revista
Ano 2 nº 4 janeiro a março 2013
Semeando
oportunidades
A cada ano-safra, Raízen gera milhares
de novos postos de trabalho e investe
em programas de valorização profissional
2Índice
16
Índice
4
20
Giro Rápido
Acelera, educação!
Negócios
Expansão à vista
6
22
Páginas Roxas
Aval para crescer junto
com o Brasil
8
Comercial
Novo diesel
chega ao mercado
10
Sustentabilidade
Avanços na certificação
12
Segurança
Em primeiro lugar
14
Responsabilidade Social
O futuro é hoje
Revista Raízen
Mercado
O valor da parceria
24
Questão de Ética
Em defesa da ética
26
Raízes do Brasil
No caminho
da prosperidade
28
Tecnologia e Inovação
Medida certa
31
Indicadores
Sempre o
melhor trajeto
Capa
Desenvolvimento
humano
Editorial
3
Investindo para crescer
Quatro milhões de toneladas de açúcar,
21 bilhões de litros de combustíveis e
a responsabilidade de contribuir para o
desenvolvimento de um país que, cada vez
mais, exerce papel de protagonismo em
âmbito internacional. Para a Raízen, lidar
com tarefas de tamanha complexidade
é motivo de orgulho e também reforça a
necessidade de ter a excelência como
princípio básico de atuação.
É, por tanto, fundamental inovar, buscar
soluções arrojadas e apostar na tecnologia,
seja para construir algo novo ou para aprimorar o que já existe. Em
ambas as situações, a eficiência tem sido, ao lado da integração da
operação, a nossa principal aliada.
A preocupação de identificar oportunidades e sinergias trouxe
conquistas expressivas no segmento logístico, por exemplo. Uma das
matérias dessa edição mostra como medidores volumétricos, antes
usados apenas nos terminais da Raízen, também se tornaram parte
do dia a dia das unidades produtoras, dando agilidade e eficiência
ao carregamento dos caminhões.
Paralelamente, a empresa iniciou a comercialização, em todo o país,
do novo Shell Evolux Diesel S-10, combustível que alia o benefício da
redução das emissões a um alto desempenho automotivo. Nesse projeto,
a parceria com outra área – a Comercial – foi decisiva para viabilizar
o investimento na adaptação de todas as bases, como o Terminal de
Barueri (SP), que iniciou recentemente a distribuição do produto.
Todo o esforço de planejamento e o aprimoramento técnico, no
entanto, não seriam tão eficazes para a Raízen, sem o talento das
pessoas, nosso grande diferencial. Essa característica fica ainda mais
evidente no início de cada safra, quando milhares de profissionais
sazonais, os chamados safristas, chegam ao campo e à indústria
para fortalecer o time e impulsionar nossos resultados.
Atores de nosso crescimento, esses trabalhadores são os
personagens da reportagem de capa. Nela, apresentamos um
projeto da área de Recursos Humanos para garantir o bem-estar
e as condições adequadas para esses funcionários. Entre outros
benefícios, a iniciativa inclui a contratação prévia e o transporte
gratuito para buscá-los e levá-los às suas cidades de origem.
Expediente
Leonardo Gadotti – Vice-presidente
Executivo de Logística, Distribuição e Trading
Mais que seguir a legislação trabalhista ou conquistar qualquer selo
de qualidade, a Raízen entende que pautar suas ações na ética e
no respeito pelas pessoas é compromisso imprescindível para o
desenvolvimento sustentável da sociedade e dos negócios.
Gerência de Comunicação Interna:
Giselle Innecco Valdevez Castro
Fotografia: Arquivo Raízen/Gustavo Morita/LilaBatista/
Marcos Issa/Túlio Vidal/Paulo Altafim
Impressão: Leograf
Coordenação e Jornalistas Responsáveis:
Andréa Melissa Pereira (MTb/SP 038015)
Carina Andion Angulo (MTb/RJ 31804)
Regina Maia (MTb/SP 49785)
Produção Gráfica e Editorial:
Cajá – Agência de Comunicação
Octacílio Freire (MTb/RJ 18296)
Conselho Editorial: Cláudio Oliveira; Flávio Santiago; José Vitório
Tararam; Leonardo Ozório; Luis Carlos Veguin; Márcio Fogaça;
Marina Quental; Renata Bezerra; Renata Manhães; Rômulo Maia.
E-mail de contato:
[email protected]
Tiragem: 10.000 exemplares
As declarações expressas neste documento são efetuadas pela Raízen na qualidade de licenciada das marcas
Shell e não refletem necessariamente a opinião da Shell
Brands International.
Revista Raízen
4
Giro Rápido
Acelera, educação!
A Raízen e o Instituto Ayrton Senna (IAS) levarão o nome do piloto
campeão aos postos da rede Shell no país. Em maio, quando o legado
do esportista é lembrado, começa uma campanha que reverterá
parte do valor arrecadado com as vendas de Shell V-Power para
a organização, cuja missão é contribuir para a melhoria do
ensino público. A expectativa é que mais de 67 mil crianças
e jovens sejam beneficiados.
Com o lema “Abasteça com Shell V-Power e ajude a
educação brasileira”, a iniciativa inclui a distribuição
de materiais de ponto de venda, inserções em mídia
de massa (rádio, TV etc), além de investimentos em
comunicação digital.
A trajetória de Ayrton Senna está intimamente ligada à
marca Shell. Foi com ela que o ídolo conquistou três títulos
mundiais e protagonizou momentos inesquecíveis para a
torcida brasileira, como as vitórias nos Grandes Prêmios
Brasil de 1991 e 1993.
A ação acontecerá nos postos Shell participantes entre
15 de maio e 15 de junho.
A toda
velocidade
Sexta melhor colocada entre as 16 equipes da Stock Car em 2012,
a Shell Racing inicia a competição este ano com a estratégia de
manter como líder o piloto Valdeno Brito. A ideia é que o paraibano
dê continuidade à parceria de sucesso com a marca Shell: no ano
passado, ele subiu ao lugar mais alto do pódio duas vezes, deixou
de pontuar em apenas três ocasiões e encerrou a temporada na 7º
colocação entre 39 pilotos.
Por meio do patrocínio à categoria mais importante do automobilismo
brasileiro, a Raízen tem alcançado resultados expressivos no que
diz respeito à divulgação dos benefícios proporcionados por Shell
V-Power Etanol. Este ano, a expectativa não é diferente: a empresa
continuará como fornecedora oficial de combustível dos 34 carros da
competição e disponibilizará conteúdo por meio do Blog Velocidade.
Lançado no final de novembro, o blog reúne conteúdo diferenciado e
dinâmico sobre as principais competições com a participação da marca
Shell, como Fórmula 1, Fórmula Indy, Stock Car, Nascar, MotorGP e
Desafio Internacional das Estrelas. A página, produzida pela área de
Comunicação da empresa com o apoio da agência RF1 Jornalismo, pode
ser acessada pelo site da Raízen (www.raizen.com.br) ou diretamente
pelo link www.blogvelocidade.com.br.
Revista Raízen
Oferta inovadora
no Varejo
A Raízen lançou, no fim de fevereiro, o calendário com
o planejamento completo do ano para a rede de Varejo
Shell. Nele, constam os detalhes sobre as diversas
promoções e programas motivacionais e de treinamento
da Oferta Integrada 2013/2014. A expectativa é que
as novidades contribuam para aumentar em 15% as
adesões ao programa.
Respaldado por um investimento de R$ 150 milhões, o
plano tem um foco ainda maior na qualidade e na inovação.
De acordo com o gerente de Plataformas de Varejo,
Leonardo Ozorio, algumas iniciativas como uma campanha
em conjunto com o Instituto Ayrton Senna, a promoção de
miniaturas Ferrari Lego e a ação Rock in Rio, com sorteio
de carros e ingressos, serão os pontos altos de 2013.
“Não há dúvidas de que temos uma oferta de marketing
bem completa para nossos revendedores e clientes.
Além de ações exclusivas, todas acompanhadas por um
forte plano de mídia, nossa proposta inclui treinamento e
programas motivacionais para as equipes dos postos e
benefícios especiais para os postos participantes”, garante.
Cultivando segurança
A Unidade Costa Pinto da Raízen, em
Piracicaba (SP), foi o local escolhido pelo
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
para a realização de testes de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) no
fim do ano passado. A iniciativa, que envolveu 70 trabalhadores, contribuirá para
elaborar um regulamento técnico específico sobre as luvas utilizadas em todo o
setor de corte de cana-de-açúcar.
