O PAI O FILHO E CARRO - Autor: Daudeth Bandeira NESSE POEMA SE NOTA QUE A FORÇA DA PREPOTÊNCIA OS SINTOMAS DO RANCOR E OS RUMOS DA VIOLÊNCIA SE TORNAM DESONERADOS NA HORA QUE SÃO TOMADOS DE ENCONTRO A INOCÊNCIA. EM GAROTINHO BRINCAVA NA FRENTE DA MORADIA ENQUANTO SEU PAI VOLTAVA DOS HAVERES QUE FAZIA ENCOSTAVA COM CARINHO UM AUTOMÓVEL ZERINHO QUE COMPROU NAQUELE DIA. PORÉM COMO A INOCÊNCIA DE UMA CRIANÇA NÃO SAI ESSA CRIANÇA CAIU NO QUE QUALQUER OUTRA CAI FRÁGIL DE RACIOCÍNIO COM UM PEDAÇO DE ALUMÍNIO RISCOU O CARRO DO PAI. E CONTINUOU RISCANDO E SUJANDO O CARRO DE BARRO O PAI QUANDO VIU AQUILO GRITOU BRIGOU DEU ESPARRO E COM GESTO DE VINGANÇA PEGOU A MÃO DA CRIANÇA E BATEU COM FORÇA NO CARRO. FERINDO A MÃO DA CRIANÇA NUMA PANCADA BRUTAL E DAQUELE FERIMENTO DEU O TÉTANO UM GRANDE MAL FOI O GAROTO COITADO PELO O MESMO PAI LEVADO ÀS PRESSAS PARA O HOSPITAL. MAS COMO O MAL ERA FORTE NÃO ENCONTRARAM MAIS JEITO CORTARAM DO GAROTINHO O SEU BRACINHO DIREITO E O PAI SEM PEDIR DESCULPA SENTIA O FOGO DA CULPA QUEIMANDO DENTRO DO PEITO. VOLTARAM DO HOSPITAL LAMENTANDO A CADA PASSO A MÃE SENTINDO DESGOSTO E O FILHO FALTANDO UM BRAÇO E O PAI NA SOMBRA DA CALMA QUEIMAVA OS MANTOS DA ALMA NA FOGUEIRA DO FRACASSO. EM CASA PERDEU O RUMO DE TUDO QUANTO FAZIA NÃO OLHAVA MAIS PRA O CARRO NÃO COMIA E NEM BEBIA DEBRUÇADO NUMA MESA OUVINDO A VOZ DA TRISTEZA GEMENDO NA MORADIA. UM DIA ESTAVA CHORANDO SEM TER SOSSEGO NEM PAZ SEU FILHO VEIO ENXUGAR SEUS PRANTOS SENTIMENTAIS DIZENDO ASSIM PAPAIZINHO QUANDO CRESCER MEU BRACINHO SEU CARRO EU NÃO RISCO MAIS. O PAI OUVINDO ESTAS FRASES NÃO PODE SE CONTROLAR PREPAROU O SUICÍDIO E DISSE: _ EU VOU ME ACABAR, MINHA VIAGEM ESTÁ PRONTA, IREI PAGAR MINHA CONTA, DO TANTO QUE DEUS COBRAR.