Pós-Graduação em Ciência da Computação “Um estudo sobre métricas para o fuzzy front end e suas contribuições para o processo de inovação” Por Henrique Santos Ferreira Dissertação de Mestrado Universidade Federal de Pernambuco [email protected] www.cin.ufpe.br/~posgraduacao Recife, PE Agosto/2010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE INFORMÁTICA PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO Henrique Santos Ferreira “Um Estudo sobre Métricas para o Fuzzy Front End e suas Contribuições para o Processo de Inovação” ESTE TRABALHO FOI APRESENTADO À PÓSGRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO DO CENTRO DE INFORMÁTICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO COMO REQUISITO PARCIAL PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO. Fabio Q. B. da Silva, PhD ORIENTADOR RECIFE Agosto/2010 Dedico este trabalho a minha família, especialmente a meus pais Arnaldo e Ivelize, que me deram condições crescer. e tranquilidade para AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus pais que, antes de tudo, se preocuparam com a saúde e educação dos filhos e sempre proporcionaram o melhor de ambos. A eles que apoiaram e criticaram quando necessário. A minha família, que mesmo estando muitas vezes longe, sempre se fez presente e ajudou na minha evolução como pessoa. Aos meus amigos, Marcelo, Rafael, Pedro, Matheus, Thiago, Bruno, Ricardo e Leo e ao Jimbalaya, por tantos momentos de reflexão, diversão e discussão sobre os temas mais diversos. Aos meus amigos da FAST, Cleviton, Guilherme, Henrique, Igor, Jobson, Leandro, Renato, que estão me dando a oportunidade de empreender, aprender, arriscar e tentar fazer a diferença. Ao professor e orientador Fábio Silva pela paciência e por tornar esse trabalho possível com sua dedicação e orientação. E àqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram com estes resultados. A todos, o meu ―muito obrigado‖! Uma invasão de exércitos pode ser resistida, mas não uma ideia cujo tempo chegou. Victor Hugo RESUMO A inovação é hoje umas das mais importantes fontes de vantagem competitiva em economias avançadas. Entretanto, inovar constantemente é uma tarefa extremamente difícil, qualquer que seja o porte da organização. O desenvolvimento e a introdução de novos produtos envolvem um risco considerável e consomem diversos recursos da empresa. Este quadro é agravado pelas altas taxas de insucessos no desenvolvimento de novos produtos. Para minimizar esses riscos, busca-se melhorar continuamente o processo de inovação. Diversos autores afirmam que as maiores oportunidades de melhoria do processo de inovação, encontram-se nas suas primeiras fases, conhecidas como Fuzzy Front End (FFE). Para saber o que precisa ser melhorado, o processo deve ser avaliado, medido e objetivos precisam ser traçados. Desta forma, este trabalho pretende analisar de forma sistemática o uso de métricas no FFE, suas contribuições e objetivos no processo de inovação, seguindo a abordagem Goal/Question/Metric. O método utilizado no estudo foi uma revisão sistemática da literatura e para a síntese dos dados foi utilizado o método de comparações constantes. Os resultados da pesquisa contribuíram para a identificação de objetivos de melhoria, quais perguntas precisam ser respondidas e quais métricas seriam utilizadas no FFE para alcançá-los. Com isso, torna-se possível a aprendizagem e melhoria continua do processo de inovação. Palavras-Chave: Métricas, Fuzzy Front End, Desenvolvimento de Novos Produtos, Goal Question Metric, Processo de inovação. ABSTRACT Innovation is now one of the most important sources of competitive advantage in advanced economies. However, continuous innovation is an extremely difficult task, whatever the size of the organization. The development and introduction of new products involve considerable risk and consumes a large amount of company‘s resources. This situation is verified by high rates of failures in developing new products. To minimize these risks, it is important to improve continuously the innovation process. Several authors argue that the greatest opportunities for improving the innovation process lie in the early stages of NPD, known as the Fuzzy Front End (FFE). To understand what needs to be improved, the process should be evaluated, measured and objectives need to be defined. Thus, this study aims to examine, systematically, the use of metrics in the FFE, their contributions and goals in the process of innovation, following the approach Goal/Question/Metric. The method used in the study was a systematic literature review and to synthesize the data, constant comparison method was used. The survey results helped to identify objectives to improve innovation process, what questions must be answered and what metrics would be used in FFE to achieve those objectives. This makes it possible the learning activity and continuous improvement of the innovation process. Keywords: Metrics, Fuzzy Front End, New Product Development, Goal Question Metric, Innovation Process. LISTA DE FIGURAS Figura 1.1 – Esquema de ilustração do FFE no PDNP ...................................... 5 Figura 2.1 – Curso das inovações incrementais e radicais nas empresas ....... 13 Figura 2.2 – Modelo Stage-Gate ...................................................................... 15 Figura 2.3 – Processo de inovação .................................................................. 16 Figura 2.4 – Modelo do Fuzzy Front End segundo Khurana e Rosenthal ........ 19 Figura 2.5 – Modelo NCD para o FFE .............................................................. 21 Figura 2.6 – Estrutura hierarquica do QGM...................................................... 29 Figura 2.7 – As quatro fases do GQM .............................................................. 31 Figura 2.8 – Objetivos de melhoria de processo .............................................. 32 Figura 4.1 – Processo de planejamento do GQM para inovação ..................... 68 Figura 4.2 – Processo de definição do GQM para inovação ............................ 69 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1.1 – Prioridade da inovação nas empresas em 2010 ........................... 2 Gráfico 1.2 – Inovação entre as top 3 prioridades estratégicas, anualizado ...... 2 Gráfico 1.3 – Participação Percentual do número de empresas que implementaram inovações, segundo atividades selecionadas da indústria e de serviços – Brasil – período 2003-2005 ............................................................... 4 Gráfico 2.1 – Nível de incerteza e custo de adaptações no Fuzzy Front End .. 17 Gráfico 4.1 - Distribuição dos trabalhos incluídos por ano de publicação ........ 52 LISTA DE QUADROS Quadro 3.1 – Quadro Metodológico ................................................................. 33 LISTA DE TABELAS Tabela 2.1 – Referências de métricas do FFE ................................................. 27 Tabela 4.1 – Número de artigos retornados por base de dados ...................... 49 Tabela 4.2 –Relacionamento entre trabalhos incluídos e engenhos de busca 50 Tabela 4.3 – Processo de seleção de estudos primários ................................. 51 Tabela 4.4 - Importantes jornais e conferências econtrados ............................ 53 Tabela 4.5 - Métricas quantitativas ligadas ao fuzzy front end ......................... 56 Tabela 4.6 - Métricas qualitativas ligadas ao fuzzy front end ........................... 59 Tabela 4.7 – Mapeamento das Métricas Quantitativas x Objetivos .................. 63 Tabela 4.8 – Mapeamento das Métricas qualitativas x Objetivos ..................... 65 Tabela 4.9 – Métricas mais citadas na RSL ..................................................... 67 Tabela 4.10 – Exemplo 1 de aplicação do GQM .............................................. 70 Tabela 4.11 – Exemplo 2 de aplicação do GQM .............................................. 71 Tabela 4.12 – Exemplo 3 de aplicação do GQM .............................................. 71 Tabela 4.13 – Exemplo 4 de aplicação do GQM .............................................. 71 Sumário 1 Introdução .................................................................................................... 1 1.1. Contexto e Motivação ........................................................................ 1 1.2. Enfoque do Estudo ............................................................................ 5 1.3. Problema de Pesquisa ...................................................................... 7 1.4. Objetivos ........................................................................................... 8 1.5. Estrutura do Trabalho ........................................................................ 8 2 Referencial Teórico .................................................................................... 10 2.1. Conceito de Inovação ...................................................................... 10 2.2. Processos de Desenvolvimento de Novos Produtos ....................... 13 2.3. Fuzzy Front End .............................................................................. 16 2.4. Métricas e o FFE ............................................................................ 24 2.5. Paradigma Goal/Question/Metric..................................................... 29 3 Metodologia ............................................................................................... 33 3.1. Classificação da pesquisa ............................................................... 33 3.2. Revisão Sistemática da Literatura ................................................... 35 3.3. Comparações Constantes ............................................................... 37 3.4. Etapas da Pesquisa......................................................................... 39 3.5. Protocolo da revisão sistemática ..................................................... 41 4 Resultados ................................................................................................. 48 4.1. Resultados da Seleção e Extração de Dados ................................. 48 4.2. Análise e Síntese das Evidências.................................................... 53 4.3. Aplicando o GQM na Gestão da Inovação ...................................... 67 4.4. Discussão Sobre os Resultados Obtidos ........................................ 73 5 Considerações Finais ................................................................................ 78 5.1. Resultados Obtidos ......................................................................... 78 5.2. Limitações do estudo....................................................................... 78 5.3. Trabalhos Futuros ........................................................................... 79 5.4. Conclusões ...................................................................................... 80 Referências ...................................................................................................... 81 Apêndice A – Protocolo da Revisão Sistemática da Literatura ........................ 88 Apêndice B – Trabalhos Incluídos no Estudo ................................................. 110 Apêndice C – Trabalhos Excluídos do Estudo ............................................... 112 Apêndice D – Detalhes das Buscas nos Engenhos de Busca ....................... 123 1 INTRODUÇÃO 1.1. CONTEXTO E MOTIVAÇÃO Segundo Porter e Stern (2002), a inovação tornou-se talvez a mais importante fonte de vantagem competitiva em economias avançadas. Para THIEME et. al. (2003), a habilidade para desenvolver e lançar novos produtos que sobrevivam ao mercado é crucial para se ter essa vantagem competitiva e é o coração do crescimento das organizações. Entretanto, conforme verificado por CASAROTTO e PIRES (2001), a inovação constante de produtos e processos para alcançar competitividade em nível global é uma tarefa extremamente difícil para as empresas, qualquer que seja o porte dela. Atualmente, a inovação está presente na maioria das agendas corporativas de empresas de todo o globo. Segundo o último survey realizado pelo BOSTON CONSULTING GROUP (2010) aproximadamente 2/3 dos 1590 executivos seniores entrevistados consideram a inovação como uma das três mais importantes prioridades estratégicas na corporação – como pode ser visto no Gráfico 1.1; número que tinha caído nos últimos anos de 72% de 2006 para 64% em 2009, mas que voltou aos 72% no ano de 2010 – visto no Gráfico 1.2. Além disso, a maioria das companhias informou que iria aumentar os gastos com inovação no ano de 2008. Ter foco em inovação é uma tendência mundial e vem sendo discutida por vários autores de diversas áreas como BAUMOL (2002), da área econômica, JOHANNESSEN et. al. (2001) e RODRIGUES et. al. (2006) de empreendedorismo, e MYTELKA (2000) e STORPER (1995) de desenvolvimento regional. 1 Gráfico 1.1 – Prioridade da inovação nas empresas em 2010 Dentre suas estratégias prioritárias, onde está a inovação? percentual dos entrevistados 45 50 40 30 20 10 0 26 23 6 prioridade máxima entre as 3 mais entre as 10 mais não é prioridade Fonte: BCG Senior Executive Innovation Survey 2010 Gráfico 1.2 – Inovação entre as top 3 prioridades estratégicas, anualizado percentual dos entrevistados 100 80 72 66 66 64 2007 2008 2009 72 60 40 20 0 2006 2010 Fonte: BCG Senior Executive Innovation Survey 2010 No Brasil, esta preocupação não é diferente. Nos últimos anos, os setores públicos e privados têm dado grande atenção à inovação como um meio fundamental para se conseguir obter e manter vantagens competitivas. Estas condições começaram a ser estruturadas nos níveis federais, estaduais e, em certos casos, municipais, através de: Leis e regulamentações: Leis da Propriedade Industrial, Lei da Inovação, Lei do Software; Incentivos públicos: Lei do Bem, subvenção econômica definida na Lei de Inovação, legislações estaduais e municipais específicas (por exemplo, redução de ISS de 5% para 2% para empresas estabelecidas no Porto Digital de Pernambuco); 2 Fomento: programas e editais específicos nas agências de fomento federais e estaduais para apoio direto à inovação nas empresas (ex. FINEP – Subvenção Econômica e FACEPE – PAPPE); Ambientes Locais: parques tecnológicos, incubadoras de empresas de base tecnológica e APLs que, com apoio federal, estadual e local, criam e consolidam ambientes de suporte à inovação nas empresas; O panorama da inovação nas empresas brasileiras pode ser constatado em um estudo feito pelo Governo brasileiro, o PINTEC (Pesquisa Industrial Inovação tecnológica), realizado pelo IBGE com base no Manual de Oslo (tratado nas próximas seções). Os resultados do PINTEC 2005 (IBGE, 2007) confirmam a influência do ambiente macroeconômico na decisão empresarial de investir em inovação. O cenário encontrado em 2005 aponta esse crescimento no número de empresas industriais que inovam e desenvolvendo mais suas inovações em parceria com outras empresas e institutos. No gráfico 1.3 a seguir, verifica-se que os setores com as mais elevadas taxas de inovação são: Pesquisa e Desenvolvimento (97,6%) e consultoria em software (77,9%). As outras atividades de informática e serviço relacionados (49,6%) e telecomunicações (45,9%) encontram-se em patamares similares a setores industriais de média-alta intensidade tecnológica. 3 Gráfico 1.3 – Participação Percentual do número de empresas que implementaram inovações, segundo atividades selecionadas da indústria e de serviços – Brasil – período 2003-2005 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria, Pesquisa de Inovação Tecnológica 2005 Entretanto, apesar de se conhecer sua importância, as empresas não estão satisfeitas com o resultado dos investimentos em inovação. Mais uma vez, segundo o survey (BCG 2010), no ano de 2010, aproximadamente metade dos entrevistados (55%) está satisfeito com o retorno financeiro dos investimentos em inovação, um acréscimo sobre os 43% de 2008. Além disso, milhares de novos produtos são introduzidos no mercado a cada ano. Em algumas companhias, novos produtos (menos de 5 anos) já estão sendo responsáveis pelas maiores partes das vendas (COOPER, 2001; TROTT, 2005). Todavia, muitas companhias fracassam na tentativa de gerar novos produtos (CALANTONE, 1981). O desenvolvimento e a introdução de novos produtos envolvem um risco considerável e consomem recursos e tempo da empresa. Além disso, este quadro é agravado pelas altas taxas de insucessos no desenvolvimento de novos produtos, como apontados em trabalhos como (BACON e BUTLER, 1998; COOPER, 1999). 4 Segundo Chiesa (1996), é importante executar, de forma regular e sistemática, uma revisão das atividades e resultados obitidos. Essa auditoria permite que a organização identifique claramente suas fraquezas e áreas que necessitam de melhorias, minimizando os riscos e otimizando as ações. Desta forma, esse processo de avaliação permite uma oportunidade de aprendizagem. Identificar os resultados é essencial para avaliar se os esforços e os investimentos realizados estão trazendo retorno. Para medir qualquer processos é necessário definir um conjunto de métricas. Pois, se não é possivel medir, não é possivel controlar e consequentemente gerenciar e melhorar o processo. Portanto, visando aproveitar ao máximo o potencial positivo do contexto nacional descrito acima para a inovação nas empresas e também otimizar os recursos de investimento, parte deles públicos, é importante entender os pontos de falha mais comuns nos processos de inovação e propor soluções para eliminá-los ou, pelo menos, minimizá-los. 1.2. ENFOQUE DO ESTUDO Encontramos na literatura vários processos que remetem ao desenvolvimento de novos produtos (PDNP) e que são bastante utilizados (COOPER, 1990; JIMÉNEZ-ZARCO et al., 2006) para gerar inovações. O PDNP é comumente dividido em três partes: Fuzzy Front End, Desenvolvimento e Comercialização; como ilustrado na figura abaixo. Figura 1.1 – Esquema de ilustração do FFE no PDNP Fonte: traduzida de Koen et al., 2002 5 A fase inicial, conhecida como Fuzzy Front End (FFE), compreende as etapas desde o surgimento da ideia ou identificação da oportunidade até o momento que essa ideia é julgada pronta para o desenvolvimento; ou seja, durante todo o processo de avaliação e maturação do conceito até seu detalhamento em um novo produto ou serviço. De acordo com BACKMAN et al. (2007: 18): ―As maiores oportunidades de melhoria do processo de inovação como um todo, encontram-se nas primeiras fases do NPD‖. Outros autores compartilham desta mesma visão, sendo o FFE foco de algumas outras pesquisas (KOEN et al., 2002; COOPER 1996; KHURANA and ROSENTHAL, 1998; VERWORN, 2009). Além disso, o custo de modificar ou até mesmo de abortar um projeto aumenta exponencialmente a medida em que se avança no ciclo de desenvolvimento de um novo produto (REINERTSEN, 1994). Mesmo dada a importância da inovação como motor para o crescimento, a maioria das organizações não mede sua capacidade inovativa (COOPER e KLEINSCHMIDT, 1995). Segundo (HAUSER et al., 1996), métricas são extremamente importantes para a inovação principalmente por três razões. Primeiro, elas ajudam a gerência a tomar decisões justificáveis e baseadas em dados objetivos, que são especialmente valiosas dada a natureza de longo prazo, do risco e da necessidade de fundamentos em alguns projetos de inovação. Segundo, por ajudarem a avaliar pessoas, metas e projetos com o objetivo de alocar recursos efetivamente. Por fim, métricas afetam o comportamento, ajudando a alinhar os objetivos e as ações das pessoas envolvidas com os interesses estratégicos da companhia. Entretanto, métricas ruins podem ser contraprodutivas e levar a decisões e ações limitadas e com foco no curto-prazo. Entre as organizações que medem a inovação, a maioria utiliza apenas métricas ligadas a P&D como, por exemplo: percentual do faturamento anual destinado a P&D; numero de patentes depositadas no último ano; percentual de vendas de produtos lançados no último ano; e número de ideias dadas pelos funcionários. São métricas úteis. Entretanto, dão apenas uma visão 6 limitada da capacidade inovativa da organização como um todo (MULLER et al, 2005). Desta forma, como se decide o que que precisa ser medido no processo de inovação e com quais objetivos? Segundo Solingen (1999), escrever metas ajuda a focar nos assuntos mais importantes. Definindo perguntas relacionadas, ajuda a tornar as metas mais especificas e facilita a sugestão de métricas relevantes para se atingir essas metas. Assim, utilizando a metodologia do Goal/Question/Metric (GQM) permite que se veja o relacionamento entre os objetivos e as métricas, determinando inconsistencias e faltas e dando um contexto para interpretar os dados coletados. Desta forma, esta pesquisa busca investigar quais as métricas utilizadas no FFE, suas contribuições e objetivos no processo de inovação; sendo realizada através de uma metodologia que confira valor científico ao estudo. Para obter tal rigor, a metodologia conta com o método de revisões sistemáticas da literatura (KITCHENHAM, 2007) que é uma abordagem de engenharia de software baseada em evidências (KITCHENHAM et al., 2004; OATES e CAPPER, 2004; DYBÅ et al, 2005), assim como utiliza o método de comparações constantes (Constant Comparison Method) (SEAMAN, 1999) para condensação dos resultados. 1.3. PROBLEMA DE PESQUISA A partir do cenário apresentado nas seções anteriores, este trabalho abordará o seguinte problema de pesquisa: Quais as métricas utilizadas no FFE e como contribuem para o processo de inovação? 7 1.4. OBJETIVOS O objetivo geral desta pesquisa é de: Analisar de forma sistemática evidências da literatura sobre métricas utilizadas no FFE , seus objetivos e impactos no processo de inovação. Para o alcance do objetivo geral, os seguintes objetivos específicos foram definidos: Realizar uma revisão sistemática da literatura para a coleta de evidências sobre métricas utilizadas no FFE; Analisar e classificar as métricas, examinando-os em busca de padrões que os tornem agrupáveis em categorias mais abstratas; Identificar evidências que apontem os objetivos de ter determinadas métricas utilizadas no FFE e os seus impactos no processo de inovação; Sintetizar os resultados evidenciados na revisão sistemática sobre o impacto das métricas do FFE no processo de inovação. 