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ARAÚJO, A. M. C. S.; RODRIGUES, L. A. A língua francesa em EAD: reflexões para
um ensino tecnológico. In: Anais do Colóquio Nacional Sobre Hipertexto. Fortaleza: Brasil
Tropical, 2010.
Resenhado por Gabriele Silva de Castro1
O artigo “A Língua Francesa em EaD: reflexões para um ensino tecnológico” aborda
sobre o ensino da Língua Francesa através de meios tecnológicos. Trata-se de uma
discussão atual, pois analisa como novos meios podem ser utilizados no processo
ensino/aprendizagem de línguas. Logo, baseia-se em concepções que rompem com
tradições culturais nas quais o professor é considerado o único meio para o repasse de
conhecimentos. Segue-se, dessa forma, a lógica de uma constante procura por recursos
tecnológicos que auxiliem no ensino e na aprendizagem. No ensino de línguas, essa procura
tem sido crescente.
O trabalho configura-se como um relato das “[...] experiências de tutoria à distância
em 2 (duas) disciplinas – Francês Aplicado ao Atendimento e à Produção e Francês Básico
– ministradas no IFCE, no Curso de Tecnologia em Hotelaria e Hospedagem [...]” (p. 08).
Com base nesse relato, as autoras apresentam algumas contribuições da tecnologia para o
ensino da Língua Francesa. Dentre essas contribuições, podemos citar a plataforma
Moodle, ferramenta bastante utilizada no ensino a distância e indispensável à comunicação
em EaD.
O artigo foi escrito por Alexandra Maria de Castro e Santos Araújo e Luciana
Andrade Rodrigues, a primeira autora é pesquisadora da Universidade Federal do Ceará e a
segunda do Instituto Federal do Ceará. Divulgado no 2º Colóquio Nacional sobre
Hipertexto (CHIP), o trabalho das referidas autoras apresenta-se como um relevante estudo,
pois mostra como novas linguagens têm impactado tanto a linguística quanto o ensino de
línguas atuais.
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Graduanda em Letras/Inglês, na UFRR. Trabalho apresentado na disciplina Discurso: Leitura e Produção de
Textos e Hipertextos, no semestre 2014.2.
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Dividido em seis partes, o estudo inicia com breves considerações, seguidas da
introdução e de três tópicos que tratam sobre o ensino de línguas, o EaD no ensino de
línguas e a língua francesa na EaD/IFCE. Por fim, encerra com as considerações finais.
A introdução discorre sobre o incentivo do Poder Público ao desenvolvimento e à
veiculação de programas de ensino a distância através do decreto 5. 622 de 19 de dezembro
de 2005, que regulamenta a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Além disso,
fala do EaD como modalidade educacional que apresenta uma mediação didáticopedagógica diferenciada nos processos de ensino-aprendizagem, na qual “[...] ocorre a
utilização de meios tecnológicos de informação e comunicação, envolvendo estudantes e
professores com atividades educativas em lugares ou tempos diversos” (p. 09).
O segundo tópico constitui um apanhado geral sobre os principais métodos que
ajudaram a evoluir o ensino de línguas. Nessa etapa, as autoras também buscam esclarecer
seus leitores sobre a distinção entre os termos pedagogia e didática de línguas. Para elas, o
último termo é o mais corrente entre os especialistas, ao contrário de pedagogia das línguas
que está restrito ao ensino das crianças e adolescentes.
Nesse sentido, entendemos que estruturar um esboço sobre os principais métodos e
abordagens do ensino de línguas é fundamental para prosseguir com sucesso na discussão,
já que a temática do artigo engloba exatamente o ensino de línguas. Portanto, as análises
presentes no segundo tópico do trabalho reforçam questões teóricas que são fundamentais
para a compreensão do trabalho em sua totalidade.
No item 2.1 “O EaD no ensino de línguas” é possível notar que as autoras falam desta
nova prática de ensino como algo que constrói uma nova visão do saber. É uma prática que
exige bastante diálogo por parte dos envolvidos, em especial “[...] no acompanhamento das
aulas de línguas estrangeiras, em que a prática da língua é tida como fundamental” (p. 10).
O tópico A língua francesa na EaD/IFCE é um comentário sobre o ensino a distância
da língua francesa no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará e
ressalta a importância do profissional formado em Letras com habilidade na língua francesa
para o ensino. Os cursos EaD/IFCE utilizam o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)
como ferramenta que prima pela prática da língua, através de inúmeros recursos como, por
exemplo, os exercícios que se auto corrigem.
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Por fim, entendemos que a proposta de aplicar o ensino de línguas à tecnologia é algo
que as autoras do artigo compreendem como positivo. Dessa forma, é importante esclarecer
que os meios tecnológicos, isto é, as multimídias não possuem o papel de mudar a figura do
professor no processo educativo, porém representam as transformações tecnológicas pelas
quais a sociedade tem passado nas últimas décadas. Essas transformações criaram
ferramentas que são muito bem vindas ao ensino de línguas estrangeiras.
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Gabriele Silva de Castro