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COMO FORMAR UM MOVIMENTO — I
O objetivo desta mensagem é familiarizá-lo com alguns princípios básicos para a formação
de um movimento, diretrizes que serão úteis em seu ministério.
Esta lição ajudará você a:
1.
Compreender o que é um movimento.
2.
Entender e explicar sete princípios relativos à formação de um movimento.
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COMO FORMAR UM MOVIMENTO — I
Introdução: Movimento. O que significa a palavra "movimento"?
a.
B.
Definição: O ato ou processo de
mover-se (Novo Dicionário Aurélio
da Língua Portuguesa).
Definição de Movimento.
Um movimento é um "grupo crescente de pessoas comprometidas a moverem-se em
direção a um objetivo comum".
C. Definição de movimento espiritual:
Um movimento espiritual é um grupo crescente de pessoas espirituais comprometidas
com um objetivo estabelecido por Deus.
Um movimento espiritual deve caracterizar-se pelo poder grandioso de Deus e pela
devoção a Cristo e Seu senhorio, tendo como prioridades a vida espiritual de seus
membros e o cumprimento da Grande Comissão.
Exemplo de movimento espiritual: o Movimento Vida Nova.
O Movimento Vida Nova é um grupo crescente de multiplicadores espirituais
comprometidos a glorificar a Deus, ajudando a cumprir o propósito divino da Grande
Comissão no poder do Espírito Santo.
O Movimento Vida Nova visa, especificamente, alcançar determinadas áreas-alvos a fim
de ajudar a cumprir a Grande Comissão, enfatizando a multiplicação espiritual (discipulado
e treinamento para a vida espiritual e para o ministério).
Características básicas de qualquer Movimento Vida Nova:
1.
Um único objetivo: a Grande Comissão.
2.
Um único poder: o Espírito Santo (daí nossa necessidade de oração).
3.
Um único método: multiplicação espiritual.
4.
Compromisso crescente com o objetivo (desenvolvendo convicções pessoais).
5.
Concentrar-se na saturação de áreas/audiências-alvos, através da proclamação
intrépida, do evan-gelismo particular e da multiplicação espiritual.
6.
Qualidade no treinamento e discipulado ao empregar instrumentos e materiais
transferíveis.
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D. Debate.
Na sua opinião, o que aconteceria se Deus escolhesse usar milhões de cristãos para
concretizar um movimento espiritual de multiplicação?
I.
Mobilizar a oração organizada.
A. A Necessidade de Oração.
Visto que qualquer movimento espiritual é obra de Deus, só pode ser realizado mediante
Seu poder. A oração é uma demonstração de fé, recordando que dependemos de Deus.
Em 1 Tessalonicenses 5:17, somos instruídos a orar sem cessar. A oração deve ser
nosso estilo de vida. Aja sempre numa atitude de oração. Tiago 4:2,3 afirma que é
preciso pedir para receber de Deus. Se você acha que Deus não está atendendo às suas
necessidades e abençoando seu ministério, talvez você não Lhe tenha pedido.
B.
O Poder da Oração.
Em Efésios 3:20, Paulo escreve que Deus faz infinitamente mais do que pedimos ou
mesmo pensamos. Imagine o que isso significa. Você consegue conceber o cumprimento
da Grande Comissão durante o período de sua vida terrena? Deus pode fazer mais,
conforme Jesus explicou em Mateus 21:22, quando disse que receberemos tudo quanto
pedirmos com fé.
C. Exemplos de Oração.
1.
Jesus.
Jesus dá constantes exemplos de como devemos caminhar na dependência do Pai.
Mesmo sendo Deus encarnado, Sua prioridade era reservar algum tempo para estar
junto ao Pai em oração. Observe, em Marcos 1:35, que Jesus começava Seu dia em
oração. Ele deixa claro que não tomava nenhuma atitude sem o Pai. Em João
12:49,50, Jesus explica que não diz nada que não tenha antes recebido do Pai. A
oração era uma parte tão integrante de sua vida que a última coisa que Ele fez antes
de Sua prisão foi orar por Seus discípulos.
