E o que costumamos levar nessas malas? E o que Pregação 2 Coríntios 6.1-13. Culto de encerramento do semestre 2012/1 Formandas: Pamela Milbratz e Rosângela Beatriz Hünemeier São Leopoldo/EST, RS, Brasil Saudação “Que o Deus da esperança vos encha de todo gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo.” (Rm 15.13). levamos e deixamos para trás? Outros momentos não levamos muitas coisas e trazemos outras mais? Subir o Morro requer compromisso, paixão, amor, fé e esperança. Estar disposto a levar e a mudar algumas coisas. Somos peregrinos (as) nesta terra, aceitamos o chamado de Deus e nos dispomos a caminhar, a buscar o conhecimento e somos instigados (as) a falar das maravilhas do amor de Deus. A mala, símbolo de viagem, significa um constante Somos instrumentos de Deus neste grande seara, arrumar e desarrumar das nossas coisas. A mala também é abraçamos a grande missão que é de Deus, e Ele nos tem um símbolo para quem sobe e desce o Morro do Espelho. como seus instrumentos de cuidado também para com a Quantas vezes você já arrumou e desarrumou a mala durante o seu período na Faculdades EST? A mala é símbolo de final de semestre, início de semestre, idas e vindas dos campos de estágio, idas e vindas dos intercâmbios. vida que está ao nosso lado. Deixamos nossa mãe, pai, irmãos, irmãs, avós, avôs, tios, tias, entre outros familiares e nos colocamos nas mãos de Deus para seguir fazendo o que Ele mesmo instruiu seus discípulos “Ide e anunciai”. A intensidade De Cristo somos, para Cristo andamos, em Cristo vivemos, desse chamado e do tempo de EST é muito bem descrita com Cristo lutamos. pelo Prof. Roberto Zwestch no Salmo de quem estuda Quem nos separará do amor de Cristo? Será sofrimento, Teologia: perseguição ou fome? Salmo de quem estuda Teologia Será nudez, perigo ou espada? Se por amor de Ti somos Eis-nos aqui, Senhor, diante de Ti, com o rosto e o coração entregues à morte pulsante Todo dia e parecemos como ovelhas, caminhando ao Buscando sondar o conhecimento, que vem de Ti e a Ti se matadouro do mercado moderno. Acaso isso tudo poderá dirige. nos separar de Ti? Eis-nos, carregados de perguntas, muitas vezes de temores Lembra-nos que em todas estas situações, somos mais que e angústias vencedores, Outras tantas de certezas e conquistas, que nos fazem Por meio daquele que nos amou. Ajuda-nos a crer como arrogantes. Paulo, o apóstolo, Perdão, Senhor, por tanta ligeireza. Aceita que diante de Para o qual nem morte, nem vida, nem anjos, nem Tua face coloquemos principados, o nosso coração, a nossa alma, o nosso inteiro ser que a Ti nem cousas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem clama. altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá moradia, um carro, uma subsistência, que comparada com separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus. a realidade salarial do povo brasileiro não é tão baixa Roberto E. Zwestch (26/03/1999, 53º aniversário da EST) assim. O tempo de EST com certeza marcou e marcará a O ministério nos confere autoridade, onde somos nossa vida, devido à intensidade dos sentimentos, referência em questões de fé. Recebemos muito carinho, conhecimentos e relações aqui vividas e cultivadas. Tudo o elogios e bajulações. Diante de todo esse reconhecimento que vivemos aqui foi impulsionado por algo maior, que é o nos sentimos, por diversas vezes, como a última nosso desejo pelo ministério, seja dentro ou fora da Igreja. bolachinha do pacote. Dessa maneira, é importante fazermos a seguinte pergunta: estrelas. O que motiva o meu desejo pelo exercício do ministério? Sentimo-nos como verdadeiras Para algumas pessoas, o ministério lhes concede o direito de não precisar trabalhar. Já ouvi gente dizer que Silêncio virou ministro ou ministra, porque o mesmo ou a mesma Ao pensarmos nessa pergunta, podemos nos não precisam trabalhar. Essa mentalidade é lamentável e deparar com as facilidades trazidas pelo ministério com ordenação, especialmente na IECLB. Isso porque podemos pensar no mesmo com um tempo de estabilidade financeira, no qual teremos uma incoerente com a realidade. O ministério, e o estudo da teologia, concede a oportunidades de viajar, de construir novas relações, ter novas experiências, ampliar nossos horizontes... As facilidades e as alegrias geradas pelo ministério Percebemos isso nos ministros e nas ministras, que, são importantes e ajudam na motivação para o exercício do por causa do evangelho, buscam pela dignidade humana e mesmo. Porém, elas não podem nos fazer esquecer do pelo cuidado com a criação, enfrentam longas horas de objetivo principal do ministério, que é o servir. viagens em estradas precárias e perigosas, tem incertezas Servir, como principal objetivo do ministério, quanto ao recebimento da sua subsistência, moram em nasce da atuação do próprio Cristo que veio ao mundo para lugares não tão bonitos e nem tão confortáveis, e tem sua servir, dando a sua vida em nosso favor (Mc 10.45). Ao vida ameaçada por doenças, por violências e pela constante dar a sua vida e fazer dela um constante servir, Jesus realidade da morte. Cristo nos convida e nos motiva a fazer do ministério nosso objetivo de vida. Objetivo de vida que tem como O apóstolo Paulo apresenta as contradições vividas pelo ministério na segunda carta aos Coríntios 6.1-13 resultado a renúncia de si mesmo, conforme encontramos Ler o texto bíblico 2 Co 6.1-13 em Mc 8. 34 “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se As contradições apresentadas por Paulo foram negue, tome e sua cruz e me siga.” vividas por ele. Ele teve a sua autoridade questionada, A opção pelo seguimento de Cristo, como passou por mentiroso, foi perseguido e preso. Foi em meio ministros e ministras que pregam, através de palavras e às contradições que Paulo vivenciou tudo o seu ministério, ações, o evangelho de amor e de justiça, causa grandes demonstrando que o ministério não é um mar só de rosas. privações, contradições e sofrimento. Também o reformador Martim Lutero experimentou um ministério repleto por contradições. Prova disso é a sua afirmação que diz: “É pelo viver, e na verdade pelo morrer e ser condenado que alguém se torna teólogo, e não pela compreensão, leitura ou especulação.” Essa maneira de encarar o ministério contraria a lógica do mundo, contrária também a nossa lógica humana, onde o tamanho do engajamento é igual ao tamanho das vantagens obtidas pelo mesmo. Por isso, a opção pelo exercício do ministério é um grande desafio. Ainda mais, quando para muitos e muitas de nós, a hora de descer do morro está chegando! A proximidade da descida do morro deixa a pergunta: Será que a bagagem adquirida no tempo de EST ajudará a cumprir o compromisso e a enfrentar os desafios decorrentes do ministério? Que Deus nos ajude amém!