Diagnósticos e Prognósticos de Políticas para o Mercado de Trabalho (PROLAM, NESPI e FEA-USP) Professores e pesquisadores do Programa de Integração da América Latina (PROLAM), da Faculdade de Economia e Administração (FEA) e do Núcleo de Estudos e Pesquisas de Política Internacional, Estudos Internacionais e Políticas Comparadas – Center for International Public Policy Studies (NESPI) realizam sessões de apresentação e debate sobre Diagnósticos e Prognósticos de Políticas para o Mercado de Trabalho. Organização: Profa. Dra. Maria Cristina Cacciamali (PROLAM e FEA/USP) e Profa. Dra. Fatima José-Silva Participação: Andre Gambier Campos, Eduardo Cury, Fabio Tatei, Genaro Aguilar Gutierrez, Tânia De Toledo Lima Confira a programação: 27 set. 2012 - Mercado laboral na América Latina - dinâmica recente – André Gambier Campos 04 out. 2012 - Discriminação de sexo no mercado de trabalho qualificado: o caso dos trabalhadores com ensino superior no Brasil e México – Fabio Tatei 11 out. 2012 - Padrões de acumulação latino-americanos e a perspectiva de crescimento do emprego formal – Eduardo Cury 18 out. 2012 - Mercados de trabalho no Brasil e no México. Caminham em direções diferentes? – Genaro Aguilar Gutierrez 25 out. 2012 - Determinantes e duração do desemprego juvenil no Brasil: de 1992 a 2010 – Tânia de Toledo Lima Horário: das 14h às 16h Local: 27 de setembro: sala E-3 – FEA-USP 04, 11 e 18 de outubro -sala E-01 – FEA-USP 25 de outubro – sala A-03 – FEA-USP Inscrições: [email protected] Diagnósticos e Prognósticos de Políticas para o Mercado de Trabalho (PROLAM, NESPI e FEA-USP) Mercado laboral na América Latina - a dinâmica recente André Gambier Campos Resumo Nos anos 1990, ocorreu uma desestruturação da sociedade salarial constituída nos países latino-americanos. Isso pôde ser constatado a partir dos indicadores de maior desemprego, menor assalariamento, menor formalização e menor remuneração do trabalho, entre outros. Não obstante, na década de 2000, surgiram indícios de um movimento inverso, de reestruturação da sociedade salarial nesses países. Dessa maneira, esta apresentação tem como propósito discutir três fenômenos: i) em que medida realmente ocorreu essa reestruturação da sociedade salarial, que se traduziu em menor desemprego, maior assalariamento, maior formalização e maior rendimento do trabalho; ii) quais fatores econômicos, sociais e especificamente laborais podem ser apontados como responsáveis por isso; iii) quais as perspectivas abertas à continuidade dessa reestruturação da sociedade salarial na América Latina. Perfil do apresentador Doutor em sociologia pela FFLCH-USP (2004). Especialista em direito do trabalho pela Ucam-RJ (2006). Pesquisador do Ipea, dedicado a estudos e projetos na área de trabalho e renda (desde 2004). Diagnósticos e Prognósticos de Políticas para o Mercado de Trabalho (PROLAM, NESPI e FEA-USP) Padrões de acumulação latino-americanos e a perspectiva de crescimento do emprego formal Eduardo Cury Maria Cristina Cacciamali Resumo Análise do comportamento do mercado de trabalho da América Latina, entre a última década dos 1990 e a primeira dos 2000, a partir das características do padrão de acumulação do norte da região (México e Centro-América) vis-à-vis as características e o padrão da América do Sul. Após análise dos dois modelos de acumulação, observa-se que o modelo seguido pela maior parte dos governos do Sul - primário exportador com mais intervenção do Estado com o objetivo de dinamizar o mercado interno, promover a distribuição da renda das famílias e diminuir as taxas de pobreza – apresentou melhores resultados para a geração de empregos formais, e a consolidação de sociedades multiétnicas mais homogêneas e de rendas médias. Os países do norte, a despeito do desempenho econômico positivo da década de 1990, produziram baixos aumentos salariais naquele período. Na década seguinte eles não mantiveram o dinamismo econômico e do mercado de trabalho e perderam velocidade na redução dos índices de pobreza e indigência. Apresentador: Eduardo Cury Perfil do apresentador É graduando em Economia na Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas de Política Internacional, Estudos Internacionais e Políticas Comparadas (NESPI-USP) desde agosto de 2011. Diagnósticos e Prognósticos de Políticas para o Mercado de Trabalho (PROLAM, NESPI e FEA-USP) Discriminação de sexo no mercado de trabalho qualificado: o caso dos trabalhadores com ensino superior no Brasil e México Fabio Tatei Maria Cristina Cacciamali Resumo O estudo visa analisar a discriminação salarial contra as mulheres que possuem ao menos o nível superior completo no Brasil e no México. Para tanto utilizamos pesquisas domiciliares que permitem a construção de amostras comparáveis entre esses países, em período e categorias de análise similares – PNAD do Brasil e ENOE do México – no ano de 2008. Para mensuramos os determinantes e impactos da discriminação por sexo no mercado de trabalho, aplicamos a decomposição de Oaxaca-Blinder. Os principais resultados revelam que, para ambos os países, o componente de discriminação é menor entre os trabalhadores com ensino superior completo do que para o restante da população, apesar dessa categoria apresentar hiatos de renda superiores perante os demais trabalhadores. O mercado de trabalho mexicano, entre os dois países, guardadas as características pessoais, regionais e de categoria ocupacional, oferece menos oportunidades de trabalho para a mulher qualificada perante o homem qualificado, apesar do menor hiato salarial. Apresentador: Fabio Tatei Perfil do apresentador Pesquisador associado ao Núcleo de Estudo e Pesquisa de Política Internacional. Estudos Internacionaise Políticas Comparadas (NESPI/CNPq). Bacharel em Economia pela Universidade de São Paulo e Mestre emIntegração da América Latina pelo PROLAM/USP. Tem experiência na área de Economia do Trabalho nos temas: mercado de trabalho, políticas públicas, discriminação, programas de transferência de renda e trabalho infantil. Diagnósticos e Prognósticos de Políticas para o Mercado de Trabalho (PROLAM, NESPI e FEA-USP) Mercados de trabalho no Brasil e no México. Caminham em direções diferentes? Genaro Aguilar Gutiérrez Resumo Nas últimas duas décadas a desigualdade na distribuição da renda tem-se incrementado no México e diminuído no Brasil (especialmente nos últimos dez anos). O índice de Gini da desigualdade na distribuição da renda domiciliar per capita cresceu no México de 0,52 para 0,62; enquanto que no Brasil caiu desde 0,587 para 0,526; no mesmo período. A dinâmica dos mercados de trabalho é o pano de fundo desta tendência. No México, os salários mínimos perderam em torno de 37% do seu valor nesse período, enquanto que no Brasil os salários mínimos aumentaram mais do que 54%. Quais são os determinantes estruturais destas tendências? Esta apresentação tenta aproximar uma resposta a esta questão. Perfil do apresentador Doutor em Ciências Econômicas (UNICAMP, 1998), mestre em Economia pela UNAM (México, 1994). É “Investigador Nacional 1” do “Sistema Nacional de Pesquisa” do CONACYT-México. Professor Livre-Docente na Faculdade de Economia do Instituto Politécnico Nacional do México. Autor de quatro livros e mais 43 artigos e capítulos de livro sobre os temas: pobreza, desigualdade, finanças públicas e desenvolvimento regional. É atualmente Pesquisador-Visitante no PROLAM-USP. Diagnósticos e Prognósticos de Políticas para o Mercado de Trabalho (PROLAM, NESPI e FEA-USP) Determinantes da duração do Desemprego no Brasil: de 1992 a 2010 Maria Cristina Cacciamali, Fábio Tatei, Tânia de Toledo Lima Resumo O presente estudo prima por compreender os determinantes da duração do desemprego para as regiões metropolitanas do Brasil, em períodos de crise econômica e expansão econômica. Dada abordagem mostrou-se relevante por dois motivos: i) queda da taxa de desemprego no Brasil desde o segundo semestre de 2003; ii) mudança na metodologia da base de dados utilizada, PME antiga (1992 a 2000) e PME nova (2002 a 2011). Desta forma, este estudo busca analisar, dentro de cada metodologia distinta, as disparidades e concordâncias a respeito dos determinantes da duração em períodos de crise econômica e boom. Ademais, também se considera