1
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS I
CURSO DE PEDAGOGIA
SIMONE FIDELIS FARIAS
O MOVIMENTO CORPORAL NO CONTEXTO DA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Salvador
2009
2
SIMONE FIDELIS FARIAS
O MOVIMENTO CORPORAL NO CONTEXTO DA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Monografia apresentada como requisito parcial
para obtenção da graduação em Pedagogia do
Departamento de Educação da Universidade do
Estado da Bahia, sob a orientação da Professora
Doutora Isnáia Freire.
Salvador
2009
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FICHA CATALOGRÁFICA – Biblioteca Central da UNEB
Bibliotecária : Jacira Almeida Mendes – CRB : 5/592
Farias, Simone Fidelis
O movimento corporal no contexto da educação infantil / Simone Fidelis Farias .Salvador, 2009.
122f.
Orientadora: Isnaia Freire.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade do Estado da Bahia.
Departamento de Educação. Colegiado de Pedagogia . Campus I. 2009.
Contém referências e apêndices.
1. Educação do movimento. 2. Educação de crianças. 3. Linguagem corporal. I.
Freire, Isnaia. II. Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Educação.
CDD: 796.411
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SIMONE FIDELIS FARIAS
O MOVIMENTO CORPORAL NO CONTEXTO DA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Monografia apresentada como requisito
parcial para obtenção da graduação em
pedagogia do Departamento de Educação da
Universidade do Estado da Bahia, sob a
orientação da Professora Doutora Isnáia
Freire.
Local 08 de setembro de 2009
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AGRADECIMENTO
A Deus, pois tudo posso com ele que me fortalece, protege e abençoa a cada dia da minha
vida.
A minha família querida que me ama, apóia, acredita e estimula a conquista dos meus sonhos.
A professora Dra. Isnáia Junquilho Freire, pelas orientações que foram significativos
aprendizados para minha vida. Por estimular e acreditar em minha capacidade na realização
deste trabalho. E por proporcionar meu crescimento como um todo.
A todos os professores que contribuíram significativamente na minha caminhada acadêmica.
Proporcionando-me intensa aprendizagem.
A todos os amigos que contribuíram com seus conhecimentos, novas idéias, boa vontade e
calor humano, sem os quais tudo teria sido mais difícil no decorrer do meu curso, em especial
a Anália Xisto, Aline Cruz, Leila Santos, Priscila Carvalho, Nadson Souza.
As escolas que me proporcionaram realizar a pesquisa deste trabalho.
A todos meu muito obrigada por tudo!
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RESUMO
O presente trabalho traz uma reflexão acerca do movimento corporal no cotidiano da
educação infantil. Identifica ações envolvendo o movimento corporal na ação educativa dos
professores da educação infantil. Identifica ainda como o corpo, através do movimento, é
tratado nesta ação educativa do professor nesta fase escolar. Compara as diversas concepções
quanto ao sentido e funções atribuídas ao movimento corporal por parte das professoras,
conforme o previsto em lei para ser aplicado na educação infantil. A pesquisa é de natureza
descritiva de caráter qualitativo. Nela utilizou-se a observação sistemática e entrevista semiestruturada como instrumentos de coleta de dados. Observou-se, descreveu-se e discutiram-se
as ações que o professor na educação infantil adota diante do movimento corporal dos seus
alunos. Identificaram-se elementos importantes nas práticas adotadas por parte dos
professores diante do movimento corporal e seu desenvolvimento geral. Refletiu-se acerca da
importância do movimento corporal na educação infantil.
Palavras – chave: movimento, corpo, educação.
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ABSTRACT
This article presents a reflection on the body movement in daily education. Identifies actions
involving body movement in educational activities for teachers of early childhood education.
It also identifies how the body through movement, is treated in this educational activity at this
stage of teacher education. Compare the different conceptions of the meaning and functions of
the body movement on the part of teachers, as required by law to be applied in early
childhood education. The research was a descriptive qualitative nature. It was used systematic
observation and semi-structured instruments for data collection. Observed, described and
discussed are the actions that the teacher in early childhood education takes on the body
movement of their students. Identified important elements in the practices adopted by teachers
in front of body movement and its general development. Reflected on the importance of body
movement in early childhood education.
Words - key: movement, body, education.
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SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO -------------------------------------------------------------- 07
2
REFERENCIAL TEÓRICO----------------------------------------------- 10
2.1
2.2
O CORPO NA EDUCAÇÃO------------------------------------------------------------- 10
A IMPORTÂNCIA DO MOVIMENTO CORPORAL------------------------ 17
3
METODOLOGIA------------------------------------------------------------- 23
CARACTERIZAÇÃO DAS ESCOLAS----------------------------------------- 23
CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS ---------------------------------------- 23
DESCRIÇÃO DO ESPAÇO- --------------------------------------------------- 23
3.1
3.2
3.3
3.3.1
3.3.2
3.3.3
3.4
3.5
Escola S, grupo 2 e 3------------------ ----------------------------------------------------- 23
Escola S, grupo 4 e 5-------------------- --------------------------------------------------- 24
Escola C, grupo 5----------------------------------------------------------------- 24
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS------------------------------------------25
PROCEDIMENTO--------------------------------------------------------------- 25
4
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS------------ 27
5
CONSIDERAÇÕES FINAIS------------------------------------------------ 60
REFERÊNCIAS ----------------------------------------------------------------63
APÊNDICE - Quadros das observações realizadas nas escolas--------------- 65
9
1. INTRODUÇÃO
A preocupação com a educação infantil no Brasil é recente. Foi à constituição de 1988 a
primeira a inserir, em seu capítulo relativo à educação, as creches e pré-escolas. Desde então,
o atendimento educacional às crianças entre zero e seis anos tornou-se, do ponto de vista
legal, um dever do estado e um direito da criança. Com a intenção de por em prática as leis
constitucionais, a nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB), promulgada em dezembro de 1996,
afirma na composição dos níveis escolares que a primeira etapa da educação básica, a
educação infantil, tem como objetivo o desenvolvimento integral da criança no que diz
respeito aos seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social.
A partir dessas diretrizes, o Ministério da Educação passa a incluir a educação infantil no
sistema educacional público brasileiro criando o Referencial Curricular Nacional para a
Educação Infantil. Tal referencial surge como um novo paradigma na educação das crianças e
amplia o significado do corpo, mostrando a importância da variação tônica, da motricidade e
da expressividade presente no movimento das crianças na educação infantil. Trazendo o
movimento humano como algo mais do que um ato motor, mas sim como uma das formas que
a criança possui para expressar sentimentos, emoções e pensamentos, uma linguagem que
possibilita agir e atuar sobre o meio físico, mobilizando o outro por meio de seu teor
expressivo.
Desta forma, o presente trabalho aborda o movimento corporal no cotidiano da educação
infantil como tema de estudo. Apresenta como problemática: quais ações envolvendo o
movimento corporal estão inseridas nesse cotidiano? Pretende-se ainda, identificar ações
envolvendo o movimento corporal no cotidiano da educação infantil. Desse modo, identificar
como o corpo através dos movimentos é tratado na ação educativa do professor nesta fase
escolar. Finalmente, comparar as diversas concepções quanto ao sentido e funções atribuídas
ao movimento corporal por parte das professoras, conforme o previsto em lei para ser
aplicado na educação infantil.
Sabemos que o movimento corporal, mesmo surgindo com mais atenção e melhor significado
no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, ainda não tem sua devida
importância reconhecida e praticada nas salas de aula. Já que, a maior parte das práticas
10
educativas continua rígida em relação à corporeidade e à motricidade. Dessa forma, muitos
professores não têm noção que o mover corporal, mesmo espontâneo, é fator essencial ao
desenvolvimento da criança. As regras, a imaginação, o prazer, a criação e as emoções
experimentadas durante as atividades físicas, psicomotoras e lúdicas, ainda não são
vislumbradas como instâncias facilitadoras no processo ensino-aprendizagem.
Assim, ao observarmos uma criança, precisamos percebê-la como agente de transformação
que atua em um espaço social. Por conseguinte, não cabe mais reduzirmos o ato pedagógico
sem repensarmos na contextualização das práticas corporais na escola. Para De Meur e Staes
(1991), a criança é movimento. Portanto, criar condições para que ela possa viver o mundo
através da consciência corporal, é contribuir para o desenvolvimento de sua personalidade.
Contudo, notamos que a maioria das instituições escolares, através da prática de alguns
docentes, postula a limitação dos movimentos corporais no processo ensino-aprendizagem.
Isso porque a memória, ainda, ganha posição de destaque como a “peça” mais importante na
prática educativa.
No entendimento de Fonseca (1988), nessa práxis o corpo passa a ser um incômodo, assim
como seu movimento e “sem a preocupação de dar ao corpo uma representação de totalidade,
de um objeto vivido e como um conhecimento implícito”. Logo, observamos, no dia-a-dia, os
professores proferirem frases como estas: “fique quieto!”, “cale a boca!”, “não pule!”, “fale
com a boca e não com as mãos!”, “não corra!”, “fique sossegado!”, “pare de mexer as
pernas!”. Todas são frases coercitivas em relação ao movimento corporal, ouvidas no
cotidiano escolar.
Mais agravante, é que geralmente esses mesmos docentes punem os alunos, considerados por
eles “levados, inquietos e bagunceiros”, privando-os das aulas de educação física e recreio tão
almejado pelas crianças, como espaço de prazer. Esses professores não percebem que as aulas
de educação contendo o movimento e o recreio criam oportunidades às crianças de darem
vazão às energias tão reprimidas em sala de aula que as auxiliam a desenvolver as habilidades
motoras, tão essenciais no processo da alfabetização. Contribuindo assim na formação da
cidadania, pois na educação infantil o movimento deve ser visto como uma linguagem que
permite às crianças agirem sobre o meio onde estão inseridas, tomando consciência de si e
deste ambiente sócio-cultural. Assim, percebe-se nas escolas que na maior parte do tempo as
crianças devem permanecer quietas em suas carteiras, em silêncio e olhando para frente.
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Segundo o RCNEI (1998, vol. 3, p.47), é muito comum que, visando garantir uma atmosfera
de ordem e de harmonia, algumas práticas educativas procurem simplesmente suprimir o
movimento, impondo às crianças de diferentes idades rígidas restrições posturais. Isso se
traduz, por exemplo, na imposição de longos momentos de espera, em fila ou sentada, em que
a criança deve ficar quieta, sem se mover; ou na realização de atividades mais sistematizadas,
como de desenho, escrita ou leitura, em que qualquer deslocamento, gesto ou mudança de
posição pode ser visto como desordem ou indisciplina. Até junto aos bebês essa prática pode
se fazer presente, quando, por exemplo, são mantidos no berço ou em espaços cujas
limitações os impedem de expressar-se ou explorar seus recursos motores.
Indisciplina
muitas vezes é sinônimo de excesso de movimento.
Por outro lado, a educação pelo movimento trata do desenvolvimento humano no que se
refere ao corpo em movimento. Ela nos fornece instrumentos que nos permite acompanhar as
fases do desenvolvimento infantil e, quando necessário, interferir diretamente através de
estímulos sensoriais e exercícios corporais com o objetivo de promover um melhor
desempenho da criança frente ao seu mundo interno e externo. A educação pelo movimento,
bem como sua prática, respeita as potencialidades e dificuldades de cada indivíduo e seu
direito de ter um lugar na sociedade, pois a criança pode expressar o que sabe por meio de
uma variedade de canais de comunicação, expressão e criação, ajudando assim a favorecer o
comportamento social da criança. Pois, uma criança cujo desenvolvimento motor ocorre
harmoniosamente estará equipada para uma vida social próspera.
A educação pelo movimento destaca a relação existente entre a motricidade, a mente e a
afetividade e facilita a abordagem global influenciando na formação e na prevenção de
dificuldades educacionais. Para a maioria das crianças que passam por dificuldade de
escolaridade, a causa do problema não está no nível da classe a que chegaram, mas bem antes,
no nível das bases psicomotoras como a conscientização e domínio do corpo,
desenvolvimento do esquema corporal, domínio coordenado dos gestos e movimentos, refino
das discriminações sensório-motoras, estruturações espacial e temporal, dentre outros
componentes. Para De Marco (1995), a essência pedagógica da psicomotricidade, está
centrada na proposição de um repertório diversificado de atividades motoras direcionadas
para o desenvolvimento e aprimoramento dessas estruturas de base.
Tudo isso mostra como a psicomotricidade pesa consideravelmente sobre o rendimento
escolar. Partindo da minha inquietação em saber como o movimento corporal é tratado na
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ação educativa dos professores da educação infantil, por todos os motivos apresentados e por
acreditar na importância da psicomotricidade como elemento básico e pré-requisito que dará
condições mínimas necessárias para uma boa aprendizagem na educação infantil, é que
justifico a realização deste trabalho.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Como referencial teórico, a pesquisa parte de estudos realizados no âmbito da teoria literária,
por autores como, Wallon (1975), Lapierre e Aucouturier (1984), Le Boulch (1986), Stokoe
(1987), Freire (1988), De Meur e Staes (1991), Araújo (1992), Asmann (1994), De Marco
(1995), Sánchez (1995), Siebert (1995), Oliveira (2001) Fonseca (2004), Ferreira (2008).
Todos esses, dentre outros autores, tratam do movimento do corpo, e da importância de seu
desenvolvimento para o ser humano. Para Wallon (1995), o movimento é a única expressão e
o primeiro instrumento do psiquismo. Ele advoga que o desenvolvimento psicológico da
criança é resultado da oposição e substituição de atividades que precedem umas às outras.
Wallon (1995), fala da existência da ação recíproca entre funções mentais e funções motoras
(“habilidade manual”), argumentando que a vida mental não resulta de relações unívocas ou
de determinismos mecânicos. A vida mental está sujeita, sim, mas ao determinismo dialético
de ambas as funções.
2.1 O CORPO NA EDUCAÇÃO
Somente há poucos anos atrás é que o corpo ocupou seu lugar oficial na instituição escolar,
sob a forma de um ensino teóricamente obrigatório de educação física, porém muitas dessas
horas destinadas ao corpo são, em realidade, dedicadas às matérias ditas principais. As faltas
de locais, de espaços, de material, justificam em parte essas posturas, mas também elas têm
outras causas mais profundas e freqüentemente menos conscientes. Concepções que acreditam
que os corpos ficam mais seguros se forem socialmente alinhados atrás de suas respectivas
carteiras, do que se forem movidos por uma agitação impulsiva, um dinamismo que tende a
roubar a autoridade do professor.
Lapierre e Aucouturier (1984), dizem que o corpo ainda continua a ser um instrumento a
serviço de um pensamento refletido e racional, um corpo físico (flexível, forte, resistente, com
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destreza, veloz, eficiente, com desempenho), um corpo orgânico (saúde), mas não se quer,
sobretudo, um corpo que faça “o que quiser”, isto é, um corpo que exprima suas pulsões e
seus fantasmas. Este corpo não tem lugar na escola e muito menos em casa. Ele só se exprime
e cada vez menos, durante as recreações e em áreas indeterminadas. Este domínio do corpo
começa na infância e vai se prolongando até a idade adulta. O domínio do corpo e da
linguagem torna-se símbolos de “boa sociedade”, instrumentos de segregação social, pois
comportamentos que exprimem afetividade ou emoção são considerados como “fraqueza”.
Como dizem Bertherat e Bernsten (1987), quando punimos a atividade física da criança,
entravamos o desenvolvimento de sua inteligência e a estimulamos a reprimir a expressão
natural de suas emoções. Como conseqüência, ensinamos a boicotar suas emoções, fingir
sentimentos e a se tornar um adulto com controle rígido sobre si mesmo.
Anaruma (1994), preconiza que o longo tempo que as crianças ficam sentadas nas salas de
aula é desprazeroso e prejudicial para a aprendizagem. Esta tentativa de reprimir o movimento
do corpo funciona como uma faca de dois gumes, pois pode ao mesmo tempo conseguir a
obediência das crianças, assim como reduz o seu campo de experiência corporal.
Siebert (1995), explica que este tipo de comportamento dicotômico, entre o corpo e a mente, é
devido à educação de uma disciplina severa, configurada na escola medieval, de inspiração
religiosa católica. Nessa época, o corpo violentado, domado através da dor, “era o meio mais
rápido e eficaz para a formação do intelecto. A família e a escola utilizaram a mesma
estratégia para conseguir uma disciplina desejável. De acordo com Foucault (1995), o corpo
passou a ser usado e encarado como a melhor forma de retirar tudo de ruim que o indivíduo
possuísse.
As habilidades necessárias, que a escola preconizava e a maioria ainda preconizam para
desenvolver cognitivamente a criança, foram e são feitas num conjunto de normas e valores
distintos da valorização do movimento corporal. A maioria dos professores submete as
crianças a um estado de imobilidade, sem nenhuma manifestação corporal, durante o
transcurso das aulas. Para Asmann (1994, p. 112), somente o cérebro deve estar em
funcionamento, como se o corpo fosse virtual, não sendo considerado como instância
fundamental e básica para articular conceitos centrais para uma teoria pedagógica.
Freire (1988) manifesta-se da seguinte maneira:
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Às vezes falta visão ao sistema escolar, às vezes faltam escrúpulos. É difícil
explicar a imobilidade a que são submetidas às crianças quando entram na
escola. Mesmo se fosse possível (e não é) que uma pessoa aprende melhor
quando está imóvel e em silêncio, isso não poderia ser imposto, desde o
primeiro dia de aula, de forma súbita e violenta (p.12)
Sendo assim, é urgente reconhecer a educação escolar a partir da corporeidade e motricidade,
pois é a partir da corporeidade que emerge a motricidade. É no tempo histórico e no espaço
social, conquistado no movimento das idéias do jogo de corpos, que se proporciona ao
indivíduo à busca pela autonomia e consciência de cidadania. Portanto, a importância da
corporeidade e da motricidade no processo ensino aprendizagem, não está apenas nas
atividades escolares em um sentido rígido e isolado, mas sim inserida no contexto das
relações sociais ativas, na história e nas condições sociais e políticas do próprio ato
discursivo, determinado no tempo e espaço.
Determinadas habilidades significativas na vida intelectual da criança necessitam ser
utilizadas, mas não com a repetição constante de exercícios mimeografados e mecânicos,
totalmente desprovidos de significação para ela, e sim, por meio de habilidades que despertem
no aluno uma consciência corporal, permitindo a si perceber no mundo, porque “a
inteligência, instrumento do conhecimento, sai da ação e regressa a ela.
A consciência corporal como nos afirma Piaget (1994,
p. 97),
“é algo que se desenvolve
naturalmente na infância, se esta tiver permissão de conhecer seu corpo, o que implica
experimentar os movimentos, utilizá-los com desenvoltura e ter a sensação de domínio deste
corpo”.
Em conseqüência, a educação pelo movimento surge nesse contexto sob forma de concepção
pedagógica trazendo o corpo racionalmente organizado em torno do seu eixo e servindo de
referência a toda organização espaço-temporal que permita explorar o mundo. Uma atividade
motora exploradora e inteligente, organizando sistematicamente o espaço e o tempo e
permitindo a estruturação do espaço gráfico. Sendo assim, escoariam diretamente nas
aplicações pedagógicas evidentes: leitura, escrita, cálculo. Esta concepção deveria levar a uma
reconquista do interesse para a atividade motora na escola, mas uma atividade motora muito
bem estruturada, a partir de parâmetros não mais físicos, porém intelectuais.
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O corpo se tornaria um instrumento de conhecimento e para ser conhecido, afim de melhor
conhecer. Não mais insistindo nos abusos que foram feitos de técnicas, utilizadas de modo
muito sistemático, seco e diretivo e muitas vezes utilizado de forma prematura, pois essas
técnicas não respondem a todas as esperanças que se colocam nelas, principalmente no que
diz respeito à reeducação de crianças disléxicas, disortográficas ou em situação de
inadaptação escolar. Isso só será possível se no contexto da educação escolar houver uma
revisão dos valores. Onde o ato mecânico no trabalho corporal ceda lugar para o ato da
corporeidade consciente da educação motora; a busca frenética de rendimento intelectual ceda
mais lugar para a prática prazerosa e lúdica da educação motora.
Os argumentos que geralmente justificam a educação psicomotora nas escolas colocam em
evidencia seu papel na prevenção das dificuldades escolares. Segundo Le Boulch (1987),
menosprezar a influência de um bom desenvolvimento psicomotor, seria limitar a importância
da educação do corpo e recair numa atitude intelectualista. Atualmente, ao inverso desta
atitude, é de bom tom conferir à educação pelo movimento todas as virtudes no
“desenvolvimento total” da pessoa. A educação pelo movimento deve ser utilizada para que
as crianças adquiram a noção do seu esquema corporal e outras noções indispensáveis do seu
desenvolvimento seguindo as etapas.
De Meur e Staes (1991), diz que cada etapa do desenvolvimento do corpo deve ser abordada e
para isso deve ser feito exercícios motores em que o corpo da criança se desloca e o sujeito
percebe as diferentes noções de maneira interna. Exercícios sensoriomotores, em virtude do
qual a manipulação de objetos possibilite a percepção de diversas noções. E os exercícios
perceptomotores, onde as manipulações são mais sutís e a percepção visual, muito importante
domina as outras partes. Além disso, esses exercícios possibilitam uma análise profunda das
funções intelectuais motoras, tais como a análise perceptiva, a precisão de representação
mental e a determinação de pontos de referência.
O autor acima, ainda salienta que, o professor que analisar os erros de seus alunos, geralmente
descobrirá a causa nas lacunas precipitadas e nas perturbações psicomotoras. Podendo sanálas, baseando sua atuação na medida do possível na manipulação, fazendo regularmente
exercícios psicomotores em diversas atividades tais como a de despir-se, as de ginástica, nas
de matemática, de canto, em habilidades manuais. Isso fará com que os alunos adquiram os
elementos básicos para a formação de sua personalidade a partir da tomada de consciência do
próprio corpo. Reconhecendo-se, a criança pode a partir daí apreender o espaço que a rodeia,
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estruturando assim as noções de espaço e tempo. Além disso, a forma como o sujeito se
expressa com o corpo traduz sua disposição ou indisposição nas relações com as coisas ou
pessoas. Também através deste aspecto psicológico, pode identificar melhor certas
perturbações devidas a fatores afetivos e possibilita melhoria de vida social e afetiva das
crianças a partir do momento que tornam precisos suas noções corporais, com gestos precisos
e adequados.
Do ponto de vista da prática da educação motora, a educação da motricidade significa educar
as habilidades motoras que permitem ao homem expressar-se. Ou seja, para expressar seus
sentimentos, seus pensamentos, o homem precisa escrever chutar, arremessar, entre outras
coisas. Porém, para chutar ou arremessar ele precisa ter habilidade para realizar tais atitudes.
Para De Marco (1995), esta educação pelo movimento, deve dar conta não só da pluralidade
de formas da cultura corporal humana (jogos, danças, esportes, formas de ginástica e lutas),
como também da expressão diferencial de cultura nas suas aulas, vislumbrando uma prática
escolar despida de preconceitos em relação ao comportamento corporal dos alunos,
oferecendo a todos e a cada um o direito de uma verdadeira educação motora. Para ele, a
corporeidade existe e por meio da cultura ela possui significado, constatando-se a relação
corpo-educação, por intermédio da aprendizagem, significa aprendizagem da cultura. Corpo
que se educa é corpo humano que aprende a fazer história fazendo cultura.
Todas as formas de representação simbólica na faixa etária da educação infantil permitem que
a criança comece a colocar sua marca no mundo, demonstrando sua singularidade em
ascensão. Atividades de pintura, modelagem, dramatizações, desenhos, música, dança e outras
permitem expressar sentimentos e emoções ao mesmo tempo em que a fala vai se
desenvolvendo.
O corpo forma parte da maioria das aprendizagens, mas é também um instrumento de
apropriação do conhecimento, e é precisamente, nos anos pré-escolares quando esse corpo se
organiza, se controla, se expressa, se comunica, que constrói seu esquema e se lança ao
conhecimento do mundo.
Independência e coordenação são as conquistas da criança pré – escolar e, paulatinamente, ela
consegue não somente eliminar movimentos desnecessários mas também realizar outros mais
complexos, ao mesmo tempo em que pode automatizar a seqüência dos movimentos, o que
lhe permite assim a execução sem precisar concentrar nessa seqüência sua atenção. Nos anos
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pré-escolares, a criança irá progressivamente estruturar as noções de espaço e tempo; primeiro
na ação e depois na representação deles. Conseguirá aumentar o controle voluntário da
tonicidade muscular, relacionando com a manutenção da atenção e o controle das emoções,
equilíbrio, lateralidade e a representação de si.
Nesse sentido, a experiência social cumpre uma função primordial, oferecendo oportunidades
de interagir, imitar, observar, acariciar e ser acariciado, conhecer os nomes das partes do
corpo, identificar-se em fotos e filmes, brincar na frente do espelho dentre outros. Todas as
conquistas psicomotoras dos anos pré-escolares e, fundamentalmente, os estímulos do
ambiente social permitem o progressivo domínio do gesto gráfico e a evolução do desenho e
da escrita; a criança consegue passar do simples ato motor a representação gráfica de
realidade e da fala.
Essa construção é feita na interação com o meio. Ambientes educacionais ricos e
facilitadores, com possibilidades de diálogos, movimentos e trocas constantes, permitem
melhorar as estratégias cognitivas das crianças que, nessa idade pré-escolar, possuem as
competências necessárias para refletir sobre suas próprias ações e poder controlá-las de forma
eficiente. Pois à medida que a criança se movimenta, mais livremente, é capaz de perceber a si
próprio e as coisas no espaço em relação a si, podendo se orientar nesse espaço e avaliar seus
movimentos, procurando adaptá-los ao espaço vivido.
Essa liberdade é que permite à criança a viver situações exploratórias no meio, as quais
contribuirão para diferentes descobertas, dando origem ao processo de construção da
inteligência. Para que isto aconteça, é interessante que se estimule o desenvolvimento
psicomotor das crianças pela via de jogos e brincadeiras. Atividades estas que as crianças
vivenciam com grande satisfação, já que fazem parte do universo infantil e favorecem a
relação com o real e a fantasia. As crianças inseridas em um contexto escolar primam pela
ação e fazem dela sua maior aliada nas diversas atividades, independentemente de estarem nas
aulas propicias a isso, até por que é algo inerente ao seu desenvolvimento.
A criança age por meio da brincadeira que estará carregada de simbologia. Ela brinca com o
seu corpo, arrasta, rola, atira um objeto, enche e esvazia, se esconde, cai, equilibra, salta,
corre, constrói, destrói, rabisca, desenha, escreve, fantasia. Essas experiências vão
potencializar as crianças diante do mundo, pois servirão de base para o seu psiquismo, assim
como farão com que percebam a importância do seu ser e estar no mundo. Também é
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fundamental que a educação pelo movimento esteja afinada com a escola quanto aos seus
objetivos, sua ação pedagógica e sua forma de entender a criança, sendo parte de sua proposta
curricular, pois é coerente desenvolver um trabalho que prima pela expressividade livre da
criança, pela sua autonomia, pelo respeito pela sua individualidade dentre outros.
O ambiente e o espaço para a criança podem ser estimulantes ou limitadores de aprendizagens
e a inserção de atividades corporais e artísticas na escola poderá desenvolver além de
capacidades motoras, capacidades criativas e imaginativas.
Nesse sentido, as instituições de educação infantil devem favorecer um ambiente físico e
social onde a criança se sinta protegida e acolhida, e ao mesmo tempo seguras para se arriscar
e vencer desafios. Quanto mais rico e desafiador for esse ambiente, mais ele lhes possibilitará
a ampliação de conhecimentos acerca de si mesma, dos outros e do meio em que vivem,
(Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, volume III – Brasília: MEC/SEF,
1998).
Levando-se em consideração a carência de tempos e espaços para as crianças vivenciarem sua
infância devido a inúmeros fatores como, por exemplo, o crescimento dos centros urbanos, o
trabalho infantil e violência das ruas e a importância do movimento no processo de
desenvolvimento e aprendizagem na pequena infância, considera-se a educação psicomotora
como momento privilegiado para a criação e fruição de práticas e manifestações corporais.
Nesse propósito, Araújo (1992), diz que, dada à importância da ação psicomotora sobre a
organização da personalidade da criança, é indispensável um trabalho educativo que venha
promover um melhor desenvolvimento de suas potencialidades. Portanto, torna-se necessário
que os aspectos, tais como esquemas corporais sejam efetivamente trabalhados. Segundo Le
Boulch (1985), o esquema corporal ou imagem do corpo pode ser considerado como uma
intuição de conjunto ou um conhecimento imediato que temos do nosso corpo em posição
estática ou em movimento, na relação de suas diferentes partes entre si e, sobretudo na relação
com o espaço e objetos que nos circundam. Isto significa que o desenvolvimento do esquema
corporal se dá a partir da experiência vivida pelo individuo com base na disponibilidade e
conhecimento que tem de seu próprio corpo e sua relação com o mundo que o cerca.
Stokoe (1987), define a expressão corporal como uma conduta espontânea, uma linguagem
através da qual o ser humano expressa sensações, emoções, sentimentos e pensamentos com
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seu corpo, integrando-o, assim, às suas outras linguagens expressivas como fala desenho e a
escrita.
Para Lapierre e Aucouturier (1984), é evidente que para que a identidade possa aparecer, o
corpo deve ser reunido em uma imagem global. Esta imagem vemos aparecer por volta dos
oito ou nove meses, durante o estágio do espelho, mas é ainda muito imperfeita e deve ser
periodicamente reforçada. São as experiências motoras da criança, principalmente as
experiências “globalizantes nas quais seu corpo está totalmente, que vão permitir-lhe esta
totalidade”. O desenvolvimento da personalidade da criança e de sua inteligência requer a
organização e a estruturação do eu e do mundo a partir da concepção de algumas noções
fundamentais, que são descobertas a partir das vivencias da criança, de suas experiências e
que no começo, aparecem polarizadas como oposições ferrenhas entre dois pólos que
conformam uma unidade: grande-pequeno, aberto-fechado, alegre-triste. Esse mundo de
contrastes, carregado de racionalidade e de afetividade, é o mundo da criança pequena.