O esforço conjunto faz parte do Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as
Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar, acordo que envolve governo,
empresas e trabalhadores para a disseminação de boas práticas de segurança
nas operações do setor sucroenergético. “A participação das empresas é de
extrema relevância, já que contribui para
os avanços na área, especialmente no
que diz respeito à segurança”, ressalta
Romulo Machado, coordenador-geral de
Normatização e Programas do MTE.
Para Paulo Araújo, consultor de Relações
Trabalhistas e Sindicais da Raízen, o envolvimento da empresa contribui para torná-la referência na difusão de boas práticas. “Esse projeto nos aproxima cada vez
mais de instituições que participam do
Compromisso Nacional, como os órgãos
públicos, responsáveis pela fiscalização
do nosso setor, e contribui para futuras
iniciativas nessa área”, afirma.
Além da Raízen e do MTE, também
participaram dos testes representantes
do Centro de Referência em Saúde do
Trabalhador (Cerest), União da Indústria
de Cana-de-Açúcar (Unica), Fundação
Jorge Duprat Figueiredo de Segurança
e Medicina do Trabalho (Fundacentro)
e Sindicato dos Trabalhadores Rurais
de Piracicaba.
Revista Raízen
6
Páginas Roxas: Paulo Lopes
Aval para crescer
junto com o Brasil
Duas sócias de peso, R$ 50 bilhões de receita líquida e a posição de
maior produtora mundial de açúcar e etanol derivados da cana. Com essas
dimensões, a formação da Raízen precisou ser submetida ao crivo do Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade). E coube ao departamento Jurídico
da empresa, liderado pelo vice-presidente Paulo Lopes, a função de guiar todo
o processo até a aprovação incondicional da formação da joint venture
O Cade aprovou, em dezembro, o acordo firmado entre Shell e Cosan para a formação da
Raízen. Qual o significado dessa notícia para
a estruturação da empresa?
A conquista nos deu muito mais tranquilidade e
fôlego para continuar com nossos planos de crescimento. Sabe-se que a formação de toda joint
venture de grande porte está sempre sujeita à
aprovação do Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade). No entanto, como estávamos
submetidos à antiga legislação – que prevê a possibilidade de funcionamento da nova empresa até o julgamento – corríamos o risco, apesar de remoto, da não
aprovação, ou da aprovação com restrições, como a
venda de ativos, mesmo depois de meses já em plena
operação. Foi um período delicado, que demandou
nossa total atenção e empenho para preservação da
integridade de nossos ativos e operações.
O processo teve algum impacto direto no
planejamento estratégico da empresa?
Não houve impacto, só a ansiedade das equipes.
Havia o receio de que o Cade pudesse adotar o
entendimento de que a operação merecia restrições. A dúvida se haveria ou não restrição e, se
houvesse, qual o impacto na integridade dos ativos
da joint venture, gerou a ansiedade a que me referi.
Até porque, dependendo do tamanho do impacto,
a própria motivação dos acionistas para formar a
joint venture poderia ser afetada.
Revista Raízen
Durante o julgamento, argumentou-se que a criação da
Raízen poderia prejudicar a concorrência no mercado. Quais
foram as exigências enfrentadas?
A principal preocupação do Cade neste tipo de processo é verificar se uma
joint venture proporciona grande impacto mercadológico. Como não há efeito
concorrencial entre a atividade de produção de etanol e açúcar e a distribuição de combustíveis, pilares da Cosan e da Shell, respectivamente,
essa parte do processo em si não geraria problema algum.
A grande questão focou na combinação dos ativos de distribuição da
Shell com os da antiga Esso, em função da anterior aquisição desta pela Cosan. Como as duas empresas compartilhavam o mesmo
mercado, surgiu aí um potencial impacto concorrencial que precisou
ser averiguado. Durante o procedimento, a Associação Nacional dos
Distribuidores Independentes de Combustíveis (Andic) entrou com impugnação formal à constituição da Raízen. De acordo com a Andic,
após a união, teríamos ativos de distribuição que ficariam ociosos, e
que deveriam, portanto, ser postos à venda no mercado para facilitar
o acesso de novos competidores.
Qual a estratégia da Raízen para lidar com esse desafio?
Nossa principal abordagem foi desfazer a argumentação de forma
estruturada. Buscamos consultores independentes do mercado que
provaram que não haveria a ociosidade que eles alegaram. Ao final
de nossas argumentações, o Cade se convenceu de que a postura
da Raízen não resultaria em barreira para entrada de novos competidores onde houvesse capacidade para acomodá-los, desde
que essa acomodação não resultasse em free riding nos nossos
ativos e atraísse investidores comprometidos com as operações.
Buscamos sempre um diálogo aberto com nossos interlocutores.
E qual foi a conclusão do Cade sobre esse ponto?
Paulo Lopes, vice-presidente Jurídico
Apesar de envolver duas grandes forças do mercado
de distribuição de combustíveis, a junção dos ativos
da Shell com os da antiga Esso não gerou um impacto
mercadológico capaz de prejudicar a concorrência sob
a ótica de um possível elevado nível de concentração.
O Cade não teve problemas para chegar a essa conclusão, como ficou claro no voto do relator, um dos
mais completos, detalhados e bem elaborados que já
vi na minha carreira profissional. O empecilho criado
no processo foi realmente a impugnação da Andic,
voltada para a tentativa de fazer com que ativos supostamente ociosos fossem desinvestidos.
O acordo aprovado prevê a possibilidade de criação de outras joint ventures . Isso faz parte dos
planos da Raízen para novos investimentos?
A aprovação do Cade para formação da Raízen não é
um cheque em branco para formação de outras joint
ventures. Não quer dizer que qualquer joint venture
que fizermos de agora em diante será aprovada. Vamos avaliar, caso a caso, as possibilidades que batem
à nossa porta.
Com a Mime, por exemplo, já temos uma parceria
estratégica. É uma distribuidora de Santa Catarina,
que trouxe mais 270 postos para a base de ativos da
Raízen sob bandeira Shell. Nesse caso, o Cade aprovou a associação antes mesmo de aprovar a criação
da Raízen. Tentamos colocar tudo na ordem certa,
mas a agenda interna do órgão e a certeza de que a
operação Mime não geraria impacto mercadológico
negativo fez com que ela fosse validada antes. Trabalhamos em sintonia com a legislação brasileira. Por
isso, temos confiança de que nossos projetos têm
boas chances de serem aprovados.
Paulo Lopes, vice-presidente Jurídico
disso, também estão em nossa lista de funções a participação
no planejamento estratégico da Raízen, a busca de informações
nos vários departamentos da empresa para nos permitir agregar
valor nessa busca e a coordenação de diversos processos no
tempo adequado.
Trabalhamos, ainda, com todo e qualquer assunto jurídico que
seja comum ao negócio. Se há um novo regulamento ambiental
ou trabalhista, por exemplo, agimos rápido para orientar a área
afetada sobre o que fazer, evitando que a equipe responsável perca tempo e desvie seu foco da operação. Nosso principal papel
é o de trazer a solução, não o de compartilhar o problema.
No episódio do Cade, a importância do setor Jurídico é mais que evidente. Qual será o papel e relevância do departamento para esse novo capítulo
da história da Raízen que está começando agora?
Tivemos a missão de traçar uma estratégia sólida para
defender a Raízen no Cade, algo que entra em nossos principais objetivos: a preservação dos ativos da
empresa e o apoio aos planos de crescimento. Além
lista de
funções participação
no planejamento estratégico da
Raízen, a busca de informações
“Estão em nossa
a
nos vários departamentos da empresa para
nos permitir agregar valor nessa busca e a
de diversos processos
no
adequado”
coordenação
tempo
Revista Raízen
8Comercial
Novo diesel
chega ao mercado
STOCK.SXHNG/BARTEK AMBROZIK
Com fórmula exclusiva e diferenciada, Shell Evolux Diesel S-10 é
ainda mais econômico e menos poluente
Crescer no segmento de rodovia está entre as principais
diretrizes da Raízen para a área de distribuição de combustíveis. Mantendo essa premissa e preparada para suprir
as demandas do mercado, a empresa lançou no dia 1º de
janeiro de 2013 o Shell Evolux Diesel S-10. Estratégico por
oferecer aos consumidores benefícios econômicos e ambientais, o novo combustível atende à legislação brasileira, que
estipula limites de emissão de poluentes por veículos com
motores do tipo Euro 5.
