Sumário 1. PROGRAMA DA DISCIPLINA 1 1.1 EMENTA............................................................................................................................................................... 1 1.2 CARGA HORÁRIA TOTAL .................................................................................................................................... 1 1.3 OBJETIVOS .......................................................................................................................................................... 1 1.4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ............................................................................................................................. 1 1.5 METODOLOGIA ................................................................................................................................................... 2 1.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ................................................................................................................................ 2 1.7 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA ......................................................................................................................... 2 CURRICULUM RESUMIDO DO PROFESSOR: FERNANDO HADAD ZAIDAN .............................................................. 3 2. UMA ABORDAGEM CONTEMPORÂNEA DA ARQUITETURA DA INFORMÁTICA 4 2.1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................... 4 2.2 A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NO CONTEXTO ORGANIZACIONAL ........................................................... 4 2.3 ADMINISTRAÇÃO DE INFORMÁTICA .................................................................................................................. 7 2.4 CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO ................................................................................................................................. 8 2.5 MAINFRAMES E SERVIDORES ........................................................................................................................... 10 2.6 DATA CENTERS E VIRTUALIZAÇÃO .................................................................................................................. 17 2.7 INTERFACE HOMEM-MÁQUINA........................................................................................................................ 19 2.8 LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO.................................................................................................................... 21 2.9 INTERNET COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO .............................................................................................. 23 2.10 PROFISSIONAIS DE TECNOLOGIA E INFORMÁTICA ...................................................................................... 27 2.11 SERVICE E HELP DESK ................................................................................................................................... 29 2.12 OUTSOURCING ................................................................................................................................................ 31 2.13 ÓRGÃOS DE REFERÊNCIA ............................................................................................................................... 33 2.14 FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO (FCS) DA ADMINISTRAÇÃO DA INFORMÁTICA ..................................... 35 2.15 AUTOMAÇÃO ................................................................................................................................................... 37 2.16 CONCLUSÃO .................................................................................................................................................... 48 2.17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................................... 48 Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 1 1. Programa da disciplina 1.1 Ementa Fundamentos e conceitos de Administração de Suporte e Automação. Características, gerência e interligação dos três pilares da informática: hardware, software e peopleware. Tópicos Especiais ligados à disciplina. 1.2 Carga horária total 22 horas aulas. 1.3 Objetivos apresentar os fundamentos da administração de suporte e automação; justificar a complexidade da interligação entre os três pilares da informática: hardware, software e peopleware; identificar os fatores críticos de sucesso da administração de informática; estabelecer subsídios fundamentais às demais disciplinas. 1.4 Conteúdo programático Administração de Suporte A Tecnologia da Informação no contexto Organizacional Administração da Informática Mainframes e Servidores Data-Centers e Virtualização Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação Automação Tópicos Especiais Apresentados em Palestras da Disciplina 2 Interface Homem-Máquina Internet como diferencial Competitivo Profissionais de Tecnologia de Informática Service e Help Desk Outsourcing Órgãos de Referência Gerenciamento de Suporte Fatores Críticos de Sucesso da Administração da Informática Código de Barras e RFID Automação e Controle Robótica e I.A. ITIL Retenção do Conhecimento Organizacional Alinhamento Estratégico da TI com negócios Informática Educativa Vantagem Competitiva com Sistemas de Informação 1.5 Metodologia Aulas dialogadas, com utilização de recursos de multimídia, para dar suporte aos debates. Referências a estudos de caso e vivências profissionais. Apresentação de trabalhos. 1.6 Critérios de avaliação O grau total que pode ser atribuído ao aluno obedecerá à ponderação de 100% de trabalhos individuais ou em grupo. 1.7 Bibliografia recomendada ALBERTIN, A. L. Administração de Informática. 6. ed. São Paulo, Atlas, 2009. CAPRON, H. L.; JOHNSON, J. A. Introdução à informática. 8. ed. São Paulo: Pearson Education, 2004. LAUDON, K. C.; LAUDON J. P. Sistemas de informação gerenciais: administrando a empresa digital. 7. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2007. TURBAN, Efraim; RAINER JR, R. K.; POTTER, E. P. Administração de tecnologia da informação: teoria e prática. 3.e d. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 3 Curriculum resumido do professor: Fernando Hadad Zaidan - Mestre em Administração pela Universidade FUMEC. Linha de estudos na fronteira entre Sistemas de Informação, Gestão do Conhecimento e Administração Estratégica. - Doutorando (disciplina isolada) na Ciência da Informação – UFMG. - Bacharel em Ciência da Computação pela Universidade FUMEC. - Gestor e desenvolvedor de Sistemas Web pelo UNI-BH. - Analista de Sistemas e Programador de Computadores pela UFMG. - Experiência profissional de 25 anos inclui cargos de diretor de empresas de desenvolvimento de software, administrador de TI, analista/desenvolvedor de sistemas e arquiteto de dados. - Consultor de TI e organizacional em diversas empresas. - Professor e Coordenador da Pós-graduação da Faculdade PITÁGORAS. - Professor de graduação da Faculdade INED. - Palestrante. - Autor de artigos. Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 4 2. Uma abordagem contemporânea da arquitetura da informática 2.1 Introdução O presente texto tem como objetivo principal servir de acompanhamento no desenvolvimento da disciplina Administração de Suporte e Automação. Procurou-se abranger os três pilares da informática: hardware, software e pessoas. O material está divido em tópicos, sendo um deles específico para automação. A abrangência é suficiente para o nivelamento de fundamentos essenciais e aprofundamento em outros, para esta disciplina do MBA em Gestão em Tecnologia da Informação. A maior parte dos assuntos aqui contidos será aprofundada em disciplinas específicas, cumprindo assim o papel de start neste processo de aprendizagem, instigando a leitura e pesquisa, não pretendendo, assim, esgotar tais conteúdos, que evoluem velozmente. 2.2 A Tecnologia Organizacional da Informação no contexto "A informação tecnológica pode ser a maior ferramenta dos tempos modernos, mas é o julgamento de negócios dos humanos que a faz poderosa." (Charles B. Wang - Presidente da Computer Associates International). O nascimento da tecnologia não pode estar isolado ao nascimento do homem no planeta. Setenta mil anos da era cristã, o homem de Neandertal apresentava um grau de especialização no uso de materiais como pedra, osso, madeira, couro, etc., utilizado em sua sobrevivência. Outro exemplo clássico de importância tecnológica foi entre os anos 300 a.C. e 300 da era cristã, na Alexandria, cuja sociedade floresceu grandes nomes da engenharia, como Arquimedes e Heron, além de Fílon e Vitrúvio, que utilizavam dispositivos mecânicos como o parafuso, alavanca e polia. Desta forma, destaca-se que o avanço da tecnologia trouxe diversos benefícios para o homem, tornando o trabalho mais fácil e produtivo. Vale conceituar tecnologia como: Conjunto de princípios, métodos, instrumentos e processos cientificamente determinados, com aplicabilidade principalmente às atividades industriais, com foco na produção de bens mais eficientes e baratos; Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 5 Conceito que engloba todas as técnicas e seu estudo; Descobertas da ciência aos objetivos da vida prática; Importante canal de TV a cabo, o Discovery Channel (2008) sempre deu destaque aos fatos tecnológicos. Um interessante resumo da história da tecnologia moderna é apresentado: http://www.discoverybrasil.com/guia_tecnologia 1705 – Primeiro motor a vapor (Thomas Newcomen); 1768 – Nicholas Joseph Cugnot constrói um vagão a vapor; 1774 – A primeira calculadora de massa (Phillipe Matthäus Han); 1775 – Primeiro submarino (David Bushnell); 1780 – Invenção da copiadora (James Watt); 1785 – O tear mecânico é inventado (Edmund Cartwright); 1793 – Telégrafo (Claude Chappe); 1800 – Primeira bateria (Alessandro Volta); 1821 – Motor Elétrico (Michael Faraday); 1825 – Primeira linha de Estrada de ferro na Inglaterra; 1827 – Primeira turbina de água e patente para a primeira hélice de navio (Josef Ressel); 1854 – Invenção da lâmpada de luz incandescente (Heinrich Goebel); 1859 – O motor a gás é desenvolvido (Etienne Lenoir); 1861 – Primeiro telefone (Johann Philipp Reis); 1875 – Invenção da geladeira (Carl von Linde); 1876 – Aplicação de patente para o telefone (Alexander Graham Bell) - Motor de quatro-tempos (Nicolaus August Otto); 1879 – Primeira locomotiva elétrica (Werner von Siemens); 1881 – Fornecimento de energia com alta freqüência de corrente alternada (George Westinghouse); 1886 – Primeiro automóvel (Karl Benz); 1895 – Descoberta de Raios-X (Wilhelm Conrad Röntgen) - Invenção do cinematógrafo (Auguste e Louis Jean Lumière); 1896 – Descoberta da radioatividade (Antoine Henri Becquerel); 1897 – Invenção do tubo de raio de catódico (Karl Ferdinand Braun) - Diesel constrói o motor Diesel; 1903 – Primeiro vôo motorizado (Orville and Wilbur Wright); 1913 – Linha de montagem para a fabricação de carro (Henry Ford); 1930 – Primeira turbina a gás para aviões; 1931 – Primeiro microscópio de elétron (Ernst Ruska); 1938 – O átomo de urânio é separado (Otto Hahn and Fritz Straßmann); 1941 – "Z3", o primeiro computador em funcionamento (Konrad Zuse); 1948 – Transistor (William B. Shockley, John Bardeen e Walter Brattain); 1954 – Primeira estação de energia nuclear em Obninsk perto de Moscou; 1955 – Fibra Óptica (Narinder Singh Kapany, London); 1957 – O primeiro satélite é lançado, o Sputnik 1 (USSR); 1961 – Primeiro humano no espaço e primeira órbita da Terra (Yuri Gagarin); 1964 – Circuito integrado (Jack Kilby para Texas Instruments); 1969 – Primeira aterrissagem do homem na lua (Apollo 11, EUA); 1970 – Desenvolvimento do microprocessador (Intel) - Primeira calculadora de bolso; Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 6 1977 – Apple II, o primeiro computador completo; 1979 – Compact Disc (CD) para armazenar áudio digitalmente (Sony & Philips); 1981 – Primeiro computador pessoal da IBM; 1992 – Primeiro livro em CD-ROM (a Bíblia); 1993 – Invenção da Internet; Não é tarefa fácil generalizar o que é tecnologia da informação (TI), mas pode-se definir como conjunto de hardware, software e tecnologias (recursos da informática) utilizadas para otimizar o processo de criação, processamento, armazenamento e distribuição das informações, ou seja, informatização do ciclo de vida da informação. Hoje em dia vimos aplicações de TI em tudo, desta forma é difícil delimitar fronteiras em que ela atua. O que se pode afirmar é que tudo gira em torno do bem extremamente precioso: a informação. Figura: Tecnologia da Informação. Fonte: Arquivo próprio. Para se ter uma idéia do volume de negócios em TI, nos Estados Unidos, no ano de 2006 houve um investimento de 1,8 trilhão de dólares em TI, além disto, gastaram 1,7 trilhão de dólares em consultoria de serviços de gestão. Quase a metade de todo o investimento anual privado nos Estados Unidos envolve tecnologias e sistemas de informação. (LAUDON; LAUDON, 2007). A publicidade na internet continua a crescer mais de 30% ao ano. Percebe-se então, a nova maneira de fazer negócio, e essa nova maneira tende a afetar as futuras carreiras em grande medida (veja tópico a seguir sobre o papel das pessoas na TI). Mudanças no ambiente de negócios sempre são acompanhadas por mudanças nos postos de trabalho e nas profissões. Independentemente a área que você esteja estudando, sua maneira de trabalhar, seu local de trabalho e sua remuneração serão afetados pela tecnologia da informação. O grande investimento das empresas em TI tem como objetivo, basicamente, seis pontos principais: Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 7 excelência operacional; novos produtos, serviços e modelos de negócios; relacionamento mais estreito com clientes e fornecedores; melhoria na tomada de decisão; obtenção de vantagens competitivas; sobrevivência. As empresas estão sempre buscando melhorar a eficiência de seus processos e de suas operações a fim de conseguir maiores lucros. As tecnologias e os sistemas de informação, dentre as ferramentas que os administradores dispõem, estão entre as mais importantes para atingir altos níveis de eficiência e eficácia e produtividade elevada, especialmente se combinadas com mudanças no comportamento da administração e da prática de negócios. 2.3 Administração de Informática A informática é o tratamento da informação de modo automático. É ferramenta indispensável para o desenvolvimento, suporte e modernização das atividades pessoais e organizacionais. Para tal, pressupõe a utilização de computadores eletrônicos. A informática está situada na interseção de quatro grandes áreas do conhecimento: Ciência da computação: processamento de dados; engenharia de software; arquitetura das máquinas; programação. Ciência da informação: trato da informação; armazenamento e veiculação da informação. Teoria dos sistemas: solução de problemas a nível de sistemas (operacionais, táticos e estratégicos). Cibernética: ações baseadas em mecanismos de automação. (VELLOSO, 2004). O termo computação é bem anterior a informática, e deriva de computar (ato calcular, contar). Processamento de dados O computador é uma máquina composta por partes mecânicas e eletromecânicas com a tarefa principal de coletar, processar, armazenar e disseminar dados para um ou mais objetivos. Foi chamado algum tempo de processamento eletrônico de dados, por ser uma máquina composta de vários circuitos e componentes eletrônicos. Processamento de dados consiste em uma série de atividades ordenadamente realizadas, a partir de dados, realizando processamentos, conduzindo e apresentando os resultados procurados. Dados (entradas) Processamento Resultado (saída) Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 8 Administração Administrar é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da organização para alcançar objetivos estabelecidos. O contexto da nossa organização é o departamento de Tecnologia da Informação. Figura: Processos da administração. Fonte: Elaborado pelo autor. Administradores são pessoas que planejam, organizam, dirigem e controlam o trabalho de uma empresa para que sejam alcançados metas e objetivos específicos. Administração da Informática Administração da informática em uma organização pública ou privada é responsável pela eficácia interna da função da informática. 2.4 Ciência da Informação A ciência da informação estuda a informação, desde a sua origem até o processo em que há a transformação dos dados em informação e em conhecimento. Este estudo estende-se dos meios acadêmicos para aplicação nas organizações. Dado, informação e conhecimento Entende-se por dado um padrão, a menor unidade possível. Uma letra, número ou dígitos, que isoladamente não tem nenhum significado claro. Não consegue nos Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 9 informar nada. A análise de um dado não nos leva a nenhuma conclusão. De acordo com Davenport e Prusak (1998, p. 3): Dados descrevem apenas parte daquilo que aconteceu; não fornecem julgamento nem interpretação e nem qualquer base sustentável para a tomada de ação. Embora a matéria-prima do processo decisório possa incluir dados, eles não podem dizer o que fazer. Dados nada dizem sobre a própria importância ou irrelevância. Porém, os dados são importantes para as organizações – em grande medida certamente, porque são matéria-prima essencial para a criação da informação. A informação é o dado trabalhado, tratado, inserido num contexto. É um conjunto de dados que tem algum significado. “Pense em informação como dados que fazem diferença”. (DAVENPORT; PRUZAK, 1998, p. 4). Esclarecendo melhor, Jamil (2001, p. 161): A informação, portanto, é algo mais trabalhado e trabalhoso. Envolve usualmente diversas medições e obtenção de dados associados – como o do ambiente a que se aplicam as medições feitas. A informação terá um caráter menos restrito que o dado, posto que podemos estabelecer critérios variados de coleta, conversão e armazenamento para a mesma, envolvendo como já dissemos, um conjunto de dados. Desta forma surgem trabalhos de conversão, comparação e padronização para o seu uso. O conhecimento é a capacidade de interpretar. Pode fazer sentido para uns, e para outros não. Quando a informação é trabalhada por pessoas e pelos recursos computacionais, pode gerar cenários, simulações e oportunidades. (REZENDE; ABREU, 2003). Segundo Davenport e Prusak (1998, p. 3): O conhecimento deriva da informação da mesma forma que a informação deriva de dados. Para que a informação se transforme em conhecimento, os seres humanos precisam fazer virtualmente todo o trabalho. Tal transformação ocorre através de palavras iniciadas com C tais como as seguintes: Comparação: de que forma as informações relativas a esta situação se comparam a outras situações conhecidas? Conseqüências: que implicações estas informações trazem para as decisões e tomadas de ação? Conexões: quais as relações deste novo conhecimento com o conhecimento já acumulado? Conversação: o que as outras pessoas pensam desta informação? Tomemos um exemplo: a taxa de juros é de 0,5% (dado). Ainda não chegamos a nenhuma conclusão. Se dissermos que 0,5% é a taxa de juros do Brasil, no mês de agosto de 2006, estamos inserindo o dado num contexto, e já nos traz algum significado (informação). Porém, se complementarmos dizendo que esta taxa de juros é a mais baixa os últimos 10 anos, estamos fazendo uma interpretação (conhecimento). Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 10 2.5 Mainframes e Servidores Não é o mais forte ou o mais inteligente que sobrevive, e sim, o mais adaptável. (Charles Darwin). Em 1944, na Universidade de Harvard, nos EUA, o professor Howard H. Aiken inventou o primeiro computador eletro-mecânico. Em 1946, constituído de 18.000 válvulas (uma queimava a cada dois minutos), foi inventado na Universidade da Pennsylvania, nos EUA, o ENIAC (Electronic Numerical Integrator and Calculator), o primeiro computador eletrônico. Figura: ENIAC Fonte: Arquivo pessoal Com o princípio sendo utilizado até hoje, John Von Newman, matemático húngaro, formula nos EUA a proposição prática para computadores universais. Em 1951, a produção em série do IBM/UNIVAC é iniciada. As gerações dos computadores Os computadores são classificados em quatro gerações: 1ª. Geração – entre 1946 e 1956 – válvulas; 2ª. Geração – até 1965 - transistores; 3ª. Geração – 1967 – circuitos integrados 4ª. Geração – a partir de 1972 – integração em escalas superiores – chips1. Em aproximadamente 60 anos de história, demos um grande salto em tecnologia – da válvula ao microprocessador, passando pelo transistor e o circuito integrado. O 1 Os chips (CI – integrated circuit) são fabricados a partir do silício, que é um dos elementos mais comuns da crosta terrestre (rochas e areia). O silício é um semicondutor, ou seja, conduz eletricidade. Em seu interior possui milhares de componentes eletrônicos. Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 11 Univac (primeira geração) foi o primeiro computador comercial. Seus dados eram armazenados em cartão perfurado. Figura: Cartão perfurado Fonte: Arquivo pessoal O primeiro PC - personal computer (figura abaixo) foi lançado no mercado em 12 de agosto de 1981, com o nome de IBM 5150 PC. Era composto de uma tela monocromática verde, processador Intel de 4,77 MHz, memória RAM de 16 Kbytes e discos flexíveis de 180/360 Kbytes. Figura: Primeiro PC - 1981 Fonte: Arquivo pessoal Natureza dos computadores Segundo Capron e Johnson (2004) todo computador tem três características principais: Velocidade: a rapidez que esperamos dos serviços; Confiabilidade: são extremamente confiáveis. A maioria dos erros de computador na realidade são erros humanos. Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 12 Capacidade de armazenamento: mega, giga, terabyte, etc. Como características secundárias têm-se: produtividade, tomada de decisões e redução de custo. Visão geral Um computador é formado por três componentes principais: Hardware: o equipamento; conjunto de componentes físicos; suporta a entrada de dados, a transformação em informação, o armazenamento e a saída. Software: são os programas; conjunto de instruções, passo a passo, que orientam o computador a fazer tarefas necessárias e produzir resultados desejados. Pessoas (peopleware): pode ser um indivíduo que desenvolve programas, ou mesmo um usuário final. Mainframe é o termo utilizado para grandes computadores. Utilizava paralelismo de processadores e com grande quantidade de memória, rodando diversos sistemas operacionais simultaneamente, dentre eles o UNIX. Outras características são: capacidade de ligação de milhares de terminas, estabilidade do hardware, possibilidade de rodar processos em processadores virtuais e reais (distribuídos devido à necessidade), suporte a violenta carga de I/O e maior dificuldade de invasão. O mainframe funciona de maneira bastante diferente dos servidores (micro computadores) rodando sistema operacional Windows, pois a multitarefa que é implementada faz com que um processo não interfira em outro, principalmente pelo fato de rodar em memórias e processadores diferentes. Outro ponto característico dos mainframes são os enormes coolers refrigerados a água. Um dos principais modelos de mainframe é o IBM 360, que teve seu funcionamento áureo nos anos 1960. Figura: IBM 360 Fonte: Arquivo pessoal Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 13 Nos anos 1990, uma grande revolução tomava conta do mundo dos computadores, principalmente com a arquitetura cliente/servidor, com as redes de baixo custo. A extinção destas máquinas era tida como certo, chegando algumas previsões de término efetivo em 1996. Algumas empresas apostaram nesta previsão gastando milhões de dólares para substituí-los. Não foi exatamente isto que aconteceu. Com o barateamento do hardware, diminuição do tamanho e complexidade, flexibilidade de software, novos modelos de mainframe foram