2.2 A IMPORTÂNCIA DO MOVIMENTO CORPORAL
Como podemos perceber, o movimento é o meio de expressão fundamental das crianças na
Educação Infantil, isto porque o espaço entre a emoção e ação é menor quanto mais jovem for
à criança. Considerar todas as dimensões do movimento nos permite uma visão mais ampla
para a preparação de atividades, projetos e conteúdos que melhor contemplem o movimento
dentro das escolas de educação infantil. O RCNEI (1998), fala que o movimento é uma
importante dimensão do desenvolvimento e da cultura humana. Sabemos que as crianças se
movimentam desde que nascem adquirindo cada vez maior controle sobre seu próprio corpo e
se apropriando cada vez mais das possibilidades de interação com o mundo. Engatinham,
caminham, manuseiam objetos, correm, saltam, brincam sozinhas; ou em grupo, com objetos
ou brinquedos, experimentando sempre novas maneiras de utilizar seu corpo e seu
movimento.
Ao movimentarem-se, as crianças expressam sentimentos, emoções e pensamentos,
ampliando as possibilidades do uso significativo de gestos e posturas corporais. O movimento
humano, portanto, é mais do que simples deslocamento do corpo no espaço: constitui-se em
uma linguagem que permite às crianças agirem sobre o meio físico e atuarem sobre o
ambiente humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo. O movimento
20
para a criança pequena significa muito mais do que mexer partes do corpo ou deslocar-se no
espaço. A criança se expressa e se comunica por meio dos gestos e das mímicas faciais e
interage utilizando fortemente o apoio do corpo.
A dimensão corporal integra-se ao conjunto da atividade da criança. O ato motor faz-se
presente em suas funções expressiva, instrumental ou de sustentação às posturas e aos gestos.
De acordo com Wallon (1975), o movimento antes de estabelecer relação com o meio físico
primeiro atua sobre o meio humano, atingindo as pessoas através de seu teor expressivo. Para
ele, o movimento tem um papel maior do que uma mera relação com o mundo físico. Para ele,
o movimento é fundamental para o desenvolvimento da cognição e da afetividade desde o
nascimento. O movimento tem como função primeira ajudar a desenvolver a afetividade nas
crianças. E somente após o desenvolvimento da práxis é que a criança começa a realizar uma
relação com o mundo físico por meio do movimento e conseqüentemente desenvolve sua
dimensão cognitiva.
O cuidado e a educação são princípios indissociáveis e norteadores das práticas pedagógicas
nas instituições de educação infantil, conforme estabelecia a política nacional de educação
infantil divulgada pelo MEC em 1994, bastante difundida e apropriada. Assim, o cuidado do
corpo de crianças pequenas faz parte da necessidade que todas elas têm de serem educadas em
suas especificidades. É através do movimento corporal que meninos e meninas se expressam,
estudam, aprendem e se comunicam. E nesse contexto, os ambientes e espaços, no âmbito
educacional, interferem no disciplinamento das crianças e no controle dos movimentos
corporais. Percebe-se a dificuldade de alguns educadores e educadoras em trabalhar com
corpos em movimento e isso acaba por interferir na organização dos espaços e ambientes, que
passam a ser aliados no controle desses corpos. O ambiente e o espaço nunca são neutros, mas
sim socialmente construídos e refletem normas sociais e representações culturais.
Segundo o RCNEI (1998, vol. 3, p.47)
As maneiras de andar, correr, arremessar e saltar resultam das interações
sociais e da relação dos homens com o meio; são movimentos cujos
significados têm sido construídos em função das diferentes necessidades,
interesses e possibilidades corporais humanas presentes nas diferentes
culturas em diversas épocas da história.
Esses movimentos incorporam-se aos comportamentos dos homens, constituindo-se assim
numa cultura corporal. Dessa forma, diferentes manifestações dessa linguagem foram
21
surgindo, como a dança, o jogo, as brincadeiras, as práticas esportivas etc. nas quais se faz uso
de diferentes gestos, posturas e expressões corporais com intencionalidade.
Para De Marco (1995), o movimento humano constitui-se em objeto de estudo de diferentes
disciplinas ou ciências. A medicina visa preservar e restituir o movimento sadio do homem. A
psicologia objetiva estudar os processos psíquicos superiores, portanto, o movimento em
relação às realidades individuais e aos padrões predeterminados pelas diferentes sociedades.
Podemos classificar o movimento em três grandes grupos: movimento voluntário é aquele que
depende da nossa vontade como andar. Há em primeiro lugar uma representação mental e
global do movimento, uma intenção, um desejo, necessidade e finalidade em desenvolver este
movimento. O ato voluntário é sempre aprendido e constituído por diversas ações encadeadas.
O movimento reflexo é independente de nossa vontade e normalmente só depois de executado
é que tomamos conhecimento dele. Ele é uma reação orgânica sucedendo-se de uma excitação
sensorial. São inatos, independentes da aprendizagem e determinados pela bagagem biológica,
são hereditários. Existem também os adquiridos, que são reflexos adquiridos ou
condicionados. O movimento automático depende normalmente
do processo de
aprendizagem, das experiências próprias de cada um. A aquisição de automatismo é
importante por que propicia formas de adaptação ao meio em que vivemos.
Para uma pessoa agir no meio ambiente é necessário que possua uma organização motora e
um desejo de realizar o movimento. O movimento é a primeira característica típica que
distingue a psicomotricidade de todas as outras disciplinas na escola. A educação psicomotora
somente é viável com o movimento e mediante ele, aproveita a necessidade natural da criança
em realizar gestos e movimentos que a conduzirão ao rendimento para converter-se em
expressão viva de sua personalidade.
O movimento humano é um meio educativo de ação positiva em relação às dificuldades da
função psicomotora. Auxilia a formação do caráter e o desenvolvimento da capacidade de
resolução das tarefas da vida cotidiana. Desta forma, o movimento é um dos mais importantes
aspectos no desenvolvimento da personalidade. É um meio educativo de uma ação positiva
diante de todas as dificuldades da ação psicomotora. O ato motor não é um processo isolado,
mas sim é traduzido em reações fisiológicas; em comportamento exterior: palavras,
movimentos; respostas mentais afetivas cognitivas; produtos da conduta: olhar, desempenho.
O movimento não é, portanto, mais do que um aspecto da conduta, que não pode estar
dissociado de seus outros aspectos.
22
A educação motora é o ramo pedagógico da ciência motora que se preocupa em educar aquilo
que se faz mover, educar a motricidade, educar a corporeidade, educar em última análise, o
próprio homem. Uma conscientização corporal na estrutura do fenômeno humano. De Marco
(1995), fala que a educação pelo movimento que vem sendo discutida atualmente, como já
fora citado, não tem como único objetivo o desenvolvimento das habilidades e capacidades
físicas, ela tem como foco enquanto componente curricular educar a criança para a vida,
desenvolvendo habilidades necessárias para a inserção desta criança nos diferentes ambientes
da sociedade. Ainda que os objetivos educacionais apresentados no Referencial Curricular
Nacional para Educação Infantil privilegiem a ampliação das possibilidades expressivas do
próprio movimento utilizando gestos diversos e o ritmo corporal nas suas brincadeiras,
danças, jogos e demais situações de interação, além da exploração de diferentes qualidades e
dinâmicas do movimento, como força, velocidade, resistência e flexibilidade, ainda assim
buscam o desenvolvimento de habilidades e capacidades físicas.
Não basta uma visão de apenas movimentar-se, tem que ir mais além do desenvolvimento das
capacidades físicas. Conforme já abordamos anteriormente, Segundo Le Boulch (1986), toda
a educação pressupõe tomar decisões quanto à finalidade da ação educativa. O objetivo é
favorecer o desenvolvimento de um homem capaz de atuar num mundo em constante
transformação por meio de um melhor conhecimento e aceitação de si mesmo, um melhor
ajuste de sua conduta e uma verdadeira autonomia e acesso às suas responsabilidades no
marco de sua ação social, possibilitando através de sua ação sobre atitudes e movimentos
corporais. A educação pelo movimento não ocorre isoladamente, mas no homem como um
todo, onde este movimento dentro de um contexto seja ele jogo, trabalho, expressão, adquire
significado.
A educação pelo movimento tem um cunho interdisciplinar, e sua importância para o
desenvolvimento e a aprendizagem global da criança reveste-a de uma precondição essencial
para a pré-escola. É quase um pré-requisito básico para a construção de todas as outras formas
de conhecimento, um instrumento de prevenção dos distúrbios de aprendizagem e um projeto
de estimulação, tanto para os descapacitados (o que seriam hoje chamados de sujeitos com
necessidades especiais) quanto para todos aqueles que freqüentam a escolaridade regular.
Ferreira (2008). Sendo assim a educação psicomotora surge visando formar, desde a infância,
o desenvolvimento da capacidade, rendimento de forma eficiente e adequada aos diferentes
níveis de habilidade e mobilidade.
23
Segundo De Marco (1995), a educação motora é a educação dos sentidos. Pois assim como o
cérebro pode ser educado, a visão, audição, tato e paladar também podem tanto quanto o
pensamento. Para ele pode-se educar a visão, colorindo mais as escolas, pois quem vê mais
cores, aprende melhor a apreciá-las. Na opinião dele, as escolas podem variar nas formas,
tamanhos, tipos de objetos, podem desafiar a curiosidade para o ver. Também podem ser
sonorizadas para desenvolver a audição. O tato deve ser desenvolvido com as experiências
que estimulem o aprender a tocar e ser tocado assim como aprender nas cozinhas das escolas
a degustar e cheirar, educando o paladar e olfato. Para ele aprender a ver, ouvir, cheirar, tocar
e saborear. Tratam de um trabalho psicomotor, é fazer educação motora, pois tudo isso faz
parte do corpo, está no corpo. Os sentidos são corpo, são sentir, representar e expressar.
Assim considerando, é fundamental que as atividades que envolvem o corpo realizado pelas
crianças no pátio das escolas sejam consideradas, pelos professores, como preparação para
uma aprendizagem posterior, visto que elas proporcionam à criança, aquisições e noções;
sobre si mesma, de tempo, de espaço, de lateralidade, de coordenação e, concomitantemente,
um desafio para o seu crescimento, pela possibilidade de errar, de tentar e de arriscar para
progredir e evoluir.
De acordo com Sánchez e Lozano (1996), atualmente encontramos na educação infantil,
muitos alunos com bloqueios no âmbito cognitivo. A afetividade e o desenvolvimento
psicomotor, portanto para essas crianças, deve ser entendida como um processo de ajuda que
acompanha a criança em seu próprio percurso maturativo. Para Sánchez (1995), podemos
acompanhar atender a criança na etapa da educação para que seja agente ativo na aquisição do
conhecimento de si mesma e para que alcance com prazer à conquista de sua própria
autonomia. Para isso, deve-se criar um ambiente educativo que permita a criança tomar
consciência de que existe, a partir de suas próprias sensações, percepções, e experiências.
Dado o alcance que a questão motora assume na atividade da criança, é muito importante que,
ao lado das situações planejadas especialmente para trabalhar o movimento em suas várias
dimensões, a instituição reflita sobre o espaço dado ao movimento em todos os momentos da
rotina diária, incorporando os diferentes significados que lhe são atribuídos pelos familiares e
pela comunidade.
Nesse sentido, é importante que o trabalho incorpore a expressividade e a mobilidade próprias
às crianças. Assim, um grupo disciplinado não é aquele em que todos se mantêm quietos e
calados, mas sim um grupo em que os vários elementos se encontram envolvidos e
24
mobilizados pelas atividades propostas. Os deslocamentos, as conversas e as brincadeiras
resultantes desse envolvimento não podem ser entendidos como dispersão ou desordem, e sim
como uma manifestação natural das crianças. Compreender o caráter lúdico expressivo das
manifestações da motricidade infantil poderá ajudar o professor a organizar melhor a sua
prática, levando em conta as necessidades das crianças.
Segundo Ferreira (2008), a educação pelo movimento tem por objetivo permitir a criança
viver em harmonia com seu corpo, com os outros e com o ambiente envolvente. Tem como
objetivos concretos favorecer o desenvolvimento dos gestos e movimentos e a capacidade de
percepção; visa desenvolver o equilíbrio e aprimorar a percepção do corpo permitindo que a
criança adquira o sentimento de segurança, favorecendo e melhorando a psicomotricidade
global e fina, sobretudo a grafomotricidade por meio de manipulações. Pretende revelar e
reforçar o predomínio manual e estimular a confiança em si, além disso, visa atenuar os
bloqueios que interferem na aprendizagem escolar e sensibilizar a ambiente envolvente
família, escola, em face das dificuldades da criança. A ação educativa em seu dialogo corporal
deve permitir e estimular crianças a desenvolverem a capacidade e o potencial expressivo: o
espontâneo, essencialmente tônico – gestual, o corporal, o gráfico (e pictórico) e o verbal. Por
meio das expressões gráficas, verbais e corporais, a criança pode estabelecer um diálogo
consigo mesma, com os outros e com o mundo e assim contribuir para seu desenvolvimento e
interação social.
A educação pelo movimento na escola auxilia o professor e o aluno na construção de valores
necessários a conquistas cotidianas, pautando seu trabalho na transformação social,
canalizando ações, efetivando os seus sonhos e seus direitos.
25
3. METODOLOGIA
A pesquisa foi do tipo descritivo de caráter qualitativo. Dela fez parte, a princípio, a revisão
genérica de literatura, tratando do tema da pesquisa. Em seguida, procedemos à obtenção de
dados descritivos mediante contato direto e interpretativo com a situação que estudei, situando
desta forma minha interpretação. Segundo Cervo e Berviam (2002) a pesquisa descritiva
observa, registra, analisa e correlaciona fatos e fenômenos sem manipulá-los, trabalhando
com dados e fatos colhidos da realidade.
3.1 CARACTERIZAÇÃO DAS ESCOLAS
Esta pesquisa foi realizada em duas escolas de educação infantil. Escola S situada em um
bairro de classe média. Escola de médio porte, pertencente à rede particular de ensino. Escola
C, localizada em um bairro periférico de comunidade carente, pertencente à rede pública de
ensino, ambas situadas na cidade de Salvador.
3.2 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS
Os sujeitos desta pesquisa foram profissionais pertencentes ao corpo pedagógico das
instituições pesquisadas, indicadas por P1, P2, P3. A docente P1 tem como formação o
magistério e graduação em turismo. Já atuando em sala de aula há seis anos. P2 tem o
magistério e atua a quatorze anos em sala de aula. P3 é graduada em pedagogia e pósgraduada em educação infantil, atuando há sete anos. Contamos ainda com a participação de
50 alunos de educação infantil.
3.3 DESCRIÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
3.3.1 Escola S. Grupo 2 e 3
26
Na primeira sala observada havia crianças dos grupos 2 e 3. Num total de 10 crianças, três
crianças com dois anos de idade e sete crianças com três anos. Sendo três meninos e sete
meninas. Além das crianças, a sala conta com uma professora e uma auxiliar de classe. Nesta
sala, as crianças são separadas por idades, sentando em mesas distintas. O espaço desta sala é
bem pequeno. Pouco espaço para locomoção, muito menos para recreação que no caso das
crianças desta sala é feita neste espaço mesmo. Nesta sala contém um grande armário, três
mesas para os alunos, cada uma com quatro cadeiras adaptadas ao tamanho das crianças e um
filtro que é compartilhado com os alunos da sala ao lado. Contém um quadro pequeno, não há
mesa nem cadeira apropriadas para a professora nem para a auxiliar de classe. Nesta sala
encontram-se ainda em seu espaço dois brinquedos de recreação (um escorrega e um balanço)
ambos pequenos. Estes brinquedos são utilizados no recreio pelos grupos 2, 3, 4, e 5.
3.3.2 Escola S. Grupo 4 e 5
Na segunda sala observada havia crianças dos grupos 4 e 5, num total de 20 crianças, oito
crianças com quatro anos e 12 crianças de cinco anos. Sendo dez meninos e dez meninas.
Tendo a frente da sala uma professora e uma auxiliar. A sala é de um vão dividido por uma
cortina formando duas salas. Nesta além das cinco mesas com quatro cadeiras cada, todas
adaptadas ao tamanho das crianças, tem um armário grande e um quadro branco pequeno. Na
mesma situação da sala ao lado, não há mesa nem cadeira adequada para a professora e a
auxiliar de classe, tendo estas que usufruir das mesas e cadeiras das crianças. Nesta sala o
espaço é bem apertado, sobrando apenas um estreito corredor para locomoção, onde os
tropeços são inevitáveis.
Na escola S, existem dois pátios, um menor que dá acesso aos banheiros da escola e ao
bebedouro. Nele fica um escorrega grande, um balanço grande e um gira-gira. Através deste
pátio pode-se chegar ao segundo pátio que é bem maior que o anterior. Neste o espaço é
vazio.
3.3.3 Escola C. Grupo 5
Na terceira sala foi do grupo 5, ou seja, crianças com cinco anos de idade. O total foi de 20
crianças constando na lista de presença. Porém, no decorrer da pesquisa, não houve nenhum
dia em que todos os vinte alunos compareceram, sempre comparecendo um número abaixo do
27
total da lista de alunos. Dentre eles onze meninos e nove meninas. Esta sala conta apenas com
uma professora sem auxiliar de classe.
Na escola C, a sala observada é bastante ampla. Nela constam dois armários grandes, uma pia
de cozinha, um computador, um pequeno suporte de livros e cadernos, uma mesa de canto,
seis mesas, cada uma com quarto cadeiras, todas adaptadas ao tamanho das crianças, e o
quadro. Um dos armários é para guardar material da professora, num outro ficam diversos
brinquedos. Além do armário de brinquedos, existem dois cantos da sala denominados
“cantinho dos brinquedos”. Existe também um local na sala onde ficam apenas os livros e
revistas infantis. Esta é uma sala muita bem ventilada e arejada. Porém com bastante
mobiliário tomando espaço.
Na escola C, existe um pátio coberto bastante espaçoso denominado de parque, onde constam
um escorrega grande e uma casinha de material plástico. É neste espaço que as crianças fazem
sua recreação, geralmente livre. Na escola C, na sala observada, as crianças só têm parque nas
segundas e quartas-feiras. Todas as atividades observadas no parque foram livres. Existem
dois computadores para as quatro salas, que devem ser usados segundo o planejamento em
dois dias da semana alternados, mas isso geralmente não acontece, pois são muitas crianças
para um computador só. A professora então deixa este espaço de tempo para as crianças
brincarem.
3.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Conforme a classificação de Lakatos (1988), a observação sistemática, também chamada de
observação estruturada, planejada ou controlada, tem como característica básica o
planejamento prévio e a utilização de anotações, de controle de tempo e da periodicidade,
recorrendo também quando possível ao uso de recursos técnicos, mecânicos e eletrônicos.
Sendo assim optei pela observação sistemática e não-participante na minha pesquisa de
campo, pois optei deliberadamente por me manter na posição de observador e de expectador,
evitando envolver-me com o objeto de observação. Utilizuo-se ainda como instrumento de
coleta de dados a entrevista semi-estruturada. Para isso planejei a mesma cuidadosamente
delineando o objeto a ser alcançado.
3.5 PROCEDIMENTOS
28
As etapas que percorri para realização do meu estudo de campo foram as seguintes: a
princípio fiz a formulação do projeto de pesquisa especificando os objetivos que deveriam ser
alcançados, a seleção dos participantes e a melhor estratégia para coletar os dados de que
precisava, procurando nesta pesquisa de campo reconhecer os elementos que tinham
significado para entendimento do comportamento dos participantes.
Em seguida, procurei as instituições para apresentar minha proposta de pesquisa e conseguir
junto a elas, espaço para tal realização. Após aceitação por parte das instituições de ensino,
passamos a observar o cotidiano das salas de aula durante o mês de julho de 2009.
Ao entrar em contato com a Escola S para solicitar a autorização para realizar a pesquisa de
campo, informei que meu objeto de estudo eram crianças com idades de cinco anos. Fui
liberada a fazer a pesquisa desde que na primeira semana ficasse em uma sala com crianças de
dois a três anos, pois por problemas internos só seria possível observar o grupo cinco a partir
da segunda semana. Desta forma aceitei, começando pelo grupo 2 e 3. Onde observei apenas
por uma semana. Passando a observar o grupo 4 e 5 nas semanas que se seguiram.
Enquanto se desenrolavam as observações, foram elaboradas e aplicadas as entrevistas com as
professoras. Estas foram informadas previamente da necessidade de se aplicar as entrevistas.
As entrevistas foram realizadas nas salas de aula. Com a primeira professora foi realizada no
intervalo da aula, em que a mesma teve disponibilidade. A segunda entrevistada aproveitou o
momento da aula de dança em que as crianças ficaram com outra professora no pátio, para
responder a entrevista. A terceira entrevistada concedeu um momento em que as crianças se
encontravam no pátio para a recreação livre. Optei em aplicar a entrevista após as primeiras
semanas de observação para poder obter algum conhecimento prévio acerca do meu
entrevistado.
29
4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste trabalho, conforme mencionamos no capitulo anterior, utilizamos dois instrumentos de
coleta de dados: as observações nas salas de aula da educação infantil e as entrevistas.
Inicialmente iremos apresentar e discutir sobre os dados coletados através das entrevistas com
as professoras das salas observadas. Em seguida, iremos apresentar e discutir sobre os dados
obtidos através das observações. Desta forma, na próxima seção serão apresentadas as
entrevistas com o corpo pedagógico das instituições pesquisadas e serão realizadas as devidas
discussões. Segue abaixo, as perguntas das entrevistas e suas respectivas respostas. As
professoras estão identificadas de P1 a P3.
Quadro 1
Q
U
E
S
T
Õ
E
S
Os professores são
O que você entende
Teve algum curso,
orientados a
por movimento atualização, formação ou
trabalhar o
estudo sobre a temática:
corporal?
movimento? Como?
movimento
corporal?Como?Quando
?
É a realização dos Não tive nada a respeito
movimentos de cada
parte do nosso corpo.
Sim, nas dinâmicas
com as crianças.
Como o
movimento se
encaixa na grade
curricular?
Não sei.
P1
P2
É uma forma muito Nunca fiz nada sobre o Somos orientadas a
assunto. O que sei sobre trabalhar usando mais
importante de
os espaços externos,
desenvolver o corpo foi o que li em revista.
mais atividades
externas
Não sei lhe dizer
por que a gente
recebe as
orientações da
secretaria do que
deve ser feito em
sala de aula.
30
P3
Uma forma essencial Esta temática fez parte do Somos orientadas pela Encaixa-se na área
de expressão,
currículo do meu curso de coordenadoria a fazer
de movimento
comunicação, e
pós-graduação em
atividades envolvendo corporal que temos
representa uma
que trabalhar
movimento
educação infantil
forma de
desenvolver o corpo.
Na primeira questão, todas as professoras demonstram ter entendimento sobre a temática, e
atribuem importância ao tema na questão seguinte. Até mesmo P1 que diz na terceira questão
nunca ter feito curso, formação ou atualização ligada ao tema movimento corporal. As
demais, dizem ter adquirido conhecimento sobre o tema. P2 através da leitura de revistas e P3
através do seu curso de pós-graduação, sendo P3 supostamente a que mais se aproxima do
conhecimento acadêmico sobre movimento corporal.
Na questão quatro, apenas P3 soube informar como o movimento se encaixa na grade
curricular da escola. P1 e P2 não souberam responder. Mesmo não tendo a informação de
como o movimento corporal se encaixa na grade curricular da escola, todas afirmam serem
orientadas e que trabalham o movimento corporal, com as crianças.
Quadro 2
Que
Q
importância
U
E você atribui ao
movimento
S
corporal de
T
seus alunos?
Õ
E
S
É de suma
importância por
que a gente pode
ver o
P1
desempenho da
criança na sua
faixa etária
É muito
importante para
o
desenvolvimento
de qualquer
criança.
P2
Você trabalha
atividades
direcionadas ao
desenvolvimento
do movimento
corporal dos
alunos?
Quais atividades
você utiliza para
trabalhar o
movimento
corporal das
crianças?
Sim, no dia-a-dia. Trabalho muito
Sempre trabalho usando o bambolê,
algo do corpo com higiene do corpo,
trabalho muito
os meninos em
imitando os
algum momento
animais, na
da aula
escorregadeira, etc.
Sim, eu trabalho Eu faço atividades
durante as aulas com bola, bambolê,
peteca, jogos de
encaixe, massas de
modelar. Faço
atividades no
parque sempre que
posso. No pátio
também faço
atividades, às vezes
livre às vezes
direcionadas.
Existem
momentos
direcionados
para só
trabalhar o
corpo?
Quanto
tempo você
dedica para
atividades
envolvendo
movimento
corporal?
No dia – a - dia Sim, existe
mesmo, entre um conteúdo
uma atividade e denominado
corpo
outra eu sempre
humano
faço
-Em torno
de 20 a 30
minutos em
dias
alternados.
Em que
momento você
trabalha o
corpo das
crianças?
Eu alterno os
Na verdade Em torno de
dias da semana
só pra
20 a 30
pra trabalhar no trabalhar o
minutos
pátio com eles. corpo não. O
Geralmente é um que é feito é
usar das
dia sim, um dia
atividades
não
com
movimento
para trabalhar
os assuntos.
31
Acho importante
por que a criança
utiliza o corpo
pra demonstrar o
que sente.
Nos dias que
Uso jogos,
Eu trabalho com
uma atividade que brincadeiras, dança
estão no
planejamento.
música, rodas.
tenha movimento
Geralmente duas
nos dias que estão
no planejamento
vezes na semana
P3
Sim, quando
trabalhamos
atividades
que envolvem
movimento,
competições,
dinâmicas e
alguns jogos
no parque
Quando é
direcionada
geralmente
dura uns 20
minutos e
quando não
é
direcionada
não tem
tempo
estipulado.
No segundo quadro de entrevistas, P1 diz trabalhar algo do corpo no dia-a-dia, e utiliza-se de
exercícios sensório-motores, com o uso do bambolê, higiene do corpo e imitação dos animais.
Além disso, existe um momento direcionado para só trabalhar o conteúdo corpo humano,
geralmente, durando as atividades em torno de vinte a trinta minutos, em dias alternados.
P2 diz trabalhar o movimento corporal durante suas aulas, com atividades livres e
direcionadas, utilizando objetos e exercícios sensório-mototores, jogos e atividades
envolvendo representação simbólica. Porém, em dias alternados e não apenas para
desenvolver o corpo, mas sim com a intenção de trabalhar outros assuntos. Dedicando cerca
de vinte a trinta minutos para tal.
Já P3, diz trabalhar o movimento corporal nos dias que estão no planejamento através de
exercícios sensório-motor e jogos. Utilizando vinte minutos para as atividades direcionadas.
Conforme podemos perceber, na fala das professoras nota-se que elas possuem uma
concepção de atividade motora que parte de parâmetros mais voltados ao desenvolvimento
físico do corpo que intelectual. Essa constatação nos permite pensar que essas professoras
agem como se a parte motora estivesse dissociada da intelectual, a partir do momento que
dizem trabalhar o movimento em um momento determinado, e não no decorrer de suas
práticas em sala. Sendo assim, Lapierre e Aucouturier (1984) dizem que o corpo ainda
continua a ser um instrumento a serviço de um pensamento refletido e racional, um corpo
físico (flexível, forte, resistente, com destreza, veloz, eficiente, com performance), um corpo
orgânico (saúde), mas não se quer sobretudo um corpo que faça “o que quiser”, isto é, um
corpo que exprima suas pulsões e seus fantasmas. Este corpo não tem lugar na escola e muito
menos em casa. Ele só se exprime, e, cada vez menos, durante as recreações e em áreas
indeterminadas.
No quadro 3 a seguir, P1 diz trabalhar com o movimento no cotidiano de suas aulas com as
coreografias das cantigas. Diz fazer atividades com o movimento corporal com o objetivo de
observar como os alunos estão se desenvolvendo, e afirma que todos eles adoram quando tais
atividades acontecem.
32
P2 diz que o movimento corporal está inserido no cotidiano de sua prática apenas em algumas
atividades que ela faz no pátio, porém com o objetivo principal de trabalhar os assuntos que
precisa aplicar. Segundo ela, seus alunos movimentam-se muito bem, no geral.
P3 diz que o movimento corporal está inserido no cotidiano de suas aulas nas gincanas, jogos,
e brincadeiras livres. O objetivo de realizá-las é o de ajudar na saúde física de seus alunos. Ela
afirma que seus alunos movimentam-se muito, confessando a dificuldade de mantê-los
sentados na rodinha.
Desta forma, como foi dito por todas as docentes, o movimento corporal está presente em suas
práticas em sala de aula, porém em momentos e atividades determinadas, e não inserido em
todos os momentos e variações de atividades em que pode ser estimulado o movimento
corporal, como propõe De Marco (1995). Segundo esse autor, a educação pelo movimento,
deve dar conta não só da pluralidade de formas da cultura corporal humana (jogos, danças,
esportes, formas de ginástica e lutas), como também da expressão diferencial de cultura nas
suas aulas, vislumbrando uma prática escolar despida de preconceitos em relação ao
comportamento corporal dos alunos, oferecendo a todos e a cada um o direito de uma
verdadeira educação motora.
Quadro 3
Como é trabalhado o
Q
Quais objetivos na realização Em sua opinião como as crianças
se comportam corporalmente no
movimento corporal no
U
dessas atividades?Com qual
decorrer das aulas? MovimentamE cotidiano da sala de aula?
finalidade?
se muito?Pouco?
S
T
Õ
E
S
Quando eu faço atividade com
Na coreografia das
Bom, eu faço com o objetivo de
movimento elas adoram, se
cantigas.
observar como os alunos tão se
movimentam
bastante, até demais.
desenvolvendo.
P1
Durante algumas atividades Eu faço com o objetivo de No geral eu acho que se movimentam
que eu faço no pátio, e no trabalhar os assuntos que eu muito bem, mas sempre tem aqueles
casos de alunos tem alguma
preciso aplicar. Por exemplo: eu
parque.
dificuldade.
uso as cantigas pra trabalhar a
P2
linguagem.
.
P3
Gincanas, jogos e
brincadeiras livres
Bom! Elas ajudam na saúde
física.
Movimentam-se muito. Eu quase não
consigo manté-las na rodinha. São
muito pintonas
33
No quarto quadro, todas as professoras afirmam não achar o espaço da sala de aula adequado.
No entanto, usam o mesmo diariamente. Também concordam que o espaço do pátio é
adequado. P1 e P2 dizem usar o pátio nas recreações, atividades interdisciplinares e aulas de
dança. Já P3 diz usar o espaço do pátio duas vezes na semana. Para P3 a melhoria do espaço
deveria ser feita na área que circunda a escola. As demais professoras acham que deveria
ocorrer uma melhoria na sala de aula onde atuam.
