima. O CEMITÉRIO. Contos completos de Lima Barreto.
27. O texto pertence a um dos grandes expoentes da literatura pré-modernista. Um traço relevante do estilo em
questão está presente em:
A) Retratar aspectos marcantes da beleza exótica do cotidiano do interior, afastada do centro de poder.
B) Apresentar características negativas e negadoras do traço vanguardista de uma metrópole pós-moderna.
C) Narrar ações de tipos pouco comuns, romanticamente idealizados, do mundo contemporâneo.
D) Descrever cenários naturais da paisagem física local, adversos aos da paisagem humana.
E) Observar a realidade da vida num centro urbano e, sobretudo, revelar sua crítica em relação ao ser humano.
28. No texto, faz-se presente um juízo de valor em nível subjetivo, por parte do narrador. Ele está presente no
fragmento transcrito em:
A) “Pelas ruas de túmulos, fomos calados”.
B) “Algumas pareciam se olhar com afeto...”.
C) “Eu olhava vagamente aquela multidão de sepulturas...”.
D) “... lutavam por espaço, na estreiteza da vaga e nas encostas das colinas...”.
E) “... roçando-se amigavelmente”.
TEXTO PARA AS QUESTÕES 29 E 30
29.
Ó Formas alvas, brancas, Formas claras
De luares, de neves, de neblinas!
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras
Formas do Amor, constelarmente puras,
De Virgens e de Santas vaporosas...
Brilhos errantes, mádidas frescuras
E dolências de lírios e de rosas ...
Indefiníveis músicas supremas,
Harmonias da Cor e do Perfume...
Horas do Ocaso, trêmulas, extremas,
Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...
CRUZ e SOUSA, Broquéis. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995. p. 90.
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Os versos de Cruz e Sousa traduzem a estética simbolista, pois apresentam
A) descrição sintética e racional do mundo imediato e concreto, conforme a estética clássica.
B) uso de recursos estilísticos, criando imagens sensoriais e subjetivos, em nível da sugestão.
C) enfoque de uma realidade transfigurada pelo transcendente e pela racionalidade objetiva.
D) apreensão de um dado da realidade desprovida de traços de religiosidade e misticismo.
E) imagens poéticas que tematizam o amor em sua dimensão física e sexual.
30. Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, é
A) a narrativa da vida e morte de um funcionário humilde conformado com a realidade social do seu tempo.
B) uma autobiografia em que a personagem-título expõe sua insatisfação com relação a burocracia carioca.
C) o relato das aventuras de um nacionalista ingênuo e fanático que lidera um grupo de oposição no início da
República.
D) um livro de memórias em que o personagem-título, através de um artifício narrativo, conta as atribulações de sua
vida até a hora da morte.
E) a história de um nacionalista fanático que, quixotescamente, tenta resolver sozinho os males sociais de seu
tempo.
31.
JOVENS ‘LIBERAIS’ DÃO AULA PÚBLICA SOBRE PASSAGEM
Mesmo com pouca idade, o estudante de economia Kim Kataguiri, 18, já fala num tom professoral. Explica teorias
econômicas, cita filósofos modernos e faz discursos para a plateia que o ouve no vão livre do Masp.
Ele participava de uma “aula pública” sobre soluções para o transporte público de SP, organizada pelo Movimento
Brasil Livre – jovens de classe média que se dizem liberais.
Poucas horas antes do protesto do MPL, Kim explica sua solução: a livre concorrência – argumento contrário ao
que prega o Movimento Passe Livre.
(Folha de S. Paulo, 24/01/2015)
Considerando o contexto em que foram utilizadas, é correto afirmar que as aspas no título indicam a(o)
A) uso da redundância.
B) sentido hiperbólico.
C) denotação das palavras.
D) ocorrência de jargões.
E) presença de ironia.
UTILIZE O TEXTO ABAIXO PARA RESPONDER À QUESTÃO 32
José Dias amava os superlativos. Era um modo de dar feição monumental às ideias; não as havendo, servia a
prolongar as frases. Levantou-se para ir buscar o gamão, que estava no interior da casa. Cosi-me muito à parede, e vi-o
passar com as suas calças brancas engomadas, presilhas, rodaque e gravata de mola. Foi dos últimos que usaram
presilhas no Rio de Janeiro, e talvez neste mundo. Trazia as calças curtas para que lhe ficassem bem esticadas. A gravata
de cetim preto, com um arco de aço por dentro, imobilizava-lhe o pescoço; era então moda. O rodaque de chita, veste
caseira e leve, parecia nele uma casaca de cerimônia. Era magro, chupado, com um princípio de calva; teria os seus
cinquenta e cinco anos. Levantou-se com o passo vagaroso do costume, não aquele vagar arrastado dos preguiçosos, mas
um vagar calculado e deduzido, um silogismo completo, a premissa antes da consequência, a consequência antes da
conclusão. Um dever amaríssimo!
(Machado de Assis, D. Casmurro)
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32. Nesse trecho, Bentinho destaca aspectos associados ao modo de falar, vestir-se e caminhar de José Dias. Ao
compará-lo com um silogismo, o narrador tenciona mostrá-lo como uma pessoa
A) exibicionista.
B) metódica.
C) bajuladora.
D) lacônica.
E) dissimulada.
33.
Pela relação entre texto verbal e não verbal, depreende-se que, na charge, o autor defende que
A) toda criança tenha acesso à educação de qualidade.
B) não se deve reduzir a maioridade penal.
C) menor infrator fique detido.
D) crianças praticam crimes porque são ensinadas a cometê-los.
E) jovens e adultos criminosos sejam tratados da mesma forma.
34. Há pleonasmos e pleonasmos. Uns têm a força expressiva que os torna em figuras de linguagem, outros não passam
de redundâncias, apêndices desnecessários ao discurso. Estes costumam causar enfado no leitor, que os sente como
“obviedades”.
(Thaís Nicoleti, http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/descobrir-o-desconhecido.jhtm)
Assinale a alternativa que apresenta um exemplo de pleonasmo, cuja força expressiva cria um efeito estilístico.
A) “Há um consenso geral de que o problema da bioenergia no Brasil se resume à logística.”