1.5. ESTRUTURA DO TRABALHO Este trabalho está organizado da seguinte forma: No Capítulo 2 são apresentados os principais conceitos utilizados como referencial teórico que fundamentam a pesquisa. Neste capítulo são apresentados diversos conceitos. Inicialmente a definição de inovação e o processo de desenvolvimento de novos produtos. Em seguida, detalhes das etapas contidas no Fuzzy Front End da inovação. Posteriormente, os principais estudos do estado da arte em métricas do Fuzzy Front End e o paradigma Goal/Question/Metric (GQM). Por fim, é apresentado o paradigma da engenharia de software baseada em evidências que fundamenta metodologicamente este trabalho. No Capítulo 3 é descrito o método utilizado na realização da pesquisa. São detalhados o quadro metodológico com método de abordagem, a natureza 8 dos dados e os métodos de procedimento utilizados. É descrito também o processo de revisão sistemática da literatura, as etapas seguidas pela pesquisa o protocolo da revisão. Por fim, o procedimento utilizado para a análise dos resultados. No Capitulo 4 são apresentados os resultados obtidos com a revisão sistemática e a análise dos dados. Inicialmente são apresentandos os resultados gerais da revisão sistemática, tais como: a quantidade de trabalhos retornados nas buscas, as principais fontes, as referências incluídas no estudo e a distribuição temporal dos mesmos, entre outras informações. Em seguida, são apresentados os resultados específicos da questão de pesquisa, isto é, as métricas do Fuzzy Front End identificadas pela revisão sistemática, juntamente com as questões que buscam responder e seus objetivos (GQM), além de um modelo de aplicação do GQM. Por fim, no Capítulo 5 são feitas as considerações finais deste trabalho, apresentando as ameaças à validade do estudo e suas limitações. São apresentadas também algumas propostas para trabalhos futuros e as conclusões obtidas. 9 2 REFERENCIAL TEÓRICO Neste capítulo, são tratados os principais conceitos e teorias relacionados a: inovação, processo de desenvolvimento de novos produtos e serviços, métricas e métodos de pesquisa utilizados neste trabalho e para sua compreensão. Estes conhecimentos serão utilizados para contextualizar e a pesquisa e garantir sua fundamentação teórica. Este trabalho foi desenvolvido no âmbito do grupo de pesquisa que estuda a inovação no setor de informática no Centro de Informática da UFPE. Como parte do esforço da equipe envolvida na pesquisa sobre inovação, foi gerado o relatório técnico MONTEIRO et al. (2009) ―Conceitos e Teorias do Processo de Inovação‖, que serviu de base para as próximas seções. O capítulo está dividido da seguinte forma. Na seção 2.1 é apresentado o conceito de inovação adotado neste trabalho. Na seção 2.2, o processo de desenvolvimento de novos produtos (PDNP). Na seção 2.3 modelos de Fuzzy Front End (FFE) - as fases iniciais do PDNP. Na seção 2.4 são apresentados o conceito e a importância das métricas para processos, em especial o FFE. Na seção 2.5 é apresentado o paradigma Goal/Question/Metric. Pro fim, na seção 2.6, o paradigma da Engenharia de Software Baseada em Evidências. 2.1. CONCEITO DE INOVAÇÃO O termo inovação possui diversas definições e uma das primeiras definições foi dada por SCHUMPETER (1934) quando tratou o termo como sendo: ―um novo produto, novo processo de produção ou nova forma de organização, como uma aquisição ou abertura de novos mercados‖. Atualmente, uma das mais utilizadas atualmente vem do Manual de Oslo (FINEP, 2006) onde o conceito de inovação é apresentado sob a seguinte perspectiva: “Uma inovação é a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas.” 10 Seguindo esta definição, o Manual divide inovação em quatro áreas produto, processo, marketing e organização. Inovação em produto: é a introdução de um benefício ou serviço novo ou significativamente melhorado, em relação às suas características ou usos previstos. Incluindo melhorias significativas nas especificações técnicas, componentes, materiais, softwares, facilidades de uso, interfaces ou outras características funcionais. As inovações de produto podem utilizar novos conhecimentos ou tecnologias, ou podem basearse em novos usos ou combinações para conhecimentos ou tecnologias já existentes; Inovação em processo: é a implementação de um novo ou significativamente melhorado método de produção. Incluindo mudanças significativas em técnicas, equipamentos e/ou softwares. As inovações de processo podem visar redução de custos de produção ou distribuição, melhorias de qualidade, ou produção e distribuição de novos produtos ou significativamente melhorados; Inovação em marketing: é a implementação de novos métodos de marketing contemplando mudanças significativas na concepção do produto ou em sua embalagem, no seu posicionamento, divulgação ou fixação de preços. São inovações voltadas para melhor atender as necessidades dos consumidores, reposicionando produtos ou abrindo novos mercados, objetivando o aumento das vendas; Inovação organizacional: envolvem a implementação de novos métodos organizacionais nas práticas de negócios das empresas, na organização dos locais de trabalho ou nas relações externas das empresas. Visam à melhoria do desempenho da empresa por meio da redução de custos administrativos ou de transação. Procuram estimular a satisfação no local de trabalho e consequentemente sua produtividade, ou reduzir custos dos suprimentos. Outra categorização é feita no Harvard Business Essentials (HBE 2003) e divide a inovação em dois tipos – incrementais e radicais. 11 Inovação incremental: entendida como uma melhoria de produto (ou serviço) ou processo existente e cujo desempenho tenha melhorado de forma significativa ou a reconfiguração de uma tecnologia já existente para novos propósitos. É conhecida como inovação nas margens; Inovação radical: é caracterizada por algo novo para o mundo e uma ruptura nas tecnologias e métodos atuais. É descrita como uma inovação com potencial de ―aborrecer‖ a organização ou o atual modelo de negócio da indústria. Comumente substituem tecnologias já estabelecidas e causam o declínio de companhias cujos modelos de negocio permanecem inalterados. São capazes de criar novos mercados, inicialmente pequenos, mas com potencial de grande e rápido crescimento. A inovação radical revoluciona as tecnologias e o mercado, muitas vezes extinguindo suas antecessoras. É fortemente ligada a pesquisa científica e tecnológica realizadas em institutos de pesquisa ou parcerias com universidades por exemplo. Normalmente possuem riscos e investimentos elevados e podem levar anos para maturar, mas, quando aceitos pelo mercado, possuem margens de lucro muito superiores aos produtos criados a partir de inovações incrementais. Já as inovações incrementais são mais baratas, seguras e fáceis de serem desenvolvidas. Normalmente, essas inovações ocorrem como na Figura 2.1Figura 2.1 abaixo, onde ocorrem diversas inovações incrementais e ocasionalmente inovações radicais. 12 Figura 2.1 – Curso das inovações incrementais e radicais nas empresas fonte (HBE, 2003) A inovação também pode ser caracterizada de outras formas, como por grau de novidade e difusão. Entretanto, este trabalho está interessado em tratar sobre métricas nas fases iniciais do processo de inovação em produtos como bens e serviços, não tendo essas características como tão importantes. Portanto, a definição do manual de Oslo, caracteriza bem o tipo de inovação. Além disso, ao longo desta dissertação será utilizada a expressão ―novos produtos‖ para se referir a produtos (bens) novos ou melhorados. 2.2. PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS O processo de desenvolvimento de novos produtos (PDNP) pode ser definido como sendo uma sequência de atividades que uma organização realiza com a finalidade de conceber, desenvolver e comercializar um novo produto (WILLE et al., 2004). Por ser único e seu desenvolvimento só acontecer uma única vez, o desenvolvimento de um novo produto pode ser caracterizado como um projeto de acordo com o PMBOK (2004). Em muitos 13 estudos, o PDNP é um sub-processo do Processo de Inovação, sendo os novos produtos uma das saídas desse processo (TROTT, 2005). O desenvolvimento e a introdução de novos produtos envolvem um risco considerável e consomem recursos e tempo das organizações. Além disso, este quadro é agravado pelas altas taxas de insucessos no desenvolvimento de novos produtos, como apontados em trabalhos como (BACON e BUTLER, 1998; COOPER, 1999). Pesquisas também mostraram que possuir um Processo de Desenvolvimento de Novos Produtos de alta qualidade é um dos fatores críticos para sucesso na criação de novos produtos (COOPER, 1996; COOPER, 1979; BRENTANI e RAGOT, 1996; EDGETT, 1996), gerando inovação e garantindo vantagem competitiva às organizações. Dada essa importância, ao longo das últimas décadas foram propostos diversos modelos de PDNP em busca de se obter eficácia e eficiência na criação e introdução de novos produtos no mercado, ou seja, gerar inovações. Embora haja certa concordância na maioria das fases básicas de um processo de desenvolvimento de novos produtos, os modelos ainda divergem no número de etapas necessárias. Alguns consideram seis, sete, oito, nove, ou até onze etapas, sendo que alguns modelos agrupam atividades ou, mesmo que as reconheçam como necessárias, não as consideram como parte do processo, mantendo-as à parte do mesmo (WILLE, 2004). Alguns exemplos de PDNP propostos são: COOPER e KLEINSCHMIDT, 1986; CALANTONE e BENEDETTO, 1988; ULRICH e EPPINGER, 2000; COOPER, 2001. O PDNP proposto por COOPER (1990), é amplamente utilizado como modelo de referência para a instanciação de processos específicos de desenvolvimento de novos produtos. Dada a sua grande aceitação, ele será utilizado nesta proposta de dissertação para contextualizar o trabalho e pode ser visualizado na Figura 2.2 abaixo. 14 Figura 2.2 – Modelo Stage-Gate Fonte: traduzida e adaptada de Stage-Gate Inc. Também conhecido como Stage-Gate, é constituído por sub-processos de desenvolvimento (stages) intercalados por fases de avaliação (gates), pontos convergentes ou pontos de decisão. Nessas fases são realizadas avaliações sobre o desenvolvimento do produto, com o objetivo de validar e definir se ele continuará sendo desenvolvido, se passando para o próximo estágio ou se precisa ser melhorada ou abandonada (go/kill). Cada estágio serve para coletar as informações necessárias para mover o projeto para o próximo ponto de decisão. Estes pontos servem como controle de qualidade, funcionando como um funil, tendo como objetivo permitir a passagem dos melhores produtos e barrar os mais fracos ou mal definidos. Em cada ponto de decisão devem existir artefatos de entrada, critérios de seleção e geram uma saída. As entradas são os artefatos produzidos no estágio anterior que serão submetidos à revisão e avaliação. Por sua vez, os critérios de avaliação utilizados podem ser tanto qualitativos quando quantitativos, podendo incluir métricas históricas, critérios obrigatórios e desejáveis. Por fim, são gerados os resultados da avaliação que compreende: a decisão de aceitar, abandonar ou redefinir o produto; sua prioridade; a aprovação do plano de ação; e o comprometimento dos recursos necessários. Apesar do processo ter formato seqüencial, existe flexibilidade em como ele deve ser executado. Estágios podem ser realizados de forma sobreposta. Por exemplo, atividades com longa duração podem ser iniciadas mais cedo e projetos podem passar para o próximo estágio sem que o estágio atual esteja totalmente finalizado. Além disso, estágios podem ser agrupados e combinados 15 de acordo com a necessidade de cada organização (COOPER e EDGETT, 2006). No PDNP, os primeiros estágios de geração e avaliação das ideias, também conhecidos como ―Fuzzy Front End‖ (FFE), são tidos como cruciais no desenvolvimento de novos produtos segundo vários autores (COOPER, 1998; DWYER e MELLOR, 1991; MCGUINNESS e CONWAY, 1989; SMITH e REINERTSEN, 1992). Além disso, quanto mais gerenciado e disciplinado for este processo, maior é a chance de sucesso (BACON e BUTLER. 1998; KIM, J. and WILEMON, D., 2002; COOPER, R. G., 1999). Dada essa importância, a seção 2.3 apresentará o estado da arte do FFE discutindo os esforços realizados nos últimos anos para melhorar esse estágio do PDNP. 2.3. FUZZY FRONT END Segundo KOEN et al. (2002), o processo de inovação pode ser dividido em três partes, como ilustrado na Figura 2.3Figura 2.3: Fuzzy Front End (FFE), Desenvolvimento e Comercialização. O FFE corresponde às atividades iniciais e são frequentemente caóticas, imprevisíveis e não estruturadas. Precedem as atividades do processo de desenvolvimento que geralmente são previsíveis e tipicamente estruturadas (KOEN et al., 2002). Figura 2.3 – Processo de inovação Tradicional Stage-Gate Fonte: Adaptada de KOEN et al., 2002 e Howe School of Technology Management 16 O início do FFE ocorre quando uma oportunidade é considerada potencial, ou seja, que deva ser elaborada, explorada e avaliada, e seu fim quando a ideia é julgada pronta para receber investimentos de desenvolvimento e lançamento (KIM e WILEMON, 2002). É durante o FFE que a organização formula o conceito de produto e determina se deve investir recursos ou não para desenvolver esta ideia (MOENAERT et al., 1995). O FFE é tido como a melhor fase para se promover melhorias no processo de inovação (KOEN et al. 2002). É considerado a parte mais fraca e problemática do processo de inovação e, ao mesmo tempo, a que apresenta maior potencial de melhoria. Pois, um maior entendimento das suas atividades e decisões que compreendem pode levar a criação de vantagem competitiva REID e de BRENTANI (2004). O FFE possui um alto grau de incerteza, porém um custo pequeno para adaptações e correções BERTELS (2004), como pode ser visto no Gráfico 2.1 – Nível de incerteza e custo de adaptações no Fuzzy Front EndGráfico 2.1 – Nível de incerteza e custo de adaptações no Fuzzy Front End. À medida que a ideia vai sendo estruturada e avança para as etapas de desenvolvimento e comercialização, o nível de incerteza diminui e os custos de mudança aumentam. 17 Gráfico 2.1 – Nível de incerteza e custo de adaptações no Fuzzy Front End Fonte: Adaptado de Bertels (2004) O FFE apresenta características bastante distintas da etapa de desenvolvimento (KOEN et al., 2002) em diversos aspectos: Natureza do trabalho – Experimental (muitas vezes caótico) X Disciplinado (orientado por objetivos); Nível de financiamento – Orçamentado Previsibilidade da data de comercialização – Imprevisível ou incerto X Alto grau de certeza; Expectativas de receita – Freqüentemente incerto X Previsível Atividades – Indivíduos e equipes realizando pesquisas para minimizar os riscos e otimizar o potencial X Equipe multifuncional de desenvolvimento de produto e/ou processo Medidas de progresso – Conceitos fortalecidos X Marcos alcançados Devido as diferenças, cada parte do processo de inovação precisa ser tratada individualmente. O gerenciamento do FFE é, portanto, essencial para o 18 desenvolvimento bem sucedido de novos produtos. Então, dada a importância do FFE e sabendo das suas dificuldades, deve-se desenvolver atividades específicas e que estruturem o FFE de forma a minimizar os riscos, assim como avaliar e medir de forma particular. Além disso, autores sugerem que quanto mais gerenciado e disciplinado for o processo maior é a chance de sucesso (BACON e BUTLER, 1998; KIM, J. and WILEMON, D., 2002; COOPER, R. G., 1999). Duas propostas de modelos se destacam (KHURANA and ROSENTHAL, 1998; KOEN et al., 2002), sendo bastante referenciadas na literatura e sugerem modelos para estruturar o FFE. Ambas são descritas nas seções seguintes. Modelo de Khurana e Rosenthal O modelo de KHURANA e ROSENTHAL (1998) contém as atividades de formulação e comunicação da estratégia do produto, identificação e avaliação da oportunidade, geração de ideias, definição do produto, planejamento do projeto e revisões dos executivos. Pode ser observado em maiores detalhes na Figura 2.4Figura 2.4. Este modelo adota a visão de que o FFE está completo quando a organização concorda em financiar e iniciar o desenvolvimento de um novo produto ou quando decide não abortar o projeto. Essa decisão geralmente é tomada após avaliar um conjunto de métricas especificas do projeto. Além disso, sugere que as atividades são interrelacionadas e que deve haver um balanceamento entre disciplina e criatividade para se ter competência na execução do FFE. 19 Figura 2.4 – Modelo do Fuzzy Front End segundo Khurana e Rosenthal Fonte: traduzida de Khurana e Rosenthal (1998) Na Pré-fase Zero realiza-se as atividades de: geração de ideias, análise de mercado e avaliação das tecnologias. Também é nesta fase que é realizado o alinhamento entre a estratégia do negócio e o desenvolvimento dos novos produtos. Para isso, considera-se o portfólio da organização e a avaliação objetiva das oportunidades em questão. As Fases Zero e Um iniciam quando uma nova oportunidade é considerada merecedora de mais exploração. Neste momento forma-se um grupo responsável por: identificar as necessidades dos clientes, os segmentos de mercado e situações competitivas; avaliar as capacidades da tecnologia atual e dos requisitos, assim como o alinhamento entre os negócios existentes e planos tecnológicos; identificar os requisitos principais do produto; testar o conceito; 20 especificar os recursos necessários para completar o projeto; e, identificar os principais riscos e desafios. Para a Fase Um, o produto e o projeto precisam ser definidos, e os participantes-chave do projeto e as fontes de apoio funcional necessárias especificados. Modelo NCD O New Concept Development (NCD) é um modelo proposto por Koen et al. (2002) e que consiste de três partes principais como ilustra a Figura 2.5: o motor – relacionado a liderança, cultura e estratégia de negócio da organização; as atividades do FFE – que são a identificação de oportunidade1, análise de oportunidade, geração e enriquecimento de ideias2, seleção de ideias, e definição de conceitos3; e os fatores de influência – ligados as capacidades da organização, influências de clientes e competidores, influências do mundo externo (canais de distribuição, política governamental e clima político e econômico), no domínio de tecnologias e no conhecimento científico envolvido. Neste modelo, as atividades são chamadas de elementos e não processos. São executadas de forma flexivel, não possuindo uma estrutura rígida para gerenciamento. Está dividido em cinco elementos que podem fluir, circular e iterar entre si. Não existe fluxo definido, pode-se passar pelos elementos em qualquer ordem ou combinação e utilizá-los diversas vezes 1 Oportunidade: Uma lacuna de negócios ou tecnológica identificada, por uma companhia ou pessoa, entre uma situação atual e um futuro projetado com o objetivo de obter vantagem competitiva, minimizar uma ameaça, resolver um problema ou amenizar uma dificuldade (KOEN et al., 2002). 2 Ideia: A forma mais embrionária de um novo produto. Normalmente consiste de uma visão geral da solução para um problema identificado pela oportunidade (KOEN et al., 2002). 3 Conceito: Tem uma forma bem definida, com descrições tanto em texto quanto visuais, que incluem suas características principais e os benefícios para os usuários, combinadas com um entendimento da tecnologia necessária (KOEN et al., 2002). 21 como pode ser identificado na Figura 2.5 – Modelo NCD para o FFEFigura 2.5 – Modelo NCD para o FFE. Figura 2.5 – Modelo NCD para o FFE Fonte: traduzido e adaptado de Koen et al. (2002) As cinco atividades são: Identificação de oportunidades - Nesse elemento, a organização identifica as oportunidades que ela deseja perseguir. Oportunidades tecnológicas e de negócios são explicitamente consideradas para que recursos sejam alocados a novas áreas onde existe crescimento de mercado, efetividade e eficiência de operação. Esse elemento é guiado pelos objetivos de negócios da organização. Por exemplo, uma oportunidade pode ser uma forma de simplificar as operações, reduzir custos, a possibilidade de capturar vantagem competitiva através de inovação radical, uma nova plataforma de produtos ou um novo processo de fabricação. Alternativamente, podem existir atividades informais de identificação de oportunidades, incluindo sessões ad-hoc, discussões online, insights individuais, dentre outros. 