Podemos perceber nas respostas, que há um consenso nas limitações do espaço da sala de
aula, assim como há um consenso também por parte das entrevistadas no momento que todas
concordam que o espaço do pátio (externo) é um espaço adequado. Mesmo achando o espaço
externo adequado, seu uso é restrito a algumas atividades, sendo utilizado pelas docentes com
uma freqüência inferior ao uso da sala de aula ao qual as professoras atribuíram inadequações
para o movimento corporal das crianças.
Nesse sentido, as instituições de educação infantil devem favorecer um ambiente físico e
social onde a criança se sinta protegida e acolhida, e ao mesmo tempo seguras para se arriscar
e vencer desafios. Quanto mais rico e desafiador for esse ambiente, mais ele lhes possibilitará
a ampliação de conhecimentos acerca de si mesma, dos outros e do meio em que vivem,
(Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, volume III – Brasília: MEC/SEF,
1998).
Quadro 4
Q
U
E
S
T
Õ
E
S
P1
Você acha que este espaço da Esses espaços são usados com
Acha que precisa
freqüência?
sala é bom (adequado) para a
melhorar o espaço para
Em que ocasião?Em sua
movimentação corporal das
movimentação das
crianças?E os demais espaços da opinião o espaço é suficiente?
crianças?
escola?
Não, o da sala não, por que como Bom, a sala eu uso todo dia. O
você pode ver ela é dividida com pátio uso sempre que eu posso,
em alguns dias da semana
outra turma, ainda tem esses
brinquedos (escorrega e balanço), quando eu vou fazer atividade
que ficam do meu lado da sala ou como você mesmo pode ver
em datas comemorativas.
tomando espaço. Mas lá no pátio
acho legal.
Como eu já disse só o da
sala mesmo.
34
Não. A sala é muito apertada, são Os espaços externos são usados Seria muito bom se a minha
muitas crianças pra pouco espaço. nas recreações, quando tem sala fosse maior.
aulas de dança e nas atividades
O pátio é bem grande, acho
interdisciplinares. E a sala uso
adequado.
P2
diariamente. Acho os espaços
externos bom, mas a sala não.
P3
Não, apesar de ser uma sala bem
ampla, acho que o mobiliário
interfere muito. Já o pátio acha
bom.
O parque é usado duas vezes na Sim, acho que poderia ter
semana nos dias de recreação: um espaço fora da escola
para elas brincarem
segundas e quartas-feiras.
Sim, eu acho o espaço
suficiente.
No quinto quadro que segue, P1 afirma não trabalhar com jogos e nenhum esporte.
Trabalhando apenas com recreação, dança música e encenação. P1 considera que seus alunos
movimentam-se bem no cotidiano.
Assim como a primeira professora, P2 não trabalha nenhum esporte com suas crianças,
trabalhando com dança, encenações. Diferentemente da primeira professora, ela trabalha com
jogos em sua sala. P2 considera que seus alunos movimentam-se bem.
P3 considera que seus alunos movimentam-se muito. E diz trabalhar com eles música, dança
encenações e jogos, não trabalhando com nenhum esporte.
P1 afirma que a participação de seus alunos nas brincadeiras é boa, assim como a relação que
eles têm entre si e o repertório de vocabulário dos mesmos. Porém, segundo ela, existe o caso
de um aluno com vários tipos de dificuldades, inclusive de vocabulário e de relacionamento
com os demais.
Segundo P2, seus alunos se envolvem mais em atividades envolvendo movimento. Quanto à
relação entre si, na opinião dela, são muito egocêntricos ainda. Para ela, eles possuem um
bom repertório no vocabulário, mas no fator concentração, enfrenta dois casos com esse
problema.
P3 diz que seus alunos interagem muito bem nas brincadeiras, deixando escapar a informação
de que as crianças têm o correr como brincadeira preferida. Para ela, os alunos possuem um
bom repertório no vocabulário, bem como a relação entre si. Porém, quando o fator é
dificuldade escolar, diz ter quatro casos de dificuldade na atenção.
35
Quadro 5
Q Trabalha com dança e
musica?Em que
U
momento?
E
S
T
Õ
E
S
Trabalha com
encenações
teatrais?Em que
momento?
Algum esporte é
trabalhado com as
crianças?
Sim existe um dia na
Sim, uma vez a cada - olhe só, na idade deles a
semana que tem a aula
semestre a gente
gente, pelo menos aqui só
de dança.
prepara com os alunos
trabalhamos com a
P1
uma encenação
recreação e a dança.
Trabalhamos com dança Sim, sempre com temas
toda quarta-feira quando
envolvendo datas
a professora vem.
comemorativas como:
dia dos pais, das mães,
P2
das crianças. Mas só
quando dá.
Sim, nas cantigas no
inicio das aulas, no
P3 acolhimento e algumas
brincadeiras.
Sim, em alguns
projetos. Geralmente
uma vez no ano.
Fonte: registro dos dados da entrevista.
Participantes: professoras P1, P2, P3.
-Não
Não.
Trabalha com jogos? Que
tipo de jogos?
Não por que eles são muito
pequenos.
Sim. Trabalhamos com o
boliche, jogos de encaixe,
blocos de madeira para montar
e quebra-cabeças e jogos
motores com o uso do
minhocão.
Jogos educativos e de
recreação que ficam
disponíveis no ambiente da
sala para que eles usem a
vontade
36
No quadro 6, para P1, a maioria de seus alunos possui facilidade em expressar-se com gestos
e palavras, expressando-se de maneira confusa somente às vezes. Segundo ela em sua sala,
existem dois casos de inibição no falar.
P2 e P3 afirmam que seus alunos possuem facilidade em expressar-se com gestos e palavras.
Ambas dizem ter um aluno que se expressa de maneira confusa e três com inibição ao falar.
Quadro 6
Q
U
E
S
T
Õ
E
S
Como se
Tem algum caso de
Como se dá à
Possuem Se expressa Algum
aluno
comportam
participação do dificuldade escolar na facilidade de de maneira
entre si em sala grupo em relação às sala? Quais?Quantos? se expressar confusa? apresenta
muita
de aula?Quais brincadeiras?Quais
com gestos e
ações você adota brincadeiras elas
inibição ao
palavras?
falar?
mais gostam?
nesta situação?
Quantos?
Eles têm uma Eles participam bem Sim, um. Nesse caso
relação boa, são das brincadeiras e das acho que todos os tipos
crianças
dinâmicas que eu faço. de dificuldades por que
tranqüilas,
são
a criança não fala, não
amáveis uns com
escreve nada, nem
os
outros,
rabisca se quer, não
eles
consegue se concentrar
P1 raramente
brigam. Não são
em nada nem em
agressivos. Em
ninguém. E às vezes é
minha opinião a
agressivo.
relação deles é
boa.
A maioria
Eles estão ainda Eu noto que eles se Sim. Tem dois na sala
muito
envolvem mais nas que
tem
muita
egocêntricos,
atividades que tem dificuldade
de
também
por música e movimento. concentração
e
de
causa da idade Eles não gostam muito memorização
das
mesmo, mas no de atividades no livro coisas. Fixar atenção.
geral
querem ou muito paradas, não
muito de
P2 chamar atenção gostam
pra
eles, colagem.
Já
as
reclamam muito brincadeiras que eles
dos coleguinhas. se envolvem bastante
Eu
procuro
sempre conversar
com eles, procuro
promover
a
amizade saudável
entre eles.
-Sim
Às vezes
sim.
Sim, dois.
Sim, três.
Sim. Tem
um aluno
que não fala
de forma
compreensív
el na
maioria das
vezes.
Pouco se
entende
quando ele
fala
37
Relacionam-se Interagem muito bem Sim, 4. Dificuldade na Bom acredito Apenas um.
muito
bem. uns com os outros. As concentração,
no que sim por
Quando vêm os meninas gostam mais desenho dos números. A que a maioria
conflitos
eu de brincar de bonecas maioria
escreve é extrovertida.
procuro
e os meninos de jogos espelhado.
com de encaixe, mas isso
P3 conversar
eles.
por que agente não
deixa brincar de correr
se não, eles só
viveriam correndo.
Sim, três.
Fonte: registro dos dados da entrevista.
Participantes: professoras P1, P2, P3.
A seguir, serão apresentados os dados coletados na escola C. Localizada em um bairro
periférico de comunidade carente, pertencente à rede pública de ensino, situadas na cidade de
Salvador. Na sala observou-se um total de vinte crianças do grupo cinco. A professora será
identificada como P3, e as crianças identificadas de C1 a C20.
Esta escola segue diariamente a rotina de reunir as crianças que vão chegando, no pátio para a
execução do hino nacional. Em seguida, as crianças são levadas em fila para a sala de aula.
Nesta sala, todas são orientadas a sentar no chão, formando um semicírculo em torno da
professora. Geralmente a maioria das atividades são feitas neste semicírculo até o horário do
lanche.
Nesta primeira situação, a professora propõe uma atividade envolvendo o movimento
corporal, onde as crianças devem cantar e executar a coreografia demonstrada por ela. Porém,
esta atividade se passa na rodinha, com as crianças sentadas no chão. No decorrer desta
atividade, a maioria das crianças canta na roda com a professora, e executam as devidas
coreografias, imitando os movimentos que a mesma faz. Porém, qualquer outro movimento
que não faça parte da atividade proposta é desautorizado por parte da docente, que usa de
comandos que inibem o movimento das crianças. Algumas vezes ameaça isolar a criança num
canto para refletir ou de retirar seu direito de ir ao recreio. Não nos pareceu permitido, por
exemplo: rolar no chão, levantar, sair da rodinha, ou até mesmo mexer os pés como mostra o
quadro 07. Desta forma, percebemos que o trabalho desenvolvido pela docente não prima pela
expressividade livre da criança, pela sua autonomia, pelo respeito pela sua individualidade e
vivencia corporal.
A esse respeito, Sánchez e Lozano (1996), apontam que é importante que o trabalho incorpore
a expressividade e a mobilidade próprias às crianças. Assim, um grupo disciplinado não é
aquele em que todos se mantêm quietos e calados, mas sim um grupo em que os vários
elementos se encontram envolvidos e mobilizados pelas atividades propostas. Os
38
deslocamentos, as conversas e as brincadeiras resultantes desse envolvimento não podem ser
entendidos como dispersão ou desordem, e sim como uma manifestação natural das crianças.
ATIVIDADE:
cantar e executar as devidas coreografias.
P3
Alunos
C1
Comportamento do Aluno
Conversa bastante alto
Comportamento do Professor
Pede que fale mais baixo
Resposta do Aluno
Obedece
C2
Rola no chão
Levanta para pegar um
Jogo
sai da roda para mexer
o quebra-cabeça
Pede que se concerte
Pró diz- não é hora de jogo
Não, senti aqui na roda.
Pede que volte para a roda para
sentar
Pede atenção, manda calar
a boca
Pede que guarde e sente
na roda
Não diz nada
Obedece por pouco tempo
Para de conversar
mas em seguida recomeça
Vai guardar mas não volta
Para a roda
Continua
Manda sentar
Não obedece
Professora chama para cantar. Manda sentar
Continua na mesa
Pró diz- você não quer ir
pro recreio né?
Ele para
Pede que sente
Não obedece
C3
C4
C5
C6
C7
C8
C9
C10
Conversa c/ colega
Brinca c/ a colega com
uma boneca
Deita no chão
Levanta
Sai da roda e senta
na mesa
Conversa c/ o colega
C1
Levanta e mexe em um
cartaz na parede
Empurra a colega
C11
Levanta e mexe nos brinquedos
C4
Conversa com um colega
C12
Sai da roda
C7
Empurra a cadeira c/ os pés
C8
C11
Obedece
Obedece
Reclama. Diz pra ficar quieto
Ela para
continua
Sai da sala
Vê, mas não diz nada.
Pró diz- fale mais baixo
que não to surda não
Pede que volte a sentar
Pró diz- pare com isso
que coisa feia. Deixe o pé quieto
Não diz nada
C2
Deita no meio da roda
Manda se consertar
C8
Vai para o parque escondido
Põe num canto para refletir
Ele para
Obedece
Ele para
Continua
Levanta mas
conversa
Não fica
Por muito tempo
Pró diz- é hora de fazer isso
Ela para
Por acaso? pode parar
Pró diz- você vai ficar no
C12
Bate no colega
Fica quieto
Canto refletindo viu
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 07
Participantes: professora P3 e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros constam no anexo.
C13
Faz trança na colega
O quadro oito mostra como o suposto momento livre para o movimento corporal das crianças
no recreio sofre a interferência, em determinados momentos, da docente da sala. Em sua
39
entrevista, a professora diz que não permite às crianças correrem. O quadro acima demonstra
bem a fala da professora em sua entrevista, e identifica outros movimentos que não são
permitidos como pular, saltar, rolar no chão, dentre outras. Assim, estes não têm espaço na
recreação das crianças, sofrendo a intervenção da professora sempre que um aluno tenta fazêlo. Sabemos que é fundamental que as atividades que envolvem o corpo realizado pelas
crianças no momento da recreação, sejam consideradas, pelos professores, como preparação
para uma aprendizagem posterior, visto que elas proporcionam à criança, aquisições e noções
corporais importantes ao desenvolvimento global delas. Porém, não notamos esta visão por
parte da professora.
ATIVIDADE: recreio livre na sala de aula.
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C10
Pula corda
Manda parar
Obedece
C3
Monta quebra-cabeça na mesa
Não interfere
Continua
C7
Brinca de luta
Manda parar brincadeira
Continua
C13
Brinca de médica
Não interfere
Continua
Manda brincar na mesa
Não obedece
Manda brincar na mesa
Obedece
C17
C11
Brinca no chão c/ brinquedos
De encaixe
Brinca no chão c/ brinquedos
De encaixe
C12
Brinca de luta
Diz que não pode brincar de luta
Obedece
C2
Dá saltos na sala
Pró – pare de fogo. Brinque direito
Continua
C4
Brinca no chão c/ brinquedos
De encaixe
Manda sentar-se à mesa
Obedece
C1
Brinca de boneca
Não interfere
Continua
C6
Brinca de boneca
Não interfere
Continua
Não interfere
Continua
Manda parar
Obedece
Não interfere
Continua
C9
C5
C8
Brinca c/teclado de
Computador
Brinca de futebol usando
A peteca
Brinca de casinha
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 08
Participantes: professora P3 e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros constam no anexo.
As crianças, no decorrer da atividade seguinte, demonstram com algumas ações, a falta de
interesse em permanecer sentados ouvindo a história que estava sendo lida. Exemplo disto
está na fala do aluno C8, que diz diretamente a professora não gostar de ficar sentado na roda.
Outros, por sua vez deitam no chão, saem da roda para brincar, e até mesmo da sala. A
40
professora diante desta situação usa dos comandos que inibem o movimento corporal dos
alunos, na tentativa de manté-los sentados em seus devidos lugares, imóveis corporalmente.
Como diz Bertherat e Bernsten (1987), quando punimos a atividade motora da criança,
entravamos o desenvolvimento de sua inteligência e a estimulamos a reprimir a expressão
natural de suas emoções. Como conseqüência, ensinamos a boicotar suas emoções, fingir
sentimentos e a se tornar um adulto com controle rígido sobre si mesmo.
ATIVIDADE: leitura da história (boi da cara preta)
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do
Aluno
C16
Brinca de capoeira na
Sala
Pró diz que ele vai ficar sem
Brincar
Não se importa e
Continua
C7
Levanta da roda
Pró manda sentar
Obedece
C8
Diz à pró que não gosta de ficar
Sentado na roda
C6
Conversa
C1
Levanta e vai para os brinquedos
Da sala
Pró - Fique sentadinho ai.
Depois agente levanta
Pró pede que pare de conversar e
Fique quieta
Pede que volte ao lugar para
Ouvir a história
C4
Empurra os colegas na roda
Pede que pare
C1
Fala bastante alto
Fica sentado
Obedece
Ela volta
Para por um tempo
Pede que fale mais baixo
Obedece
C14
Fica fora da sala
Pró manda sentar
Ela volta
C6
Sai da sala
Vê, mas não diz nada.
Continua
C2
Conversa com o colega ao lado Chama atenção. Manda calar a boca
Ela retoma a
atenção
C1
Levanta
Pede que sente.
Obedece
C16
Mexe numa colagem
Da parede
Reclama. Manda sentar no lugar
Continua
C8
Deita no chão
Pró – Se conserte menino
Continua
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 09
Participantes: professora P3 e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros constam no anexo.
Na situação que segue, a professora inicia a atividade com uma conversa longa com as
crianças e em seguida com a leitura da história. No decorrer desta atividade, algumas crianças
demonstram desconforto em estár sentadas no chão devido à quantidade de tempo,
demonstram de forma corporal: conversando, rolando no chão, saindo da roda, brincando,
dentre outras, e oral como o caso de C12 que reclama dizendo estar cansado de ficar no chão.
A professora interfere, na maioria das vezes, utilizando os comandos de inibição do
41
movimento do corpo para corrigir a postura das crianças: manda sentar, se consertar, sentar
direito, manda ficar quieto ou até mesmo ameaça não deixar ir para o recreio caso não fiquem
imóveis durante a atividade.
ATIVIDADE: Professora conversa com os alunos, depois conta uma história infantil
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
Diz estar cansado de ficar
no chão
Brinca de luta com um
Colega na roda
Sai da roda e ouve
A história sentado na mesa
Pró – tá cansado então fique
Quietinho ai.
Pró -você não tá me vendo
Aqui não? Se conserte
Faz cara de
chateado
Pró- sente aqui na rodinha.
Diz que não
C5
Conversa durante a história
Pede que fale baixo
Ele para
C4
Empurra o colega na roda
C16
Rola no chão
C12
C7
C17
C13
Pega uma cadeira para sentar na roda
Ele para
Pró – Rapaz, fique quieto. Eu
Vou deixar você sem parque
Pró – pare com isso. Sente
Aqui comigo
Manda sentar no chão como
Os demais
Permanece na
Cadeira
Ele para
Continua
C16
Interfere a professora falando alto
Pró - assim não dá. Fale baixo
Ele para
C16
Senta no meio da roda
Pró – fique certo menino
Sai do meio
C6
Senta fora da roda
Pró – sente direito!
Diz que não quer
Ficar na roda
C1
Participa atenciosa da aula
Ninguém interfere
Continua
Brinca com uma colega de jacaré
Pró – se concerte ou não vai
Continua
Deitada no chão
Brincar hoje
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 13
Participantes: professora P3 e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros constam no anexo.
C2
No quadro 15, a professora traz o poema “as borboletas”, onde quatro crianças devem
declamar como se fossem borboletas. Cada criança fala parte do poema segurando borboletas
de papel crepom, cada uma de uma cor. As demais devem assistir sentadas, mas a maioria
termina por ficar dispersa, como mostra o quadro.
Nesta atividade a professora propõe que apenas as quatro crianças por ela escolhidas fiquem
de pé para recitar, as demais crianças ela tentou manter sentadas no chão. No entanto algumas
crianças tentam se mover: andam pela sala, tentam brincar, dentre outros comportamentos.
Porém, a professora interfere sempre que esses movimentos espontâneos acontecem, inibindo
42
através de comandos que desaprovam os movimentos considerados por ela não pertinentes ao
momento. Até mesmo no caso de C5 que declama com dificuldade, P3 intervém de forma a
não estimular o movimento corporal desta criança, simplesmente trocando-o por outro aluno.
Para Sánchez (1995), a prática psicomotora se constitui em uma intervenção do educador que
compreende, respeita e atua sobre a expressividade motora da criança, favorecendo o
tratamento das dificuldades e dos bloqueios cotidianamente, ajudando a criança a se tornar um
ser de comunicação. E não apenas deixando os alunos fora das atividades e sem intervenção
das suas dificuldades, como foi feito neste dia por parte da docente.
ATIVIDADE: recitar poema /confeccionar dobradura borboleta de papel
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C16
Perturba os colegas
Pró diz que vai ficar sem brincar
Depois
Ele para
C2
Sai da sala
Manda sentar
Continua
C14
Também sai da sala
Manda sentar
Continua
Pró – só vai ganhar a borboleta quem sentar
Senta
Pró troca ele por outro aluno
Para declamar
Observa
Manda ficar sentado
Obedece
C15
C5
C12
Levanta do lugar anda pela
Sala
Declama com dificuldade
Ao falar
Tem vergonha de declamar
E não participa
Resposta do Aluno
C4
Pede para a pró fazer a dobradura
Ela explica como deve ser
Feito. Manda fazer igual
Tenta fazer
C17
Não acerta fazer a dobradura
Manda fazer direito
Consegue
Fazer
Manda fazer como ela faz
Tenta e consegue
Mostra como ela faz e manda fazer igual
Tenta e consegue
C3
C16
Diz que não consegue fazer
A dobradura
Diz que não sabe fazer
A borboleta de papel
C11
Brinca com tampinhas
Manda parar de brincar e sentar para terminar
A atividade
Obedece
C10
Participa ativamente da aula
Reporta-se sempre a ele
Continua
C7
Deita no chão
Manda sentar
Permanece
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 15
Participantes: professora P3 e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros constam no anexo.
A professora na situação seguinte, trabalha uma atividade no quadro de linguagem, onde
algumas crianças, num total de cinco, são escolhidas para fazer a atividade, devendo as
demais permanecerem sentadas observando. Nesta aula de linguagem, não é permitida as
crianças conversar, falar, levantar, sair da roda ou brincar. Estas ações por parte das crianças e
exemplificadas no quadro 19, sofrem a intervenção da professora. Está não permite que no
43
decorrer da atividade tais movimentos já citados dentre outros, sejam executados, para isso,
manda várias vezes as crianças sentar, olhar para frente, parar de conversar, manda sentar
direito, ficar quieto, dentre outros comandos.
ATIVIDADE: atividade no quadro de linguagem
Alunos
C1
C2
C12
C1
C14
C4
C17
P3
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Conversa durante
atividade
Conversa durante
atividade
sai da roda e pega um livro
senta na mesa e fica olhando
Conversa novamente durante
atividade
Conversa durante
atividade
Conversa durante
atividade
Pró diz – cale a boca e preste
atenção na aula?
Pró diz –se ficar conversando
Assim não vai ter brinquedo
Sai da roda
Resposta do Aluno
Momentaneamente ela
Para.
Para de conversar
Pró diz - você hoje ta desobediente demais.pare de conversar.
Ele volta, mas traz o livro
Com ele
Ela para de
conversar
Pró manda parar de conversar
Para por um momento
Pede que sente na roda
Pró diz - Pare de conversar
Pró manda voltar a sentar
Ele para, mas logo recomeça
A conversa
Ele não volta observa
afastado
Por um breve momento
Ele obedece
Pró pede que olhe para frente e
Pare com a conversa.
Sai da roda e vai desenhar
Pró diz - agora não é hora disso,
Obedece
C10
na mesa
Sente aqui.
Manda calar a boca e prestar
Continua conversando
C16
Não presta atenção e conversa
atenção
Pró diz –eu não mandei ninguém
Guarda a boneca e senta-se
C9
Pega boneca e traz para a roda
pegar brinquedo ,sente no seu lugar
Pró pede que sente direito
Ela obedece
C13
Senta fora da roda
Dentro da roda
Pró – fique quieto ou não vai para
Ele para
C5
Chuta o colega com os pés
o parque
Pró diz - Você ta atrapalhando
Ele se cala
C8
Fala bastante alto
a aula.cale a boca por favor
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 19
Participantes: professora P3 e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros constam no anexo.
C7
Conversa com colega do lado
Durante a atividade apresentada no quadro seguinte, as crianças demonstram estar agitadas o
suficiente para não se manter sentadas no chão fazendo atividade. Isto fica explícito no quadro
seguinte, onde a ocorrência de ações com movimento espontâneo das crianças acontece em
grande quantidade, assim como os comandos de inibição usados por P3 para manter as
crianças imóveis em seus lugares sem conversar, levantar, falar, deitar no chão, sentar de lado,
por exemplo. As crianças usam de uma diversidade de movimentos que não são aproveitados
por P3 para trabalhar determinadas habilidades das crianças.
44
Do ponto de vista de De Marco (1995), a educação da motricidade significa educar as
habilidades motoras que permitem ao homem expressar-se. Ou seja, para expressar seus
sentimentos, seus pensamentos, o homem precisa escrever chutar, arremessar, entre outras
coisas. Porém para chutar ou arremessar ele precisa ter habilidade para realizar tais atitudes
que lhe devem ser trabalhadas. Diferente do que diz o autor acima, as habilidades do corpo,
são pouco trabalhadas neste dia, priorizando-se na maior parte do tempo, as habilidades
cognitivas, e para manter tal imobilidade corporal, a professora usa de comandos, em sua
maioria inibidora do movimento, no decorrer de sua aula, como os descritos no quadro.
ATIVIDADE: ligar as figuras ao nome no papel, sentadas no chão.
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C2
Senta de costas na roda
Conserta-se
C1
Balança-se
Pró diz - sente direito na roda
Pró diz - ta sentindo o
que hoje?Fique quieta.
C14
Fica de pé na porta
Senta-se
C16
Empurra o colega com os pés
C4
Senta longe da roda
C12
Brinca fora da roda com um colega
C17
Desenha fora da roda
C3
Levanta e mexe no berimbau
C9
Conversa durante atividade
Pró diz - quer ficar sem parque é?
Pró diz - diz que vai por ele
no canto para refletir
Pró o traz de volta pelo
Braço e manda sentar
Pró diz – volte ou não deixo brincar
depois
Pró diz – depois desenha.
Sente aqui na roda
Pró diz - depois você brinca.
Sente aqui
Pró diz - preste atenção ,deixe
de conversa
C16
Empurra o colega
C14
Tenta levantar
C14
C4
Deita no chão com o colega
Faz barulho batendo os
pés no chão
C14
C12
Obedece
Fica quieto
Ele senta
Ele volta e senta-se
Ele vai pra roda
Ele senta-se
Presta atenção
Ele para de empurrar
Conversa com colega
Pró diz - quer parar?
Pró diz - se sair da roda não
vai brincar
Pró diz – sente direito pelo
amor de deus
Pró diz - você é o maior da sala,
comporte- se.
Pró diz – cale a boca e preste
atenção.
Pró diz – sente direito
Pró diz – por isso que não
Aprende,sente direito.
Senta-se
C13
Deita no chão
Pinta o chão com um tubo
de tinta
C14
Esta sentada de lado
C7
Conversa bastante alto
C1
Fala alto
C2
Deita e rola no chão
C8
Brinca deitado no chão
Pró pede que se conserte
Pró - Você não tem educação
não? Fale baixo.
Pró - você não sabe falar baixo
não é?
Pró – eu vou escrever seu
Nome aqui no quadro pra não
Brincar depois.
Pró – você ta se
Comportando mal hoje, fique quietinho.
Ele senta-se na roda
C10
Deita no chão com colega
Pró – sente por favor.
Ele senta-se na roda
C8
Faz o gesto de levantar
Pró diz – pode ficar ai no seu canto
Obedece
Ela volta e senta
Levanta e senta-se
Ele fica quieto
Fica quieta por um
tempo
Entrega a tinta a pró
Conserta-se
Ele cala-se
Ela cala-se
Ela concerta-se
45
C7
C16
Também deita no chão
Interrompe a aula imitando
um macaco
C4
Também imita bicho
Pró diz – se conserte na
roda menino.
Pró diz pra deixar de
Palhaçada e ficar quieto
Pró diz – poxa!, Eu vou tirar você
da roda já, já
Senta na roda
Ele para
Fica quieto
C16
Estica as pernas na roda
Pró manda encolher as pernas
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 19
Participantes: professora P3 e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros constam no anexo.
Obedece
Na próxima situação descrita no quadro 22, as crianças não podem brincar de luta, de correr,
de dar saltos, de rolar ou arrastar-se no chão, pois a professora intervém contra este tipo de
brincadeira como fica explicito no quadro. A mesma em sua entrevista informa do fato das
brincadeiras como as citadas, não serem permitidas. Ocorrendo assim uma interferencia no
movimento das crianças no momento de recreação. As crianças, demonstram ter uma
predisposição para as brincadeiras que envolvem o movimento, sofrendo as intervenções da
professora quando tais ocorrem. Como mostra o quadro, quando as brincadeiras são de
casinha, boneca ou outra que não envolva tanta movimentação, P3 não interfere. Portanto,
podemos perceber que ocorre um desfavorecimento do desenvolvimento do movimento
corporal no ambiente do pátio no decorrer da recreação livre das crianças, através das
intervenções de limitação já que não é permitido a vivência dos mesmos.
ATIVIDADE: parque / recreio livre
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C1
Brinca de casinha
Não interfere
Continua
C2
Brinca de luta
Continua
C3
Brinca de luta
Não interfere
Diz – Você sabe que não pode brincar assim.
Pode parar.
Obedece
C4
Brinca de casinha
Não interfere
Continua
C5
Brinca com panelinhas
Não interfere
Continua
C6
Brinca de luta
Diz- Eu vou botar você na sala. Pare viu!
Obedece
C7
Brinca de luta
Manda parar.
Obedece
C8
Corre circulando o escorrega
Manda parar.
Obedece
C9
Brinca de casinha
Não interfere.
Continua
C10
Brinca de correr
Manda parar.
Obedece
C11
Brinca de luta
Obedece
C12
Dá saltos de capoeira
Manda parar.
Diz - Pode parar que aqui não é roda de
capoeira.
C13
Deita no chão do pátio
C14
Corre no pátio
Manda se concertar.
Diz – Eu disse que não é pra brincar de
correr seu teimoso.
C15
Arrasta-se no chão do pátio
Manda levantar e brincar direito
C16
Brinca com quebra-cabeça
Não interfere.
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 22
Participantes: professora P3 e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros constam no anexo.
Não obedece
Obedece
Obedece
Obedece
Continua
46
Na situação do quadro 24, a professora inicia uma brincadeira, onde as crianças ganhavam um
barbante com um anzol na ponta, para que as mesmas de pé, pudessem pescar os peixes de
papel que estavam no meio da roda com uma alça para cima. Algumas crianças demonstram
dificuldades na execução da atividade. Porém, não é feito por parte da professora, uma
intervenção que estimule, mas sim de inibição do movimento, pois para as crianças que
demonstraram pouca habilidade na execução da tarefa, P3 apenas exige que façam mais
rápido em vez de trabalhar no intuito de desenvolver os movimentos que a criança ainda tem
dificuldade, como mostra o quadro.
