Teatro Vicentino
Observações
Gil Vicente
Não é conhecido ao certo o ano de
nascimento de Gil Vicente. Alguns
assinalam que teria nascido em 1465
ou 1466, e morrido entre 1536 e 1540.
Trajetória Teatral
Iniciou sua trajetória teatral a 7 de junho
de 1502, quando, representando os
servidores do palácio, declamou em
espanhol o Monólogo do Vaqueiro (ou
Auto da Visitação).
Crise dos Valores Medievais
Vivendo em plena crise dos valores
medievais, Gil Vicente é um autor, que
apesar de humanista, ainda permanece
mais voltado para a tradição do que
para a modernidade.
Seu Teatro
Seu teatro tem caráter popular e se
utiliza de temas da Idade Média, como
as narrativas de origem cavaleirescas,
o lirismo das cantigas, os quadros
religiosos medievais encenados em
datas como Natal e Páscoa.
Sua Crítica
Gil Vicente sempre foi extremamente
crítico para com a sociedade de seu
tempo, retratando-a com mordacidade e
comicidade extremas, que nem
perdoavam nem a fidalguia, nem a
plebe, nem a burguesia ou o clero,
mesmo sendo católico de profunda fé.
Prosa no Humanismo
Neste período destaca-se o cronista
Fernão Lopes. Nascido em 1378 ou
1383, sua importância deve-se ao fato
de ele ter dado enfoque científico á
historiografia portuguesa.
Fernão Lopes
Fernão Lopes aponta a interferência
dos fatos econômicos nos destinos dos
homens, a importância do povo como
agente da História, e apresenta-nos um
panorama da sociedade portuguesa,
em estilo simples, elegante e coloquial.
Prosa Doutrinária
Além da crônica, cultivava-se a prosa
doutrinária - obras de caráter didático
dirigidas à nobreza, tais como: O livro
de falcoaria, Livro da montaria, etc.
Poesia Palaciana
Ao contrário da poesia trovadoresca,
que estava associada à música e era
cantada ou bailada, a poesia palaciana
foi elaborada para ser lida e recitada
nas cortes.
Poesia Palaciana - traços
Cultivada pelos fidalgos nos serões dos
palácios, donde lhe vem o nome poesia
palaciana, caracterizava-se por ser
mais apurada, atraente e variada do
que aquela do início dos tempos de
formação da nacionalidade portuguesa.
Poesia Palaciana Inspiração
Inspiravam-se os poetas palacianos nos
feitos históricos, nos conceitos didáticos,
sem abandonar, contudo, temas
comuns aos trovadores medievais: a
coita amorosa, a súplica triste a
apaixonada, a sátira.
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