AND XIII - ..
r
TB - 3WTA MARIA QA VITÚRIACSA) - FEVEflEIflD/1991 - '
A GUERRA QUE
ibouchina granulosn
VIRA
BERTOLD BRECHT
NÃQ Ê A PRIMEIRA. ANTES RELA
HOUVE OUTRAS GUERRAS.
QUANOO A ÚLTIMA TERMINOU
AVIA VENCEDORES E VENCIDOS.
ENTRE OSVENCIDOSOPOVO MIÚDO
SOFRIA EOME. ENTRE OS VENCEDORES
Al A XI SEMANA DE ARTE E
CULTURA, EVENTO QUE IRÁ SACUDIR
OS SANTAM ARIENSES. PARTICIPE!!!
21 a 27 DE ABRIL/l991.
12 ANOS DE EXISEnlidade Responsável:
"^TÊNCIA ERESISTÊNCIA.
(ADOLESCEUl)
Associação de Desenvolvimento
Rural Integrado
CGC (M F)13.243.977/0001-81
ANO XIII -^78- FEVEREIRO/90
CONSELHO DE DREÇÂO
Himeogr^fado, enfrentando dificuldades de
toda ordem, circulando num meio em que a
violência ostensiva contra os camponeses
ocorria de maneira bárbara, o periódico
conseguiu sobreviver e agora enplaca 91,
numa boa*
titm.irdo Serafim de Oliveira
/Uml Sovais Neto
C íáncitii Ihomás Bornst:in
Cifro CtimurIJU
/'éi^i' Paulo òpamoL
l)onuni;o.f LeoneLli
rmdiano Jo.rê
tern'indo Borba
dose de. Sousa Lisboa
Jthová de Carvalho
dairo Rodrigues da Silva
dosc Queiroz Hanleiro Sobrinho
Joaquim Lisboa Neto
Paulo Cezar Lisboa Cerqueira
Washington /Intonio Souzi Sinões
Hoje, "O PQ33£IflD", impresso em off-set,
circula em várias estados brasileiros e no
exterior. Pessoas e organizações do México,
Cuba, flQA, Peru, Holanda, Colômbia, Honduras,
Panamá e Nicarágua recebem regularmente
nosso periódico que, modéstia â parte,
já usufrui da um respeitável "pedigree ••.
DIRETOR RESPONSÁVEL
Joaquim Lisboa Neto
REDAÇÃO
Rua Benjamin Constant, l^S - Fone:(073) 483-1130
CEP 4764D
- Santa Maria da Vitória - Bahia
TIPOGRAFIA MESTRE ZINZA
IMPRESSOS DE QUALIDADE
Fone: (073) 483-1130
Rua Gel, Antônio Barbosa, 209
Santa Maria da Vitória
-
Bahi<
XI SEMANA DE ARTE
E
CULTURA- 21/04/91 a 27/04,91.
2-
E« janeiro de 1979 aparecia o n» zero do
jornal "0 POSSEIflD", com a proposta da
denunciar as arbitrariedades cometidas corvtra os trabalhadores» principalmente rurais,
tra preciso, também, que se fizesse algo em
termos jortialísticos nesta cidade para que a
luta de Eugênio Lyia n5o ficasse obscurecida,
como o queria e quer a classe domir^nte.
Com todos os seus erros e acertos,
característica inevitável de quolquer meio
de comunicação, nosso jornal pode se
orgulhar de servir de porta-voz dos
aantamarianses humildes, , que o procuram para
fazer suas denúncias. Ademais, "0 POSSEIfO"
atua como um termômetro cfa vida cultural e
artística de nossa cidade. Nele se registram
semanas de arte e cultura, exposições de
arte, lançamentos de livros, surgimento de
associações de moradores, criação de
bibliotecas populares, etc.
Aos amigos e colaboradores que nos
acompanharam nesta longa e árdua, mas mesmo
assim gostosa, jornada o nosso fraternal e
ensolarado abraço.
A Casa da Cultura "ALM" conta agora com
mais uma colaboradora- Trata-se de Fanny
Abramovich, escritora, "educadora da
criatividade", como a definiu Samir Curi
Ue.serani, escritor. Fanny doou pra gente
os livros "Cambalhoteando no céu", "Uma
certa borboleta azul", "Meu filho me vi
desse jeito", "0 estranho mundo que se
mostra às crianças" e outros.