“Shell Evolux Diesel S-10 substitui a linha S-50 de acordo com o Programa de Controle e Poluição do Ar por
Veículos Automotores (Proconve 7 ou P-7) do Ministério
do Meio Ambiente. O produto é disponibilizado nas revendas e para grandes consumidores B2B com uma fórmula
exc l u s i va , o q u e
g a r a n te d i f e renciais em
relação
à sua
qualidade e desempenho”, afirma o gerente de Marketing
B2B e Tecnologia de Combustíveis, Luiz Mauricio Janela.
Além do baixo teor de enxofre (10 partes por milhão), o combustível reúne algumas vantagens atestadas pela empresa:
economia de até 3% do consumo, redução dos custos de
manutenção dos equipamentos, diminuição da emissão de
CO2 na atmosfera, melhor performance dos motores, entre
outras, quando comparado ao S-10 comum.
Na área de Vendas, as perspectivas não poderiam ser melhores, segundo Janela. “Hoje, mais de 1,5 mil postos Shell
comercializam o novo diesel e a previsão é dobrar esse número até o fim do ano”, pontua.
Para tanto, a Raízen investiu uma soma expressiva de recursos no setor de operações e logística. Foram realizadas análises e adequação dos terminais de distribuição e ampliação da
frota de caminhões-tanque para atender à demanda crescente
de Shell Evolux Diesel S-10. “Verificamos todas as oportunidades de ganhos de eficiência e aumentamos a tancagem em
alguns pontos para garantir a oferta”, complementa o gerente.
Índice
9
Mercado em potencial
Desde a entrada no mercado do diesel com menor teor de enxofre, antes o S-50 e agora o S-10, um novo produto vem despontando e ganhando seu espaço: o Arla 32. Se em 2012, foram movimentados cerca de 30 milhões de litros da solução que
contribui para a redução da emissão de poluentes, a expectativa é que esse volume mais que triplique em 2013. Por isso, a
Raízen vem investindo para atender à demanda e garantir o suprimento do Shell Evolux Arla 32 em todo o Brasil.
No ano passado, a empresa inaugurou sua primeira planta de envase da solução aquosa em Araucária (PR) e, mês após
mês, vem batendo recorde de volume envasado. “A planta passa por um processo crescente de produção e a meta é
atingir a marca de 1 milhão de litros/mês em curto prazo. Já investimos na melhoria dos processos e dos equipamentos,
de olho em uma nova expansão”, afirma Leonardo Piuzana, gerente de Projetos de Infraestrutura de LD&T. A expectativa
é que a planta multiplique sua capacidade de envase ainda neste ano.
Com o potencial de mercado do Arla 32, a Raízen também estuda a possibilidade de instalar uma nova planta de envase. Dessa vez, o foco de atendimento será o Nordeste e o Centro-Oeste brasileiros. A previsão é que a unidade seja
construída mais próxima às regiões de produção do Arla 32 no Brasil. “Uma nova planta de envase de Shell Evolux Arla
32 garante o suprimento da demanda e reduz o tempo de entrega do produto nos postos da rede. Isso nos torna mais
competitivos na logística e na operação”, comenta o coordenador de Marketing de Produto Combustível, Fernando Voltolini.
Planta de envase de Shell Evolux Arla 32,
em Araucária (PR)
Qualificação
nas revendas
Para se adaptar às mudanças, os postos Shell
também receberam o suporte da Raízen. Aulas
de capacitação para revendedores e suas equipes foram promovidas nos meses de janeiro e
fevereiro. “Disponibilizamos 37 unidades móveis
CQT (Controle de Qualidade e Treinamento) para
percorrer 739 estabelecimentos, levando lições
teóricas e práticas sobre o S-10”, comenta a analista de Treinamento, Andrea Rena.
Além disso, os vendedores de pista têm à sua disposição cursos on-line no Portal de Treinamentos
da Raízen. “Nessa iniciativa, apresentamos os benefícios do Shell Evolux Diesel S-10 e fornecemos
um panorama completo sobre o mercado brasileiro”, frisa Andrea. “Vamos organizar, ainda, treinamentos presenciais para as revendas participantes
da Oferta Integrada, de forma a reiterar a mensagem sobre a linha Shell Evolux”, diz Andrea.
Revista Raízen
10Sustentabilidade
Avanços na
certificação
Mais três unidades produtoras da Raízen recebem o selo Bonsucro e
empresa chega ao índice de 20% da produção certificada
Contribuir para o desenvolvimento econômico do Brasil de
forma sustentável é uma missão com a qual a Raízen se
comprometeu a partir do momento em que iniciou suas
atividades. Desde então, os esforços despendidos nessa
empreitada vêm trazendo resultados expressivos. Em 2011,
a empresa se tornou a primeira do mundo a receber o selo
Bonsucro e, ao fim do ano passado, alcançou o índice de
20% de certificação de sua produção.
O marco foi conquistado após o órgão verificar a adequação das unidades produtoras paulistas Bonfim (Guariba),
Gasa (Andradina) e Univalem (Valparaíso) às exigências ne-
Unidades certificadas na Safra 12/13
Açúcar (mil ton)
Etanol (mil m³)
Bonfim
163
49
Gasa
86
84
Univalem
77
64
Subtotal
326
197
cessárias para a obtenção do certificado. Já atendiam anteriormente aos requisitos outras quatro unidades: Costa Pinto
(Piracicaba/SP), Bom Retiro (Capivari/SP), Jataí (Jataí/GO) e a
pioneira Maracaí (Maracaí/SP). A meta para os próximos anos
é obter a aprovação para todas as 24 unidades.
“A Raízen foi criada para ser líder no setor em que opera. Esse
objetivo, no entanto, vai além do aspecto financeiro: ele inclui a
melhoria do desempenho em sustentabilidade, o que garante
a adoção das melhores práticas e, consequentemente, aprimora a imagem da empresa no mercado”, analisa o Gerente
de Desenvolvimento Sustentável, Davi Araújo.
Nesse sentido, o alinhamento com os padrões Bonsucro é
uma demonstração da solidez e da preocupação da Raízen
em assegurar a excelência operacional, característica fundamental para apoiar os planos de expansão da empresa, especialmente em âmbito internacional. Países europeus, por
exemplo, são signatários da iniciativa e apenas adquirem
açúcar e etanol certificados.
“Agregamos valor ao nosso produto com esse trabalho e
transmitimos aos consumidores uma mensagem muito clara
sobre a visão da empresa: ser sustentável desde o plantio
até a comercialização”, afirma o coordenador de Certificações, Gustavo Spegiorin.
Unidades que passaram pela
auditoria de manutenção da
certificação na Safra 12/13
Maracaí
Costa Pinto
Jataí
Bom Retiro
Subtotal
Revista Raízen
Açúcar (mil ton)
114
133
–
59
306
Etanol (mil m³)
51
37
135,5
27,5
251
Total de produto
certificado na Safra 12/13
Total
Açúcar (mil ton)
632
Etanol (mil m³)
448
Costa Pinto (SP): uma das primeiras
unidades produtoras da Raízen a
conquistar a certificação
Sucesso de todos
Conquistar a certificação é uma tarefa complexa que exigiu a
atuação integrada de aproximadamente 200 funcionários das
unidades produtoras avaliadas. Em média, a preparação para a
auditoria leva de seis a oito meses, quando as equipes são engajadas e as eventuais não conformidades, analisadas e corrigidas.
“O Bonsucro requer mudanças na rotina de trabalho de diversos
setores. Se apenas um deles não se adequasse à nova filosofia,
não conquistaríamos as certificações. Os resultados excepcionais obtidos são fruto da ajuda e do comprometimento de todo
o time envolvido no processo”, esclarece Claudio Oliveira, diretor
de Relações Externas & Sustentabilidade.
Para receber o selo, as empresas devem adotar cinco princípios
baseados nos pilares sustentabilidade, lucratividade e competitividade. São eles: cumprimento da lei; respeito aos direitos
humanos e trabalhistas; aumento da sustentabilidade; gerenciamento ativo da biodiversidade e serviços do ecossistema; e
melhoramento constante das áreas-chave do negócio. Os pontos avaliados são revistos periodicamente.
