SUDOE
Interreg IV B
PROJETO URBILCA
Avaliação de Impactes no Ciclo
de Vida e Melhoria da Eficiência
Programa de Cooperación Territorial
Programme de Cooperation Territoriale
Programa de Cooperaçao Territorial
Territorial Cooperation Programme
Energética em Áreas Urbanas
COORDENADOR:
CIRCE - Centro de Investigación de Recursos y Consumos Energéticos
PARTICIPANTES:
Cátedra UNESCO de Ciclo de Vida y Cambio Climático
NOBATEK - Centre de Ressources Technologiques
LNEG - Laboratorio Nacional de Energía e Geología, IP
G.T. 4
APLICAÇÃO DA FERRAMENTA URBILCA PARA A REDUÇÃO DOS
IMPACTES ENERGÉTICO E AMBIENTAL EM DISTRITOS PILOTO
AÇÃO 2
Estudo dos casos piloto e aplicação da ferramenta UrbiLCA – Caso
piloto nr. 6
UE/EU - FEDER/ERDF
Acta Reunión Técnica – Coordinación Proyecto UrbiLCA
INDICE
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 3
2 DESCRIÇÃO DO CASO DE ESTUDO ..................................................................................................... 3
2.1 Descrição geral da urbanização ................................................................................................ 3
2.2 Caraterísticas específicas da área urbana ................................................................................. 4
2.2.1 Edifícios ............................................................................................................................... 4
2.2.2 Energía ................................................................................................................................ 4
2.2.3 Água .................................................................................................................................... 4
2.2.4 Resíduos .............................................................................................................................. 5
2.2.5 Ruas, estradas e parques de estacionamento .................................................................... 5
2.2.6 Iluminação pública .............................................................................................................. 5
2.2.7 Zonas verdes ....................................................................................................................... 6
2.2.8 Mobilidade .......................................................................................................................... 6
3 RESULTADOS .................................................................................................................................... 7
3.1 Indicador: “Aquecimento global” ............................................................................................. 7
3.1.1 Edifícios ............................................................................................................................... 7
3.1.2 Infraestruturas .................................................................................................................... 8
3.2 Indicador: “Energia primária” ................................................................................................... 8
3.2.1 Edifícios ............................................................................................................................... 9
3.2.2 Infraestruturas .................................................................................................................... 9
3.3 Indicador: “Consumo de água” (fase de uso) ............................................................................ 9
3.4 Recomendações (preliminares) .............................................................................................. 10
3.4.1 Recomendações sobre o caso estudado ........................................................................... 10
3.4.2 Recomendações sobre a ferramenta UrbiLCA .................................................................. 10
4 Conclusão geral sobre o caso em estudo ........................................................................................ 10
URBILCA - Evaluación del impacto del Ciclo de Vida y mejora de la eficiencia energética en áreas urbanas
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Acta Reunión Técnica – Coordinación Proyecto UrbiLCA
1 INTRODUÇÃO
Neste documento, composto por duas partes, apresenta-se a análise do estudo de caso nr. 6 do projeto
UrbiLCA, realizado na “Alameda dos Oceanos (PP2-Parque das Nações)”. Na primeira parte apresentamse as características detalhadas do caso em estudo. Na segunda parte são apresentados e discutidos os
resultados obtidos com a ferramenta UrbiLCA para este caso, incluindo a apresentação de
recomendações para melhoria dos impactes no caso estudado e na ferramenta UrbiLCA.
2 DESCRIÇÃO DO CASO DE ESTUDO
O caso piloto em avaliação neste documento refere-se à área urbana “Alameda dos Oceanos”, parcela
2.06 integrada no PP2 - Plano de Pormenor 2 do Parque das Nações, na cidade de Lisboa. O Parque das
Nações estende-se por uma área territorial superior a 120 ha. Com um desenho urbano compacto, a
zona estudada é composta por edifícios residenciais coletivos e por edifícios comerciais.
O conjunto de informações sobre a área urbana objeto de análise neste estudo é apresentado
seguidamente.
2.1 Descrição geral da urbanização
A tabela seguinte indica as caraterísticas gerais da urbanização estudada neste Relatório. As
caraterísticas detalhadas desta urbanização estão indicadas na parte seguinte.