FtV£ítIflO/9l
MEDICINA NATURAL
PMNTAS MBHCINMS
DOENÇAS
Krezatao xeltor: trat«r«i»oa aqui, nesta
coluna, de levar ao povo em gaxn.1 um apelo
acerca do crescente número úB deslnformados
em relação às doenças que perseguem e matam
as pessoas»
A seguir, uma relação da pxantas que cura»
os males:
Vivemos num país de doentes, onde o direito
a saúde passa a ser um jogo de adivinhar.
Os comerciantes viram doutores dos seus
lucros e o povo romeiro das funerárias.
A população mete pela garganta veneno
contido nas drogas químicas da farmácia.
Alem de custar caro, quase todos esses
remédios são tóxicos.
A ciência fitotarápica (que significa a
cura pelas plantasj vem ajudar o homem sem
saúde, segundo os seus conhecimentos, a
reeatabelecer o estado natural que o
organismo humano tem direito.
Devemos nos alimentar corretamente s, para
isso, devemos ter em vista os seguintes
fatores: o que se deve comer; o que não se
deve comerj quanto se deve comer; e quando
não se deve comer. Isto fica difícil de por
em prática num lar em que a farinha seca
sejü o único alimenta disponível na
üeapensa dessa gente deanutritk deste Brasil
eispopuçado de riquezas.
auem pode negar que as doenças cardíacas, as
doenças mentais e outros males que flagelam
a geração atual, em boa parte não provém
das drogas venenosas?
Os medicamentos de ação analgésica, ou seja,
os que acalmam dores, são os mais usados.
Devemos combater a causa da doença. E a
causa, por sua vez, não pode ser^combaticb
por meio de sedativos que quase sempre
provocam sérios distúifcios orgânicos como
intoxicação e lesões em órgãos importantes
(fígado, rins, etc.}, afecção dos sistemas
e acúmulo oe trabalho para o coração.
f» Q.
ida está sujeita a leis naturais
fi s. A obediência ãs mesmas tem por
conseqüência a saúde; a desobediência, às
doenças e à morte.
Estimado leitor, no próximo número alongara.
papo aobr8
gSj^^g^jgjjgg
FEVERiIfÜ/9i
**"?«»
Para oue serve
M1LW3 - ajuda a sair sarampo, catapora s
varíola. Como fazer: cozinhar 7 ou 8 grãos
de milho, adoçar e tomar várias vezes durante
o dia, até sair todo o sarampo ou as outras
dosnças.
PICRO PRETO - fígado, hepatite, rins, ferieh
braba, sarna, hemorragia de corta,
machucadura e dor de dente. Como fazen
Fígado, Hepatite e Rins - machucar trâs
sementes, por água fervendo em cima, adoçar
a gosto e tomar à vontade durante algumas
semanas.
Feridas, Sama e Hemormgia - machucar quatro
ou cinco sementes, cozinhar bem e deixar
esfriar. Lavar o lugar afetado duas vezes
por dia até sarar.
Machucadura e dor de dente - machucar dez
sementes e por numa garrafa de álcool, Osixar
dorair por 5 ou 7 dias, depois passar na
parte afetada.
PICHURI - febre, convulsão, resfrlado, prisão
de ventre, dores em geral e estupor. Como
fazer: raspar o Pichurl a a NOZHPOsoada, por
água fervendo, abafar e adoçar a gosto. Tomar
uma xícara quando se sentir doente.
PIMENTA 00 FEINO - ventosidade. Como fazen
machucar 10 sementes e uma pitada do sal. Por
água fervendo em cima e abafar. Tomar uma
xícara de chá antes de dormir.
AMOU - sinusite. Como fazer: cozinhar as
folhas, lavar o rosto e fazer inalação
[respirar a fumaça das folhas cozidas),
BELOR0EGA ("berduegua") - dor d^olho. Como
fazer: cozinhar as folhas e lavar os olhos
duas vezes por dia,
PINHA - pedra nos rins. Como fazer: fazer o
chá das folhas e beber durante todo o dia.
Usar o chá por duas semanas.
LEIA NA BIBLIOTECA CAMPESINA:
. LIVRD OE BOLSO Qft MEDICINA NATURAL MÁRCIO BONTEMPQ
3-
MENSAGEM DE NATAL E
ANO NOVO
sabemos, esta Mensagem sempre
proporciona alegria e esperança de melhores
dias num futuro próximo, todos nós aguardamos obra certa ansiedade a aproximação dessas datas comemorativas sobre o nascimento
de Jesus Cristo, o Redentor da Humanidade.