Segundo Ferreira (2008), a educação pelo movimento tem por objetivo permitir a criança
viver em harmonia com seu corpo, com os outros e com o ambiente envolvente. Tem como
objetivos concretos favorecer o desenvolvimento dos gestos e movimentos e a capacidade de
percepção; visa desenvolver o equilíbrio e aprimorar a percepção do corpo permitindo que a
criança adquira o sentimento de segurança, favorecendo e melhorando a psicomotricidade
global e fina, sobretudo a grafomotricidade por meio de manipulações. Pretende revelar e
reforçar o predomínio manual e estimular a confiança em si, além disso, visa atenuar os
bloqueios que interferem na aprendizagem escolar e sensibilizar o ambiente envolvente.
ATIVIDADE: pescaria de peixes de papel
Alunos
P3
Comportamento do Aluno
Consegue realizar a atividade
normalmente
Consegue realizar a atividade
normalmente
Consegue realizar a atividade
normalmente
Demonstra dificuldade na execução
da tarefa
Tem lentidão em encaixar o anzol
na alça dos peixes
Demonstra habilidade e pega
mais peixes que os demais
Comportamento do Professor
Sai da atividade e brinca na sala
C13
Corre com uma colega
Pede que pare de correr
Obedece
C12
Não participa da atividade
Manda sentar
Não senta
C4
C7
C8
C5
C1
C17
C6
Pede que faça mais rápido
Resposta do Aluno
Passa a vez para
outro
Passa a vez para
outro
Demonstra
satisfação
Passa a vez para
outro
Pede que faça mais rápido
Não consegue
Elogia e manda sentar
Vai brincar
Manda ficar quieto
Obedece
Manda sentar e ficar quieto
Manda sentar e ficar quieto
Elogia e Manda sentar
C10
Brinca no chão
Manda sentar e ficar quieto
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 24
Participantes: professora P3 e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros constam no anexo.
Obedece
Com as crianças sentadas no chão em semicírculo. A professora inicia uma conversa sobre o
peso das pessoas e dos objetos.. Logo depois, com as crianças ainda sentadas, distribui uma
atividade mimeografada para que façam. Durante estas atividades algumas crianças se
interessam pela balança que foi levada para a sala. Porém, a maioria se dispersa em função
47
dos brinquedos da sala. O quadro seguinte evidencia o comportamento das crianças em não
resistirem a ficar sentadas no chão, e pelo interesse em brincar. Muitas delas fazem a
atividade rapidamente, deixa sem fazer, entrega pela metade, copia do colega, ou
simplesmente deixam a atividade para poder brincar. A professora intervém com os comandos
que inibem os movimentos corporais citados e todos os outros que a mesma considere
inadequado para a atividade.
ATIVIDADE: Pesar objetos e os alunos/ Atividade mimeografada
Alunos
C5
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Brinca na roda
Pró - manda parar a brincadeira e ficar quieto
P3
Resposta do
Aluno
Obedece
C9
Levanta e vai mexer nos brinquedos
Pró - volte aqui pra roda, depois brinca.
Ela para de
conversar
Ela senta na roda
C12
Sai da roda
Pró manda voltar e sentar
Ele senta-se
C10
Senta-se fora da roda
Pró pede que sente direito
Ele senta na roda
C3
Levanta e pega brinquedo
Pró – agora não, sente aqui.
C6
Levanta da roda para beber água
Pró – depois bebe água, volte pra cá
C4
Levanta e vai para mesa dos brinquedos
C17
Sai da roda e mexe nos carrinhos
Ele senta na roda
Ela volta para a
roda
Ele volta a fazer
A atividade
Ele obedece
C13
Copia a atividade da colega
Recebe a atividade e manda sentar
Obedece
C9
Copia a atividade da colega
Põe no canto por 5 minutos para pensar
Obedece
C1
Conversa na roda
Silêncio por favor, pede a pró.
Pró – só vai brincar se terminar a
Atividade. Sente logo
Pró – largue ai e sente aqui
C7
Entrega a atividade pela metade
Pró manda-o sentar e completar as atividades
Ele senta
C10
Copia do colega
Recebe a atividade e manda sentar
Vai sentar
C8
Termina a atividade e corre na sala
Pró – correr na sala não pode parar.
Ele para
C5
Levanta deixando a atividade sem fazer
Pró-pode terminar ou não vai brincar
Copia do colega
C3
Faz a atividade rápido
Recebe a atividade e manda sentar
Vai sentar
C12
Rasura a atividade
Pró o deixa no canto refletindo
Ele fica
C1
Faz a atividade rápido
Recebe a atividade e manda sentar
Vai sentar
C4
Rasga a atividade do colega
Pró o deixa no canto refletindo
Desobedece e sai
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 27
Participantes: professora P3 e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros constam no anexo.
Na situação seguinte do quadro 28, as crianças movimentam-se bastante, evidenciando a
insatisfação das mesmas com o fato de permanecer sentadas por um longo periodo de tempo.
A professora reprime esses movimentos não permitindo que as crianças executi-os, proferindo
comandos que inibem as ações corporais das crianças, como mostra o quadro.
Para Asmann (1994), A maioria dos professores submete as crianças a um estado de
imobilidade, sem nenhuma manifestação corporal, durante o transcurso das aulas. Somente o
cérebro deve estar em funcionamento, como se o corpo fosse virtual, não sendo considerado
48
como” instância fundamental e básica para articular conceitos centrais para uma teoria
pedagógica.
ATIVIDADE: listar animais e leitura de uma história
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C5
Levanta durante a atividade
Pró – sente.
Ele senta-se
C1
Conversa com colega
Pró – eu posso continuar? Cale a boca.
Para de conversar
C9
Conversa alto atrapalhando a atividade
Para de conversar
C12
Arrasta cadeira
C10
Levanta durante a atividade
Pró reclama e manda falar baixo
Pró - deixe de barulho, bote essa cadeira
ai e volte pra cá.
Manda sentar.
C3
Conversa alto atrapalhando a atividade
Pró - silêncio menino,assim não dá.
Para de conversar
C6
Sai da sala
Manda sentar no lugar.
Fica fora da sala
C4
Levanta durante a atividade
Pró – sente e preste atenção.
Ele obedece
C17
Não senta na roda
Pró chama para sentar.
Não vai
C13
Brinca de casinha na roda
Pró reclama e manda ficar quieta.
C9
Levanta durante a atividade
C7
C10
C8
C5
C3
C12
Pró pede que se sente.
Pró – volte para o lugar, depois eu
Levanta e mexe nos brinquedos de montar
deixo brincar.
Deita no chão
Pró - sente menino, deixe de palhaçada.
Pró – primeiro a atividade depois a
Sai da roda e vai brincar com quebra cabeças
brincadeira, sente aqui.
Levanta durante a atividade e corre na sala Pró - agora é hora de pegar picula?Sente.
Levanta durante a atividade para mexer no
Pró - sente aqui, por favor.
cartaz da parede
Sai da sala para o corredor
Pró vai buscar e manda sentar.
Volta para a roda
obedece
Ela para
Obedece
Ele volta
Ele senta
Ele volta pra roda
Ele para de correr
Ele obedece
Volta pra roda
C3
Deita no meio da roda
Para a atividade e espera ela Sentar.
Ela volta para o lugar
C4
Levanta durante a atividade
Ela volta para o lugar
C7
Rola com um colega no chão
C17
Levanta e vai para a janela
Manda sentar.
Pró – hoje você não vai brincar não Por
causa do seu comportamento.
Manda sentar.
C9
Brinca de adoleta na roda
C3
Levanta durante a atividade e vai para a porta
C8
Pergunta se já pode brincar
C17
C13
Senta-se fora da roda
Levanta durante a atividade e brinca de luta
com um colega
Atrapalha a leitura da história falando alto
C1
Levanta durante a atividade
C4
Fica chateado no canto
Ele volta pra roda
Pró – preste atenção na aula. Fique quieto Passa a prestar atenção
Pró – você perdeu o que ai?Sente.
Pró – não que ainda não terminei, Fique
quietinho.
Pró – é ai que senta é?Se concerte.
Pró – sente aqui e se levantar não vai ter
Brinquedo hoje
Pró manda fazer silêncio
Ele senta-se
Fica na roda sentado
Senta corretamente
Ele obedece
Obedece
Pró – perdeu o que de pé? Sente!
Ela senta-se
C5
Senta longe da roda
Pró – volte pra rodinha
Ele obedece
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 28
Participantes: professora P3 e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros constam no anexo.
49
Assim, para darmos destaque às constatações possíveis a partir dos dados apresentados e
discutidos na primeira parte deste capitulo, organizamos no quadro abaixo, uma síntese das
categorias que de forma predominante caracterizaram a escola C, no que diz respeito ao
conceito central do nosso trabalho monográfico: O movimento corporal no contexto da
educação infantil.
As informações contidas neste quadro foram retiradas dos registros dos dados da pesquisa de
campo. A relação completa desses registros de informações consta nos quadros localizados
em anexo.
Comandos que inibem o
movimento corporal
Total: 527
Mandar sentar
263 /527
Mandar ficar quieto
44 /527
Não interfere no movimento do
aluno
39 /527
Mandar calar a boca/ falar baixo/
parar de conversar
37 /527
Ameaça tirar o recreio
34 /527
Mandar se concertar
30 /527
Interfere no movimento do aluno
17 /527
Isolar num canto para pensar
16 /527
Mandar fazer silêncio
16 /527
Mandar parar de correr
12 /527
Mandar imitar movimento
09 /527
Mandar olhar para frente
04 /527
Manda se comportar
03 /527
50
A seguir, serão mostrados os dados coletados e analisados da escola S. Esta é uma escola de
classe média, pertencente à rede particular de ensino, situada no bairro de classe média em
Salvador. A observação realizou-se no turno da manhã em duas salas de educação infantil.
Foram observadas duas professoras e trinta crianças, com idades entre dois e cinco anos,
ambos os sexos.
A primeira sala cujos dados foram obtidos em uma semana de observação, é a sala dos grupos
2 e 3. Esta sala conta com um total de dez crianças, ambos os sexos. A professora está
identificada como (P1), e a auxiliar de classe está identificada como (Aux). Já as crianças
estão identificadas de C21 a C30.
A segunda sala cujos dados foram obtidos na mesma escola, a partir da segunda semana de
observação, é a sala dos grupos 4 e 5. Esta sala conta com um total de vinte crianças, ambos
os sexos. A professora está identificada como (P2) e sua auxiliar de classe, como (AUX).
Durante a espera pelo lanche, e decorrer do mesmo, as crianças, mesmo estando livres de
atividades, devem permanecer sentadas e caladas se possível em seus lugares. Quando isto
não acontece à professora bem como a auxiliar da sala, interferem no movimento das crianças
através de comandos de inibição, vetando a possibilidade de movimento das mesmas como
mostra o quadro a seguir. Percebemos que nem mesmo nos momentos em que não há
atividades, é dado o direito de movimentar-se no espaço da sala para as crianças. Esta situação
nos faz refletir sobre o pouco espaço dado ao movimento nos momentos da rotina diária desta
sala.
Diferente do que acontece nesta situação da sala, Ferreira (2008), diz que, à medida que a
criança se movimenta, mais livremente, é capaz de perceber a si própria e as coisas no espaço
em relação a si, permitindo viver situações exploratórias no meio, as quais contribuíram para
diferentes descobertas, dando origem de construção da inteligência. Sendo assim, esta
atividade contribui positivamente para movimento corporal das crianças.
51
Atividade: Lanche
P1
Alunos
Comportamento do Aluno
C29
Não lava as mãos, entra e sai da sala
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
Ninguém reclama
Continua
C25
Fica de pé na porta da sala
Aux - quer sentar menina?
Ela não senta
C26
Senta de lado
Pró diz - sente para frente
Ela senta corretamente
C24
Vai à direção do escorrega.
Pró - agora é hora de comer, depois
Brinca, sente ai.
Ela obedece
C21
Conversa c/ colega
Aux - Na hora de lanchar não
hora é para conversar
Ele para a conversa e volta
a
lanchar
C30
Brinca com o lanche
Pró – fique quieta
Ela passa a comer
C27
Conversa alto
Pró pede silêncio
Obedece
C25
Esta sentada comendo
Pró - isso ai, come direitinha.
Continua
C28
Esta parada diante do lanche
Pró diz- se não comer não brinca
Ela tenta comer
C22
Conversa c/ colega
Aux - na hora do lanche
é pra ficar caladinho
Ele Para e espera seu
lanche
C29
Anda pela sala
Ninguém interrompe
Continua
C23
Ta sentada na ponta da cadeira
Pró - se concerte ou
não vai brincar
Ela se conserta
C23
Presta atenção no colega, e fica de pé.
Aux-sente direito, vá lanchar.
Ela finge que senta, mas
continua de pé
C22
Come muito devagar
Pró - vai levar o recreio todo
Ai comendo é? Coma logo.
Ele Não Reage
C21
Levanta com a lancheira
Aux - sente ou vai ficar sem brincar
Viu?
Ele obedece
C23
Levanta com os biscoitos do
Aux. Pede que ela sente
Ela volta e senta
C29
Enrola-se nas cortinas
Aux Reclama
Ele continua
C22
Ainda lancha
Não é interrompido
Continua
C27
Põe os pés na cadeira
Pró - sente como uma mocinha
Ela concerta-se
C28
Observa os colegas de pé
Pró pede que sente
Obedece
C30
Levanta e vai pro escorrega
Pró - eu não mandei ninguém
Brincar ainda
Ela volta
Aux - não fica quieta ai o
Só observa
Que acontece.
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 46
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros constam no anexo.
C24
Derrama suco na mesa e levanta
52
Durante o recreio as crianças tentam se mover ao Maximo. Porém a professora e a auxiliar
interferem nesse momento de recreação, retirando alguns alunos que insistem em correr, e
inibindo através de alguns comandos os demais. A avaliação do quadro seguinte nos permite
pensar que a professora não percebe que o momento do recreio, auxilia no desenvolvimento
de habilidades motoras essenciais ao processo de alfabetização. Desta forma, podemos notar,
que a docente não usa esta ação da criança como sua aliada durante a atividade, pelo
contrário, ela pune as crianças que mais se movimentam, retirando deles o direito de continuar
na recreação.
ATIVIDADE: Recreio
P1
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C25
É empurrada e cai
Ninguém vê nem interfere
C23
Corre entre as mesas
Cai mais uma vez
E desta vez chora
Cai por correr durante
Recreio
Aux. Pede que pare de
Correr
Aux a põe sentada
Num canto
A pró diz- ta vendo, agora
Corra de novo
C29
Foge da sala
Aux. Vai buscar
C29
Sobe na grade da sala
Aux. Retira-o
C23
Continua a correndo
Durante recreio
Pró a retira do recreio,
e põe sentada no canto
C29
Foge mais uma vez
Aux. Vai buscá-lo
C23
Levanta e anda pela
sala
Pro diz- o que esta fazendo
Ai em pé?
Volte agora!
C23
Tenta pegar as escovas
De dente
Pro diz- faça o favor de
Não mexer fique no seu
canto
C25
C26
C29
C24
Sobe na cadeira, depois na mesa
É derrubada mais uma vez
e quase chora, mas os colegas ajudamna
C26
Come sentada na ponta da cadeira
C29
Não lancha
Passa para a sala ao lado
e foge para o pátio
C29
Ninguém interfere
Pró diz- cuidado gente com C24
Que ela é pequenininha.
Pró diz- Sente direito não é
Assim que lancha se conserte
Pró tenta dar o lanche
Aux vai buscar
C29
Mexe no filtro de água
Aux o retira de perto do filtro
C26
Tenta brincar no escorrega
Sem sucesso
Pró diz- é pra dar vez a todo
mundo gente!
C21
Brinca de correr
Aux-correr não ou sai do recreio
Resposta do Aluno
Continua
brincando
Ela continua
Permanece
lá
Permanece no
Chão
Tenta fugir
De novo
Joga-se no
Chão
Fica por pouco
tempo
Procura outra
Forma de sair
Ela volta
Tenta pegar
Quando a pro
Não esta
olhando
Ele continua
Continua brincando
Ela senta
corretamente
Ele recusa
Ao voltar deita no
chão
Vai mexer nas
mochilas
E ninguém o
interrompe.
Continua tentando,
desta vez
consegue
Ele para e vai para o
escorrega
53
Pró diz- pra ela brincar no canto
Ela vai
da sala para não cair novamente.
Pró diz- eu já disse que não é
Ele para de correr
C22
Corre entre as mesas
Para corre não foi?
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 46
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros constam no anexo.
C30
Esbarra em um aluno do
Grupo 5 e cai
Durante esta atividade do quadro seguinte, a professora não permite que seus alunos façam o
que quiser com a massinha distribuída, não deixando que as crianças manuseassem de forma
livre, interferindo na criação das crianças e demonstrando como deveria ser feita por todos.
Supomos com este exemplo, estár ocorrendo uma redução do ato pedagógico, a partir do
momento que não houve permissão da prática corporal em sua totalidade, no decorrer da
atividade. Nesse momento de interferência do movimento dos alunos, a professora não criou
com esta atividade, condições mais amplas, para que seus alunos pudessem viver a situação
através da consciência corporal deles, não permitindo nem estimulando as crianças a
desenvolver a capacidade e o potencial expressivo dos seus corpos.
ATIVIDADE: Atividade com massas de modelar
P1
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Aux Reclama e diz
Que ira tomar a
massa se ela continuar e
mostra que ela deve fazer
Bolinhas apenas
Pro diz- o que foi que eu
Avisei, faça de novo
Para você ver.
Aux diz- a pró diz que
Não pode fazer assim e
desfaz o que ele
criou
C25
Espalha a massa na
mesa
C22
Também espalha a
Massa na mesa
C25
Fazia uma pizza com
A massa
C29
Não participa da atividade
Ninguém interfere
C23
Faz bolinhas
Pró diz- isso, assim que é pra
Brincar ô gente, como C23 ta fazendo
ô!
C29
Tenta pegar a massa e
Por na boca
Pró diz para auxiliar deixar ele
Longe das massas.
C30
Gruda a massa na parede
Pró diz- não vai brincar mais por
que não sabe brincar direito.
Resposta do Aluno
Ela não continua
Fica com cara de
Assustado e não faz
Mais
Só ficou olhando
Continua andando
Pela sala
Todos olham e ela
continua
Fazendo apenas
bolinhas
Com a massa
Continua tentando
pegar
Fica observando os
demais
Brincar com uma
Cara triste
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 46
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros constam no anexo.
Na situação seguinte, é o momento do acolhimento. A professora deixa as crianças com as
auxiliares e sai para dar aula de inglês na sala ao lado. As crianças ficam com a presença da
auxiliar de classe, sentadas em seus lugares com brinquedos distribuídos na mesa aguardando
54
o retorno da professora da hora que chegam, até o recreio, ou seja, das oito às dez horas.
Sendo assim, o próximo quadro mostra o comportamento dos alunos no decorrer desse tempo.
ATIVIDADE: acolhimento
P1
Resposta do Aluno
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C29
Foge para o pátio
Aux vai buscar
Anda pela sala
C25
Levanta
Aux – vá sentar
Ela senta
C26
Corre pela sala
Aux – correr não.
Ela para
C24
Brinca de pé
Aux - Sente ai
Ela senta-se
C23
Levanta e anda na sala
Aux – sente por favor.
Ela senta
C30
Vai para baixo da mesa
Aux reclama
Ela sai de baixo
C21
Vai para a sala ao lado
Aux – volte agora
Ele volta
C22
levanta
Aux - vá sentar
Obedece
C27
Bate os pés na cadeira
Aux – pare de bater os pés
Ela para
C28
Brinca de pé
Aux – brinque sentada .
Ela senta
C29
Vai para a sala ao lado
Aux vai buscá-lo
Senta no chão
C29
Arrasta-se no chão
Não interfere
continua
C23
levanta
Aux manda sentar
obedece
C29
Mexe as mochilas
Tenta sair da sala
C30
Levanta e brinca de dançar
Aux retira-o
Aux – agora não é hora de dança não.
Dança é só quarta feira.sente
C22
Levanta
Aux – sente lá.
Obedece
C24
Levanta
Aux – volte pro seu lugar
Ela volta
C23
Mexe nos colchonetes
Obedece
C25
Senta no chão
Aux – não mexa ai não.Vá sentar
Aux – eu já disse que não
é pra ficar no chão
Ela levanta
C22
Fica na grade da porta
Aux – saia dai para não cair.
Ele sai
C23
Corre pela sala
Aux – pare de correr. Eu já falei
Ela para
Ela senta-se
C30
Cai da cadeira
Aux – ta vendo, não fica quieta.
Senta no lugar
C29
Sobe na mesa
Aux retira-o
Anda pela sala
C29
Passa para outra sala
C21
Corre e esbarra-se na colega
Aux vai busca-lo
Aux – ta vendo? Eu disse que não
é pra correr.Sente.
Tenta sair de novo
Senta.em seguida
Levanta.
C21
Corre pela sala
Aux - agora não é hora de correr
Ela para
C24
Esta sentada na ponta da cadeira
Você vai cair. Sente direito
Obedece
C30
Esta sentada de lado
Obedece
C23
Ela balança a cadeira
Aux - Sente para frente
Aux - É assim que senta na cadeira?
Se ageite.
Obedece
C21
Pendura-se na mesa
Aux - Pare de se pendurar na mesa
Ele para
C26
Senta no chão
Aux - No chão não pode não
Ela levanta
C25
Levanta do lugar
Aux - Volte para sua cadeira
Ela volta
C21
Bate as mãos na mesa
Aux - Pare de bater na mesa
Ele para
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 49
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
55
O quadro 49 demonstra a tentativa das crianças de movimentarem-se, e as intervenções
sofridas a cada movimento.
Fica claro que o movimento é altamente limitado nesta sala, as crianças são condicionadas a
permanecer sentadas, impedidas de exercer sua movimentação e exploração do espaço.
Podemos perceber que nesse período de tempo, não foi proposto nenhum jogo ou brincadeira,
nem mesmo levantar do lugar era permitido, não havendo contribuição na criação de
movimentos criativos e de livre expressão dos alunos.
Segundo o RCNEI (1998), é muito comum que, visando garantir um clima de ordem e de
harmonia da sala, algumas práticas educativas procurem simplesmente suprimir o movimento,
impondo às crianças de diferentes idades rígidas restrições posturais. Isso se traduz, por
exemplo, na imposição de longos momentos de espera, sentada, em que a criança deve ficar
quieta, sem se mover; ou na realização de atividades mais sistematizada, como de desenho,
escrita ou leitura, em que qualquer deslocamento, gesto ou mudança de posição pode ser visto
como desordem ou indisciplina.
No quadro a seguir, vamos descrever a atividade dita livre, feita no pátio da escola. Apesar de
este dia ter ocorrido atividades envolvendo o movimento do corpo, pois nesta ocasião, a
professora utilizou o pátio para uma atividade dita livre com as crianças, a mesma sofre sua
intervenção o tempo todo, como demonstrado no quadro 56. A professora não permite
atividades de correr, interfere nas brincadeiras, ameaça retirar do pátio caso a criança não
obedeça a seus comandos, impede que as crianças fiquem no chão brincando, solicita que
brinquem sem gritar, dentre outros. Limitando assim o movimento corporal de seus alunos no
decorrer da brincadeira livre.
Segundo ferreira (2008), a criança brinca com seu corpo rola, corre, rabisca, desenha, escreve,
constrói, destrói, cai, equilibra, se esconde, salta, etc. Essas experiências vão potencializar as
crianças diante do mundo, pois servirão de base para seu psiquismo, assim como farão com
que percebam a importância do seu ser. Sendo assim a professora termina por podar as
experiências corporais de seus alunos.
56
Atividade: atividade de movimento no pátio livre
P1
Alunos
Comportamento do Aluno
C21
Corre pelo pátio
C24
Esta se balançando
Forte
C30
Corre pulando
C23
C25
Senta para brincar
no chão
Senta para brincar
No chão
Comportamento do Professor
Pro diz- o que foi que eu
disse?Pra não correr, então pare.
Pro diz- Assim não, mais fraco
ou vai sair do balanço
Resposta do Aluno
Ele obedece
Ela desacelera
Pro diz- você é sapo?Pare
de pular assim. Ta doida
pra cair né?
Ela para
Aux diz- no chão não pode, levante.
Obedece
Aux diz- no chão não pode, levante
Levanta
C27
Brinca gritando
Pro diz- Sem gritar
por Favor.
Ela Para
C28
Corre Pelo Pátio
Pro diz- êpa!Correr não viu?
Ela Para
C23
Brinca de correr
Pro diz- Pare de correr
Ela para depois
recomeça
C22
Começa a correr, mas
logo é interrompido.
Aux diz- A pró disse
que não é para correr
não foi?
Ele para
C25
Corre
Pro diz- pare de correr.
Ela para, mas continua
em seguida.
Pro diz- não é pra brincar
Ele para e brinca como
Assim não, só pode brincar
de lançar à bola na sexta, chutar
a pró falou para fazer
Não.
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 56
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
C21
Chuta a bola
.
Na situação seguinte, a professora solicita que as crianças façam a pintura no livro, utilizando
tinta guache. Nesta atividade de cunho psicomotor, apesar das crianças terem a intenção de
usar as mãos para pintar, não foi permitido fazê-lo. Já que a professora e a auxiliar segurou no
dedo indicador de cada criança para que a atividade não ficasse suja, bem como as crianças.
Segundo Ferreira (2008), todas as formas de representação simbólica dessa faixa etária
permitem que a criança comece a colocar sua marca no mundo, demonstrando sua
singularidade em ascensão. Atividades de pintura, modelagem, dramatização, desenho,
música, dança e outras permitem expressar sentimentos e emoções ao mesmo tempo em que a
fala vai se desenvolvendo. Pois elas permitem o reconhecimento e utilização de diferentes
movimentos gestuais, desenvolvendo todos os segmentos de coordenação.
57
Notamos que, diferente do que diz o autor acima, não é permitido nesta atividade, que as
crianças coloquem sua marca, demonstrem sua singularidade, nem expressar seus sentimentos
e emoções, a partir do momento que a professora limita o movimento corporal de seus alunos.
ATIVIDADE: pintura no livro com tinta
Alunos
C23
P1
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor Resposta do Aluno
Não pinta sozinha.Pinta com a
Pró não deixa pintar sozinho.
Observa apenas
pró segurando o dedo indicador para Nem usar a mão toda para pintar.
A pró pintar usando
não sujar nada
Só deixa usar o dedo indicador
O dedo dela
C29
Não participa
Não diz nada
Anda pela sala
Não pinta sozinha.Pinta com a
Pró não deixa pintar sozinho.
Observa apenas
pró segurando o dedo indicador para Nem usar a mão toda para pintar.
A pró pintar usando
C27
não sujar nada
Só deixa usar o dedo indicador
O dedo dela
Não pinta sozinha.Pinta com a
Pró não deixa pintar sozinho.
Observa apenas
aux segurando o dedo indicador para Nem usar a mão toda para pintar.
A pró pintar usando
C28
não sujar nada
Só deixa usar o dedo indicador
O dedo dela
Não pinta sozinha.Pinta com a
Pró não deixa pintar sozinho.
Observa apenas
pró segurando o dedo indicador para Nem usar a mão toda para pintar.
A pró pintar usando
não sujar nada
Só deixa usar o dedo indicador
O dedo dela
C24
Não pinta sozinha.Pinta com a
Pró não deixa pintar sozinho.
Observa apenas
aux segurando o dedo indicador para Nem usar a mão toda para pintar.
A pró pintar usando
não sujar nada
Só deixa usar o dedo indicador
O dedo dela
C26
Não pinta sozinha.Pinta com a
Pró não deixa pintar sozinho.
Observa apenas
pró segurando o dedo indicador para Nem usar a mão toda para pintar.
A pró pintar usando
não sujar nada
Só deixa usar o dedo indicador
O dedo dela
C30
Não pinta sozinho.Pinta com a
Pró não deixa pintar sozinho.
Observa apenas
aux segurando o dedo indicador para Nem usar a mão toda para pintar.
A pró pintar usando
não sujar nada
Só deixa usar o dedo indicador
Seu dedo
C22
Não pinta sozinho.Pinta com a
Pró não deixa pintar sozinho.
Observa apenas
pró segurando o dedo indicador para Nem usar a mão toda para pintar.
A pró pintar usando
não sujar nada
Só deixa usar o dedo indicador
O dedo dele
C21
Não pinta sozinha.Pinta com a
Pró não deixa pintar sozinho.
Observa apenas
aux segurando o dedo indicador para Nem usar a mão toda para pintar.
A pró pintar usando
não sujar nada
Só deixa usar o dedo indicador
O dedo dela
C25
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 60
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
A atividade seguinte acontece no pátio da escola, e a proposta é que as crianças brinquem
livre no espaço utilizando uma bola de meia feita por eles. No quadro 69, notamos que a
atividade livre, torna-se controlada, mas não no sentido de desenvolver as potencialidades
corporais das crianças, mas sim, de inibi-lás. Já que a professora não permite o deslocamento
livre das crianças no espaço, não permite que as crianças experimentem os diversos gestos
motores existentes, propondo até mesmo que as crianças brincassem paradas no lugar com a
bola.
Os comandos de inibição do movimento, utilizados por parte da professora no decorrer da
atividade, nos leva a pensar que na prática da docente, não há espaço para o movimento
corporal, e não cumpre com os objetivos de levar as crianças a dominar seus corpos em todas
as suas dimensões. Pois, nos parece, que a atividade proposta, mesmo envolvendo o
58
movimento, não houve uma intenção de trabalhar o corpo, parecendo apenas ter o objetivo de
recreação, e ainda sim, uma recreação com interferências corporais.
ATIVIDADE: atividade no pátio com a bola de meia
P2
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C31
Corre no pátio
Manda brincar parado com a bola
Obedece
C32
Joga a bola no ar
Diz para ter cuidado
Obedece
C33
Corre muito
Manda correr devagar
Não obedece
C34
Corre no pátio
Manda andar, não correr.