Mapeando oportunidades
Tendo em vista o caráter estratégico das certificações
para a Raízen, também são desenvolvidas iniciativas para
que seus cerca de 3,5 mil fornecedores de matéria-prima as conquistem. Uma dessas ações é o Solidaridad,
projeto executado em conjunto com a organização sem
fins lucrativos Solidaridad Network, para traçar o perfil e
definir a estratégia de abordagem a ser usada com os
parceiros. Participaram do piloto — realizado entre 2011
e 2012 — 226 fornecedores dos polos Piracicaba 1 e 2,
Jaú, Araraquara, Araçatuba e Andradina.
A metodologia consiste na distribuição de guias de autoavaliação e de um formulário com perguntas sobre os
produtores, características das propriedades, meio ambiente e questões trabalhistas. As respostas, fornecidas
de forma anônima, são usadas para gerar relatórios de
feedback individuais, baseadas em melhores práticas
agrícolas, e para definir como a Raízen pode contribuir
com seus fornecedores para que eles alcancem o nível
de certificação Bonsucro.
Raio X dos fornecedores
• 82% têm na cana-de-açúcar a principal fonte de recursos
para a família;
• Cerca de 30% tem propriedades de até 80 hectares;
• Quase 70% tem o cultivo total ou parcialmente mecanizado;
• Apenas 20% tem condições de colher e escoar a produção.
Nos demais, os processos ficam a cargo da Raízen.
Revista Raízen
12
Segurança
Em primeiro lugar
Índices de segurança da área Comercial apresentam
nova evolução no ano-safra 2012/2013
O sucesso de uma empresa, seja ela de grande ou pequeno
porte, não está ligado somente à qualidade de seus produtos,
mas, sim, à capacidade de cuidar do meio ambiente e também
de zelar pelo mais importante dos capitais: o humano. Tendo
esse princípio como base, a área Comercial da Raízen trabalhou
ao longo do último ano-safra (2012/2013) para elaborar e adotar
as melhores práticas de segurança. O resultado, consequência
de um investimento de aproximadamente R$ 1 milhão, foi a redução do número de acidentes nas operações do segmento.
Na Aviação, cuja presença da Raízen se estende por 54 aeroportos, por exemplo, houve diminuição de 50% nas ocorrências
envolvendo pessoas, 70% nas relacionadas às frotas operacionais, e 60% nos derrames de combustível no comparativo com
o ano-safra 2011/2012.
Paralelamente, a Raízen compartilha sua experiência em programas de prevenção de acidentes com uma rede de 4,7 mil postos
e 750 lojas de conveniência. Com isso, promove a conscientização da sua revenda sobre a prioridade de Saúde, Segurança e
Meio Ambiente na operação do dia a dia dos postos de serviço.
Os temas Abastecimento Seguro, Meio Ambiente, Controle de
Estoques e Plano de Resposta a Emergências tornaram-se
No Varejo, a Raízen conseguiu
reduzir em 15% as inconformidades
relacionadas ao Plano de Emergência
Revista Raízen
constantes nas conversas com a revenda, formalizadas neste
ano-safra por mais de 4 mil visitas de SSMA e mais de 30 fóruns sobre os assuntos. Em algumas regiões, as inadequações
relacionadas ao abastecimento de moto e a recipientes foram
reduzidas em 30% (caso de Pernambuco) e retraídas em quase 40%, no caso de problemas na implementação do Plano de
Resposta a Emergências – ausência de equipamentos como
extintores de incêndio, manta antichamas, entre outros.
“O relacionamento próximo e a sensibilidade para entender
as necessidades dos nossos parceiros são os grandes trunfos para conseguirmos esses indicadores. Não basta impor
regras, é preciso demonstrar que os investimentos em Saúde,
Segurança e Meio Ambiente (SSMA) trarão benefícios significativos para o negócio”, afirma a gerente de SSMA e Inovações
Tecnológicas, Daniela Israel.
Segundo ela, as medidas também têm contribuído para minimizar
um problema comum nos postos de serviço: a alta rotatividade
da mão de obra. “Ao ser instruído sobre os procedimentos de
segurança, o funcionário nota a preocupação da Raízen com seu
bem-estar e se sente valorizado. Muitos, inclusive, dizem ter ficado mais confiantes para lidar com o público no dia a dia”, conta.
Confira algumas iniciativas
promovidas pela Raízen:
Vantagem
competitiva
A dedicação para atingir a meta da empresa de Zero Acidente rendeu bons frutos a mais de 1,1 mil clientes Business to
Business (B2B). Durante o ano-safra
2012/2013, não houve nenhum episódio que
causasse restrição funcional ou afastamento
nas operações de abastecimento. Ao mesmo
tempo, o bom desempenho implicou queda
de 50% na incidência de derramamentos.
“Essa preocupação é um fator de competitividade importante, uma vez que a ela está
atrelada a eliminação de parte dos custos
com perda de produto e eventuais hospitalizações de pessoal”, analisa Daniela.
“Assim como no mercado B2B, as mais
de 100 empresas contratadas pela Raízen
para serviços de obras e manutenções em
postos, aeroportos e clientes comerciais
têm experimentado as vantagens de investir em SSMA: neste ano-safra, foram
cerca de 1 milhão de horas trabalhadas
sem acidentes com afastamento, além de
uma redução de 66% do número de acidentes com restrição funcional. “O balanço
positivo é recompensador e nos motiva a
enfrentar o desafio de evoluir continuamente. O próximo passo é ampliar a sinergia
entre as equipes para colocar em prática
as experiências que já se mostraram bem-sucedidas em outras áreas da empresa”,
finaliza a gerente.
Varejo
Visitas: Realizadas pelos assessores de SSMA, engenheiros e
pelos integrantes das equipes de vendas,
têm o intuito de inspecionar e auxiliar os
revendedores e suas equipes a cumprir as
normas legais, ambientais e de prevenção
de acidentes. São complementadas por
fóruns sobre os mesmos temas.
Capacitação: As equipes dos postos de serviços recebem nos seus locais de trabalho treinamentos que visam aumentar sua capacitação
para realizar as tarefas com segurança, evitar que os acidentes aconteçam e
se preparar para respostas
às emergências.
Contratadas
Liderança para Excelência em
Segurança: Criada para estimular os
gestores das empresas a engajar-se nas
questões de segurança, debate dificuldades
para implantar as políticas e propõe soluções
conjuntas que reduzam as despesas dos processos. Aqueles que cumprirem à risca todas as
normas, por sua vez, são premiados por meio do
programa Reconhecimento Instantâneo.
Sistema Integrado de Gestão de Operações
(SIGO): Ferramenta para padronização
das iniciativas de SSMA da Raízen.
Ainda em fase de implantação
nas contratadas.
Aviação
Você é o piloto da nossa Segurança: Consiste na
distribuição de cartazes, banners,
vídeos e livretos informativos
com recomendações de segurança individual e coletiva para os operadores
de aeroportos.
B2B
Campanhas motivacionais e programa de segurança comportamental com
os clientes, além de vistorias
para identificar e corrigir
os riscos mais frequentes
nos estabelecimentos.
Revista Raízen
14
Responsabilidade Social
O futuro
é hoje
Fundação Raízen celebra as boas ações de 2012
e se prepara para os novos projetos neste ano
Qualificação profissional, novos núcleos, carreta itinerante para
a formação de jovens e adultos, ações culturais e campanhas internas de doação. O ano de 2012 foi marcante para a Fundação
Raízen não só pela comemoração de uma década de atividades (historicamente como Fundação Cosan), mas também
pelo desenvolvimento de diversos projetos nas comunidades
próximas de onde a empresa mantém operações.
“Em janeiro de 2013, o veículo seguiu para Igarapava, em
São Paulo, com a oferta de cursos de Eletricista Instalador e
Operador Mantenedor para 40 funcionários da unidade
Junqueira. Em abril, vamos para Araraquara (SP), onde vamos
disponibilizar aulas de capacitação para pessoas com deficiência e também dar continuidade a outros cursos de qualificação,
totalizando cerca de 100 alunos”, adianta Lucia.
“Foram muitos investimentos para estimular a capacitação
técnica, a educação e a cidadania. Em dez anos, mais de
3,5 mil alunos foram beneficiados e 506 mil pessoas envolvidas nas ações da Fundação”, enumera a gerente de
Responsabilidade Social da Raízen, Lucia Teles.