2.
Os Apóstolos.
Em Atos, lemos muitos exemplos da importância da oração na vida dos apóstolos.
Tendo sido treinados por Jesus, eles aprenderam a necessidade da oração para
estabelecer um movimento de Deus. Em Mateus 9:36-10:6, Jesus instruiu os
discípulos a orar para que fossem enviados trabalhadores à seara. No início do
capítulo 10, vemos que tal súplica é concedida, já que os próprios discípulos são
enviados aos campos. Devemos estar dispostos a participar das respostas das
nossas orações, se Deus assim o desejar. O livro de Atos nos diz que os discípulos
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dedicavam-se constantemente à oração. Essa preparação para seu trabalho em
Jerusalém produziu uma colheita muito frutífera: três mil almas, segundo Atos 2:41.
Entretanto, o sucesso de tal missão em Jerusalém fez com que as autoridades os
pressionassem, tentando acabar com o movimento. Contudo, os apóstolos reagiram
com oração, de acordo com Atos 4:23-30. Eles não pediram a Deus que acabasse
com os riscos e ameaças, mas, sim, que pudessem continuar intrépidos em meio à
oposição. Com base em Atos 4:31, verificamos que Deus fez exatamente isso.
D. Mobilizar a Oração.
Como podemos mobilizar uma ampla base de oração para nosso movimento?
I2.
Semear e colher abundantemente.
a.
A aplicação bíblica.
A Bíblia nos insta a semear abundantemente o Evangelho. Gálatas 6:7-9 diz que ceifamos
aquilo que semeamos (far-tamente ou não). Provérbios 11:24 explica que quem dá
liberalmente (isto é, semeia fartamente) recebe ainda mais. Isso se aplica a todos os
aspectos da vida e do testemunho cristão, mas aqui, especificamente, referimo-nos à
disseminação da Palavra de Deus. Os trabalhadores cristãos tendem a dedicar-se demais
a trabalhos escritos, equipes e comunhão, colocando em segundo plano o evan-gelismo.
Eles passam muito tempo planejando as ativi-dades. São como os lavradores que ocupam
todo seu tempo consertando as máquinas e estudando livros técnicos, mas nunca saem
para plantar o milho. Por isso, eles não podem esperar uma grande colheita de milho,
assim como um tra-balhador cristão não pode esperar uma colheita frutífera se semear
apenas escassamente.
b.
Exemplos de semeadura do Evangelho.
i.
Jesus.
No Novo Testamento, há dois tipos de semeadura: em grupos ou individualmente.
Jesus dá um bom exemplo de ambos. Ele evangelizou grandes grupos. Mateus 5:1
diz que Jesus pregou às multidões. Ele também evangelizou pequenos grupos nas
casas (Lucas 7:36-50; Marcos 2:1-12) e evangelizou individualmente a mulher no
poço de Jacó (João 4). Enquanto evangelizava, Jesus também dis-cipulava. Observe
que Ele estava constantemente expondo as pessoas ao Evangelho. Cristo também
semeava a Palavra de Deus abundantemente a grupos grandes e pequenos, bem
como individualmente.
ii.
Os Apóstolos.
Os apóstolos mantiveram a filosofia ministerial exemplificada por Jesus. Como
Cristo, eles evangelizaram grupos grandes, que era evidente aos olhos de todos. Em
Atos 2:41, Pedro pregou a pelo menos três mil pessoas. Mesmo assim, ele sempre
tinha tempo para falar individualmente com as pessoas também. O mendigo coxo de
Atos 3 e o eunuco etíope de Atos 8 são exemplos do testemunho dos discípulos
junto às pessoas individualmente. Observe que em todo o livro de Atos há uma
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constante atividade evangelística. A semeadura nunca cessou. Como resultado, os
apóstolos colheram um ministério de discípulos que os ajudaram a mudar o mundo
para Cristo (Atos 19:10).
c.
I3.
Como aplicamos a lei de semear e colher aos nossos ministérios?
Selecionar os frutos maduros.
a.
Um Exemplo de Obra Cristã.
