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II Congresso Nacional de Formação de Professores
XII Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores
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Trabalho Completo
VIVENCIAR PARA APREENDER: O MEIO AMBIENTE COMO CONTEXTO PARA O
ENSINO DE POLÍMEROS
Márcia Adriana Da Silva, Caio Marcio Paranhos Da Silva, Clelia Mara De Paula Marques
Eixo 2 - Projetos e práticas de formação continuada
- Relato de Experiência - Apresentação Oral
VIVENCIAR PARA APREENDER: O MEIO AMBIENTE COMO CONTEXTO PARA O
ESTUDO DOS POLÍMEROS. Mediante o desinteresse dos (as) alunos (as) e as dificuldades
enfrentadas no processo de ensino aprendizagem desta ciência, aonde a metodologia de
ensino empregada tradicionalmente basea-se no modelo didático de transmissão-recepção
em que a memorização de conceitos, regras e aplicações de fórmulas são priorizadas, este
trabalho buscou investigar se o desenvolvimento de atividades com abordagem CTSA
contribui para que os (as) alunos (as) compreendam os conceitos químicos ligados à
temática do lixo que é produzido em suas casas e, sobretudo, se propicia a eles um
posicionamento crítico e reflexivo frente às relações entre Ciência, Sociedade, Tecnologia e
Meio Ambiente. Para tanto foram empregadas várias alternativas didáticas, visando auxiliar
na melhoria da aprendizagem. Os (as) alunos (as) da segunda série do Ensino Médio da
Escola Estadual Enoch Garcia Leal durante o projeto entraram em contato com estratégias
diversificadas de ensino: atividades experimentais, aulas dialogadas baseadas nas
discussões de artigos publicados na Revista Química Nova na Escola, material instrucional
(apostila) sobre Polímeros avaliando suas contribuições e consequências para o homem e o
meio ambiente. Como forma de avaliação da aprendizagem os (as) alunos (as)
responderam a questionários semiestruturados. A partir da analise observou-se que o uso
de atividades contextualizadas aliado à temática do lixo foi além da dimensão conceitual,
criando-nos (as) alunos (as) uma consciência das implicações pessoais, sociais,
econômicas e, sobretudo, ambientais do desenvolvimento tecnológico. Palavras Chave:
Ensino de Química, Atividades Contextualizadas, Abordagem CTSA.
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Ficha Catalográfica
VIVENCIAR PARA APREENDER: O MEIO AMBIENTE COMO CONTEXTO PARA O
ESTUDO DOS POLÍMEROS.
Profa.Clelia Mara de Paula Marques; Prof. Caio Marcio Paranhos da Silva; Marcia
Adriana da Silva. Universidade Federal de São Carlos, Centro de Ciências Exatas e de
Tecnologia.
INTRODUÇÃO
Uma das principais características relacionadas ao ensino de Química na educação
básica é o desinteresse dos alunos para o estudo desta ciência. Isso decorre,
principalmente, da metodologia de ensino tradicionalmente empregada, baseada em um
modelo de ação didática de transmissão-recepção e que prioriza a memorização de
conceitos e regras e a aplicação de fórmulas na resolução de problemas. Em
consequência, tem-se um ensino que se coloca afastado da realidade do aluno, gerando
espaço para um questionamento dos reais objetivos do estudo de Química. Além de
desmotivar o aluno, este ensino não atinge o objetivo de formar um cidadão crítico, que
pode discutir as questões químicas presentes em nosso dia a dia. O conhecimento
químico, tal como é usualmente transmitido, desvinculado da realidade do aluno, significa
muito pouco para ele, Chassot (1990).
A produção do conhecimento não esta associada só ao ambiente escolar, mais a tudo
que nos cerca, seja como um acontecimento marcante, um fato histórico, de natureza
social, política ou econômica, pois, nas adjacências do acontecimento, desvelamos
outros aspectos que nos permitem compreender os mecanismos que regem certos
contextos e a intencionalidade das ações.