22 Análise de oportunidade - Neste elemento, a oportunidade é avaliada para confirmar que vale a pena persegui-la. Informações adicionais são necessárias para transformar a identificação da oportunidade em reais chances tecnológicas e de negócios. Para isso, prévias avaliaçções de tecnologia e de mercado são necessárias. É necessário envolver esforços em estudos de mercado e/ou experimentos científicos. Entretanto, esses esforços vão depender do valor da informação associado à redução de incertezas relacionadas à atratividade da oportunidade, ao tamanho do esforço de desenvolvimento necessário, dentre outras fontes de incerteza. Ainda assim, incertezas de tecnologia e de mercado de proporções significantes podem permanecer. Geração e enriquecimento de ideias - Elemento onde ocorre a geração, desenvolvimento e maturação de uma ideia concreta. É uma etapa evolucionária. Nela, as ideias são construídas, destruídas, combinadas, reformuladas, modificadas e melhoradas. As ideias podem passar por muitas iterações e mudanças à medida que são examinadas, estudadas, discutidas e desenvolvidas junto com outros elementos do NCD. Essa atividade pode ser um processo formal que inclui sessões de brainstorming e bancos de ideias e pode emergir fora dos limites de qualquer processo. Uma vez que uma ideia é identificada, diferentes técnicas de criatividade podem ser aplicadas para melhora-la e expandila. Seleção de ideias - O objetivo deste elemento é selecionar ideias que estejam mais alinhadas e possam contribuir com maior valor para o negócio. Entretanto, nenhum processo irá garantir uma boa seleção. A maioria dos processos de seleção envolver várias atividades como identificação de oportunidade, análise de oportunidade, geração e enriquecimento de ideias, frequentemente com novos insights dos fatores de influência e novas diretivas do motor do NCD. A seleção, pode ser tão simples como uma escolha pessoal, ou tão complexa como um processo de vários estágios. Entretanto, a literatura mostra que 23 decisões baseadas em processos formais se mostram mais eficientes pois, diminuem o vié, evitando que escolhas se baseiem em preferências pessoais, gerando feedback claro e objetivo para os envolvidos com a ideia. Desta forma, evita-se o desinteresse em submeter novas ideias. Quanto mais construtivos forem os feedbacks, melhor será seu aproveitamento para melhoria da própria ideia e geração de novas. Definição do conceito - Este último elemento do NCD é a única saída para avançar para o desenvolvimento. Pede que uma proposta convincente para investimento no negócio ou proposição de tecnologia seja feita. O documento/proposta consiste de informações qualitativas e quantitativas que os avaliadores possam utilizar para determinar se o conceito deve seguir adiante. Muitas organizações especificam guias que servem para os inovadores e avaliadores basearem suas propostas e tomarem decisões. As propostas precisam deixar claro: objetivos da idéia, alinhamento da idéia com a estratégia da organização, tamanho da oportunidade com relação ao impacto financeiro, benefícios e necessidades dos clientes ou do mercado, plano de negócios, fatores de risco técnico e comercial, apelo ambiental, de saúde e segurança, plano de projeto contendo recursos e tempo. Um típico plano de negócios e/ou uma proposta formal de projeto são os últimos artefatos antes do conceito seguir adiante no processo de inovação. Ambos os modelos ilustram bem as atividades executadas no FFE. O primeiro - KHURANA e ROSENTHAL (1998) - foca no entendimento das atividades contidas nas Fases Zero e Um, considerando que deva existir um alinhamento constante entre as atividades de geração de ideias, análise de mercado e avaliação tecnológica e a estratégia do negócio e o portifólio da organização (Pré-Fase Zero). Já o segundo modelo - KOEN et al. (2002) - não define um elemento específico para garantir o alinhamento à estratégia do negócio. A garantia deste alinhamento é uma responsabilidade do motor, representado pelo apoio da gerência e da alta administração, provendo 24 estímulo aos cinco elementos do modelo. Como observado por MONTEIRO (2010), ambos os modelos não discutem muito como as atividades devem ser realizadas, nem propõem guias que facilitem a implementação desses modelos, tendo um enfoque mais voltado em apresentar quais as atividades um processo de FFE deve conter. Apesar destas limitações nos modelos, de maneira geral eles definem as atividades a serem executadas no FFE e são bastante referenciadas na literatura, não prejudicando seu uso nesse trabalho. Desta forma, serão adotados para delimitar para delimitar a avaliação das métricas ligadas ao FFE. 2.4. MÉTRICAS E O FFE Atualmente, as métricas de inovação são focadas no que é fácil medir e não necessáriamente no que importante medir (CEDERGREN et. al. 2010). Por exemplo, usa-se métricas relativas a performance financeira de um produto como extremamente relevante na avaliação do processo de inovação. Claro que o objetivo final de um novo produto é aumentar a rentabilidade. Entretanto, diversos autores citam que não é uma medida (quando analisada de forma isolada) tão confiável para avaliar o processo de inovação, pois muitos outros fatores ou dimensões, que estão além do controle da companhia, determinam a performance financeira de um novo produto (GRIFFIN e PAGE 1996; ALLIO, 2006; BEVEN et al. 2007; KIM e KIM, 2009;). A medição é um mecanismo para a criação de uma memória coletiva e uma ajuda para responder a uma variedade de questões relacionadas a implantar qualquer processo (BASILI et. al. 1994). Medições ajudam em diversos aspectos: No suporte do planejamento de projetos (ex: quanto vai custar o novo projeto); Na determinação de forças e fraquezas dos processos utilizados e de produtos desenvolvidos (ex: qual a frequencia de determinados erros); Provê uma forma racional de adotar/refinar técnicas (ex: Qual o impacto da técnica X na produtividade do projeto?); 25 Permite a avaliação da qualidade de determinado processo ou produto (ex: Qual o percentual de problemas não corrigidos da ferramenta X); Permite, durante a execução do projeto, avaliar seu progresso, tomar medidas correctivas com base nessa verificação, e analisar o impacto dessas ações. A chave para o sucesso de uma métrica não está apenas em definí-la de forma correta e robusta, mas em também na coleta efetiva dos dados e na sua interpretação (GANGULY et al., 2009). Também segundo Basili et al. (1994), para que a medição seja efetiva, é necessário que ela seja: 1. Focada em objetivos específicos; 2. Aplicada em todo ciclo de vida dos produtos, processos e recursos; 3. Interpretada com base na caracterização e entendimento do contexto oganizacional, do ambiente e dos objetivos. No estudo realizado por Cooper e Edget (2002) é revelado que existem graves deficiências no PDNP, com a qualidade de execução muito ruim em tarefas chave do processo. Essas fraquezas são apontadas de forma evidente no fuzzy front end e por isso esta etapa foi tomada como foco do trabalho. Métricas para a inovação são medidas que ajudam a classificar a habilidade inovativa da organização e registrar seus sucessos (TURRELL, M., 2004). São importantes por: Suporte da gestão – métricas sólidas, que remetem a objetivos táticos e estratégicos da organização, ajudam a alinhar a inovação com o negócio e constuir um laço de confiança entre inovadores e executivos; Alocação de recursos apropriados – métricas estabelecem expectativa inicial de desempenho e identificar as lacunas de recursos atuais. Ferramentas podem auxiliar as organizações a distribuir recursos de forma eficiente e responsável; Motivar stakeholders – objetivos bem definidos podem ser bastante motivadores uma vez que as pessoas são encorajadas a perseguir metas e alteram seu comportamento para tal; 26 Checar os benefícios - As melhores organizações definem metas e, em seguida, testam os resultados ao longo do tempo. Isso permite que os inovadores demonstrem os benefícios e ganhem apoio; Diagnosticar os problemas e identificar soluções - métricas podem ser usadas para identificar padrões de comportamento, como a pouca utilização de um sistema de gestão de ideias. Um conjunto bastante detalhada de métricas também podem ajudar a identificar possíveis soluções para o problema. Em pesquisa realizada pelo BCG (2009), três questões mostram a importância das métricas para as organizações. Quando questionados ―se as iniciativas de inovação da empresa deveriam ser realizadas com o mesmo nível de rigor de medição que o negócio principal‖, 73% responderam que sim e 19% que não. Destes, quando questionados ―se a inovação deveria ser rigorosamente medida, por que a empresa não o fazia‖, 32% afirmam não saber que métricas usar, 31% dizem que não tem prioridade alta, 12% não tem apoio da alta gestão, 8% devido aos custos, 17% mencionaram outras razões. Por fim, quando questionados ―se estão satisfeitos com as práticas de medição atuais‖, 53% afirmam que não e apenas 32% que sim. Ou seja, grandes falhas ainda ocorrem na definição e na prioridade dada ao processo de inovação e não se está satisfeito com o processo atual. Não foram encontrados trabalhos que foquem especificamente o uso de métricas no fuzzy front end. Muitos nem chegavam a separar esta etapa ou possuiam métricas especificas para suas atividades (ALLIO, 2006; KUCZMARSKI e SHAPIRO, 2000;). Entretanto, existem pesquisas e estudos realizados por empresas de consultoria e outras autoridades que apresentam resultados significativos sobre métricas utilizadas nas etapas do FFE (WOOD, 2005, MULLER et al., 2005; MORRIS, 2008; ANDREW et al., 2009). Destes trabalhos, podemos detacar as seguintes métricas: Tabela 2.1 – Referências de métricas do FFE Fonte Wood Métrica Área # de ideias submetidas por funcionários Qualidade do processo 27 % de ideias avaliadas positivamente pelo time % das ideias aprovadas que receberam recursos disponibilidade de recursos para inovar continuamente # de protótipos e testes de produto que passaram para produção % do capital investido em atividades de inovação como submissão e revisão de ideias para novos produtos e serviços e desenvolvimento através de um pipeline de inovação # de empreendedores na companhia % força de trabalho dedicada a projetos de inovação % dos empregados cujo objetivo principal é inovação % dos empregados que receberam treinamento em inovação # de ferramentas e metodologias disponíveis Muller et al. % do tempo gasto da alta gerência com estratégia para inovação % da gerencia com treinamento em conceitos e ferramentas de inovação # de vezes nos últimos anos em que a gerencia sênior redefiniu o core business da organização # de ideias submetidas por funcionários % de ideias submetidas e aprovadas # de experimentos e empreendimentos em curso Tempo gasto desde a submissão da ideia até o lançamento comercial Tempo usado pela gerencia em inovação Tempo usado desde o conceito até a implementação Recursos utilizados em cada tipo de Morris inovação amplitude da participação de toda a organização no processo de pesquisa (geralmente é maior melhor) # de ideias introduzidas Qualidade do processo Qualidade do processo Liderança estratégica Qualidade do processo Recursos Liderança estratégica Recursos Recursos Recursos Sistemas e ferramentas Liderança estratégica Qualidade do processo Liderança estratégica Qualidade do processo Qualidade do processo Qualidade do processo Qualidade do processo Liderança estratégica Liderança estratégica Liderança estratégica Liderança estratégica Qualidade do processo 28 # de ideias submetidas por funcionários % de ideias vindas de fora Numero de pessoas dentro da organização que participam do processo de ideação Numero de pessoas fora da organização que participam do processo de ideação # de ideas vindas do sistema de gestão # de ideias que foram desenvolvidas # de pessoas que receberam treinamento Andrew et al. Qualidade do processo Qualidade do processo Qualidade do processo Qualidade do processo Qualidade do processo Qualidade do processo Recursos Sistemas e ferramentas uso de ferramentas de inovação online ligação entre métricas e sistemas de recompensa Liderança estratégica # de novas ideias Qualidade do processo investimentos por tipo de inovação Recursos tempo usado para inovação Recursos tempo entre conceito e decisão de desenvolvimento Qualidade do processo A Tabela 2.1Tabela 2.1 mostra diversos exemplos do que pode ser medido no FFE do processo de inovação. Existe uma quantidade muito grande de possibilidades, dependendo dos objetivos da avaliação. Desta forma, decidir quais métricas aplicar para se conseguir avaliar constantemente o processo, se torna uma tarefa bastante complexa. 2.5. PARADIGMA GOAL/QUESTION/METRIC Segundo Solingen e Berghout (1999), o paradigma Goal Question Metric surgiu quando se tentou resolver uma questão: Como decidir o que precisa ser medido para atingir determinados objetivos? Escrever objetivos ajudava a focar nos pontos mais importantes. Definir questões ajudava a tornar os objetivos mais específicos e sugeriam métricas relevantes para esses objetivos. Sendo assim, a abordagem Goal Question Metric é baseada na suposição de que, para uma organização medir com algum propósito ela precisa: (1) Definir objetivos para si e para seus projetos. (2) Ligar esses objetivos a dados que definam esses objetivos operacionalmente e financeiramente. (3) Prover um framework para interpretar os dados. Assim, a organização pode avaliar se 29 está atingindo determinados objetivos BASILI et al. (1994). Desta forma, possui uma estrutura hierárquica como apresentada na Figura 2.6 a seguir: Figura 2.6 – Estrutura hierárquica do QGM Objetivo 1 Questão Métrica Objetivo 2 Questão Métrica Questão Métrica Questão Métrica Questão Métrica Métrica Fonte: traduzido e adaptado de BASILI et. al. (1994) O paradigma GQM representa uma forma prática de delimitar os problemas das métricas. Ele fornece às organizações grande flexibilidade, permitindo que o foco do programa de métricas obedeça suas próprias necessidades e cultura SOLINGEN e BERGHOUT (1999). Os mesmos autores afirmam ainda que o GQM é baseado em dois pressupostos básicos (1) que um programa de medição não deve ser "baseado em métricas", mas "baseado em objetivos‖ e (2) que a definição de objetivos e métricas precisam ser adaptados para a organização, de forma individual. No entanto, esses pressupostos tornam o processo mais difícil do que apenas oferecer uma "coleção de métricas" ou um conjunto predefinido de metas e métricas, pois eles exigem que a organização explicite suas próprias metas e processos. Na literatura sobre comportamento organizacional, EDEN (1988), LATHAN e LOCKE (1979) NAYLOR e ILGEN (1984) explicam e confirmam os efeitos positivos em definir objetivos (visão do time) na performance. ROSENTHAL e MARCH (1988) entafizam a importância de definir os objetivos refletindo as prioridades e os conflitos com antecedência. Esses objetivos podem ser usados para guiar decisões posteriores, monitorar e medir o sucesso do DNP. 30 Além disso, para melhorar um processo de desenvolvimento, as organizações precisam de uma definição clara de metas de melhoria, caso contrário a atividades de melhoria passa a ser tão caótico quanto o próprio processo de desenvolvimento que se quer aprimorar. Estas metas de melhoria devem apoiar os objectivos de negócio da melhor maneira possível (SOLINGEN e BERGHOUT, 1999). Medições também provêm meios para melhoria dos objetivos. Quando se aplicam métricas a determinada parte do processo, problemas podem ser identificados e objetivos de melhoria podem ser definidos. Além disso, objetivos de melhoria podem ser definidos com relação a necessidades específicas de determinado projeto. Ou seja, podem ser aplicadas com o objetivo de entender determinada necessidade/problema, controlar/acompanhar sua evolução e propor mudanças. O paradigma GQM possui quatro fases, que podem ser vistas na Figura 2.7 a seguir: 1. Planejamento – coletar todas as informações necessárias para o início do projeto. Preparar e motivar os membros da organização para o programa de métricas. 2. Definição – O programa de medição é definido (objetivo, questões, métricas e hipóteses são definidos) e documentado. 3. Coleta de dados – quando ocorre a real coleta de dados. 4. Interpretação – Os dados coletados são processados com relação às métricas definidas, dando respostas às questões e condições para avaliar se os objetivos foram atingidos. 31 Plano de projeto Figura 2.7 – As quatro fases do GQM Objetivo Objetivo atingido Questão Resposta Métrica Medida Definição Interpretação Dados coletados Planejamento Coleta de dados Fonte: traduzido e adaptado de Solingen e Berghout (1999). Também segundo Solingen e Berghout (1999), programas de métricas trazem diversos tipos de benefícios. Os mais desejados são relacionados ao cumprimento das metas de melhoria explicitamente. Essas metas de melhoria podem ser produtos ou processos relacionados (por exemplo, a confiabilidade do produto ou do processo de eficácia). Além disso, a medida pode ter vários outros efeitos, como melhorar a comunicação dentro de uma equipe de projeto, a atitude do pessoal, definição de processos e execução do processo. O processo de inovação não é diferente e geralmente foca em ganhos de custo, redução de tempo, diminuição dos riscos e aumento da qualidade, vistas na Figura 2.8 abaixo: 32 Figura 2.8 – Objetivos de melhoria de processo Risco Qualidade Custo Tempo Fonte: traduzido e adaptado de SOLINGEN e BERGHOUT (1999) 33 3 METODOLOGIA Neste capitulo é apresentado o quadro metodológico do estudo, suas etapas e as razões, riscos e limitações envolvidas na escolha de cada método ou técnica. Com isso, espera-se atingir o rigor necessário para obter validade científica, fundamental para que se tenha confiabilidade nos resultados dessa pesquisa. O capítulo é dividido em quatro seções: Seção 3.1 – apresentação da classificação da pesquisa, detalhando do quadro metodológico e as escolhas quanto ao método de abordagem e a natureza dos dados; Seção 3.2 – apresentação do método de procedimento de revisão sistemática da literatura; Seção 3.3 – apresentação do procedimento utilizado para a análise dos resultados da revisão sistemática; Seção 3.4 – detalhamento das etapas da pesquisa; Seção 3.5 – resumo do protocolo da revisão sistemática; 3.1. CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA Esta pesquisa utiliza o método de abordagem indutivo (MARCONI e LAKATOS, 2004) baseado em dados de natureza qualitativa. Como métodos de procedimento para as etapas mais concretas da investigação foram utilizados os métodos de revisão sistemática (KITCHENHAM, 2007) e o método de comparações constantes (SEAMAN, 1999). Resumidos no quadro metodológico abaixo. Quadro 3.1 – Quadro Metodológico Quadro Metodológico Método de Abordagem Indutivo Natureza dos Dados Qualitativo Métodos de Procedimento Revisão Sistemática da Comparações Constantes Literatura, 34 Segundo Marconi e Lakatos (2004:p53): “Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, inferese uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objetivo dos argumentos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam.” O método indutivo fundamenta-se em premissas. Entretanto, diferentemente do método dedutivo, no qual as premissas verdadeiras levam inevitavelmente à conclusão verdadeira, no método indutivo, premissas verdadeiras levam apenas a conclusões prováveis. Toda indução segue três etapas (MARCONI e LAKATOS, 2004): Observação dos fenômenos – observação e análise dos fatos ou fenômenos com a finalidade de descobrir as causas de sua manifestação; Descoberta da relação entre eles – através de comparações, procura-se aproximar os fatos ou fenômenos para descobrir a relação constante existente entre eles; Generalização das conclusões – propõe-se a generalização encontrada na etapa precedente, ou seja, entre os fenômenos e fatos semelhantes (muitas das quais não foram nem poderão ser observadas). Quanto à natureza qualitativa dos dados, sua principal vantagem é forçar o pesquisador a aprofundar a complexidade do problema ao invés de abstraílo. Desta forma, obtêm-se resultados mais ricos e informativos. Adicionalmente, o objetivo das pesquisas qualitativas é construir evidências para dar suporte a uma determinada proposição (hipótese), e não testá-la. Apesar de testes quantitativos de hipóteses parecerem ser mais conclusivos que os métodos qualitativos, eles também não provêm nenhuma evidência mais forte de verdade para uma hipótese. Pois hipóteses não podem ser provadas, podem apenas ser suportadas ou refutadas, tanto para evidências quantitativas quanto qualitativas, ou ambas (SEAMAN, 1999). 35 Entretanto, este método apresenta algumas desvantagens. Dentre elas, o fato de que a análise na pesquisa qualitativa geralmente requer um maior esforço. Além disso, seus resultados são considerados mais simples e nebulosos em comparação com a pesquisa quantitativa, o que torna mais difícil seu resumo ou simplificação (SEAMAN, 1999). Além disso, a revisão ad hoc inicial da literatura revelou que a maioria dos estudos primários não apresentava dados quantitativos, motivo que também inviabiliza o uso deste enfoque. Por serem etapas críticas, os métodos de procedimento (Revisão Sistemática da Literatura e Comparações Constantes) estão sendo tratados nas seções 3.2 e 3.3 seguintes. 3.2. REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA Revisão Sistemática da Literatura é um dos métodos utilizados na engenharia de software baseada em evidências (DYBÅ et al., 2005; KITCHENHAM et al., 2004) para realizar revisões abrangentes de maneira não tendenciosa e repetível (KITCHENHAM, 2007). Tem como objetivo apresentar uma avaliação imparcial de um tópico de pesquisa, utilizando para isso uma metodologia rigorosa, confiável e auditável (TRAVASSOS e BIOLCHINI, 2007). É utilizada como meio para identificar, avaliar e interpretar toda pesquisa disponível e relevante sobre determinada questão de pesquisa, tópico de pesquisa, ou fenômeno de interesse. Esse tipo de revisão possui vantagens com relação aos métodos tradicionais já que possui uma metodologia bem definida, produz estudos menos tendenciosos, mais abrangentes, de maior qualidade e com maior rigor científico. Por outro lado, exigem um esforço consideravelmente maior do que revisões tradicionais (KITCHENHAM, 2007). Dentre as razões de se realizar revisões sistemáticas, TRAVASSOS e BIOLCHINI (2007) apontam: Identificar lacunas na pesquisa atual; 36 Sumarizar evidências existentes para um determinado fenômeno; Apoiar a geração de novas hipóteses; Fornecer um arcabouço para posicionar novas pesquisas. Uma revisão sistemática envolve várias atividades discretas. Apesar de existir pequenas diferenças sobre o número e ordem de atividades sugeridas, os guias concordam com as principais etapas do processo (Kitchenham, 2007): Planejamento da revisão – Identificação da necessidade da revisão sistemática, reunião do grupo de revisão, especificação das questões de pesquisa, desenvolvimento do protocolo de pesquisa e avaliação do protocolo; Condução da revisão – Identificação/definição da estratégia de busca, triagem/seleção dos estudos primários, avaliação da qualidade dos estudos, extração e monitoramento dos dados e análise e consolidação das informações; Reportar os resultados da revisão – especificação dos mecanismos de disseminação dos resultados, formatação do relatório principal e avaliação do relatório. O protocolo é um artefato chave da pesquisa, pois define todo o processo de revisão a ser realizado e torna-o passível de ser repetido. Precisa ser prédefinido para reduzir o viés de se realizar um estudo tendencioso, que poderia ter sido realizado de forma a atender as expectativas dos pesquisadores. O protocolo deve incluir todos os elementos da revisão além de algumas informações de planejamento. Os elementos do protocolo são: Background da pesquisa, ou a razão da necessidade da pesquisa; As questões de pesquisa que deverão ser respondidas; 37 A estratégia de busca dos estudos incluindo as palavras-chaves de busca e as fontes a serem utilizadas. As fontes podem ser engenhos de busca, bibliotecas digitais, revistas e conferências específicas, etc; Os critérios e procedimentos de seleção de estudos, que determinam quais estudos serão incluídos na revisão sistemática e como os critérios serão aplicados pelos avaliadores; A justificativa para o uso de uma revisão sistemática é que esse tipo de revisão provê evidências sobre os efeitos de um determinado fenômeno a partir de uma série de contextos e métodos empíricos utilizados (KITCHENHAM, 2007). Assim, se os estudos dão resultados consistentes e não contraditórios, a revisão sistemática provê evidências de que o fenômeno estudado e os resultados encontrados são robustos e podem ser transferidos para outros contextos ou até mesmo, generalizados. Além disso, caso os resultados dos estudos sejam inconsistentes entre si, as fontes de variação podem ser estudadas para uma melhor compreensão do fenômeno (KITCHENHAM, 2007). O protocolo de revisão sistemática desta pesquisa é apresentado resumidamente na seção 03.5 e de maneira completa no apêndice A deste trabalho. 3.3. COMPARAÇÕES CONSTANTES O método de comparações constantes é parte de um grupo de métodos com foco na geração de teorias, geralmente chamados de métodos de teoria fundamentada em dados (Grounded Theory), pois as teorias, declarações ou proposições são baseadas nos dados. são propostas com fundamentação nos dados analisados. Particularmente, o método utilizado neste estudo para construir teoria fundamentada em dados foi o Método de Comparação Constantes, do inglês Constant Comparison Method. Ele foi proposto por GLASER e STRAUSS (1967) e na literatura qualitativa é apontado como o método mais clássico (SEAMAN, 1999). 