COLÉGIO LUIZA DE MARILLAC EXTERNATO POPULAR SÃO VICENTE DE PAULO Rua Voluntários da Pátria, 1.653 - Santana - São Paulo - CEP: 02011-300 Tel/Fax: 2226-6161 – www.marillac.g12.br – [email protected] ATIVIDADE ESCOLAR Nome do(a) aluno(a): __________________________________________ Série: 2ª EM nº _____ Atividade de: HISTÓRIA Bimestre: 2º Resultado: _________ Data: ____/____/____ Período do Açúcar Lembre-se... ... durante os séc. XV e XVI formaram-se os Estados Nacionais, que cuja forma política era o Absolutismo Monárquico. ... o Absolutismo é o fortalecimento do poder político do Estado. O Mercantilismo é o fortalecimento do poder econômico do Estado Absolutista: são duas faces da mesma moeda.... O que é Mercantilismo... Intervenção do Estado na Economia... protecionismo alfandegário; incentivo às manufaturas nacionais; estímulo ao crescimento demográfico ... com o objetivo de: fortalecer o Estado; acumular metais preciosos; obter balança comercial favorável O modelo colonizador português Atendendo aos interesses mercantilistas, a expansão comercial acelerou o desenvolvimento da economia de mercado, incentivando a acumulação capitalista... Na Europa, essa fase foi marcada pela transformação da produção artesanal em manufatureira e desta para o sistema fabril, quando, então, se completou a formação do capitalismo (séc. XVIII) Contudo, para a constituição do sistema fabril era necessário um certo grau de acumulação de capital que foi obtido com a exploração das colônias... Na Ásia e na África foi suficiente a constituição de feitorias onde se guardavam os artigos de luxo, as especiarias e os homens escravizados que, vendidos na Europa, propiciavam grandes lucros. No Brasil, porém, essa prática não se mostrou satisfatória. Aqui, para que a exploração colonial favorecesse a acumulação capitalista foi necessário penetrar no âmbito da produção. Dai a introdução da agricultura, e por extensão, o surgimento do povoamento, da colonização e da valorização das terras. O sentido da colonização... Todavia, a seleção dos produtos a serem cultivados e mesmo a quantidade e o ritmo de sua produção deveriam ser determinados, em última instância, pela flutuação da procura européia dos produtos ultramarinos. Originou-se, assim, a agricultura de exportação com os centros básicos decisórios fora das fronteiras coloniais e, conseqüentemente, a estreita dependência do mercado da metrópole. A colônia, reservado para exploração da metrópole, tornou-se uma área periférica a gravitar em torno da área central - a metrópole. O sistema colonial... Definimos como o conjunto de normas de política econômica que regulavam as relações entre colônia e metrópole. O elemento fundamental do Sistema Colonial era o regime de comércio instaurado entre a metrópole e a colônia, que se baseava no monopólio comercial, que consistia na reserva do mercado da colônia para a metrópole, i.é., para a burguesia mercantil metropolitana, tanto para compra como para venda. O Sistema Colonial definia-se também... ... pelo modo como as mercadorias deveriam ser produzidas. Esse modo de produção foi organizado de maneira que a exploração colonial pudesse se realizar sem acarretar redução dos lucros da metrópole. Adotou-se formas de trabalho compulsório (forçado) ou, na forma limite, o escravismo. Além disso, a produção colonial, dirigida para o mercado externo, precisava se organizar como produção em larga escala, o que pressupunha amplos investimentos iniciais... O tripé da economia colonial Excluía-se, assim, a produção à base de pequenos proprietários autônomos, que produzissem sua subsistência, exportando o pequeno excedente. Daí o tripé em que se assentou a propriedade agrícola no Brasil durante o período colonial (e mesmo após a independência): latifúndio, monocultura e escravidão. Era a plantation: especialização na produção agrária (monocultura), realizada em grandes propriedades (latifúndio), de natureza agroindustrial, de gêneros destinados ao mercado externo (europeu) com a utilização do trabalho escravo. A agro manufatura do açúcar: O Engenho A unidade produtora da agro manufatura açucareira era o engenho, que se constituía basicamente de: casa-grande: residência, geralmente assobradada, onde viviam o senhor e sua família. Nela também moravam os empregados de confiança (capatazes) que cuidavam de sua segurança. Era a central administrativa das atividades econômicas do engenho. senzala: habitação de um único compartimento, rústica e pobre, onde viviam os escravos. capela: local das cerimônias religiosas casa do engenho: formada pelas instalações destinadas à produção do açúcar, como a moenda, a fornalha, a casa de purgar e os galpões. Sociedade A família patriarcal... A estrutura das famílias demonstra como a sociedade colonial era autoritária, fechada, violenta e machista. O pai ocupava a função de comando da família e a ele todos deviam obediência e respeito. Possuía um grande poder sobre as pessoas de sua família, parentes mais próximos, pequenos proprietários e sobre os escravos. Todos os assuntos e problemas familiares eram decididos por ele, desde o destino dos filhos até a distribuição da herança. Apenas o filho mais velho (primogênito) herdava as propriedades e o poder do pai (raramente as propriedades eram divididas por herança). Sociedade estamental A sociedade colonial brasileira “herdou concepções clássicas e medievais de organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social (...) As distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se em um substituto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de categoria tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígenes e, mais tarde, os africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas na cultura e na cor.” Presença holandesa A montagem da agro-manufatura do açúcar no Brasil exigiu investimentos elevados de capital. Parte deste capital Portugal buscou junto aos flamengos (holandeses). Eles financiavam a produção no Brasil, comprovam-na de Portugal, muitas vezes refinavam o açúcar e o revendiam pela Europa ficando com a maior parte dos lucros.