Neste sentido o presente estudo aborda a utilização de uma sequência de ensino
fundamentada em atividades contextualizadas com abordagem em Ciências, Tecnologia,
Sociedade e Meio Ambiente (CTSA) para o ensino dos Polímeros no Ensino Médio, como
uma forma de incentivar, estimular e facilitar a aprendizagem. Portanto nossa pesquisa
investigou se o desenvolvimento de atividades com abordagem CTSA contribui para que
os alunos compreendam os conceitos químicos ligados à temática do lixo, que é
produzido em suas casas e, sobretudo, se propicia a eles um posicionamento crítico e
reflexivo frente às relações entre Ciência, Sociedade, Tecnologia e Meio Ambiente, que
são fundamentais para sua atuação como cidadãos. O enfoque CTSA valoriza a
sistematização dos conteúdos, minimiza a distância entre a educação básica e o meio
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acadêmico e estreita o vínculo entre o estudante e a realidade socioambiental que o cerca.
Esta abordagem busca, assim, propiciar o desenvolvimento de maior consciência acerca das
interações entre Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente, rompendo com a imagem neutra
da Ciência e desenvolvendo a capacidade crítica do aluno e de atuação frente a problemas de
seu contexto social (SANTOS, 1999; MARCONDES et al. 2009).
Segundo os PCNEM (BRASIL, 1999, p. 138) a contextualização dos conteúdos a serem
apreendidos é um importante recurso para retirar o aluno da condição de espectador
passivo e tornar a aprendizagem significativa ao associá-la com experiências da vida
cotidiana ou com os conhecimentos adquiridos espontaneamente. Entende-se como
Aprendizagem Significativa aquela que propicia aquisição e retenção de conhecimentos,
por meio de um subsunçor (facilitador, inseridor) (MOREIRA, 1982;MOREIRA e MASINI,
2008). Um cidadão cientificamente alfabetizado, certamente, terá subsídios melhores
para abordar e intervir em decisões que envolvam a aplicação dos conhecimentos
científicos Guimarães (2009). A abordagem temática permite a compreensão da
dimensão social da ciência e da tecnologia e a construção pelo aluno de conhecimentos
que o tornarão apto a encaminhar soluções, para os diversos problemas cotidianos.
Segundo Mortimer, Machado e Romanelli (2000) a Química é uma ciência central na
concepção de novos materiais e que pode oferecer respostas à diversidade de demandas
através do conhecimento sobre a constituição, propriedades e transformações das
substâncias. Essa perspectiva reforça e valoriza o estudo dos materiais no ensino médio,
pois contribui para a formação de cidadãos mais críticos, reflexivos e conscientes do seu
papel no mundo.
Neste contexto, este trabalho consistiu no desenvolvimento, na aplicação e na avaliação
de uma abordagem de ensino CTSA tendo o lixo como tema, cujo objetivo é ensinar e
refletir sobre os problemas ambientais decorrentes da produção e do descarte
inadequado do lixo, bem como relacionar a essa temática com conceitos químicos
envolvidos sobre os polímeros utilizados no dia a dia, de uma forma mais significativa.
OBJETIVO
Propor, realizar e avaliar se o desenvolvimento de atividades com abordagem CTSA
contribui para que os alunos do 2º Ano do Ensino Médio se apropriem de conceitos
químicos relacionados com a química de Polímeros.
METODOLOGIA
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O trabalho foi desenvolvido com 70 alunos (as) da 2ª série do Ensino Médio da Escola
Estadual Enoch Garcia Leal de Guaíra-SP. Este trabalho faz parte da Dissertação de
Mestrado Profissional realizado na Universidade Federal de São Carlos.
Escolhemos trabalhar com a 2ª série do Ensino médio por serem alunos (as) que tinham
maior probabilidade de se envolver, ou seja, de se comprometer com a pesquisa, um dos
pontos fundamentais da Teoria de Aprendizagem Significativa de Ausubel é a
predisposição dos alunos (as) para a aprendizagem.
As atividades do projeto foram realizadas durante as aulas no decorrer do primeiro
semestre de 2013. O trabalho foi dividido nas seguintes etapas:
Sensibilização: Filme Ilha das Flores, um documentário que aborda os problemas
sociais e ambientais decorrentes das formas inadequadas de tratamento de lixo e
do consumismo desenfreado.
Aplicação de questionários pré/pós atividades: visando identificar os conhecimentos
prévios dos (as) alunos (as) a respeito dos polímeros e se conseguem relacionar o
conteúdo com o seu cotidiano
Coleta, separação e observação das embalagens presentes no lixo da casa de cada
aluno (a) envolvido na pesquisa.
