TESTE DE CAMINHADE DE 6 MINUTOS E PRESSÕES RESPIRATÓRIAS MÁXIMAS EM INDIVÍDUOS PNEUMOPATAS CRÔNICOS HOSPITALIZADOS Kelser Souza Kock Alessandra Brunel Paes Ana Paula Vieira Hugen Introdução • O teste de caminhada de 6 minutos é um teste muito utilizado como medida de capacidade de esforço em indivíduos com problemas cardiopulmonares e tem sido preconizado e utilizado na avaliação de resultados de programa de reabilitação (1,2,3). Introdução • As pressões respiratórias descrevem indiretamente a força muscular respiratória, sendo de grande validade nas disfunções ventilatórias por identificar fraqueza muscular e indicar o treino muscular respiratório (4). Introdução • Objetivos: ▫ Verificar a distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos (TC6) e as pressões expiratória (Pemáx) e inspiratória (Pimáx) máxima de indivíduos pneumopatas crônicos internados na Enfermaria 7 do Hospital Nossa Senhora da Conceição. Metodologia • A população do estudo foi composta por indivíduos pneumopatas internados na Enfermaria 7 do Hospital Nossa Senhora da Conceição, localizado em Tubarão-SC, no período de agosto a novembro de 2009. A amostragem foi obtida por aqueles que estivessem estáveis clinicamente e aceitassem participar da pesquisa. Metodologia • Testes realizados: ▫ Teste de caminhada de 6 minutos (TC6) Distância percorrida ▫ Manovacuometria Pimáx Pemáx Metodologia • Os instrumentos de pesquisa para realização do TC6 foram: oxímetro de pulso marca Morrya™, estetoscópio e esfigmomanômetro marca BD™ e escala de percepção de esforço. Para medição da Pimáx e Pemáx foi utilizado um manovacuômetro de marca Gerar™. Metodologia • Análise estatística: estatística descritiva (média e desvio padrão) dos dados referentes ao TC6, a Pimáx e a Pemáx. Estatística inferencial, utilizando o teste de Wilcoxon com p < 0,05 para comparar a diferença entre Pimáx e Pemáx. Resultados e Discussão • Foram avaliados 14 indivíduos com idade média de 61 ± 14 anos, sendo 8 homens e 6 mulheres. As causas de hospitalização foram DPOC exacerbada, pneumonia, asma e derrame pleural. Resultados e Discussão Gráfico 1 – Pressões respiratórias Resultados e Discussão • Parreira et al. destacam que nos estudos sobre as pressões respiratórias máximas são observados grande variabilidade nos resultados. Relatam que a variabilidade pode ser atribuída a diferentes metodologias utilizadas, como tipo de bocal, número de manobras realizadas, posição corporal e diferenças nas populações estudadas (5). Resultados e Discussão Gráfico 2 – Teste de caminha de 6 minutos Resultados e Discussão • O teste de caminhada de 6 minutos é de simples aplicação, possuindo boa reprodutibilidade e, através de maneira indireta, avalia a aptidão cardiorrespiratória. Possui boa correlação com testes funcionais e pode ser comparado com valores previstos (6). Conclusão • Em nossa pesquisa, verificamos nos pacientes avaliados, uma grande variação nos valores das pressões respiratórias, demonstrada na variação da freqüência e no desvio padrão da Pimáx e Pemáx. Esses dados podem ser relacionados com a grande variabilidade descrita na literatura. Conclusão • Sobre o teste de caminhada de 6 minutos, observamos que os valores estão pouco abaixo do previsto. Isso demonstra que, além de possuírem uma aptidão cardiorrespiratória de regular a boa, também sugerem que a funcionalidade está preservada Referências • 1. Pauwels RA, Buist AS, Ma P, Jenkins CR, Hurd SS; GOLD Scientific Committee. Global strategy for the diagnosis, management, and prevention of chronic obstructive pulmonary disease: National Heart, Lung, and Blood Institute and World Health Organization Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD): Executive summary. Respir Care. 2001;46(8):798-825. • 2. Vilaró, J, Resqueti, VR and Fregonezi, GAF Avaliação clínica da capacidade do exercício em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. Rev. bras. fisioter., Ago 2008, vol.12, no.4, p.249-259. • 3. SILVA, Luiz Carlos Correia da, RUBIN, Adalberto Sperb, SILVA, Luciano Müller Correia da. Avaliação Funcional Pulmonar. Rio de janeiro: Revinter, 2000. • 4. Souza, R B. Pressões Respiratórias Estáticas Máximas. J Pneumol 28(Supl 3) – out., 2002. • 5. Parreira, VF et al. Pressões respiratórias máximas: valores encontrados e preditos em indivíduos saudáveis. Rev. bras. fisioter., Out 2007, vol.11, no.5, p.361-368. • 6. Enright PI, Sherril DI. Reference equations for the six minute walk in healthy adults. Am J Respir Crit Care Med 1998;158:1384-1387