lançados, fazendo com que empresas atualmente que possuem diversos servidores de menor porte, pensem em substituí-los por um mainframe. O modelo moderno de mainframe da IBM chamado System z10, possui uma capacidade de processamento de 1500 servidores comuns, menor gasto de energia e espaço físico, custos menores de operação e administração. Figura: IBM z10 Fonte: Arquivo pessoal Para se ter uma idéia da importância dos mainframes a IBM estreou um site para discutir os mainframes e o desenvolvimento. De acordo com dados a IBM, o site tem 290 mil cadastrados na América Latina, dos quais 120 mil são brasileiros. http://www-128.ibm.com/developerworks/br Servidores Os servidores são todos os computadores (do microcomputador ao mainframe), rodando uma aplicação que geralmente oferece suporte para redes de computadores, permitindo que usuários compartilhem arquivos, aplicativos, dispositivos periféricos e demais recursos de rede. Existem sistemas operacionais específicos para servidores, Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 14 como o Linux, Unix, Windows NT e o Windows 2008 Server. Estes sistemas vêm acompanhados de diversos programas para possibilitar os serviços específicos a uma rede de computadores. Um microcomputador com uma configuração pouco privilegiada, porém, rodando um sistema operacional que contempla o serviço aos clientes é considerado um servidor (por exemplo, um microcomputador Pentium 100 rodando o Linux modo texto, configurado para ser o gateway de uma conexão de banda larga em uma rede). Figura: Múltiplos servidores Fonte: Arquivo pessoal Múltiplos servidores (figura acima) são destinados às organizações com requisitos de comércio eletrônico muito pesado e web sites muito grandes. Existem servidores que podem ser empilhados em racks (abaixo), denominados servidores de rack, possibilitando a operação com maior eficiência, reduzindo o espaço de empacotamento. Para reduzir ainda mais o espaço e aumentar a densidade, as empresas estão utilizando um projeto de servidor chamado lâmina, que é uma placa do tamanho de um livro, em que memória, processador e unidades de disco rígido são montados. (TURBAN; RAINER; POTTER; 2005). Figura: Servidores em um rack Fonte: Arquivo pessoal Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 15 Figura: Servidores tipo lâmina Fonte: Arquivo pessoal A arquitetura cliente/servidor é aquela em que computadores clientes estão ligados a servidores (arquitetura de duas ou três camadas), destinadas a empresas de pequeno e médio porte. Figura: Arquitetura cliente/servidor – duas camadas Fonte: Arquivo pessoal Entretanto a arquitetura cliente/servidor multicamadas (ou n-camadas), onde o trabalho de toda a rede é repartido entre os servidores de inúmeros níveis, dependendo do tipo de serviço que é solicitado pelo cliente. Na internet temos a arquitetura ncamadas. Figura: Rede cliente/servidor – n-camadas. Fonte: LAUDON; LAUDON, 2007, p. 106. Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 16 Tipos de software de servidores Web: Programa encarregado de apresentar páginas web aos clientes que solicitam o serviço. O software do servidor web é responsável por localizar e gerenciar páginas web, por exemplo: Microsoft IIS e o Apache. O servidor web aceita os pedidos http (hipertext transfer protocol) de clientes, geralmente os browsers, servindo-os com respostas http, inclusive com dados (páginas web) como documentos HTML (hipertext markup language) com diversos objetos e textos embutidos. Aplicação: Os próprios sistemas operacionais, versão server, podem ser configurados para serem servidores de arquivos e aplicação de uma rede. Porém, existe uma tendência para a utilização de softwares de sistemas, conhecidos como servidores de aplicativos, que oferecem uma interface intermediária (middleware) entre o sistema operacional e o programa de aplicativo dos usuários. Possibilitam um maior balanceamento de carga, disponibilidade e tratamento de exceções. Arquivos: É um servidor dedicado para o trabalho de armazenamento e distribuição de arquivos em uma rede. Esta categoria de servidor necessita de uma boa proteção para o acesso aos arquivos. Utiliza-se também como servidor de back-up para os arquivos. Autenticação: O servidor de aplicação é utilizado para verificar (autenticar) as credenciais do requisitante, enviando uma resposta de autorização, positiva ou negativamente, para o acesso aos serviços requisitados. Banco de dados (BD): Esta categoria de software faz o gerenciamento de um conjunto de fatos relacionados, possibilitando a manipulação dos dados de diversas maneiras. Pode armazenar dados, manipular, recuperar, visualizar e imprimir de diversas formas. São extremamente úteis quando se deseja controlar um grande número de fatos relacionados. Na figura abaixo temos uma tela de uma ferramenta de administração de BD – IBExpert, manipulando uma tabela de um BD Firebird. Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 17 Figura: Ferramenta de administração de BD. Fonte: Arquivo pessoal. Todos estes softwares servidores podem rodar em uma única máquina servidora, porém, não é recomendado, pois os serviços irão sofrer uma degradação, dependendo da quantidade de usuários da rede e capacidade e performance do servidor. As políticas de segurança dos servidores requerem uma aplicação adequada para o perfeito funcionamento dos serviços. 2.6 Data Centers e Virtualização O Data Center é a modernização do antigo CPD (centro de processamento de dados). Os recursos destes modernos centros de dados tendem a evoluir, no que tange a energia elétrica, climatização, alta segurança, flexibilidade, compartilhamento de recursos, ou seja, um local onde se pode contar com toda a infra-estrutura necessária para garantir, em quaisquer circunstâncias, a integridade e disponibilidade dos dados, sistemas, equipamentos e pessoal. (SILVEIRA, et al., 2008). Outras características dos Data Centers são: Abrigo para milhares de servidores; Verticalização do ambiente; Redundância física e lógica – 24x7x365; Sistema de controle de incêndio que não danifiquem os equipamentos; Abastecimento de energia de subestações distintas; Geração de energia própria para alguns dias; Sistema de no-breaks; Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 18 Alta segurança: sistema de câmeras, portas reforçadas, controle de acessos de pessoas autorizadas, Fornecedores não proprietários de hardware e software; Utilização de fibra-óptica; Links redundantes; Figura: Data Center da IBM Fonte: Arquivo pessoal O termo virtualização nasceu no tempo dos mainframes (pode acreditar!). Na atual versão para servidores e storage, um software que permite cada máquina real seja multiplicada em várias virtuais. Assim, as empresas conseguem enxergar a capacidade de processamento total disponível, independentemente do servidor. As aplicações não ficam restritas a um único computador, e os usuários não percebem que estão compartilhando recursos. De acordo com a demanda por processamento, o poder computacional pode ser deslocado de uma aplicação para outra. Desta forma, teremos uma economia em recursos físicos para servidores, já que o uso torna-se compartilhado. Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 19 2.7 Interface Homem-máquina De acordo com Cybis (2003) no início da utilização dos computadores, os próprios desenvolvedores eram os usuários dos programas. Mais tarde é que um pequeno público receberia um treinamento pesado para serem os usuários. As interfaces eram textuais, difíceis e feitas às pressas e não existia a preocupação com usabilidade. Usabilidade é a facilidade de uso. É a capacidade que um sistema interativo oferece a seu usuário em um determinado contexto de operação, para a realização de tarefas, de maneira eficaz, eficiente e agradável. (ISO 9241). Um sistema pode ter uma boa usabilidade para uns e para outros não. Figura: Usabilidade. Fonte: Arquivo pessoal. A ergonomia é a maneira que nosso organismo interage com uma máquina (posição do teclado, monitor, etc.). Está ligado com a usabilidade pelo fato de adaptar o trabalho ao ser humano, através de sistemas e dispositivos que estejam adaptados a maneira como o usuário pensa e trabalha. Não existe como construir interfaces amigáveis sem conhecer o ambiente de trabalho dos usuários. Alguns atributos da usabilidade são: Sistemas fáceis e rápidos de aprender; Sistemas com baixa taxas de erros; Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 20 Sistemas eficientes (com alto grau de produtividade uma vez que os usuários aprendam a operá-lo); Sistemas fáceis de memorização das telas; Sistemas com tarefas similares com seqüências de ações similares; Interface homem-máquina (IHM – human machine interface) é o canal de comunicação entre o ser humano e o computador, existindo desta forma interação adequada, com o foco em um objetivo comum, mais conforto e alto desempenho. Uma pessoa entra em contato fisicamente e de forma perceptiva com um sistema de computador. Para se ter uma idéia da preocupação, até pouco tempo atrás (início dos anos 1990), a disciplina interface homem-máquina não fazia parte do currículo dos cursos da área de informática. Características de experiências negativas com usabilidade: Aborrecimento e frustrações; Usuários se sentem diminuídos quando outros conseguem operar com facilidade; Casos mais agudos podem levar a dores de cabeça, cólicas abdominais, ansiedade e até crises de pânico; Subutilização; Resistência ao uso; Abandono do sistema; Prejuízo para as empresas; Benefícios do uso das técnicas de usabilidade: Alta produtividade; Uso eficiente e eficaz; Uso com menos esforço; Retorno positivo dos investimentos da empresa; Economia da empresa desenvolvedora com manutenções e revisões dos produtos; (CYBIS, 2003). O design universal (design para todos) é uma característica dos produtos comercialmente viáveis que possam ser utilizados por diversas pessoas com habilidades distintas (portadores de necessidades especiais). Porém, é um erro se pensar que design universal atende apenas a portadores de doenças físicas ou mentais. A seguir algumas tecnologias para deficientes: Softwares leitores de tela; Monitor Braille; Tradutor de texto em voz; Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 21 Ampliador de tela; Apresentador de legendas; Notificador de sons; Teclado na tela; Reconhecimento de voz; Mouse acoplado à cabeça; Com o surgimento da internet, os sites têm uma intensa preocupação com a usabilidade, pelo fato de usuários de diferentes faixas etária e instruções terem acesso aos mesmos sites. Autores se dedicam ao estudo e ensinamento de sites com um grau elevado de usabilidade, fazendo com que a navegação transcorra de maneira tranqüila, interativa e sem a exigência de esforço. 