(Folha de S. Paulo, 06/07/2007)
B) “Qual o impacto distributivo de tudo isso? É um ótimo tema para encarar de frente.”
(O Estado de S. Paulo, 13/04/2014)
C) “A não ser que tenha certeza absoluta, fuja do presente prático.”
(Walcyr Carrasco)
D) “Sorriu para Holanda um sorriso ainda marcado de pavor.”
(Viana Moog)
E) “Prefeitura doa terrenos para atrair investimentos e criar novos empregos.”
(http://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/paranatv)
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35.
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A VESTIBULANDA E A 'DOR QUE DESATINA SEM DOER' DE CAMÕES
Numa prova do vestibular da Universidade da Bahia, foi exigida dos candidatos a interpretação destes versos de
Camões:
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
Uma vestibulanda de 16 anos interpretou-os assim:
Ah! Camões,
se vivesses hoje em dia,
tomavas uns antipiréticos,
uns quantos analgésicos
e Prozac para a depressão.
Compravas um computador,
consultavas a Internet
e descobririas que as dores que sentias,
esses calores que te abrasavam,
essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
mas somente falta de sexo.
A menina baiana ganhou nota 10. Comentário: foi a primeira vez que, ao longo de mais de 500 anos, alguém
desconfiou que o problema de Camões era falta de mulher. E o caso, se verdadeiro (há versões de que teria
acontecido em Portugal), serve para livrar a cara dos vestibulandos, só lembrados pelas suas provas lamentáveis,
que invariavelmente se tornam motivos de chacota. E também da Bahia. Afinal, nem tudo lá é trio elétrico e gente
pulando na rua, nos 365 dias do ano.
(http://jornalggn.com.br/noticia/a-vestibulanda-e-a-dor-que-desatina-sem-doer-de-camoes)
Confrontando-se os versos de Camões e a suposta interpretação da vestibulanda, é correto afirmar que
A) ao dialogar com o poema de Camões, a garota analisa o mesmo tema por uma perspectiva puramente racional do
amor.
B) diferentemente do poema camoniano, nos versos da garota não se identifica a tentativa de harmonizar conceitos
opostos.
C) ao trazer a temática camoniana para o contexto das tecnologias digitais, o texto da garota reverencia o
sentimento amoroso.
D) para a garota, no mundo contemporâneo, o sofrimento amoroso encontra conforto na Medicina e nas mídias
sociais.
E) na releitura proposta pela garota, ao contrário dos versos de Camões, não se buscam explicações para
compreender o amor.
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36. TEXTO I
Ser brotinho não é viver em um píncaro azulado; é muito mais! Ser brotinho é sorrir bastante dos homens e rir
interminavelmente das mulheres, rir como se o ridículo, visível ou invisível, provocasse uma tosse de riso
irresistível.
CAMPOS, Paulo Mendes. Ser brotinho. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos (Org.).
As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. p. 91.
TEXTO II
Ser gagá não é viver apenas nos idos do passado: é muito mais! É saber que todos os amigos já morreram e os
que teimam em viver são entrevados. É sorrir, interminavelmente, não por necessidade interior, mas porque a boca
não fecha ou a dentadura é maior que a arcada.
FERNANDES, Millôr. Ser gagá. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos (Org.).
As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. p. 225.
Os textos utilizam os mesmos recursos expressivos para definir as fases da vida, entre eles,
A) expressões coloquiais com significados semelhantes.
B) ênfase no aspecto contraditório da vida dos seres humanos.
C) recursos específicos de textos escritos em linguagem formal.
D) termos denotativos que se realizam com sentido objetivo.
E) metalinguagem que explica com humor o sentido de palavras.
37.
AUMENTO DO EFEITO ESTUFA AMEAÇA PLANTAS, DIZ ESTUDO.
O aumento de dióxido de carbono na atmosfera, resultante do uso de combustíveis fósseis e das queimadas,
pode ter consequências calamitosas para o clima mundial, mas também pode afetar diretamente o crescimento das
plantas. Cientistas da Universidade de Basel, na Suíça, mostraram que, embora o dióxido de carbono seja essencial
para o crescimento dos vegetais, quantidades excessivas desse gás prejudicam a saúde das plantas e têm efeitos
05 incalculáveis na agricultura de vários países.
O Estado de São Paulo, 20 set. 1992, p.32.
O texto acima possui elementos coesivos que promovem sua manutenção temática.
A partir dessa perspectiva, conclui-se que
A) a palavra “mas”, na linha 2, contradiz a afirmação inicial do texto: linhas 1 e 2.
B) a palavra “embora”, na linha 3, introduz uma explicação que não encontra complemento no restante do texto.
C) as expressões: “consequências calamitosas”, na linha 2, e “efeitos incalculáveis”, na linha 5, reforçam a ideia
que perpassa o texto sobre o perigo do efeito estufa.
D) o uso da palavra “cientistas”, na linha 3, é desnecessário para dar credibilidade ao texto, uma vez que se fala em
“estudo” no título do texto.
E) a palavra “gás”, na linha 4, refere-se a “combustíveis fósseis” e “queimadas”, nas linhas 1 e 2, reforçando a ideia
de catástrofe.
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O SEDUTOR MÉDIO
38.
Vamos juntar
Nossas rendas e
expectativas de vida
querida,
o que me dizes?
Ter 2, 3 filhos
e ser meio felizes?
VERISSIMO, L. F. Poesia numa hora dessas?! Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.
No poema O sedutor médio, é possível reconhecer a presença de posições críticas
A) nos três primeiros versos, em que “juntar expectativas de vida” significa que, juntos, os cônjuges poderiam viver
mais, o que faz do casamento uma convenção benéfica.
B) na mensagem veiculada pelo poema, em que os valores da sociedade são ironizados, o que é acentuado pelo uso
do adjetivo “médio” no título e do advérbio “meio” no verso final.
C) no verso “e ser meio felizes?”, em que “meio” é sinônimo de metade, ou seja, no casamento, apenas um dos
cônjuges se sentiria realizado.
D) nos dois primeiros versos, em que “juntar rendas” indica que o sujeito poético passa por dificuldades financeiras
e almeja os rendimentos da mulher.