Não obedece
C35
Corre no pátio
Manda parar
Não obedece
C36
Rola no chão
Manda levantar
Obedece
C36
Corre com a bola
Manda brincar de lançar
Não obedece
C38
Chuta a bola
Manda chutar mais devagar
Continua
C37
Corre com um colega
Manda parar
Não obedece
C45
Brinca de pega-pega
Manda parar
Obedece
C50
Senta no chão
Pede que levante
Continua
C43
Corre
Manda brincar de lançar a bola
Não obedece
C40
Deita no chão
Ameaça tirar do pátio
Levanta
C48
Corre e cai
Manda para a sala
Obedece
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 69
Participantes: professora P2, e os alunos do grupo 4 e 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
Na situação seguinte, a proposta de atividade é colorir ilustrações. Ao analisar esse momento,
notamos que o ambiente desta sala é um ambiente limitador do movimento corporal dos
alunos, não podendo ser utilizado para a exploração do movimento e dos seus diversos gestos.
Percebemos que o movimento ainda é bastante desvalorizado por esta docente, sendo na
maioria das vezes confundido com indisciplina e bagunça. Isto nos leva a pensar que a prática
educativa desta professora, continua rígida em relação à corporeidade, pois nos parece que a
mesma não possui uma preocupação de dar ao corpo uma representação de totalidade em sua
atividade.
59
ATIVIDADE: colorir as ilustrações
Alunos
C36
Comportamento do Aluno
Levanta para olhar o livro que a pró
colocou na mesa
C44
Levanta
P2
Comportamento do
Resposta do Aluno
Professor
Pró – deixe minhas coisas
ai. Sente.
Ele senta
Pró – sente meu querido
Obedece
C48
Levanta anda pela sala
Pró – vá pro seu lugar
Obedece
C34
Levanta vai para outra mesa
Pró – vá para sua mesa
Ela senta
C33
Levanta e brinca de soldado
Ele senta
C32
Levanta, mexe no cartaz e derruba-o .
Levanta para mostrar sua atividade
a professora.
Pró – sente criança
Pró – se você começar não
vai pro
Recreio hoje.
Pró manda sentar e aguardar
no lugar
Aux manda sentar
Pró – até você de pé?Vá se
sentar.
aux manda voltar para o
lugar dela
Obedece
Ela senta-se
C34
Levanta
Levanta e vai para a mesa ao
lado conversar
Levanta e vai conversar em
outra mesa
C40
Vira-se para traz para conversar
Aux - sente para frente lui
Obedece
C48
Aux – tire os pés da cadeira
Obedece
C34
Senta com os pés na cadeira
Levanta e vai conversar em
outra mesa
Pró – vá pro seu lugar
Obedece
C35
Senta-se de lado
Pró - vire para frente emi
Aux - não é pra sentar todo
torto não.
Sente direito.
Ela vira-se
Sente para frente por favor
Pró – pode parar viu. Vá
sentar
Pró – não é pra correr na
sala não
Aux pede que sente
corretamente.
Aux - você não esta em
casa
Obedece
C38
C37
C42
C37
Senta de lado
C47
Senta de costas pra mesa
C32
C44
Circula a mesa correndo
Levanta e brinca de correr com
um colega
C36
Senta-se com os pés na cadeira
C34
Senta-se de lado
C50
levanta e brinca com um cartaz na parede
C31
muda de lugar para ficar
perto do colega
Empurra a cadeira com
os pés
Aux - sente para frente
Pró – deixe ai pra não cair
de novo.
Obedeça à pró. fique
quietinho
aux diz – pode sentar no
lugar que
eu lhe botei
Ele senta
Obedece
Ela volta
Obedece
Ela senta-se
Ele senta
Obedece
Ela senta
Ele senta
Ele volta
Pró – pare com isso!
Obedece
Pró – fique quietinho, por
favor,
Obedece
C33
Também empurra a cadeira com os pés
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 72
Participantes: professora P2, e os alunos do grupo 4 e 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
C48
60
Assim, para darmos destaque às constatações possíveis a partir dos dados apresentados e
discutidos na primeira parte deste capitulo, organizamos no quadro abaixo, uma síntese das
categorias que de forma predominante caracterizaram a escola S, no que diz respeito ao
conceito central do nosso trabalho monográfico: O movimento corporal no contexto da
educação infantil.
As informações contidas neste quadro foram retiradas dos registros dos dados da pesquisa de
campo. A relação completa desses registros de informações consta nos quadros localizados
em anexo.
Comandos que inibem o movimento
corporal
Total: 508
Mandar sentar
186 /508
Manda parar o movimento
95 /508
Não interfere no movimento do aluno
47 /508
Manda ficar quieto
30 /508
Imitar movimento demonstrado
29 /508
Manda parar de correr
21/ 508
Mandar calar a boca/ /falar baixo
19 /508
Ameaça tirar o recreio
17/ 508
Isolar o aluno num canto para pensar
16 /508
Mandar se concertar
15 /508
Manda fazer silêncio
11/ 508
Interfere na execução do movimento do
aluno
11 /508
Manda olhar para frente
Manda parar de conversa
7 /508
2/ 508
61
Manda se comportar
2/ 508
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entendemos que as crianças, desde o nascimento, são mais ativas, elas se arrastam, pulam,
saltam, engatinham, andam, correm, pegam, jogam, brincam de faz de conta, enfim exploram
o espaço e o próprio corpo através de movimentos constantes, compreendendo, assim sua
própria existência, a existência do outro, o mundo a sua volta. Porém, neste mesmo ritmo,
esquecem e ou são levadas a esquecerem do corpo. De um lado temos uma classe social onde
as crianças testam suas habilidades e buscam informações na internet, dedicando-se aos
teclados, games, vídeos, CDs, mantendo-se estáticas, movimentando mais os dedos do que o
restante do corpo. O crescimento urbano, a diminuição dos espaços nas ruas, os condomínios,
bem como a falta de segurança, também se constitui em fatores que restringem as
possibilidades de se praticar atividades motoras adequadas ao desenvolvimento infantil. Do
outro lado, temos as crianças menos favorecidas socialmente e que não brincam, pois têm que
trabalhar cedo. Para essas, muitas vezes, só resta à rua como forma de se movimentarem e
exercitarem suas fantasias.
Entendemos que algumas dessas restrições de movimento podem resultar em defasagens de
aprendizagem, muitas vezes expressas ou não no aproveitamento escolar. Pois não é difícil
encontrarmos professores falando sobre dificuldades de alunos em fixar atenção, organização
do espaço, seleção de objetos, leitura, escrita, desenho dos números e outras dificuldades de
ordem afetiva e social como agressividade.
As experiências ou ações motoras quando oferecidas e vivenciadas adequadamente,
colaboram na maturação do sistema nervoso e nas expressões posturais contribuindo
amplamente para o equilíbrio das ações deste aluno na sociedade. Alguns destes aspectos
relacionados, por si só, poderiam ser suficientes para ressaltar a importância do movimento da
criança.
62
Uma vez aplicado o instrumento de coleta de dados, processados os mesmos e obtidos as
informações das respectivas análises, obtiveram-se resultados que permitem apresentar o
seguinte conjunto de conclusões:
No que tange á identificação das ações envolvendo o movimento corporal no cotidiano da
ação educativa dos professores de educação infantil, de acordo com os resultados obtidos
foram às seguintes: atividades que envolvem o movimento corporal, comandos que inibem ou
estimulam o movimento corporal no cotidiano das aulas.
As informações obtidas permitiram entender como o corpo é tratado nesse contexto, chegando
à seguinte conclusão. As professoras pesquisadas trabalham em algum momento das suas
aulas, sejam de forma consciente ou não, atividades envolvendo o movimento corporal.
Porém, fazem uso em grande escala de comandos em sua maioria inibidores do movimento
corporal como: mandar sentar, mandar calar a boca, mandar ficar quieto, parar de correr, olhar
para frente, mandar fazer silêncio, se comportar, falar baixo, parar de conversar, sentar direito,
ficar num canto para refletir, não interfere no movimento dos alunos, interfere no movimento
dos alunos e ameaças de retirar o recreio do aluno.
Sendo assim, diante do estudo realizado acerca do movimento corporal no cotidiano da
educação infantil, ressalta-se uma crítica na forma de como algumas profissionais estão
trabalhando o movimento corporal com a criança na pré-escola.
Foi possível perceber nas escolas pesquisadas, que a finalidade maior é com o
desenvolvimento intelectual das crianças. Deixando muitas das vezes de promover o
desenvolvimento do aluno de forma integrada. O aluno deve ser entendido como um todo, não
como partes que deve ser trabalhada isolada para depois serem reajustadas.
O papel do professor é muito importante diante do processo de desenvolvimento das crianças,
a forma como ele entende a criança interfere na sua ação dentro da sala de aula por meio de
suas práticas.
Pudemos observar que nas diferentes situações e atuações pedagógicas das profissionais, no
que se refere a mudanças qualitativas substanciais na prática diária da ação profissional ainda
constam lacunas a serem preenchidas. Principalmente no que se refere à formação da maioria
delas. É necessário que a rede de ensino onde estas atuam, criem meios para atualização das
mesmas. Fica claro que a responsabilidade pela qualificação profissional, originalmente é das
faculdades. Cabe, porém, as instituições de ensino, a qual essas professoras pertencem buscar
estabelecer formas que propiciem a capacitação profissional de seus professores em relação
ao movimento corporal.
63
Ao observar a realidade das salas pesquisadas, constatamos que a rotina escolar acontece de
maneira que a permanência excessiva na sala de aula faz com que as crianças, em boa parte
do tempo, percam o interesse pela aprendizagem, prejudicando assim seu processo de
desenvolvimento.
Ficou claro que as crianças permanecem a maior parte do tempo em que estão na escola
dentro da sala de aula, sentadas, paradas. Podendo usufruir de poucos momentos de
movimento, sendo vitimas de comandos coercitivos do movimento corporal.
Assim podemos concluir, dizendo que as ações adotadas na maioria das vezes por parte das
professoras, ao invés de ajudar a criança no seu processo de desenvolvimento do movimento
corporal como um todo, acaba interferindo no processo natural desse desenvolvimento,
bloqueando e limitando algumas potencialidades presentes nas crianças.
Queremos chamar a atenção para a urgência de se refletir sobre nossas ações na educação com
maturidade e o distanciamento necessário para enxergarmos não apenas os equívocos, mas
também os caminhos possíveis a serem percorridos.
64
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65
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66
Apêndice 1
Quadros das observações realizadas nas escolas C e S
67
ATIVIDADE:
cantar e executar as devidas coreografias.
P3
Alunos
C1
Comportamento do Aluno
Conversa bastante alto
Comportamento do Professor
Pede que fale mais baixo
Resposta do Aluno
Obedece
C2
Rola no chão
Levanta para pegar um
Jogo
Sai da roda para mexer
o quebra-cabeça
Pede que se concerte
Pró diz- não é hora de jogo
Não, senti aqui na roda.
Pede que volte para a roda para
Sentar.
Pede atenção, manda calar
a boca
Pede que guarde e sente
na roda
Não diz nada
Obedece por pouco tempo
Para de conversar
mas em seguida recomeça
Vai guardar mas não volta
Para a roda
Continua
Manda sentar
Não obedece
Professora chama para cantar. Manda sentar
Continua na mesa
Pró diz- você não quer ir
Pro recreio né?
Ele para
Pede que sente
Não obedece
Reclama. Diz pra ficar quieto
Ela para
Continua
C3
C4
C5
C6
C7
C8
C9
C10
Conversa c/ colega
Brinca c/ a colega com
uma boneca
Deita no chão
Levanta
Sai da roda e senta
na mesa
Conversa c/ o colega
C1
Levanta e mexe em um
cartaz na parede
Empurra a colega
C11
Levanta e mexe nos brinquedos
C4
Conversa com um colega
C12
Sai da roda
C7
Empurra a cadeira c/ os pés
C8
Sai da sala
Vê, mas não diz nada.
Pró diz- fale mais baixo
que não to surda não
Pede que volte a sentar
Pró diz- pare com isso
que coisa feia. Deixe o pé quieto
Não diz nada
C2
Deita no meio da roda
Manda se consertar
C8
Vai para o parque escondido
Põe num canto para refletir
C11
Obedece
Obedece
Ele para
Obedece
Ele para
Continua
Levanta mas
conversa
Não fica
Por muito tempo
Pró diz- é hora de fazer isso
Ela para
Por acaso? Pode parar
Pró diz- você vai ficar no
Fica quieto
C12
Bate no colega
Canto refletindo viu
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 07
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo
C13
Faz trança na colega
68
ATIVIDADE: recreio livre na sala de aula.
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C10
Pula corda
Manda parar
Obedece
C3
Monta quebra-cabeça na mesa
Não interfere
Continua
C7
Brinca de luta
Manda parar brincadeira
Continua
C13
Brinca de médica
Não interfere
Continua
Manda brincar na mesa
Não obedece
Manda brincar na mesa
Obedece
C17
C11
Brinca no chão c/ brinquedos
De encaixe
Brinca no chão c/ brinquedos
De encaixe
C12
Brinca de luta
Diz que não pode brincar de luta
Obedece
C2
Dá saltos na sala
Pró – pare de fogo. Brinque direito
Continua
C4
Brinca no chão c/ brinquedos
De encaixe
Manda sentar-se à mesa
Obedece
C1
Brinca de boneca
Não interfere
Continua
C6
Brinca de boneca
Não interfere
Continua
Não interfere
Continua
Manda parar
Obedece
Não interfere
Continua
C9
C5
C8
Brinca c/teclado de
Computador
Brinca de futebol usando
A peteca
Brinca de casinha
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 08
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo
69
ATIVIDADE: leitura da história (boi da cara preta).
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do
Aluno
C16
Brinca de capoeira na
Sala
Pró diz que ele vai ficar sem
Brincar
Não se importa e
Continua
C7
Levanta da roda
Pró manda sentar
Obedece
C8
Diz à pró que não gosta de ficar
Sentado na roda
C6
Conversa
C1
Levanta e vai para os brinquedos
Da sala
Pró - Fique sentadinho ai.
Depois agente levanta
Pró pede que pare de conversar e
Fique quieta
Pede que volte ao lugar para
Ouvir a história
C4
Empurra os colegas na roda
Pede que pare
Para por um
tempo
Pede que fale mais baixo
Obedece
C1
Fala bastante alto
Fica sentado
Obedece
Ela volta
C14
Fica fora da sala
Pró manda sentar
Ela volta
C6
Sai da sala
Vê, mas não diz nada.
Continua
C2
Conversa com o colega ao lado
Chama atenção. Manda calar a boca
Ela retoma a
atenção
C1
Levanta
Pede que sente.
Obedece
C16
Mexe numa colagem
Da parede
Reclama. Manda sentar no lugar
Continua
C8
Deita no chão
Pró – Se conserte menino
Continua
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 09
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo
70
ATIVIDADE: desenhar o boi da cara preta
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C7
Pinta o papel muito forte
Rasurando-o
Põe ele no canto para refletir
Chora
C2
Faz rápido para poder brincar
Não diz nada
Entrega a atividade e
Corre para os brinquedos
C5
Não quer fazer, quer brincar .
Pró diz que se não fizer não brinca
Entrega em branco
C8
Capricha no desenho
Pró elogia
Continua
C4
Larga a atividade para brincar
Pró manda sentar e terminar
Ele obedece
C10
Desenha no chão
Pró -Assim você vai sujar a
Atividade. Sente na mesa
Ele vai para a mesa
C6
Faz atividade incompleta
Pró pede que sente e termine
Faz aborrecida
Resposta do Aluno
Ela diz que não
Termina bem rápido e entrega
Pró manda sentar para pintar
O desenho sem pintar
Continua no chão
Termina a atividade e vai pro
Pró diz para sentar na mesa
C4
brincando
chão brincar
Ao acabar a atividade vai
Pró - Ai não viu! Brinque sentado
Ele muda de lugar
C10
Brincar embaixo da mesa
na mesa
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 10
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo
C13
71
ATIVIDADE: conversa na roda
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C17
Mexe no computador da sala
Pró – fique quieto
Continua
C16
Empurra o colega
Pró Eu acabei de falar que
O amigo é importante e
Você faz isso? Se comporte!
Fica sem graça
C16
Sai da roda
Pró - volte pra roda
Volta mais conversa
C16
Deita no chão
Pró – sente aqui direito!
Continua
C6
Senta fora da roda
Pró – sente corretamente!
Depois de minutos
Senta na roda
C16
Responde as perguntas gritando
C5
Pede para marcar no quadro
C1
Pede para escrever no quadro
Pró – sente, depois eu deixo.
Ela faz
C13
Conversa com colega
Pró - preste atenção. Cale
a boca um minuto.
Obedece
C4
Pede para fazer o numero
No quadro
Permite
Ele faz
C2
Conversa com colega
Pró manda parar de conversar
Ela para
Pró - assim eu vou ficar surda.
Fale baixo
Pró – sente ai que depois
te chamo
Continua
Observa
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 11
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo
72
ATIVIDADE: atividade mimeografada
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C2
Faz aleatoriamente
Manda sentar e fazer direito
Entrega e vai
Brincar
C1
Faz rápido para poder brincar
Pró – sente e refaça
Vai brincar
C6
Não entende e copia dos colegas
Não interfere
Vai brincar
C13
Termina rápido para brincar
Manda sentar e colocar
O nome
Vai brincar
C14
Não compreende a atividade
Responde junto com o aluno
Faz como mandado
E vai brincar
C10
Faz normalmente
Ninguém interfere
Continua
C16
Não sabe fazer deixa incompleta
Pró manda sentar para refazer
Obedece
C4
Faz com rapidez
Manda sentar para por a data
Obedece
C5
Tem dificuldade e copia do colega
Pró – sente e melhore esta letra
Obedece
C17
Consegue fazer sozinho
Aceita a atividade
Vai brincar
C7
Faz normalmente
Ninguém interfere
Continua
C8
Faz com rapidez
Manda sentar e refazer direito
Levanta e vai
brincar
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 12
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo
73
ATIVIDADE: Professora conversa com os alunos, depois conta uma história infantil
Alunos
P3
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
Diz estar cansado de ficar
no chão
Brinca de luta com um
Colega na roda
Sai da roda e ouve
a história sentado na mesa
Pró – tá cansado então fique
Quietinho ai.
Pró -você não tá me vendo
Aqui não? Se conserte
Faz cara de
chateado
Pró- sente aqui na rodinha.
Diz que não
C5
Conversa durante a história
Pede que fale baixo
Ele para
C4
Empurra o colega na roda
C16
Rola no chão
C12
C7
C17
C13
Pega uma cadeira para sentar na roda
Ele para
Pró – Rapaz, fique quieto. Eu
Vou deixar você sem parque
Pró – pare com isso. Sente
Aqui comigo
Manda sentar no chão como
Os demais
Permanece na
Cadeira
Ele para
Continua
C16
Interfere a professora falando alto
Pró - assim não dá. Fale baixo
Ele para
C16
Senta no meio da roda
Pró – fique certo menino
Sai do meio
C6
Senta fora da roda
Pró – sente direito!
Diz que não quer
Ficar na roda
C1
Participa atenciosa da aula
Ninguém interfere
Continua
Brinca com uma colega de jacaré
Pró – se concerte ou não vai
Deitada no chão
Brincar hoje
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 13
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo
C2
Continua
74
ATIVIDADE: roda
Alunos
C3
C16
C1
C1
P3
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
Fala muito alto atrapalhando
A aula
Sentado com as pernas
Abertas
Conversa alto no meio
Da aula
Pró – eu posso continuar? Então
Cale a boquinha.
Fica quieto
Pró - se concerte!
Corrige a postura
Pró - pra falar precisa gritar?
Pode parar a conversa
Ela para
Levanta
Pró reclama, pede que sente.
Obedece
Sai da roda e vai brincar no
Espelho da sala
Conversa com colega alto
Atrapalhando a pró
Pró – sente aqui agora!
Ela senta-se
Pró – você quer dar aula
No meu lugar? Então cale a boca
Ela cala
C12
Sai da roda e vai para a mesa
Pró – venha participar. Sente aqui
Diz que não quer
Ficar no chão
C14
Sai da roda para mexer
Nos livros de história
Pró – sente, por favor.
Ela volta
C13
Senta torto na roda
Pró pede que sente direito
Ela conserta-se
C1
Levanta mais uma vez
Pró -to cansada de falar com
Você. Fique quieta
Ela senta-se
C15
Senta fora da roda
Pede que se conserte
Não obedece
C6
C2
C1
Levanta pela terceira vez
C9
Conversa fora da roda
Pró -se você levantar pela quarta
vez , vai ficar sem brincar hoje.
Pede que pare de atrapalhar
A aula . Manda calar a boca
Ela senta-se
Novamente.
Ela para
Levanta e vai mexer no armário
Pró pede que sente
Obedece
da sala
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 14
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo
C8
75
ATIVIDADE: recitar poema /confeccionar dobradura de borboleta de papel
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C16
Perturba os colegas
Pró diz que vai ficar sem brincar
Depois
Ele para
C2
Sai da sala
Manda sentar
Continua
C14
Também sai da sala
Manda sentar
Continua
Pró – só vai ganhar a borboleta quem sentar
Senta
Pró troca ele por outro aluno
Para declamar
Observa
Manda ficar sentado
Obedece
C15
C5
C12
Levanta do lugar anda pela
Sala
Declama com dificuldade
Ao falar
Tem vergonha de declamar
E não participa
Resposta do Aluno
C4
Pede para a pró fazer a dobradura
Ela explica como deve ser
Feito. Manda fazer igual
Tenta fazer
C17
Não acerta fazer a dobradura
Manda fazer direito
Consegue
Fazer
Manda fazer como ela faz
Tenta e consegue
Mostra como ela faz e manda fazer igual
Tenta e consegue
C3
C16
Diz que não consegue fazer
A dobradura
Diz que não sabe fazer
A borboleta de papel
C11
Brinca com tampinhas
Manda parar de brincar e sentar para terminar
A atividade
Obedece
C10
Participa ativamente da aula
Reporta-se sempre a ele
Continua
C7
Deita no chão
Manda sentar
Permanece
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 15
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo
76
ATIVIDADE: trabalhando os números do relógio no quadro.
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C13
Grita com o colega
Pró – precisa isso? Fale baixo
Ela para
C3
Brinca com colega na roda
Pró – fique quieto
Obedece
C4
Rola no chão
Pró – pare com isso e sente aqui.
Ele levanta
C15
Levanta
Manda sentar
Continua
C13
Conversa durante a aula
C6
Conversa durante a aula
C7
C11
Brinca com a tomada
da parede
Brinca deitado embaixo
da mesa
Resposta do Aluno
Pró – silêncio! Que conversa boba
Ela para
Pró – pare de conversa menina
Ela para
Pede atenção na aula e volte a sentar
Presta atenção
Manda voltar a sentar na rodinha
Continua
Pró – você vai ficar no
Canto refletindo.
Pró – fique ali 5 minutos
Para refletir
Pró – se comporte por
Favor. Fique quieto
Pró - sente agora. Não
Vou falar de novo
Ele senta
C8
Brinca de luta com colega
C1
Grita
C14
Brinca de fazer cócegas
C2
Levanta
C16
Levanta para mexer no
Quadro
Pede que sente.
Obedece
C17
Não presta atenção
Pró – sente aqui perto de mim
Obedece
Ela fica
Ela para
Obedece
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 16
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo
77
ATIVIDADE: Conversa na roda sobre números
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C3
Fala alto
Manda calar a boca
Ele para de falar
Pró - silêncio por favor!
Ele faz silêncio
C5
C6
Conversa alto, interrompendo
a professora
Sai sa roda e vai pegar
bonecas
Pró manda leva-las de
volta e sentar
Pró – se teimar de novo não brinca
Hoje.
Ele para por um
instante
Ela obedece
C16
Brinca de luta na roda
C12
Presta atenção
Ninguém diz nada
Continua
C14
Brinca na pia da sala c/
água
Pró diz- se você não sentar
agora ,nem pro lanche você vai hoje
Ela volta
C13
Presta atenção
Não é interrompida
Continua
C11
Corre pela sala c/ colega
Reclama, diz que não vai
Brincar hoje
Fica quieto
C15
Passeia pela sala
Manda sentar
continua
C10
Levanta para mexer nos carrinhos
C1
Levanta
C9
Conversa
Pró manda calar a boca
Ela para de
conversar
C2
Sai da roda
Pede que sente
Ela senta
C8
Sai da roda e pega brinquedos
De montar
Pede que volte a sentar
Não volta
C17
Levanta da roda
Pró - quem tiver de pé
Não vai pro parque
Senta
C7
Brinca de chutar o pé do
Colega
Pró - será possível? Fique quieto
Ele para
C1
Levanta novamente da roda
Manda sentar
Obedece
C7
Arrasta cadeira
Pró – fique quieto no seu lugar
Fica quieto
C13
Bate os pés no chão
Manda parar de bater
Obedece
C1
Levanta pela terceira vez
Põe ela num canto para refletir
Fica no canto
C7
Empurra o colega
Pró - de novo você rapaz? Só
Por isso não vai pro parque.
Ele para
C3
Levanta
Pede que sente.
Ele senta
Pró -vá ficar no canto refletindo
Ele vai
Pede que se conserte e sente
No lugar direito.
Ele para
Pede que se concerte
Entra na roda
C16
C4
C15
mexe num cartaz,
danificando-o
Brinca de passar por baixo
Da mesa com colega
Senta fora da roda
Pró-volte para a roda, depois
Brinca.
Pró - eu disse o que?
Que é pra ficar sentado né?
Obedece
Senta novamente
Pró – você vai ficar sem brincar
Fica quieto
hoje
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 17
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
C16
Arrasta o colega por traz
78
ATIVIDADE: Montar um cartaz/ atividade mimeografada
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C14
Não participa, anda pela sala
Manda sentar
Recusa-se
C4
Conversa com os colegas
Manda parar a conversa e
continuar a atividade
Ele continua
C10
Ajuda a confeccionar o
cartaz
Não interfere
Continua
C13
Sai da mesa e vai brincar
C2
Deixa a atividade e vai
brincar
C16
Pega brinquedos
C7
Balança-se na cadeira
C3
Briga com colega por
causa de brinquedos
Resposta do Aluno
Pró manda sentar para
Terminar a atividade
Manda sentar para e fazer
tudo
Pró-largue ai agora e sente no
seu lugar
Pró- fique quieto ,você
vai cair.
Volta, mas não
termina
Obedece mas não
participa
Pró -já terminou sua
atividade? Sente pra fazer.
Diz que não e
Volta a fazer
Ela volta
Ele para
C6
Não participa do cartaz e
Fica na frente do espelho
Manda sentar
Continua dispersa
C1
Diz que não sabe fazer
Pede que sente e termine para
Poder brincar
Ela continua
fazendo
C8
Termina atividade
Recebe a atividade
Vai brincar
Mostra como deve ser feita
Consegue
Manda sentar para terminar.
Continua
Manda brincar
Obedece
C15
C5
C17
Diz não saber fazer a
atividade
Corre pela sala e larga a
Atividade incompleta na mesa
Termina rápido
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 18
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
79
ATIVIDADE: atividade no quadro de linguagem
Alunos
C1
C2
C12
C1
C14
C4
C17
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Conversa durante
atividade
Conversa durante
atividade
Sai da roda e pega um livro
senta na mesa e fica olhando
Conversa novamente durante
atividade
Conversa durante
atividade
Conversa durante
atividade
Pró diz – cale a boca e preste
atenção na aula?
Pró diz –se ficar conversando
Assim não vai ter brinquedo
Sai da roda
P3
Resposta do Aluno
Momentaneamente ela
Para.
Para de conversar
Pró diz - você hoje ta desobediente demais. Pare de conversar.
Ele volta, mas traz o livro
Com ele
Ela para de
conversar
Pró manda parar de conversar
Para por um momento
Pede que sente na roda
Pró diz - Pare de conversar
Pró manda voltar a sentar
Ele para, mas logo recomeça
A conversa
Ele não volta observa
afastado
Por um breve momento
Ele obedece
Pró pede que olhe para frente e
Pare com a conversa.
Sai da roda e vai desenhar
Pró diz - agora não é hora disso,
Obedece
C10
na mesa
Sente aqui.
Manda calar a boca e prestar
C16 Não presta atenção e conversa
Continua conversando
atenção
Pró diz –eu não mandei ninguém
C9 Pega boneca e traz para a roda
Guarda a boneca e senta-se
pegar brinquedo ,sente no seu lugar
Pró pede que sente direito
Ela obedece
C13
Senta fora da roda
Dentro da roda
Pró – fique quieto ou não vai para
Ele para
C5
Chuta o colega com os pés
o parque
Pró diz - Você ta atrapalhando
Ele se cala
C8
Fala bastante alto
a aula.cale a boca por favor
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 19
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
C7
Conversa com colega do lado
80
ATIVIDADE: ligar as figuras ao nome no papel, sentadas no chão.
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C2
Senta de costas na roda
Conserta-se
C1
Balança-se
Pró diz - sente direito na roda
Pró diz - ta sentindo o
que hoje?Fique quieta.
C14
Fica de pé na porta
Senta-se
C16
Empurra o colega com os pés
C4
Senta longe da roda
C12
Brinca fora da roda com um colega
C10
Brinca fora da roda
C17
C10
Desenha fora da roda
Brinca deitado no chão com
pedaços de borracha
Pró diz - quer ficar sem parque é?
Pró diz - diz que vai por ele
no canto para refletir
Pró o traz de volta pelo
Braço e manda sentar
Pró diz – volte ou não deixo brincar
depois
Pró diz – pare de brincadeira
, preste atenção aqui.
Pró diz – depois desenha.
Sente aqui na roda
C3
Levanta e mexe no berimbau
C9
Conversa durante atividade
C16
Empurra o colega
C14
Tenta levantar
C14
C4
Deita no chão com o colega
Faz barulho batendo os
pés no chão
C14
Conversa com colega
C12
Obedece
Fica quieto
Ele senta
Ele volta e senta-se
Volta para a roda
Ele vai pra roda
Pró manda sentar
Pró diz - depois você brinca.
Sente aqui
Pró diz - preste atenção ,deixe
de conversa
Obedece
Ele senta-se
Presta atenção
Pró diz - quer parar?
Pró diz - se sair da roda não
vai brincar
Pró diz – sente direito pelo
amor de deus
Pró diz - você é o maior da sala,
comporte- se.
Pró diz – cale a boca e preste
atenção.
Ele para de empurrar
Pró diz – sente direito
Pró diz – por isso que não
Aprende,sente direito.
Senta-se
Entrega a tinta a pró
C2
Deita no chão
Pinta o chão com um tubo
de tinta
Pinta o chão com um tubo
de tinta
Pró – se concerte
Entrega a tinta a pró
C14
Esta sentada de lado
Conserta-se
C7
Conversa bastante alto
C1
Fala alto
C2
Deita e rola no chão
C8
Brinca deitado no chão
Pró pede que se conserte
Pró - Você não tem educação
não? Fale baixo.