Aulas teóricas sobre os polímeros.
Durante o projeto foram utilizados artigos científicos para promover debates referentes ao
tema Polímeros e ao lixo, que estão descritos na Tabela1.
Tabela 1- Artigos Científicos utilizados no projeto.
Lixo: desafios e compromissos. Fadini,P.S;Fadini,A.A.B.Cadernos Temáticos de
Química Nova na Escola.Edição Especial.Maio/2001.
Lixo, Cidadania e Ensino: Entrelaçando Caminhos. Menezes, M. G; Barbosa, R. M. N;
Jófili, Z. M. S; Menezes, A. P. A. B.Química Nova Escola.nº22.Novembro/2005.
Polímeros Sintéticos. Wan, E.; Galembeck, E.; Galembeck, F.Cadernos Temáticos de
Química nova na Escola. Edição Especial.Maio /2001
A importância das Propriedades Físicas dos Polímeros na Reciclagem. Franchetti, S.
M. M.; Marconatto, J. C. Química Nova na Escola. nº18.Novembro/2008.
Estudo de Campo: os (as) alunos (as) visitaram a usina de reciclagem da cidade de
Bonfim Paulista, São Paulo, onde participaram de uma palestra sobre a importância da
reciclagem e puderam acompanhar de perto o trabalho desenvolvido na empresa. Essa
visita possibilitou a observação e o questionamento das formas de tratamento do lixo e da
importância da reciclagem. Os alunos (as) registraram suas observações no portfólio.
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Realização de experimentos para que os (as) alunos (as) possam identificar e observar a
formação e as propriedades dos polímeros, sendo que estas atividades foram realizadas
em grupo.
Elaboração do Portfólio pelos alunos (as) no decorrer da aplicação do projeto. Como
refere Fernandes (citado por Veiga Simão 2005, p: 281) os portfolios podem dar origem a
uma outra “cultura”, a uma outra ideia de sala de aula, tornando-o num local onde as
aprendizagens se vão construindo em conjunto e individualmente ao ritmo de cada um; em
que se reflecte e pensa em que se valorizam as experiências, instituições e saberes de cada
aluno, em que se acredita que as dificuldades podem ser superadas e em que,
essencialmente, se aprende.
Confecção de um folder: os alunos (as) confeccionaram um folder com objetivo de
divulgar e esclarecer a comunidade da escola (estudantes, funcionários (as), familiares)
sobre o uso dos polímeros, reciclagem e reaproveitamento e os impactos ambientais que
o lixo pode causar.
A avaliação dos conhecimentos adquiridos pelos estudantes acerca dos conceitos
químicos abordados e sua relação com a temática, foi feita através de questionários
como instrumentos de coleta de dados. O questionário, segundo Gil (1999, p.128) pode
ser definido “como a técnica de investigação composta por um número mais ou menos
elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o
conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações
vivenciadas etc.”.
O presente projeto foi pautado na abordagem qualitativa (ANDRÉ; LÜDCKE,1986),
utilizando-se como instrumento de coleta de dados questionários semiestruturados. A
pesquisa qualitativa objetiva a obtenção de dados descritivos mediante contato direto e
interativo do pesquisador com o objeto de estudo. Por meio dela, busca-se a
compreensão dos fenômenos segundo a perspectiva dos participantes da situação
estudada e, a partir daí, situa-se a interpretação desses fenômenos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A análise que segue usou como fonte de dados, os questionários prévios aplicados a 70
alunos (as) da 2ª série do Ensino Médio da Escola Estadual Enoch Garcia Leal em
Guaíra/SP.
Observamos algumas concepções bastante significativas em relação ao lixo em geral e
ao plástico. Destacamos algumas delas:
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Figura 1- Questionário Prévio-Dados obtidos a partir da análise da questão 1.
Inicialmente quando questionados sobre o que você entende por lixo, 67% dos (as)
alunos (as) afirmaram que é aquilo que não presta ou não serve mais, 21% respondeu
como sendo algo que pode ser reaproveitado e 12 % como algo que já foi utilizado.