E) no título, em que o adjetivo “médio” qualifica o sujeito poético como desinteressante ao sexo oposto e inábil em
termos de conquistas amorosas.
39.
CABELUDINHO
Quando a Vó me recebeu nas férias, ela me apresentou aos amigos: Este é meu neto. Ele foi estudar no Rio e
voltou de ateu. Ela disse que eu voltei de ateu. Aquela preposição deslocada me fantasiava de ateu. Como quem
dissesse no Carnaval: aquele menino está fantasiado de palhaço. Minha avó entendia de regências verbais. Ela
falava de sério. Mas todo-mundo riu. Porque aquela preposição deslocada podia fazer de uma informação um
chiste. E fez. E mais: eu acho que buscar a beleza nas palavras é uma solenidade de amor. E pode ser instrumento
de rir. De outra feita, no meio da pelada um menino gritou: Disilimina esse, Cabeludinho. Eu não disiliminei
ninguém. Mas aquele verbo novo trouxe um perfume de poesia à nossa quadra. Aprendi nessas férias a brincar de
palavras mais do que trabalhar com elas. Comecei a não gostar de palavra engavetada. Aquela que não pode mudar
de lugar. Aprendi a gostar mais das palavras pelo que elas entoam do que pelo que elas informam. Por depois ouvi um
vaqueiro a cantar com saudade: Ai morena, não me escreve / que eu não sei a ler. Aquele a preposto ao verbo ler, ao meu
ouvir, ampliava a solidão do vaqueiro.
BARROS, M. Memórias inventadas: a infância. São Paulo: Planeta, 2003.
No texto, o autor desenvolve uma reflexão sobre diferentes possibilidades de uso da língua e sobre os sentidos que
esses usos podem produzir, a exemplo das expressões “voltou de ateu”, “disilimina esse” e “eu não sei a ler”.
Com essa reflexão, o autor destaca
A) os desvios linguísticos cometidos pelos personagens do texto.
B) a importância de certos fenômenos gramaticais para o conhecimento da língua portuguesa.
C) a distinção clara entre a norma culta e as outras variedades linguísticas.
D) o relato fiel de episódios vividos por Cabeludinho durante as suas férias.
E) a valorização da dimensão lúdica e poética presente nos usos coloquiais da linguagem.
40. Sou feliz pelos amigos que tenho. Um deles muito sofre pelo meu descuido com o vernáculo. Por alguns anos ele
sistematicamente me enviava missivas eruditas com precisas informações sobre as regras da gramática, que eu não
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respeitava, e sobre a grafia correta dos vocábulos, que eu ignorava. Fi-lo sofrer pelo uso errado que fiz de uma
palavra num desses meus badulaques. Acontece que eu, acostumado a conversar com a gente das Minas Gerais,
falei em “varreção” — do verbo “varrer”. De fato, trata-se de um equívoco que, num vestibular, poderia me valer
uma reprovação. Pois o meu amigo, paladino da língua portuguesa, se deu ao trabalho de fazer um xerox da página
827 do dicionário, aquela que tem, no topo, a fotografia de uma “varro a” (sic!) (você não sabe o que é uma “varro
a”?) para corrigir-me do meu erro. E confesso: ele está certo. O certo é “varrição” e não “varreção”. Mas estou com
medo de que os mineiros da roça façam troça de mim porque nunca os vi falar de “varrição”. E se eles rirem de
mim não vai me adiantar mostrar-lhes o xerox da página do dicionário com a “varro a” no topo. Porque para eles
não é o dicionário que faz a língua. É o povo. E o povo, lá nas montanhas de Minas Gerais, fala “varreção” quando
não “barreção”. O que me deixa triste sobre esse amigo oculto é que nunca tenha dito nada sobre o que eu escrevo,
se é bonito ou se é feio. Toma a minha sopa, não diz nada sobre ela, mas reclama sempre que o prato está rachado.
ALVES, R. Mais badulaques. São Paulo: Parábola, 2004 (fragmento).
De acordo com o texto, após receber a carta de um amigo “que se deu ao trabalho de fazer um xerox da página 827
do dicionário” sinalizando um erro de grafia, o autor reconhece a
A) supremacia das formas da língua em relação ao seu conteúdo.
B) necessidade da norma-padrão em situações formais de comunicação escrita.
C) obrigatoriedade da norma culta da língua, para a garantia de uma comunicação efetiva.
D) importância da variedade culta da língua, para a preservação da identidade cultural de um povo.
E) necessidade do dicionário como guia de adequação linguística em contextos informais privados.
41.
DESABAFO
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como
disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite.
Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram
ontem. Estou nervoso. Estou zangado.
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).
Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o predomínio,
entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem predominante é a
emotiva ou expressiva, pois
A) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código.
B) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito.
C) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem.
D) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais.
E) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação.
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42.
Disponível em: www.ivancabral.com. Acesso em: 27 fev. 2012.
O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos linguísticos. No
contexto da ilustração, a frase proferida recorre à
A) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a ideia que pretende veicular.
B) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.
C) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o espaço da população rica.
D) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.
E) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso da família.
CARNAVÁLIA
43.
Repique tocou
O surdo escutou
E o meu corasamborim
Cuíca gemeu, será que era meu, quando ela passou por mim?
[...]
ANTUNES, A.; BROWN, C.; MONTE, M. Tribalistas, 2002 (fragmento).
No terceiro verso, o vocábulo “corasamborim”, que é a junção coração + samba + tamborim, refere-se, ao mesmo
tempo, a elementos que compõem uma escola de samba e à situação emocional em que se encontra o autor da
mensagem, com o coração no ritmo da percussão.
Essa palavra corresponde a um(a)
A) estrangeirismo, uso de elementos linguísticos originados em outras línguas e representativos de outras culturas.
B) neologismo, criação de novos itens linguísticos, pelos mecanismos que o sistema da língua disponibiliza.
C) gíria, que compõe uma linguagem originada em determinado grupo social e que pode vir a se disseminar em
uma comunidade mais ampla.
D) regionalismo, por ser palavra característica de determinada área geográfica.
E) termo técnico, dado que designa elemento de área e de atividade.