características de mercado (salário e setor industrial), assim como características individuais de cada trabalhador (posição na família, o indivíduo trabalhava ou não anteriormente, anos de estudo, trabalhava com carteira assinada, demitido ou não anteriormente e quantos meses permaneceu no último emprego). Sendo assim, a presente pesquisa concluiu que há diferenças com relação às regiões metropolitanas, contudo, quando se consideram características individuais, tais como chefe de família e se o indivíduo já trabalhou anteriormente, estas mostraram a mesma relevância, independentemente do período ser de recessão ou expansão econômica sob a metodologia da PME antiga. Entretanto, sob a nova metodologia da PME e o contexto do mercado de trabalho no Brasil, não foi possível identificar uma variável comum para o ano de crise e todos os demais anos de boom, conjuntamente. Apresentador: Tânia de Toledo Lima Perfil do apresentador Graduada em Economia pelo Insper (2010). Assistente de pesquisa na área de macroeconomia na graduação. Mestranda da Universidade Federal de São Carlos Sorocaba (2012). Aluna especial da USP durante no mestrado nas áreas de Econometria e Economia do Trabalho. Diagnósticos e Prognósticos de Políticas para o Mercado de Trabalho (PROLAM, NESPI e FEA-USP) Perfil dos organizadores Maria Cristina Cacciamali Bacharel, mestre, doutora e livre docente em Economia pela Universidade de São Paulo. Pós-doutoranda pelo Massachusetts Institute of Technology e University of New Mexico. É pesquisadora nível 1 CNPq. Professora Titular do Curso de Graduação da Universidade de São Paulo/USP - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade e dos Programas de Pós Graduação em Economia e Integração da América Latina (PROLAM). No âmbito da Universidade de São Paulo, ocupa a Coordenação da Comissão de Pós-Graduação do Programa de Integração da América Latina (PROLAM) desde 1995. É Coordenadora Científica do Núcleo de Estudo e Pesquisa de Política Internacional, Estudos Internacionais e Políticas Comparadas (NESPI), desde 2004. Pesquisadora CNPq, nível 1c. Professora visitante do Curso de Pós-Graduação de Relações Internacionais da Facultad de Derecho da Universidad de La Republica, Uruguai, desde 2003; e membro da Coordenação da seção Ibero-Americana do SASE. Editora do Brazilian Journal of Latin American Studies, do PROLAM/USP, desde 2001. Associada À SASE, LASA e IAFFE; e ABET, SEP e membro da Rede de Pesquisa da CLACSO. Membro do comitê de avaliação dos cursos de Pós-Graduação na área Interdisciplinar da CAPES, assessora especializada do CNPq, CAPES e FAPESP e assessora acadêmica na área de políticas públicas de diversos órgãos governamentais, agências multilaterais e organizações paraestatais. Parecerista da Revista de Economía Mundial, Revista Economía y Desarrollo; Revista Teoria y Practica; Revista de Economia Política; Análise Econômica; Pesquisa & Debate; Cadernos de Saúde Pública; Revista Pesquisa e Planejamento Econômico - PPE/IPEA; Estudos Econômicos; Economia Contemporânea, entre outras. Maria de Fátima José-Silva Doutora em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo - USP (Para onde Vamos? A saúde de ex-empregados do mercado de trabalho formal, do ramo de metalurgia, que se encontram empregados /ocupados na informalidade. Um estudo comparativo entre Brasil e Argentina). Especialista em Psicologia Hospitalar pelo Instituto SEDES SAPIENTAE. Especialista em Psicologia Social pela Pontifície Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP. Possui experiência acadêmica em psicologia social, psicologia comunitária e psicologia hospitalar. Sua experiência acadêmica está focada nos temas: promoção da saúde, saúde, saúde do trabalhador, políticas públicas, doenças do trabalho, doenças terminais, mercado de trabalho, informalidade. Docente da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP/EPM atualmente lotada no Departamento de Psiquiatria - Psicologia Médica na categoria de professora adjunta. Membro do NESPI/USP - Núcleo de Estudos e Pesquisas de Política Internacional. Estudos Internacionais e Políticas Comparadas.