Para incrementar o trabalho nas comunidades, a Fundação
Raízen inaugurou mais três núcleos fixos em 2012: Jataí (GO), em
fevereiro, Valparaíso (SP), em março, e Igaraçu do Tietê (SP), em
maio. Além dessas, a instituição possui mais três unidades no
interior de São Paulo: Dois Córregos, Jaú e Piracicaba. “Oferecemos atividades complementares à escola, como informática e
cidadania, o Programa Pré-Aprendiz para adolescentes e cursos
profissionalizantes para adultos. A intenção é formar 1.370 alunos
este ano nos seis núcleos”, explica.
Uma das grandes realizações de 2012 foi a viabilização do
projeto Núcleo Móvel de Formação. Lançado em agosto
na cidade de Guariba (SP), onde está localizada a unidade
produtora Bonfim, a carreta promoveu dois cursos para
35 alunos: Auxiliar de Manutenção Elétrica e Auxiliar de
Manutenção Automotiva.
No quesito cultura, a Fundação organizou em 2012 diversas atividades como o Projeto Teatral; a produção do livro
Depende de Nós pelos alunos da Fundação; a Exposição Multidisciplinar Pedagógica; o Educar na Praça; além da Campanha do
Agasalho. “Definitivamente, a área de Responsabilidade Social
da Raízen trabalhou intensamente para estar mais perto das
comunidades. O saldo foi bastante positivo”, conclui Lucia.
Novos projetos,
grandes expectativas
Em 2013, a Fundação Raízen promete consolidar ainda mais seu papel social nas comunidades. Novos
projetos estão previstos com o intuito de reforçar o
conteúdo educacional, ampliar a capilaridade e aderência dos cursos profissionalizantes e aproximar ainda mais a instituição dos alunos.
Conheça as principais ações para este ano:
• A cidade de Ipaussu, em São Paulo, receberá um
núcleo da Fundação Raízen em 2013. Com investimentos de cerca de R$ 1 milhão, a unidade oferecerá
cursos de pré-aprendiz e profissionalizantes. A finalização da obra e o início das atividades estão previstas
para o ano-safra 2013/2014.
• Estão em estudo novas linhas de financiamento
para projetos de qualificação profissional.
• A Fundação Raízen vai lançar nos próximos meses
seu próprio site. A página virtual trará notícias exclusivas, cronograma das próximas ações da instituição e
ainda pretende estabelecer um canal de comunicação
direto com os ex-alunos.
• O programa Amigo Leal, no qual os funcionários do
CAR (Centro Administrativo da Raízen) tiveram a oportunidade de destinar parte do imposto de renda para
projetos sociais em 2012, deve ser ampliado neste
ano. O desafio é abranger os escritórios corporativos
de São Paulo e Rio de Janeiro e, com isso, elevar o
valor arrecadado no ano passado.
• O objetivo é intensificar e fortalecer ainda mais as
campanhas com funcionários. Em 2012 as campanhas do agasalho e do Natal, bateram recordes de
participação. Foram arrecadadas 12,5 mil peças para
a campanha do agasalho e no Natal 3,5 mil crianças
tiveram suas cartas adotadas.
Revista Raízen
16Capa
Desenvolvimento
humano
Programa de contratração sazonal da Raízen
gera cerca de 10 mil empregos a cada ano-safra e leva
o desafio da valorização profissional para o campo e a indústria
Revista Raízen
A cada ano, entre os meses de abril e novembro, milhares de pessoas saem do interior do Nordeste e do Norte Mineiro em busca
de oportunidades de trabalho e sustento familiar. O destino: quase
sempre os canaviais de São Paulo, estado que concentra cerca
de 60% da produção nacional da matéria-prima.
Para apoiar a jornada desses profissionais, a Raízen desenvolveu um programa diferenciado de contratação sazonal, no qual
a empresa oferece aos migrantes caminhos para que possam se
desenvolver social e profissionalmente. O primeiro e mais importante passo é o fim das viagens incertas: os profissionais saem
das suas cidades natais já contratados, com carteira assinada
e, consequentemente, com os direitos e garantias previstos na
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Antes do início das atividades, há um período de ambientação
(cerca de sete dias), no qual todos recebem uniformes, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e treinamento sobre como
usá-los. Para possíveis cortadores iniciantes, também estão previstas orientações específicas sobre a função. Uma vez encerrada a safra, os profissionais reembarcam nos veículos e voltam às
regiões de onde vieram.
“Quase 80% dessas pessoas já estiveram conosco antes, alguns
são nossos parceiros há mais de duas décadas. Isso está diretamente ligado ao zelo que demonstramos com as questões de
higiene e saúde etc. A prevenção de acidentes é o item número
um em nossa lista de prioridades”, ressalta o gerente.
Para chegar até eles, a empresa estabeleceu uma
p a rc e r i a c o m o M i n i s té r i o d o Tr a b a l h o e E m p re go (MTE), por meio do Sistema Nacional de Emprego (Sine), que recebe cadastros e realiza a seleção,
explica o gerente de Relações Trabalhistas e Sindicais da
Raízen, Antonio Aparecido Garcia.
O modelo do projeto serviu, inclusive, de base para a concepção e o lançamento, em 2009, do Compromisso Nacional para
Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Indústria da Cana-de-Açúcar. Elaborado em conjunto pela Secretaria-Geral da
Presidência da República, MTE, empresas e representantes sindicais, o documento estabelece uma série de medidas para aumentar a segurança e a qualidade de vida no setor sucroenergético.
A expectativa é que no próximo ano-safra (2013/2014) sejam geradas nas lavouras e nas indústrias da Raízen 10 mil vagas sazonais, sendo 3 mil ocupadas por migrantes de 80 cidades da Bahia,
Ceará, Minas Gerais, Paraíba e Pernambuco (as demais são locais,
destinadas ao desenvolvimento das comunidades nas quais a
Raízen mantém operações). Esses migrantes serão transportados por 70 ônibus até os alojamentos, onde terão à disposição
uma infraestrutura completa com restaurantes e ambulatórios
para eventuais atendimentos.
“A Raízen mostrou que até mesmo questões ainda não cobertas pela legislação podem ser solucionadas com políticas eficientes de Recursos Humanos. Esse exemplo
nos tornou referência, a ponto de técnicos da Fundação
Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho
(Fundacentro), instituição vinculada ao MTE, usarem nossos
ambientes para verificar a qualidade de luvas, óculos de segurança e outros equipamentos de proteção individuais usados no mercado”, orgulha-se Garcia (Veja mais na página 5).
Revista Raízen
18Capa
Talentos locais
A evolução da mecanização no campo e de outras estratégias
para aumentar a eficiência de suas operações tem provocado
uma mudança no perfil dos profissionais da Raízen. Tanto na
indústria como na agricultura, há retração do número de trabalhadores temporários e um crescimento estrutural de efetivados em posições que proporcionam melhores remunerações
e exigem formação especializada.
Nesses casos, o grupo de profissionais tende a ser majoritariamente composto por moradores locais. A gerente de Recursos
Humanos e Formação de Mão de Obra da Raízen, Lucyene
Cristina Ferrez de Sousa, explica a tendência: “Dificilmente o
safrista de outros estados chega com o desejo de se assentar.
Ele tem família e amigos, uma horta particular, uma história. É
diferente daquela pessoa que vive na região”, analisa.
A gerente acrescenta que a empresa debate com o Governo
Federal ações para ampliar os investimentos e criar empregos nas cidades de origem desses trabalhadores, reduzindo
as desigualdades regionais.
Lucyene responde hoje por 20 programas de qualificação desenvolvidos pela Raízen. Neles, são oferecidos treinamentos para diversas funções, como mecânico, auxiliar de mecânico, eletricista,
soldador industrial, operador de plantio, operador de colhedora,
além daqueles voltados à formação de líderes e supervisores.
O aprendizado leva de quatro a cinco meses e contempla
aspectos técnicos e operacionais, com ênfase na melhoria de desempenho e práticas de Saúde, Segurança e Meio
Ambiente (SSMA). As aulas práticas são ministradas com as
ferramentas usadas no dia a dia e, no caso dos operadores
de colhedeira, com o auxílio de simuladores. “Estamos adquirindo, neste ano, 20 unidades de simuladores a partir de
uma parceria com os fabricantes das nossas máquinas. Isso
nos permite diminuir significativamente o tempo de formação
(menos 200 horas) e os riscos de acidentes relacionados à
pouca experiência”, afirma Lucyene.