COBO
Entretanto, nos deparamos no Natal e Ano
Novo de 1969/90 com um acontecimento inédito que surpreendeu a todos os santamarier»»
ses.
Verificamos três enchentes consecutivas,
com a duração aproximada de quinze dias.
Constantes e pesadas chuvas caíram impiedosamente sobre a nossa cidade, atingindo o
interior do município. Os moradores situados
na parte baixa passaram dias de aflições,
amarguras e intranqüilidade, vendo as águas
invadirem suas moradias palmo a palmo,
causando sérios estragos nos móveis, eletrodomésticos e outros objetos e tendo encontra
do apoio somente no transporte em barcos a
remo e motorizados, caminhões e outros
veículos, através da corrente mútua de
solidariedade. Porém, alguns oportunistas
se aproveitaram do ensejo para se apropriarem de objetos alheios, como se estivessem
ajOdando a transportar móveis e utensílios
domésticos.
uma média de 70% das casas, com muito esforço
e sacrifício dos seus proprietários,
conseguiram reconstruí-las, algumas com
estrutura moderna, dando melhor aspecto à
cidade. Poucas construções contaram com usa
pequena ajuda da Prefeitura Municipal.
Infelizmente, ainda se observa diversas casas
desmoronadas, sem que os seus donos tenham
condições para reconstruí-las, levando em
conta a situação difícil que ora atravessamos.
0 autor desta Mensagem não presenciou essa
lamentável ocorrência, porque se encontrava
ausente devido a tratapento de saúde. Porém,
os jornais e os canais de televisão
divulgaram a imagem da inundação que
prejudicou grandemente muitos santamariensas
que vivem lutando para sobreviver.
0 certo e que as datas comemorativas de Natal
s Ano Novo de 1990/1991 ocorreram nomalmente,
muito diferentes das d» 1989/1990, que
provocaram desanimo, descontentamento e
profunda tristeza a todos que presenciaram
esse evento inesperado, nunca visto nesta
região, causando surpresa aos mais idosos, que
jamais pensanp ver um quadro tão constrangedor, sem ter recebido a assistência necessária
dos Poderes Públicos»
Santa Maria da Vitória, 10.Janeiro.91
Foram, na realidade, dias difíceis s tumultuosos. Durante muitos dias a população
ficou sem energia elétrica e sem qualquer
espécie de comunicação, completamente
isolada. As estradas ficaram intransitáveis,
burmpos e lamaçais tomaram conta das rodovias, desabaram muitas casas e pontes,
inclusive a Igreja Católica, situada na
Praça da Matriz, Templo Secular que está
sendo reccnstruido com mais segurança s
melhores adaptações. A lavoura perdeu*^
tctaLrente. Finalmente, os prejuízos foram
incalculáveis, as moradias frágeis desabaram
toOss, mesmo as construídas rto parte alta ca
ciLoae.
AQEN0R MARIAN0
"0 POSSEIRO-, a AOERI e a CASA D* CULTUA
"ANTÔNIO LISBOA 0£ MORAIS" receberam - s agra
decem - votos de Boas Festas das seguintes
pessoas e entidades: Edson França, Haroldo
Lima Cdep»fed.), Mary Castro, Carlito Mala,
CPOECAP-Centro cfe Proyectos para ei Oesarrollo
de Caqpesinos Parceleros (Honduras), Honorato
Ribeiro dos Santos, Conselho Nacional doa Direi
tos da Mulher, CEOEC-Centro de Estudos de Cultu
ra Contemporânea, Isaura Rosa de Souza Barro*,*
Imago Editora, Olímpio Sarros Brandão, Domingos
Leonalli (dep.Ted.), José Pereira Neto, Miguel
As embarcações a remo e motorizadas trafegaRodrigues de Lima, Cyro Camargo, Maurício José
vam nos principais logradouros da parte
Cordeiro
Ferreira, Manoel Nunes de Assis, Leila
baixa da cidade como se estivessem navegando
Mícoolis, OLP/Ôrasi*. Laura Cristina, lone
em pleno Rio Corrente. Contudo, até agora,
^
^
^ e Fernando SaÃ^Annaf de31
4-
a*£8?íejie?-
FEVEREIRD/31
mtmmmmm
O1C0HS0
DE.