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44. O presidente Lula assinou, em 29 de setembro de 2008, decreto sobre o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
As novas regras afetam principalmente o uso dos acentos agudos e circunflexo, do trema e do hífen.
Longe de um consenso, muita polêmica tem-se levantado em Macau e nos oito países de Língua Portuguesa: Brasil,
Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
Comparando as diferentes opiniões sobre a validade de se estabelecer o acordo para fins de unificação o argumento
que, em grande parte, foge a essa discussão é
A) “A Academia (Brasileira de Letras) encara essa aprovação como um marco histórico. Inscreve-se, finalmente, a
Língua Portuguesa no rol daquelas que conseguiram beneficiar-se há mais tempo da unificação de seu sistema
de grafar, numa demonstração de consciência da política do idioma e de maturidade na defesa, difusão e
ilustração da língua da Lusofonia.”
SANDRONI, C. Presidente da ABL. Disponível em: http://www.academia.org.br. Acesso em: 10 nov. 2008.
B) “Acordo Ortográfico? Não, obrigado. Sou contra. Visceralmente contra. Filosoficamente contra.
Linguisticamente contra. Eu gosto do “c” do “actor” e o “p” de “cepticismo”. Representam um patrimônio, uma
pegada etimológica que faz parte de uma identidade cultural. A pluralidade é um valor que deve ser estudado e
respeitado. Aceitar essa aberração significa apenas que a irmandade entre Portugal e Brasil continua a ser a
irmandade do atraso.
COUTINHO, J. P. Folha de São Paulo. Ilustrada. 28 set.2008, E1 (adaptado).
C) “Há um conjunto de necessidades políticas e econômicas que visa a internacionalização do português como
identidade e marca econômica”. “É possível que o Fernando (Pessoa), como produtor de exportação, valha mais
do que a PT (Portugal Telecom). Tem um valor econômico único.”
RIBEIRO, J. A. P. Ministro da Cultura de Portugal. Disponível em: http://ultimahora.publico.clix.pt. Acesso em: 10 nov. 2008.
D) “É um acto cívico batermo-nos contra o Acordo Ortográfico.” “O Acordo não leva a unidade nenhuma.” “Não
se pode aplicar na ordem interna um instrumento que não está aceito internacionalmente” e nem assegura “a
defesa da língua como patrimônio, como prevê a Constituição nos artigos 9º e 68º.”
MOURA, V. G. Escritor e eurodeputado. Disponível em: www.mundoportugues.org. Acesso em: 10 nov. 2008.
E) “Se é para ter uma lusofonia, o conceito [unificação da língua] deve ser mais abrangente e temos de estar em
paridade. Unidade não significa que temos que andar todos ao mesmo passo. Não é necessário que nos tornemos
homogêneos. Até porque o que enriquece a língua portuguesa são as diversas literaturas e formas de utilização.”
RODRIGUES, M. H. Presidente do Instituto Português do Oriente, sediado em Macau. Disponível em: http://taichungpou.blogspot.com.
Acesso em: 10 nov. 2008 (adaptado).
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45.
30
A CARREIRA DO CRIME
Estudo feito por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz sobre adolescentes recrutados pelo tráfico de
drogas nas favelas cariocas expõe as bases sociais dessas quadrilhas, contribuindo para explicar as dificuldades que
o Estado enfrenta no combate ao crime organizado.
O tráfico oferece ao jovem de escolaridade precária (nenhum dos entrevistados havia completado o ensino
fundamental) um plano de carreira bem estruturado, com salários que variam de R$ 400,00 a
R$ 12.000
mensais. Para uma base de comparação, convém notar que, segundo dados do IBGE de 2001, 59% da população
brasileira com mais de dez anos que declara ter uma atividade remunerada ganha no máximo o ‘piso salarial’
oferecido pelo crime. Dos traficantes ouvidos pela pesquisa, 25% recebiam mais de R$ 2.000 mensais; já na
população brasileira essa taxa não ultrapassa 6%.
Tais rendimentos mostram que as políticas sociais compensatórias, como o Bolsa-Escola (que paga R$ 15
mensais por aluno matriculado), são por si só incapazes de impedir que o narcotráfico continue aliciando crianças
provenientes de estratos de baixa renda: tais políticas aliviam um pouco o orçamento familiar e incentivam os pais a
manterem os filhos estudando, o que de modo algum impossibilita a opção pela deliquência. No mesmo sentido, os
programas voltados aos jovens vulneráveis ao crime organizado (circo-escola, oficinas de cultura, escolinhas de
futebol) são importantes, mas não resolvem o problema.
A única maneira de reduzir a atração exercida pelo tráfico é a repressão, que aumenta os riscos para os que
escolhem esse caminho. Os rendimentos pagos aos adolescentes provam isso: eles são elevados precisamente
porque a possibilidade de ser preso não é desprezível. É preciso que o Executivo federal e os estaduais desmontem
as organizações paralelas erguidas pelas quadrilhas, para que a certeza de punição elimine o fascínio dos salários do
crime.
Editorial. Folha de São Paulo. 15 jan. 2003.
No Editorial, o autor defende a tese de que “as políticas sociais que procuram evitar a entrada dos jovens
compensatória que aquela oferecida pelos programas do governo”.
Para comprovar sua tese, o autor apresenta
A) instituições que divulgam o crescimento de jovens no crime organizado.
B) sugestões que ajudam a reduzir a atração exercida pelo crime organizado.
C) políticas sociais que impedem o aliciamento de crianças no crime organizado.
D) pesquisadores que se preocupam com os jovens envolvidos no crime organizado.
E) números que comparam os valores pagos entre os programas de governo e o crime organizado.
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MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS – Questões de 01 a 45
01. As medidas das alturas de três irmãos estão em progressão geométrica. Se os dois maiores medem 1,60m e 1,80m, a
altura do menor é, aproximadamente, igual a:
A) 1,36m
B) 1,54m
C) 1,42m
D) 1,30m
E) 1,48m
02. No projeto de uma sala de cinema, um arquiteto desenhou a planta com a forma de um trapézio isósceles,
posicionando a tela sobre a base menor desse trapézio. As poltronas serão dispostas em 16 fileiras paralelas às bases
do trapézio. A primeira fileira terá 20 poltronas e, a partir da segunda, cada fileira terá duas poltronas a mais que a
fileira anterior.