Pró - você não sabe falar baixo
não é?
Pró – eu vou escrever seu
Nome aqui no quadro pra não
Brincar depois.
Pró – você ta se
Comportando mal hoje, fique quietinho.
Ele senta-se na roda
C10
Deita no chão com colega
Pró – sente por favor.
Ele senta-se na roda
C8
Faz o gesto de levantar
Obedece
C7
C16
Também deita no chão
Interrompe a aula imitando
um macaco
C4
Também imita bicho
Pró diz – pode ficar ai no seu canto
Pró diz – se conserte na
roda menino.
Pró diz pra deixar de
Palhaçada e ficar quieto
Pró diz – poxa!, Eu vou tirar você
da roda já, já
C13
Ela volta e senta
Levanta e senta-se
Ele fica quieto
Fica quieta por um
tempo
Ele cala-se
Ela cala-se
Ela concerta-se
C16
Estica as pernas na roda
Pró manda encolher as pernas
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 20
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
Senta na roda
Ele para
Fica quieto
Obedece
81
ATIVIDADE: Roda /situação problema de matemática
Alunos
C8
Comportamento do Aluno
Levanta e mexe no computador
P3
Comportamento do Professor
Pro chama pra sentar roda
Resposta do Aluno
Diz que não quer ir
C6
Mexe no cabelo fora da roda
Manda ficar quieta
Continua
C13
Sai da roda e vai brincar
Pro chama para sentar
Volta pra roda
C5
Pula na sala
Pró reclama. Manda ficar quieto
Ele para
C17
Vai para o computador brincar
Pró – senti aqui agora!
Eles continuam
C10
Da cambalhota fora da roda
Pró chama para sentar roda
Ele volta
C12
Sai da roda e vai mexer-nos
Manda sentar na roda
Volta a conversar
C11
Senta no meio da roda
Pró – se concerte menino.
Obedece
C4
Balança-se na roda
Pede que pare
Obedece
C16
Fica de pé na parede
Manda sentar
Continua
C3
Levanta apaga o quadro
Pró – depois você faz isso.sente aqui
Faz o que manda
C1
Canta rápido
Pró – tenha calma.cante devagar.
Canta mais
C14
Carrega cadeira
Pró –é pra sentar aqui no chão
Obedece
C2
Atinge a barriga da colega
Obedece
C1
Levanta e pega boneca
Fica de castigo e sem parque
Pró toma o brinquedo e pede que volte para terminar
a atividade
Pró vai buscá-lo e manda e põe sentado
Obedece
Pede que guarde os brinquedos e sente
Obedece
Pró chama e manda sentar na roda
Continua fora
C12
C3
Pega brinquedos de montar e sentase à mesa para brincar
Espalha os brinquedos de
Ela volta
C6
Não senta na roda
C13
Retorna aos brinquedos da sala
Manda mais uma vez sentar
Continua
C6
Sai da sala
Manda voltar à sala e sentar
C3
Chuta o colega
Pró – você vai ficar sem parque
Volta tempos depois
Ele para e pede
desculpa
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 21
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
82
ATIVIDADE: parque / recreio livre
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C1
Brinca de casinha
Não interfere
Continua
C2
Brinca de luta
Continua
C3
Brinca de luta
Não interfere
Diz – Você sabe que não pode brincar
assim. Pode parar.
Obedece
C4
Brinca de casinha
Não interfere
Continua
C5
Brinca com panelinhas
Não interfere
Continua
C6
Brinca de luta
Diz- Eu vou botar você na sala. Pare viu!
Obedece
C7
Brinca de luta
Manda parar.
Obedece
C8
Corre circulando o escorrega
Manda parar.
Obedece
C9
Brinca de casinha
Não interfere.
Continua
C10
Brinca de correr
Manda parar.
Obedece
C11
Brinca de luta
Obedece
C12
Dá saltos de capoeira
Manda parar.
Diz - Pode parar que aqui não é roda de
capoeira.
C13
Deita no chão do pátio
C14
C15
Não obedece
Corre no pátio
Manda se concertar.
Diz – Eu disse que não é pra brincar de
correr seu teimoso.
Obedece
Arrasta-se no chão do pátio
Manda levantar e brincar direito
Obedece
C16
Brinca com quebra-cabeça
Não interfere.
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 22
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
Obedece
Continua
83
ATIVIDADE: conversa sobre frutas e confecção de um cartaz na roda
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C2
Mexe nas frutas
Pede que pare
Obedece
C14
Bate no colega
Põe pra refletir no canto
Fica por um tempo
C1
Levanta e pega quebra-cabeça
Pró - não é hora de brincar
Preste atenção aqui. Sente viu!
Ela senta
C3
Vai para o meio da roda
Pró – se concerte, por favor.
Conserta-se
C16
Derruba as frutas no chão
Pró reclama.manda ficar quieto
Ajuda a recolhê-las
C4
Levanta e brinca com um
Colega
Pró diz que não vai deixar depois
Brincar se não sentar
Obedece
C11
Conversa
Pró pede mais silêncio
Obedece
Pede que volte e sente na roda
Ele volta para
atividade
Manda sentar e ficar quieto
Obedece
C12
C10
Mexe nos carrinhos não
Participando do cartaz
Sai da atividade, brinca de atirar
Com um colega.
Resposta do Aluno
C17
Sai da roda, não participa.
Diz que não vai deixar brincar
depois se não participar
Volta para atividade
C5
Corre na sala
Manda parar e sentar
Ele senta na roda
Pró pede atenção. Manda ficar quieto
Obedece
Manda guardar os brinquedos e sentar
Continua
C13
C6
Brinca de adoleta com
colega
Levanta, sai da roda
Pega brinquedos
.
Volta à atividade
Manda sentar
aborrecido
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 23
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
C8
Desenha na mesa
ATIVIDADE: pescaria de peixes de papel
Alunos
C4
C7
C8
C5
C1
C17
Comportamento do Aluno
Consegue realizar a atividade
normalmente
Consegue realizar a atividade
normalmente
Consegue realizar a atividade
normalmente
Demonstra dificuldade na execução
da tarefa
Tem lentidão em encaixar o anzol
na alça dos peixes
Demonstra habilidade e pega
mais peixes que os demais
P3
Comportamento do Professor
Pede que faça mais rápido
Resposta do Aluno
Passa a vez para
outro
Passa a vez para
outro
Demonstra
satisfação
Passa a vez para
outro
Pede que faça mais rápido
Não consegue
Elogia e manda sentar
Vai brincar
Manda sentar e ficar quieto
Manda sentar e ficar quieto
Elogia e Manda sentar
C6
Sai da atividade e brinca na sala
Manda ficar quieto
Obedece
C13
Corre com uma colega
Pede que pare de correr
Obedece
C12
Não participa da atividade
Manda sentar
Não senta
C10
Brinca no chão
Manda sentar e ficar quieto
Obedece
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 2
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
84
ATIVIDADE: Brincar com a parlenda na roda sentadas no chão
Alunos
C4
C8
Comportamento do Aluno
Sai da roda e vai para os
Brinquedos
Levanta e senta na cadeira
fora da roda
P3
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
Pró pede que sente na roda
Obedece
Pró pede que volte para sentar na roda
Não volta
C5
Senta fora da roda
Pró pede que se concerte
Ele obedece sentando
Na roda
C1
Levanta e vai até a porta
Pró reclama e manda sentar
Ela volta e senta na roda
C17
Sai da roda e brinca com
um carrinho
Ele guarda o carro mas
não volta para a roda
C6
Senta de lado na roda
Pró manda guardar o carro
E voltar para a roda
Pró -sente pra frente faça
o favor
C12
Levanta e brinca no quadro
Com o piloto desenhando
Manda sentar no lugar
Continua desenhando
C13
Conversa com uma colega
Pró – faça silêncio
Ela obedece
C10
Esta sentado atrás dos colegas
Pró – sente na roda
Ele obedece
C7
Deita no chão
Pró pede que se concerte
Ele senta
C8
Continua fora da roda
Pró chama para participar .pede que
sente direito
Diz que não quer
Sentar-se não chão
C1
Conversa alto mais uma vez
Pró pede silêncio
Ela obedece
C13
Sai da roda vai para
os brinquedos
Manda voltar para sentar na roda
Continua brincando
C7
Empurra o colega ao lado
Pró – eu vou deixar você sem parque.
Ele para
Ele obedece
Pró – só você que ta bagunçando
desse jeito. Quer ficar sem brincar
Ele se concerta
hoje?
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 25
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
C5
Rola no chão no meio da roda
85
ATIVIDADE: Conversa sobre animais em extinção. Atividade mimeografada sobre o assunto.
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C4
Conversa na roda atrapalhando
a pró
Pede silêncio
C8
Fica de pé na roda
Pede que sente
C6
Anda pela sala
Pró - a aula é ai é?Sente, não
Tá na hora de brincar não
Ela senta-se
C5
Conversa com um colega
Pró manda calar a boca
Ele cala
C1
Levanta e tenta pegar o livro
da professora
C17
Traz uma cadeira para poder
ficar na roda
C4
Volta a atrapalhar a pró
por conversar alto demais
C7
Larga a atividade e vai brincar
Pró – deixe de ser curiosa que eu
Vou mostrar,fique no seu lugar
Pró – na cadeira não.Guarde que
todo mundo tá sentado no
chão
Pró – se continuar assim eu não
vou deixar você brincar depois
Pró manda terminar a
atividade ou não vai deixar
ele ir ao parque
C13
Faz a atividade rápido de forma
incorreta
Manda sentar para refazer
C1
Faz a atividade rápido para brincar
Recebe a atividade e libera
a aluna para brincar
Vai brincar após entregar
A atividade
Vai brincar após entregar
A atividade
C6
Copia do colega
Não deixa ir para o parque
Ela vai brincar
C5
Pró dá a resposta da atividade
Recebe a atividade e libera
o aluno para brincar
C4
Faz a atividade do colega para o
Mesmo poder brincar
Não interfere
C17
Entrega a atividade sem fazer
Manda sentar para fazer
C10
Demora fazendo a atividade
Manda fazer mais rápido para ela
Recolher.
C8
Termina e entrega a atividade
Ele vai para os
brinquedos
Entrega a atividade
E vai brincar
Ele vai para os
brinquedos
Ele levanta e vai brincar
Ao terminar
Vai brincar após entregar
A atividade
Ele volta e faz de qualquer
jeito o nome
Manda ele brincar
Resposta do Aluno
Ele para por um
momento
Obedece, mas logo
levanta
Ela senta
Ele obedece
Ele para de conversar
Obedece e tenta fazer
Manda voltar pra mesa para
Fazer o nome
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 26
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
C7
Não põe o nome na atividade
86
ATIVIDADE: Pesar objetos e os alunos/ Atividade mimeografada
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C5
Brinca na roda
Pró - manda parar a brincadeira e ficar quieto
P3
Resposta do
Aluno
Obedece
C9
Levanta e vai mexer nos brinquedos
Pró - volte aqui pra roda, depois brinca.
Ela para de
conversar
Ela senta na roda
C12
Sai da roda
Pró manda voltar e sentar
Ele senta-se
C10
Senta-se fora da roda
Pró pede que sente direito
Ele senta na roda
C3
Levanta e pega brinquedo
Pró – agora não, sente aqui.
C6
Levanta da roda para beber água
Pró – depois bebe água, volte pra cá
C4
Levanta e vai para mesa dos brinquedos
C17
Sai da roda e mexe nos carrinhos
Pró – só vai brincar se terminar a
Atividade. Sente logo
Pró – largue ai e sente aqui
Ele senta na roda
Ela volta para a
roda
Ele volta a fazer
A atividade
Ele obedece
C13
Copia a atividade da colega
Recebe a atividade e manda sentar
Obedece
C1
Conversa na roda
Silêncio por favor, pede a pró.
C9
Copia a atividade da colega
Põe no canto por 5 minutos para pensar
Obedece
C7
Entrega a atividade pela metade
Pró manda-o sentar e completar as atividades
Ele senta
C10
Copia do colega
Recebe a atividade e manda sentar
Vai sentar
C8
Termina a atividade e corre na sala
Pró – correr na sala não, pode parar.
Ele para
C5
Levanta deixando a atividade sem fazer
Pró-pode terminar ou não vai brincar
Copia do colega
C3
Faz a atividade rápido
Recebe a atividade e manda sentar
Vai sentar
C12
Rasura a atividade
Pró o deixa no canto refletindo
Ele fica
C1
Faz a atividade rápido
Recebe a atividade e manda sentar
Vai sentar
C4
Rasga a atividade do colega
Pró o deixa no canto refletindo
Desobedece e sai
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 27
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
87
ATIVIDADE: listar animais e leitura de uma história
P3
Alunos
C5
Comportamento do Aluno
Levanta durante a atividade
Comportamento do Professor
Pró – sente.
Resposta do Aluno
Ele senta-se
C1
Conversa com colega
Pró – eu posso continuar? Cale a boca.
Para de conversar
C9
Conversa alto atrapalhando a atividade
Para de conversar
C12
Arrasta cadeira
C10
Levanta durante a atividade
Pró reclama e manda falar baixo
Pró - deixe de barulho, bote essa cadeira
ai e volte pra cá.
Manda sentar.
C3
Conversa alto atrapalhando a atividade
Pró - silêncio menino,assim não dá.
Para de conversar
Volta para a roda
obedece
C6
Sai da sala
Manda sentar no lugar.
Fica fora da sala
C4
Levanta durante a atividade
Pró – sente e preste atenção.
Ele obedece
C17
Não senta na roda
Pró chama para sentar.
Não vai
C13
Brinca de casinha na roda
Pró reclama e manda ficar quieta.
C9
Levanta durante a atividade
C7
C10
C8
C5
C3
C12
C3
C4
C7
C17
C9
C3
C8
C17
C4
C13
C1
Pró pede que se sente.
Pró – volte para o lugar, depois eu
Levanta e mexe nos brinquedos de montar
deixo brincar.
Deita no chão
Pró - sente menino, deixe de palhaçada.
Pró – primeiro a atividade depois a
Sai da roda e vai brincar com quebra cabeças
brincadeira, sente aqui.
Levanta durante a atividade e corre na sala Pró - agora é hora de pegar picula?Sente.
Levanta durante a atividade para mexer no
Pró - sente aqui, por favor.
cartaz da parede
Sai da sala para o corredor
Pró vai buscar e manda sentar.
Deita no meio da roda
Ela para
Obedece
Ele volta
Ele senta
Ele volta pra roda
Ele para de correr
Ele obedece
Volta pra roda
Para a atividade e espera ela Sentar.
Ela volta para o lugar
Ela volta para o
Levanta durante a atividade
Manda sentar.
lugar
Pró – hoje você não vai brincar não Por
Fica chateado no
Rola com um colega no chão
causa do seu comportamento.
canto
Levanta e vai para a janela
Manda sentar.
Ele volta pra roda
Passa a prestar
Brinca de adoleta na roda
Pró – preste atenção na aula. Fique quieto
atenção
Levanta durante a atividade e vai para a porta
Pró – você perdeu o que ai?Sente.
Ele senta-se
Pró – não que ainda não terminei, Fique
Fica na roda sentado
Pergunta se já pode brincar
quietinho.
Senta-se fora da roda
Pró – é ai que senta é?Se concerte.
Senta corretamente
Levanta durante a atividade e brinca de luta Pró – sente aqui e se levantar não vai ter
Ele obedece
com um colega
Brinquedo hoje
Atrapalha a leitura da história falando alto
Pró manda fazer silêncio
Obedece
Levanta durante a atividade
Pró – perdeu o que de pé? Sente!
Ela senta-se
C5
Senta longe da roda
Pró – volte pra rodinha
Ele obedece
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 28
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
88
ATIVIDADE: Apresentar algumas obras do artista Bel Borba em fotos.
Alunos
Comportamento do Professor
P3
Resposta do Aluno
C4
Comportamento do Aluno
Levanta para mexer no
Material da pró
C6
Pede pra ir ao banheiro
C10
Pró – eu não mandei levantar não. Sente.
C2
Levanta para beber água
Arrasta-se embaixo da
mesa
Pró – sente aqui para ver as fotos.
Ela vai ver
C16
Não presta atenção na aula
Manda se concertar
Continua sem atenção
C1
Levanta
Obedece
C7
Sai da roda
Manda sentar
Pró – você toda hora levanta. Fique
quieto.
C1
Conversa alto
Pró – deixe as coisas ai e sente.
Pró deixa
Obedece
Ela vai e fica no
corredor
Ele senta-se
Ele senta-se
Pró – eu preciso de silêncio. Pode ser? Fala baixo
Pró – se não sentar direito na roda
Não vai brincar.
Volta pra roda
C5
Brinca de rolar no chão
Pró – que bagunça é essa?Sente
Aqui pelo amor de deus.
Ele senta-se
C8
Brinca com água na pia
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 29
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
ATIVIDADE: Leitura da história Berimbau
P3
Resposta do Aluno
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C8
Sai da roda
Pró - sente aqui
Ele senta-se
C13
Senta-se de lado
Pró - se concerte
Obedece
C5
Senta fora da roda
Obedece
C3
Levanta e mexe no quadro
Pró - sente direito
Pró – eu não mandei ninguém
Levantar. Pode sentar.
C9
Deita no colo da colega
Pró – se concerte
Obedece
C8
Estica as pernas
Pró - dobre as pernas, por favor.
Ele dobra
C2
Senta de costa para roda
Pró – é assim que senta é?Sente direito
Obedece
C16
Fala alto
Pró - aprenda a ouvir. Fala silêncio
Ele cala-se
C10
Brinca na roda
Pró – se comporte
Obedece
C12
Senta fora da roda
Pró - sente na roda, por favor.
Ele senta-se
C7
Circula pela sala
Pró – venha ouvir a história. Sente aqui
Ele Obedece
C1
Fica de pé
Pró - sente.
C17
Traz a cadeira pra roda
C4
Fica de pé ao lado da pró
Manda sentar no chão
Pró – perdeu o que aqui?Vá pro
seu lugar.
Ela senta-se
Permanece na
Cadeira
C6
Sai da roda
Pró - vá pro seu lugar menina
C15
Tenta sair da sala
C15
Conversa na porta
Pró – se sair vai lanchar só na sala
Pró – você ta atrapalhando a aula.
Sente aqui faça o favor!
C14
Esconde-se atrás da porta
Pró – outra hora brinca. Venha pra cá
C16
Empurra o colega
Obedece
Ele vai
Ela volta para
roda
Ela volta
Volta pra roda
Obedece
Pró - hoje você não vai brincar
Fica aborrecido
Pró - você ta deixando a roda feia.
C14
Senta no meio da roda
Toda torta. Se concerte
Obedece
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 30
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros constam no anexo
89
ATIVIDADE: Atividade de colagem.
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
C14
Diz não saber fazer o dever
C5
Deixa atividade para brincar
Pró – pode sentar viu!
Obedece
C3
Faz a atividade no chão
Ele levanta-se
C7
Levanta e vai pegar brinquedo
Pró manda sentar-se à mesa
Pró – volte e termine sua
atividade
C1
Faz rápido para brincar
Obedece
C4
Faz rápido para brincar
C17
Faz rápido para brincar
Manda sentar para refazer
Aceita
Atividade e manda sentar.
Aceita
Atividade e manda sentar.
C8
Faz rápido para brincar
Manda sentar para refazer
Obedece
C2
Não vê
Continua brincando
C15
Deixa sem fazer e vai brincar
Cola de qualquer jeito para
terminar
Logo e brincar
Manda fazer direito
Obedece
C10
Diz que não quer fazer
Pró – se não fizer não brinca.
Ele faz
C12
Pede para a pró fazer pra ele
Pró manda sentar para fazer
Vai fazer
C7
C6
C9
Faz normalmente
Comportamento do Professor Resposta do Aluno
Pró manda sentar e tentar
Obedece
fazer
Não interfere
Entrega pela metade para brincar Manda terminar ou não brinca
Faz normalmente
Obedece
Obedece
Obedece
Continua
Obedece
Não interfere
Continua
Pró manda voltar e terminar
A atividade.
Não volta
C16
Levanta e vai brincar
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 31
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros constam no anexo.
90
ATIVIDADE: Leitura do livro: Amigo do Rei/ Listar as características dos personagens da história
Resposta do Aluno
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C2
Conversa durante atividade
Pró pede silêncio
Ela cala-se
C16
Deita no chão
Manda se concertar
C15
Corre no corredor
Chama de volta a sala e manda sentar
Continua
Volta à sala, mas
Não senta na roda
C3
Conversa alto
Pró – assim eu vou ficar surda.cale a boca.
Cala-se
C7
Deita no chão
Pró – se concerte menino!
Obedece
C6
Vai ao banheiro sem pedir
Permanece lá
C4
Levanta para ver o livro da pró
C10
Conversa durante atividade
Põe no canto pra pensar
Pró – deixe de ser mal educado
E sente.
Pró – se continuar com barulho
Não vai brincar hoje
Obedece
Para de falar
C3
Conversa alto
Manda calar a boca
Para de falar
C12
Deita no chão
Pró – sente aqui direito.
Ele senta-se
C16
Mexe em um cartaz da parede
Pede que sente
Não obedece
C3
Puxa o pé do colega
Pró reclama e manda ficar quieto
C8
Conversa durante atividade
Pró pede silêncio
Ele para
Para, depois volta a
Conversar.
C10
Levanta e mexe no armário
Pró – volte pra cá.
Ele volta
C14
Vai para a porta
Manda sair da porta e sentar.
Volta pra roda
C6
Levanta para beber água
Continua
C14
Vai para outra sala
Não fica no canto
C7
Levanta e mexe nos carrinhos
Não interfere
Vai buscar e põe no canto
para pensar
Pró – não é pra pegar agora
Não.sente aqui.
C6
Vai para frente do espelho
Manda sentar
Ela volta
C1
Levanta
Manda sentar
Obedece
Volta pra roda
C4
Deita no chão
Pede se concerte
Obedece
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 32
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
P3
91
Atividade: Competição entre as crianças: encher as garrafas com os copos de água.
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
P3
Resposta do Aluno
C1
Senta-se na mesa
Pró – sente na cadeira
Obedece
C2
Vai pegar brinquedo
Pró – pode deixar brinquedo lá e sente
Larga o brinquedo
C3
Mexe nos brinquedos
Manda sentar
Volta pra roda
C16
Pró – sente no seu lugar
Obedece
C3
Vai para a janela da sala
Levanta e mexe na torneira
Da sala
Pró – sente na mesa
Pró – venha pra roda
C10
Brinca embaixo da mesa
Obedece
Ele volta para
A roda
C6
Sai da sala
C14
Foge para o parque
C5
Brinca de correr na sala
Pró manda um aluno chamá-la
de volta
Pró leva para secretaria
Pró – aqui não é lugar pra correr.
Sente um pouco
Volta pra sala
Fica lá por um tempo
Com a diretora
Ele senta-se
C1
Vai brincar de boneca
Pró manda sentar
Continua
C8
Levanta e abre o armário da pró
Pró – saia daí. Volte pro seu lugar
Obedece
C16
Senta-se na mesa
Obedece
C1
Conversa com colega
C12
Corre pela sala
C7
Brinca de luta com colega
Pró – sente na cadeira menino
Pró – você ta conversando
alto demais. Fale baixinho.
Pró – eu já disse que na sala
não é lugar pra correr.
Pró – brincar de luta não pode não
Vamos parando com isso.
C5
Pula na sala
C15
Sobe na cadeira
C13
Brinca de pular a cadeira
Pró – deixe de fogo menino. Sente!
Pró – desça que você não ta
na sua casa. Fique quieto.
Pró – você não quer brincar
hoje né?Então fique quieta
C3
Corre ao redor das mesas
Pró - pare de correr!
Senta na cadeira
Para, mas continua
Logo depois
C5
Corre ao redor das mesas
Pró – sente ali.
Ele senta-se
C1
Deita na mesa
Senta-se na mesa com o pé na
Cadeira
Pró – se concerte
Pró – que falta de educação é essa?
Desça daí.
Senta na cadeira
C4
Fala mais baixo
Continua
Obedece
Ele senta-se
Ela desce
Obedece
C8
Brinca embaixo da pia da sala
Pró – venha pra cá. Sente aqui
Obedece
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 33
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
92
ATIVIDADE: Filme Kiriku (assistir)
P3
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C7
Levanta e brinca de picula.
Pró – sente pra assistir
C16
Pega uma cadeira para assistir
Manda sentar no chão com os demais
C10
C1
Deita pra assistir
Levanta vai brincar na casinha
do pátio
C4
Levanta e conversa durante o filme
Manda ficar sentado
Pró – não é pra ficar brincando
Não. É pra ver o filme, sente.
Pró – faça silêncio que os colegas
Estão assistindo.
Resposta do Aluno
Obedece
Fica sentado na
cadeira
Permanece
Senta-se
C6
Levanta e corre no corredor
Pró vai buscar e põe sentada
Fala baixinho
Fica no lugar por
Um tempo
C15
Assiste atenta
Pró não interfere
Continua
C6
Levanta e vai ao banheiro
Pró não interfere
Vai e volta ao lugar
C16
Deita no pátio
Continua
C3
Levanta e brinca com colega
Pró manda sentar
Pró – agora é hora de assistir
o filme. Depois brinca. Sente ai.
Senta por um tempo
C9
Assiste atenta
Pró não interfere
Permanece
C14
Assiste atenta
Pró não interfere
Pró – vá, mas não é pra levantar
toda hora não.
Continua
C7
Levanta e vai ao banheiro
C13
Assiste atenta
C5
Levanta e corre no pátio
Vai e volta ao lugar
Pró não interfere
Pró – eu trouxe para o pátio pra
assistir, não para correr. Vá sentar.
Continua
Obedece
C8
Assiste atento
Pró não interfere
Permanece
C16
Levanta e vai pra o escorrega
Pró – pode ir sentar e ficar quieto
Obedece
C17
Levanta e vai pra sala
Pró vai buscá-lo e põe sentado
Fica sentado
C7
Conversa com colega
Pró – faça silêncio
Pró – eu não mandei brincar.
Pode ir sentando logo
Conversa baixo
C2
C4
C10
Vai para o escorrega
Brinca de imitar animal no chão do
Pátio.
Pró – fique quietinho pra ver o filme
Ele senta-se
Fica quieto por
Um tempo
Engatinha imitando um leão
Pró – pare de brincar e veja o filme
Obedece
Levanta e imita o personagem
Pró – eu vou botar você na sala
Fica quieto por um
do filme
Sozinho. Fique quieto.
tempo
C16
Levanta e vai à sala pegar
Pró manda guardar as bonecas e
Boneca.
Sentar pra assistir.
Obedece
C1
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 34
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
93
ATIVIDADE: Ler historinha: no mundo das letras
Alunos
P3
Comportamento do Aluno Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C5
Olha para o lado
Pró manda olhar para frente
C17
Pede pra ir ao banheiro
C7
Senta no meio da roda
Pró – agora não pode não.
Pró – saia da frente dos colegas.
Sente direito.
C11
Sai da roda e da cambalhota
Pró – fique quieto menino!
Ele para e senta
C16
Estica as pernas na roda
C4
Pede pra ir ao banheiro
Pró – encolha por favor.sente direito
Pró – agora não.Só depois da
história
Obedece
Fica na sala
esperando
C9
C1
C13
C15
C14
Conversa
Olha pra pró
Fica na sala
esperando
Obedece
Pró – cale a boca
Obedece
Levante e mexe nas mochilas
Pró – deixe isso ai e sente
Obedece
Faz cócegas na colega
Pró – pare de brincar .fique quieto
Empurra o colega na roda
Pró – não comece não.se comporte
Levanta para ver as ilustrações
do livro que esta na mão da
Pró – pode sentar que eu vou
pró
mostrar
C17
Pede pra ir ao banheiro
C9
Senta de lado na roda
C16
Pede pra ir ao banheiro
Pró – depois eu deixo
C14
Levanta e escreve no cartaz
Pró – se concerte
Pró – depois que a história acabar.
Espere um pouco
Pró – ai é lugar de riscar?Dê-me o
Lápis e sente aqui.
C10
Pede pra beber água
Pró – espere acabar a história.
Obedece
Fica quieta
Ela senta-se
Fica na sala
Esperando
Obedece
Fica na sala
Esperando.
Espera sentado
Obedece
C15
Levanta e mexe nas mochilas
Pró – vá sentar!
Ela senta-se
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 35
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
94
ATIVIDADE: trava - língua
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
P3
Resposta do
Aluno
C5
Participa da atividade
Não interfere
Continua
C17
Participa da atividade
Não interfere
Continua
C7
Levanta e vai mexer no computador
Ele volta
C11
Arrasta-se por baixo das cadeiras
C16
Deita no chão e finge estar nadando
Pró chama-o de volta a roda
Pró – deixe de brincadeira besta.
Venha sentar aqui.
Pró – tenha modos, por favor.se
Concerte menino.
C4
Participa da atividade
C9
Levanta e vai brincar de boneca
C1
Levanta para falar
C13
Participa da atividade
Não interfere
Continua
C15
Senta longe da roda
Senta na roda
Volta pra roda
Não interfere
Pró – pode voltar pra cá
Mocinha!
Pró – pode falar sentada mesmo,
Que eu escuto.
Ele obedece
Ele senta-se
Continua
Obedece
Senta
C14
Abre e fecha a janela
Pró chama de volta
Pró – saia daí. Sente no seu lugar,
Que você não perdeu nada ai
C17
Não quer sentar na roda. Apenas abaixa
Pró pede que sente
Diz que não quer
C9
Conversa com colega
Fala baixo
C16
Pula no meio da roda
Pró manda parar a conversa
Pró – sente ali no canto só pra refletir.
Você ta péssimo hoje.
C14
Sai da roda
Pró – sente agora.to de olho em você.
Vai pra mesa brincar com
Pró manda guardar e voltar
Quebra-cabeça.
Para a roda.