38 São geralmente utilizados para extrair de um conjunto de notas de campo uma declaração ou proposição que é suportada de várias maneiras pelos dados (SEAMAN, 1999). Nele, uma proposição é construída a partir de observações iniciais realizadas nos dados e, à medida que mais observações são feitas, a proposição é refinada e modificada para incorporar os achados mais recentes. Ao final, o resultado obitido é uma declaração ou proposição que descreve de maneira clara e rica o fenômeno estudado. O método de Comparações Constantes é formado pelos seguintes passos: codificação, agrupamento, escrita de memorandos e geração de hipóteses. O processo de utilização do método se inicia com a marcação de trechos dos textos dos trabalhos (ou dados qualitativos) que fornecem informação relevante para a pesquisa e que permitissem a avaliação da qualidade do trabalho. A cada um desses trechos são associados códigos que indicam que tipo, ou categoria, de informação o trecho está provendo. Esses códigos devem seguir um padrão definido que identifiquem o tipo de informação contida no trecho. Por exemplo, neste estudo foram extraídos trechos dos artigos que indicavam os impactos obtidos pelo uso de ferramentas de software. A esses trechos foram atribuídos códigos que identificavam sua localização no artigo e o tipo de benefício proporcionado pela ferramenta. Os códigos possuem a seguinte formatação: <Id >_<página >_<item >_<parágrafo >_<área>_<objetivo> Onde: Id – número identificador único do artigo na revisão sistemática Página – Página onde o trecho se inicia Item – Dependendo do artigo, pode ser a seção onde o trecho está escrito, assim como a subseção (se existir), a tabela, anexo ou outro ítem que facilite a identificação. 39 Parágrafo – Parágrafo dentro da seção onde o trecho está escrito (se existir). Se existir subseção, deve-se colocar o número do parágrafo relativo à subseção. Ferramenta – área na qual a métrica se refere; Objetivo – objetivo do qual a métrica se refere; Com o uso desses códigos, é possível condensar as passagens dos textos analisados em grupos de acordo com os identificadores utilizados para a área da métrica ou seu objetivo. Em muitos casos as informações não são apresentadas da mesma forma, sendo escritos de formas diferentes. Assim, continuamente verificava-se a necessidade de realização de algum refinamento dos achados. Então, seguindo essas atividades e fazendo uso de planilhas eletrônicas, foram mapeadas as evidências (métricas) dos trabalhos incluídos na revisão sistemática e seus resultados foram condensados. Todo o processo foi realizado de forma a permitir rastreabilidade das informações, sendo possível identificar quais trabalhos forneceram determinados dados. Dessa forma, chegou-se as métricas apresentadas no capítulo 4, suas áreas e objetivos dentro do ffe do processo de inovação. 3.4. ETAPAS DA PESQUISA A metodologia de pesquisa utilizada neste trabalho está dividida em cinco fases: definição da pesquisa; referencial teórico inicial; revisão sistemática da literatura; síntese e análise dos dados da Revisão Sistemática da Literatura (RSL); e consolidação dos resultados. Sendo descritas nas subseções seguintes. ETAPA 1 - DEFINIÇÃO DA PESQUISA Para a definição da pesquisa foram determinados inicialmente: O problema geral a ser discutido na pesquisa; 40 A questão específica de pesquisa a ser respondida; Os objetivos do trabalho; A abordagem metodológica que seria adotada; O problema, a questão de pesquisa e seus objetivos já foram apresentados no Capítulo 1. A abordagem metodológica por sua vez é apresentada em maiores detalhes nas seções seguintes deste capítulo. ETAPA 2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA INICIAL Após a definição da pesquisa e dos seus objetivos e antes de se começar a RSL, foi feito uma revisão bibliográfica tradicional, de caráter exploratório, com o intuito de conhecer o estado da arte do tema relacionado ao estudo, suas teorias e trabalhos relevantes. Este estudo inicial buscou verificar a relevância da pesquisa para a academia, auxiliar na definição das questões de pesquisa, fazer o levantamento do referencial teórico e identificar possíveis problemas. Esta revisão foi realizada de maneira ad hoc. ETAPA 3 - REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA Nesta terceira etapa foi feito o planejamento através da definição do protocolo e a condução da revisão sistemática da literatura. Seu objetivo principal é de coletar evidências relacionadas às métricas utilizadas no FFE e como contribuem para o processo de inovação. Os detalhes sobre o planejamento e condução da revisão sistemática foram descritos no protocolo da revisão resumidamente apresentado neste capítulo na Seção 3.2 e de maneira completa no Apêndice A. ETAPA 4 – ANÁLISE E SÍNTESE DOS RESULTADOS DA RSL Após a RSL, foi feita a análise e consolidação dos dados através do método de comparações constantes (SEAMAN, 1999). Esse método possui os seguintes passos: codificação – identificação e rotulação dos conceitos chaves em passagens de interesse do estudo; agrupamento – passagens de textos são agrupadas em padrões de acordo com os códigos identificados; escrita de 41 memorandos – proposições (uma hipótese preliminar a ser considerada) ou observações são sintetizadas a partir dos dados codificados e; geração de hipóteses – proposições mais consistentes dão lugar a hipóteses baseadas nos dados. ETAPA 5 - CONSOLIDAÇÃO DOS RESULTADOS Nesta última etapa, relatam-se as principais contribuições da pesquisa, suas limitações e ameaças a sua validade. São discutidas possíveis propostas de trabalhos futuros e são dadas as conclusões finais sobre o estudo a partir dos resultados obtidos. O relatório final foi elaborado, na forma desta dissertação de mestrado. 3.5. PROTOCOLO DA REVISÃO SISTEMÁTICA Esta seção apresenta de forma resumida o protocolo da revisão sistemática. A versão completa do protocolo pode ser encontrada no Apêndice A. Questão de Pesquisa A questão de pesquisa que serve de guia para a revisão sistemática é formulada da seguinte maneira: Q. Quais métricas são utilizadas para dar suporte ao FFE na criação de produtos inovadores? Foco da questão de pesquisa: Identificar e sumarizar as principais métricas utilizadas - na indústria e/ou academia - durante as atividades do FFE na criação de produtos inovadores. Processo de Busca A estratégia usada para construir os termos de busca é apresentada a seguir: a) Derivar os principais termos a partir das questões de pesquisa construindo o conjunto de palavras-chave; 42 b) Identificar uma lista de sinônimos, abreviações e grafias alternativas para cada um dos principais termos. Para auxiliar na identificação de outros termos faremos uso de palavras encontradas em artigos, livros e internet que são sinônimos ou grafias alternativas dos termos principais; c) Construir strings de busca utilizando conectores OR para incorporar os sinônimos e abreviações e AND para unir os principais termos e seus sinônimos derivados das questões de pesquisa; d) Verificar as strings de busca construídas realizando buscas piloto e comparando os resultados obtidos com uma lista de estudos primários já conhecidos; e) Realizar mudanças, se necessário. A String de busca encontrada inicialmente para a questão de pesquisa foi: (metric* OR measure OR measurement OR KPI OR "key performance indicator") AND ("fuzzy front end" OR "fuzzy front-end" OR "innovation front end" OR "innovation front-end" OR "front end * innovation" OR "front-end * innovation" OR "pre-development" OR predevelopment OR "pre-phase 0" OR "pre phase 0" OR "prephase 0" OR "stage 0" OR "pre-project" OR "pre project" OR preproject OR "concept generation") AND ("innovative product*" OR "major product*" OR "new product*" OR "radical product*" OR "breakthrough product*" OR "incremental product*" OR "sustaining product*" OR "evolutionary product*" OR "product innovation") Fontes de Busca Os seguintes engenhos de busca serão utilizados como fonte de pesquisa: IEEE Explore (httt://ieeexplore.ieee.org/) ACM Digital Library (http://portal.acm.org) 43 Wiley InterScience (http://www3.interscience.wiley.com/) ScienceDirect – Elsevier (http://www.sciencedirect.com) Scirus (http://www.scirus.com/) EI Compendex (http://www.engineeringvillage2.org) Scopus (http://www.scopus.com) Emerald (http://www.emeraldinsight.com) Seleção de Estudos Para este trabalho resolvemos considerar muitos tipos de estudos relacionados ao tópico de pesquisa, incluindo: artigos em jornais (journals) e revistas e em anais de conferências e congressos; relatórios técnicos (technical reports), preprints e white papers; dissertações de mestrado e teses de doutorado; Uma vez que estudos primários potencialmente relevantes tenham sido obtidos, eles precisam ser analisados para que a sua relevância seja confirmada e trabalhos com pouca relevância sejam descartados. Isso será alcançado através do uso de critérios de inclusão, hierarquia de evidência e avaliação da qualidade do estudo. As três medidas serão explicadas. Critérios de Inclusão dos Estudos Primários Os estudos incluídos na revisão sistemática deverão obedecer todos os critérios listados abaixo: a) Trabalhos que estejam disponíveis livremente para consulta na web ou através de licenças de permissão obtidas pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (Portal CAPES); 44 b) Trabalhos que sejam classificados em algum dos tipos de trabalhos citados anteriormente nesta seção; c) Trabalhos que citem métricas utilizadas nas etapas do FFE do processo de desenvolvimento de novos produtos. Etapas descritas nos modelos de FFE propostos por Khurana e Rosenthal (1998) e Koen et al. (2002); d) Trabalhos que apresentem texto, conteúdo e resultados completos e concluídos; e) Trabalhos que sejam escritos em inglês; f) Estudo não duplicado. Se algum trabalho tiver sido apresentado em diferentes publicações, apenas o mais recente e/ou o mais completo será incluído, a menos que tenham informação complementar; Quando houver dúvida em relação à inclusão ou exclusão de um trabalho, este deverá ser incluído. Processo de Seleção dos Estudos Primários O processo de seleção dos estudos primários consistirá de uma busca primária e secundária que serão apresentadas nos seguintes passos: a) Dois ou mais pesquisadores executam o processo de busca em cada uma das fontes selecionadas. Essa busca é a chamada busca primária. b) Os estudos encontrados pelo processo de busca são avaliados mediante a leitura do título do artigo e, se necessário o resumo (abstract), para verificar estudos que são claramente irrelevantes para as questões de pesquisa. Segundo Kitchenham (2007), as buscas iniciais retornam uma grande quantidade de estudos que não são relevantes, não respondendo às questões ou mesmo não tendo relação com o tópico em questão. Portanto, estudos que claramente não tenham relação com o tópico em questão serão descartados logo 45 de início e não serão mantidos em nenhuma lista de estudos excluídos. Os demais artigos serão documentados numa lista de artigos potencialmente relevantes encontrados. Se houver dúvidas quanto ao artigo, o mesmo deve ser avaliado no próximo passo. c) Os estudos listados como artigos potencialmente relevantes são avaliados por dois pesquisadores através da verificação dos critérios de inclusão estabelecidos. A verificação é executada mediante a leitura do resumo (abstract), introdução e, se necessário, da conclusão do artigo. Além disso, é permitido que buscas sejam feitas nos artigos por palavras-chave para verificar sua adequação. Nesse ponto, cada um dos artigos incluídos ou excluídos será documentado de acordo com o Formulário de Coleta de dados (Formulários A e B) apresentados no final desta seção. d) Posteriormente, todos os artigos incluídos serão lidos por inteiro para a extração de dados e avaliação da qualidade. Para cada trabalho incluído, seus dados serão extraídos e colocados no formulário C, apresentado na seção de extração de dados desse protocolo, assim como sua avaliação de acordo com os critérios de qualidade; e) Para cada referência presente nos trabalhos incluídos na busca primária, deverão ser executados os passos ―c‖ e ―d‖. Ou seja, será verificado se as referências dos trabalhos também devem ser incluídas no estudo de acordo com os critérios e inclusão. Em caso positivo, esses trabalhos terão seus dados extraídos. Essa busca nas referências dos trabalhos é chamada de busca secundária. f) Caso um artigo lido por completo não passe nos critérios de inclusão, poderá ser removido e essa exclusão também deverá ser documentada. Avaliação da Qualidade dos Estudos Em adição aos critérios gerais de inclusão e exclusão, é considerado importante avaliar a qualidade dos estudos primários (KITCHENHAM, 2004). 46 Uma avaliação da qualidade desses estudos serve para determinar a força das inferências e para atribuir notas a recomendações geradas (KHAN et al., 2001). Apesar de não existir uma definição universal do que seja qualidade de estudo, a maioria dos checklists inclui questões que objetivam avaliar a extensão em que o viés é minimizado e a validação interna e externa são maximizadas (KHAN et al., 2001; KITCHENHAM, 2007). Com o propósito de ajudar na determinação de qualidade para os estudos primários, algumas questões foram definidas para endereçar cada um dos construtos relacionados à qualidade: viés, validade interna e externa. Os critérios de qualidade considerados estão disponíveis no formulário C do Apêndice A da seção de extração dos dados. Ele contém critérios gerais, que deverão ser aplicadas a qualquer tipo de estudo, e alguns específicos para cada tipo. Além disso, também serão utilizados critérios relacionados à questão de pesquisa dessa revisão. Cada critério do formulário de avaliação de qualidade deverá ser respondido segundo a escala Likert cinco, apresentada abaixo: Discordo completamente (0) Discordo parcialmente (1) Nem concordo nem discordo (2) Concordo parcialmente (3) Concordo completamente (4) A cada item da escala Likert será atribuído um valor escalar, indicado entre parênteses, que será considerado o valor pontuado na questão. A pontuação final do trabalho será obtida pela soma algébrica dos valores individuais de cada questão. Extração de dados 47 Foi criado um formulário (formulário C – Apêndice A) de extração com o objetivo de coletar toda informação necessária para endereçar as questões de revisão e os critérios de qualidade do estudo. Para apoiar esse processo, a caracterização dos trabalhos e facilitar a exportação dos dados em diversos formatos, foi utilizada a ferramenta Mendeley (http://www.mendeley.com/), um gerenciador de referências acadêmicas que permite revisar dados e adicionar notas informativas por todo o trabalho. Com isso, podia-se localizar e comentar trechos rapidamente. Síntese de Dados A síntese dos dados coletados nessa revisão sistemática foi realizada de acordo o método de procedimento de comparação de constantes, definido na seção 3.3 da metodologia da dissertação de mestrado. 48 4 RESULTADOS Este capítulo apresenta os resultados obtidos na pesquisa e é separado em duas partes que constituem as principais contribuições do estudo: Resultados da Seleção e Extração de Dados – apresenta dados gerais da revisão, como: quantidade de trabalhos retornados nas buscas, principais fontes de trabalhos, trabalhos incluídos no estudo, a distribuição temporal, etc.; Análise e Síntese das Evidências – sintetiza os resultados obtidos através da análise de dados dos estudos por meio do método de comparações constantes (Etapa 4 da pesquisa) e apresenta uma discussão sobre as evidências identificadas pela revisão sistemática. A Seção 4.1 apresenta a Análise da Revisão Sistemática. A Seção 4.2 apresenta a Síntese e Análise das Evidências. 4.1. RESULTADOS DA SELEÇÃO E EXTRAÇÃO DE DADOS A revisão sistemática foi executada como detalhado no protocolo – Apêndice A. Utilizando as fontes definidas, a busca primária retornou um total de 1.502 artigos distribuídos como mostra a Tabela 4.1 abaixo: 49 Tabela 4.1 – Número de artigos retornados por base de dados Engenho de Busca Número de estudos Scopus 233 Science Direct 480 IEEE 478 ACM 76 Wiley 3 Scirus 174 El Copendex 9 Emerald 49 TOTAL 1502 Em número de artigos retornados, destacaram-se as bases: Scopus; Science Direct; IEEE e Scirus; correspondendo a mais de 90% dos artigos. Dentre estes, o Scopus e o Science Direct continham a maior parte dos estudos potencialmente relevantes encontrados nas demais bases. Além disso, foram os engenhos de busca que forneceram mais trabalhos realmente relevantes, como pode ser observado na Tabela 4.2Tabela 4.2 a seguir. Juntos eles forneceram quatorze dos dezesseis trabalhos incluídos no estudo pela busca primária. 50 EP_7 EP_20 EP_27 EP_42 EP_46 EP_51 EP_60 EP_69 EP_93 EP_116 EP_135 EP_141 EP_144 EP_183 EP_199 EP_205 TOTAL ACM Emerald EICopendex Scirus Wiley IEEE SDirect Scopus Tabela 4.2 –Relacionamento entre trabalhos incluídos e engenhos de busca X X X X X X X X X X X X X X X 8 X X X X X X X X 10 X 1 1 0 1 3 0 No Apêndice D podem ser encontrados mais detalhes sobre as buscas realizadas em cada engenho contendo informações como: a data de realização da busca, estratégia de busca e a string de busca utilizada. Do total 1.502 artigos retornados nas buscas, 259 foram considerados potencialmente relevantes após o primeiro filtro de leitura do título e resumo. Os 1.243 artigos restante foram excluídos por serem claramente irrelevantes para a questão de pesquisa definida no protocolo de revisão sistemática. Do restante, 70 não estavam disponíveis através da licença de acesso concedida pela UFPE. Após a segunda seleção, 165 foram considerados não relevantes para a questão de pesquisa por não estarem de acordo com os critérios de inclusão definidos na revisão sistemática e 8 foram excluídos por terem sido encontrados em mais de uma fonte. Por fim, 16 artigos foram considerados 51 relevantes e incluídos como estudos primários. A Tabela 4.3Tabela 4.3 a seguir apresenta os resultados parciais para cada um dos engenhos de busca. Tabela 4.3 – Processo de seleção de estudos primários 2ª Seleção (Título e Resumo) (Resumo e Conclusão) Q5 Não relevantes/ Incompletos Acesso restrito Relevantes Duplicados Estudos primários Incluídos Potencialmente relevantes Excluídos Resultado Irrelevantes Busca 1ª Seleção 233 92 141 79 54 8 0 8 480 400 80 62 8 10 4 6 478 477 1 0 0 1 0 1 76 72 4 0 4 0 0 0 3 0 3 2 0 1 1 0 Scirus EI Compendex 174 168 6 6 0 0 0 0 9 0 9 5 3 1 1 0 Emerald 49 34 15 11 1 3 2 1 1502 1243 259 165 70 24 8 16 Fontes Scopus Science Direct IEEEXplore Digital Library ACM Digital Library Wiley InterScience TOTAL Já a busca secundária retornou um total de vinte e sete trabalhos potencialmente relevantes, dos quais treze não estavam disponíveis através da licença de acesso concedida pela UFPE e dez não estavam de acordo com os critérios de inclusão. Sendo assim, quatro novos artigos foram incluídos ao estudo, totalizando vinte artigos analisados. Quanto a distribuição temporal, podemos verificar no Gráfico 4.1 Distribuição dos trabalhos incluídos por ano de publicaçãoGráfico 4.1 Distribuição dos trabalhos incluídos por ano de publicação a seguir que, periodicamente, o tema é abordado. Entretanto, não existe um padrão bem definido de distribuição ao longo do tempo visto que em alguns anos não encontramos trabalhos publicados. Um ponto interessante que pode-se 52 observar é que o último ano (2009) possui um maior número de publicações, talvez mostranto um aumento do interesse pelo tema. Gráfico 4.1 - Distribuição dos trabalhos incluídos por ano de publicação 4 3 2 1 0 A Tabela 4.4 - Importantes jornais e conferências econtradosTabela 4.4 Importantes jornais e conferências econtradosapresenta os principais jornais e conferências nos quais foram encontradas referências relevantes sobre métricas do utilizadas no FFE. No total foram encontrados estudos relevantes sobre práticas no FFE em 16 jornais e conferências. 