2.8 Linguagens de Programação Algoritmo Para o entendimento inicial, um algoritmo não se aplica apenas à informática. Uma receita para se fazer um bolo é um algoritmo, bem como procedimentos industriais. Se prestarmos a atenção, utilizamos algoritmos diariamente. Encontramos no dicionário Aurélio, a seguinte definição de algoritmo: processo de cálculo, ou de resolução de um grupo de problemas semelhantes, em que se estipulam, com generalidade e sem restrições, regras formais para a obtenção do resultado, ou da solução do problema. Como nosso foco é computacional, o algoritmo para solução de um problema de informática segue algumas normas. Não se deve fazer um programa de computador sem previamente desenvolver um algoritmo, como no trecho do exemplo a seguir: inicio ... digite (Mvarquant); se p.EstF >= MvarQtequePrecisa então // não precisa produzir nada. Transfere a p.EstF e dá as entradas e baixas faça Total = Mvarquant * PUNIT; senão // p.EstF < MvarQtequePrecisa // Transfere a p.EstF faça Total = Mvarquant / PUNIT; fim se; ... fim; Figura: Trecho de um algoritmo Fonte: Arquivo pessoal Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 22 Linguagens de programação Segundo Monteiro (2007, p. 489), “uma linguagem de programação é uma linguagem criada para instruir um computador a realizar suas tarefas. Um programa completo, escrito em uma linguagem de programação, é freqüentemente denominado código.” Assim, codificar um algoritmo significa converter suas declarações em um comando ou instrução específico de uma determinada linguagem de programação. Existem inúmeras linguagens de programação. A mais primitiva delas é a linguagem que o próprio computador entende: a linguagem de máquina. A primeira geração de programadores a utilizava. Como descrevemos que o computador somente entende 0 e 1’s, a linguagem de máquina pura era composta por uma longa seqüência de bits. Trabalhar desta forma era tedioso e difícil, portanto, para primeira geração de computadores foi desenvolvida uma linguagem que representasse as instruções por símbolos e não por números. Está linguagem foi denominada linguagem de montagem (assenbly language). Exemplos de comandos desta linguagem: ADD, SUB, ORG, etc. Escrever um programa desta maneira é ainda um trabalho difícil. O passo significativo foi o desenvolvimento de uma linguagem de comunicação com o computador, mais simples, estruturadas de acordo com a compreensão e a intenção do programador, são as denominadas linguagens de alto nível. Alguns exemplos: FORTRAN (1957), COBOL (1959), BASIC (1964), PASCAL (1968), C (1967), DELPHI (1994), JAVA (1996). A seguir um trecho de um programa JAVA: public class Colecao { private HashMap listaItens; public Colecao() { listaItens = new HashMap(); } public ArrayList listarItens(String letraInicial) // quem lista é a colecao { Iterator it = listaItens.keySet().iterator(); Item i; ArrayList itemAux = new ArrayList(); String chave; while(it.hasNext()) { chave = (String) it.next(); i = (Item)listaItens.get(chave); if(i.getNome().startsWith(letraInicial)) { itemAux.add(i); System.out.println(i.toString()); } } return itemAux; } } Figura: Trecho de programa em JAVA Fonte: Arquivo pessoal Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 23 2.9 Internet como diferencial competitivo Contexto A história da internet esteve adormecida por quase 20 anos sem que o público soubesse da sua existência. No início, apenas militares e acadêmicos anônimos para compartilhar informações sobre projetos de pesquisa relacionados à defesa. Nenhum visionário preveria tal expansão. Hoje temos mais de 1 bilhão de computadores conectados. Um estudo em 2000 levantou 72 milhões de computadores. Nada multiplicou tão rapidamente. Na década de 1960, surgiam as redes de computador. O ARPANET foi o resultado de um projeto que surgiu em 1969 para conectar computadores pesquisadores em quatro localizações dos EUA. Nos anos seguintes, o número de computadores cresceu rapidamente, e, em 1972 foi introduzida a capacidade de email. Em 1973 houve a internacionalização, conectando a University College of London, no Reino Unido. O personagem central do crescimento repentino e da popularidade da internet é Em 1990, o Dr. Berners Lee, físico da universidade de Tim Berners Lee. Genebra, percebeu que ele e seus colegas poderiam ser favorecidos com a ligação em locais distantes de seus computadores. Ele via o conjunto de links de computador a computador como uma teia, daí o nome WEB. Atualmente ele tem se dedicado, dentre outras coisas, ao estudo da web semântica2. (CAPRON; JOHNSON, 2004). Intranet e Extranet Muitas vezes as empresas não desejam promover certos conteúdos para o público, consideram o mais importante aqueles que dizem respeito aos seus propósitos internos – somente da empresa (daí, o termo intranet). Intranet é uma rede privada similar à internet, porém que funciona internamente na empresa. Uma evolução da internet e da intranet é a extranet. Neste caso, o conteúdo de uma intranet poderá ser acessado por determinados parceiros, como os fornecedores de um determinado cliente (possuidor da intranet). Tudo isto com muita segurança para as informações. Do HTML ao XML A história se inicia nos anos 70, quando a IBM inventou a linguagem GML (General Markup Language – linguagem de marcação genérica). Surgiu com a necessidade da empresa em armazenar uma grande quantidade de informações. Com a 2 O objetivo, ainda em andamento, é estruturar o conteúdo disponível da Internet, permitindo, dentre outras coisas, uma busca mais eficiente que as atuais. A XML é a linguagem pela qual os dados serão estruturados. Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 24 GML, a IBM conseguiria classificar e processar rapidamente todos os documentos. A ISO3 (international organization for standardization – organização internacional para padronização), em 1986, trabalhou para padronizar esta linguagem. Neste momento, foi criada a SGML (Standard Generalized Markup Language - Linguagem Padrão de Marcações Genéricas), que era a GML, porém, com padrão. A SMGL é uma linguagem poderosa, com bastante adaptabilidade. Em 1989, foi criado o HTML (Hypertext Markup Language - linguagem de marcação de hipertexto). Linguagem para a criação de páginas em um site. A HTML foi derivada da SGML. Utiliza-se um conjunto de tags4 (etiquetas ou marcas), entre os símbolos < >, que informam o que irá determinar a função de cada elemento. Em 1994, surge uma entidade chamada W3C5 (world wide web consortium consórcio da www). Ela cuidou de colocar em ordem o HTML, e de formalizar suas regras, para que fosse um padrão. Mesmo assim, o HTML não cumpriu tudo o que propunha e planejava para a Internet, crescendo de uma maneira descontrolada e desordenada. O HTML está em constante evolução, porém, ele não consegue suprir tudo que as aplicações necessitam. Surge, em 1996, a XML (EXtensible Markup Language). Quando foi criada, pensou-se que o propósito da XML seria de substituição da HTML. Este pensamento errôneo estende-se, em meios desinformados, até os dias atuais. A XML é uma tecnologia básica para a troca de documentos eletrônicos. Seu crescimento e adoção pelas organizações foi muito rápido, mesmo após a onda inicial. Agora a XML atingiu o status central no mundo da TI nas empresas. A questão de hoje para a XML não é se, mas como. <?xml version="1.0" encoding="UTF-8"?> <!-- edited with XMLSPY v2004 (http://www.xmlspy.com) by Gestão e Desenvolvimento WEB --> <!DOCTYPE PRODUTOS SYSTEM "proddtd.dtd"> <PRODUTOS> <PRODUTO> <NOME>BORRACHA</NOME> <FABRICANTE> <FANTASIA>LATEX DO BRASIL</FANTASIA> <RAZAOSOCIAL> LATEX DO BRASIL LTDA</RAZAOSOCIAL> <ENDERECO> <RUA>RUA DAS AMERICAS</RUA> <NUMERO>123</NUMERO> <CIDADE>BELO HORIZONTE</CIDADE> <ESTADO>MG</ESTADO> <CEP>30384260</CEP> </ENDERECO> </FABRICANTE> <PRECO MOEDA="R$" PAIS="BRASIL">21,21</PRECO> </PRODUTO> </PRODUTOS> Figura: Exemplo de um documento XML Fonte: Arquivo pessoal 3 É uma organização de âmbito internacional (148 países), que cuida da padronização e normalização. O ISO aprova normas válidas internacionalmente, em todos os campos técnicos, com exceção de eletrônica. 4 As tags formam o conjunto de comandos ou formatação da linguagem HTML. 5 Consórcio de âmbito mundial, criado em 1994. Desenvolve novas tecnologias, promovendo a constante evolução da Web. Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 25 Comercio Eletrônico Comércio eletrônico (e-commerce) é o processo de compra, venda, transferência ou troca de produtos, serviços ou informações via rede de computador, incluindo a internet. O termo comércio não pode ser visto apenas como transações realizadas entre parceiros de negócio, isto faz com que o comércio eletrônico se torne indevidamente estreito. Desta forma, muitos utilizam o termo e-business em seu lugar. Deve-se perceber que e-business é uma definição mais ampla de comércio eletrônico, não apenas para compra e venda de bens e serviços, mas também o atendimento a clientes, colaboração com parceiros empresariais, realização de e-learning e transações eletrônicas dentro de uma organização. Outros vêem o e-business como as atividades que não sejam de comprar e vender na internet, mas como atividades de colaboração e intrabusiness. Dependendo do grau de digitalização (transformação do físico para digital envolvido), podemos ter os relacionamentos entre o produto ou serviço vendido, o processo e o agente de entrega (ou intermediário). Um produto pode ser físico ou digital e o agente de remessa pode ser físico ou digital. No comércio tradicional todas estas três dimensões são físicas. Organizações puramente físicas são denominadas como organizações de tijolo e cimento. Se houver pelo menos uma dimensão digital, consideramos a situação de comércio eletrônico parcial. Os mercados digitais estão abrindo muitas oportunidades para vender diretamente ao cliente do varejo, driblando intermediários como distribuidores ou lojas de varejo. Eliminar os intermediários no canal de distribuição pode diminuir significativamente os custos de transação. A remoção de organizações ou de camadas de processos de negócios responsáveis pelas etapas intermediárias de uma cadeia de valor chama desintermediação. A tabela abaixo resume as diferenças entre mercados digitais e tradicionais. Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 26 Tabela: Mercados digitais x Mercados tradicionais. Fonte: LAUDON; LAUDON, 2007, p. 277. Transações e-commerce As organizações que estão engajadas somente em comércio eletrônico são denominadas organizações virtuais. Temos abaixo os tipos de transações de e-commerce: B2B: business to business. Projetados para facilitar a negociação entre parceiros comerciais – vendedores e compradores são empresas. Podem estar no mesmo país ou em países diferentes. Grande parte do volume de e-commerce é deste tipo; c-commerce: os parceiros empresariais colaboram, ao invés de comprar ou vender eletronicamente. Esta colaboração constantemente ocorre ao longo da cadeia de fornecimento; Comércio intrabusiness (intraorganizacional): uma organização utiliza o comércio eletrônico internamente para melhorar suas operações. Um caso conhecido é o B2E – business to employee. m-business: vide tópico abaixo. B2C, B2G, C2C, etc. Surgem outras modalidades de serviços, fazendo que o escopo do comércio eletrônico seja composto de: pessoas; política pública; marketing e propaganda; serviços de suporte; parcerias de negócio. Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 27 2.10 Profissionais de Tecnologia e Informática “A era da informação tem a capacidade de liberar os executivos das areias movediças burocráticas das pilhas de memorandos e reuniões que consomem horas do dia útil. As reuniões, por exemplo, podem se tornar quase obsoletas pelas intranets ou por softwares de conferência interativa.” (Charles B. Wang). Contextualização O elemento mais importante em um sistema de computação não é o hardware, nem o software, tampouco os dados. São as pessoas (peopleware) que diretamente ou indiretamente trabalham nesta área do conhecimento. As empresas possuem departamentos específicos de informática que podem ser denominados: sistemas de informação administrativa, sistemas de informação computadorizadas, serviços de computação, serviços de informação ou tecnologia da informação. Lembremos que até pouco tempo a área de tecnologia estava concentrada no centro de processamento de dados (CPD). Profissões tradicionais e contemporâneas As tecnologias da computação e informação (TICs) trouxeram para o mundo contemporâneo as novas profissões de informática, sofrendo assim mudanças e fragmentações. Atualmente, as principais profissões desta área são: operadores de entrada de dados, operadores de computador, trabalhadores de hardwares, analistas de sistemas, programadores, desenvolvedores web, desenvolvedores de jogos, designers gráficos, administrador de rede, administrador de banco de dados, biblioteconomistas, engenheiros de hardware, engenheiros de software, engenheiros de telecomunicação, chief information officer (CIO), chief excutive officer (CEO). Bem como as profissões oriundas das áreas da fronteira da TI com a biomedicina, genética, jornalismo digital, cinema, etc. Várias pesquisas e setores de melhoria de recursos humanos são contratados para acompanhar de perto os