Observamos acima duas coisas associadas ao cultivo — semear e colher. A imagem do
trabalhador cristão como um lavrador é bastante comum no Novo Testamento. Jesus
usou-a na parábola do semeador, em Lucas 8:4-15, explicando que um cristão cresce
como uma planta. Alguns se desenvolvem rapidamente, outros de maneira mais lenta.
Infelizmente, alguns nunca crescem. Um lavrador costuma verificar regularmente os
frutos de seu pomar para ver quais estão maduros. Então, ele colhe esses frutos e deixa
os que estão verdes para amadurecerem. Da mesma forma, um discípulo de Cristo
seleciona constantemente os cristãos maduros e trabalha com eles enquanto ora pelos
frutos verdes. Ele deseja preparar as pessoas que entregaram seu coração a Deus, que
possuem um espírito dócil e desejam trabalhar juntas para formar um movimento
espiritual. Cada encontro e cada contato são considerados uma oportunidade para instruir
os frutos maduros. Junto com o princípio da semeadura e da colheita abundantes, isso
significa que há uma seleção constante das pessoas mais zelosas e um trabalho especial
com elas. Por conseguinte, os verdadeiros trabalhadores cristãos permitem que as
pessoas expressem seu desejo de envolverem-se mais, não de uma maneira ameaçadora
— por exemplo, com comentários por escrito ao final de um encontro.
b.
Jesus Exemplificou Como Devemos Selecionar os Frutos Maduros.
Novamente Jesus é um exemplo de alguém que "moveu-se com os motores" em Seu
ministério. É muito freqüente os obreiros cristãos trabalharem com qualquer pessoa que
se apresente como voluntária, mas Jesus selecionava Seus homens. Por exemplo, quando
o jovem rico de Mateus 19:16-30 foi até Ele, Cristo mandou-o embora. Por outro lado,
Ele escolheu pessoalmente Seus doze discípulos, conforme Marcos 3:13-19. Jesus
passava tempo também com as outras pessoas, mas reservava a maior parte de suas
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horas para ficar junto àqueles homens, pois eles haviam sido selecionados dentre as
multidões que seguiam a Cristo.
c.
Significado.
A expressão "selecionar os frutos maduros" significa mover-se com os motores (os que
desejam crescer em direção a Deus), enquanto aguarda que Deus amadureça os "verdes"
segundo Seu plano.
d.
Conseqüências.
Quais são as conseqüências sofridas por um movimento quando você desobedece ao
princípio de selecionar os frutos maduros?
e.
Descoberta.
Como você identifica os cristãos maduros?
IV. Treinar discípulos multiplicadores.
A. O exemplo de Paulo.
Paulo descreveu seu método para formar um movimento em 2 Timóteo 2:2: "E o que de
minha parte ouviste, através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens
fiéis e também idôneos para instruir a outros." Foi o mesmo método empregado por
Jesus. Ele treinou onze homens fiéis e ordenou que eles ensinassem todas as nações a
"guardar todas as cousas que vos tenho ordenado". Eles foram tão eficientes em gerar
movimentos que, quando Paulo e seus discípulos foram a Tessalônica, as autoridades
lamentaram: "Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui..." (Atos
17:6). Todos os outros princípios dependem deste. Se você não produz discípulos
multiplicadores, o movimento dura apenas enquanto o líder original continuar atuando.
Entretanto, a concretização deste princípio requer a aplicação contínua das outras
diretrizes aqui discutidas.
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B.
O padrão bíblico.
A Bíblia menciona algumas das coisas envolvidas na edificação eficaz de discípulos. Em
primeiro lugar, os discípulos devem receber ensinamentos e treinamento bíblicos. Em 1
Pedro 2:2, somos instruídos a desejar "ardentemente, como crianças recém-nascidas, o
genuíno leite espiritual, para que por ele vos seja dado crescimento para salvação". O
discipulador tem a responsabilidade de prover esse leite genuíno aos cristãos mais jovens
que o desejarem (1 Pedro 5:2; João 21:15).