LAPIIUAS,
KESGATANDO A ÜULTURA
a iRüCC nanoa
aflinaia cts
ria un
um ano
*nr, (em
iam, 22.04,90),
on n/i ar\\
__'
>tí"üCO
na
abertura da X Semana de Arte e Galtura, a
Biblioteca "Eugênio Lyra" - que completava
o seu 7fi mês de existência - promovia o en
cerramento do seu I CONCURSO OE UPINmS,"
dando, assim, continuidade ao seu programa
tíg incentivo à arte e à cultura do noaso povo,
Ao realizarmos, no período de 25.12.90 a 06.
01.91. o II CONCURSO, percebemos que ele
realnsente tem efeito, além de resgatador,
incentiva dor.
As pessoas se sentem entusiasmais e perplexas ao detectarem que os julgadores conseguem
descobrir em seus presépios exatamente aquilo
que lhes e importante; isso vai desde o fazer
por devoção, tradição familiar, até o fazer
por achar bonito, valor artístico ou "levantar o presépio porque é muito bom ver pronto,
um feito, um morro que parece de verdade, que
você foi à procura, no mato, desde a primeira
pedra até o último graozinho de areia ou peda
ço de barriguda, como se você fosse uma aranha a contemplar a sua própria teia", como
afirmou uma das participantes, ao se inscrever pro concurso,
Ssaa coisa de ver "Worros Encantadores" toca
muito fundo, te leva a qerceber o quanto é
importante ver de perto cada objeto ds cada
Upintta, o que significa cada um deles para
Càüa "Lavantador de Presépio"; é altamente
gratificante. Vale a pena tentar-se resgatar
as tradições populares.
Ao percorrer as 90 Lapinhas inscritas pro II
CONCURSO, am diversas partes da cidade santamariense e não mais simplesmente no Bairro do
Wílvão, recolhendo dados de todas elas, anali
sando o seu gosto devoto, valor artístico e '
apresentação do presépio, a Comissão Julgadora - composta por Uarla dos Santos Souza,
Luzinete Maria dos Santos e Hilda Ribeiro
Lopes - conseguiu chegar à apuração e escolher os vencedores,
_.
.
„ »
'OPULAR!!
chegar as LapinRaa vencedoras. Doce encerramento, entremeado com pingos da chuva ■ licor, onde a ludicidade teve marcante presença. Tomara que todos consigam, também, se
encantarem com o doce mistério das Lapinhas;
eo assim, os que vão nascer, que ainda estão
por nascer os seus bisavós, temo oportunidade de conhecer, olhar, sentir, se deliciar
com cada morro, daquele pequenino ao que vai |
ao teto da casa, onda os seus mandacarus,
cabeça^de-f rade e outras plantas típicas da
morro, que parecem ter nascido ali, fazem
cada um deles o seu espetáculo, e cada qual
com sua peculiar beleza.
Os prêmios foram presépios completo» e
imagens ds santos diversos. As Lapinhas
Vencedoras foram as seguintes: Lapinhas
Clássicas - liaria dos Santos; Lapinhas NeoClásaicas - Ana Rosa de Sou» (Lapinha octoge
naria - 80 anos); Lapinhas Modernas - Raimuiv
da Maria de Souza,
Participaram do CONCURSO: Maria dos Santos.
Ana Rosa ds Souza, Raiaunda liaria de Souza
Isabel Marcolina Gomes, Ageni Bonfim de UiL.
Barbara Luciana da Silva, Nair Lima da Silva
Eya Uma da Silva, Alzina Silva da Rocha.
*
Nicinha Pereira, Zilda de Almeida Souza.
Almerinda Maria tfc^Silva, Maria Silva de Oliveira, Edite Brandão Nogueira, Adleide Rosa
da Conceição, Marlene de Oliveiro, Carmea
Dulce da Silva, Antonia Maria de Oliveim.
Maria Moreira Torrss, Laurita Noreira doa San
s, Mar!U F
r«ncisca de Almeicb, Joselice Ma0
ria Barreto, Viturina Pereira dos Santos.
