Curso Online A Escola no Combate ao Trabalho Infantil
Orientações para Atividade Pedagógica
Entrevista
(material complementar ao Módulo 1 do curso)
Olá professor, olá educador,
O objetivo deste texto é sugerir alguns caminhos para que você inicie uma discussão com
seus alunos sobre o fenômeno do trabalho infantil.
Coerente com a temática do Módulo 1, do curso online, o objetivo maior é traçar algum tipo
de paralelo entre as questões históricas apresentadas no módulo e a opinião dos pais e/ou
avós dos alunos. A sugestão é que os alunos entrevistem os pais e/ou avós sobre a idade
em que começaram a trabalhar, o que acharam de começar a trabalhar nesta idade, e com
qual idade acham que está correto as crianças e/ou adolescentes iniciarem a vida de
trabalho.
A expectativa é que os alunos consigam perceber que, via de regra, os pais, e
principalmente os avós, começaram a trabalhar cedo, não tiveram outras oportunidades e,
talvez por isso, não compreendam totalmente a legislação atual, que define que
adolescentes só podem trabalhar após os 16 anos, salvo na condição de aprendiz, dos 14
aos 16 anos, desde que respeitados os parâmetros da Lei Federal 10.097 (dez/2000).
Apresentamos os passos abaixo, lembrando que eles não devem engessar o trabalho do
educador, mas servir como parâmetro, como sugestão, devendo ser adaptados de acordo
com as possibilidades de ensino que o educador enfrenta, com o perfil da turma de alunos,
com sua faixa etária etc.
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Em uma turma de alunos pequenos, de quatro ou cinco anos, por exemplo, talvez apenas
seja feita uma única pergunta, se os pais trabalharam quando crianças ou não. Já para
turmas do ensino médio, ou das séries mais avanças do ensino fundamental, pode ser
possível desenvolver vários gráficos e realizar ótimas discussões com base neles.
Você vai encontrar ainda, nos materiais disponibilizados:
- uma ficha com sugestões de perguntas a serem feitas pelos alunos. Faça as adaptações
nesta ficha de acordo com a sua proposta ou necessidade,
- um documento em Excel, com exemplos de gráficos já montados, objetivando auxiliá-lo
para que possa apresentar os resultados das pesquisas de seus alunos para a turma. Você
pode utilizar este documento ou não. É possível fazer o gráfico manualmente, ou discutir
apenas com base nos números. Você ainda pode pedir a ajuda de algum professor, ou
mesmo de alunos, que dominem este tipo de programa. Para turmas mais adiantadas pode
ser possível até que os próprios alunos façam os gráficos. No Excel, os valores em
vermelho devem ser substituídos pelos números de respostas que seus alunos levantarem.
Os gráficos serão atualizados automaticamente.
- um exemplo de documento em Word onde foram colados alguns dos gráficos copiados do
Excel já citado.
A partir deste levantamento, os alunos poderão ser divididos em grupos ou poderá ser feita
uma única discussão em sala.
As duas perguntas abertas (que não trazem opções, mas linhas para serem preenchidas),
ou seja, as perguntas 4 e 6, servirão como exemplos dos resultados alcançados,
possibilitando uma discussão também qualitativa sobre o que pensam os avós ou pais dos
alunos.
Nunca identifique quem foram os respondentes. Explique para seus alunos que quando
realizamos uma pesquisa é preciso preservar a imagem dos entrevistados.
Seguem os passos sugeridos:
1 - sugerir aos seus alunos que entrevistem seus pais e avós, com base em algumas
questões relacionadas ao trabalho infantil.
Explique a eles que estas entrevistas servirão como base para uma discussão posterior
sobre este problema que envolve milhões de crianças e adolescente no mundo e no Brasil.
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2 – desenvolver as perguntas a serem feitas com os alunos, ou aprovar, com eles, as
sugestões dadas pelo curso.
3 – reproduzir as perguntas ou pedir que anotem em seus cadernos,
4 – recolher os resultados e, com base neles, utilizando o Excel disponibilizado, construir
alguns gráficos, que ajudem a visualizar os resultados. Como foi dito, você pode pedir
ajuda a professores de outras disciplinas e desenvolver a ação em conjunto com eles, ou
fazer os gráficos com os próprios alunos. Faça apenas os gráficos que julgar necessários.
5 – apresentar os resultados para a turma. Os gráficos e as perguntas abertas, ou uma
seleção deles, no quadro, em cartazes ou por outro meio qualquer,
6 – organizar uma discussão sobre os resultados de acordo com o perfil de sua turma
(subgrupos etc.).
7 – compartilhar (se desejar), nos fóruns do curso, quais foram os resultados, as
dificuldades e/ou outras informações importantes sobre a atividade.
Durante a discussão, procure perceber:
- se os avós, em geral, começaram a trabalhar mais cedo que os pais, e estes, mais cedo
que os seus alunos,
- se os avós têm maior tendência a achar que trabalhar cedo foi bom para eles,
- se os avós tem maior tendência para indicar que as crianças e adolescentes, hoje,
comecem a trabalhar mais cedo.
Como dissemos, estas são apenas sugestões. Você pode, como exemplo, fazer a pesquisa
com seus próprios alunos, comparando o que mudou da época dos avós, dos pais e deles,
em relação à idade de início do trabalho.
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Ainda podem surgir dúvidas sobre o que é trabalho infantil, quais leis temos para esta
questão etc. Estes são sinais de que seus alunos estão refletindo sobre a questão. A partir
destas questões, a turma pode desenvolver outras pesquisas e trabalhos. Bom trabalho a
todos!
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