Em segundo lugar, os discípulos devem envolver-se na evangelização pessoal e em
grupos, dando continuidade a essa instrução e disciplinando os outros. Mais uma vez
Jesus é nosso exemplo. Ao longo dos Evangelhos, Ele disciplinou os doze. Contudo, ele
também os enviou por si sós para que ensinassem aos outros o que tinham aprendido
(Lucas 10). Ele prometeu que os tornaria pescadores de homens (Marcos 1:17), não
apenas estudantes da Bíblia, e cumpriu tal promessa. Esse treinamento e envolvimento
aconteceu no contexto de um pequeno grupo, onde havia um relacionamento de amor
e o líder demonstrava como viver a vida cristã e ministrar aos outros. A Bíblia afirma:
"Melhor é serem dois do que um... Porque se caírem, um levanta o companheiro"
(Eclesiastes 4:9, 10).
C. Definição prática de um discípulo multiplicador.
Dê uma definição prática de um "discípulo multiplicador".
Um discípulo multiplicador é aquele que alcança os outros para Cristo e ajuda a preparálos para fazerem o mesmo.
V. Formar convicções pessoais.
A. A importância das convicções pessoais.
A crença pessoal é a chave para viver a vida cristã e edificar um movimento cristão.
Jesus ressaltou a natureza indispensável das convicções pessoais quando disse: "A
obra de Deus é esta, que creiais naquele que por ele foi enviado" (João 6:29). "...
aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço, e outras maiores fará..."
(João 14:12).
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A força de um movimento relaciona-se diretamente ao número de homens e mu-lheres
que sustentam e demonstram convicções pessoais nos valores e propósitos de tal movimento. O envolvimento das pessoas em uma atividade é tão intenso quanto suas
convicções. Portanto, um movimento cristão deve buscar o aprofundamento das
convicções pessoais de seus membros.
B.
Como desenvolver convicções pessoais.
O crescimento em termos de convicções pessoais ocorre em grupos de discipulado.
Você aprofunda as convicções pessoais dos participantes de seu movimento ensinandolhes, em primeiro lugar, a Palavra de Cristo. Em segundo lugar, você precisa envolvê-los
em experiências que forcem a aplicação da Palavra de Cristo. E, em terceiro lugar,
dando-lhes oportunidades constantes de entregarem-se ao senhorio de Cristo. Em 1
Tessalonicenses 2:8, Paulo revelou um segredo importante para formar convicções
pessoais: "... querendo-vos muito, estávamos prontos a oferecer-vos, não somente o
evangelho de Deus, mas, igualmente, a nossa própria vida..." Como resultado, escreveu
Paulo em 1 Tessalonicenses 1:6, eles se tornaram "imitadores nossos e do Senhor..."
Também desenvolvemos convicções pessoais quando estimulamos os envolvidos a
darem "passos de fé". Os grupos de discipulado são fundamentais para o sucesso de
um movimento, mas sozinhos eles nunca formarão um movimento. Existe sempre a
tendência de estabelecer uma liderança cristã numa "mentalidade de pequenos grupos"
como o único meio de formar um movimento. Contudo, um movimento nunca cresce
quando seus membros se tornam introspectivos e dedicam-se basicamente a seus
próprios interesses e aperfeiçoamento pessoal.
C. Definição.
Uma convicção pessoal é uma crença particular que constitui a base para determinada
ação.
D. Formando convicções pessoais.
Como você pode formar nos outros, determinadas convicções pessoais em relação aos
objetivos e valores do movimento? Dê exemplos específicos.
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VI. Transmitir credibilidade.
A. A importância da credibilidade.
Depois que Jesus purificou o templo, perguntaram-lhe: "Com que autoridade fazes estas
cousas? e quem te deu essa autoridade?" (Mateus 21:23). Eles estavam questionando
as credenciais de Jesus, Sua credibilidade. Cristo sempre teve problemas para
estabelecer credibilidade junto às autoridades de Jerusalém, mas nunca enfrentou essa
dificuldade com as multidões. Paulo também se deparou com obstáculos nesse sentido.