Oteli^a Nunes dos Santos, Ivone Santos ds Jesus, Enestina Rodrigues da Rocha. Oeiza Nasd
mento Vasconcelos, Idalina, Magnália Santos ~
de OUveira, Neusa liaria Braga de Araújo,
Almerinda doa Santos Almeida, Valdelice Cirineu, Maria Moreira da Silva, Antonta Alves da
Silva, Qerturdes Maria da Silva, Remais Gomes
Maim, Maria Barbosa de Souza, Carmelita Soares dos Santos, Marinalva da Silva Santos,
rhiara de Oliveira, Isabel de Oliveira Santos.
t^f £!,ciaca de So"ai Tereza de Souza Lima.
(5 n?.3*,6 ^ J5su8 ^^osa, Híiaa Sãfitis
de Oliveira, Maria Francisca de Macedo Santos,
«ária da Gloria Neves Neto, Irene Alves dos *
Santos, Evanísia Dourado das Neves, Terasa
No encermraento, coro entrega da prêmios e
Silva do Caroo. Antonia de Brito. Maria do
certificados aos vencedores e participantes,
rlífl ^S*?8/ ei«onice Maria «te Conceição dos
Santos, Heloísa Rocha, Divina Maria Leão,
a
-rdenação do Concurso, além da comentar
RubeniIda pereira da Melo, Elvira Nepomuceno
s: * o considerável aumento de Lapinhas em
do Vale, Edinalva Andrade Nunes, Vitalin» dos
1990, fez um balanço da Arte Popular aantamaSantoa Luna, Maria Tolentino de Farias, Termriense e levou ao publico a onda de emoção
zinha Maria dos Santçs. Maria de Souza OouWu.
que a envolveu durante o período de inscri& SSa Po?lrÍA P»1^. Augustinha RodrtguSa
dos Santos. Tereza Qomes, Pereira, Zulmira
I
i3
» viaitas e apuração dos dados pra se
Carvílho Nepomuceno e Julia Ma. Je J. SaSos.
———
'
—
^
ssammsnF
F£V£FtIflO/91
5-
ANTÔNIO LISBOA DE MORAIS
ESBOÇO
HISTÓRICO -
V||||
Na daminga seguinte, a odretarla da Saciedaole
Éas Tr^iaa lha dares de Santa Mazla percarreu
tadas as ruas e beces da cidade [nas roaIdes da
cslhelta de ajuda para a Bandeira d* OlvlnaJ
em um trabalhe miúd», de casa em casa» para
Inscrever cama sacies tedes as que x/eluntarlamente estivessem dlspestes a pagar a primeira
centribulçãa mensal. Fal um ata festlve que se
estendeu e dia tade, em farina d" passeata; anl
mada pela pequena arquestra, au "reglanalN que
tinha ide aa Oescaberte a Saa Jesé des Arrudas.
Apesar da chantagem daquele religiesa anacranl
ca, inscreveram-se naquele deminge 432 sécles,
au seja, mais de 20% da pepulaçãa adulta da
cidade. Fel um succsse ratunda. Olta dias depais a STStó dava pravas dm sua utilidade
realizando mutiries para reparar as casas (des
asaaciadas) deteriaradas pelas cheias de Rie
Carrente e da ftlacha. Ali estavam grandes grupes de sácl«s carreganda pedras, cal, areia e
água, enquanto es Mestres Anselmo, Zé de Pio,
Uamilo e Suamny ciavam orientaçees técnicas à
massa de voluntários.
de massas fal asaaz violento. Naa faltou
ao terrível missionária inclusive a
desplante de agredir fisicamente a um filho do Velha júlia da Inhaúmas, pele
simples fata da Jevem haver saltada fague
tes em ação de graça per ter regressada,
de Salas cem vida. £ cama a agressãa
física fal repelida cem a mesma vialência
sá restou aa atrabiliário sacerdote UM
grotesca exarclsme, inhum^nda metade da
imagem da santa padroeiro no areiia de
centra da pracinha, em meia aas lamentes
e rogas das devatas apavoradas, e que
passaram tada a nalte desfianda rasaria a
acendendo velas de sebo e ralas de cera
aa radar da santa.