53 Tabela 4.4 - Importantes jornais e conferências econtrados Jornal ou Conferência Fonte Número de estudos Jornal Industrial Marketing Management 3 Jornal Journal of Product Innovation Management 2 Jornal Design Studies 2 Jornal European Journal of Innovation Management 1 Conferência Industrial Engineering and Engineering Management 1 Jornal Industrial Management & Data Systems 1 Jornal International Journal of Management Reviews 1 Jornal Journal of Operations Management 1 Jornal Journal of Personal Selling and Sales Management 1 Jornal Journal Product innovation Management 1 Jornal Measuring Business Excellence 1 Jornal Technovation 1 Jornal The Journal of High Technology Management Research 1 Jornal R and D Management 1 Jornal International Journal of Productivity and Performance Management 1 Jornal Journal of Business & Industrial Marketing 1 4.2. ANÁLISE E SÍNTESE DAS EVIDÊNCIAS Nesta seção, as evidências (métricas) encontradas na literatura são descritas, organizadas por tipo (qualitativa e quantitativa), por categorias (áreas) mais abstratas e seus objetivos de aplicação são apontados. As métricas encontradas foram primeiramente separadas em quantitativas e qualitativas. Encontrando-se respectivamente na Tabela 4.5Tabela 4.5 e ID Métrica MQT.1 concorrência de fases MQT.2 MQT.3 mudanças de especificação # marcos (milestones) Estudo Primário Descrição EP_42 tempo que o projeto encontrava-se simultaneamente em mais de uma fase, em% da duração total do projeto EP_42 número de alterações nas especificações durante o curso do projeto EP_42 número de marcos utilizados no projeto 54 MQT.4 MQT.5 MQT.6 MQT.7 MQT.8 # engenharias reversas efetividade do processo # sugestões de melhoria do processo por empregado % de sugestões implementadas % tempo utilizado em contato com clientes EP_42 número de análises de engenharia reversa EP_93 número de novos processos e melhorias significativas por ano EP_93 número de sugestões de melhoria por empregado EP_93 EP_135 percentual de melhorias sugeridas que foram implementadas percentual do tempo que a equipe gasta em contato direto com o cliente MQT.9 conexões com outras organizações de pesquisa EP_135 número de conexões com outras organizações, os contratos e acordos de pesquisa colaborativa MQT.10 % tempo livre EP_222 % do "tempo livre para invenções" dos funcionários MQT.11 % distribuição entre tipos EP_222 % de distribuição de novas ideias por tipo: marketing, tecnologia, requisitos, redução de custos, qualidade, etc. EP_93 % dos empregados conscientes do compartilhamento de políticas de inovação e seus valores % consciência dos MQT.12 funcionários (políticas e valores) # projetos com times multifuncionais # mudanças de MQT.14 departamento número de projetos usando equipes multifuncionais número de empregados rodado entre os EP_135 departamentos % de projetos atrasados, cancelados devido à EP_93 falta de financiamento % atrasos por falta de MQT.15 verba número de projetos atrasados devido à falta de EP_225 financiamento % de projetos adiados ou cancelados devido à EP_93 falta de recursos humanos % atrasos por falta de MQT.16 pessoal número projetos atrasados devido à falta de EP_225 recursos humanos MQT.13 EP_135 EP_116 MQT.17 % envolvidos ffe EP_141 EP_222 EP_116 MQT.18 gastos com inovação EP_205 número de pessoas comprometidas com a tarefa de inovação (números absolutos e relativos ao total de empregados) número de pessoas que estiveram envolvidas nas discussões iniciais do conceito de produto % das equipes que tem a tarefa de inventar novas ideias/conceitos capital financeiro - P & D financiamento adequado - gastos por item (departamentos, patente, inovação ou cientista) 55 gastos com melhoria de equipamento MQT.19 (relacionados com inovação) EP_205 EP_60 EP_93 EP_222 MQT.20 número de ideias EP_225 EP_225 EP_227 MQT.21 número de ideias avaliadas MQT.22 # novas áreas (negócios) EP_93 EP_207 EP_222 EP_93 EP_93 EP_116 MQT.23 # patentes EP_135 EP_141 EP_205 EP_207 MQT.24 # citações EP_135 MQT.25 # publicações EP_135 MQT.26 # licenças MQT.27 tempo do conceito ao protótipo MQT.28 # revisões de projeto / relatórios técnicos EP_116 MQT.29 # projetos rejeitados EP_60 EP_93 EP_205 EP_144 EP_207 EP_42 MQT.30 % lideres / funcionários treinados EP_93 EP_222 MQT.31 % pessoal treinado em ferramentas de inovação EP_135 Aquisição de máquinas e equipamentos novos, relacionados a inovações número de projetos de P & D novos produtos / ideias geradas número de ideias geradas em um período Número de novas ideias de produtos (ou acessórios) Número total de ideias geradas # ideias geradas por unidade de tempo Número de novas ideias de produtos ou melhorias avaliados no ano passado # ideias avaliados por unidade de tempo Percentual de ideias de produtos aprovados Número de novas área de negócios baseadas em produtos/empresas começadas nos últimos 5 anos número de patentes número ou o valor das patentes número de patentes concedidas à empresa em um determinado ano ou total média do número de patentes número ou o valor das patentes número de patentes número de citações das patentes de uma empresa de artigos científicos número de publicações em journals, palestras e o número de relatórios técnicos Número de licenças Número de licenças tempo gasto desde o conceito ao protótipo tempo de ciclo médio Estatísticas sobre o uso de métodos formais de coleta de informações, tais como revisões de projeto e o uso de relatórios técnicos número de projetos rejeitados % lideres de equipe treinados em técnicas de criatividade treinamento por empregado de P&D % do pessoal de NPD que participou de formação criativa percentual de funcionários de NPD com o acesso e formação em recursos eletrônicos 56 MQT.32 % projetos utilizando ferramentas p/ inovação EP_93 percentual de projetos em que sejam aplicadas ferramentas específicas (FMEA, QFD, métodos de prototipagem rápida, Taguchi) EP_222 Percentagem de projetos usando ferramentas de gerenciamento de projetos (por exemplo, QFD, FMEA) EP_225 % De projetos que realmente usam o pensamento sistemático, criativo e métodos e ferramentas de mercado (por exemplo, TRIZ, SIT, etc.) Estudo Primário Descrição EP_42 tempo que o projeto encontrava-se simultaneamente em mais de uma fase, em% da duração total do projeto EP_42 número de alterações nas especificações durante o curso do projeto EP_42 número de marcos utilizados no projeto EP_42 número de análises de engenharia reversa EP_93 número de novos processos e melhorias significativas por ano EP_93 número de sugestões de melhoria por empregado Tabela 4.6 ID Métrica MQT.1 concorrência de fases MQT.2 MQT.3 MQT.4 MQT.5 MQT.6 MQT.7 MQT.8 mudanças de especificação # marcos (milestones) # engenharias reversas efetividade do processo # sugestões de melhoria do processo por empregado % de sugestões implementadas % tempo utilizado em contato com clientes EP_93 EP_135 percentual de melhorias sugeridas que foram implementadas percentual do tempo que a equipe gasta em contato direto com o cliente MQT.9 conexões com outras organizações de pesquisa EP_135 número de conexões com outras organizações, os contratos e acordos de pesquisa colaborativa MQT.10 % tempo livre EP_222 % do "tempo livre para invenções" dos funcionários MQT.11 % distribuição entre tipos EP_222 % de distribuição de novas ideias por tipo: marketing, tecnologia, requisitos, redução de custos, qualidade, etc. EP_93 % dos empregados conscientes do compartilhamento de políticas de inovação e seus valores % consciência dos MQT.12 funcionários (políticas e valores) 57 # projetos com times multifuncionais # mudanças de MQT.14 departamento número de projetos usando equipes multifuncionais número de empregados rodado entre os EP_135 departamentos % de projetos atrasados, cancelados devido à EP_93 falta de financiamento % atrasos por falta de MQT.15 verba número de projetos atrasados devido à falta de EP_225 financiamento % de projetos adiados ou cancelados devido à EP_93 falta de recursos humanos % atrasos por falta de MQT.16 pessoal número projetos atrasados devido à falta de EP_225 recursos humanos MQT.13 EP_135 EP_116 MQT.17 % envolvidos ffe EP_141 EP_222 EP_116 MQT.18 gastos com inovação gastos com melhoria de equipamento MQT.19 (relacionados com inovação) número de ideias financiamento adequado - gastos por item (departamentos, patente, inovação ou cientista) EP_205 Aquisição de máquinas e equipamentos novos, relacionados a inovações EP_225 EP_225 EP_227 MQT.21 número de ideias avaliadas MQT.22 # novas áreas (negócios) MQT.23 # patentes número de pessoas que estiveram envolvidas nas discussões iniciais do conceito de produto % das equipes que tem a tarefa de inventar novas ideias/conceitos capital financeiro - P & D EP_205 EP_60 EP_93 EP_222 MQT.20 número de pessoas comprometidas com a tarefa de inovação (números absolutos e relativos ao total de empregados) EP_93 EP_207 EP_222 EP_93 número de projetos de P & D novos produtos / ideias geradas número de ideias geradas em um período Número de novas ideias de produtos (ou acessórios) Número total de ideias geradas # ideias geradas por unidade de tempo Número de novas ideias de produtos ou melhorias avaliados no ano passado # ideias avaliados por unidade de tempo Percentual de ideias de produtos aprovados Número de novas área de negócios baseadas em produtos/empresas começadas nos últimos 5 anos EP_93 EP_116 número de patentes número ou o valor das patentes número de patentes concedidas à empresa em EP_135 um determinado ano ou total 58 EP_141 EP_205 EP_207 MQT.24 # citações EP_135 MQT.25 # publicações EP_135 MQT.26 # licenças MQT.27 tempo do conceito ao protótipo MQT.28 # revisões de projeto / relatórios técnicos EP_116 MQT.29 # projetos rejeitados EP_60 EP_93 EP_205 EP_144 EP_207 EP_42 MQT.30 % lideres / funcionários treinados EP_93 EP_222 MQT.31 MQT.32 % pessoal treinado em ferramentas de inovação % projetos utilizando ferramentas p/ inovação média do número de patentes número ou o valor das patentes número de patentes número de citações das patentes de uma empresa de artigos científicos número de publicações em journals, palestras e o número de relatórios técnicos Número de licenças Número de licenças tempo gasto desde o conceito ao protótipo tempo de ciclo médio Estatísticas sobre o uso de métodos formais de coleta de informações, tais como revisões de projeto e o uso de relatórios técnicos número de projetos rejeitados % lideres de equipe treinados em técnicas de criatividade treinamento por empregado de P&D % do pessoal de NPD que participou de formação criativa EP_135 percentual de funcionários de NPD com o acesso e formação em recursos eletrônicos EP_93 percentual de projetos em que sejam aplicadas ferramentas específicas (FMEA, QFD, métodos de prototipagem rápida, Taguchi) EP_222 Percentagem de projetos usando ferramentas de gerenciamento de projetos (por exemplo, QFD, FMEA) EP_225 % De projetos que realmente usam o pensamento sistemático, criativo e métodos e ferramentas de mercado (por exemplo, TRIZ, SIT, etc.) Tabela 4.6. As quantitativas são medidas diretas, representando um valor absoluto de determinada variável ou um percentual. Já as qualitativas, são avaliaçõesque podem ser definidas, por exemplo, em uma escala Likert-5 que passa pelos valores: Discordo completamente (1); Discordo parcialmente (2); Nem concordo nem discordo (3); Concordo parcialmente (4); Concordo completamente (5); Na primeira coluna são listadas as métricas encontradas. A 59 segunda coluna apresenta os artigos nos quais a métrica foi citada. Por último, na terceira coluna, a descrição (evidência) encontrada em cada artigo. Tabela 4.5 - Métricas quantitativas ligadas ao fuzzy front end ID Métrica MQT.1 concorrência de fases MQT.2 MQT.3 MQT.4 MQT.5 MQT.6 MQT.7 MQT.8 mudanças de especificação # marcos (milestones) # engenharias reversas efetividade do processo # sugestões de melhoria do processo por empregado % de sugestões implementadas % tempo utilizado em contato com clientes Estudo Primário Descrição EP_42 tempo que o projeto encontrava-se simultaneamente em mais de uma fase, em% da duração total do projeto EP_42 número de alterações nas especificações durante o curso do projeto EP_42 número de marcos utilizados no projeto EP_42 número de análises de engenharia reversa EP_93 número de novos processos e melhorias significativas por ano EP_93 número de sugestões de melhoria por empregado EP_93 EP_135 percentual de melhorias sugeridas que foram implementadas percentual do tempo que a equipe gasta em contato direto com o cliente MQT.9 conexões com outras organizações de pesquisa EP_135 número de conexões com outras organizações, os contratos e acordos de pesquisa colaborativa MQT.10 % tempo livre EP_222 % do "tempo livre para invenções" dos funcionários MQT.11 % distribuição entre tipos EP_222 % de distribuição de novas ideias por tipo: marketing, tecnologia, requisitos, redução de custos, qualidade, etc. EP_93 % dos empregados conscientes do compartilhamento de políticas de inovação e seus valores % consciência dos MQT.12 funcionários (políticas e valores) # projetos com times multifuncionais # mudanças de MQT.14 departamento número de projetos usando equipes multifuncionais número de empregados rodado entre os EP_135 departamentos % de projetos atrasados, cancelados devido à EP_93 falta de financiamento % atrasos por falta de MQT.15 verba número de projetos atrasados devido à falta de EP_225 financiamento % atrasos por falta de % de projetos adiados ou cancelados devido à MQT.16 EP_93 pessoal falta de recursos humanos MQT.13 EP_135 60 MQT.17 % envolvidos ffe EP_225 número projetos atrasados devido à falta de recursos humanos EP_116 número de pessoas comprometidas com a tarefa de inovação (números absolutos e relativos ao total de empregados) EP_141 EP_222 EP_116 MQT.18 gastos com inovação gastos com melhoria de equipamento MQT.19 (relacionados com inovação) EP_205 financiamento adequado - gastos por item (departamentos, patente, inovação ou cientista) EP_205 Aquisição de máquinas e equipamentos novos, relacionados a inovações EP_60 EP_93 EP_222 MQT.20 número de ideias EP_225 EP_225 EP_227 MQT.21 número de ideias avaliadas MQT.22 # novas áreas (negócios) EP_93 EP_207 EP_222 EP_93 EP_93 EP_116 MQT.23 # patentes EP_135 EP_141 EP_205 EP_207 MQT.24 # citações EP_135 MQT.25 # publicações EP_135 MQT.26 # licenças MQT.27 tempo do conceito ao número de pessoas que estiveram envolvidas nas discussões iniciais do conceito de produto % das equipes que tem a tarefa de inventar novas ideias/conceitos capital financeiro - P & D EP_93 EP_205 EP_144 número de projetos de P & D novos produtos / ideias geradas número de ideias geradas em um período Número de novas ideias de produtos (ou acessórios) Número total de ideias geradas # ideias geradas por unidade de tempo Número de novas ideias de produtos ou melhorias avaliados no ano passado # ideias avaliados por unidade de tempo Percentual de ideias de produtos aprovados Número de novas área de negócios baseadas em produtos/empresas começadas nos últimos 5 anos número de patentes número ou o valor das patentes número de patentes concedidas à empresa em um determinado ano ou total média do número de patentes número ou o valor das patentes número de patentes número de citações das patentes de uma empresa de artigos científicos número de publicações em journals, palestras e o número de relatórios técnicos Número de licenças Número de licenças tempo gasto desde o conceito ao protótipo 61 protótipo EP_207 tempo de ciclo médio MQT.28 # revisões de projeto / relatórios técnicos EP_116 Estatísticas sobre o uso de métodos formais de coleta de informações, tais como revisões de projeto e o uso de relatórios técnicos MQT.29 # projetos rejeitados EP_60 EP_42 MQT.30 % lideres / funcionários treinados EP_93 EP_222 MQT.31 % pessoal treinado em ferramentas de inovação % projetos utilizando MQT.32 ferramentas p/ inovação número de projetos rejeitados % lideres de equipe treinados em técnicas de criatividade treinamento por empregado de P&D % do pessoal de NPD que participou de formação criativa EP_135 percentual de funcionários de NPD com o acesso e formação em recursos eletrônicos EP_93 percentual de projetos em que sejam aplicadas ferramentas específicas (FMEA, QFD, métodos de prototipagem rápida, Taguchi) EP_222 Percentagem de projetos usando ferramentas de gerenciamento de projetos (por exemplo, QFD, FMEA) EP_225 % De projetos que realmente usam o pensamento sistemático, criativo e métodos e ferramentas de mercado (por exemplo, TRIZ, SIT, etc.) Tabela 4.6 - Métricas qualitativas ligadas ao fuzzy front end ID Métrica Estudo Primário Descrição MQL.1 superioridade do produto no atendimento de necessidades vs competidores EP_27 Superioridade do produto no encontro as necessidades dos clientes vs concorrência MQL.2 superioridade na qualidade do produto vs competidores EP_27 Superior qualidade dos produtos vs concorrência Definição do produto antes do desenvolvimento EP_93 Benefícios visíveis que são fáceis de explicar Informações sobre as necessidades dos EP_199 clientes são coletados e analisados EP_20 definição do produto antes do desenvolvimento EP_27 benefícios visíveis que são fáceis de explicar definição inicial e afiada do produto antes do EP_199 desenvolvimento EP_27 MQL.3 benefícios claros MQL.4 definições claras e antecipadas 62 MQL.5 priorização de requisitos MQL.6 uso de ferramentas para controle de qualidade MQL.7 capacidade da organização de assimilação MQL.8 criatividade interna MQL.9 propósito compartilhado pelo time MQL.10 objetivos estratégicos de inovação As características do produto ou requisitos de EP_199 software são priorizados e selecionados para a produção EP_116 capacidade da empresa para absorver e colocar em uso novos conhecimentos, EP_116 envolvendo "uma habilidade para reconhecer o valor de novos conhecimentos, externos, assimilá-los e aplicá-lo para fins comerciais" EP_60 Grau de criatividade interna EP_7 a extensão do propósito comum e plano de ação para o desenvolvimento de novos produtos EP_7 O grau de alinhamento entre a missão da equipe e o negócio, tecnologia e estratégia de produto EP_20 EP_60 EP_116 EP_183 MQL.11 clareza dos objetivos do projeto EP_7 MQL.12 trabalho em equipe EP_7 MQL.13 prêmios por execução EP_42 EP_116 MQL.14 MQL.15 comprometimento da gerência liberdade pessoal EP_20 EP_60 EP_116 EP_7 MQL.16 tempo de desenvolvimento EP_42 EP_144 MQL.17 execução de avaliações iniciais disponibilidade e utilização de sistemas de controle que vão desde métodos informais até técnicas específicas, tais como gestão da qualidade total (TQM) EP_27 EP_46 Nova estratégia de produto (clara, definida, comprometida) Ligação entre ideia e estratégia metas de inovação correspondem aos objetivos estratégicos Estratégia de novos produtos definida e comunicada A extensão das metas do projeto são claras e realistas a extensão do comportamento colaborativo das equipes de desenvolvimento de produto recompensas baseadas no desempenho da equipe, e não sobre o desempenho individual extensão em que o pessoal é recompensado Envolvimento da gerência sênior nas decisões Continua / Aborta Alto compromisso da gestão Grau de liberdade pessoal nas decisões operacionais do dia-a-dia, como quando trabalhar e como resolver problemas tempo de desenvolvimento de produtos da geração conceito de introdução no mercado Velocidade para o mercado tempo entre o conceito de serviço até o lançamento triagem inicial da nova ideia triagem inicial da ideia do produto 63 EP_51 EP_183 EP_20 EP_27 EP_42 EP_46 MQL.18 Avaliação preliminar de mercado EP_51 EP_60 EP_183 EP_199 EP_27 EP_42 EP_46 MQL.19 Avaliação preliminar de tecnologia EP_51 EP_183 EP_199 MQL.20 envolvimento do cliente EP_20 EP_27 EP_60 EP_116 EP_135 EP_27 MQL.21 estudo detalhado de mercado MQL.22 MQL.23 teste de campo analise competitiva MQL.24 analise financeira e de negócio MQL.25 prototipagem antecipada EP_46 EP_51 EP_183 EP_27 EP_27 EP_27 EP_46 EP_51 EP_183 EP_42 EP_60 atividades realizadas para avaliar novas ideias de produtos triagem da ideia inicial orientação para o mercado Avaliação preliminar de mercado Participação inicial do marketing Avaliação preliminar de mercado realização de atividades para avaliar a resposta do mercado Marketing como fonte de ideia avaliação preliminar de mercado / teste de ideia Os mercados são avaliados preliminarmente Avaliação preliminar técnica. Envolvimento precoce de produção Avaliação técnica preliminar realização de atividades para avaliar os aspectos técnicos avaliações técnicas preliminares (design e fabricação) A adequação de tecnologias novas e / ou atuais é estudado e avaliado Envolvimento do cliente Trabalho com o cliente de ponta Cliente como fonte de ideia Participação ampla do cliente Informações sobre as necessidades dos clientes são coletados e analisados Estudo detalhado de mercado Estudo detalhado de mercado ou pesquisa de mercado Pesquisa de mercado detalhada Estudo detalhado de mercado (teste de conceito) Testes de campo A análise da competitividade análise de negócio e financeira Análise financeira e de negócios antes do desenvolvimento Análise financeira Análise financeira e de negócios Uso de protótipos na fase de especificação do projeto Criação de protótipos 64 MQL.26 fontes externas de ideias EP_42 EP_60 utilização de fontes externas para geração de ideias Contato com os concorrentes MQL.27 envolvimento antecipado do setor de compras EP_42 Participação inicial do departamento de compras interno MQL.28 envolvimento antecipado dos fornecedores EP_42 Envolvimento precoce dos fornecedores MQL.29 completude EP_69 nível de variação da abordagem de um conceito, suas sub-funções descritas em função da estrutura MQL.30 grau de novidade EP_69 variedade / espaço de MQL.31 soluções EP_227 EP_69 EP_227 EP_116 MQL.32 colaboração externa EP_135 EP_205 flexibilidade do processo plano de negócios MQL.34 antecipado estudo de viabilidade MQL.35 antecipado MQL.33 MQL.36 analise de riscos MQL.37 folga de recursos uso de ferramentas de criatividade MQL.38 MQL.39 suficiência de recursos O grau de novidade Medida de quão incomum ou inesperada é uma ideia, em comparação com outras Medida do espaço de soluções exploradas durante a geração da ideia A avaliação da variedade de um grupo inteiro de ideias, não de uma idéia individual Ligações que o grupo inovador mantém com organizações e fontes externas Intensidade da colaboração com outras empresas ou centros de P & D ligações que o grupo mantém para inovar com organizações externas e fontes EP_20 flexibilidade dos processos EP_60 Qualidade do Plano de Negócios EP_60 Qualidade do Estudo de Viabilidade EP_60 EP_116 EP_116 Qualidade da análise de risco Propensão para assumir riscos Folgas nos recursos financeiros e humanos Disponibilidade e uso de ferramentas e técnicas para promover a criatividade EP_116 EP_20 Recurso de apoio para o desenvolvimento de novos produtos (orçamentos suficientes, recursos humanos) Foram encontrados 8 objetivos principais nas referências analisadas pela revisão sistemática: O1 – Garantir a qualidade do processo de inovação 65 O2 – Avaliar a proficiência do processo de inovação O3 – Garantir recursos adequados O4 – Avançar na criação de conhecimento O5 – Garantir acesso a ferramentas de suporte O6 – Garantir a qualidade do produto/ideia O7 – Melhorar a avaliação de novos conceitos O8 – Avaliar o alinhamento das ações com a estrategia da organização Em seguida, as métricas foram agrupadas em áreas nas quais tem impacto direto na organização: A1. Qualidade do processo – ligadas ao processo de inovação (etapas do ffe) em si; A2. Definição do produto – ligadas a definição do conceito / produto / ideia e sua relação com o mercado; A3. Liderança estratégica – ligadas a estratégia da organização e tomada de decisão (motor do NCD); A4. Recursos (humanos e financeiros) – insumos necessários para o andamento das atividades (fatores de influência do NCD); A5. Resultado do processo – ligados a avaliação dos artefatos de saída do processo; A6. Sistemas e ferramentas – ligados a sistemas e ferramentas que dão suporte ao processo (fatores de influência do NCD). 