C10
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 36
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
Ele senta
Ele senta
Obedece
95
ATIVIDADE: atividade mimeografada
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C5
Faz normalmente
C17
Termina rápido para brincar
Não interfere
Manda entrar e fazer uma letra
melhor
Manda sentar para fazer direito
P3
Resposta do Aluno
Continua
Obedece
C7
Termina rápido para brincar
C11
Faz normalmente
Não interfere
Continua
Obedece
C16
Só faz o nome na atividade
Manda sentar para terminar
Não obedece
C4
Termina rápido para brincar
Manda sentar para colorir
Obedece
C9
Copia da colega
Recebe a atividade e manda sentar
Obedece
C1
Termina rápido para brincar
Recebe a atividade e manda sentar
Obedece
C13
Termina rápido para brincar
Recebe a atividade manda sentar
Obedece
C15
Copia da colega
Manda sentar para colocar o nome
Obedece
C14
Copia da colega
Recebe a atividade e manda sentar
Obedece
C17
Brinca de luta
Pró diz que não pode
Ele para
C9
Brinca de boneca
Continua
C16
Não faz
Não interfere
Pró manda-o sentar pra terminar
A atividade
Não obedece
C14
Corre pela sala
Pró – não pode correr
Ela para
C10
Termina rápido para brincar
Recebe a atividade
Continua
Pró – essa brincadeira não pra
Não se machucar
Ele para
C16
Arrasta o colega pelo pé
Pró – me dá a espada pra eu guardar.
Não pode brincar com isso não.
C4
Brinca de espada
Entrega a espada
Pró – é pra brincar, mas sem
Zoada. Converse baixo
Baixa a voz
C1
Fala alto
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola C, quadro Nº 37
Participantes: professora P3, e os alunos do grupo 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
96
ATIVIDADE: Rodinha
P1
C23
C22
Comportamento do Professor/ou
auxiliar
Conversa c/ colega
Pró chama atenção
Presta atenção
Ninguém interfere
Não conseguem fazer perna Demonstra como faz e pede que tente
Mais uma vez
de cacique
Não conseguem fazer perna Demonstra como faz e pede que tente
Mais uma vez
de cacique
Não conseguem fazer perna Demonstra como faz e pede que tente
Mais uma vez
de cacique
Conversa c/ colega
Chama a atenção dela
Levanta
Pede que sente
Mexe no cabelo da colega
Pró diz - a aula é aqui Isa.
como se estivesse penteando
Sente por favor.
de pé.
Chega tarde e não fica na
roda.
Ninguém interfere.
Ele circula de um lado para o
outro.
Levanta do seu lugar
Aux reclama, pede que sente.
Esta quieto, ainda sonolento.
Ninguém interfere
C30
Brinca c/ o sapato do colega Pede que pare e preste atenção na aula
C23
L não consegue ficar parada
em seu colchão
e não presta atenção
C23
Sai do colchão dela e senta
junto com a colega
C23
Deita no colchão
C30
Conversa c/ colega
C21
Conversa c/ colega
Alunos Comportamento do Aluno
C21
C22
C23
C24
C25
C26
C27
C28
C29
Pró diz - Fique quieta pelo amor de
Deus!
Já começou logo cedo foi?
Resposta do Aluno
Ele para a conversa
Continua
Tenta mais uma vez sem
sucesso
Tenta mais uma vez sem
sucesso
Tenta mais uma vez sem
sucesso
Passa a prestar atenção
Ela senta
Ela para e senta
Continua
Ela obedece
Permanece sentado
Ela obedece
Ela volta ao lugar
Aux a muda de lugar,
Ela fica por um
Colocando-a do seu lado
tempo
Professora pergunta se ela esta na praia
Ela levanta e senta corretamente
e manda que se conserte
Pró diz - quer parar de conversar, faça
Ela para de conversar
silêncio?
Pró diz-quer parar de conversar, por
Ele para de conversar
favor?
Não participa das cantigas,
Pró pede que ela faça
Não faz
não faz os movimentos.
Sai do colchonete e vai para
C25
Aux reclama, manda que volte.
Ela volta
o chão
Levanta e vai ao portão do
Aux reclama, pede que sente.
Ela demora mais volta ao lugar
C23
pátio
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 38
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
C23
97
ATIVIDADE: crianças ficam sozinhas no pátio por um tempo
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Ao retornar c/ a água aux
reclama e pede que sente.
Ao retornar c/ a água aux
reclama e pede que sente.
Ao retornar c/ a água aux
reclama e pede que sente.
C23
Levanta e vai correr no pátio
C21
Levanta e vai correr no pátio
C30
Levanta e vai correr no pátio
C29
Senta e brinca c/ carrinho
Pró diz que milagre
que está sentado.
C24
Brinca no final do pátio c/ C25
Pró chama de volta
C25
Brinca no final do pátio c/ C24
P1
Resposta do Aluno
Volta a sentar
Continua correndo
Continua correndo
Fica sentado por
pouco
tempo
Ela volta e senta
Pró chama de volta
Ela volta e senta
Pró diz - você hoje ta demais,
Novamente levanta e
to ficando sem paciência c/ você, volte
Volta a sentar
C23
corre pelo pátio
agora.
Tenta pegar o carrinho de OTA
Aux diz-deixe ai e volte,
Ele volta e senta
C21
Fora da roda
deixe C29 em paz que ele ta quieto
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 39
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
ATIVIDADE: Passar por cima da linha reta juntos, depois individual.
P1
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C22
Faz corretamente
Ninguém interfere
Observa
C29
Não participa, brinca sozinho.
Ninguém interfere
Continua brincando
C23
Não consegue fazer na primeira
tentativa
Pró pede que repita, orientando-a.
C25
Não consegue fazer sozinha
Pró pega na mão e repete com ela
C29
Levanta do chão e corre pelo pátio
Ninguém interfere
C24
Não consegue sozinha na linha reta
Pede que ela repita
C30
Faz corretamente
Mostra-se satisfeita
Corre pelo pátio
C28
Faz corretamente
Mostra-se satisfeita
Corre pelo pátio
C27
Faz corretamente
Mostra-se satisfeita
Corre pelo pátio
Ela tenta, mas só na
terceira
Tentativa ela
consegue
Não faz todo
corretamente
Continua
Ela repete e só
consegue na
Segunda tentativa
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 40
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
98
ATIVIDADE: Passar por cima da linha sinuosa
P1
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C23
Corre
Pró - você vai pegar o trem é?
Volte e repita.
C24
Faz, mas sem pisar na linha.
Professora repete c/ ela 3 vezes
Resposta do Aluno
Ela repete, mas não
totalmente
correto
Não faz o trajeto todo
C21
Elogia
Vai correr
Pede que repita mais devagar
Ela faz como pedido
C28
Consegue fazer
Faz corretamente, porém;
Com muita rapidez
Faz corretamente
Pró diz-Muito bem
Corre pelo pátio
C29
Brinca sozinho nos colchonetes
Ninguém interfere
Continua
C22
Faz corretamente
Pró diz-Isso mesmo
C27
Consegue fazer
Pró diz-Muito bem
C25
Não consegue
Ninguém intervém
C24
Não consegue
C23
Depois de fazer ela corre pelo pátio
Pró tenta mais uma vez
Com ela
Aux pede para parar
C29
Anda de ré
Aux diz-pare ou vai cair.
C29
Corre pelo pátio
Ninguém interfere
C25
Não consegue fazer toda
Pró tenta fazer com ela.
C26
Realiza corretamente
Ninguém interfere
Vai brincar no pátio
Vai brincar com os
colegas
Continua sem
conseguir
Ainda sim não
consegue
Obedece
Continua, não
obedece.
Continua
Não consegue mesmo
assim
Continua
C21
Continua Correndo
Aux chama e pede que pare.
Não obedece
C30
C30
Continua Correndo
Aux chama e pede que pare.
Não obedece
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 41
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
99
Atividade: Lanche
P1
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C29
C25
Não lava as mãos, entra e sai da sala
Fica de pé na porta da sala
Ninguém reclama
Aux - quer sentar menina?
Continua
Ela não senta
C26
Senta de lado
Pró diz - sente para frente
Ela senta corretamente
C24
Vai à direção do escorrega.
Pró - agora é hora de comer, depois
Brinca, sente ai.
Ela obedece
C21
Conversa c/ colega
Aux - Na hora de lanchar não
hora é para conversar
Ele para a conversa e
volta a
lanchar
C30
Brinca com o lanche
Pró – fique quieta
Ela passa a comer
C27
C25
Conversa alto
Esta sentada comendo
Pró pede silêncio
Pró - isso ai, come direitinha.
Obedece
Continua
C28
Esta parada diante do lanche
Pró diz- se não comer não brinca
Ela tenta comer
C22
Conversa c/ colega
Aux - na hora do lanche
é pra ficar caladinho
Ele Para e espera seu
lanche
C29
Anda pela sala
Ninguém interrompe
Continua
C23
Ta sentada na ponta da cadeira
Pró - se concerte ou
não vai brincar
Ela se conserta
C23
Presta atenção no colega, e fica de pé.
Aux-sente direito, vá lanchar.
Ela finge que senta, mas
continua de pé
C22
Come muito devagar
Pró - vai levar o recreio todo
Ai comendo é? Coma logo.
Ele Não Reage
C21
Levanta com a lancheira
Aux - sente ou vai ficar sem brincar
Viu?
Ele obedece
C23
Levanta com os biscoitos do
Aux. Pede que ela sente
Ela volta e senta
C29
C22
Enrola-se nas cortinas
Ainda lancha
Aux Reclama
Não é interrompido
Ele continua
Continua
C27
Põe os pés na cadeira
Pró - sente como uma mocinha
Ela concerta-se
C28
Observa os colegas de pé
Pró pede que sente
Obedece
C30
Levanta e vai pro escorrega
Pró - eu não mandei ninguém
Brincar ainda
Ela volta
Resposta do Aluno
Aux - não fica quieta ai o
Só observa
Que acontece.
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 42
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
C24
Derrama suco na mesa e levanta
100
ATIVIDADE: Recreio
P1
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C25
É empurrada e cai
Ninguém vê nem interfere
C23
Corre entre as mesas
Cai mais uma vez
E desta vez chora
Cai por correr durante
Recreio
Aux. Pede que pare de
Correr
Aux a põe sentada
Num canto
A pró diz- ta vendo, agora
Corra de novo
C29
Foge da sala
Aux. Vai buscar
C29
Sobe na grade da sala
Aux. Retira-o
C23
Continua a correndo
Durante recreio
Pró a retira do recreio,
e põe sentada no canto
C29
Foge mais uma vez
Aux. Vai buscá-lo
C23
Levanta e anda pela
sala
Pro diz- o que esta fazendo
Ai em pé?
Volte agora!
C23
Tenta pegar as escovas
De dente
Pro diz- faça o favor de
Não mexer fique no seu
canto
C25
C26
C29
C24
Sobe na cadeira, depois na mesa
É derrubada mais uma vez
e quase chora, mas os colegas
ajudam-na
C26
Come sentada na ponta da cadeira
C29
Não lancha
Passa para a sala ao lado
e foge para o pátio
C29
Ninguém interfere
Pró diz- cuidado gente com C24
Que ela é pequenininha.
Pró diz- Sente direito não é
Assim que lancha se conserte
Pró tenta dar o lanche
Aux vai buscar
C29
Mexe no filtro de água
Aux o retira de perto do filtro
C26
Tenta brincar no escorrega
Sem sucesso
Pró diz- é pra dar vez a todo
mundo gente!
C21
Brinca de correr
Aux-correr não ou sai do recreio
Ela continua
Permanece
lá
Permanece no
Chão
Tenta fugir
De novo
Joga-se no
Chão
Fica por pouco
tempo
Procura outra
Forma de sair
Ela volta
Tenta pegar
Quando a pro
Não esta
olhando
Ele continua
Continua brincando
Ela senta
corretamente
Ele recusa
Ao voltar deita no
chão
Vai mexer nas
mochilas
E ninguém o
interrompe.
Continua tentando,
desta vez
consegue
Ele para e vai para o
escorrega
Pró diz- pra ela brincar no canto
Ela vai
da sala para não cair novamente.
Pró diz- eu já disse que não é
Ele para de correr
C22
Corre entre as mesas
Para corre não foi?
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 43
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
C30
Esbarra em um aluno do
Grupo 5 e cai
Resposta do Aluno
Continua
brincando
101
ATIVIDADE: Atividade com massas de modelar
P1
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Aux Reclama e diz
Que ira tomar a
massa se ela continuar e
mostra que ela deve fazer
Bolinhas apenas
Pro diz- o que foi que eu
Avisei, faça de novo
Para você ver.
Aux diz- a pró diz que
Não pode fazer assim e
desfaz o que ele
criou
C25
Espalha a massa na
mesa
C22
Também espalha a
Massa na mesa
C25
Fazia uma pizza com
A massa
C29
Não participa da atividade
Ninguém interfere
C23
Faz bolinhas
Pró diz- isso, assim que é pra
Brincar ô gente, como C23 ta fazendo
ô!
C29
Tenta pegar a massa e
Por na boca
Pró diz para auxiliar deixar ele
Longe das massas.
C30
Gruda a massa na parede
Pró diz- não vai brincar mais por
que não sabe brincar direito.
Resposta do Aluno
Ela não continua
Fica com cara de
Assustado e não faz
Mais
Só ficou olhando
Continua andando
Pela sala
Todos olham e ela
continua
Fazendo apenas
bolinhas
Com a massa
Continua tentando
pegar
Fica observando os
demais
Brincar com uma
Cara triste
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 44
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
102
ATIVIDADE: acolhimento
P1
Resposta do Aluno
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C29
Foge para o pátio
Aux vai buscar
Anda pela sala
C25
Levanta
Aux – vá sentar
Ela senta
C26
Corre pela sala
Aux – correr não.
Ela para
C24
Brinca de pé
Aux - Sente ai
Ela senta-se
C23
Levanta e anda na sala
Aux – sente por favor.
Ela senta
C30
Vai para baixo da mesa
Aux reclama
Ela sai de baixo
C21
Vai para a sala ao lado
Aux – volte agora
Ele volta
C22
Levanta
Aux - vá sentar
Obedece
C27
Bate os pés na cadeira
Aux – pare de bater os pés
Ela para
C28
Brinca de pé
Aux – brinque sentada .
Ela senta
C29
Vai para a sala ao lado
Aux vai buscá-lo
Senta no chão
C29
Arrasta-se no chão
Não interfere
Continua
C23
Levanta
Aux manda sentar
Obedece
C29
Mexe as mochilas
Tenta sair da sala
C30
Levanta e brinca de dançar
Aux retira-o
Aux – agora não é hora de dança não.
Dança é só quarta feira.sente
C22
Levanta
Aux – sente lá.
Obedece
Ela senta-se
C24
Levanta
Aux – volte pro seu lugar
Ela volta
C23
Mexe nos colchonetes
Obedece
C25
Senta no chão
Aux – não mexa ai não.Vá sentar
Aux – eu já disse que não
é pra ficar no chão
C22
Fica na grade da porta
Aux – saia dai para não cair.
Ele sai
C23
Corre pela sala
Aux – pare de correr. Eu já falei
Ela para
C30
Cai da cadeira
Aux – ta vendo, não fica quieta.
Senta no lugar
C29
Sobe na mesa
Aux retira-o
Anda pela sala
C29
Passa para outra sala
C21
Corre e esbarra-se na colega
Aux vai buscá-lo
Aux – ta vendo? Eu disse que não
é pra correr.Sente.
Tenta sair de novo
Senta.em seguida
Levanta.
C21
Corre pela sala
Aux - agora não é hora de correr
Ela para
C24
Esta sentada na ponta da cadeira
Você vai cair. Sente direito
Obedece
C30
Esta sentada de lado
Obedece
C23
Ela balança a cadeira
Aux - Sente para frente
Aux - É assim que senta na cadeira?
Se ajeite.
C21
Pendura-se na mesa
Aux - Pare de se pendurar na mesa
Ele para
C26
Senta no chão
Aux - No chão não pode não
Ela levanta
C25
Levanta do lugar
Aux - Volte para sua cadeira
Ela volta
Ela levanta
Obedece
C21
Bate as mãos na mesa
Aux - Pare de bater na mesa
Ele para
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 45
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
103
ATIVIDADE: recreio
P1
Resposta do Aluno
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C28
Empurra a colega no escorrega
C23
Empurra a colega
Brinque direito
Pró-cuidado com o colega.
Devagar viu.
Ela observa aux
C29
Tenta arrancar o cartaz da sala
Aux não permite
Tenta sair da sala
C24
Brinca com a cortina
Pró – saia dai!
Obedece
C30
Brinca de roda
Não interfere
Continua
C29
Joga lancheira no chão
Não dá ouvidos
C21
Corre na sala
Aux reclama
Pró – se ficar correndo vai
sair do recreio.
C23
Corre na sala
Pró – pare de correr
Ela para
C28
Senta no chão
Aux manda levantar
Obedece
C30
Corre na sala
Ela senta-se
C22
Engatinha no chão
Aux manda sentar
Pró – levante do chão para
não se sujar.
C26
Imita um animal no chão
Pró - saia do chão
Ela levanta
Ela para
Ele para
Obedece
C23
Empurra o colega mais uma vez
Aux a retira do recreio
Fica só num canto
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 46
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
104
Atividade: Acolhimento
P1
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C23
Levanta da cadeira
Aux. Põe ela no lugar
Fica por um
tempo
C23
Levanta e vai brincar
No chão
A pró diz- ai é lugar
De brincar volte para
mesa
Ela volta
Pró manda sentar
Ela obedece
Aux. reclama
Ela volta ao
Lugar
C25
C23
Levanta e fica de pé ao
Lado de sua cadeira
Levanta e anda pela
sala
C25
Senta no chão
C23
Levanta mais uma vez
C25
Levanta e vai para o
escorrega
C23
Levanta novamente
C28
C21
Esta sonolenta e cochila no
Lugar sentada
Senta no chão para brincar c/
um boneco
Pró pede que levante e
vá sentar
Aux diz- se você
Continuar não vai para
rodinha
Pró diz- volte que agora
Não é hora
Pró Diz- volte para o seu
Lugar pelo amor de deus
Ela obedece
Volta a sentar
Ela volta
Ela volta
Ninguém interfere
Aux pede que levante
Obedece
C30
Vai par o chão brincar c/ o colega
Aux pede que sente na cadeira
Obedece
C27
Espalha os brinquedos no
chão
Aux-eu botei você na mesa não foi,
Volte pra lá borá!
Volta pra mesa depois de
recolher os brinquedos do
chão
Aux diz- assim você não
Pega os brinquedos
vai brincar mais, pegue ou vou
e põe na mesa
tomar de você
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 47
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
C21
Derruba os brinquedos
105
ATIVIDADE: Rodinha
P1
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C24
Não consegue fazer
perninha de cacique
Pro não intervém
Continua sem
Fazer.
C23
Sai do seu colchonete
Pró - pode parar, volte para seu
Colchonete.
Ela volta
C23
Senta no chão
Pro diz- se levante, por favor.
Ela obedece
C23
Tenta levantar
Pro diz- você não vai fazer isso né?
Ela desiste
C21
Estica as pernas
Pro - foi assim que eu mandei
ficar foi?Faça perna de cacique.
Ele faz
C30
Conversa c/ colega
Pro manda calar a boquinha.
Ela para de conversar
C27
Conversa
Aux pede silêncio
Ela para
C29
Mexe nas mochilas
Pro chama pelo nome
Não dá ouvidos
C23
Levanta e vai ficar no
chão c/ colega.
Pró-deixe ele ai quieto
,você parece uma espoleta
Ela volta lugar
C25
Não consegue fazer
perninha de cacique
Pró - ela não consegue, deixa
assim mesmo
Continua sem conseguir
C23
Não consegue fazer
perninha de cacique
Pró - dobra uma perna depois
a outra faça ai.
Continua sem conseguir
depois
de tentar
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 48
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
ATIVIDADE: Atividade no livro
P1
Alunos
Comportamento do Aluno
C24
Pinta Forte
C23
Conversa alto
C24
Demora Pintando
C25
Também pinta devagar
C29
Não participa da atividade
Pro diz - venha fazer menino.
Diz à pró que terminou
a atividade
Também termina a
Atividade
Pró diz - acabou foi?
Fique ai quietinho viu?
Pró diz-abaixa a cabecinha
Então.
Pró diz - não precisa levantar
não que eu já to indo ver
.sente no lugar viu?
C21
C26
C22
Vai até a pró-dizer que acabou
a atividade
Comportamento do Professor
Aux diz - não é assim
Não, faça mais devagar.
Pro diz: fale mais baixo
Aux diz- pinte logo que a pró
Já vem ver a atividade
Aux pede que ela termine logo
E tenta tirar o lápis da
Mão da menina sem sucesso e diz:
Então pinte logo.
Resposta do Aluno
Ela pinta mais
devagar
Ela obedece
Ela continua pintando
Como estava
Ela continua pintando
da
Maneira dela
Não da ouvidos e
circula pela sala
Ele fica na cadeira
Observando apenas
Obedece, mas logo
Levanta a cabeça
Ele senta
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 49
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
106
Atividade: Acolhimento
P1
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C23
Fica de pé
Auxiliar reclama com a aluna L
A menina então senta
C29
O aluno chega e tira os sapatos
Ninguém interfere
Continua
C29
Anda por todos os lados da sala
Ninguém interfere
Continua
É escolhido para marcar a data
No calendário
Permanece quieta no
canto apenas observando
Escolhe a criança que vai marcar
a data no calendário
Fica Muito Feliz
Ninguém interfere
Permanece
C30
Brinca com os cadaços do
sapato sentada no chão
Aux manda sentar
Ela levanta
C28
Faz careta
Ninguém interfere
Continua brincado
C27
Conversa alto
A auxiliar pede que ela
Fique calada
Ela se cala
C21
Faz cócegas na colega
Pró pede que fique quieto
Ele obedece
C29
Consegue fugir para o pátio
Pró pede ao funcionário que
traga ele de volta
Ela o traz
C29
Sobe nas cadeiras
Auxiliar retira
Tenta subir novamente
C29
O é o único que fica de fora
da rodinha
Chama para participar
Não obedece
Começa a falar bastante alto
Pró diz-quem ta falando
Assim alto? É você né?
Se acalme!É pra falar
baixo
Passa a falar mais baixo
C21
C26
C27
Resposta do Aluno
L levanta e se movimenta
Não é interrompida
Continua
livre pela sala
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 50
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
C23
ATIVIDADE: Enquanto aguardam o lanche
P1
Alunos
C25
Comportamento do Aluno
Faz xixi na roupa
Levanta e percorre a
sala
Brinca no chão c/ uma mochila
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
Pró chama para se trocar
Aux diz- se não voltar não vai
Ela volta
C28
Ter lanche viu?
C29
Não é interrompido
Continua
Pro diz- assim não dá, se ficar
Espera a merenda conversando
Falando assim não
Ela para
C27
alto
Vou dar lanche
Levanta E Brinca
Pro diz- Quem Tiver De Pé
Ele volta e senta
C21
C/ colega.
não vai lanchar hoje.
Pro diz- Quem Tiver De Pé
Ele senta
C22
Levanta e brinca c/ FE
não vai lanchar hoje.
Pro diz- faça silêncio
Ele abaixa o tom
C21
Conversa alto
ou não vai comer
Da voz
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 51
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
107
Atividade: Recreio
Alunos
C21
C22
C21
P1
Comportamento do Aluno
Não faz a atividade
corretamente
Não faz a atividade
corretamente
Levanta e tenta
ir brincar
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
Pró põe de fora do recreio
Olham os demais brincar
Pró põe de fora do recreio
Observa os colegas
Aux percebe e manda voltar
Ele volta
C24
Rola no chão c/ colega
C23
Deita e rola no chão c/ colega
C30
Abraça a colegas
C27
Começa a brincar de correr
Aux reclama diz para
Levantar para não sujar a roupa
Aux reclama diz para
levantar para não sujar a roupa
Aux diz para ter cuidado para
não derrubar as colegas
Pró diz- essa brincadeira não,
pode ir parando.
C28
Brinca no escorrega
Ninguém interfere
Ela levanta
Ela obedece
Ela continua
Ela para
Continua
Brinca no chão c/
Ninguém interrompe
Continua
uma caixa de suco que pegou do lixo
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 52
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
C29
108
Atividade: atividade de movimento no pátio livre
Alunos
Comportamento do Aluno
C21
Corre pelo pátio
C24
Esta se balançando
Forte
C30
Corre pulando
C23
C25
Senta para brincar
no chão
Senta para brincar
No chão
P1
Comportamento do Professor
Pro diz- o que foi que eu
disse?Pra não correr, então pare.
Pro diz- Assim não, mais fraco
ou vai sair do balanço
Resposta do Aluno
Ele obedece
Ela desacelera
Pro diz- você é sapo?Pare
de pular assim. Ta doida
pra cair né?
Ela para
Aux diz- no chão não pode, levante.
Obedece
Aux diz- no chão não pode, levante
Levanta
C27
Brinca gritando
Pro diz- Sem gritar
por favor.
Ela Para
C28
Corre Pelo Pátio
Pro diz- êpa!Correr não viu?
Ela Para
C23
Brinca de correr
Pro diz- Pare de correr
Ela para depois
recomeça
C22
Começa a correr, mas
logo é interrompido.
Aux diz- A pró disse
que não é para correr
não foi?
Ele para
C25
Corre
Pro diz- pare de correr.
Ela para, mas continua
em seguida.
Pro diz- não é pra brincar
Assim não, só pode brincar
Ele para e brinca como
C21
Chuta a bola
de lançar à bola na sexta, chutar
a pró falou para fazer
Não.
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 53
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
109
ATIVIDADE: partes do corpo/cantiga
P1
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C29
Mexe no filtro de água
Aux- o retira do filtro
Vai para o escorrega
C29
Deita no chão da sala
Ninguém interfere
Permanece
C25
Não consegue acompanhar a cantiga nem
os movimentos
Percebe e passa a cantar
Mais devagar
Faz parcialmente certo
C24
Não consegue acompanhar a cantiga nem
os movimentos
Percebe e passa a cantar
Mais devagar
Ainda sim não consegue
C29
Rola pelo chão
Ela tenta inserir o aluno na atividade
Não obedece
C29
Não consegue acompanhar a cantiga nem
os movimentos
Faz mais devagar
Faz parcialmente certo
C23
L não se mantém sentada
Pró diz que vai colocá-la
no canto sozinha
Momentaneamente
C28
Consegue fazer a maior parte
Não diz nada
Continua
C27
Não consegue tocar no pé
Pró pede pra tocar
Tenta, mas só toca
C23
Não conseguem executar os
movimentos
A professora pede que ela
Faça como ela mostra
Tenta fazer
A professora pede que tente
Simula apenas fazer os
Tem dificuldades em executar os
C25
movimentos
C25
Levantam para fazer os
movimentos
Pró diz-eu mandei levantar?
Senta
C26
Não conseguem executar os
Movimentos.
A professora pede que tente
Fazer como ela
Ela tenta, mas não
consegue
C24
Não consegue pular de um pé só
Tenta explicar, mas desiste.
Não consegue
C24
Não consegue pular de um pé só
Tenta explicar, mas desiste.
Não consegue
C23
Não consegue pular de um pé só
Tenta explicar, mas desiste.
Não consegue
C30
Consegue, mas c/ dificuldade.
Pró diz- não é assim! E mostra como se
faz
Repete mas sem
C22
Consegue, mas c/ dificuldade.
Pró diz- é assim ô que faz
Não faz perfeitamente
C29
Pendura-se na grade
É retirado pela auxiliar.
Vai mexer nas
C21
Consegue fazer
Pró diz- isso mesmo !
Continua
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 54
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
110
ATIVIDADE: lanche/recreio
P1
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C23
L levanta e permanece
Auxiliar reclama
A menina
C30
Senta torto na cadeira
Auxiliar reclama e diz-sente
Ela se concerta
C29
Foge
Aux vai buscá-lo
Passa para a sala
C23
Empurra um colega
Retira do recreio
Fica aborrecida, mas
C29
Não brinca, apenas, anda pela sala
Ninguém interfere
Permanece
C30
Tenta brincar no
Não vê o que se passa.
Continua tentando
C24
É empurrada por uma criança
Pró manda ela sentar
Volta a brincar
C28
Tentam brincar no escorrega
Ninguém faz nada
Continua tentando
C27
Cai
Ninguém vê
Volta a brincar
C22
Espera a vez no
escorrega
Ninguém diz nada
Continua esperando
C21
Tenta brincar no
escorrega
Não faz nada
Continua tentando
C28
Corre com um colega
Professora reclama
Ela para
C24
Ainda lancham
Ninguém interfere
Permanece
C25
Ainda lancham
Ninguém interfere
Continua
C25
Brinca engatinhando
Fala pra levantar pra não sujar a roupa
Para de brincar e
C24
Brinca engatinhando
Fala pra levantar pra não sujar a roupa
Para de brincar e
C26
Brinca engatinhando
Fala pra levantar pra não sujar a roupa
Para de brincar e
C21
Brinca engatinhando
Fala pra levantar pra não sujar a roupa
Para de brincar e
C27
Rola no chão com uma colega
Aux manda levantar
Ela e a colega
C23
Sai do castigo e
Pró diz: onde foi que eu lhe botei?
Ela volta
C25
Senta no chão
Aux - sai do chão menina!
Levanta
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 55
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
111
ATIVIDADE: pintura no livro com tinta
Alunos
C23
Comportamento do Aluno
Não pinta sozinha.Pinta com a
Pró segurando o dedo indicador para
não sujar nada
P1
Comportamento do Professor Resposta do Aluno
Pró não deixa pintar sozinho.
Observa apenas
Nem usar a mão toda para pintar.
A pró pintar usando
Só deixa usar o dedo indicador
O dedo dela
C29
Não participa
Não diz nada
Anda pela sala
Não pinta sozinha.Pinta com a
Pró não deixa pintar sozinho.
Observa apenas
Pró segurando o dedo indicador para Nem usar a mão toda para pintar.
A pró pintar usando
não sujar nada
Só deixa usar o dedo indicador
O dedo dela
C27
Não pinta sozinha.Pinta com a
Pró não deixa pintar sozinho.
Observa apenas
Aux segurando o dedo indicador para Nem usar a mão toda para pintar.
A pró pintar usando
não sujar nada
Só deixa usar o dedo indicador
O dedo dela
C28
Não pinta sozinha.Pinta com a
Pró não deixa pintar sozinho.
Observa apenas
Pró segurando o dedo indicador para Nem usar a mão toda para pintar.
A pró pintar usando
não sujar nada
Só deixa usar o dedo indicador
O dedo dela
C24
Não pinta sozinha.Pinta com a
Pró não deixa pintar sozinho.
Observa apenas
Aux segurando o dedo indicador para Nem usar a mão toda para pintar.
A pró pintar usando
C26
não sujar nada
Só deixa usar o dedo indicador
O dedo dela
Não pinta sozinha.Pinta com a
Pró não deixa pintar sozinho.