Depois que se tornou um cristão, Paulo foi a Jerusalém para falar com os discípulos e
descobriu que tinha um problema de credibilidade. Em Atos 9:26, lemos: "... procurou
juntar-se com os discípulos; todos, porém, o temiam, não acreditando que ele fosse
discípulo". Existe uma suspeita intrínseca acerca de tudo o que é novo em qualquer área
de enfoque. Visto que a eficácia de um movimento relaciona-se à sua capacidade de
influenciar as pessoas e obter sua confiança, envolvimento, respeito e solidariedade,
essa suspeita gera uma porcentagem negativa de crescimento ou um progresso apenas
modesto no movimento.
Há dois tipos de pessoas junto às quais você precisa estabelecer credibilidade —
aquelas que conhecem os ensinamentos de Cristo e aquelas que não os conhecem. Para
alcançá-las, 1 Pedro 2:12 nos insta a manter "exemplar o vosso procedimento no meio
dos gentios..." Jesus ensinou o mesmo conceito quando disse, em Mateus 5:16:
"Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas
obras e glorifiquem a vosso Pai..." Paulo mostra como podemos obter credibilidade junto
ao primeiro grupo, os que conhecem os ensinamentos de Cristo. Quando visitou Beréia,
Paulo proclamou o Evangelho. Em Atos 17:11, lemos que seus ouvintes confrontaram
sua mensagem com as Escrituras. Foi após esse teste que muitos dos bereianos creram,
pois perceberam que Paulo pregava um Evangelho verdadeiro que exigia a crença.
Houve apoio na época, como ainda hoje acontece.
B.
E se as pessoas da região não confiarem em você?
C. Que passos você pode dar para estabelecer a credibilidade de seu movimento?
D. Importância de permanecer fiel à Palavra.
Por que é importante permanecer fiel à Palavra em nossa vida e testemunho?
VII. Encontrar a liderança já existente.
A. O exemplo de Paulo.
Quando Paulo chegava em uma cidade para começar um movimento para Cristo, em
geral ele primeiramente se dirigia à sinagoga, onde encontrava a liderança da comunidade judaica. Muitas vezes, esta liderança aceitava a Cristo e providenciava outros
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líderes para o progresso do movimento cristão no primeiro século.
Assim como um lavrador planta seus grãos onde poderá obter a melhor colheita, da
mesma forma os trabalhadores cristãos eficazes começam sua obra no lugar onde
poderão conseguir a maior e mais rápida aceitação de pessoas que, por sua vez,
proporcionarão a liderança para alcançar sua área-alvo. Em qualquer comunidade já
existe uma estrutura de líderes que poderão alcançar os outros e contribuir para o
movimento cristão. Se nós conseguirmos identificar as pessoas com uma capacidade
natural de liderança e pudermos ajudá-las a entregar-se à autoridade de Cristo e andar
sob Seu poder, avançaremos mais rapidamente do que se prepararmos os líderes a
partir do nada. Além disso, os líderes naturais muitas vezes abrem as portas para outras
áreas de influência. Entretanto, os trabalhadores eficazes não devem rejeitar ninguém
da possibilidade de liderança. Todos devem ter a oportunidade de desenvolverem-se e
serem considerados líderes em potencial.
B.
Definição de líder.
Defina o "líder”.
C. Definição de líder de um movimento cristão.
Defina o "Líder do Movimento Cristão."
D. Requisitos para o "líder do Movimento Cristão":
E.
i.
Uma pessoa cheia do Espírito Santo, que caminha pela fé e ajuda os outros a
entregarem-se à autoridade de Cristo e agir em Seu poder.
ii.
Uma pessoa comprometida a ajudar no cumprimento da Grande Comissão
nesta geração, orientando os outros segundo esse mesmo propósito.
Identifique a liderança já existente.
Como você pode identificar a liderança existente em determinada área-alvo?
F.
Liderança secular.
Como você agirá para receber a atenção da liderança secular e levá-la a Cristo?
G. Instrua os líderes.
Como você poderá instruir líderes para seu movimento?