Revista Raízen
Raízen
“A
mostrou que até
mesmo questões
não
cobertas pela legislação podem
ser
com
ainda
solucionadas
políticas eficientes
de Recursos Humanos”
Antonio Aparecido Garcia
Gerente de Relações Trabalhistas e Sindicais
“Assim, beneficiamos
o funcionário através
do desenvolvimento
profissional e a empresa,
que passa a contar com uma
equipe mais qualificada”
Luís Carlos Veguin
Diretor de Recursos Humanos para a área
de Etanol, Açúcar e Bioenergia (EAB)
Novas perspectivas
Os funcionários contratados recebem treinamentos que os permitem seguir para a área de atuação com a qual tenham mais afinidade. Exemplo disso é a trajetória do morador de Tarumã (SP) Dione de
Morais Silva. Hoje contratado na indústria como soldador
na oficina de calderaria, ele fora admitido inicialmente como
safrista para auxiliar na aplicação de herbicidas no campo.
A grande virada, conta o profissional, ocorreu em 2010,
quando começou a participar dos projetos de capacitação e, em seguida, passou pela secagem de levedura e
por dois níveis da produção de etanol.
O próximo passo agora, avalia, é aproveitar os conhecimentos que vem acumulando na faculdade de Administração (em curso) e alcançar uma posição mais privilegiada. “A Raízen flexibilizou minha jornada e pude conciliar o
trabalho com os estudos. Aqui, além de valorizados como
seres humanos, somos apoiados e incentivados a buscar
o melhor para as nossas carreiras. Enquanto houver oportunidades, continuarei satisfeito e determinado a crescer
na empresa”, conta Silva.
O diretor de Recursos Humanos para a área de Etanol, Açúcar e
Bioenergia (EAB) da Raízen, Luis Carlos Veguin, acredita
que casos como o do soldador demonstram a preocupação da empresa de ser mais que um dos principais atores
do mercado sucroenergético. E, sim, um importante agente
de transformações sociais.
“Nos últimos anos, oferecemos educação formal (alfabetização e ensinos fundamental e médio) para aproximadamente
670 pessoas. Paralelamente, os programas de qualificação
abriram portas para os nossos funcionários melhorarem suas
vidas. Assim, beneficiamos o funcionário através do desenvolvimento profissional e a empresa, que passa a contar com
uma equipe mais qualificada”, aponta Veguin.
Revista Raízen
20Negócios
Expansão
à vista
Ampliação da capacidade de processamento
em quatro unidades produtoras aproxima
Raízen de seus planos de crescimento no setor
Revista Raízen
Uma das maiores produtoras de etanol de cana-deaçúcar do mundo, a Raízen trabalha pesado para explorar
ao máximo seu potencial produtivo e se tornar ainda
mais forte no competitivo mercado sucroenergético.
Recentemente, a empresa deu outro importante passo
nesse sentido: finalizou o projeto de expansão das
unidades Tarumã e Univalem (SP) e iniciou o processo
nas unidades Caarapó (MS) e Paraguaçu (SP).
Os primeiros resultados já poderão ser observados no
próximo ano-safra (2013/2014), quando a capacidade
de moagem da matéria-prima será incrementada em 1,2
milhão de toneladas. Ao término do período 2015/2016,
o valor – que inclui todas as unidades produtoras da
empresa – saltará dos atuais 65,5 milhões de toneladas
para 70,4 milhões.
Ao todo, haverá uma ofer ta adicional de 275 mil
megawat ts-hora (MWh) de energia elétrica — a
ser comercializada no mercado regulado (70%) e
livre (30%) —, 221 mil metros cúbicos de etanol e
321 mil toneladas de açúcar. O volume é resultado
d e i nve sti m e nto s d e c e rc a d e R $ 1,0 5 b i l h ão,
u s ad o s, e ntre o u tro s, n a c o m p ra d e c a l d e i ra s
d e a l ta p re s s ão, tur bina s, g e rad o re s, s i ste m a s
de recepção de cana, sistemas transpor tadores
d e b a g a ç o, s u b e s t a ç õ e s d e e n e rg i a , p e n e i r a s
moleculares e moendas.
natural, portanto, que a
excelência
operacional seja
“É
busca pela
uma constante”
Felipe Figueiredo
Gerente de Planejamento Agroindustrial
Unidade Tarumã, em São Paulo, que
passou pelo processo de ampliação
da capacidade de processamento
De acordo com o gerente de Planejamento Agroindustrial
da Raízen, Felipe Figueiredo, a concretização do plano
implicará aumento da capacidade de produção, diluição
de custos e ganho de eficiência.
“Atuamos em um segmento no qual a volatilidade dos
preços é alta, o que faz da escala e da eficiência dos
processos elementos ainda mais estratégicos. É natural,
portanto, que a busca pela excelência operacional seja
uma constante”, afirma Figueiredo.
O gerente de Gestão de Investimento em E AB,
Marcos Fernandes, acrescenta que o foco do setor
sucroalcooleiro deve estar na melhoria da rentabilidade,
por meio de redução de custos e de aumento da
produtividade. Para operar em plena capacidade, a
empresa está expandindo, promovendo uma renovação
mais rápida dos canaviais e investindo em tecnologia,
com a utilização de novas variedades e insumos.
“Nas unidades de Caarapó (MS) e Paraguaçu (SP), por
exemplo, onde a ampliação de capacidade ocorrerá de
forma mais acentuada, espera-se que o custo unitário
de produção industrial apresente redução de R$ 4
a R$ 8 por tonelada”, projeta o gerente, lembrando
que a meta da Raízen é elevar sua capacidade de
moagem de cana-de-açúcar para 80 milhões de
toneladas nos próximos cinco anos. “Sem dúvidas,
esses investimentos permitirão à empresa continuar
sua trajetória ascendente”, complementa Fernandes.
Revista Raízen
22Mercado
O valor
da parceria
Raízen aposta em iniciativas estruturadas para promover o
desenvolvimento contínuo de seus fornecedores de cana-de-açúcar
Em tempos de aumento dos custos e de alta volatilidade no mercado, a garantia do suprimento de qualquer cadeia produtiva é imperativa. Na
Raízen, esse desafio carrega uma oportunidade: a de
manter um relacionamento cada vez mais próximo com
seus cerca de 3,5 mil fornecedores de cana-de-açúcar.
De forma sustentável, a empresa busca a valorização
desse público, que responde por cerca de 50% de toda
a cana processada em suas 24 unidades: 28 milhões
de toneladas a cada ano-safra. Nesse sentido, iniciativas estruturadas para fortalecer os laços e estimular
o desenvolvimento contínuo são as grandes apostas.
Exemplo é o programa Valore, realizado de agosto de 2011 a dezembro de 2012, na região de
Piracicaba (SP). Fruto de uma união com a multinacional Bayer CropScience, que executou com êxito o
projeto em culturas europeias de uva e milho, a ação
teve como objetivo aprimorar as práticas de sustentabilidade e acelerar o processo de profissionalização
dos fornecedores da Raízen.
Foram convidados para a fase-piloto 14 produtores,
entre os quais oito obtiveram a certificação do grupo
alemão TÜV Rheinland, auditor do Valore e um dos
principais órgãos certificadores do mundo. Os critérios levados em conta para a emissão do documento,
relativo a cerca de 8 mil hectares de canaviais, são
semelhantes aos adotados pelo Bonsucro.
Revista Raízen
Para chegar ao resultado, foi traçado um diagnóstico
da situação dos parceiros que os auxiliou na correção
das lacunas identificadas. Entre os investimentos, constam treinamentos em sistemas de gestão e nas áreas
trabalhista, ambiental e operacional. “Enfrentamos, em
um primeiro momento, certa resistência por parte dos
produtores, pois eles imaginavam que teriam custo sem
retorno. Ao longo do processo, no entanto, perceberam
que o plano agregava valor”, revela o gerente corporativo de Fornecedores de Cana, Luiz Alberto Lopes.
Diferencial
A Raízen criou a Diretoria de Fornecedores de Cana e
Parcerias Agrícolas para dar ainda mais foco ao desenvolvimento desse público. A área conta com uma equipe
de 90 pessoas e tem como meta instituir uma proposta
de valor através da qual os produtores percebam que é
extremamente vantajoso negociar com a Raízen.