66 A Tabela 4.7 e a Tabela 4.8Tabela 4.8 a seguir, sumarizam as métricas, categorizando-as em áreas e apontando os objetivos que se propõem a alcançar: Tabela 4.7 – Mapeamento das Métricas Quantitativas x Objetivos Área A1. Qualidade do processo A4. Recursos ID Métrica Objetivo MQT.1 concorrência de fases O1. garantir a qualidade do processo de inovação MQT.2 mudanças de especificação O1. garantir a qualidade do processo de inovação MQT.3 # marcos (milestones) O1. garantir a qualidade do processo de inovação MQT.4 # engenharias reversas O1. garantir a qualidade do processo de inovação MQT.5 efetividade do processo O2. proficiência do processo de inovação MQT.6 # sugestões de melhoria do processo por empregado O2. proficiência do processo de inovação MQT.7 % de sugestões implementadas O2. proficiência do processo de inovação MQT.8 % tempo utilizado em contato com clientes O2. proficiência do processo de inovação MQT.9 conexões com outras organizações de pesquisa O2. proficiência do processo de inovação MQT.10 % tempo livre O2. proficiência do processo de inovação MQT.11 % distribuição entre tipos O2. proficiência do processo de inovação MQT.12 % conciencia dos funcionários (politicas e valores) O2. proficiência do processo de inovação MQT.13 # projetos com times multifuncionais O2. proficiência do processo de inovação MQT.14 # mudanças de departamento O3. garantir recursos adequados MQT.15 % atrasos por falta de verba O2. proficiência do processo de inovação MQT.16 % atrasos por falta de pessoal O2. proficiência do processo de inovação MQT.17 # pessoas envolvidas no FFE O3. garantir recursos adequados MQT.18 gastos com inovação O3. garantir recursos adequados 67 MQT.19 gastos com melhoria de equipamento (relacionados com inovação) O3. garantir recursos adequados MQT.20 número de ideias O2. proficiência do processo de inovação MQT.21 número de ideias avaliadas O2. proficiência do processo de inovação MQT.22 # novas áreas (negócios) O2. proficiência do processo de inovação MQT.23 # patentes O4. avanço na criação de conhecimento MQT.24 # citações O4. avanço na criação de conhecimento MQT.25 # publicações O4. avanço na criação de conhecimento MQT.26 # licenças O4. avanço na criação de conhecimento MQT.27 tempo - conceito ao protótipo O4. avanço na criação de conhecimento MQT.28 # revisões de projeto / relatórios técnicos O4. avanço na criação de conhecimento MQT.29 # projetos rejeitados O2. proficiência do processo de inovação MQT.30 % lideres / funcionários treinados O2. proficiência do processo de inovação A6. Sistemas e MQT.31 ferramentas % pessoal treinado em ferramentas de inovação O5. garantir acesso a ferramentas de suporte MQT.32 % projetos utilizando ferramentas p/ inovação O5. garantir acesso a ferramentas de suporte A5. Resultado do processo Tabela 4.8 – Mapeamento das Métricas qualitativas x Objetivos Área ID Métrica MQL.1 superioridade do produto no atendimento de necessidades vs competidores superioridade na qualidade do produto vs competidores MQL.2 A2. Definição do produto MQL.3 MQL.4 MQL.5 MQL.6 benefícios claros definições claras e antecipadas priorização de requisitos uso de ferramentas para controle de qualidade Objetivo O6. garantir a qualidade do produto/ideia O6. garantir a qualidade do produto/ideia O6. garantir a qualidade do produto/ideia O6. garantir a qualidade do produto/ideia O6. garantir a qualidade do produto/ideia O6. garantir a qualidade do produto/ideia 68 MQL.7 MQL.8 MQL.9 MQL.10 MQL.11 A3. Liderança estratégica MQL.12 MQL.13 MQL.14 MQL.15 MQL.16 MQL.17 MQL.18 MQL.19 MQL.20 MQL.21 A1. Qualidade do processo MQL.22 MQL.23 MQL.24 MQL.25 MQL.26 MQL.27 MQL.28 MQL.29 capacidade da organização de assimilação O6. garantir a qualidade do produto/ideia O7. melhorar a avaliação de criatividade interna novos conceitos O8. Alinhamento das ações proposito compartilhado pelo com a estrategia da time organização O8. Alinhamento das ações objetivos estratégicos de com a estrategia da inovação organização O8. Alinhamento das ações clareza dos objetivos do com a estrategia da projeto organização O8. Alinhamento das ações com a estrategia da trabalho em equipe organização O2. Proficiencia do processo premios por execução de inovação O8. Alinhamento das ações com a estrategia da comprometimento da gerência organização O8. Alinhamento das ações com a estrategia da liberdade pessoal organização O2. Proficiencia do processo tempo de desenvolvimento de inovação execução de avaliações O1. garantir a qualidade do iniciais processo de inovação Avaliação preliminar de O1. garantir a qualidade do mercado processo de inovação Avaliação preliminar de O1. garantir a qualidade do tecnologia processo de inovação O1. garantir a qualidade do envolvimento do cliente processo de inovação O1. garantir a qualidade do estudo detalhado de mercado processo de inovação O1. garantir a qualidade do teste de campo processo de inovação O1. garantir a qualidade do analise competitiva processo de inovação analise financeira e de O1. garantir a qualidade do negócio processo de inovação O1. garantir a qualidade do prototipagem antecipada processo de inovação O1. garantir a qualidade do fontes externas de ideias processo de inovação envolvimento antecipado do O1. garantir a qualidade do setor de compras processo de inovação envolvimento antecipado dos O1. garantir a qualidade do fornecedores processo de inovação O7. melhorar a avaliação de completude novos conceitos 69 MQL.30 A4. Recursos MQL.31 grau de novidade variedade / espaço de soluções MQL.32 colaboração externa MQL.33 flexibilidade do processo MQL.34 MQL.35 plano de negócios antecipado estudo de viabilidade antecipado MQL.36 analise de riscos MQL.37 MQL.38 folga de recursos uso de ferramentas de criatividade MQL.39 suficiência de recursos O7. melhorar a avaliação de novos conceitos O7. melhorar a avaliação de novos conceitos O6. garantir a qualidade do produto/ideia O1. garantir a qualidade do processo de inovação O1. garantir a qualidade do processo de inovação O1. garantir a qualidade do processo de inovação O1. garantir a qualidade do processo de inovação O3. garantir recursos adequados O5. garantir acesso a ferramentas de suporte O5. garantir acesso a ferramentas de suporte Entre as métricas encontradas, podemos destacar que as citadas com maior frequência como um forte indício da sua importância. Tabela 4.9 – Métricas mais citadas na RSL ID MQT.17 MQT.20 MQT.21 MQT.23 MQT.32 MQL.4 MQL.11 MQL.17 MQL.18 MQL.19 MQL.20 MQL.24 Métrica # pessoas envolvidas no FFE número de ideias número de ideias avaliadas # patentes % projetos utilizando ferramentas p/ inovação definições claras e antecipadas clareza dos objetivos do projeto execução de avaliações iniciais Avaliação preliminar de mercado Avaliação preliminar de tecnologia envolvimento do cliente analise financeira e de negócio # citações 3 5 3 6 3 4 5 4 8 6 5 4 70 4.3. APLICANDO O GQM NA GESTÃO DA INOVAÇÃO Como visto na seção 2.52.5 do referencial teórico, o paradigma GQM possui quatro fases - planejamento, definição, coleta de dados e interpretação. Serão detalhadas nas sub-seções seguintes. Planejamento O planejamento segue quatro passos vistos na Figura 4.1Figura 4.1 e começa pela a definição do time responsável por definir e acompanhar todo o processo do GQM. Sem uma equipe independente e responsável pela continuidade do programa de medição, o processo de medição tente a falhar. Quando os prazos apertam, a atividade de medir acaba recebendo menos atenção, a não ser que exista essa equipe de GQM (Soligen, 1999). Figura 4.1 – Processo de planejamento do GQM para inovação 1 Áreas passíveis de melhoria Definir o time GQM 2 Selecionar áreas de melhoria 3 Estratégia Organizacional Criar plano de medição 4 Treinar e promover o plano As atividades realizadas pela equipe GQM serão: Planejar o programa de medição; Definir e checar as atividades de coleta e os entregaveis; 71 Organizar seções de feedback com as interpretações realizadas; Moderar seções de feedback; Reportar o progresso da organização disseminando os resultados; Em seguida, deve-se identificar e selecionar as áreas de melhoria utilizando a estratégia organizacional, áreas detectadas anteriormente, problemas aparentes que a organização tenta resolver e processos e/ou produtos que podem ser melhorados como insumo. É importante levantar detalhes como: o problema ou área de melhoria; o processo ou produto envolvido; influências ambientais, legislativas, organizacionais e tecnológicas; pessoas envolvidas e suas experiências passadas com métricas e QGM. Esses dados servirão de insumo para o próxima atividade. O terceiro passo é a criação de um plano de medição contendo as informações do programa, seu cronograma, detalha prioridades, controle de riscos e atividades de treinamento e divulgação. O último passo se refere a executar as atividades de treinamento e divulgação postas no plano. O objetivo é concientizar a organização sobre: Princípios e o método GQM; Definição clara dos objetivos de melhoria propostos; Benefícios do programa; Impacto das medições nas atividades do dia a dia; Definição A etapa de definição possui cinco passos e considera uma pré-atividade que serve de insumo para dois desses passos, vistos na Figura 4.2Figura 4.2. 72 Figura 4.2 – Processo de definição do GQM para inovação 1 0 Definir objetivos de medição Definir/Revisar Estratégia e processo de inovação 2 Definir questões e hipóteses 3 Definir métricas 4 Produzir plano GQM e de avaliação Inicia-se pela definição ou revisão da estratégia e do processo de inovação. A estratégia de inovação serve para auxiliar na determinação dos objetivos. Já a definição formal do processo permitirá a identificação e a validação de algumas das métricas. Pois, servirão para avaliar tanto artefatos de entrada e saída como a execução do processo em si. A etapa um refere-se a definição dos objetivos de medição. Estes, são baseados nos objetivos de melhoria identificados no planejamento. É importante que todos os envolvidos no programa de medição participem desta definição, para entender o motivo de cada métrica. Um objetivo é definido para um objeto (processo, produto ou recurso), com uma série de propósitos (entendimento, avaliação, previsão, controle, ou melhoria), com difetentes focos de qualidade (redução de custo, diminuição de defeitos, confiabilidade, melhoria de interface), com alguns pontos de vista (usuário, consumidor, gerente, desenvolvedor, organização) e em um ambiente particular. Em seguida, deve-se definir as questões e hipóteses com o auxilio dos times de desenvolvimento visando capturar definições, pressupostos e modelos relacionados aos objetivos, tornando o conhecimento implícito das equipes de projeto em explícito. Enquanto os objetivos são definidos em um nível mais 73 abstrato, as questões são refinamentos desses objetivos em um nível mais operacional, mais adequado para interpretações futuras. Já as hipóteses – possiveis soluções da questão – auxiliam na etapa de interpretação dos dados, possibilitando fazer comparações e identificar os motivos que levaram as diferenças quanto as espectativas. Na terceiro etapa, um conjunto de dados (métricas) é associado a cada questão na tentativa de respondê-las de forma quantitativa (dependendo apenas do objeto medido) ou qualitativa (dependendo do objeto e do ponto de vista que é analisado). Deve-se levar em conta mais uma vez a estratégia da organização e o processo de inovação para priorizar o que deve ser medido. Tabela 4.10 – Exemplo 1 de aplicação do GQM Objeto Propósito Objetivo Foco Ponto de vista Questão Métricas O5. garantir acesso a ferramentas de suporte Melhoria Abrangência do acesso a ferramentas Alta Gerência O uso de ferramentas de suporte é adequado? MQT.31 - % pessoal treinado em ferramentas de inovação MQT.32 - % projetos utilizando ferramentas p/ inovação Tabela 4.11 – Exemplo 2 de aplicação do GQM Objeto Propósito Objetivo Foco Ponto de vista Questão Métricas O1. garantir a qualidade do processo de inovação Avaliação Adequação ao mercado Gerência de Inovação As novas ideias são adequadas às necessidades do mercado? MQL.18 - Nota média das avaliações preliminar de mercado MQL.20 - Nota média do envolvimento do cliente na definição do produto MQL.22 - Nota média dos Teste de campo / protótipo 74 Tabela 4.12 – Exemplo 3 de aplicação do GQM Objeto Propósito Objetivo Foco Ponto de vista Questão Métricas O7. Melhorar a avaliação de novos conceitos Melhoria Definição dos conceitos Gerência de Inovação As novas ideias/conceitos são bem definidos? MQL.29 - completude MQL.30 - grau de novidade MQL.31 - variedade / espaço de soluções Tabela 4.13 – Exemplo 4 de aplicação do GQM Objetivo Objeto Velocidade de avaliação Propósito Melhoria Foco Ponto de vista Questão Métricas Questão Avaliação no momento certo Gerência de Inovação Qual a velocidade atual de avaliação de ideias? MQT.27 - tempo - conceito ao protótipo # médio de avaliações até aprovação # de reavaliações por falta de informação Está ocorrendo melhoras na velocidade? Tempo médio do conceito até iniciar o desenvolvimento Tempo esperado Métricas MQL.16 - Avaliação da gerência quanto à velocidade Por fim, na quarta etapa, deve-se preparar o plano QGM contendo todos os objetivos, questões e métricas definidos anteriormente. Procedimentos de como realizar as medições também são importantes: valores possíveis; responsável pela coleta; momento que deve ser coletada; forma de coleta (ferramenta ou formulário). Pode ser criado também um plano de análise, contendo uma simulação dos dados antes do processo de medição começar. Com ele, o time terá uma indicação das tabelas e gráficos que irão receber e interpretar. Coleta de dados Na etapa de coleta de dados, deve-se utilizar o manual de coleta que foi definido no plano GQM, contendo: 75 Valores possíveis (forma de coleta); Responsável pela medição; Período em que os dados devem ser coletados; Como devem ser coletados da forma mais eficiente e eficaz; Para quem deve ser entregue; Nesta fase, é importante realizar um período de testes para avaliar os procedimentos, os formulários e/ou ferramentas utilizadas. Deve-se ter cuidado redobrado para garantir o correto preenchimento dos formulários e a definição dos sistemas de coleta automáticos. Sistemas de suporte a medições (MMS – mesurement suport systems) são ferramentas importantes pois suportam todas as atividades do processo: Coleta, registro e manutenção dos dados; Processamento das informações de forma automática (combinação, ordenação, divisão de métricas); Visualização em tabelas e gráficos. Interpretação A última fase do processo é a de interpretação dos dados, que consiste na avaliação e apresentação dos resultados. Deve-se preparar seções de feedback mostrando: Avaliações das ações tomadas anteriormente; Interpretação das métricas com relação as questões e objetivos traçados no plano GQM, através de gráficos e tabelas; Conclusões e planos de açãos relativos aos resultados das medições; O programa de medições em si deve ser avaliado e melhorias das métricas e atividades devem ser propostas; 76 4.4. DISCUSSÃO SOBRE OS RESULTADOS OBTIDOS O processo de inovação é bastante amplo (FFE, desenvolvimento e comercialização). Entretanto, mesmo sabendo-se que o FFE é a etapa com maior chance de aprimorar o processo de inovação, medi-lo de forma específica não tem sido prioridade. Poucos esforços foram realizados para identificar quais métricas se enquadram nessa área. Este trabalho procurou, de forma sistemática, encontrar evidências na literatura com este objetivo.Desta forma, algumas análises quanto aos resultados podem ser realizadas. Primeiramente, na Tabela 4.5Tabela 4.5 e ID Métrica MQT.1 concorrência de fases MQT.2 MQT.3 MQT.4 MQT.5 MQT.6 MQT.7 MQT.8 mudanças de especificação # marcos (milestones) # engenharias reversas efetividade do processo # sugestões de melhoria do processo por empregado % de sugestões implementadas % tempo utilizado em contato com clientes Estudo Primário Descrição EP_42 tempo que o projeto encontrava-se simultaneamente em mais de uma fase, em% da duração total do projeto EP_42 número de alterações nas especificações durante o curso do projeto EP_42 número de marcos utilizados no projeto EP_42 número de análises de engenharia reversa EP_93 número de novos processos e melhorias significativas por ano EP_93 número de sugestões de melhoria por empregado EP_93 EP_135 percentual de melhorias sugeridas que foram implementadas percentual do tempo que a equipe gasta em contato direto com o cliente MQT.9 conexões com outras organizações de pesquisa EP_135 número de conexões com outras organizações, os contratos e acordos de pesquisa colaborativa MQT.10 % tempo livre EP_222 % do "tempo livre para invenções" dos funcionários MQT.11 % distribuição entre tipos EP_222 % de distribuição de novas ideias por tipo: marketing, tecnologia, requisitos, redução de custos, qualidade, etc. 77 % consciência dos MQT.12 funcionários (políticas e valores) # projetos com times multifuncionais # mudanças de MQT.14 departamento EP_93 % dos empregados conscientes do compartilhamento de políticas de inovação e seus valores número de projetos usando equipes multifuncionais número de empregados rodado entre os EP_135 departamentos % de projetos atrasados, cancelados devido à EP_93 falta de financiamento % atrasos por falta de MQT.15 verba número de projetos atrasados devido à falta de EP_225 financiamento % de projetos adiados ou cancelados devido à EP_93 falta de recursos humanos % atrasos por falta de MQT.16 pessoal número projetos atrasados devido à falta de EP_225 recursos humanos MQT.13 EP_135 EP_116 MQT.17 % envolvidos ffe EP_141 EP_222 EP_116 MQT.18 gastos com inovação gastos com melhoria de equipamento MQT.19 (relacionados com inovação) número de ideias número de pessoas que estiveram envolvidas nas discussões iniciais do conceito de produto % das equipes que tem a tarefa de inventar novas ideias/conceitos capital financeiro - P & D EP_205 financiamento adequado - gastos por item (departamentos, patente, inovação ou cientista) EP_205 Aquisição de máquinas e equipamentos novos, relacionados a inovações EP_60 EP_93 EP_222 MQT.20 número de pessoas comprometidas com a tarefa de inovação (números absolutos e relativos ao total de empregados) EP_225 EP_225 EP_227 EP_93 número de projetos de P & D novos produtos / ideias geradas número de ideias geradas em um período Número de novas ideias de produtos (ou acessórios) Número total de ideias geradas # ideias geradas por unidade de tempo Número de novas ideias de produtos ou melhorias avaliados no ano passado # ideias avaliados por unidade de tempo Percentual de ideias de produtos aprovados MQT.21 número de ideias avaliadas MQT.22 # novas áreas (negócios) EP_93 Número de novas área de negócios baseadas em produtos/empresas começadas nos últimos 5 anos MQT.23 # patentes EP_93 número de patentes EP_207 EP_222 78 EP_116 EP_135 EP_141 EP_205 EP_207 MQT.24 # citações EP_135 MQT.25 # publicações EP_135 MQT.26 # licenças MQT.27 tempo do conceito ao protótipo MQT.28 # revisões de projeto / relatórios técnicos EP_116 MQT.29 # projetos rejeitados EP_60 EP_93 EP_205 EP_144 EP_207 EP_42 MQT.30 % lideres / funcionários treinados EP_93 EP_222 MQT.31 % pessoal treinado em ferramentas de inovação % projetos utilizando MQT.32 ferramentas p/ inovação número ou o valor das patentes número de patentes concedidas à empresa em um determinado ano ou total média do número de patentes número ou o valor das patentes número de patentes número de citações das patentes de uma empresa de artigos científicos número de publicações em journals, palestras e o número de relatórios técnicos Número de licenças Número de licenças tempo gasto desde o conceito ao protótipo tempo de ciclo médio Estatísticas sobre o uso de métodos formais de coleta de informações, tais como revisões de projeto e o uso de relatórios técnicos número de projetos rejeitados % lideres de equipe treinados em técnicas de criatividade treinamento por empregado de P&D % do pessoal de NPD que participou de formação criativa EP_135 percentual de funcionários de NPD com o acesso e formação em recursos eletrônicos EP_93 percentual de projetos em que sejam aplicadas ferramentas específicas (FMEA, QFD, métodos de prototipagem rápida, Taguchi) EP_222 Percentagem de projetos usando ferramentas de gerenciamento de projetos (por exemplo, QFD, FMEA) EP_225 % De projetos que realmente usam o pensamento sistemático, criativo e métodos e ferramentas de mercado (por exemplo, TRIZ, SIT, etc.) Estudo Primário Descrição EP_42 tempo que o projeto encontrava-se simultaneamente em mais de uma fase, em% da duração total do projeto Tabela 4.6 ID Métrica MQT.1 concorrência de fases 79 MQT.2 MQT.3 MQT.4 MQT.5 MQT.6 MQT.7 MQT.8 mudanças de especificação # marcos (milestones) # engenharias reversas efetividade do processo # sugestões de melhoria do processo por empregado % de sugestões implementadas % tempo utilizado em contato com clientes EP_42 número de alterações nas especificações durante o curso do projeto EP_42 número de marcos utilizados no projeto EP_42 número de análises de engenharia reversa EP_93 número de novos processos e melhorias significativas por ano EP_93 número de sugestões de melhoria por empregado EP_93 EP_135 percentual de melhorias sugeridas que foram implementadas percentual do tempo que a equipe gasta em contato direto com o cliente MQT.9 conexões com outras organizações de pesquisa EP_135 número de conexões com outras organizações, os contratos e acordos de pesquisa colaborativa MQT.10 % tempo livre EP_222 % do "tempo livre para invenções" dos funcionários MQT.11 % distribuição entre tipos EP_222 % de distribuição de novas ideias por tipo: marketing, tecnologia, requisitos, redução de custos, qualidade, etc. EP_93 % dos empregados conscientes do compartilhamento de políticas de inovação e seus valores % consciência dos MQT.12 funcionários (políticas e valores) # projetos com times multifuncionais # mudanças de MQT.14 departamento número de projetos usando equipes multifuncionais número de empregados rodado entre os EP_135 departamentos % de projetos atrasados, cancelados devido à EP_93 falta de financiamento % atrasos por falta de MQT.15 verba número de projetos atrasados devido à falta de EP_225 financiamento % de projetos adiados ou cancelados devido à EP_93 falta de recursos humanos % atrasos por falta de MQT.16 pessoal número projetos atrasados devido à falta de EP_225 recursos humanos MQT.13 EP_135 EP_116 MQT.17 % envolvidos ffe EP_141 EP_222 MQT.18 gastos com inovação EP_116 número de pessoas comprometidas com a tarefa de inovação (números absolutos e relativos ao total de empregados) número de pessoas que estiveram envolvidas nas discussões iniciais do conceito de produto % das equipes que tem a tarefa de inventar novas ideias/conceitos capital financeiro - P & D 80 gastos com melhoria de equipamento MQT.19 (relacionados com inovação) EP_205 financiamento adequado - gastos por item (departamentos, patente, inovação ou cientista) EP_205 Aquisição de máquinas e equipamentos novos, relacionados a inovações EP_60 EP_93 EP_222 MQT.20 número de ideias EP_225 EP_225 EP_227 MQT.21 número de ideias avaliadas MQT.22 # novas áreas (negócios) EP_93 EP_207 EP_222 EP_93 EP_93 EP_116 MQT.23 # patentes EP_135 EP_141 EP_205 EP_207 MQT.24 # citações EP_135 MQT.25 # publicações EP_135 MQT.26 # licenças MQT.27 tempo do conceito ao protótipo MQT.28 # revisões de projeto / relatórios técnicos EP_116 MQT.29 # projetos rejeitados EP_60 EP_93 EP_205 EP_144 EP_207 EP_42 MQT.30 % lideres / funcionários treinados EP_93 EP_222 número de projetos de P & D novos produtos / ideias geradas número de ideias geradas em um período Número de novas ideias de produtos (ou acessórios) Número total de ideias geradas # ideias geradas por unidade de tempo Número de novas ideias de produtos ou melhorias avaliados no ano passado # ideias avaliados por unidade de tempo Percentual de ideias de produtos aprovados Número de novas área de negócios baseadas em produtos/empresas começadas nos últimos 5 anos número de patentes número ou o valor das patentes número de patentes concedidas à empresa em um determinado ano ou total média do número de patentes número ou o valor das patentes número de patentes número de citações das patentes de uma empresa de artigos científicos número de publicações em journals, palestras e o número de relatórios técnicos Número de licenças Número de licenças tempo gasto desde o conceito ao protótipo tempo de ciclo médio Estatísticas sobre o uso de métodos formais de coleta de informações, tais como revisões de projeto e o uso de relatórios técnicos número de projetos rejeitados % lideres de equipe treinados em técnicas de criatividade treinamento por empregado de P&D % do pessoal de NPD que participou de formação criativa 81 MQT.31 MQT.32 % pessoal treinado em ferramentas de inovação % projetos utilizando ferramentas p/ inovação EP_135 percentual de funcionários de NPD com o acesso e formação em recursos eletrônicos EP_93 percentual de projetos em que sejam aplicadas ferramentas específicas (FMEA, QFD, métodos de prototipagem rápida, Taguchi) EP_222 Percentagem de projetos usando ferramentas de gerenciamento de projetos (por exemplo, QFD, FMEA) EP_225 % De projetos que realmente usam o pensamento sistemático, criativo e métodos e ferramentas de mercado (por exemplo, TRIZ, SIT, etc.) Tabela 4.6, foram apresentam 32 métricas quantitativas e 39 métricas qualitativas, respectivamente. Referem-se a como medir as atividades dos dois modelos discutidos na seção 2.32.3 do referencial teórico e áreas relacionadas a esses modelos: Khurana e Rosenthal; NCD (contando também motor e fatores de influência), avaliando essas etapas definidas no FFE. As métricas foram agrupadas em 6 áreas – qualidade do processo de inovação; definição do conceito/produto; liderança estratégica; recursos humanos e financeiros; resultados do processo; sistemas e ferramentas de apoio – com o objetivo de facilitar um futuro mapeamento, mais amplo de todas as atividades do processo de gestão da inovação. Com essa classificação, será possível criar um guia com maiores detalhes e com um espaço de alternativas bastante amplo para facilitar a construção de um programa de medições GQM para todo o processo de inovação; Posteriormente, na Tabela 4.7Tabela 4.7 e na Tabela 4.8Tabela 4.8 foi feita uma analise inversa do GQM, buscando com que objetivo (motivos) as referências encontradas na RSL utilizavam as métricas apresentadas. Com os 20 artigos trabalhados, foi feito um mapeamento de 71 métricas em 8 objetivos principais já descritos na seção 4.24.2 anterior. Como pode ser percebido, os objetivos encontrados nas referências, estão todos ligados principalmente a avaliação/acompanhamento do processo (O1 – Garantir a qualidade do processo de inovação; O2 – Avaliar a proficiência do processo de inovação; O6 82 – Garantir a qualidade do produto/ideia; O7 – Melhorar a avaliação de novos conceitos), artefatos de entrada e saída (O3 – Garantir recursos adequados; O4 – Avançar na criação de conhecimento) e áreas relacionadas (O5 – Garantir acesso a ferramentas de suporte; O8 – Avaliar o alinhamento das ações com a estrategia da organização) e que dão suporte para que seja possível realizar as atividades do FFE. Entretanto, as referências não tinham a visão de criar objetivos específicos para só então atribuir métricas na tentativa de avaliar se eram cumpridos. A partir das etapas do processo, eram utilizadas as métricas mais diretas. Posteriormente, na seção 4.34.3 foi discutida a abordagem do GQM para o processo de inovação, utilizando como exemplos alguns objetivos de melhoria encontrados nas referências da RSL e algumas propostas próprias para melhorias de etapas do fuzzy front end do processo de inovação. Com um objetivo em mente, fica mais fácil definir o que realmente precisa ser medido, avaliado e como fazê-lo. As organizações ainda sentem muita dificuldade em medir a performance da geração de novos produtos além das métricas financeiras tradicionais. Por isso, é recomendado que se faça uso do GQM para definir os objetivos específicos da organização e endereçar os problemas e pontos de melhoria que devem ser tratados em todo o processo de gestão da inovação. Os resultados apresentados neste trabalho devem servir apenas como ponto de partida para que organizações possam obter mais informações sobre o uso de métricas e seus efeitos, assim como entender como construir um sistema de avaliação do processo de inovação. 