Tabela 1 – Descrição geral da urbanização
Caraterística
Identificação da urbanização
Valor
Alameda Oceanos (PP2) – Parque das Nações
Município
Lisboa
País
Portugal
Superficie da urbanização – PP2 (ha)
Entre 50 e 100 ha (50,62 ha)
Número de habitantes
Entre 1000. e 5000 hab (1500 hab)
Número de utilizadores
79,02 utilizadores/ ha
Habitação (6,95 ha)
Tipo de edifícios (residencial, serviços,
comércio,...)
Serviços (8,71 ha)
Comércio (3,39. ha)
Industria (0 ha)
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Acta Reunión Técnica – Coordinación Proyecto UrbiLCA
Imagem da urbanização na área urbana da
“Alameda dos Oceanos”
2.2 Caraterísticas específicas da área urbana
2.2.1 Edifícios
Tabela 2 – Tipos de edifícios
Tipo de edifício
m2
Qualificação energética
83,8% Habitação (pisos: 0 - 6)
14173
B
16,2% Comércio e Serviços (piso 0)
2749
B
Parqueamento coberto
-
6256
(pisos: -1 e -2)
2.2.2 Energía
Tabela 3 – Dados sobre a energia abastecida na área urbana
Tipo de instalação
Número
Unidade
4,8 MW eletricidade
Trigeração (incl. 85 km tubagem)
1
32 MW frio
23 MW calor
2.2.3 Água
Tabela 4 – Dados sobre a água
Tipo de instalação
Número
Tubagens em betão PP2_Recuperação de água pluvial
7362,68
Unidade
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Tubagens para águas residuais (PP2)
10689,0
Tubagens para água potável (PP2)
7392,96
metros lineares
2.2.4 Resíduos
Tabela 5 – Dados sobre os resíduos
Tipo de instalação
Número
Unidade
Sistema recolha pneumático
1
u
Estação de recolha RSU
1
u
Resíduos de jardinagem
9,58
% = f (superfície total da zona
verde )
Terra escavada (para aterro)
96,8
%
Terra escavada Parcela 2.06-PP2 (atividades com
infraestruturas sistemas RSU)
509,81
m3
Terra escavada Parcela 2.06-PP2 (atividades com
infraestruturas-iluminação pública)
1089,12
m3/ano
2.2.5 Ruas, estradas e parques de estacionamento
Tabela 6 – Dados sobre as infraestruturas de mobilidade
Tipo de instalação
Número
Unidade
Pedonal
3027
m2
Estrada
804,6
m2
Parqueamento público
414
m2
Ciclovía
0
m2
Infraestrutura de elétrico (trum)
0
m2
2.2.6 Iluminação pública
Tabela 7 – Dados sobre a iluminação pública
Tipo de instalação
Pedonal (tipo de sistema de iluminação)
Número
Unidade
33
14 Lâmpadas vapor de sódio
(+ luminárias alumínio e
vidro); 19 Lâmpadas de
iodetos
metálicos
(+
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luminárias em ferro fundido
e vidro)
Carril (tipo de sistema de iluminación)
0
u
2.2.7 Zonas verdes
Tabela 8 – Dados sobre as zonas verdes na Parcela 2.06-PP2
Tipo de zonas
Numero
Unidad
Relva
675
m2
Teto/Parede verde
0
m2
Árvores em zona mineralizada
1724
m2
2.2.8 Mobilidade
Tabela 9 – Dados sobre a mobilidade
Distância percorrida
% viagens
(km*passageiro*día)
(habitantes)
Automóvel diesel
20
70
Automóvel gasolina
-
-
Motociclo
10
5
Autocarro
5
10
Elétrico
-
-
A pé
1
15
Tipo de transporte
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3 RESULTADOS
3.1 Indicador: “Aquecimento global”
O impacte global da área urbana expresso pelo indicador de aquecimento global é 4,07.107 kg CO2eq ou
8,14.105 kg CO2 eq/ano ou 6,68.101 kg CO2eq/ano*m2. A distribuição dos impactes pelos diferentes
contributores considerados no estudo está indicada na figura seguinte.