Calculando o número de poltronas desse cinema, obtemos:
A) 540
B) 560
C) 580
D) 600
E) 620
03. Com o objetivo de arrecadar fundos para uma instituição beneficente, foi organizada uma exposição de obras de
arte por um determinado período, cobrando-se de cada visitante um certo valor de entrada. No primeiro dia, foram
arrecadados R$ 1.900,00 e, até o sexto dia de exposição, os valores diários arrecadados cresceram segundo uma
P.A. de razão r = 100. A partir do sexto dia, esses valores decresceram segundo uma P.G. de razão q = 0,5.
Sabendo-se que o valor total arrecadado excedeu a R$ 15.000,00, pode-se afirmar que a exposição durou, pelo menos,
A) 10 dias.
B) 11 dias.
C) 12 dias.
D) 14 dias.
E) 15 dias.
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04. Um carro foi testado durante 10 dias para verificar o bom desempenho e poder ser lançado no mercado com
bastante sucesso. No primeiro dia de teste, ele percorreu 80km e, nos dias subsequentes, houve um aumento de 5%
na quilometragem rodada em relação à quilometragem do dia anterior.
Nessas condições, é correto afirmar que a quilometragem total rodada pelo carro, no período de teste, é dado pela
expressão:


A) 40 . (1,05)9  1
B) 800 . (1,05)9


 1
 1
C) 800 . (1,05)10  1

E) 1600 . (1,05)
D) 1600 . (1,05)9
10
05. Seja f : R  R uma função par e g : R  R, uma função ímpar, considere as afirmativas:
(I) A função f não admite inversa.
(II) Se (2; –7)  g, então (–2; 7)  g.
(III) Se f(5) = 11, então f(–5) = 11.
(IV) Se h : R  R é uma função, tal que h(x) = f(x) . g(x) então h é uma função ímpar.
Sendo assim, é verdade que:
A)
B)
C)
D)
E)
Apenas a afirmativa (I) é falsa.
Apenas a afirmativa (II) é falsa.
Apenas a afirmativa (III) é falsa.
Apenas a afirmativa (IV) é falsa.
Todas as afirmativas são verdadeiras.
06. Ao fazer um estudo sobre a qualidade do ar de determinada cidade, pesquisadores observaram que a concentração
(C), em ppm, de poluentes no ar variou ao longo do dia, em função do tempo (t), em horas, de acordo com uma
função da forma C(t) = at + b.
Medições feitas às 7 horas e às 12 horas do primeiro dia de observação indicaram uma concentração de poluentes
no ar de, respectivamente, 225 ppm e 290 ppm.
Determine a que horas do primeiro dia de observação a concentração de poluentes atingiu a marca de 381 ppm:
A) Às 16 horas.
B) Às 17 horas.
C) Às 18 horas.
D) Às 19 horas.
E) Às 20 horas.
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07. Um professor dividiu a lousa da sala de aula em quatro partes iguais. Em seguida, preencheu 75% dela com
conceitos e explicações, conforme a figura seguinte:
Algum tempo depois, o professor apagou a lousa por completo e, adotando um procedimento semelhante ao
anterior, voltou a preenchê-la, mas, dessa vez, utilizando 40% do espaço dela.
Uma representação possível para essa segunda situação é:
A)
D)
B)
E)
C)
08. Em sete de abril de 2004, um jornal publicou o Ranking do Desmatamento, conforme gráfico, da
chamada Amazônia Legal integrada por nove estados.
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Considerando-se que, até 2009, o desmatamento cresceu 10,5% em relação aos dados de 2004, o
desmatamento médio por estado, em 2009, está entre
A) 100 km2 e 900 km2.
B) 1.000 km2 e 2.700 km2.
C) 2.800 km2 e 3.200 km2.
D) 3.300 km2 e 4.000 km2.
E) 4.100 km2 e 5.800 km2.
09. Uma empresa possui um sistema de controle de qualidade que classifica o seu desempenho financeiro anual, tendo como
base o do ano anterior. Os conceitos são: insuficiente, quando o crescimento é menor que 1%; regular, quando o
crescimento é maior ou igual a 1% e menor que 5%; bom, quando o crescimento é maior ou igual a 5% e menor que
10%; ótimo, quando é maior ou igual a 10% e menor que 20%; e excelente, quando é maior ou igual a 20%. Essa
empresa apresentou lucro de R$ 132.000,00 em 2008 e de R$ 145.000,00 em 2009.
De acordo com esse sistema de controle de qualidade, o desempenho financeiro dessa empresa no ano de 2009 deve
ser considerado
A) insuficiente.
B) regular.
C) bom.
D) ótimo.
E) excelente.
10. Uma escola recebeu do governo uma verba de R$ 1000,00 para enviar dois tipos de folhetos pelo correio. O diretor
da escola pesquisou que tipos de selos deveriam ser utilizados. Concluiu que, para o primeiro tipo de folheto,
bastava um selo de R$ 0,65 enquanto que para folhetos do segundo tipo seriam necessários três selos, um de R$
0,65, um de R$ 0,60 e um de R$ 0,20. O diretor solicitou que se comprassem selos de modo que fossem postados
exatamente 500 folhetos do segundo tipo, e uma quantidade restante de selos que permitisse o envio do máximo
possível de folhetos do primeiro tipo.
Quantos selos de R$ 0,65 foram comprados?
A) 476
B) 675
C) 923
D) 965
E) 1,538
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11. Uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estabeleceu a obrigatoriedade de adição de
biodiesel ao óleo diesel comercializado nos postos. A exigência é que, a partir de 1º de julho de 2009, 4% do volume da
mistura final seja formada por biodiesel. Até junho de 2009, esse percentual era de 3%. Essa medida estimula a demanda
de biodiesel, bem como possibilita a redução da importação de diesel de petróleo.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br.
Acesso em: 12 jul. 2009, adaptado).