83 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste capítulo são descritas as considerações finais do estudo, separadas nas seguintes seções: resultados obtidos, limitações do estudo, propostas de trabalhos futuros e conclusões obtidas com o trabalho. 5.1. RESULTADOS OBTIDOS O objetivo principal desse trabalho foi identificar um conjunto de métricas utilizadas no FFE e suas contribuições para o processo de inovação, no intuito de ajudar as organizações a serem mais eficientes e eficazes na criação de novos produtos. Dentre as contribuições, pode-se destacar: Identificação de um conjunto de métricas utilizadas no Fuzzy Front End do processo de inovação; Levantamento dos principais estudos do estado da arte das métricas para o FFE, provendo uma estruturada para melhor contextualizar os objetivos desse trabalho; Proposição da abordagem GQM para o processo de inovação utilizando o FFE e suas métricas como exemplo; Clarificação da área de pesquisa, mostrando a distribuição dos trabalhos publicados ao longo dos últimos anos; Identificação das principais fontes de busca e publicação e a cobertura provida pelos engenhos de busca; Criação de um protocolo de RSL que pode ser utilizado para expandir a pesquisa para todo o processo de inovação; 5.2. LIMITAÇÕES DO ESTUDO Apesar da preocupação em utilizar um quadro metodológico rigoroso, esta pesquisa apresenta algumas limitações e ameaças a sua validade. 84 Primeiramente, as evidências do estudo foram coletadas de apenas de vinte trabalhos. Apesar de a quantidade ser consistente com outras revisões sistemáticas na área de engenharia de software, isso constitui uma limitação. Este baixo número de trabalhos obtidos pode ser explicado pelo foco dado ao FFE, não tão abordado como o processo de inovação como um todo. Além disso, alguns trabalhos potencialmente relevantes foram excluídos por não estarem disponíveis através da licença da UFPE. Mesmo previsto no protocolo da revisão sistemática como um dos critérios de exclusão, esta barreira inviabiliza a avaliação e possível inclusão desses estudos na revisão, sendo esta uma limitação deste trabalho. Entretanto, pesquisadores interessados em superar as limitações da licença de acesso, podem utilizar todo o pacote de pesquisa desse trabalho para replicar a pesquisa utilizando outras fontes. Outro fator foi a não realização da revisão por pares no processo de busca e extração de dados. Isso representa uma limitação, mas é aceito por KITCHENHAM (2007) para alunos de PhD que utilizam revisão sistemática (nada foi dito sobre alunos de mestrado). Segundo ela basta que o orientador da tese, assim como outros envolvidos, participe da revisão do protocolo e revise partes da execução da revisão. Neste sentido, outros estudantes de mestrado, o orientador e um revisor externo revisaram todo o protocolo de estudo deste trabalho, onde alguns deles também revisaram a síntese dos dados e o relatório de resultados. 5.3. TRABALHOS FUTUROS Um trabalho também tem sua relevância avaliada pelas oportunidades de trabalhos futuros que ele provê. Então, buscando obter tal importância, a seguir são propostos alguns direcionamentos para novas pesquisas que identificados a partir desta pesquisa. 85 Extensão da pesquisa levando em conta todo o processo de inovação, buscando os principais objetivos de melhoria do processo e da avaliação da capacidade inovativa das organizações, ampliando a quantidade de áreas de métricas e seus objetivos; Propor um guia inicial de GQM para gestão da inovação como um todo; Avaliação e refinamento do estudo através de uma pesquisa de campo, com a realização de entrevistas com especialistas da área para definição de objetivos e métricas para o processo de inovação; Definição e desenvolvimento de uma ferramenta baseada no processo GQM para o processo de inovação; 5.4. CONCLUSÕES Existem evidências na literatura mostrando que é importante medir e avaliar o processo de inovação e que a melhoria das etapas do FFE é de extrema importância para trazer vantagem competitiva para as organizações. Entretanto, medir o FFE e algumas outras etapas é uma tarefa difícil. Na tentativa de facilitar essa prática, é sugerido utilizar a abordagem GQM. Este estudo identificou sistematicamente as métricas utilizadas no FFE e os objetivos de utilizá-las. Porém, ainda é necessário aprofundar as pesquisas na direção de ampliar a pesquisa para todo o processo de inovação. 86 REFERÊNCIAS ALLIO, M. Metrics that matter: seven guidelines for better performance measurement. Handbook of Business Strategy, v. 7, n. 1, p. 255-263., 2006. ANDREW, J. P.; HAANÆS, K.; MICHAEL, D. C.; HAROLD, S. L.; TAYLOR, A. Measuring Innovation 2009, The Need for Action. BCG Senior Management Survey, 2009. BACKMAN, M.; BÖRJESSON, S.; SETTERBERG, S. Working with concepts in the fuzzy front end: exploring the context for innovation for different types of concepts at Volvo Cars. R&D Management, v. 38, n. 1, p. 17–28, 2007. 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O protocolo foi criado para dar suporte à execução das três pesquisas dos alunos de mestrado que buscavam resolver questões de uma mesma área, a Gestão da Inovação; portanto, sua versão completa possuía informações relativas aos três trabalhos. Desta forma, optou-se por omitir as informações relativas aos demais, assim como seções de menor importância ou já apresentadas neste trabalho - Histórico de revisões, sumário e o background da pesquisa. PROTOCOLO Revisão Sistemática da Literatura em Gestão de Inovação 94 Equipe Nome Afiliação Papel Daniel de França Arcoverde CIn – Universidade Federal de Pernambuco Autor Cleviton Vinicius Fonseca Monteiro CIn – Universidade Federal de Pernambuco Autor Henrique Santos Ferreira CIn – Universidade Federal de Pernambuco Autor Fabio Q. B. da Silva CIn – Universidade Federal de Pernambuco Co-autor e Revisor Interno Guilherme Horta Travassos COOPE – Universidade Federal do Rio de Janeiro Revisor Externo 95 A1 INTRODUÇÃO Revisões sistemáticas são utilizadas para realizar revisões abrangentes da literatura de maneira não tendenciosa e repetível. Seu objetivo é apresentar uma justa avaliação de um tópico de pesquisa, através de uma metodologia rigorosa, confiável e auditável. Dessa forma, seus resultados possuirão valor científico conforme mencionado por Travassos e Biolchini [2007]. As vantagens desse tipo de revisão com relação à tradicional são: estudo não tendencioso, mais abrangente, de maior qualidade e com maior rigor científico. Dentre as razões de se realizar revisões sistemáticas, Travassos e Biolchini [2007] apontam: Identificar lacunas na pesquisa atual, Sumarizar evidências existentes para um determinado fenômeno, Apoiar a geração de novas hipóteses e Fornecer um arcabouço para posicionar novas pesquisas. Uma vez que a metodologia de uma revisão sistemática precisa ser bem definida, esta se inicia com a elaboração de um protocolo que contém as questões de pesquisa e a estratégia geral a ser seguida no estudo. De forma mais detalhada, o protocolo deve conter as questões de pesquisa, ou seja, as perguntas que se deseja responder com o estudo, a estratégia de busca dos estudos primários, os critérios de inclusão/exclusão destes na revisão, o procedimento de avaliação da qualidade dos mesmos, a forma como os dados serão extraídos e sintetizados e, por fim, a estratégia de documentação e apresentação dos resultados. Portanto, este documento apresenta o protocolo da revisão sistemática que busca realizar um estudo sobre os impactos proporcionados pelas ferramentas de suporte ao Fuzzy Front End do processo de inovação. Este esforço se insere nas pesquisas de três dissertações de mestrado que possuem o objetivo comum de eliminar ou reduzir as falhas no FFE do PDNP 96 de software através da identificação dos fatores e práticas que levam ao sucesso e/ou diminuem o fracasso, apontando possíveis soluções. A2 PERGUNTAS DE PESQUISA A questão de pesquisa que irá guiar este estudo será apresentada a seguir. Ela foi detalhada no formato de Foco, População, Intervenção, Resultados e Contexto. Q. Quais métricas são utilizadas para dar suporte ao FFE na criação de produtos inovadores? Foco da questão de pesquisa: Identificar e sumarizar as principais métricas utilizadas - na indústria e/ou academia - durante as atividades do FFE na criação de produtos inovadores. População: o Fuzzy Front End Intervenção: medição do FFE Resultado: métricas utilizadas no FFE Contexto: Organizações inovadoras A3 ESTRATÉGIA DE BUSCA A estratégia usada para construir os termos de busca é apresentada a seguir: a) Derivar os principais termos a partir das questões de pesquisa por identificar população, intervenção, comparação (quando for o caso), resultados e contexto (quando for o caso); b) Identificar uma lista de sinônimos, abreviações e grafias alternativas para cada um dos principais termos. Para auxiliar na identificação de outros termos faremos uso de palavras encontradas em artigos, livros e internet que são sinônimos ou grafias alternativas dos termos principais; 97 c) Construir strings de busca usando OR e AND para incorporar os sinônimos e abreviações e para unir os principais termos derivados das questões de pesquisa, respectivamente; d) Verificar as strings de busca construídas realizando buscas piloto e comparando os resultados obtidos com uma lista de estudos primários já conhecidos; e) Realizar mudanças, se necessário Resultados para o passo (a) Q: métricas utilizadas nas etapas do FFE do processo de desenvolvimento de novos produtos inovadores Resultados para o passo (b) Como mencionado no passo (b), artigos, livros e internet foram as principais fontes de sinônimos, abreviações e grafias alternativas para cada um dos termos principais. Neste sentido, foi de grande utilidade o uso de revisões sistemáticas que utilizaram algumas palavras iguais às que utilizamos. Para exemplificar como sinônimos e grafias alternativas foram identificados para os principais termos, tomemos o termo Fuzzy Front End como exemplo. Em artigos, livros e na internet os sinônimos encontrados foram: front end of innovation, innovation front end, pre-development ou predevelopment (Cooper and Kleinschmidt 1994), pre-project activities (Verganti 1997), pre-phase 0 (Khurana and Rosenthal 1997/1998) e concept generation stage (Griffin, 1997). Estes resultados foram obtidos através de revisões tradicionais realizadas na literatura com o intuito de conhecer trabalhos relacionados aos tópicos de estudo. Em particular, o acrônimo FFE foi removido da string de busca porque retornavam trabalhos com as letras FFE como parte de palavras, como por exemplo, na palavra different. Por isso, e por entendermos que nenhum artigo sobre o assunto tenha o termo FFE e não tenha Fuzzy Front End por extenso, a decisão foi mantida. 98 Alguns termos foram separados em dois ou mais termos para melhor adequação da string. Por exemplo, o termo ―projeto de desenvolvimento de produtos inovadores‖ seria dividido em ‖projeto de desenvolvimento‖ e ‖produto inovador‖. Além disso, em muitos casos onde o plural ou alguma outra variação da palavra era permitido, utilizamos asterisco (*) para truncar tais palavras. É o caso de product* que pode encontrar product e products, e differen* que pode encontrar difference, differences e different, por exemplo. Para fins de entendimento, os termos principais e alternativos são dados a seguir: Métricas: metric* OR measure OR measurement OR KPI OR ―key performance indicator‖ Fuzzy Front End: "fuzzy front end" OR "fuzzy front-end" OR "innovation front end" OR "innovation front-end" OR "front end * innovation" OR "front-end * innovation" OR "pre-development" OR predevelopment OR "pre-phase 0" OR "pre phase 0" OR "prephase 0" OR "stage 0" OR "preproject" OR "pre project" OR preproject OR "concept generation" Produto inovador: "innovative product*" OR "major product*" OR "new product*" OR "radical product*" OR "breakthrough product*" OR "incremental product*" OR "sustaining product*" OR "evolutionary product*" OR "product innovation" Resultados para o passo (c) A String de busca encontrada inicialmente para a questão de pesquisa foi: Q. (metric* OR measure OR measurement OR KPI OR "key performance indicator") AND ("fuzzy front end" OR "fuzzy front-end" OR "innovation front end" OR "innovation front-end" OR "front end * innovation" OR "front-end * innovation" OR "pre-development" OR predevelopment OR "pre-phase 0" OR "pre phase 0" OR "prephase 0" OR "stage 0" OR "pre-project" OR "pre project" OR preproject OR "concept generation") AND ("innovative product*" OR "major product*" OR "new product*" OR "radical product*" OR "breakthrough product*" OR "incremental product*" OR "sustaining product*" OR "evolutionary product*" OR "product innovation") Resultados para o passo (d) 99 A adequação das strings de busca, de modo que não fossem nem restritas demais nem abrangentes demais, foi uma preocupação constante no desenvolvimento deste protocolo. Assim como previsto no passo ―d‖, buscas piloto foram realizadas em vários engenhos de busca e vários testes foram feitos com variações da String de busca. Ao final das verificações, testes e adequações, a string de busca foi alterada apenas em engenhos específicos devido a limitações dos mesmos. Essas alterações são detalhadas no apêndice C. A4 SELEÇÃO DE FONTES O objetivo desta seção é apresentar as fontes onde serão executadas as buscas por estudos primários. Os critérios para seleção das fontes são: Disponibilidade de consultar os artigos na web; Presença de mecanismos de busca usando palavras-chave (keywords); Importância e relevância das fontes. Este critério será identificado pela presença das fontes em importantes revisões sistemáticas e por sugestão de especialistas. Quanto ao idioma utilizado para a pesquisa, utilizaremos o inglês por ser a língua utilizada nas bases de dados eletrônicas consultadas e por ser considerada e adotada como língua oficial. O processo ou método de busca será manual e baseado em engenhos de busca disponíveis na web. Além disso, este trabalho objetiva fazer uma revisão que vai além da Engenharia de Software. Uma revisão tradicional realizada para conhecimento do tema e busca de problemas na área demonstrou que a maioria desses estudos relevantes não está na Engenharia de Software, mas em disciplinas como Gerenciamento, Marketing, Operação e Produção, Engenharia, Design, entre outras. Para resolver este problema, Kitchenham (2007) propôs a busca por estudos primários em outras disciplinas. Assim, para prover uma completa 100 e exaustiva revisão sistemática dessas questões de pesquisa, estudos de diversas áreas serão considerados. A lista de fontes, inicialmente apenas bibliotecas digitais, é apresentada a seguir. Todas as fontes satisfazem os critérios para seleção de fontes estabelecidos anteriormente. A5 FONTES DE BUSCA Os seguintes engenhos de busca serão utilizados como fonte de pesquisa: IEEE Explore (httt://ieeexplore.ieee.org/) ACM Digital Library (http://portal.acm.org) Wiley InterScience (http://www3.interscience.wiley.com/) ScienceDirect – Elsevier (http://www.sciencedirect.com) Scirus (http://www.scirus.com/) EI Compendex (http://www.engineeringvillage2.org) Scopus (http://www.scopus.com) Emerald (http://www.emeraldinsight.com) Algumas fontes foram inicialmente consideradas como potenciais para as buscas. Entretanto, estas foram posteriormente excluídas da lista final de fontes apresentada nesta seção por terem sido classificadas como sendo de menor importância e relevância. Pois algumas não estão presentes em importantes revisões sistemáticas, não foram recomendadas por especialistas, já são indexadas por alguma das fontes listadas acima, ou permitem que apenas poucas palavras sejam utilizadas na busca. Estas fontes são: Citeseer Library, InspecDirect e IET Discover (ferramenta de Social Bookmarking), Springer Link, Google e Google Scholar. Jornais e Conferências 101 Inicialmente não foram listados Jornais e Conferências específicos como fontes de pesquisa, pois os engenhos de busca que serão utilizados já indexam muitos deles. Caso sejam encontrados Jornais e Conferências importantes que estejam fora do alcance dos engenhos de busca ou que sejam apenas parcialmente alcançados pelos engenhos, eles serão adicionados como fonte. A6 SELEÇÃO DE ESTUDOS Para este trabalho resolvemos considerar muitos tipos de estudos relacionados ao tópico de pesquisa, incluindo: artigos em jornais (journals) e revistas e em anais de conferências e congressos; relatórios técnicos (technical reports), preprints e white papers; dissertações de mestrado e teses de doutorado; A extensão da busca se justifica pela possibilidade de encontrarmos estudos relevantes para este trabalho em qualquer destas fontes, além de evitarmos a inclusão de algum tipo de viés na pesquisa. No caso de livros e outros materiais não disponíveis na web, será verificada a possibilidade de compra. Por isso, preferimos não excluir de imediato livros de nossa revisão sistemática. Uma vez que estudos primários potencialmente relevantes tenham sido obtidos, eles precisam ser analisados para que a sua relevância seja confirmada e trabalhos com pouca relevância sejam descartados. Isso será alcançado através do uso de critérios de inclusão, hierarquia de evidência e avaliação da qualidade do estudo. As três medidas serão explicadas. A seguir são definidos os critérios para inclusão de estudos. 102 A7 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO DOS ESTUDOS PRIMÁRIOS Os estudos incluídos na revisão sistemática deverão obedecer todos os critérios listados abaixo: a) Trabalhos que estejam disponíveis livremente para consulta na web ou através de licenças de permissão obtidas pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (Portal CAPES); b) Trabalhos que sejam classificados em algum dos tipos de trabalhos citados anteriormente nesta seção; c) Trabalhos que citem métricas utilizadas nas etapas do FFE do processo de desenvolvimento de novos produtos. Etapas descritas nos modelos de FFE propostos por Khurana e Rosenthal (1998) e Koen et al. (2002); d) Trabalhos que apresentem texto, conteúdo e resultados completos e concluídos; e) Trabalhos que sejam escritos em inglês; f) Estudo não duplicado. Se algum trabalho tiver sido apresentado em diferentes publicações, apenas o mais recente e/ou o mais completo será incluído, a menos que tenham informação complementar; g) Quando houver dúvida em relação à inclusão ou exclusão de um trabalho, este deverá ser incluído. A8 CONFIABILIDADE DAS DECISÕES DE INCLUSÃO Quando dois ou mais pesquisadores avaliarem o mesmo artigo, as divergências precisarão ser discutidas e resolvidas [Kitchenham, 2007]. Se os pesquisadores não entrarem em consenso sobre a inclusão ou exclusão do artigo, o orientador será contatado para resolver a questão e dar a orientação adequada. Em caso de dúvidas ainda, informações adicionais podem ser solicitadas ao(s) autor(es) do artigo. 