“Lixo é tudo aquilo que não presta mais, que não serve para nada.” (Angela)
Respostas deste tipo apontam para uma falta de consciência sobre o valor do lixo e da
importância da reciclagem, retratando uma comunidade desinformada em relação ao
meio ambiente. Após a intervenção a compreensão de que o lixo é algo que foi utilizado,
mas que pode ser reaproveitado foi apontado pela maioria dos (as) alunos (as) nas
respostas dadas ao questionário pós-atividades (90%).
“A definição de lixo pode variar entre as pessoas, o que não serve mais para mim pode
ser útil para outros.” (Antonio).
Figura 2- Questionário Prévio- Dados obtidos a partir da análise da questão 2
Quando questionados sobre o destino do lixo na cidade, os (as) alunos (as) apontaram os
lixões, as vias públicas e os bueiros em suas respostas.
Os alunos (as) evidenciaram saber da realidade da sua cidade, porém não demonstram
clareza nas consequências do tratamento inadequado do lixo para o meio ambiente.
“A maior parte do lixo coletado fica depositado nos lixões, na periferia da cidade.”
(Armando).
“Muito do lixo acaba nas vias públicas entupindo os bueiros.” (Carlito).
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Figura 3 – Questionário Prévio- Dados obtidos a partir da análise da questão 3.
Inicialmente ao serem questionados sobre o significado do termo reciclagem os (as)
alunos (as) mostram confundir reciclagem com reutilização ou reaproveitamento, apenas
13% dos (as) alunos (as) demonstrou clareza sobre o conceito. Após as atividades
realizadas na visita de campo a usina de reciclagem 90% dos (as) alunos (as)
demostraram ter compreendido ao significado do termo, 10% dos (as) alunos (as)
permaneceram indiferentes.
Figura 4- Questionário Prévio- Dados obtidos a partir da análise da questão 4.
Quanto à classificação das embalagens separadas no lixo de suas casas, os (as) alunos
(as) concluíram que o plástico é o material mais utilizado.
“Quase tudo era de plástico, vidro era o que menos tinha.” (Marcos).
Questionados sobre o porquê da maioria das embalagens serem de plásticos, os (as)
alunos (as) afirmaram que em sua casa ao comprarem um produto, não olham para o
material da embalagem apenas levam em consideração a questão do preço e geralmente
a embalagem de plástico é a mais barata, levando-nos a concluir que muitos daqueles
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alunos (as) e seus familiares ainda não têm o poder de escolha, são desinformados e
despreocupados com suas ações em relação ao meio ambiente.
“Minha mãe não liga se é de plástico ou metal o importante é ser barato.” (Beatriz)
A comparação dos gráficos sobre a composição do lixo doméstico possibilitou uma
discussão sobre as diferenças nos padrões de consumo das suas famílias e a refletirem
sobre os impactos ambientais que estes materiais causam ao meio ambiente como
também refletirem sobre quais ações poderiam minimizar os problemas.
Figura 5- Questionário Prévio- Dados obtidos a partir da análise da questão 5.
Quando questionados sobre o que seria um plástico a maioria dos (as) alunos (as), cerca
de 60% afirmou ser um derivado do petróleo, 8 % responderam que o plástico é um
material de origem orgânica, 21% que é um material reciclável e 11% responderam que o
plástico e um material polimérico, levando-nos a concluir que a maioria dos estudantes
reconhecia a origem do plástico mais não o reconheciam como um material polimérico.
Os (as) alunos (as) apresentaram dificuldades em discernir sobre as propriedades dos
plásticos, ora citavam o plástico como sendo um material, ora como sendo uma matéria
prima.
“O plástico é uma matéria prima muito utilizada no mundo todo.” (Maria Eduarda).
“O plástico é um material fácil de ser reciclado, originado a partir do petróleo.” (Josué).
Após a intervenção, 90% dos (as) alunos (as) reconheceram que o plástico é um
polímero, demonstrado em suas respostas durante as atividades e no questionário pós
atividades, ter compreendido a diferença entre matéria prima e material.
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Figura 6- Questionário Prévio - Dados obtidos a partir da análise da questão 7.
Quando questionados sobre o que seria um polímero a maioria dos (as) alunos (as) cerca
de 57% não responderam a questão os outros 43% deram respostas incompletas como
“polímero é uma substância química como o plástico”(Carlos Eduardo), “polímero são
compostos químicos que poluem o meio ambiente ”(Afonso) ou “polímero é um plástico
com grande massa molecular”(Jandira) levando-nos a concluir que estes alunos já
tiveram contato com o assunto abordado mais que as ideias não estavam bem definidas,
certas respostas evidenciam que os (as) alunos (as) sabem que o plástico é um polímero
mais não conhecem o conceito de polímero propriamente dito, outras apontam que os
(as) alunos (as) acreditam que todo polímero polue o meio ambiente.