profissionais da área de tecnologia da informação que são cada vez mais exigidos e encontram-se no limite do stress. Impacto da TI nas organizações, nos cargos e nas pessoas Segundo Turban, Rainer e Potter (2005), o uso de TI e da web trouxeram muitas mudanças organizacionais que estão sendo sentidas em áreas como estrutura, poder, conteúdo do cargo, etapas da carreira profissional, supervisão e gerência. Abaixo são abordados os impactos que sofrem as pessoas na área de TI: Mudanças na supervisão: os funcionários estão realizando mais trabalhos online, com isso aumenta a supervisão eletrônica. Para funcionários que trabalham por projetos concluídos (supervisão remota), implica em menor contato pessoal e políticas rígidas do escritório. Esta ênfase é verdadeira para locais geograficamente dispersos, distantes dos seus supervisores; Redistribuição do poder e status: pelo fato de determinados sistemas especializados (públicos e privados) estarem em domínio público, a premissa Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 28 “conhecimento é poder” passa a não ser mais verdade – o conhecimento estará em domínio público. Por outro lado, indivíduos que controlam aplicações de comércio eletrônico passam a ganhar mais prestígio; Conteúdo do cargo: muitos cargos serão reprojetados para tirar vantagens da web e da TI, necessitando maiores níveis de habilidade com a computação e de novos treinamentos; Etapas da carreira profissional: o crescente uso da TI pode ter um impacto inesperado nas carreiras profissionais, sendo que diversos profissionais altamente capacitados que desenvolveram suas habilidades com anos de experiência, detendo uma série de cargos, com o uso de e-learning e de sistemas de tutoriais inteligentes, podem ter um atalho da curva de aprendizado, ao capturar e disseminar o uso do conhecimento; Tomada de decisão: uma das tarefas mais importantes em todos os cargos (principalmente os gerentes) é a tomada de decisões. Estas eram tomadas na intuição, “achômetro” e experiências passadas. Os sistemas de apoio à tomada de decisão (SATD) são capazes, com o uso da TI, coletar valiosas informações (mecanismos de buscas, intranets, agentes inteligentes, etc.), armazená-las e submetê-las a modelos matemáticos, oferecendo conclusões precisas; Mudanças na liderança: quando a comunicação pessoal é substituída pelo correio eletrônico e por vídeo-conferência, as qualidades de liderança atribuídas à presença física podem ser diminuídas, substituindo a liderança afetiva por uma comunicação eficaz baseada em computador; Síndrome da eliminação do cargo: isto não é novidade, pois, desde o inicio da revolução industrial e da introdução da automação, tem-se uma crença do desemprego em massa. Como os computadores estão se tornando cada vez mais espertos, está aumentando rapidamente as vantagens competitivas em substituir pessoas por máquinas. As respostas ao debate do emprego serão fornecidos em parte pelos futuros desenvolvimentos da TI, porém são influenciados por diferenças sociais e culturais; Desumanização (perda da identidade): uma crítica freqüente é a natureza impessoal e o potencial para desumanizar dos sistemas de processamento de dados pelo fato da despersonalização das atividades que foram computadorizadas; Aprendizado à distância: em alguns países é permitido educar crianças em casa por meio de TI. A falta de convívio social pode ser nocivo para o desenvolvimento social, moral e cognitivo das crianças em idade escolar; Ansiedade de informação: desordem provocada por uma sobrecarga de informação, causada pela incapacidade de absorver a quantidade e diversidade de dados presente em nossas vidas. Outra forma é a frustração da qualidade da informação da web, que normalmente não é atualizada ou completa; Impactos na saúde e segurança: computadores e sistemas é uma parte do ambiente que pode afetar negativamente a saúde e a segurança das pessoas, como o stress no trabalho (aumento da carga ou responsabilidade), monitores de vídeo e uso prolongado do teclado. Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 29 2.11 Service e Help Desk Figura: Help desk Fonte: Arquivo pessoal Gordon e Gordon (2006) explicam que usuário final é aquele que consome um serviço de TI. Ele usa o hardware e o software para diversas tarefas. Estes usuários cada vez mais se tornam alfabetizados no uso da TI, executando trabalhos apurados com banco de dados, planilhas eletrônicas, imagens, textos, etc. Apesar de não serem oficialmente parte da infra-estrutura de TI, eles contribuem para a construção da infraestrutura técnica através da criação, armazenamento, desenvolvimento e disseminação dos dados. Com isso, eles desempenham um papel formal do desenvolvimento de sistemas, envolvendo-se com sofisticadas avaliações de necessidades. Diante deste quadro, a equipe de TI de uma empresa pode dar suporte aos usuários finais informalmente ou pelo uso de um service e help desk. Help desk refere-se a uma equipe de TI que auxilia usuários finais na resolução de problemas imediatos. A equipe de help desk pode abordar problemas tão diversos quanto ligar um computador, substituir um cartucho de tinta, até a confecção de relatórios complexos acessando banco de dados. Em alguns casos a equipe de treinamento também recorre ao help desk. Em empresas pequenas, o mesmo profissional que desenvolve sistemas, dá manutenção na rede, enfim, administra a TI, é o que atende ao help desk. Já as empresas de grande porte mantêm diversos help desks distribuídos geograficamente. Um help desk centralizado pode reduzir custos e aprimorar o serviço com a criação com um único ponto de contato. (GORDON; GORDON; 2006). Existem diversas maneiras de operar um help desk, dentre elas: Modelo com operadores com grande experiência no hardware e software da empresa; Modelo com uma frente de operadores para identificar o problema e o encaminhar a uma pessoa com uma função técnica específica. Esta abordagem Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 30 pode distribuir o help desk em níveis de atendimento através de toda a organização; Modelo que terceirizam totalmente o help desk; Um help desk pode identificar falhas nos sistemas ou necessidade de treinamento do usuário através de monitoração dos problemas e tabulação da velocidade de resolução. Muitos help desks atuais funcionam como registradores de problemas, em vez de solucionadores. Esta alteração muitas vezes traz descontentamento dos usuários finais, pelo fato deles serem obrigados a resolver seus próprios problemas em vez de usar a ajuda do help desk. Uma boa base de conhecimento retido dos funcionários pode ser um diferencial no atendimento do help desk. Se as situações forem retidas, captadas e armazenadas corretamente, com a ajuda de sistemas de Gestão do Conhecimento, a disseminação poderá ser contemplada em consultas futuras, sem a necessidade de uso de pessoal no help desk. A necessidade de um bom atendimento do help desk aos consumidores levou as empresas desenvolvedoras de sistemas a investirem em aplicativos que suportem tais controles, de forma rápida e eficiente. Atualmente é possível encontrar sistemas free que fazem a integração de todo o pessoal de atendimento ao cliente. Outras características de um bom sistema de help desk: Registro de atendimento por diversos canais: telefone, chat, e-mail, fórum, etc. Gerenciamento do trabalho da equipe de atendimento; Possibilidade de consulta à base de conhecimento via web, 24 horas por dia; Marketing de relacionamento (CRM) com os clientes; Emissão de relatórios estatísticos; Service Desk O conceito de help desk vem evoluindo ao longo dos últimos anos, tornando-se o service desk, com uma abrangência de melhor de qualidade. Ele parte dos conceitos do help desk, porém, há uma coordenação mais estratégica, utilizando da Gestão do Conhecimento, diminuindo o gap entre o negócio central da empresa e o negócio de TI. O trabalho torna-se totalmente automatizado, utilizando-se de uma infra-estrutura mais forte, através da integração de vários serviços. O resultado é uma redução do volume de incidentes, melhora do nível de serviços, redução de custos e aumento da vantagem competitiva. O service desk provê os usuários e a equipe de TI em apenas um ponto de contato, tornando a comunicação mais eficiente, proporcionando um restabelecimento da operação com os usuários em um menor espaço de tempo possível, minimizando os impactos causados por falhas de TI. São necessários para um service desk de qualidade a utilização de metodologia ITIL e um conjunto de ferramentas de gestão de serviços. Podemos ir além de uma solução de service desk da área de TI para o atendimento aos usuários em um único Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 31 ponto da empresa, dependendo do que a empresa deseja centralizar, como a integração de demandas de informática, recursos humanos, viagens, etc., totalmente gerenciada. Figura: Fluxograma de atendimento do Service Desk do Tribunal Regional do Trabalho – RJ. Fonte: http://trt1-webmail.trtrio.gov.br/Corporativo/Service_Desk.htm 2.12 Outsourcing Encontra-se freqüentemente o termo outsourcing como um sinônimo de terceirização, mas vale ressaltar uma diferença: o outsourcing é a contratação de produtos e serviços externos à empresa de maneira estratégica (nível estratégico), ou seja, para aumentar a vantagem competitiva das organizações, visando mudanças e transformações. Com isto, libera a empresa para focalizar em seu negócio principal. Já a terceirização delega-se um serviço a um terceiro (nível operacional). Segundo Turban, Rainer e Potter (2005) pequenas e médias empresas com pouco ou nenhum pessoal de TI são bem mais atendidos por serviços de fornecedores externos. Nos dias atuais, isto se aplica, às vezes, às grandes empresas. Nota-se, porém, que a transferência deve-se focar em atividades meio e nunca em atividades fim (produto final). Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 32 Vários fornecedores oferecem serviços de TI, tais como: terceirização de todos os serviços de TI (por exemplo, junto à IBM); softwares; redes; comercio eletrônico; telecomunicações; provedores de serviço; servidores (de aplicação, arquivos, etc.); data certers virtuais; armazenamento de dados, back-up; service e help desk; aplicações comerciais em geral; equipamentos, etc. As vantagens de terceirizar serviços, além da redução de custos, são inúmeras: Fim dos encargos trabalhistas e intervalos remunerados (férias, auxílios doença, maternidade, etc.); Acesso a multidiciplinaridade dos profissionais; Acesso às mais novas tecnologias; Livrar-se das competências periféricas; Benefícios de adequação às circunstâncias comerciais que mudam com freqüência; Maior controle através dos custos previsíveis; Infra-estrutura interna enxuta; Aumento da qualidade dos serviços; Facilidade de remanejamento de pessoal; Mitigação de impacto com a saída de pessoal interno; Mas, nem tudo é positivo neste tipo de negociação, destacando um índice de fracassos relativamente alto, ocorrido por: Perda do controle interno da organização; Conflito de interesses entre as empresas; Conflito entre redução de custos (contratante) X lucro (contratada); Desejo de terceirizar sem um estudo do que realmente é necessário; Contratos com uma enorme abrangência de serviços; Fraca pesquisa do terceiro a ser contratado; Surge então uma questão adicional: passo a perder o controle das operações da minha empresa? Para minimizar tal fato, é necessário um bom estudo e um contrato bem elaborado entre as empresas. Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 33 Existe um esforço para desenvolvimento do outsourcing brasileiro no exterior na área de software. 