Observa apenas
Pró segurando o dedo indicador para Nem usar a mão toda para pintar.
A pró pintar usando
C30
não sujar nada
Só deixa usar o dedo indicador
O dedo dela
Não pinta sozinho.Pinta com a
Pró não deixa pintar sozinho.
Observa apenas
Aux segurando o dedo indicador para Nem usar a mão toda para pintar.
A pró pintar usando
C22
não sujar nada
Só deixa usar o dedo indicador
Seu dedo
Não pinta sozinho.Pinta com a
Pró não deixa pintar sozinho.
Observa apenas
Pró segurando o dedo indicador para Nem usar a mão toda para pintar.
A pró pintar usando
C21
não sujar nada
Só deixa usar o dedo indicador
O dedo dele
Não pinta sozinha.Pinta com a
Pró não deixa pintar sozinho.
Observa apenas
Aux segurando o dedo indicador para Nem usar a mão toda para pintar.
A pró pintar usando
C25
não sujar nada
Só deixa usar o dedo indicador
O dedo dela
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 56
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
ATIVIDADE: atividade com as letras no livro
Alunos
Comportamento do Aluno
P1
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C21
Fica de pé
Manda parar
Obedece
C22
Senta no chão
Manda sentar na mesa
Não obedece
C23
Levanta do lugar
Manda sentar
Obedece
C24
Corre na sala
Manda parar de correr
Obedece
C23
Levanta do lugar
Pró – vá sentar.
Obedece
C25
Brinca de fazer cócegas na colega
Pró – fique quieta.
Obedece
C26
Levanta para mexer no armário
Pró – sente!
Obedece
C27
Senta no chão
Aux- sente na cadeira.
Não obedece
C28
Levanta e vai à porta
Aux-volte pro lugar.
Obedece
C29
Pendura-se na grade
Aux retira-o.
Fica na sala
C29
Passa para a sala ao lado
Aux vai buscar
Continua
C23
Levanta do lugar
Pró manda sentar
Obedece
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 57
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
112
ATIVIDADE:
Recreio
P1
Alunos
Comportamento do Aluno
C25
Cai
C29
Brinca com caixa vazia
Comportamento do Professor
Pró a chama para brincar longe dos
demais
Ninguém interfere
Resposta do Aluno
C24
Cai ao esbarrar c/ colega
Não vê
C21
Brinca de correr
Pró diz-eu disse que não é para correr
Continua
Levanta e volta a
brincar
Ele para
C23
Empurra a colega
Pró reclama
Ele para
Obedece
C23
Chuta a colega
A professora retira do recreio
Ele fica sentado só
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 58
Participantes: professora P1, e os alunos do grupo 2 e 3. A relação completa dos quadros consta no anexo.
113
Atividade: atividades do livro
P2
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C31
Levanta e vai até a mesa ao lado
Aux diz- ai é seu lugar?Sente.
Ele volta ao lugar
C32
Empurra o colega
Pro diz- pare, se fizer de novo não brinca
Ele para
C33
Levanta e chuta um colega
Pro – não vai ter recreio pra você hoje
Ele senta
C34
Levanta
Pro diz: volte pro seu lugar
Ela volta
C35
Conversa normalmente
Não é interrompida
C36
Conversa c/ o colega
Pro diz: pare de conversar
Ele volta
C37
Brinca de bater
Pro - você vai ficar sem brincar
Fica quieto
C38
Arrasta-se por baixo da mesa
Pro – fique quieto
Ele se concerta
C39
Bate os pés no chão
Aux diz-pare de fazer zoada
Ele para
C40
Brinca no chão com uma boneca
Pro manda sentar
Ela guarda a boneca
C41
Conversa alto
Aux manda calar a boca
Ela obedece
C42
Senta na ponta da cadeira
Pro diz- fique direito na cadeira
Ela se concerta
C43
Vai conversar na mesa ao lado
Pro diz-ai é seu lugar?Sente.
Ela volta
C44
Levanta
Pro diz - sente
Ele senta
C31
Levanta e vai mexer no quadro
Aux – sente no seu lugar.
E volta para a
C32
Levanta para conversar
Pro - volte mocinho
Ele obedece
C45
Esta de pé na porta
Pro - a aula é aqui. sente viu.
Ela volta
C46
Fala gritando c/ o colega
Pro diz: pare com isso. fale baixo.
Ela abaixa o tom
C41
Senta c/ os joelhos em cima da cadeira
Aux diz- é assim que senta é?
Ela senta
C38
Balança-se na cadeira
Pro diz- você vai cair, pare
Ele para, mas logo
C32
Bate no colega
Pro diz: você vai ficar ai 5 minutos
Fica de castigo
C40
Conversa alto
Aux diz- é pra falar baixo ou não vai brincar
hoje
Ela baixa o tom
C36
Corre na sala
Pro diz: ta demais hoje, pode parar.
Ele obedece
C32
Levanta
Aux diz- sente e baixe a cabecinha
Ele senta, mas não
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 59
Participantes: professora P2, e os alunos do grupo 4 e 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
114
ATIVIDADE: recreio
P2
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C36
Empurra o colega
Professora retira do recreio
C47
Empurra o colega
Professora retira do recreio
C41
Corre gritando
Auxi manda parar de correr e de gritar
Ela para
C31
Brinca de bater
Pró leva para secretaria
Permanece lá
C32
Brinca de bater
Pró leva para secretaria
Permanece lá
C35
Brinca de adoleta
Ninguém interfere
Continua
C42
Brinca No Escorrega
Ninguém interfere
Continua
C40
Brinca de adoleta
Ninguém interfere
Continua
C50
Brincam de adoleta
Ninguém interfere
Continua
C43
Brincam de pique-pique
Ninguém interfere
Continua
C39
Brincam de pique-pique
Ninguém interfere
Continua
C45
Brincam de pique-pique
Ninguém interfere
Continua
C34
Brincam de adoleta
Ninguém interfere
Continua
Professora retira do recreio
Chora muito por ter
saído
do recreio
C38
C48
C37
C33
Empurra o colega
Resposta do Aluno
Senta aborrecido
Observa os colegas,
sentado
Brinca No Escorrega empurrando
Os colegas
Brinca No Escorrega impedido que os
Demais podessem brincar
Pró reclama
Ele para
Auxi -é pra deixar os outros
Brincarem também.
Ele obedece
Brinca No Escorrega
Ninguém interfere
Continua
C49
Brinca No Escorrega
Ninguém interfere
Continua
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 60
Participantes: professora P2, e os alunos do grupo 4 e 5. A relação completa dos quadros consta no anexo
ATIVIDADE: Após o recreio
Alunos
P2
Comportamento do Aluno
Senta, porém
de joelhos na cadeira
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
Aux manda sentar direito
Ele se conserta
C46
Levanta a cabeça
Aux manda abaixar a cabeça e ficar quieto
C31
Conversa
Aux pede que cale a boca
C38
Ele abaixa, mas logo
levanta
novamente
Para de conversar
C33
Levanta
Aux manda voltar ao lugar
Ele volta
C35
Levanta a cabeça
Pede que abaixe a cabeça para ficar quieto
Ela abaixa
C34
Senta de lado
Manda sentar direito
Conserta-se
Levanta e vai
Aux manda voltar ao lugar
Volta ao lugar
C33
conversar com colega
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 61
Participantes: professora P2, e os alunos do grupo 4 e 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
115
Atividade: Acolhida – roda
P2
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C36
Perturba a colega
Manda sentar e abaixar a cabeça
Senta, mas não
abaixa a cabeça
C39
Levanta e vai conversar em
outra mesa
Pró-volte pro seu lugar
Ela volta
C40
Levanta
Aux – manda sentar
Obedece
C45
Levanta
Pró – pare de ficar no meio da sala
Senta
C41
Faz batuque na mesa
com o brinquedo na mão
Pró – até você fazendo zoada?Pare
com isso
Ela para
C32
Joga o livro para cima
Pró - o livro é bola?Se concerte
Ele para
C32
Passa cuspe na colega
C32
Empurra colega
C37
Pró - que coisa feia, quer ficar no
Cantinho pra refletir?
Pró-vou pensar muito se vou deixar
você brincar hoje
Senta e fica
quieto
Empurra a cadeira com os pés
Pró - já sei quem não vai brincar hoje
Ele para
C38
Brinca de aviãozinho
Ninguém diz nada
Continua
C34
Vai conversar na porta
Pró manda voltar para o lugar
Obedece
C47
Brinca falando alto
Aux pede para brincar em silencio
Obedece
C38
Rola pelo chão
Aux - reclama
Ele para
Fica quieto
Pró – se fizer de novo não tem recreio
Fica quieto
Pra você
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 62
Participantes: professora P2, e os alunos do grupo 4 e 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
C31
Belisca colega
116
ATIVIDADE: atividade no livro.
P2
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do
Aluno
C33
Senta de lado
Ela pede que sente direito
Concerta-se
C32
Empurra a cadeira com os pés
Ela pede que pare de empurrar
a cadeira com o pé
Obedece
C45
Levanta e anda pela sala
Aux diz para ela sentar, por favor,
Senta
C47
Levanta a cabeça
Aux-abaixe a cabeça pra ficar quieto
Obedece mas
Logo levanta
C41
Levanta do lugar
Sente e abaixe a cabeça na mesa
Obedece
C42
Levanta a cabeça
Diz –você sabe o que é baixar a cabeça?
Então abaixe.
Ele abaixa
C38
Levanta
Aux diz-quer ficar de castigo né?
Ele abaixa
C33
Brinca de bater na
mão do colega
Aux pede que abaixe a cabeça
Obedece
C38
Levanta pela quarta vez
Aux põe de castigo
Fica no castigo
C32
Cai da cadeira
Aux reclama
Levanta
C38
Levanta e escala no meio
Da sala
Aux diz-deixe para fazer sua
Ginástica mais tarde
Ele para
C47
Anda pela sala
Aux manda sentar
Senta
C45
Conversa alto
Pró pede que fale mais baixo
Obedece
C42
Brinca de bater na mesa
Pede que fique quieto
Ele para
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 63
Participantes: professora P2, e os alunos do grupo 4 e 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
117
ATIVIDADE: fazer bola de meia.
P2
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor Resposta do Aluno
C31
Arrasta cadeira
Pró pede que pare
Obedece
C49
Não quer fazer.
Pró manda sentar para fazer
Não faz
C33
Põe a bola no chão para chutar
Pró reclama
Ele senta
C49
Levanta e passeia pela sala
Aux manda sentar
Ele senta
C50
Brinca de jogar a bola de meia
Com uma colega
Aux-agora não é hora
Pra isso. Fique quieta.
Ela para
C38
Levanta e brinca de atirar
Pró - de novo você?Sente.
Obedece
C35
Levanta
Pró manda sentar
Senta
C40
Levanta
Aux reclama
Obedece
C36
Anda pela sala
Pró-sente, por favor.
Ele senta
C38
Joga bola de papel nos colegas Pró - você vai ficar sem recreio
Ele para
C37
Joga a bola de meia para cima e Pró diz-eu vou tomar sua bola
agarra
Se não parar.
Obedece
C44
Brinca de lá vai à bola
Aux-pare com isso.
Ela para
Brinca de jogar a bola de
Pró-eu não mandei brincar
Para de brincar
Meia pra cima
Agora não
Brinca com a bola de meia na
Pró pede que preste atenção nela
C45
Continua
mesa
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 64
Participantes: professora P2, e os alunos do grupo 4 e 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
C36
ATIVIDADE: atividade no pátio com a bola de meia
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C31
Corre no pátio
Manda brincar parado com a bola
Obedece
C32
Joga a bola no ar
Diz para ter cuidado
Obedece
C33
Corre muito
Manda correr devagar
Não obedece
C34
Corre no pátio
Manda andar, não correr.
Não obedece
C35
Corre no pátio
Manda parar
Não obedece
C36
Rola no chão
Manda levantar
Obedece
C36
Corre com a bola
Manda brincar de lançar
Não obedece
C38
Chuta a bola
Manda chutar mais devagar
Continua
C37
Corre com um colega
Manda parar
Não obedece
C45
Brinca de pega-pega
Manda parar
Obedece
C50
Senta no chão
Pede que levante
Continua
C43
Corre
Manda brincar de lançar a bola
Não obedece
C40
Deita no chão
Ameaça tirar do pátio
Levanta
C48
Corre e cai
Manda para a sala
Obedece
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 65
Participantes: professora P2, e os alunos do grupo 4 e 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
118
ATIVIDADE: lanche/recreio
P2
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
C38
Brinca de olhar por baixo da mesa
Aux diz-se concerte
Eles continuam
C45
Fica de pé
Aux manda sentar
Obedece
C47
Sai do lugar dele
Pró manda voltar pro lugar
Ele volta
C45
Fica de pé na porta da sala
Aux diz –o que você quer
Ai/sente
Ela volta ao lugar
C38
Pendura-se na cadeira e cai
Pró diz – ta vendo ai? Fique quieto
Concerta-se
C43
Esbarra a colega
Ninguém vê
Continua brincando
C37
Pula por cima da cadeira
C47
Arrasta-se por baixo da mesa
C34
Bate-se com um colega
Pró manda ficar quieta
Continua brincando
C39
Cai
Ninguém diz nada
Continua brincando
C48
Brinca de rolar no chão
Aux diz –assim não menino
Ele levanta
C35
Corre e esbarra nas cadeiras
C32
Brinca no chão com colega
C40
Senta no chão para brincar
Pró diz –assim não, você
vai se machucar
Aux diz –ai não é lugar de
Brincar não.sente aqui.
Pró diz -eu disse que não é para
correr
Aux manda levantar para não
Se sujar
Aux manda levantar
Resposta do Aluno
Ele para
Ele sai de debaixo
Continua brincando
Obedece depois senta
De novo no chão
Obedece
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 66
Participantes: professora P2, e os alunos do grupo 4 e 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
119
ATIVIDADE: exercício no livro para o grupo 5/desenhar e pintar grupo 4
Alunos
C36
C48
Comportamento do Aluno
Levanta da cadeira
Ficando de cabeça para
baixo na cadeira
Sentado de lado
C44
Levanta
C46
Sentada com postura incorreta
C49
Senta torto
C37
Balança-se na cadeira
C47
Batuca com o lápis na mesa
C34
Levanta e dança pela sala
C35
Pinta o desenho rápido
C31
Vai pintar no chão
C33
Bate os pés na cadeira
C32
Levanta e vai para a mesa ao lado
C40
C50
C45
C38
P2
Comportamento do Professor
Pró -você pode sentar, por favor?
Resposta do Aluno
Senta
Pró reclama
Ele para
Vire para frente diz a pró
Pró -sente direito, ta com
Formiga na cadeira é?
Pró – se concerte
Ela vira
Pró - se concerte
Pró -assim você vai cair.fique
Quieto.
Pró -você pode parar de fazer
Batuque?
Aux - agora é hora de dançar?
Sente agora.
Aux pede que pinte mais devagar
Senta
Concerta-se
Obedece
Ele para
Ele para
Volta a sentar
Tenta ser mais lenta
Aux -no chão não pode, sente
Pró -pare de bater os pés
na cadeira
Pró-ai é seu lugar?Sente no seu.
Ele volta pra mesa
Sentada com os pés na cadeira
É pra sentar como uma mocinha
Conserta-se
Junta cadeiras para brincar
Aux - pode botar de volta no lugar
Obedece
Levanta e brinca c/ colega.
Aux - se comporte
Sentam
C33
Levanta
Aux - manda sentar
Obedece
C45
Levanta
Aux manda sentar
Senta
C50
Sentada de lado
Aux - sente direitinha menina
Senta para frente
C34
Levanta da cadeira
Levanta e mexe com um
Colega da mesa ao lado
Para de fazer o dever para
conversar
Pró – pode voltar para seu lugar
Aux - deixe seu colega em paz e
sente
Aux – faça seu devezinho por
favor
Volta ao lugar
C38
Vai para baixo da mesa brincar
Pró manda sentar no lugar
C32
Levanta
Pró – sente meu amor!
C38
Continua embaixo da mesa
Pró chama para sentar
C34
C45
Ele senta
Obedece
Ela para de conversar
Finge que não ouve e
continua
Ele senta
Não da ouvidos e
continua
Aux-o seu ta bonito por que você
Sorri e volta ao lugar
ta quietinho.
Aux-o seu ta feio por que você não esta
Senta
C32
quieto
Pró - quando você pedir pra ir pro
Ele senta
C38
Permanece embaixo da mesa
Recreio eu não vou te ouvir também
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 67
Participantes: professora P2, e os alunos do grupo 4 e 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
C33
Pergunta a aux se o desenho dele
esta bonito
Pergunta a aux se o desenho dele
está bonito
Ele para
120
ATIVIDADE: continuação da tabela anterior.
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Aux manda abaixar a cabeça
C48
Conversa
Na mesa para ficar quieto.
Pró-pare de se balançar, você Vai cair
C38
Balança-se na cadeira
desse jeito
Brinca de bater na mão
Aux-fique quieto.
C33
do colega
Pró-sai daí menino, vá pro seu
C31
Levanta e brinca com a cortina
lugar
C31
Conversa
C32
Levanta anda pela sala
C34
Levanta vai para outra mesa
Levanta brinca de marchar com
colegas
C33
Aux diz-pare de conversar e abaixe a
cabeça
P2
Resposta do Aluno
Obedecem
Ele para
Ele continua
Obedece
Para de falar, mas
Não abaixa a
cabeça
Pró-pare de passear, volte pra
Cadeira.
Aux – seu lugar é ai? Sente no seu.
Senta no lugar dela
Aux – já mandei sentar.
Volta ao lugar
Ele volta
C48
Levanta brinca de marchar
Pró – o recreio não começou não.
Fique quieto.
Ele para
C42
Levanta vai mexer na mesa da
pró
Pró - epá pare de mexer ai mocinho
Ele senta
C36
Pinta um desenho
C35
C31
C40
C34
C33
Levanta para pegar o lápis
No chão
Batuca na mesa com um
Lápis
Brinca de pique-pique picolé
Comportamento do Aluno
Brinca de pique-pique picolé
Brinca de adoleta
Também brinca de adoleta
C48
Brinca de arrastar a cadeira
C32
Levanta e derruba as cadeiras
Levanta e vai para a porta da
sala
Levanta para brincar com um
colega
C31
C37
C33
C48
Pró - agora não é hora de
pintar,preste atenção aqui
Aux – pra pegar o lápis precisa
Levantar é?Fique sentado.
Ele para
Volta ao lugar
Pró manda parar
Obedece
Ninguém diz nada
Comportamento do Professor
Ninguém diz nada
Aux manda cantar mais baixo
Ninguém diz nada
Pró -você quer parar ou ficar
no cantinho refletindo?
Aux-sente e abaixe a cabeça
Pró-perdeu alguma coisa ai?
Sente
Pró - ainda não mandei ninguém
Levantar. Pode sentar.
Aux-saia daí menino! Sente na
cadeira.
Continua
Continua
Continua
Continua
Ele para
Obedece
Ele volta ao lugar
Senta novamente
Ele sai
Obedece
C45
Levanta brinca embaixo da mesa
C38
Levanta brinca e brinca com o
varal da sala
Pró-sente, por favor!
Senta novamente
C45
Cai da cadeira
Aux-se ficasse quieto não
Acontecia isso
Senta
Pró - de novo você?Sente vá
Obedece
Pró o põe no cantinho para pensar
Ninguém diz nada
Pede que sente
Continua
Ele obedece
C36
C38
C49
C50
Levanta mais uma vez e circula
Pela sala
Corre ao redor da mesa
Arrasta-se pelo chão
Levanta
Obedece
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 68
Participantes: professora P2, e os alunos do grupo 4 e 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
121
ATIVIDADE: acolhimento
Alunos
P2
Resposta do Aluno
Comportamento do Professor
C36
Comportamento do Aluno
Levanta de sua mesa e vai sentar
em outra
Aux manda voltar
Obedece
C45
Levanta-se
Aux-volte pro seu lugar
Aux diz – até você bagunçando?
Sente no lugar.
Obedece
C50
Empurra a colega
C38
Esconde-se embaixo da mesa
Levanta para conversar em
outra mesa
C34
Aux – saia daí engraçadinho
Aux reclama mandando sentar-se
Ela para
Obedece
Ela senta-se
C35
Inclina a cadeira para traz
Aux – você vai cair.sente
direito
C33
Balança as pernas
Manda parar de mexer as pernas
Ele para
C37
Conversa alto
Aux manda calar a boca
Fala baixo
C43
Levanta para conversar
Aux-volte pro seu lugar
Obedece
C48
Balança-se na cadeira
Aux manda ficar quieto
Aux Sente ou vou falar com seu
padrinho
que ele dá jeito em você
Fica por um tempo
Obedece
Ele senta-se
C32
Anda pela sala
C44
Brinca no chão
Ninguém percebe
Ele permanece no chão
C40
Levanta para conversar
Aux manda sentar
Obedece
C46
Conversa com a mesa ao lado
Aux manda ficar quieto
Continua conversando
C49
Levanta e corre
Aux – pare de correr.Sente menina
Aux pergunta se ele está louco.
Ela senta
C36
Levanta e brinca de rodar
no meio da sala
C32
Levanta e circula pela sala
Aux manda sentar
Não obedece
C45
Levanta e conversa
Pede silêncio e manda sentar
Não obedece
C45
Aux manda sentar
Ela senta-se
C46
Levanta e conversa de pé
Levanta e vai conversar em outra
mesa
C32
Sai da sala
Manda parar e sentar no lugar
Aux manda ele voltar ao lugar
Aux reclama mandando sentar-se
Ele senta-se
Ele volte e senta
Ele volta à sala, mas
não senta
C37
Faz cócegas na colega
Aux manda ficar quieto
Ele para
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 69
Participantes: professora P2, e os alunos do grupo 4 e 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
122
ATIVIDADE: atividade no livro para ambos os grupos
Alunos
C33
Comportamento do Aluno
Arrasta a cadeira
C48
Põe os pés em cima da mesa
C35
Levanta e vai para a porta
C45
Vai para outra mesa
C38
Balança-se na cadeira
C34
Senta de joelhos na cadeira
C34
Debruça seu corpo na mesa
C38
C32
P2
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
Aux – fique quieto. já começou foi?
Pró – tire os pés da mesa que você
não ta em sua casa
Pró diz – você perdeu o que ai?
Sente por favor
Fica quieto
Retira os pés
Obedece
Brinca de capoeira
Aux manda voltar
Aux diz – isso não é cadeira de
balanço não viu.
Pró – sente como uma mocinha
menina
Aux diz – lugar de dormir é
em casa se concerte
Pró diz – na sala não é lugar
para capoeira.vá sentar
Obedece
Ele para de
balançar
Obedece
Ele senta, mas
logo levanta
Levanta
Pró manda sentar
Obedece
Coserta-se
C40
Brinca sentada no chão
Pró –volte pro seu lugar
Ela volta
C32
Mexe no novo cartaz de pé
Aux diz - deixe o cartaz ai e sente
Obedece
Pró - volte pra sua mesa
Aux diz – ai não pode. Vá pro seu
lugar
Ela volta
C38
Vai para outra mesa
C35
Levanta e pinta o cartaz da parede
Levanta e vai conversar em outra
mesa
Brinca de dar cambalhota no meio
da sala
C37
C38
C49
C31
Anda pela sala
Cata alguns pedaços de barbante
embaixo da mesa
C38
Dança no meio da sala
C36
C38
Chuta o pé da colega
Levanta e vai brincar com o
colega
C45
Vai para outra mesa
C50
Aux diz – vá terminar sua atividade
Aux diz – tome jeito menino.fique
No seu lugar.Baixe a cabeça
. Pró-diz-vai ficar passeando pela
sala é? Sente fofa.
Pró diz – o que você quer ai?
Vá para a cadeira.
Volta pro lugar
Senta-se
Senta-se
somente
Ela senta
Obedece
Pró diz – sente Michael Jackson
Pró – se não se comportar direito não
Vai brincar hoje
Ele senta-se
Pró põe no canto pra refletir
Fica no lugar
Aux- volte! Sente lá.
Obedece
Balança-se na cadeira
Aux diz – se concerte criança
Obedece
C33
Brinca de bater na mesa
Ele para
C46
Empurra a mesa
Aux – pare de fazer zoada
Pró –nessa mesa hoje tem
formiga é ? Se comporte.
Fica quieta
C45
Acaba a atividade e levanta
Pró – é pra ficar sentada
Obedece
C40
Vai para outra mesa
C44
C38
C37
Pró – volte pro seu lugar
Aux diz- assim você vai cair menino.
Senta-se de joelhos na cadeira
se concerte vá
Levanta para mexer na cabeça do colega
pró diz – pare de mexer nele.
deixe ele em paz
Senta-se de lado para observar os
colegas
Aux – se concerte
Fica quieto
Ela volta
Obedece
Ele senta-se
Obedece
C36
Senta-se de costas para a mesa
Aux – sente direito
Obedece
C43
Levanta e vai conversar na mesa ao lado
Pró - vá sentar
Ela senta
C42
Conversa alto
Pró – pede silêncio
Fala baixo
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 70
Participantes: professora P2, e os alunos do grupo 4 e 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
123
ATIVIDADE: acolhimento
P2
Alunos
Comportamento do Aluno
C36
Empurra colega
C38
C35
Comportamento do Professor Resposta do Aluno
Ele senta
Caminha pela sala
Pró reclama
Pró – é hora de desfilar por
acaso?
Vá sentar
Aux – senti menina.
Pró – que bagunça é essa?
deixe isso ai quieto e sente.
Ela senta-se
C32
Fica de pé
Arrasta a cadeira para outra
mesa
C43
Levanta e vai para outra mesa
Pró – saia daí. Sente por favor.
Ela senta
C38
Pula de um pé só no meio da sala
Ninguém interfere
Continua
C49
Balança-se na cadeira e cai
Pró – quer cair é?Se concerte.
Obedece
C36
Levanta e brinca de luta
Pró – melhor você parar
Pró – você ta demais hoje. pare
com isso
Ela senta
Ele volta
Ele levante
Obedece
Obedece
C32
Arrasta cadeira novamente
C38
Levanta e vai mexer nas mochilas
C32
Vai brincar no chão com um colega
Pró – volte mocinho
Aux – sente na mesa pra
Não ficar sujo.
C36
Senta-se com os pés na cadeira
Aux – se concerte
Obedece
C36
Puxa o cabelo da colega
Aux – você fique quieto viu?
Fica quieto
C35
Cai da cadeira
Aux-agora sente direito
Aux – pode parar que não é
recreio
ainda não.
Obedece
Senta
C38
Rola no chão
C38
Pró – sente pelo amor de deus.
C45
Corre pela sala
Levanta e mexe no material da
pró
Ele para
Pró – sente no seu lugar
Ele vai
C32
Empurra a colega
Ele senta
C38
Grita
Aux – senti aqui do meu lado.
Aux – deixe para gritar na sua
casa.
Sente e abaixe a cabeça
C39
Discute com o colega
Pró troca ele de lugar
Permanece
Obedece
Só senta
C45
Conversa alto
Pró pede silêncio
Fala baixo
C33
Conversa alto
Para de falar
C38
Sobe na mesa
C36
Brinca de bater forte na mesa
C32
Arrasta a cadeira e a mesa
Ele senta
C33
Grita
Aux – cale a boca.
Pró – eu vou ter que te levar pra
Secretaria já já. sente.
Aux – abaixa a cabeça na
mesa e fique quieto.
Pró – eu já reclamei. Se fizer
de novo não tem recreio
Novamente não vai brincar
Aux – ta maluco é?Sente e
abaixe a cabeça
C48
Brinca de rodar e cai
Pró – agora sente
Obedece
Obedece
Fica quieto
Obedece
C32
mexe no varal da sala
Pró – deixe isso ai. Vá sentar
Ele senta
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 71
Participantes: professora P2, e os alunos do grupo 4 e 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
124
ATIVIDADE: tarefa no livro para os dois grupos (livros diferentes por grupo)
P2
Alunos
Comportamento do Aluno
Comportamento do Professor
Resposta do Aluno
C32
Levanta
Pró manda sentar
Ele senta
C34
Balança-se na cadeira
Aux manda parar
Obedece
C33
Levanta
Aux pede que sente
Obedece
C34
Levanta
Pró reclama
Ela senta
C40
Levanta
Pró manda sentar
Obedece
C38
Conversa com colega
Pró – cale a boca!
Não obedece
C44
Bate com os pés na cadeira
Pró – pare de bater os pés
Ele para
C35
Senta de lado
Aux - Se concerte
Obedece
C38
Pendura-se na cadeira e cai
Coloca no canto para refletir
Fica por um tempo
C34
Levanta
Aux manda sentar
Obedece
C38
Levanta e brinca no chão
Fica por um tempo
C38
Levanta novamente
C38
Levanta e brinca de rodar
C44
Esta pintando a atividade
Pró põe de volta no canto para pensar
Pró – você hoje não vai pro recreio.
Põe no canto para refletir.
Aux o põe perto dela
para vigiá-lo.
Aux – você ta demorando
demais pra pintar. pinte rápido.
C32
Balança a cadeira
Aux – pare com isso pra não cair.
Ele para
C48
Senta na ponta da cadeira
Pró - Sente direito
Obedece
C36
Conversa durante atividade
Faça silêncio. Termine sua atividade
Para por um tempo
C34
Levanta
Aux manda sentar
Obedece
C36
Derruba o material da pró
Aux manda sentar
Ele senta
C32
Brinca durante atividade
Pró – vá fazer seu dever
Ele vai
C45
Vai brincar no chão
Ela levanta
C37
Vai para outra mesa conversar
C47
Conversa
Pró – levante daí. sente na cadeira
Pró – pode voltar. Já
terminou por acaso o dever?
Pró – termine seu dever menino
Fique calado.
Ele volta a fazer
Continua a
atividade
C31
Senta de lado
Vira-se de costas para
conversar
Aux manda sentar pra frente
Obedece
Aux – sente correto
Obedece
C33
Chuta o colega
Pare de chutar o colega
C38
Sobe na cadeira
Aux reclama
C50
Fica por um tempo
Permanece
Continua do jeito
dele
Ele desce
C44
Levanta e brinca na cortina
Pró – saia daí. Volte pro seu lugar
Obedece
Fonte: registro dos dados da pesquisa de campo na escola S, quadro Nº 72
Participantes: professora P2, e os alunos do grupo 4 e 5. A relação completa dos quadros consta no anexo.
125
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simone fidelis farias