Ma Assembléia Geral seguinte, se apravaram dais
projetos da STSM, 0 primeira para a canstruçãa
da sede da arganizaçãa e e segunda a canstruçãa
(na seae municipal e nas distritos) de 4 rancharias dos Brejeiras - espécie de pouso caber^to e oom numerosas armadares de redes, trempes
cie pedras, pates de água; cem uma pequena área
sombreada para amarrar seus animais de tranapartes. Dentre das ríancharias haveria deposite
para mercadorias ligeiras e latrinas. Este
projeto tinha, entre outras, a prapésito de
satisfazer interesses imediatas da pequena pradutor agrícola e de ir rompendo a dependência
política que e atava aas interesses da camerciante intermediária au atravessadar. Antania
Lisboa ce Morais se dispas a ceder um pedaço de
sua pequena manga de pasto para a ST SM erigir
a Rancharia da 3ede Municipal.
mmmmmmmmmtm
üever-aB-iam realizar, naquele períada seca, as
mutirões para preduzir milhares de adabes e
outros materiais de canstruçãa. Na entanta,
faca aa terrorismo que aqueles missionários
adscurantistas continuavam espalhando, município a fora, se optou por um trabalho de conscientização durante as águas para viabilizar as
projetes na períada seca da ana seguinte, 1951.
0 galpe que a abscurantisma religiesa havia
asaestada centra aquela cawbativa arganizaçãa
6-,
Naquele nunda atrasada das gerais, uma
excomunhão coletiva e com truanesca
exarclsme era, de fata, dose para a Basta
da Apocalipse.
VIOLÊNCIA E 0 ASSASSINATO 00 PREFEITO
JOSÉ BORBA
Coma se fasse pauca, a Or. Muniz, respansável pelas preJatas da Camissãa da Vala
da Sãa Francisca [atual COGEVASF), aa nãe
trazer dinheiro suficiente pare pagar aa
salários atrasados dos operárias, apelau
também para a chantagem da anticamunisme,
ameaçando de despedir do trabalha a tadas
que estivassem associados à STSM. De reato, a partida palítica do prefeita Jasé
Soztoa [a UON) perdeu a eleição estadual
e o nave governador, Regis Pacheco nameda
para Santa Maria policiais reacianáriaa*
A deserção evidentemente não pratageu a
ninguém da anda de desemprego, paia aa
verbaa federaia nunca chegaram completas
aos projetos. Depois do Congresso Estudan
til de Juazeiro, Clodomir Morais, Jehavá
de Carvalha a outros fundam a Jornal
CRÍTICA para fazer aposição aa Caverna de
Regis Pacheco que, violentamente, meses
antes, havia encerrada a diária comunista
0 MOMENTO. A CRÍTICA denunciava na capital
aa violências aas direitas dos exploradas
que se cometiam em Santa Maria,
«
CLODOMIR MOIKIS
mmmmmmmmmmmmmmm
(continua na próximo numera]
FEVEREIflD/91
CORDEL
DO CORRENTE
a
JORO FERflEl/^ FILHO í "JOXO PARAÍBA*!
mmmm K
' *'**»mmmmammmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm
Os oitenta e cinco pra cá
Pra quem está observando
Vê o mundo se acabando
E muitos faz é zombar
Pode todos observar
Desde o Sul até o Norte
Quem escapar teve sorts
^ da cortar coração
Se liga a televisão
Só falam em seqüestro e morta,
tstão se acabando os transportes
Ninguém quer mais viajar
Que se o bandido pegar
Será triste a dura sorte
Oesde o Sul até o Norte
Oo Braail pra o eetxangeiro
Quantos caminhoneiros
Quantos já não tem morrido
São mortos pelos bandidos
Quem faz isto é o dinheiro,
E assim o mundo intairo
Vai se acabando aos pouquinho
t este o certo caminho
Que a onda leva o baloeiro
Ha. onda vamos ligeiro
Desde o deserto até a cidade
So se vê é vaidade
Orgulho e corrupção
Na lousa do frio chão
É esta a realidada,
Não há mais tranqüilidade
Nao ha quem possa viver
So Deus para resolver
A grande desigualdade
Não reina mais amizade
Satar^ía engole o cão
ãriga pai, filho e irmão
Ja está se vendo o desfalque
E o Saddam, rei do Iraque
Veio pra acabar com a Nação,
Vai brigar o alemão
Israel no seu controle
f5or causa desta petróleo
í grande a destruição
ei i, França e Japão
Pra origar tio resolvidos
Briga os Estados Unidos
Com bombardeio lá do ar
Saddsm nao quer se entregar
E nada foi resolvido.
FtVEflEIfO/91
Não há ninguém abatido
Onde chamam a Guerra Santa
A coleta é de quem planta
Isto é esclarecido
Onde Jesus foi vendido
Foi morto e crucificado
Roma deve estar lembrado
Onde matam» 12 apóstolos
£ este o diagnóstico
Seu sangue vai ser cobrado.