2.13 Órgãos de referência Órgãos de referência são agentes sociais que realizam atividades de diversas naturezas, dentre elas: (neste caso, foco em TI) Apoio às organizações filiadas; Incentivo à pesquisa; Treinamentos de novas tecnologias; Padronizações diversas; Estruturação; Qualificação de profissionais; Cooperação governo/empresas privadas; Divulgação de produtos e serviços; Realizações de grupos de estudo; Destaca-se no Brasil e no mundo alguns órgãos de referencia de tecnologia da informação, dentre eles: W3C: O W3C é um consórcio internacional onde os membros, corpo técnico e o público em geral trabalham juntos para desenvolver tecnologias interoperáveis (especificações, manuais, softwares e ferramentas) para a web. W3C é um fórum internacional para troca de informações, comércio, comunicação e conhecimento coletivo. A missão do W3C é que a web esteja acessível para todos, conduzindo a www para o seu potencial pleno, desenvolvendo protocolos e linguagens que asseguram o Tim Berners Lee, inventor da www, é diretor do crescimento em longo prazo. W3C. Desde 1994, o W3C publicou mais de 110 tipos de padrões, dentre eles o XML, que completa 10 anos em 2008. Um dos objetivos do W3C é a “interoperabilidade” da web, publicando padrões não proprietários, evitando a fragmentação do mercado e assim a fragmentação da web. O W3C está localizado por todo o mundo, com os membros pesquisadores atuando em fontes públicas e privadas. O MIT (Massachusetts Institute of Technology) é um dos parceiros, assim como universidades na Europa e Japão. O escritório brasileiro do W3C (primeiro da América Latina) foi inaugurado em 2007. (W3C, 2008). IEEE (Institute of Electrical and Eletronic Engineers): Principal associação do mundo para o avanço da tecnologia, o IEEE “colabora no incremento da prosperidade mundial, promovendo a engenharia de criação, desenvolvimento, integração, Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 34 compartilhamento e o conhecimento aplicado no que se refere à ciência e tecnologias da eletricidade e da informação, em benefício da humanidade e da profissão.” (IEEE, 2008). Foi criado em 1884 nos EUA, inicialmente para o avanço da teoria e prática da engenharia elétrica, eletrônica e, mais recentemente, da computação. Congrega mais de 312.000 associados, entre engenheiros, cientistas, pesquisadores e outros profissionais em mais de 150 países. Das 300 seções do IEEE no mundo, 5 delas (Bahia, Brasília, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Sul Brasil) têm seu funcionamento no Brasil, formando o conselho Brasil. Todos os profissionais do ramo podem fazer a inscrição para integrar o time do IEEE, congregando pessoas com graus variados de conhecimento acadêmico e com vasta experiência profissional, inclusive estudantes. As vantagens de ser associado é ter livre acesso a uma das maiores bibliotecas eletrônicas (artigos, etc.) do mundo, networking com os principais profissionais do mundo e disponibilização do currículo. (IEEE, 2008). SBC – Sociedade Brasileira da Computação: Entidade que completará 30 anos em 2008, composta por pesquisadores e membros. “A Sociedade Brasileira de Computação (SBC) é um importante agente social, pois realiza atividades de diversas naturezas a serviço da Computação no Brasil.” (SBC, 2008). Se a entidade for forte, atividades como ensino, pesquisa e disseminação do conhecimento no país serão privilegiadas. As áreas de competência e atuação são a base para o avanço de outras ciências e o avanço tecnológico. A colaboração de todos é bem vinda: academia, indústria e o governo. A SBC não tem fins lucrativos, atuando junto do público profissional e leigo no que tange a TI, promovendo o intercâmbio de informações e padrões técnicos e profissionais. A SBC está atenta aos interesses da comunidade participando de reuniões e grupos de estudos. Os objetivos da SBC são: “O incentivo às atividades de ensino, pesquisa e desenvolvimento da Computação no Brasil.” (SBC, 2008). “O zelo pela preservação e aprimoramento do espírito crítico, responsabilidade profissional e personalidade nacional da comunidade técnico-científica que atua no setor de Computação do país.” (SBC, 2008). “A preocupação com a política governamental que afeta as atividades de Computação do Brasil, no sentido de assegurar a emancipação tecnológica do país.” (SBC, 2008). “A promoção anual do Congresso Nacional da SBC (CSBC) além do incentivo e organização de reuniões, congressos, conferências e publicações, todos de cunho academicamente legítimo, visando à divulgação da ciência e os interesses da comunidade de Computação.” (SBC, 2008). Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 35 2.14 Fatores Críticos de Administração da Informática Sucesso (FCS) da Fatores Críticos de Sucesso (FCS) são pontos (fatores, áreas ou aspectos) chaves que definem o sucesso (ou fracasso) de um objetivo pré-estabelecido em um planejamento organizacional. Estes fatores precisam ser encontrados a partir de um estudo, traçando os objetivos e tomando como condições fundamentais a serem cumpridas para que a organização sobreviva e tenha sucesso na sua área. Quando bem definidos, os FCS tornam-se referência para toda a organização em suas atividades e em sua gestão, bem como têm contribuição significativa para o seu sucesso. Pesquisadores ajudaram as organizações, com o método da FCS, para ser altamente efetivo na definição das necessidades significativas de informação. Entretanto, cabe mencionar que a falta de habilidade dos executivos em identificar os FCS corretos, completos e suficientes, devido a quatro fenômenos: Capacidade humana de processar informações; Racionalidade limitada; Habilidade humana em avaliar probabilidades e identificar casualidades; Efeito do viés da disponibilidade de dados. A seguir temos a identificação dos fatores chaves organizacionais da administração da informática: Figura: FCS da Administração de Informática Fonte: Elaborado pelo autor. Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 36 Na função planejamento, o apoio da alta gerência é representado por sua participação tanto no planejamento da informática como em sua administração. Todos os aspectos do relacionamento da alta gerência precisa estar em equilíbio ou coerência. A perda destas características afetará aspectos importantes da administração de informática que podem comprometer seu sucesso e o da própria organização. Na função organização, foi identificada uma grande preocupação com a proximidade ou distância da administração de informática em relação à organização. As áreas usuárias alegam que os problemas referentes ao relacionamento com a área de informática devem-se a sua distância da organização. Por outro lado, a administração de informática sente este problema, mas o atribui à falta d participação do usuário. O FCS da função pessoal foi identificado que os aspectos técnicos continuam tendo mais relevância que os gerenciais, sendo consideros que esta situação contribui para o relacionamento deficiente da administração da informática com a organização. Os aspectos sociais e gerenciais começam a ser percebidos como críticos, porém continua existindo pressão para adoção de novas tecnologias. No passado a estrutura organizacional da área de informática era idêntica à estrutura das empresas, com grande número de pessoal no operacional. Com a terceirização, a nova estrutura de TI para ter uma distribuição totalmente diferente, como mostrado na figura a seguir. Figura: Mudança organizacional com a terceirização da TI Fonte: ABERTIN, 2009, p. 123. Na função direção, identificou-se forte tendência de utilização de administração por colegiado, interna e externamente à área de informática. Os FCS na função de controle confimou-se que esta continua com carências conceituais em relação às atividades e produtos não tangíveis ou menos operacionais. O controle das demais tem tido sucesso, mas necessita de aperfeiçoamento. A qualidade de TI está diretamente relacionada com a satisfação do cliente. A sarisfação com serviços de TI é em função de suas distorções, que denominam gaps. A figura abaixo apresenta o enfoque de gaps da satisfação com serviços de TI. Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 37 Figura: Satisfação de serviços de TI. Fonte: ABERTIN, 2009, p. 132. Os FCS são diretamente relacionados com o contexto no qual a administração de informática está sendo realizada. Eles são um resultado da situação de negócio e de TI, tanto no nível interno como no externo à organização, e todas suas relações possíveis. 2.15 Automação Conceitos básicos Automação é todo um ferramental (hardware e software) para agilizar, facilitar e tornar os processos ainda mais confiáveis, evitando desvios e perdas. Toda a cadeia é contemplada: clientes, fornecedores, bancos, etc. A máquina passa a fazer vários processos que eram efetuados pelo homem. É um esforço para transformar tarefas manuais em processos automáticos, realizados por uma máquina. Erros, como os de digitação, são completamente eliminados. Como exemplos têm-se: agilizar o atendimento aos clientes, controlar estoques, otimizar o processo de compras, etc. Pelo fato de depararmos freqüentemente com leitores de códigos de barras, por exemplo, nos supermercados, temos uma tendência em achar que a automação são apenas os processos junto aos clientes ou com as vendas, utilizando códigos de barras. É necessário pensar e organizar a empresa como um todo, em toda a retaguarda, Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 38 identificando onde o dinheiro está sendo empregado e o controle dos gastos e despesas financeiras. A automação bancária foi uma das áreas que mais cresceu nos últimos anos, juntamente com o setor supermercadista. Estudos vêm sendo elaborados para utilizar os equipamentos necessários na automação de maneira racional, evitando gastos excessivos. Outras áreas que a automação pode abranger, não apenas utilizando os códigos de barras, por exemplo, é a automatização de todo o processo de central telefônica de uma empresa. Outros exemplos de sistemas de automação comercial: captura de pesos em balanças eletrônicas, preenchimento de cheques e boletos bancários, coleta de comandas por garçons de um restaurante, leitura biométrica na portaria de um clube, etc. Do Código de Barras ao RFID A codificação de materiais pode ser aplicada na embalagem de apresentação e nos próprios produtos. O código de barras é uma seqüência de barras brancas e pretas, indecifráveis para o ser humano, que são lidas por um feixe de luz em um equipamento chamado scanner. É representando por um conjunto de números ou letras, impresso com padrões pré-estabelecidos que os leitores ópticos possam interpretar. Os modelos iniciais dos códigos de barras são os lineares, contudo surge um novo padrão de evolução, o código de barras bi-dimensional. Ele é um arquivo de dados portátil, não apenas com um número de referência. Várias informações estarão armazenadas em uma área do tamanho de um selo postal. A GS1 Brasil (órgão de gestão e controle - antiga ABAC - Associação Brasileira de Automação Comercial - constituída oficialmente em 1983 é o órgão que estabelece padrões e responsável pelo cadastro e emissão de prefixos numéricos de identificação no sistema EAN ((European Article Numbering). Em 1983 também foi criado o EAN Brasil, após doze países da Europa formar um conselho para desenvolverem um sistema padronizado de artigos deste continente, semelhantes ao UPC (código universal de produtos) estabelecido nos Estados Unidos e no Canadá. Para se utilizar um código de barras para identificação de produtos necessita-se o registro junto ao GS1. Sugestão de navegação: entre no site www.gs1brasil.org.br para aprofundar neste assunto. Aplicamos os códigos de barras em diversos contextos, por exemplo, para os funcionários das empresas evitarem a marcação tradicional de pontos. A seguir os principais padrões do código de barras no contexto da logística. O PDV (ponto de venda) é um ambiente especial de leitura. Para facilitar a leitura dos scanners, a GS1 recomenda que sejam gerados códigos de barras com magnitude e altura das barras adequadas. Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 39 EAN/UPC - Usados em operações logísticas ou PDV (ponto de venda). São especificados para PDV de varejo, pois são projetados para ambiente de leitura que necessitam de rapidez e eficiência. Quando usados em PDV e em operações logísticas, podem ser impressos em tamanho maior do que o tamanho nominal, ajustando ao processo de leitura de ambientes logísticos. GS1 DataBar™ (RSS) - Um conjunto de símbolos, alguns dos quais podem ser lidos por leitores no PDV de varejo, e é menor do que EAN/UPC, podendo carregar informações adicionais como números de série e números do lote e da data. Um subconjunto de códigos de barras do GS1 DataBar (RSS) projetados para uso em PDV está sendo planejado pela GS1 para 2010, pois o GS1 DataBar(RSS) pode carregar todas as chaves GS1, todos os atributos, etc., num espaço menor. Os símbolos GS1 DataBar (RSS) já foram aprovados para serem usados mundialmente em itens da saúde. GS1/128 - Os códigos de barras GS1-128 (UCC/EAN-128) podem carregar todas as chaves GS1 e todos os atributos, entretanto não podem ser usados para identificar itens que passam pelo PDV. ITF-14 - Estes códigos de barras podem carregar apenas GTINs (Números Globais de Itens Comerciais) e podem ser impressos diretamente em papelão ondulado, mas não podem ser usados para identificar itens que passam pelo PDV. GS1-Data Matrix – Bidimensional. Único símbolo de matrix 2D especificado para uso pela GS1, e que está se tornando cada vez mais o símbolo de escolha para muitos na área da saúde. Como o data matrix exige scanners especiais, atualmente ele é especificado para itens da saúde que não passam pelo PDV e pela marcação direta em peças. Componente composto - Único símbolo 2D linear que o GS1 especifica. Tem esta denominação pelo fato de ser usado como um código de barras linear (GS-128) e o GS1 Databar RSS. Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 40 A GS1 especifica onde cada código de barras poderá ser usado, pelo fato de cada um ser lido em lugares diferentes, bem como tem especificações próprias para o uso. Os sistemas são projetados conforme tais especificações. A tabela abaixo indica os ambientes onde os códigos de barras são aprovados para leitura. RFID – Identificação por rádio freqüência - Radio Frequency Identification Vimos que o código de barras necessita de um feixe de luz para captura dos dados. Esta tecnologia por radio freqüência é bastante diferente. Desenvolvida no MIT (Massachusetts Institute of Technology), juntamente com outros centros de pesquisa, para aplicações de rastreamento de produtos. Nasce deste estudo o EPC (Electronic Product Code), que definiu a arquitetura de identificação de produtos por sinas de radio frequencia. Inicialmente a necessidade foi de captura de informações de produtos em movimento, e culminaram nos ambientes insalubres e justamente produtos que não possibilitavam o uso por código de barras. Esta tecnologia facilita muito o fluxo de produtos por toda a cadeia de suprimentos, possibilitando o rastreamento desde a fabricação, até o ponto final da distribuição. As etiquetas utilizadas são denominadas inteligentes, que possuem um microchip. A transmissão é feita por meio de antenas e etiquetas de radiofreqüência (que podem armazenar dados), baseado no código eletrônico de produto (EPC). Uma das vantagens desta nova tecnologia é de simplificação da logística, com a possibilidade de transmissão direta para os sistemas de gerenciamento da cadeia de suprimentos. Figura: Modelos de RFID Fonte: www.hightechaid.com/tech/rfid/rfid_technology.htm Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 41 http://idgnow.uol.com.br/computacao_corporativa/2007/07/06/idgnoticia.200707-05.8324482840/ Uma entrada de dados eficiente Na automação da fonte de dados, a coleta de dados onde eles se originam proporciona uma redução do número de etapas intermediárias necessárias entre a geração de dados e seu processamento. Isto é agilizado pela “automação da fonte de dados, que é a utilização de um equipamento especial para coletar dados em sua fonte como um subproduto da atividade que gera os dados e depois enviá-los diretamente ao computador”. (CAPRON; JOHNSON, 2004, p. 137). Como exemplo tem o uso do código de barras no supermercado, reduzindo custos e possibilidade de erros introduzidos por seres humanos. No instante em que os dados são coletados quando a transação ocorre, a automação da fonte de dados também melhora a velocidade da operação de entrada. Biometria Biometria é a ciência da identificação, baseada na medição (precisa) de traços biológicos. Não é apenas a leitura da digital, inclui também: íris da retina, geometria da mão, reconhecimento facial e verificação da voz. Considera-se que tais traços humanos, como a digital, são únicos e imutáveis. Estes dispositivos são utilizados para a entrada de dados em um sistema de computador, ou para a verificação em acessos restritos. Na biometria, a senha somos nós mesmos. Figura: Leitura biométrica por digital Fonte: Arquivo pessoal Figura: Leitura biométrica pela íris Fonte: Arquivo pessoal Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 42 Manufatura integrada por computador Segundo O’Brien (2004), os sistemas de informação de manufatura apóiam a função de produção e operação, e incluem todas as atividades relativas ao PCP (planejamento e controle da produção). Os sistemas de informação utilizados para a administração de operações e processamento de transações auxiliam todas as empresas que desejam planejar, monitorar e controlar estoques, compras e o fluxo de bens e serviços. O CIM (Computer-Integrated Manufacturing) é apoiado por diversos sistemas de informação industrial. Podemos observar nesta figura que os sistemas de planejamento de recursos de manufatura são uma das aplicações conjuntas em um sistema ERP. Figura: Manufatura Integrada por Computador. Fonte: O’BRIEN, 2004, P. 225. O’Brien (2004) explica que o CIM é um conceito global que dá ênfase aos objetivos dos sistemas computadorizados na manufatura, e devem servir para: Simplificar: se for necessário, pode-se reprojetar os processos de produção e as funções organizacionais que os apóiam como fundamento vital para automação e integração; Automatizar: necessita-se automatizar os processos de produção e as funções organizacionais que os apóiam com computadores, máquinas e robôs; Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 43 Integrar: os processos de produção e de apoio utilizando computadores precisam estar integrados. Criar processos flexíveis e ágeis que resultem em produtos de alta qualidade é a meta global do CIM e de sistemas de informação industrial. Os computadores são utilizados para ajudar os engenheiros a projetarem produtos melhores por meio da engenharia (CAE) como os projetos auxiliados por computador (CAD), bem como para ajudar a planejar os tipos de materiais necessários aos processos de produção, atividade que é chamada de planejamento de necessidades de materiais, e para integrar o MRPERP com a programação da produção e as operações na chão-de-fábrica, conhecida como planejamento de recursos de manufatura. Robótica e I.A. – breve história Definições de Inteligência Artificial (IA): todo instrumento de solução de problemas; todo conhecimento embutido em nível de hardware; um conjunto de estados possíveis de funcionamento através de programas; um tipo de inteligência construída pelo homem. Quando se fala em inteligência artificial as pessoas pensam em sistemas que raciocinam e tomam decisões iguais aos seres humanos, verdadeiros protótipos de gente capazes inclusive de sentir, o que é um erro. Na verdade são algoritmos e não inteligência no sentido humano. A estrutura da linguagem das máquinas é resultado da combinação de símbolos lógicos baseados num sistema binário; é apenas sintaxe lógica. A Inteligência Artificial busca criar sistemas de computadores cujo comportamento seja igual ao dos humanos, não tendo o intuito de ser independente, mas de auxiliar o homem em vários aspectos. O que diferencia um sistema que usa IA de um programa caseiro que cria rotinas baseadas em milhares de regras é a qualidade de desempenho ou velocidade de processamento. A criação de sistemas de computador de IA tem sido um dos desafios tecnológicos mais ambiciosos e controversos. Anos 40: iniciou-se mais exatamente na segunda guerra mundial, preocupado em desenvolver mecanismos para a morte em massa. Criou uma necessidade de uma quantidade gigantesca de cálculos, os quais deveriam ser precisos para o desenvolvimento da bomba atômica, planejamento de ações estratégicas de exércitos, e também uma análise do funcionamento do cérebro com objetivos de formalização de seu comportamento, buscando novas alternativas de utilização do computador ainda em projeto. Anos 50: estudos sobre a utilização da lógica de estratégia para finalidades matemáticas, como a prova de teoremas, regras de produção baseada na lógica de predicados, proporcionando um avanço para a programação de sistemas que utilizassem esquemas de raciocínio (tarefas Formais - aplicabilidade apenas em áreas fora do mundo real), aperfeiçoando os jogos, aplicações matemáticas e simuladoras que já existiam, surgindo o primeiro simulador de redes neurais artificiais (primeiro neurocomputador), o Perceptron. Anos 60: aprimoramento do Percepton, com o desenvolvimento dos conceitos relativos às redes neurais artificiais. Acredita-se que foi a descoberta da Inteligência Artificial. Pesquisadores acreditavam ser possível realizar tarefas humanas (pensamento e compreensão da linguagem, através do computador). Em 1963 o professor brasileiro Newton da Costa criou a Lógica Paraconsistente, um novo tipo de lógica capaz de Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 44 trabalhar com contradições e incertezas. O conceito é atualmente usado internacionalmente em algumas áreas da Inteligência Artificial. O software Eliza foi criado em 1966 pelo professor do MIT Joseph Weizenbaum para simular no computador uma conversa com uma psicóloga. A Eliza é considerada "a mãe de todos os bots" e é baseada em um mecanismo que manipula as frases dos usuários para montar as respostas, copiando palavras e reescrevendo a frase em forma de perguntas. Com isso ela tenta fazer com que o usuário se aprofunde cada vez mais no assunto. Anos 70: novas concepções em redes neurais artificiais (mapas cerebrais). Estudos na psicologia demonstraram que não seria possível a representação numa máquina dos estados mentais humanos responsáveis pelo pensamento. Através da equipe da empresa Rand Corporation que partiram os sistemas Especialistas que foram responsáveis pela Ampliação da Inteligência Artificial Tradicional. Década de 80: provaram ser possível a simulação de um sistema físico através de um modelo matemático baseado na teoria das redes neurais (John Hopfield). Surgiu então o Backpropagation, que permitia a superação da limitação do modelo primitivo Perceptron. Houve ainda o interesse de trabalho conjunto com outras áreas, tais como interfaces inteligentes, sistemas de apoio à decisão, controle de robôs, etc. A maioria dos trabalhos de Inteligência Artificial (e outras áreas da computação) tem início na década de 80 no Brasil, com a popularização dos computadores pessoais nas casas e universidades. A partir da década de 90: as redes neurais avançaram nas aplicações e desenvolvimento de modelos. Centenas de propostas de novos modelos ou aperfeiçoamento dos já existentes. As redes neurais tornam-se parte integrante do estudo da Inteligência Artificial. Reconhece-se, também, que os paradigmas biológicos e psicológicos são complementares e necessários para sistemas mais evoluídos. Começa a ser construído os chamados Sistemas Híbridos - sistemas que representam mais completamente o comportamento humano, ideal para Inteligência Artificial. Nos dias atuais: há estudos isolados de mecanismos de visão, voz, olfato, movimentação, mecanismos da memória (aprendizado ou reconhecimento), que ainda dependem de muita pesquisa para chegar uma formalização consistente destes processos. Demonstrando que ainda não é possível uma implementação computacional capaz de imitar satisfatoriamente a memória humana, as maiores limitações atuais da Inteligência Artificial são