0%
9%
3%
TOTAL - Produção (A1-A3)
TOTAL - Construção (A4-A5)
TOTAL - Uso (B4-B6-B7)
TOTAL - Fim de vida (C1-C4)
88%
Figura 1: Distribuição de impactes da área urbana pelas diferentes fases do seu ciclo de vida
A principal fonte de emissões de gases com efeito de estufa é, como expectável, a fase de uso com uma
importância de 84% em relação ao total das emissões no ciclo de vida, para o conjunto dos edifícios e
infraestruturas. Igualmente expectável é o facto da fase de produção dos materiais utilizados ser a
segunda em termos de emissões de GHG, neste caso com 13% das emissões. As fases menos
significativas são a fase de fim de vida e de construção.
3.1.1 Edifícios
1,19E+07
3,02E+06
1,23E+06
7,19E+04
TOTAL EDIFICIOS - Produção TOTAL EDIFICIOS - Construção TOTAL EDIFICIOS - Uso (B4-B6- TOTAL EDIFICIOS - Fim de Vida
(A1-A3)
(A4-A5)
B7)
(C1-C4)
Figura 2: Distribuição de impactes dos edifícios nesta área urbana (kg CO2eq), pelas fases do seu ciclo de vida
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Em relação aos edifícios, a fase de uso é responsável pela maior parte das emissões de GHG, sendo que
neste caso a fase de produção dos materiais também tem um peso significativo.
3.1.2 Infraestruturas
2,39E+07
4,82E+05
4,07E+04
TOTAL INFRASTRUTURA Produção (A1-A3)
TOTAL INFRASTRUTURA Construção (A5)
4,56E+04
TOTAL INFRASTRUTURA - Uso TOTAL INFRASTRUTURA - Fim
(B4-B6-B7)
de Vida (C1-C4)
Figura 3: Distribuição de impactes das infraestruturas nesta área urbana (kg CO2eq), pelas fases do seu ciclo de vida
No caso das infraestruturas, a fase de uso é a fase com emissões mais significativas e bastante
superiores às restantes fases do ciclo de vida.
3.2 Indicador: “Energia primária”
O impacte global no distrito urbano expresso pelo indicador de consumo de energia primária é3,85.108
MJ ou 7,69.106 MJ/ ano ou 6,31.102 MJ/ ano*m2. A distribuição dos impactes pelos diferentes
contributores considerados no estudo está indicada na figura seguinte.
1%
11%
7%
TOTAL - Produção (A1-A3)
TOTAL - Construção (A4-A5)
TOTAL - Uso (B4-B6-B7)
TOTAL - Fim de vida (C1-C4)
81%
Figura 4: Distribuição de impactes da área urbana no seu conjunto, pelas fases do ciclo de vida
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Analisando a figura 4, a fase de uso é aquela fase do ciclo de vida onde se observa maior consumo de
energia primária, correspondendo a 81% do total; a fase de produção das matérias-primas, sendo
inferior, representa 11% do consumo de energia primária de todo o ciclo de vida.
3.2.1 Edifícios
2,77E+08
3,80E+07
2,56E+07
1,75E+06
TOTAL EDIFICIOS - Produção TOTAL EDIFICIOS - Construção TOTAL EDIFICIOS - Uso (B4-B6- TOTAL EDIFICIOS - Fim de Vida
(A1-A3)
(A4-A5)
B7)
(C1-C4)
Figura 5: Distribuição de impactes dos edifícios (MJ), pelas diferentes fases do ciclo de vida da área urbana
Pela observação da figura 5, o consumo de energia primária nos edifícios é predominante na fase de
uso.