“Mais do que garantir uma posição privilegiada na
compra do insumo, nos preocupamos com os parceiros agrícolas. Pretendemos ajudá-los a se tornarem
mais sustentáveis não só do ponto de vista ambiental, mas também em termos de eficiência. A intenção
é promover um padrão Raízen de relacionamento que
seja um diferencial”, acrescenta o diretor de Fornecedores de Cana e Parcerias Agrícolas, Carlos Martins.
Próximos passos
A importância das políticas de relacionamento para a estratégia
da Raízen e as experiências bem sucedidas aplicadas na área de
distribuição levaram à elaboração de um programa inovador: o
Cultivar. Fundamentado em cinco pilares (ver box), ele será lançado
em fase-piloto na safra 2013/2014 e atenderá a 150 fornecedores,
cobrindo aproximadamente 55% do volume de cana-de-açúcar
adquirido de terceiros.
Cada polo da empresa terá um funcionário dedicado ao projeto
e duas estruturas: uma focada no dia a dia, na implantação das
novas práticas, e outra na qualificação. O investimento no plano,
cujo número de filiados será aumentado gradualmente nas próximas safras, chegará a cerca de R$ 5 milhões.
“Os fornecedores são grandes aliados no mercado de EAB. É
positivo para eles, que contarão com suporte avançado, e para a
Raízen, que alcançará um posicionamento de ainda mais destaque
no mercado”, afirma o gerente de Estratégia de Fornecedores de
Cana, Marcelo Besteiro.
Contribuição em compras
Usar a escala de compras da Raízen para conseguir preços mais
competitivos para os fornecedores de cana
Desenvolvimento
agronômico
Compartilhar conhecimentos agronômicos com nossos
fornecedores de cana e ajudá-los a aprimorar as questões
relacionadas à sustentabilidade
Crédito
Proporcionar a eles, por meio de parcerias com instituições
financeiras, condições mais competitivas de crédito
Atendimento
Aprimorar a qualidade do atendimento e do nível de serviço
oferecido aos fornecedores
Reconhecimento
de desempenho
Premiar os que atingirem os melhores resultados ao final
de cada safra
Revista Raízen
24
Questão de Ética
Em defesa
da ética
O combate à corrupção ganhou espaço na agenda internacional nos últimos anos. Como resultado, nasceram
a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, a Convenção Interamericana de Combate à Corrupção da
OEA e a Convenção sobre o Combate
da Corrupção de Funcionários Públicos
Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais da OCDE, das quais
o Brasil é signatário.
No âmbito nacional, no qual apenas o
indivíduo pode ser condenado criminalmente por corrupção, a tarefa de aprimorar o marco legal para prevenção e
punição de empresas infratoras ficou
sob a responsabilidade da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Ministério
da Justiça.
Após um longo diálogo com a sociedade civil organizada, especialistas inRevista Raízen
ternacionais, acadêmicos e juristas, o
Poder Executivo encaminhou ao Congresso Nacional, em 2010, o Projeto
de Lei (PL) 6.826, conhecido como PL
Anticorrupção, que trata da responsabilização de pessoas jurídicas por atos
de corrupção.
O documento propõe novas formas
de punição para empresas envolvidas
em condutas como fraude em licitações, pagamento de propina a servidores públicos, lavagem de dinheiro,
falsificação de produtos fornecidos
ao governo ou prestação de serviço
diferente do contratado.
Além de constituir um avanço relevante no combate à corrupção, o PL representa o cumprimento de um compromisso assumido com a OCDE e
sua convenção de combate ao suborno transnacional.
STOCK.SXHNG/CHRIS GILBERT
O momento é propício para a discussão do tema, já
que diversos eventos elevaram o tom do debate sobre o
combate à corrupção no Brasil. A aprovação da “Ficha
Limpa”, originada de uma iniciativa popular e que reuniu
cerca de 1,3 milhão de assinaturas para tornar inelegíveis candidatos com condenação criminal, mandatos
cassados, abuso de poder, entre outras situações; a realização da 15ª Conferência Internacional Anticorrupção, que aprovou a Declaração de Brasília, documento
cujo teor reforça o combate à impunidade e estimula
a adoção de práticas cotidianas transparentes na esfera pública; e, finalmente, o julgamento do esquema
de compra de votos de parlamentares – o “Mensalão”
–, no qual o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou
25 dos 38 réus, além de definir que os três deputados
federais terão que deixar seus mandatos.
A Raízen é ostensivamente contrária às práticas de suborno e corrupção, como previsto em seu Código de
Conduta. Pensando no panorama legal e no aprimoramento de práticas de governança e ética, a empresa
tem observado de perto a evolução desse debate para
assegurar a adoção de uma postura transparente, tanto
do ponto de vista do negócio quanto nas ações de seus
funcionários. Além de estabelecer essas diretrizes, a
Raízen possui uma área de relações governamentais,
cujo objetivo primordial é apresentar, proteger e promover os interesses e os pleitos da empresa dentro dos
mais rígidos padrões de governança e ética.
Vale lembrar que o PL Anticorrupção não é a única iniciativa de combate à corrupção promovida pelo governo
brasileiro. Diversas normas que tratam do relacionamento da esfera privada com o Poder Público já estão em
vigor (confira o box).
Renata Manhães
Gerente Jurídica de Funções Corporativas e Compliance
Luiz Ricardo de Medeiros Santiago
Gerente de Relações Governamentais
STOCK.SXHNG/ BILLY ALEXANDER
Após a apresentação do projeto, a Câmara dos Deputados criou uma comissão especial para acompanhá-lo.
Desde então, foram promovidas audiências públicas na
Câmara dos Deputados e visitas aos estados brasileiros
para coletar opiniões. Em março de 2012, o relator do
PL Anticorrupção apresentou parecer pela sua aprovação. Atualmente, está pronto para votação na comissão
e, uma vez aprovado, seguirá para o Senado.
Iniciativas
relevantes no
combate à corrupção
• Código Penal (Decreto-Lei 2.848, de 07/12/40);
• Código de Conduta da Alta Administração Federal,
de 21/08/2000;
• Decreto 1.171, de 22.06.1994, Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal;
• Resolução nº 03, de 23/11/2000, Regras sobre o
tratamento de presentes e brindes aplicáveis às
autoridades públicas abrangidas pelo Código de
Conduta da Alta Administração Federal;
• Resolução nº 02, de 24/10/2000, Regula a participação de autoridade pública abrangida pelo
Código de Conduta da Alta Administração Federal em seminários e outros eventos;
• Decreto 4.334, de 12/08/2002, Dispõe sobre as audiências concedidas a particulares por agentes públicos em exercício na Administração Pública Federal
direta, nas autarquias e fundações públicas federais;
• Decreto nº 4.923, de 18/12/2003, Dispõe sobre
o Conselho de Transparência Pública e Combate
à Corrupção;
• Resolução nº 08, de 25/09/2003, Identifica situações que suscitam conflito de interesses e dispõe
sobre o modo de preveni-los.
Revista Raízen
26
Raízes do Brasil
No caminho
da prosperidade
Terminal de distribuição da Raízen reforça vocação industrial de Barueri,
considerada a quinta melhor cidade para se viver no Brasil
Na região metropolitana de São Paulo, uma cidade mostra
que desenvolvimento econômico, industrialização e qualidade de vida podem coexistir. Com mais de 240 mil habitantes,
Barueri tem o 16º maior PIB entre os municípios brasileiros
e, de acordo com o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), é a quinta melhor cidade do Brasil para se
viver, resultado obtido após o levantamento de informações
dos Ministérios do Trabalho, Educação e Saúde.
A proximidade do maior centro financeiro do país, a cerca de
29 km, a infraestrutura do município e os incentivos fiscais
locais permitiram que várias indústrias instalassem filiais no
município. Uma delas é a Raízen, que lá mantém um terminal primário de distribuição. Instalado no início da Rodovia
Castelo Branco, importante via que atravessa a cidade, a unidade foi inaugurada há 28 anos e recebe combustíveis por
meio de dutos de 2 km de extensão ou por modal rodoviário.
Terminal da Raízen em Barueri, que movimenta 187 mil m3 de combustíveis todos os meses
Novos rumos
No final do ano passado, o terminal iniciou
uma nova atividade: a transferência de diesel
S-10 puro, com baixo teor de enxofre e menor
emissão de gases na atmosfera. Em janeiro,
2,5 mil m³ do combustível foram transferidos
de Barueri para unidades da Raízen em
Uberlândia e Brasília.