Nosso tempo está chegado
Pra quem plantou a semente
A desculpa á que a serpente
Poi quem lançou o pecado
Isto s bem originado
Que chegou pra se conhecer
Todo olho pode ver
Você deve e eu não devo
Esta verdade eu escrevo
Muitos pagam sem dever.
Vai ser feliz quem hão ver
este mundo terminar
A dois mil não chegará
Só pra Oeus este poder
Se este resto nós vencer
As tentações da serpente
Vamos sofrer cruelmente
Não tem abrigo e nem vage
0 mundo se cobre d'água
Como era antigamente,
Eu JBSLO quero estar presente
Que sou filho do pecado
Espero ser perdoado
Pelo Oeus onipotente
QUBB vai ficar na corrente
Será Luzbel mais Caim
Sem ordem viveram assim
(foe a Oeus desentenderam
Pra Oeus todos já morreram
Nas em dois mil tara fim*
Inda não cheguei ao fim
Não esgoto a minha mente
Pra o povo do Rio Corrente
Todo Jornal sai vorsinhos
Presenteei os amiguinhos
Vão desculpando as charadas
Quem lar não vai pagar nacfc
Vou receber a coroa
Pergunte • Kynkas Lisboa
Se e ou nqo bem verssjadas.
% I
BRASIL. EX-PAIS
DO
0 POSSEIRO" APOIA
FUTEBOL
0 L P
O Ano Velho foi terrível pam o esporte
brasileiro, sobretudo para o futebol.
Começando com a desastrosa seleção de
Sebastião Lazaroni na Copa da Itália e, para
fechar o ano de 90, a Seleção Brasileira,
sob o comando de Paulo Roberto Falcão,
conseguiu realizar um feito histórico: pela
primeira vez, em cinco Jogos consecutivos
com o mesmo técnico, a Seleção Brasileira de
Futebol não venceu um Jogo sequer.
Se, por um lado, o futebol deixou a desejar,
por outro, mais precisamente o autoaobili»mo, sobrou competência, audácia e precisão
ao piloto brasileiro Aírton Senna na conquis
ta do Bicanpeonato Mundial de Fórmula 1.
Voltando ao futebol, o ano de 1990 foi palco
cia quebra de alguns tabus. Exemplos:
Corínthians - após 80 anos, foi campeão
brasileiro;
Botafogo - Bicampeão carioca;
Bragantino - Campeão paulista;
C 8 F - Convidou um ex-Jogador para dirigir
a Seleção, o qual não dispõe de
nenhuma experiência de técnico de
futebol^
Com os exemplos acima citados, podemos
avaliar claramente as mudanças radicais que
estão acontecendo no futebol brasileiro.
A
Sr. Editor da Seção de Cartas:
Gostaria, primeiramente, de manifestar ao
sr. Editor e a este órgão de imprensa, em
meu próprio nome e no da representação da
Organização de Libertação da Palestina-OLPno Brasil, os melhores votos de Boas Festas
e de um Feliz 1991.
Aproveito a oportunidade para apresentar-lha
este breve comunicado da Uissão da Liga dos
Estados árabes no Brasil, pedindo, ancarecidamente, sua publicação na Seção ds Cartas*
Acredito que se trata de assunto ds interesse não so dos meios ds comunicação e dos
colegas Jornalistas, mas também da opinião
pública brasileira em geral.
Sem mais, agradecemos antecipadamente e
colocamo-nos à sua inteira disposição.
ROSANA B0N0 - Assessorla de
Imprensa da 0LP/BR\SIL.
Brasília-ET, 14-dezeabro-90
MISSKO QA USA DOS ESTADOS AfeBES
NOMENCLATURA ILEGAL SDBRE
JERUSALÉM
Alguns meios de comunicação norte-americanos
e europeus estão começanfio a utilizar nomes
israelenses para designar os lugares santo»
Retratando o futebol local, a Liga
de Jerusalém, especialmente a Esplanada das
Oesportiga Santamarlense organizou no ano
Mesquitas e a mesquita de Al-Aqsa, que estão
passado (1990) um campeonato com 10 agremiasendo denominadas de Monte do Templo ~ uaa
terminologia típica da anexação sionista des
ções, com todos os Jogos realizados no
te território, Lembramos que a ONU s seu ConEstádio Vereador Turibio de Oliveira, que
selho de^Segurança consideram ilegais não só
teve como campeão o Monte Castelo Futebol
a anexação e a ocupação, mas também a nomenClube e vice a Associação Oesportiva África.
clatura israelense desses locais.