IX. Revisão: Princípios para Edificar um Movimento.
A. Mobilizar a oração organizada.
B.
Semear e colher abundantemente.
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C. Selecionar os frutos maduros.
D. Instruir discípulos multiplicadores.
E.
Formar convicções pessoais.
F.
Estabelecer credibilidade.
G. Encontrar a liderança já existente.
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CASO DE ESTUDO 1
Em determinada universidade onde a Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo não era um
movimento, mas um clube social que organizava atividades como jogos e festas, havia oito
membros na equipe. O clima na universidade era hostil, e uma filosofia radical tinha-se infiltrado
na mente dos estudantes cristãos, levando muitos deles a participarem de passeatas e
manifestações violentas contra o governo.
No final do ano, estabeleceu-se um SETREL (Seminário de Treinamento de Líderes). Cerca de 30
estudantes mostraram-se interessados, mas metade deles tinham sido enviados por um grupo
radical, a fim de minar os esforços da equipe e chamar os jovens para o movimento radical.
Quando a mensagem da Grande Comissão foi entregue, apenas um ou dois estudantes
comprometeram-se a participar da expansão evangelística, enquanto a maioria juntou-se ao
movimento radical.
No ano seguinte, o movimento da Cruzada Estudantil era constituído por 12 estudantes, que
começaram a abordar ativamente os colegas universitários com as verdades de Cristo de
inúmeras maneiras relevantes. Contudo, após dois ou três meses eles tinham apenas alguns
discípulos pouco comprometidos, pois eles temiam os radicais.
Certa tarde, houve uma grande manifestação no parque da cidade. Quando o diretor soube disso,
reuniu os 12 estudantes e, durante uma hora, eles distribuíram folhetos e faixas anunciando que
Jesus é a resposta para os problemas dos homens. Conseqüentemente, inúmeras pessoas
reuniram-se em torno daqueles estudantes. Eles foram ridicularizados e desafiados, mas aquela
atividade havia aprofundado acentuadamente o compromisso dos novos discípulos, e o
testemunho na universidade aumentou.
Quando surgiram mais discípulos, programou-se uma Marcha para Jesus. Outros grupos cristãos
se inscreveram, e eles criaram grandes cartazes e bandeirolas, além de mimeografarem milhares
de folhetos. Quase 200 pessoas participaram da marcha. Mas a manifestação ocorreu sob uma
tempestade torrencial, e todos os cartazes foram destruídos. O sistema de proclamação pública
não funcionou; porém, embora tivesse exigido esforços, os novos discípulos haviam se
mobilizado. Através das reportagens dos meios de comunicação sobre a manifestação, eles
perceberam que podiam influenciar sua cidade.
Após essa atividade, os estudantes começaram a assumir a liderança do movimento. Deram
início a um Seminário de Treinamento de Líderes (SETREL) e cerca de 35 alunos passaram a
reunir-se para discutir como Cristo poderia tornar-se o centro de suas vidas. Eles programaram
um retiro denominado "Jesus e a Batalha", onde diversos estudantes encontraram a Cristo.
Mais tarde, houve outro SETREL, e desta vez compareceram quase 200 estudantes. Ofereceu-se
treinamento sobre como discipular os outros. O movimento continuou a crescer, enquanto cerca
de 250 alunos participavam semanalmente durante o verão, de encontros informais "cante e
compartilhe", a oração intensificava-se.
No ano seguinte, quando chegaram novos alunos, eles também foram desafiados com o
Evangelho. Milhares de folhetos foram distribuídos. Logo, em um novo escritório no centro de
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um grande prédio da universidade começou a realizar-se um encontro semanal para
universitários, ao qual compareciam cerca de 450 estudantes. Atendendo ao pedido de muitos
alunos interessados em tornarem-se líderes, estabeleceram-se aulas para treinamento de
liderança.
Elaborou-se um currículo simples para grupos pequenos, possibilitando que mesmo um novo
cristão pudesse começar a ensinar os outros em poucas semanas. Como resultado do número
crescente de pessoas que estavam conhecendo a Cristo, cerca de 450 alunos envolveram-se em
pequenos grupos na universidade. Programou-se pelo menos um evento de impacto por
semestre, a fim de aperfeiçoar a visão dos estudantes.