Revista Raízen
Ponto estratégico
Para atender a postos de serviço da
região e terminais B2B no Interior e
na Região Metropolitana de São Paulo,
cerca 187 mil m³ de combustíveis deixam a unidade todos os meses. Com
tancagem de 27 mil m³, as operações
de Barueri devem crescer ainda mais.
Estão previstos investimentos para expansão da capacidade de armazenamento e crescimento da movimentação,
segundo Renato Mingorance, superintendente do Terminal de Barueri.
Ainda como parte de Santana do Parnaíba, com a
construção de estradas de ferro no século XIX, Barueri
ganhou uma estação ferroviária, tornando-se uma
importante ligação da capital com as demais cidades do
estado para o transporte de cargas.
Em 1936, a primeira indústria, um frigorífico, chegou
à região, seguida de outras, contribuindo para o
movimento de emancipação da cidade, finalizado
em 1949, com a instalação do Governo Municipal e a
Primeira Câmara de Vereadores.
Chafariz do boulevard central da cidade
Flávio Costa/Prefeitura de Barueri
Parque Municipal de Barueri (SP)
Segundo historiadores, o aldeamento indígena de Barueri
(“rio do canal velho” em tupi) foi fundado em 11 de
novembro de 1560 pelo Padre José de Anchieta. Porém,
o ano de 1610 é outra data considerada, por constar na
historiografia oficial. Devido à localização, no trajeto dos
bandeirantes em direção ao interior do Brasil, e à influência
dos jesuítas, a aldeia cresceu com o passar dos anos.
Divulgação/Prefeitura de Barueri
História
Ele conta que a complexidade das atividades faz parte da rotina do local e
mantê-las com qualidade e organização é o pensamento de todos no dia
a dia: “O maior desafio é realizar toda
a grande movimentação de recebimento, armazenagem e carregamento com
excelência operacional, atendendo aos
padrões de Saúde, Segurança e Meio
Ambiente (SSMA) e controles e sempre
observando a demanda dos clientes”,
explica o superintendente.
Revista Raízen
28
Tecnologia e Inovação
Medida
certa
Uso de sistemas automáticos de verificação de volume aumenta
segurança nas unidades produtoras e reduz perdas de etanol
Conquistar um posicionamento de destaque no mercado sucroenergético é uma
tarefa que demanda tecnologia de ponta
e afinação entre os diversos segmentos da
organização. Ciente disso, a Raízen encontrou nos medidores volumétricos de carregamento a sinergia entre a produção e a
distribuição de combustíveis.
Utilizada amplamente nos terminais de
distribuição, a tecnologia agora é também aplicada nas unidades produtoras da
empresa e dá mais eficiência, segurança
e agilidade aos carregamentos de etanol.
O dispositivo funciona da seguinte forma: em um painel numérico, o operador
programa a quantidade de etanol a ser
Revista Raízen
carregada no tanque de armazenamento.
O abastecimento, então, se inicia e é finalizado automaticamente quando a quantidade desejada é alcançada. Em caso de
iminência de vazamento de combustível,
devido a eventuais erros de digitação ou
resíduos de produto dentro do compartimento de carga, um sistema de emergência interrompe o processo.
“A nova forma de carregamento representa um importante avanço em termos
de segurança, pois diminui drasticamente a probabilidade de derramamentos e,
consequentemente, de incêndios. Além
disso, oferece melhores condições ergonômicas, diminui o risco de quedas e
protege os profissionais de vapores, uma
vez que eles não precisam ficar em cima
dos caminhões para realizar o procedimento”, explica o gerente de Operações
de Etanol da Raízen, Fábio Sant’Anna.
Desde 2010, a empresa vem trabalhando na instalação dos medidores
nas unidades produtoras e já opera
com essa tecnologia de forma estabilizada nas unidades paulistas da Barra
(Barra Bonita), Costa Pinto (Piracicaba),
Bonfim (Guariba) e Maracaí (Maracaí).
A expectativa é que o número de plantas equipadas chegue a 11 até o fim do
ano-safra 2013/2014, em um investimento que totalizará mais de R$ 10 milhões.
Econômico
Um dos objetivos do projeto de gestão dos terminais de etanol das unidades produtoras, que inclui, além da instalação
dos medidores nas plataformas, melhorias em infraestrutura,
controles e processos, é diminuir as perdas de combustível.
Por fatores como a alta volatilidade (facilidade com que uma
substância passa do estado líquido ao gasoso) e a menor
precisão das balanças tradicionais — indicadas para cargas
sólidas —, o prejuízo com a perda de etanol pode chegar
a 1% do volume produzido, o que corresponde a cerca de
20 milhões de litros.
Já no primeiro ano de trabalho, as perdas foram reduzidas para
0,25% e, atualmente, estão em torno de 0,12%, o que representa aproximadamente 2,5 milhões de litros. “É um número
muito bom, mas que ainda pode ser melhorado com o avanço
dos investimentos. Como referência, podemos citar a área de
distribuição da Raízen, que hoje opera com perdas em torno
de 0,05%”, exemplifica Sant’Anna.
Afora os benefícios no controle do produto, os medidores volumétricos permitem que os próprios motoristas realizem o abastecimento. Desse modo, independentemente da quantidade de
operadores presentes no terminal, é possível efetuar o carregamento simultâneo em todas as baias da unidade produtora,
24 horas por dia, tornando as operações até 25% mais eficientes. Posteriormente, os faturamentos também serão feitos de
modo automático, com o auxílio de um software que agiliza
o processo e elimina o risco de erros ou potenciais fraudes.
Com um painel eletrônico, funcionário determina a
quantidade de combustível que será inserida no caminhão
Revista Raízen
30
Tecnologia e Inovação
Dispositivo permite o abastecimento simultâneo de mais de uma baia, independentemente da presença de operadores
Estratégico
Deixar de usar as balanças para verificar a quantidade
de etanol carregada nos tanques dos caminhões também
traz vantagens importantes do ponto de vista comercial.
Ao excluí-las dessa etapa e liberá-las para sua função
principal (pesagem de açúcar e cana), minimizam-se as
possibilidades de os veículos ficarem retidos em filas devido à demanda pelo equipamento.
“A Raízen fornece combustível para diversos clientes e
parceiros estratégicos. Na medida que demonstramos
excelência operacional no carregamento, agregamos valor na venda da molécula de etanol, nos diferenciando no
mercado”, avalia o gerente.
Ele acrescenta que a iniciativa também é extremamente positiva para o projeto de expansão global da Raízen. Isso porque,
ao contrário do mercado interno, que é bem mais linearizado,
com poucos picos de demanda, a exportação exige que a
empresa esteja apta a realizar carregamentos de grande porte
em um curto período de tempo. Essas iniciativas de eficiência
ajudam a suportar a procura cada dia mais crescente.
“Até então, a utilização de isotanques (contêineres, para o
transporte de combustíveis, acoplados em caminhões de
carga seca e embarcados posteriormente em navios) ficava
restrita a algumas unidades que não apresentavam limitações estruturais, como altura insuficiente para receber os
equipamentos”, explica Sant’Anna, que conclui: “É ótimo
para os clientes e para a Raízen. Não tenho dúvidas de que
demos um grande salto na qualidade da operação”.
Na medida que demonstramos
excelência operacional no
carregamento, agregamos valor na
venda da molécula
de etanol, nos diferenciando no
mercado
Fábio Sant’Anna
Gerente de Operações de Etanol da Raízen
Revista Raízen
Indicadores31
Sempre o melhor trajeto
Responsável por transportar os combustíveis da Raízen, a área
de Logística, Distribuição e Trading (LD&T) encerrou o ano-safra
2012/2013 com resultados expressivos
Logística
Operação
de terminais
100
46
filiais
transportadoras
58
2.300
terminais de distribuição
motoristas
24
unidades
produtoras
mais de
2 bilhões 41 bilhões
de litros de tancagem
de litros
2
acidentes com
afastamento temporário
percorridos
115
milhões de litros
transportados
por cabotagem
14 milhões
de homens-hora
(soma do período trabalhado por
todas as equipes)
0,14
*Informações correspondem
a até 31 de março de 2013.
16
bilhões
de litros transportados por
caminhão-tanque
movimentados
158 milhões
de km
1.500
caminhões-tanque
acidente com afastamento
por milhões de horas
trabalhadas
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