Como novidade, a participação, pela primeira
Isso tem uma especial importância,nesta fase,
vez, do Sambaíba Futebol Clube, representante em que colonos israelenses e o próprio governo de ocupação estão tentando destruir os san
do bairro do mesmo nome.
tos lugares muçulmanos em Jerusalém, como o "
Finalizando, desejo que, neste ano de 1991,
episódio que resultou no massacre de palestinos no dia B de outubro passado, condenado
mesmo com a guerra que estourou no Golfo
pelo
Conselho de Segurança da ONU através de
Pérsico e com a atual crise que atravessamos,
suas
resoluções 672 e 673.
os dirigentes do futebol brasileiro entendam,
de uma vez por todas, que não existe
Em nome dos sentimentos e da sensibilidade
casamento perfeito entre POLÍTICA e FlíTEaOL.
árabes, chamamos a atenção dos meios de
•orno dizia o poeta Gilberto Qil, cada macaco
em seu galho; portanto, lugar de cartola, meu
chapa, é em escola de samba.
tòmunicação sobre a necessidade de exatidão
no uso de tal terminologia, evitando cair rei
sutil armadilha das autoridades israelenses
Ide ocupação*
Brasília, 17 de dezembro de 1990.
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FEVEREIfC/Sl
PROFESSORA IMORTAL: A ROSA IMPERECIVEL
Dona Rosa Magalhães não morreu, porque a vida
eterna, a imortaiidade é dos que defendem os pobres.
É inadequado dizer-se que ela descansou, já que Dona
tRosa Magalhães nunca manifestou cansaço. O trabalho
jpara ela era a felicidade, tanto é assim que, nos seus
imitimos momentos, continuava no posto de professora,
dando lições de amor ao próximo, lições de humanitarismo; pedindo que se construa uma clínica simples,
modesta-enfatizava-lá para aquelas famílias que tinham
filhos na escola do carente Bairro da Macambira. De
modo que, a frase latina do "requiescat in pace!"(que
descanse em paz!) não se lhe aplica em absoluto.
i Primeiro, porque ela não estava cansada e segundo,
\ porque nunca foi no descanso que Dona Rosa buscava
a paz, e sim no trabalho, na labuta em favor dos
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pobres, pois assim é que se obtém a paz de espírito,
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a paz da consciência do dever cumprido; a paz dos
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que lutam e por isso mesmo não temem a morte.
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Cruzam com esta e nem tomam conhecimento; como
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se a morte não existisse. Ignoram-na. Tanto é assim
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que a agonia de vários dias, Dona Rosa passou-a
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conversando na mais completa lucidez, fazendo sinceras
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e profundas declarações de amor aos seus alunos e
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ex-alunos que atenderam ao seu último chamamento,
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à sua derradeira chamada; pedindo-lhes abraços e
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distribuindo beijos à face daqueles que mais trataram
de honrar a figura impoluta da Mestra. Lindo! Era como
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z se quisesse dar suas últimas aulas sobre a forma correta, a verdadeira forma de morrer dos justos, daqueles que
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se entregam às causas dos despossuídos, sem esperar recompensa.
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Dona Rosa Magalhães foi uma Dolores Ibarrure cabocla, uma "Pasionaria", pois aquela morreu na idade desta e,
como esta, foi, até em seus últimos momentos, uma combatente, uma lutadora inflexível em favor dos humildes, dos
mais pobres.
Que os seus alunos sejam iguais a ela, incansáveis na liça contra a ignorância, defendendo concretamente o direito
dos pobres à escola, à cultura, Que tratem de imitá-la, se acaso aspiram à vida eterna, ou seja, à condição de
imortal da saudosa Prof, Rosa Magalhães-a mais abnegada educadora de toda a Bacia do São Francisco-a
Rosa ImpereciveL
3 .
Clodomir Santos de Morais
Assentamento ^Uniao da Vitória", Município de Fralburg:o> Santa Catarina, 7 de Novembro de 90
Impresso na Tipografia Mestre Zináa
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a guerra que vira nãq ê a primeira. antes rela houve outras guerras