Estimativas indicam que, com a adição de 4% de biodiesel ao diesel, serão consumidos 925 milhões de litros de biodiesel
no segundo semestre de 2009. Considerando-se essa estimativa, para o mesmo volume da mistura final diesel/biodiesel
consumida no segundo semestre de 2009, qual seria o consumo de biodiesel com a adição de 3%?
A) 27,75 milhões de litros
B) 37,00 milhões de litros
C) 231,25 milhões de litros
D) 693,75 milhões de litros
E) 888,00 milhões de litros
12. Um grupo de 50 pessoas fez um orçamento inicial para organizar uma festa, que seria dividido entre elas em cotas
iguais. Verificou-se ao final que, para arcar com todas as despesas, faltavam R$ 510,00, e que 5 novas pessoas
haviam ingressado no grupo. No acerto foi decidido que a despesa total seria dividida em partes iguais pelas 55
pessoas. Quem não havia ainda contribuído pagaria a sua parte, e cada uma das 50 pessoas do grupo inicial deveria
contribuir com mais R$ 7,00.
De acordo com essas informações, qual foi o valor da cota calculada no acerto final para cada uma das
pessoas?
55
A) R$ 14,00
B) R$ 17,00
C) R$ 22,00
D) R$ 32,00
E) R$ 57,00
13. Em certa cidade, a tarifa do metrô é R$ 2,80, e a do ônibus, R$ 2,40. Mas os passageiros que utilizam os dois meios
de transporte podem optar por um bilhete único que dá direito a uma viagem de ônibus e uma de metrô, e custa R$
3,80.
Em relação ao valor total gasto com uma viagem de ônibus e uma de metrô pagas separadamente, o bilhete único
oferece um desconto de, aproximadamente:
A) 30%
B) 32%
C) 34%
D) 37%
E) 27%
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14. Mauro precisava resolver alguns exercícios de Matemática. Ele resolveu
segundo dia, resolveu
36
1
dos exercícios no primeiro dia. No
5
2
dos exercícios restantes e, no terceiro dia, os 12 últimos exercícios.
3
Ao todo, quantos exercícios Mauro resolveu?
A) 40
B) 45
C) 75
D) 90
E) 30
15. O gráfico abaixo apresenta o consumo médio de oxigênio, em função do tempo, de um atleta de 70kg ao praticar
natação:
Considere que o consumo médio de oxigênio seja diretamente proporcional à massa do atleta, qual será, em litros, o
consumo médio de oxigênio de um atleta de 80kg, durante 10 minutos de prática de natação?
A) 50,0
B) 52,5
C) 55,0
D) 57,5
E) 60,0
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16. Um professor de ginástica estava escolhendo músicas para uma aula. As quatro primeiras músicas que ele escolheu
totalizavam 15 minutos, sendo que a primeira tinha 3 minutos e 28 segundos de duração, a segunda, 4 minutos e 30
segundos, e as duas últimas, exatamente a mesma duração.
Qual era a duração da terceira música?
A) 3min 31s
B) 3min 51s
C) 4min 1s
D) 4min 11s
E) 3min 1s
17. Paulo aplicou R$ 10.000,00 em um fundo de investimentos que rendeu juros de 6% em um ano. Ao término desse
ano, Paulo manteve aplicados tanto os R$ 10.000,00 quanto os juros obtidos nesse primeiro ano e, ainda, aplicou
mais R$ 4.400,00. Ele deixou seu dinheiro investido por mais um ano e, ao final desses dois anos, seu saldo (valor
aplicado mais juros) foi de R$ 16.050,00.
Sabendo-se que, ao longo desses dois anos, Paulo não fez qualquer retirada, qual foi a taxa anual de juros no
segundo ano?
A) 6%
B) 7%
C) 8%
D) 9%
E) 5%
18. Dentro de um pote, há 5 bombons embrulhados em papel azul, 6 embrulhados em papel vermelho, e
7
embrulhados em papel verde. Quantos bombons, no mínimo, devem ser retirados do pote, sem que se veja a cor do
papel, para se ter certeza de haver retirado dois bombons embrulhados em papéis de cores diferentes?
A) 3
B) 4
C) 6
D) 7
E) 8
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19. Com uma nova invenção, o custo da produção de um produto foi reduzido em 50%. Após uma isenção de impostos
o custo da produção desse mesmo produto foi reduzido em 40% e, em seguida, com a diminuição das tarifas de
energia, o custo ainda foi reduzido em 10%.
Qual foi a redução percentual do custo da produção desse produto?
A) 27%
B) 50%
C) 73%
D) 77%
E) 100%
20. A prática da medicina tem um aspecto bem sherlockiano: a arte do diagnóstico. Munido de pistas relatadas pelo
paciente e provas fornecidas pelos exames físicos e de laboratório, o médico tem que desvendar o enigma, resolver
o caso e, em última instância, salvar uma vida.
(SANDERS, 2010, p. 10-11).
Embora muitos clientes considerem que não são ouvidos com a devida atenção pelos médicos a quem consultam, nem
sempre, quando questionados por estes, são absolutamente sinceros no relato dos seus sintomas.
Após participarem de um churrasco, cada um dos irmãos X, Y e Z, não necessariamente nessa ordem, teve um
único dos sintomas – febre, tontura e problemas gástricos.
Comparecendo juntos a um serviço de emergência, as informações prestadas ao médico que os atendeu foram
motivo de divergência entre eles – X afirmou que Y teve problemas gástricos, Z afirmou que X teve febre, e Y
também afirmou ter tido febre.
Sabendo-se que só quem teve tontura falou a verdade, pode-se concluir que
A) X teve febre.
B) Y teve febre.
C) Z teve tontura.
D) X teve tontura.
E) Z teve problemas gástricos.
21. Em um determinado período, uma operadora de planos de saúde reajustou suas mensalidades em 10%, alegando
aumento de custos. Levando-se em conta que houve modificações apenas nas suas despesas com consultas,
hospitais e exames nesse período, que essas despesas aumentaram 8% com consultas, 5% com hospitais e
diminuíram 1,5% com exames, e considerando ainda que 40% dos custos da empresa são relativos ao pagamento de
consultas, 25% ao pagamento de hospitais e 12% ao pagamento de exames, calcule qual deveria ser o aumento
percentual das mensalidades, admitindo que ele deve ser igual ao aumento percentual dos custos dessa empresa no
período citado.