Conseqüentemente, iniciou-se um movimento leigo. Um jovem discípulo era o vice-presidente de
uma indústria têxtil que empregava cinco mil pessoas, e elaborou uma estratégia para falar de
Cristo a cada um desses trabalhadores. Houve exibições de filmes e o Evangelho proclamado aos
chefes de departamento. Logo se formaram pequenos grupos em cada um dos setores da
fábrica. Os novos cristãos começaram a participar da vida de uma nova igreja perto da indústria,
e esta igreja passou a crescer significativamente.
Começou a funcionar um SETREL para profissionais, para os estudantes de pós-graduação que
desejassem dar um sentido à sua vida no mundo secular. Essa atividade expandiu-se
significativamente, à medida que os leigos aprendiam a testemunhar aos outros. Os alunos
convertidos a Cristo tornaram-se parte de muitas igrejas locais, treinando os grupos de jovens.
Em diversas igrejas, semanalmente havia de 30 a 40 pessoas testemunhando nas comunidades
locais. Os leigos ficaram impressionados com o interesse pelas verdades cristãs que os jovens
começaram a manifestar.
Nesse contexto, deu-se início a uma campanha evangelística municipal. Um grupo adicional de
discípulos já com vários anos de trabalho evangelístico estava à disposição para treinar centenas
de leigos para aquela atividade. Quando a campanha terminou, milhares de pessoas expressaram
o desejo de informar-se melhor sobre como poderiam conhecer a Cristo, e foram registradas mais
de dez mil decisões para Jesus. Em certo sentido, a campanha nunca terá fim, e ainda hoje há
um interesse profundo pela mensagem de Cristo.
CASO PARA ESTUDO 2
Certo ano, duas pessoas envolveram-se no ministério da Cruzada Estudantil e Profissional para
Cristo em determinada região. Vários anos depois, mais de dez mil pessoas estavam envolvidas.
Cristãos de todas as maiores denominações, organizações cristãs, faculdades, escolas
secundárias e grupos evangelísticos de oração uniram-se para alcançar os habitantes com as
verdades de Cristo.
O diretor começou a trabalhar nesse lugar específico porque essa área apresentava o grau mais
alto de analfabetismo no país e também porque a maioria dos líderes nacionais viviam ali. Em tal
região, o Evangelho tinha o potencial mais forte para expandir-se.
O primeiro problema era que os cristãos temiam que o ministério da Cruzada Estudantil
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começasse outra igreja. Conseqüentemente, eles temiam ajudar. Iniciou-se o ministério abordando os incrédulos e simplesmente falando-lhes de Cristo. O Senhor agiu e as pessoas eram
alcançadas para Ele. Então, a equipe começou a treiná-las em evangelização pessoal e edificação,
pois queriam assegurar-se de que havia um forte alicerce para o ministério, de modo que
pudessem trabalhar com calma e tranqüilidade.
Em sete anos, a Cruzada Estudantil treinou milhares de homens e mulheres daquela região.
Metade deles começaram a testemunhar em suas próprias redondezas, testemunhando em pelo
menos um lar por semana. No final desse período, o impacto do ministério foi acentuado através
da organização de um SETREL e um evento evangelístico da Cruzada Estudantil. Por conseguinte,
diversos líderes importantes das igrejas foram desafiados a participarem e um deles juntou-se à
equipe da Cruzada. Este líder influenciou o envolvimento de outros líderes eclesiásticos e
pastores.
Então ocorreu a Campanha "Já Encontrei!", um imenso esforço evangelístico. No total, participaram 267 igrejas. Muitas proveram recursos para o treinamento e estimularam seus membros
a participarem. Diversas igrejas interromperam as reuniões dos grupos de jovens nas tardes de
domingo a fim de dar-lhes tempo para testemunharem.