as de não conseguirem realizar tarefas que não podem ser expressas apenas por modelos matemáticos ou lógicos, como tarefas que requerem intuição ou capacidade de relacionar informações aparentemente sem conexão. Robótica A robótica surgiu a partir da tentativa de associação entre produção artificial de comportamentos inteligentes e uma mecânica de controle programável. Infelizmente, até agora, nenhum robô possui nada que possa ser realmente chamado de inteligência. Microprocessadores de última geração, programas de inteligência artificial e redes neurais e a última palavra em sensores, conseguem gerar apenas seres com mobilidade reduzida e alguma capacidade de interação. Os "cérebros" dos robôs atuais, ainda que rodando programas de inteligência artificial em processadores de última geração, estão apenas engatinhando rumo a cérebro dos mais simples, como o de uma barata, por exemplo, tornando os insetos uma Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 45 fonte de inspiração natural para a construção de pequenos robôs que possam se movimentar livremente, inclusive pelas paredes. Os cientistas se conscientizaram que as maiorias das informações ambientais são incertas, ou seja, entre o "sim e não" (0 e 1), existe o "talvez". Com isso, foram criados novos métodos de análise de dados e ferramentas de aprendizagem apuradas, que estão causando uma reviravolta nas pretensões da inteligência artificial. A interdisciplinaridade da IA Sabemos que a robótica inteligente é o cruzamento de diversos saberes: Mecânica: manipuladores, junções e graus de liberdade Locomoção: rodas, largatas, multi-pernas, hélices, etc.; Controle: estática e dinâmica; Produção: flexibilidade e integração; Programação: linguagens e comandos; Sensores: distância, proximidade, toque, luz, som, visão e fusão sensorial; Inteligência artificial: arquiteturas a utilizar e interpretação. A IA é uma área interdisciplinar, envolvendo profissionais da ciência exatas, humanas e biológicas. Estes profissionais têm uma visão diferente do problema e, segundo suas óticas, procuram avançar nas pesquisas, por exemplo: Desenvolvimento de algoritmos genéticos; Redes neurais artificiais; Lógica nebulosa; Sistemas sociais multi-agentes. Outro ponto que se precisa avaliar são os ambientes hostis que a robótica precisa lidar, pouco estruturados, imprevistos e complexos, que precisam ser levados em conta no momento que pensamos IA na robótica. As funções que iremos utilizar nos robôs, como: Sentir: sensores mais complexos; Interpretar: fusão sensorial; Decisão: planejamento e monitoração; Comunicação: linguagens; Interfaces; Colaboração; Competição; Arquiteturas: distribuídas, cooperativas ou reativas. As tecnologias da IA Ainda não temos uma definição precisa do que é inteligência, com isso torna-se mais difícil desenvolver algum tipo de hardware ou software para implementá-la. Como Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 46 obter, artificialmente algo, que não se sabe o que é? Esta pergunta ficará no ar, em todos os estudos da IA, principalmente no âmbito da robótica. Aparentemente, diante deste quadro, podemos nos enganar e acreditar que não está existindo uma evolução da IA na robótica. Como o objetivo final é um robô totalmente autônomo, precisamos destacar como se faz a tecnologia da IA na robótica. Segundo Stair (1998, p. 259): A robótica envolve o desenvolvimento de dispositivos mecânicos ou baseados em computador para pintar carros, fazer soldagens de precisão e realizar outras tarefas que exige alto grau de precisão ou são perigosas ou tediosas para seres humanos. A robótica contemporânea combina os recursos das máquinas de alta precisão com um sofisticado software de controle. O controle em robôs é o que há de mais importante em termos de IA. Como é feita esta tecnologia Na fase contemporânea da robótica (a partir de 1990), o objetivo principal é resolver problemas práticos da forma mais eficiente possível. Os métodos utilizados são: árvore de decisão; métodos estatísticos; redes neurais; mineração de dados; sistemas inteligentes híbridos. Há uma necessidade crescente de softwares mais sofisticados, que possam tomar decisões, aprenderem, se adaptarem, etc. Para isto, o uso de linguagens de programação específicas, que tenham flexibilidade a adaptabilidade à necessidade, é imprescindível. Como exemplo, citamos: Prolog POP-11 Smalltalk C C++ Automação industrial Na primeira metade do século XX, em plena fase áurea da industrialização, depois da disseminada implantação no processo fabril de técnicas fordistas de melhoria da eficiência na produção, surgem como conseqüência natural os robôs industriais. Possuíam braços manipuladores que vêm ao encontro das necessidades de se criar "ferramentas" mais adequadas e que trabalhem de forma contínua, dispensando o trabalho repetitivo, sujeito a erros, que seria feito por seres humanos, mas que dentro do contexto capitalista de produção de bens e serviços é realizado de forma bastante vantajosa por "seres robóticos". Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 47 Conseqüentemente, podemos visualizar claramente que os robôs de soldagem e de pintura, que já são largamente utilizados em linhas de montagem de automóveis em todo mundo e também no Brasil, substituem os "bastões" dos orangotangos em outra tarefa utilitária. A robótica é também chamada de inteligência artificial encarnada porque, para ela, os robôs estão situados no mundo. Os robôs têm corpos e experimentam o mundo diretamente, pois sua inteligência não precisa ser pré-programada, interagindo com o meio ambiente. A robótica está sendo mais utilizada no setor de fabricação da indústria automobilística no qual é utilizada para tarefas tais como manuseio de materiais, solda a arco elétrico e revestimento (tintas e acabamentos). O equipamento feito sob medida para funções especiais, que servem para automatizar uma seqüência fixa de operações, permite aos centros de distribuição, como os de Filadélfia e Washington, classificar 20 milhões de itens todas as noites com um índice de erro surpreendentemente baixo. Isto proporciona um alto índice de produtividade e grande ganho de qualidade nos serviços. Um robô-pintor na indústria automobilística “reconhece” o carro que lhe chega pela linha de montagem, percebe a geometria específica do modelo e modifica seu programa de modo que a tinta seja aplicada corretamente. A maior parte dos robôs espalhados pelo mundo desenvolve atividades de soldagem, manipulação de peças e pintura. Figura: Robôs KUKA na linha de montagem de automóveis. Fonte: www.kuka.com Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 48 2.16 Conclusão Percebe-se, em aproximadamente 60 anos de história da computação, uma evolução jamais vista em quaisquer outras áreas da vida humana, chegando a ser assustador a substituição de tecnologias solidificadas. Grandes companhias brigam por direitos de novas tecnologias. As que não vingam, são eliminadas, apesar de consumidores já terem adquirido, por exemplo, recentemente o Blu Ray x HD-DVD. Não existe volta para este caminho, portanto, cabe a nós acompanharmos, nos atualizarmos e disseminarmos os conhecimentos que adquirimos em informática, para outras pessoas serem beneficiadas. As promessas para os próximos 10 anos demonstram desenvolvimento de certas tecnologias embrionárias nos dias atuais. um rápido 2.17 Referências bibliográficas ALBERTIN, A. L. Administração de Informática. 6. ed. São Paulo, Atlas, 2009. CAPELLI, Alexandre. Automação industrial: controle do movimento e processos contínuos. São Paulo: Érica, 2006. CAPRON, H. L.; JOHNSON, J. A. Introdução à informática. 8. ed. São Paulo: Pearson Education, 2004. CYBIS, Walter de Abreu. Engenharia de Usabilidade: uma abordagem ergonômica. Disponível em: <http://www.labiutil.inf.ufsc.br/hiperdocumento>. Acesso em: 15 dez. 2008. DAVENPORT, T. H.; PRUSAK, L. Conhecimento empresarial: como as organizações gerenciam o seu capital intelectual. Rio de Janeiro: Campus, 1998. DO R2D2 ao Spirit e mais além: o que podemos esperar dos robôs inteligentes?. Disponível em: <http://www.wharton.universia.net/index.cfm?fa=viewfeature&id= 726&language=portuguese>. Acesso em: 15 dez. 2008. GORDON, Steven R.; GORDON, Judith R. Sistemas de informação: uma abordagem gerencial. 3. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2006. IEEE. Disponível em <http://www.ieee.org/portal/site>. Acesso em: 15 dez. 2008. Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 49 LAUDON, K. C.; LAUDON J. P. Sistemas de informação gerenciais: administrando a empresa digital. 7. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2007. MONTEIRO, Mário A. Introdução à organização de computadores. 5. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2007. NORTON, Peter. Introdução à informática. São Paulo: Makron Books, 1997. O’BRIEN, James A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da internet. 2. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2004. PERETO, Alberto Paterlini. A Vida Artificial. Disponível em: <http://www.geocities. com/eureka/3211/v-iart.htm> Acesso em: 17 ago. 2008. REZENDE, Denis A.; ABREU, Aline F. de. Tecnologia da informação aplicada a sistemas de informação empresariais. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2003. SANTAELLA, L. Robôs: entre o imaginário ficcional e a pesquisa rigorosa. Disponínel em: <http://www.comciencia.br/reportagens/2005/10/14.shtml>. Acesso em: 15 dez. 2008. SBC. Sociedade Brasileira da Computação. Disponível em <www.sbc.org.br>. Acesso em: 15 dez. 2008. SILVEIRA, A. F. P et al. Data Centers. Disponível em: <www.professores.unisanta.br/ gprando/docs/pos/Data%20Center.pdf>. Acesso em : 03 Maio 2008. SIQUEIRA, Rodrigo A. Robôs com inteligência artificial. Disponível em: <http://www.comciencia.br/reportagens/2005/10/12.shtml>. Acesso em: 15 dez. 2008. STAIR, Ralph M. Princípios de sistemas de informação: uma abordagem Gerencial. 2.ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1998. TECNOLOGIA. Disponível em: <www.discoverybrasil.com/guia_tecnologia>. Acesso em 15 dez. 2008. TURBAN, Efraim; RAINER JR, R. K.; POTTER, E. P. Administração de tecnologia da informação: teoria e prática. 3.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. VELLOSO, Fernando de Castro. Informática: conceitos básicos. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004. W3C. Disponível em <www.w3c.org>. Acesso em: 15 dez. 2008. Administração de Suporte e Automação Pós-Graduação Pitágoras – MBA – Gestão em Tecnologia da Informação 50 REALIZE. Determina a existência de atividade a ser realizada. Este ícone indica que há um exercício, uma tarefa ou uma prática para ser realizada. Fique atento a ele. PESQUISE. Indica a exigência de pesquisa a ser realizada na busca por mais informação. PENSE. Indica que você deve refletir sobre o assunto abordado para responder a um questionamento. CONCLUSÃO. Todas as conclusões, sejam de idéias, partes ou unidades do curso virão precedidas desse ícone. IMPORTANTE. Aponta uma observação significativa. Pode ser encarado como um sinal de alerta que o orienta para prestar atenção à informação indicada. HIPERLINK. Indica um link (ligação), seja ele para outra página do módulo impresso ou endereço de Internet. EXEMPLO. Esse ícone será usado sempre que houver necessidade de exemplificar um caso, uma situação ou conceito que está sendo descrito ou estudado. SUGESTÃO DE LEITURA. Indica textos de referência utilizados no curso e também faz sugestões para leitura complementar. APLICAÇÃO PROFISSIONAL. Indica uma aplicação prática de uso profissional ligada ao que está sendo estudado. CHECKLIST ou PROCEDIMENTO. Indica um conjunto de ações para fins de verificação de uma rotina ou um procedimento (passo a passo) para a realização de uma tarefa. SAIBA MAIS. Apresenta informações adicionais sobre o tema abordado de forma a possibilitar a obtenção de novas informações ao que já foi referenciado. REVENDO. Indica a necessidade de rever conceitos estudados anteriormente. Administração de Suporte e Automação