1 ESTUDO – 8 QUE ELE CRESÇA E QUE EU DIMINUA! Texto: João 3:22-36 Introdução: Embora já no final do seu ministério, João Batista permanece fiel ministro de Deus, apontando sempre para o Cristo, O qual veio anunciar. Não mudou sua forma de pensar sobre si mesmo, nem sobre sua missão. I – “Houve contenda entre os discípulos de João e um judeu a respeito do Batismo.” (v.25) Este é um exemplo de partidarismo - Os discípulos de João Batista ficaram ofendidos porque o ministério de Jesus começou a atrair mais atenção do que seu mestre. Eles disseram a João: “Mestre, aquele do qual tens dado testemunho, está batizando, e todos lhe saem ao encontro.” (v.26) Infelizmente, a atitude demonstrada nesta reclamação é muito comum nas igrejas, onde não faltam seguidores que se importam mais com o aumento do seu próprio grupo do que com o desenvolvimento do verdadeiro cristianismo. A proteção dos interesses pessoais promove competição ao invés de cooperação no trabalho do Reino. Mas o que poderia gerar ciúme e hostilidade foi transformado por João em oportunidade para dar mais um testemunho sobre Jesus e Seu ministério. Ao ser lembrado de que Jesus era procurado por muitas pessoas e isso em razão dos sinais que fazia (ao contrário de João que não fez nenhum milagre), o precursor disse aos discípulos que sua missão já estava cumprida. Era necessário sair de cena para que o Messias ocupasse o lugar central na missão que o Pai Lhe havia reservado. (Jo.10:41). Ele argumenta o grande princípio de que “nossa aceitação diante dos homens” é um dom de Deus, portanto, não devemos achar falta em outros, quando forem mais aceitos que nós – “o homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada” (v.27) – isso mostra o quanto João entendia que a invenção do Batismo não veio dele, mas de Deus. Então, ele relembra aos seus discípulos o que já havia dito anteriormente: “Eu não sou o Cristo” – “Alguém maior que eu está por vir.” 2 João era isento de vaidade pessoal; ele não quis glória pra si; não se aproveitou da situação para ser mais do que aquilo que ele havia sido chamado para ser. Isto não só é visão ministerial, mas visão de Reino. A consciência que João tinha de sua missão era muito clara e, por isso, ele se manteve fortalecido na fé, se limitando ao seu ofício: ser o anunciador do Salvador do mundo. Ele não buscava destaque, nem prestígio ou fama, mas sim, cumprir a vontade de Deus. O servo de Deus não tem mensagem própria – ela vem de Deus. João não estava criando uma representação forte para si, mas seguidores para Jesus. O fiel apresentador de Cristo faz tudo para que tão somente Cristo apareça, pois, Ele é quem salva, quem liberta as almas da condenação eterna. Que diferença de homens que se dizem cristãos hoje – ‘com ar de celebridade’. Não faltam líderes religiosos que se auto-promovem. II – “Quem tem a noiva é o noivo” (v.29) João não se faz passar pelo noivo, que é Cristo. Mas ele se declara amigo do noivo que muito se alegra com a alegria do noivo, que se regozija pelo privilégio recebido de introduzir o noivo na cena histórica. Se sente realizado por ver sua missão cumprida – embelezando a Igreja, que é a noiva de Cristo. Se, como João, somos ‘amigos do noivo’ não vamos saquear sua noiva com enriquecimento pessoal ou qualquer conduta do gênero. Não vamos desviar o propósito da Igreja na terra, pelo contrário, vamos pregar com zelo e dedicação a mensagem da Cruz, preparando e edificando a Santa Igreja (noiva) para o grande dia em que Cristo (noivo) a vier buscar. III – “Que Ele cresça e que eu diminua.” (v.30) João afirma que Cristo haveria de crescer mais e mais e que ele se tornaria cada vez menos necessário – seu papel estava chegando ao fim. Aplica-se aqui, também, uma atitude de total obediência, dependência e rendição a Jesus Cristo, o Salvador e Senhor nosso. Temos um Dono e dele somos servos. O servo que aponta para si e não para seu Senhor, deixa de ser servo. Hoje, vemos muitos líderes e igrejas que crescem, ao mesmo tempo em que diminuem Jesus. 3 Para termos mais de Deus, precisamos diminuir – isso implica deixar o orgulho, a justiça própria, a falta de perdão..., enfim, tudo o que possa ser gerado pela nossa natureza carnal e permitir que Deus nos conduza, através do Seu Espírito Santo, para a Sua boa, agradável e perfeita vontade. (Rm12:2) Aos olhos de Deus, o homem mais santo é aquele que se reveste de maior humildade (I Pe 5:5) – é necessário humildade para se submeter inteiramente ao Senhorio de Deus. Os grandes homens da Bíblia nada viam em si mesmos e a Deus rendiam toda a glória por aquilo que eram, porém, nenhum foi tão honrado por Cristo quanto o homem humilde que disse: “convém que Ele cresça e que eu diminua.” Todas as declarações de João Batista quanto a honra e a dignidade de Jesus demonstram a profundidade da sua compreensão espiritual e nos ensinam sobre a grandeza dAquele que veio. Referiu-se a Ele como “o noivo” da igreja, Aquele que veio “das alturas”, “o enviado de Deus” a quem Deus não deu “o Espírito por medida”, o que é “amado do Pai” em cujas mãos todas as coisas foram confiadas. Jesus, em Sua Plenitude, não era em nada limitado, era 100% Deus - > o Espírito não lhe foi dado por medida. (v34) Sobre a salvação, João afirma: “Quem crê no Filho tem a vida eterna” > os verdadeiros cristãos começam a desfrutar dessa promessa no tempo presente, quando, como cidadãos, tomam posse imediata do Reino dos Céus, assumindo os padrões e valores Divinos. Importante: “...aquele, porém, que se mantém rebelde contra o Filho, NÃO verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” (v.36) APLICAÇÃO PESSOAL 1) Você entende o que é ser amigo do Noivo? 2) O que você entende sobre: ‘Que Ele cresça e eu diminua’ em sua vida ministerial e familiar? 3) “Todo aquele que rejeita o Filho não terá a Vida Eterna” – Isso te incomoda ou não? Equipe Pastoral – IBN Peniel/2014.