3.2.2 Infraestruturas
3,52E+07
4,90E+06
1,07E+06
8,82E+05
TOTAL INFRASTRUTURA Produção (A1-A3)
TOTAL INFRASTRUTURA Construção (A5)
TOTAL INFRASTRUTURA - Uso TOTAL INFRASTRUTURA - Fim
(B4-B6-B7)
de Vida (C1-C4)
Figura 6: Distribuição de impactes das infraestruturas (MJ), nas fases do ciclo de vida da área urbana
3.3 Indicador: “Consumo de água” (fase de uso)
O impacte geral do distrito urbano expresso pelo indicador de consumo de água é 1,03.107 m3 ou
2,05.105 m3 / ano ou 1,68.101 m3 / ano * m2. Contudo, a contabilização do consumo e a distribuição
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dos impactes pelos dois contributores principais, i.e. edifícios e infraestruturas, coloca algumas dúvidas
(vd. Tabela seguinte) que só poderão ser resolvidas por discussão aprofundada ao nível do algoritmo de
cálculo.
Consumo de água dos edifícios (m3)
Consumo de água nas infraestruturas (m3)
Obs. Ver ficheiro Excel anexo, contendo os resultados comentados.
14%
86%
A gestão da água na fase de uso possui um amplo espaço de melhoria, quer por recuperação das águas
pluviais (inexistente), quer na utilização de águas cinzentas nas habitações.
3.4 Recomendações (preliminares)
3.4.1 Recomendações sobre o caso estudado
A eficiência dos edifícios em termos de consumo de energia primária, contrasta com as infraestruturas,
resultado da construção recente e utilização de tecnologias e medidas de eficiência energética desde a
fase de projeto.
A relação entre os consumos de energia primária, nas diferentes fases do ciclo de vida, comparando
edifícios e infraestruturas, mostra que há mais espaço para melhorias na fase de uso das infraestruturas,
melhorando a eficiência energética destas de forma a aproximar o consumo de energia desta fase do
ciclo de vida face às restantes.
3.4.2 Recomendações sobre a ferramenta UrbiLCA
Consultar o ficheiro Excel anexo, e os comentários, relacionados com as Notas seguintes:
a) Notas sublinhadas a amarelo: Valores não calculados;
b) Nota: Values calculated for tool check the conversions to MJ/ano*m2 (values used for area of
infrastructures are not clear…);
c) Nota: Water consumption calculation is not clear;
Acrescem outras questões que requerem correção, no âmbito de:
d) Processo de cálculo automático: No caso da iluminação, por exemplo, são fixadas proporcionalidades
não alteráveis e que dependem da dimensão da calçada ou outra infraestrutura iluminada;
e) Apresentação de resultados e processo de carregamento do modelo: Não é uniforme a utilização de
“.” e de “,” como separadores de casas decimais o que se traduz em menor eficiência na utilização da
ferramenta na fase de introdução dos dados de inventário.
4 Conclusão geral sobre o caso em estudo
Esta análise foca numa área urbana relativamente recente na “Alameda dos Oceanos”, que consiste na
Parcela 2.06 (1,22 hectares) integrada no PP2 - Parque das Nações (120 ha), em Lisboa. Trata-se de uma
área com uma utilização próxima de 79,02 ocupantes por hectare, e que foi projetada para habitação e
serviços.
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O objetivo deste estudo é testar a ferramenta UrbiLCA nesta área urbana, e desse modo avaliar os
impactes energético e ambiental dessa área urbana ao longo do seu ciclo de vida.
Através da análise de três indicadores: aquecimento global, consumo de energia primária, e consumo de
água - apenas na fase de uso, é possível verificar a coerência e consistência do algoritmo de cálculo e,
avaliar impactes de forma simplificada de modo a identificar os principais aspetos do desempenho desta
área urbana naquelas dimensões de análise.
Assim, esse desempenho evidencia, para as dimensões de análise, que a fase de uso dos edifícios e
infraestruturas é, em termos energéticos e ambientais, a mais impactante das fases do ciclo de vida, o
que confirma a regra. Esta constatação é semelhante para a importância em segundo lugar da fase de
produção dos produtos de construção para edifícios.
Em particular o consumo de energia primária reflete a oportunidade de se explorar soluções locais, a
nível de edifício, por recurso a fontes de energia renovável que sejam mais flexíveis que a atual
dependência do DHC apoiado por trigeração.
No caso da gestão da água, avaliada apenas para a fase de uso, existe um amplo espaço de melhoria
(recuperação das águas pluviais; utilização de águas cinzentas).
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