A) 4,27%
B) 4,75%
C) 5,02%
D) 5,28%
E) NRA
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22. Um comerciante vendeu um artigo com um desconto de 20% sobre o preço anunciado e, ainda assim, teve um lucro
de 20% sobre o preço de custo.
Caso vendesse sem desconto, seu lucro seria de:
A) 40%
B) 44%
C) 48%
D) 50%
E) 60%
ENUNCIADO PARA AS QUESTÕES 23 E 24
Em 2011, Luciana organizou um caixa do qual participaram
11 pessoas e que teve duração de 11 meses. Todo mês 10 pessoas
contribuíam com uma certa quantia e uma recebia o total
arrecadado com as contribuições das demais. Ficou combinado
entre os participantes que o valor da contribuição de cada mês
seria 2% maior que a contribuição do mês anterior. Na tabela ao
lado, temos o beneficiário de cada mês e o valor das contribuições
dos três primeiros meses:
Dados: (1,02)10 = 1,219 e (1,02)11 = 1,243
MÊS
FEV/11
MAR/11
ABR/11
MAI/11
JUN/11
JUL/11
AGO/11
SET/11
OUT/11
NOV/11
DEZ/11
VALOR DA
BENEFICIÁRIO
CONTRIBUIÇÃO
R$ 500,00
R$ 510,00
R$ 520,20
Luciana
Fábio
Zé Carlos
Luís
Dudu
Tufic
Caribé
Anya
Edson
Tomaz
Silvio Ricardo
23. Ao final do caixa, em dezembro de 2011, calcule o valor recebido por Silvio Ricardo:
A) R$ 5475,00
B) R$ 5625,00
C) R$ 6095,00
D) R$ 6215,00
E) R$ 6704,50
24. Somadas todas as contribuições realizadas por Silvio Ricardo ao longo do ano de 2011, encontramos a quantia de:
A) R$ 5475,00
B) R$ 5625,00
C) R$ 6095,00
D) R$ 6215,00
E) R$ 6704,50
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25. Professor Caribé nasceu no dia 28 de agosto de 1972. Não parece, mas é verdade. Considerando que a vida começa
no dia do nascimento, podemos afirmar que professor Caribé está vivendo hoje...
A) ... o décimo mês do quadragésimo segundo ano de sua vida.
B) ... o décimo primeiro mês do quadragésimo segundo ano de sua vida.
C) ... o décimo mês do quadragésimo terceiro ano de sua vida.
D) ... o décimo primeiro mês do quadragésimo terceiro ano de sua vida.
E) Nenhuma das respostas anteriores está correta.
26. O produto de dois números naturais, x e y, é igual a 765. Se x é um número primo maior que 5, então a diferença y
– x é igual a:
A) 6
B) 17
C) 19
D) 28
E) 45
27. O número de elementos do conjunto {x Z; x2 < 10.000} é:
A) 200
B) 199
C) 198
D) 100
E) 99
28. O suco de três garrafas iguais foi dividido igualmente entre 5 pessoas. Cada uma recebeu
A)
3
do total dos sucos.
5
B)
3
do suco de uma garrafa.
5
C)
5
do total dos sucos.
3
D)
5
do suco de uma garrafa.
3
E)
6
do total dos sucos.
15
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29. Um caminhão viaja por uma estrada com velocidade constante. A estrada é bem sinalizada e possui, a cada
quilômetro, um marco indicando a distância ao ponto inicial: km 1, km 2, km 3, etc. Ao cruzar um rio, o motorista
observou o marco que havia no lugar: um certo número de dois algarismos. Exatamente uma hora depois ele passou
por um marco contendo os mesmos dois algarismos, mas em ordem inversa e, uma hora depois, passou por um
terceiro marco contendo os mesmos algarismos do primeiro marco, na mesma ordem, mas separados por um zero.
A velocidade do caminhão era de:
A) 38km/h
B) 42km/h
C) 45km/h
D) 48km/h
E) 50km/h
30. Sejam x , y , z e w números inteiros, tais que x < 2y, y < 3z e z < 4w. Se w < 10, então o maior valor possível para x é:
A) 187
B) 191
C) 199
D) 207
E) 213
31. O quadrado da ilustração ao lado tem lado 6cm e está dividido em três regiões de áreas
iguais: um pentágono e dois trapézios retângulos. Tais figuras são obtidas ligando-se o
ponto P, centro do quadrado, aos pontos Q, R e S, que estão sobre os lados do quadrado.
Quanto mede, em centímetros, o menor lado do pentágono?
A) 1 2
B) 1
C) 3 2
D) 2
E) 6
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32. A figura ao lado mostra um pentágono e um hexágono regulares colados. A medida do
ângulo AB̂C é:
A) 54°
B
A
B) 58°
C) 60°
C
D) 64°
E) 66°
33. Um triângulo isósceles tem os lados congruentes com medida igual a 5. Seja  a medida do ângulo da base, para a
qual a área do referido triângulo é máxima, podemos afirmar que:
A) 10o   < 20o
B) 20o   < 30o
C) 30o   < 40o
D) 40o   < 50o
E) 50o   < 60o
34. De um retângulo de lados 20cm e 14cm, foram retirados dois quadrados iguais,
como mostra a figura ao lado. Se o perímetro da figura acima é de 92cm, sua
é igual a:
A) 152cm2
B) 182cm2
C) 208cm2
D) 230cm2
E) 248cm2
35. Na figura, o lado do quadrado ABCD mede 87,625 cm e o lado do quadrado AEFG mede 12,375 cm.
A área da região sombreada, em dm2, vale:
A) 7525
B) 75,25
C) 752,5
D) 108,44
E) 64,465
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área
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36. Considere um losango ABCD em que M, N, P e Q são os pontos médios dos lados AB, BC, CD e DA,
respectivamente. Um dos ângulos internos desse losango mede 60o. Assim sendo, a razão entre o perímetro do
losango ABCD e o perímetro do quadrilátero MNPQ, nessa ordem, é igual a:
A)
3+1
B) 2
C)
3
D) 3/2
E) 2 3 − 2
37. Na figura ao lado, os pontos M, N, O, P, Q e R pertencem aos lados do
triângulo equilátero ABC, de perímetro 6 cm, de modo que AM = AN =
2x cm e BO = BP = CQ = CR = x cm. Se a área do hexágono MNOPQR é metade
da área do triângulo ABC, então o valor de x é igual a:
A)
3
3
B) 1 2
C)
3
4
D)
3
6
E) 1 4
38. Um fio fino de 30cm é completamente enrolado, de maneira bem justa, em um círculo de raio 2cm. Se M e N forem
as duas extremidades do fio e S, o centro do círculo, então, considerando-se π  3,14, pode-se afirmar que a
medida, em radianos, do ângulo MŜN , está no intervalo:
A) [ 0, 1 [
B) [ 1, 2 [
C) [ 2, 3 [
D) [ 3, 4 [
E) [ 4, 5 [
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39. Uma casa tem um quintal em formato de triângulo retângulo, com 20m de hipotenusa e um ângulo de 30o. Usando
3  1,7 se preciso, pode-se concluir que para colocar uma piscina quadrada nesse quintal, deixando um deck de
0,5m em torno dela, seu lado deve ter, no máximo, cerca de:
A) 3,6m
B) 4,2m
C) 4,7m
D) 5,3m
E) 5,8m
40. Em uma pirâmide quadrangular regular, a área lateral é o dobro da área da base. Nesse caso, cada face lateral forma
com o plano da base um ângulo que mede:
A) 15o
B) 30o
C) 45o
D) 60o
E) 75o
41. Com o objetivo de trabalhar com seus alunos o conceito de volume de sólidos, um professor fez o seguinte
experimento: pegou uma caixa de polietileno, na forma de um cubo com 1 metro de lado, e colocou nela
600
litros de água. Em seguida, colocou dentro da caixa com água um sólido que ficou completamente submerso.
Considerando que, ao colocar o sólido dentro da caixa, a altura do nível da água passou a ser 80cm, qual era o
volume do sólido?
A) 0,2m3
B) 0,48m3
C) 4,8m3
D) 20m3
E) 48m3
42. Uma empresa usa dois tipos de embalagem para seus produtos. Ambas têm formato de cilindro circular reto. O raio
da base da embalagem I tem 5cm e altura de 12cm, e a embalagem II, raio da base de 4cm e mesmo volume que a
outra. Para a confecção das paredes laterais e dos círculos das bases usa-se um mesmo material. A razão entre a
quantidade de material que se usa na que gasta mais e a quantidade da que gasta menos é:
A) 71/65
B) 76/70
C) 81/75
D) 86/80
E) 91/85
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43. De um cubo de 6cm de aresta, retiram-se dois tetraedros, cada um formado por um
vértice do cubo e pelos pontos médios das arestas que incidem sobre eles, conforme
a figura ao lado. O volume, em cm3, do poliedro assim gerado é:
A) 200
B) 205
C) 206
D) 207
E) 216
44. Em um supermercado, uma marca de azeite é comercializada em dois tipos de embalagem de mesma altura e
mesma área lateral. Tendo o primeiro tipo de embalagem a forma de um paralelepípedo reto de base quadrada, e o
segundo tipo, a forma de um cilindro circular reto, a razão entre as capacidades, em u.v., da maior e da menor
embalagem é:
A) 3 2
B) 4 
C) 8 
D) 2 3
E) 3 5
45. Está sendo construída uma pirâmide regular sólida de concreto, cuja base é um quadrado de lado 12m. Se até a
metade da sua altura foram gastos 420m3 de concreto, para terminar a pirâmide serão necessários mais:
A) 60m3
B) 140m3
C) 210m3
D) 330m3
E) 420m3
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GABARITO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
01. Tipo 1: C
24. Tipo 1: A
01. Tipo 1: C
24. Tipo 1: A
02. Tipo 1: E
25. Tipo 1: A
02. Tipo 1: B
25. Tipo 1: D
03. Tipo 1: D
26. Tipo 1: B
03. Tipo 1: A
26. Tipo 1: D
04. Tipo 1: B
27. Tipo 1: E
04. Tipo 1: E
27. Tipo 1: B
05. Tipo 1: A
28. Tipo 1: B
05. Tipo 1: NULA
28. Tipo 1: B
06. Tipo 1: B
29. Tipo 1: B
06. Tipo 1: D
29. Tipo 1: C
07. Tipo 1: C
30. Tipo 1: E
07. Tipo 1: C
30. Tipo 1: D
08. Tipo 1: A
31. Tipo 1: E
08. Tipo 1: C
31. Tipo 1: B
09. Tipo 1: B
32. Tipo 1: B
09. Tipo 1: C
32. Tipo 1: C
10. Tipo 1: D
33. Tipo 1: B
10. Tipo 1: C
33. Tipo 1: D
11. Tipo 1: A
34. Tipo 1: D
11. Tipo 1: D
34. Tipo 1: C
12. Tipo 1: C
35. Tipo 1: B
12. Tipo 1: D
35. Tipo 1: B
13. Tipo 1: D
36. Tipo 1: E
13. Tipo 1: E
36. Tipo 1: E
14. Tipo 1: B
37. Tipo 1: C
14. Tipo 1: B
37. Tipo 1: A
15. Tipo 1: A
38. Tipo 1: B
15. Tipo 1: E
38. Tipo 1: C
16. Tipo 1: D
39. Tipo 1: E
16. Tipo 1: A
39. Tipo 1: D
17. Tipo 1: A
40. Tipo 1: B
17. Tipo 1: B
40. Tipo 1: D
18. Tipo 1: C
41. Tipo 1: B
18. Tipo 1: E
41. Tipo 1: A
19. Tipo 1: D
42. Tipo 1: A
19. Tipo 1: C
42. Tipo 1: E
20. Tipo 1: C
43. Tipo 1: B
20. Tipo 1: D
43. Tipo 1: B
21. Tipo 1: C
44. Tipo 1: C
21. Tipo 1: A
44. Tipo 1: B
22. Tipo 1: D
45. Tipo 1: E
22. Tipo 1: D
45. Tipo 1: A
23. Tipo 1: B
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23. Tipo 1: C
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