103 A9 PROCESSO DE SELEÇÃO DOS ESTUDOS PRIMÁRIOS O processo de seleção dos estudos primários consistirá de uma busca primária e secundária que serão apresentadas nos seguintes passos: a. Dois ou mais pesquisadores executam o processo de busca em cada uma das fontes selecionadas. Essa busca é a chamada busca primária. b. Os estudos encontrados pelo processo de busca são avaliados mediante a leitura do título do artigo e, se necessário o resumo (abstract), para verificar estudos que são claramente irrelevantes para as questões de pesquisa. Segundo Kitchenham (2007), as buscas iniciais retornam uma grande quantidade de estudos que não são relevantes, não respondendo às questões ou mesmo não tendo relação com o tópico em questão. Portanto, estudos que claramente não tenham relação com o tópico em questão serão descartados logo de início e não serão mantidos em nenhuma lista de estudos excluídos. Os demais artigos serão documentados numa lista de artigos potencialmente relevantes encontrados. Se houver dúvidas quanto ao artigo, o mesmo deve ser avaliado no próximo passo. c. Os estudos listados como artigos potencialmente relevantes são avaliados por dois pesquisadores através da verificação dos critérios de inclusão estabelecidos. A verificação é executada mediante a leitura do resumo (abstract), introdução e, se necessário, da conclusão do artigo. Além disso, é permitido que buscas sejam feitas nos artigos por palavras-chave para verificar sua adequação. Nesse ponto, cada um dos artigos incluídos ou excluídos será documentado de acordo com o Formulário de Coleta de dados (Formulários A e B) apresentados no final desta seção. d. Posteriormente, todos os artigos incluídos serão lidos por inteiro para a extração de dados e avaliação da qualidade. Para cada trabalho incluído, seus dados serão extraídos e colocados no formulário C, 104 apresentado na seção de extração de dados desse protocolo, assim como sua avaliação de acordo com os critérios de qualidade; e. Para cada referência presente nos trabalhos incluídos na busca primária, deverão ser executados os passos ―c‖ e ―d‖. Ou seja, será verificado se as referências dos trabalhos também devem ser incluídas no estudo de acordo com os critérios e inclusão. Em caso positivo, esses trabalhos terão seus dados extraídos. Essa busca nas referências dos trabalhos é chamada de busca secundária. f. Caso um artigo lido por completo não passe nos critérios de inclusão, poderá ser removido e essa exclusão também deverá ser documentada. A seguir são apresentados os formulários A e B que serão utilizados para armazenar os dados dos trabalhos incluídos e excluídos dessa revisão sistemática. Neles o campo ―tipo de estudo‖ deverá ser preenchido com um dos tipos de estudo listados na seção de avaliação da qualidade dos estudos. Já o campo ―local de publicação‖ deverá ser preenchido com o local onde o artigo foi publicado, a exemplo do nome do periódico ou dos anais de congressos, conferências, etc. Formulário A O formulário A deverá ser utilizado para armazenar dados relativos aos trabalhos incluídos no estudo. Trabalhos Incluídos ID Título Ano Tipo de Estudo Local de Publicação Data Formulário B 105 O formulário B deverá ser utilizado para armazenar dados relativos aos trabalhos não incluídos no estudo. Trabalhos Excluídos ID Título Local de Publicação Critério usado para Exclusão Data A 10 DOCUMENTAÇÃO DO PROCESSO DE BUSCA De acordo com Kitchenham (2007), o processo de execução de revisão sistemática deve ser transparente e replicável. Assim, a busca deve ser documentada à medida que ela é executada e as mudanças devem ser anotadas e justificadas quando ocorrerem. Para atender a esta exigência da SLR, essa seção aborda as limitações e adaptações que podem ocorrer no processo de busca definido neste protocolo. Os primeiros desafios encontrados foram relacionados às fontes de busca, as quais em alguns momentos requisitaram adaptações do processo. Por exemplo, em algumas fontes não é possível utilizar a string de busca completa. Então será utilizada parte dela em uma primeira busca, e a parte restante para pesquisar dentro dos resultados da primeira busca, simulando o conectivo ―AND‖ e obtendo o mesmo resultado final. Para cada engenho serão mantidas informações que permitam ao leitor avaliar a confiabilidade da pesquisa. Os detalhes acerca da busca, bem como os resultados de adaptações deverão ser documentados no formulário D a seguir. 106 Formulário D Questão de Pesquisa Q7 Biblioteca digital: <Nome do Data da busca: <Data de realização da busca> engenho de busca> String de busca: <A String de busca utilizada> Estratégia de busca: <Estratégia de busca utilizada> Número de resultados <Número total de resultados retornados> A 11 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS ESTUDOS Em adição aos critérios gerais de inclusão e exclusão, é considerado importante avaliar a qualidade dos estudos primários [Kitchenham, 2004]. Uma avaliação da qualidade desses estudos serve para determinar a força das inferências e para atribuir notas a recomendações geradas [Khan et al., 2001]. Apesar de não existir uma definição universal do que seja qualidade de estudo, a maioria dos checklists incluem questões que objetivam avaliar a extensão em que o viés é minimizado e a validação interna e externa são maximizadas [Khan et al., 2001; Kitchenham, 2007]. O CRD Guideline sugere o uso de algum tipo de avaliação do estudo a fim de garantir um limite mínimo de qualidade. A avaliação de qualidade foca principalmente em avaliar a validade interna dos estudos, enquanto que as medidas população, intervenção e resultados ajudam a medir a validade externa. Com o propósito de ajudar na determinação desse limite de qualidade (quality threshold) para os estudos primários, algumas questões foram definidas para endereçar cada um dos constructos relacionados à qualidade: 107 viés, validade interna e externa. Os critérios de qualidade considerados estão disponíveis no formulário C da seção de extração dos dados. Como pode ser observado no formulário, ele contém critérios gerais, que deverão ser aplicadas a qualquer tipo de estudo, e alguns específicos para cada tipo. Além disso, também serão utilizados critérios relacionados à questão de pesquisa dessa revisão. Cada critério do formulário de avaliação de qualidade deverá ser respondido segundo a escala Likert cinco, apresentada abaixo: Discordo completamente (0) Discordo parcialmente (1) Nem concordo nem discordo (2) Concordo parcialmente (3) Concordo completamente (4) A cada item da escala Likert será atribuído um valor escalar, indicado entre parênteses, que será considerado o valor pontuado na questão. A pontuação final do trabalho será obtida pela soma algébrica dos valores individuais de cada questão. A 12 TIPOS DE ESTUDOS Os tipos de estudos são classificados conforme Easterbrook (2007): Experimentais; Teóricos e Design; Secundários. Os estudos experimentais são aqueles baseados em evidências diretas ou experimentos. Já os teóricos são estudos conceituais e baseados em um entendimento de uma área, referenciando outros trabalhos relacionados. Por 108 sua vez, os estudos secundários reexaminam outros trabalhos ou fazem revisões sistemáticas da literatura ou tradicionais. Detalhando um pouco mais os métodos para estudos experimentais, podemos subdividi-lo em: experimentos controlados, estudos de caso, Survey, Etnografia e Pesquisa-Ação. Cada um deles é formado por um conjunto de princípios de organização em torno do qual os dados empíricos são coletados e analisados (Easterbrook, 2007). Um experimento controlado é uma investigação de uma hipótese testável, sendo uma pré-condição para a realização de um experimento a proposição de uma hipótese clara. A hipótese, teoria a partir da qual o experimento é desenhado, guia todas as etapas do projeto experimental, incluindo a decisão de quais variáveis serão incluídas no estudo e como medi-las [Easterbrook, 2007]. Os estudos de caso oferecem uma compreensão profunda de como e porque certos fenômenos ocorrem. Estudos de caso exploratórios são usados como investigações iniciais de alguns fenômenos para derivar novas hipóteses e construir teorias. Já os Estudos de caso de confirmação são usados para testar as teorias existentes [Easterbrook, 2007]. Um survey é usado para identificar as características de uma ampla população de indivíduos. É mais estreitamente associado com o uso de questionários para coleta de dados. No entanto, um survey também pode ser realizado por meio de entrevistas estruturadas, técnicas ou registro de dados [Easterbrook, 2007]. Para a engenharia de software, a etnografia pode ajudar a compreender como as comunidades técnicas constroem uma cultura de práticas e estratégias de comunicação que lhes permitem executar os trabalhos técnicos de forma colaborativa [Easterbrook, 2007]. Por fim, numa Pesquisa-Ação, os investigadores tentam resolver um problema do mundo real e simultaneamente estudar a experiência de resolver o problema [Davison et al, 2004]. 109 Portanto, deve-se classificar cada trabalho incluído no estudo segundo os tipos definidos acima. Em particular, nos estudos empíricos também deve ser indicado em qual subdivisão ele se enquadra. A 13 EXTRAÇÃO DOS DADOS Os formulários de extração devem ser projetados para coletar toda informação necessária para endereçar as questões de revisão e os critérios de qualidade do estudo. Segundo Kitchenham (2007), os dados extraídos para cada trabalho selecionado além de incluir as informações necessárias para responder a questão de pesquisa e os critérios de qualidade do estudo, também devem prover algumas informações padrão que incluem: nome do revisor, data da extração, título, autores e outros detalhes da publicação. Seguindo essas recomendações, o formulário C a seguir foi desenvolvido. Este formulário deverá ser preenchido para cada artigo incluído no estudo. Formulário C FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS E AVALIAÇÃO DA QUALIDADE Revisão Sistemática em Gestão de Inovação em Software ID: Revisor: Data da Avaliação: Título do Trabalho: Autores: Tipo de Estudo: Fonte: Data de Publicação: Local de Publicação: [x] INCLUIDO – Critério(s): Evidências relacionadas à questão de pesquisa: Observações Referências a analisar CRITÉRIOS DE QUALIDADE 110 Critérios Gerais Os objetivos ou questões do estudo são claramente definidos (incluindo justificativas para a realização do estudo)? Existe uma clara descrição do contexto no qual a pesquisa foi realizada? O trabalho possui detalhamento, profundidade e riqueza de informações sobre o estudo realizado? Os resultados obtidos são rastreáveis a partir dos dados e da análise realizada? O estudo relata de forma clara e não ambígua os resultados encontrados? As conclusões são levantadas a partir dos resultados apresentados? O estudo provê valor/tem implicações para a pesquisa em geral? O estudo levanta questões para pesquisas futuras? Critérios para estudos experimentais O método de coleta de dados está adequadamente descrito? Os dados coletados possibilitaram responder às questões de pesquisa? Os critérios para seleção da amostra evitam viés? O método de análise de dados evita o viés? Critérios para estudos Teóricos ou Design As hipóteses do estudo explicam/prevêem fatos? (explicam para hipóteses explicativas e prevêem para as preditivas) O referencial teórico no qual o trabalho se baseou está claramente descrito? As razões para escolha das teorias (técnica, método, processo, ferramenta, etc.) tomadas como base são apresentadas? 111 Foram realizados estudos de caso que mostraram a validade da teoria (técnica, método, processo, ferramenta, etc.) proposta? Critérios para estudos secundários Existe um protocolo claro definido para a realização da revisão? A revisão possui mecanismos que evitam o viés na escolha das fontes? Os dados coletados possibilitaram responder às questões de pesquisa? O método de análise de dados foi referenciado (apresentado)? Critérios específicos da questão de pesquisa O estudo apresenta métricas que influenciam positivamente ou negativamente a gestão da inovação? O estudo foi aplicado na indústria de software? É descrito como escolher ou aplicar as métricas adequadas? O estudo apresenta métricas externas ao processo de inovação, mas que influenciam positivamente ou negativamente a sua gestão? Nota segundo os critérios de qualidade Nome do [ ] Aceito revisor O [ ] Não aceito campo ‗referências a analisar‘ deverá conter as referências encontradas no trabalho e que poderão ser analisadas segundo os critérios de inclusão para também fazerem parte do estudo, se já não foram encontradas pelas buscas. Este formulário também se destina à avaliação da qualidade dos artigos incluídos no estudo. As questões gerais e as específicas da questão de 112 pesquisa deverão der respondidas para todos os tipos de trabalho, enquanto as demais deverão ser aplicadas apenas ao tipo de trabalho correspondente. A 14 SÍNTESE DOS DADOS A síntese dos dados coletados nessa revisão sistemática será realizada de acordo o método definido na metodologia da dissertação de mestrado. 113 Referências do Protocolo BAUMOL, W.J. (2002). The Free-Market Innovation Machine. Princeton University Press, 2002. BEECHAM, S., BADDOO, N., HALL, T.; ROBINSON, H., SHARP, H. (2008). Motivation in Software Engineering: A Systematic. Journal Information and Software Technology, V. 50 P. 860 – 878. BIOLCHINI, J.; MIAN, P. G.; NATALI, A. C. C.; TRAVASSOS, G. H. (2005). Systematic Review in Software Engineering. Technical report RT-ES 679/05. PESC - COPPE/UFRJ. GRIFFIN, A. (1997) The effect of project and process characteristics on product development cycle time. Journal of Marketing Research, 34, 24–35. 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European Journal of Innovation Management, v. 5, n. 1, 2002. iii 4 Emerald REINERTSEN, D. Streamlining the fuzzy front-end. World Class Design to Manufacture, v. 1, n. 5, p. 4-8, 1994. iii 5 Emerald MACGREGOR, S. P.; ARANA, J.; PARRA, I.; LORENZO, M. P. Supporting new product creation ´ n Valley in the Mondrago. European Journal of Innovation Management, 2006. iii 6 Emerald JOH, J. M.; MAYFIELD, M. The discipline of product discovery: identifying breakthrough business opportunities ‗‗ I. Journal of Business Strategy, v. 30, n. 2, p. 70-77, 2009. iii Science 17 Direct ALBORS-GARRIGOS, J.; HERVAS-OLIVER, J. L.; HIDALGO, A. Analyzing high technology adoption and impact within public supported high tech programs: An empirical case. The Journal of High Technology Management Research, v. 20, n. 2, p. 153-168, 2009. iii Science 18 Direct UGHETTO, E. Assessing the contribution to innovation of private equity investors: A study on European buyouts. Research Policy, v. 39, n. 1, p. 126-140, 2010. iii Science 21 Direct STEFFENS, W.; MARTINSUO, M.; ARTTO, K. Change decisions in product development projects. International Journal of Project Management, v. 25, n. 7, p. 702-713, 2007. iii Science 22 Direct LUTHJE, C. Characteristics of innovating users in a consumer goods field An empirical study of sport-related product consumers. Technovation, v. 24, n. 9, p. 683-695, 2004. iii 118 Science 23 Direct HÜSIG, S.; KOHN, S. Computer aided innovation—State of the art from a new product development perspective. Computers in Industry, v. 60, n. 8, 2009. Science 24 Direct LEE, C.; CHEN, W. Cross-functionality and charged behavior of the new product development teams in Taiwan's information technology industries. Technovation, v. 27, n. 10, p. 605-615, 2007. iii Science 26 Direct THORN, R.; SYDENHAM, P. Developing a measuring systems body of knowledge. 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Journal of Engineering and Technology Management, v. 20, n. 4, p. 281-302, 2003. iii iii iii 128 APÊNDICE D – DETALHES DAS BUSCAS NOS ENGENHOS DE BUSCA Este apêndice contém os formulários utilizados para sintetizar os dados relevantes das buscas realizadas em cada engenho. Essas informações são importantes para possibilitar a reprodução do estudo. Questão de Pesquisa Q7 Biblioteca digital: IEEE Xplore Data da busca: 13/03/2010 (metric OR measure OR measurement OR KPI OR "key performance indicator") AND ("fuzzy front end" OR "fuzzy front-end" OR "innovation front end" OR "innovation front-end" OR "front end innovation" OR "front-end innovation" OR "pre-development" OR predevelopment OR "pre-phase 0" OR "pre phase 0" OR "prephase 0" OR "stage 0" OR "pre-project" OR "pre project" OR preproject OR "concept generation") AND ("innovative product" OR "major product" OR "new product" OR "radical product" OR "breakthrough product" OR "incremental product" OR "sustaining product" OR "evolutionary product" OR "product innovation") String de busca: Entre todas as publicações disponíveis, deixamos de lado apenas Educational Courses. Estratégia de busca: Número de resultados N = 478 Questão de Pesquisa Q7 Data da busca: 13/03/2009 Biblioteca digital: ScienceDirect Henrique Ferreira Revisor: (metric* OR measure OR measurement OR KPI OR "key performance indicator") AND ("fuzzy front end" OR "fuzzy front-end" OR "innovation front end" OR "innovation front-end" OR "front end * innovation" OR "front-end * innovation" OR "pre-development" OR predevelopment OR "pre-phase 0" OR "pre phase 0" OR "prephase 0" OR "stage 0" OR "pre-project" OR "pre project" OR preproject OR "concept generation") AND ("innovative product*" OR "major product*" OR "new product*" OR "radical product*" OR "breakthrough product*" OR "incremental product*" OR "sustaining product*" OR "evolutionary product*" OR "product innovation") String de busca: Estratégia busca: de Foram realizadas buscas em todas as publicações cujo assunto está nas categorias: ―Business, Management and Accounting‖, Computer Science, ―Economics, Econometrics and Finance‖, ―Engineering‖ e ―social sciences‖. 129 Número resultados de N = 480 Questão de Pesquisa Q7 Biblioteca Library digital: ACM Digital Data da busca: 13/03/2009 Henrique Ferreira Revisor: ((metric* OR measure OR measurement OR KPI OR "key performance indicator") AND ("fuzzy front end" OR "fuzzy front-end" OR "innovation front end" OR "innovation front-end" OR "front end * innovation" OR "front-end * innovation" OR "pre-development" OR predevelopment OR "pre-phase 0" OR "pre phase 0" OR "prephase 0" OR "stage 0" OR "pre-project" OR "pre project" OR preproject OR "concept generation") AND ("innovative product*" OR "major product*" OR "new product*" OR "radical product*" OR "breakthrough product*" OR "incremental product*" OR "sustaining product*" OR "evolutionary product*" OR "product innovation")) String de busca: Estratégia busca: de Foram realizadas buscas em todas as publicações da ―ACM digital Library‖ e em ―The Guide‖. Número resultados de N = 76 Questão de Pesquisa Q7 Biblioteca digital: Wiley InterScience Henrique Ferreira Revisor: Data da busca: 13/03/2009 (metric OR measure OR measurement OR KPI OR "key performance indicator") and ("fuzzy front end" OR "fuzzy front-end" OR "innovation front end" OR "innovation front-end" OR "front end of innovation" OR "front-end of innovation" OR "pre-development" OR predevelopment OR "pre-phase 0" OR "pre phase 0" OR "prephase 0" OR "stage 0" OR "pre-project" OR "pre project" OR preproject OR "concept generation") and ("innovative product" OR "major product" OR "new product" OR "radical product" OR "breakthrough product" OR "incremental product" OR "sustaining product" OR "evolutionary product" OR "product innovation") String de busca: Estratégia busca: de Os asteriscos foram removidos e as variações ―‖ e ―of‖ foram adicionados. Remoção de (―front end * innovation" OR "front-end * innovation") e inclusão de ("front end innovation" OR "front-end innovation" OR "front end of innovation" OR "front-end of innovation"). Número resultados de N=3 130 Questão de Pesquisa Q7 Data da busca: 13/04/2010 Biblioteca digital: Scirus Henrique Ferreira Revisor: ((metric OR measure OR measurement OR KPI OR "key performance indicator") ("fuzzy front end" OR "fuzzy front-end" OR "innovation front end" OR "innovation front-end" OR "front end innovation" OR "front-end innovation" OR "pre-development" OR predevelopment OR "pre-phase 0" OR "pre phase 0" OR "prephase 0" OR "stage 0" OR "pre-project" String de busca: OR "pre project" OR preproject OR "concept generation")) ("innovative product" OR "major product" OR "new product" OR "radical product" OR "breakthrough product" OR "incremental product" OR "sustaining product" OR "evolutionary product" OR "product innovation") Estratégia busca: de Os ‗*‘ foram removidos e o plural das palavras foram incluídos na busca. Apenas publicações que são: artigos, livros, homepage de empresas, conferências, homepage de cientistas, teses e dissertações. Apenas publicações das seguintes áreas: ―Computer Science‖, ―Economics, Business and Management‖, ―Engineering, Energy and Technology‖, ―Social and Behavioral Sciences‖. Foram descartados os resultados provindos do ScienceDirect, uma vez que essa fonte já foi pesquisada. Número resultados de N = 174 Questão de Pesquisa Q7 Biblioteca digital: EI Compendex Henrique Ferreira Revisor: Data da busca: 13/04/2010 (metric* OR measure OR measurement OR KPI OR "key performance indicator") AND ("fuzzy front end" OR "fuzzy front-end" OR "innovation front end" OR "innovation front-end" OR "front end NEAR innovation" OR "front-end NEAR innovation" OR "pre-development" OR predevelopment OR "pre-phase 0" OR "pre phase 0" OR "prephase 0" OR "stage 0" OR "pre-project" OR "pre project" OR preproject OR "concept generation") AND ("innovative product*" OR "major product*" OR "new product*" OR "radical product*" OR "breakthrough product*" OR "incremental product*" OR "sustaining product*" OR "evolutionary product*" OR "product innovation") String de busca: Estratégia busca: de Número de N=9 131 resultados Questão de Pesquisa Q7 Data da busca: 16/03/2010 Biblioteca digital: Scopus Henrique Ferreira Revisor: (metric* OR measure OR measurement OR kpi OR "key performance indicator") AND ("fuzzy front end" OR "fuzzy front-end" OR "innovation front end" OR "innovation front-end" OR "front end * innovation" OR "front-end * innovation" OR "pre-development" OR predevelopment OR "pre-phase 0" OR "pre phase 0" OR "prephase 0" OR "stage 0" OR "pre-project" OR "pre project" OR preproject OR "concept generation") AND ("innovative product*" OR "major product*" OR "new product*" OR "radical product*" OR "breakthrough product*" OR "incremental product*" OR "sustaining product*" OR "evolutionary product*" OR "product innovation") String de busca: Estratégia busca: de Número resultados de N = 233 Questão de Pesquisa Q7 Biblioteca digital: Emerald Henrique Ferreira Revisor: Data da busca: 29/03/2010 (metric OR metrics OR measure OR measurement OR KPI OR "key performance indicator") and (((innovative OR major OR new OR radical OR breakthrough OR incremental OR sustaining OR evolutionary) AND product) OR "product innovation") and ("fuzzy front end" OR "fuzzy front-end" OR "innovation front end" OR "innovation front-end" OR "front end of innovation" OR "front-end of innovation" OR "pre-development" OR predevelopment OR "concept generation") String de busca: Estratégia busca: de Os ‗*‘ foram removidos e o plural das palavras foram incluídos na busca. Primeiro foi buscado o conteúdo após o último ―AND‖ e depois o restante da string dentro do resultado da primeira busca, devido ao seguinte erro do sistema (* [Microsoft][SQLServer 2000 Driver for JDBC][SQLServer]String or binary data would be truncated) Número resultados de N = 49 (Journals) + 4 (Books) + 3 (Bibliographic databases) = 56 132