Um dos problemas era supervisionar tantas pessoas, de modo que a equipe pediu ajuda de alguns
evangelistas locais, que presidiram cinco conferências e treinaram centenas de outros
evangelistas para apresentarem sua fé. Estes, por sua vez, instruíram grupos de oração para que
começassem a alcançar suas próprias áreas. Posteriormente, a equipe da Cruzada Estudantil
dirigiu institutos de treinamento por toda a região, a fim de ajudar aqueles evangelistas a
treinarem milhares de participantes dos grupos de oração para o evento Já Encontrei!.
Em outubro, eles organizaram grandes encontros evangelísticos. Havia duas equipes: uma
começou na zona norte da região e a outra, na zona sul. Durante os três últimos meses do ano,
mais de um milhão de pessoas participaram dessas enormes reuniões.
Ao longo de toda a Campanha "Já Encontrei!" e dos encontros evangelísticos, as pessoas que
se entregavam a Cristo eram convidadas a participar de reuniões de edificação nos finais de
semana. Ensinar os novos convertidos tornou-se a responsabilidade básica de quem os havia
levado a Cristo e de sua igreja local.
Pela graça de Deus, no final do ano quase todos os habitantes da região haviam sido abordados.
Mais de um milhão de homens e mulheres afirmaram que tinham convidado a Cristo para entrar
em suas vidas.
CASO PARA ESTUDO 3
O cristianismo chegou aqui em 1875, através de um pequeno grupo de pessoas que aceitaram
a Cristo em uma região nos arredores. Uma delas voltou para este vilarejo e, em alguns meses,
já havia uma congregação de cem membros.
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Cem anos depois, esta pequenina nação foi a sede do maior encontro cristão da história mundial,
tendo sido bem-sucedida em seus esforços por proclamar as verdades de Cristo a toda a
população de 33 milhões de habitantes.
As sementes para a explosão espiritual dos dias de hoje foram plantadas em 1904, quando
alguns missionários pediram que Deus provocasse um reavivamento em todo o país. A primeira
onda de avivamento ocorreu e chegou ao auge em 1907, quando mais de 50 mil novos crentes
juntaram-se à igreja. A congregação aumentou mais de 300% entre 1904 e 1910. Nos 50 anos
seguintes, expandiu-se 2.600%, dez vezes mais do que a porcentagem de crescimento
populacional.
A segunda onda de avivamento começou em 1958, quando certo pastor, que era também diretor
de uma escola, compartilhou com 32 professores e pastores, suas convicções e seu
compromisso pessoal de alcançar os estudantes para Cristo. Assim surgiu neste país o ministério
da Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo.
Para atingir seu objetivo de proclamar o Evangelho por toda a nação, o ministério criou um
programa para alcançar os vilarejos, onde vivia metade da população. Os obreiros treinados
estimulavam e instruíam as duas pessoas mais influentes em cada povoado para que pudessem
dirigir pequenos grupos de discipulado. O plano dos vilarejos foi implantado em âmbito nacional
através de nove ITL's (Institutos de Treinamento para Líderes) sucessivos. No total, participaram
13.715 homens e mulheres.
A fim de acelerar o plano dos vilarejos e ajudar a mobilizar milhares de cristãos para a expansão
do Evangelho, estabeleceram-se mais institutos de treinamento para membros e líderes das
igrejas, e a EXPLO'74 foi organizada. Com 300 mil representantes, a EXPLO'74 presenciou o
maior número de decisões pessoais para Cristo ocorridas em um único encontro.
Após a EXPLO'74, os representantes voltaram a seus lares, cada um com o propósito de recrutar
outros dez para participarem de subseqüentes conferências de treinamento ocorridas em todo
o outono de 1974. Cada representante foi instado a tornar-se amigo de dez incrédulos e falarlhes de Cristo.
Há quem diga que este país pode ser a chave para a evangelização das demais nações do
continente devido à sua poderosa igreja, que tem sido tentada pelas fogueiras das perseguições
e apaziguada em meio a sofrimentos e guerra. Hoje, há uma liderança cristã comprometida em
quase todos os níveis da educação, do governo e das forças armadas.
CEPC © Como Formar um Movimento — I
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