Figura 8 –Questionário Prévio- Dados obtidos a partir da análise da questão 8.
A maior parte dos (as) alunos (as) 63% afirmaram que os polimeros são poluentes e
cerca de 11% afirmaram que não são poluentes. A minoria dos (as) alunos (as) 8%
responderam que a maioria dos polímeros são poluentes, respostas como “Depende,tem
os poluentes e os não poluentes” foram dadas não evidenciando algo que deixasse claro
o por que de um ser classificado como poluente e o outro não. Respostas como “Alguns
polímeros são mais tudo vai depender de como ele foi feito” ou “A composição química é
que vai dizer se ele é poluente ou não.” , foi dada por cerca de 18% dos (as) alunos (as)
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o que nos permitiu concluir que estes alunos (as) reconhecem a existencia de polímeros
que poluem e de polimeros que não poluem e que acreditam que a diferença existente
entre eles é a composição química. Após a intervenção 89% dos (as) alunos(as)
demonstraram através de suas respostas ao questionário pós atividades ter
compreendido o conceito de polímero. “As leituras e as aulas experimentais ajudaram,
agora organizei minhas ideias, nem todo polímero polue .” (Bernado)
Quanto as atividades experimentais, Noventa e cinco por cento dos alunos (as)
afirmaram gostar de participar das atividades experimentais por ser uma atividade que
desperta o interesse e facilita a aprendizagem . “Essa aula foi maneira eu não fiquei só
copiando da lousa.”(Lucas). Segundo Souza e Merçon (2003), o trabalho experimental
possibilita ao aluno um envolvimento ativo, criador e construtivista com o conhecimento
científico, favorecendo o conhecimento cognitivo, uma reflexão critica do mundo e a
melhoria da qualidade do ensino de Química.
A abordagem CTSA foi considerada por 82% dos (as) alunos (as) como um fator que
contribuiu para tornar as aulas de Química interessantes, 5% discordarm e 3%
mativeram-se indiferentes.Esses dados mostraram que a maioria dos (as) alunos(as)
acham as aulas de Química desinteressantes.
A maioria dos (as) alunos (as) 93%, afirmaram que o projeto propiciou o aprendizado de
novos conhecimentos e que ajudou na construção e na compreensão dos conhecimentos
químicos relacionados a temática do lixo “ Estudar assim é bem melhor eu puder buscar
na minha casa a respostas para várias perguntas.”(João), 4% discorda e 3% manteve-se
indiferente.
CONCLUSÔES:
Este trabalho propôs o desenvolvimento, a aplicação e a avaliação de uma abordagem
de ensino CTSA tendo o lixo como tema, que aliada a recursos diferenciados e atuais
contribuísse para o real objetivo de ensinar Química.
Por meio dos resultados apresentados, pode ser perceber que a abordagem utilizada
neste trabalho promoveu um maior envolvimento dos (as) alunos (as) nas aulas de
Química e que os conhecimentos químicos apresentados sob a perspectiva CTSA
contribuiram para que os (as) alunos (as) demonstrassem indicios de uma aprendizagem
de forma significativa. Além disso, os alunos manifestaram identificar que as aulas
tornaram-se mais prazerosas, participando mais ativamente das atividades.
Além dos conhecimentos químicos esse tipo de abordagem forneceu subsídios para que
o aluno compreendesse os diversos aspectos decorrentes da relação química e lixo,
estimulando-o a assumirem um posicionamento crítico diante da problemática proposta e
possibilitando a intervenção em sua realidade. Os alunos(as) passaram a conversar
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como os demais alunos(as) da escola sobre a coleta seletiva de modo que eles também
contribuíssem com a conservação da limpeza escolar.
Desse maneira pode-se perceber que a inserção da abordagem CTSA nas prática
educativas, aliadas a recursos didáticos diversificados como a experimentação, a
utilização de artigos científicos, contribuiu para que os (as) alunos (as) tivessem uma
aprendizagem significativa.
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