COLÉGIO LUIZA DE MARILLAC
EXTERNATO POPULAR SÃO VICENTE DE PAULO
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ATIVIDADE ESCOLAR
Nome do(a) aluno(a): __________________________________________ Série: 2ª EM nº _____
Atividade de: HISTÓRIA Bimestre: 2º
Resultado: _________ Data: ____/____/____
Período do Açúcar
Lembre-se...
... durante os séc. XV e XVI formaram-se os Estados Nacionais, que cuja forma política era o Absolutismo Monárquico.
... o Absolutismo é o fortalecimento do poder político do Estado. O Mercantilismo é o fortalecimento do poder econômico do Estado
Absolutista: são duas faces da mesma moeda....
O que é Mercantilismo...
Intervenção do Estado na Economia...

protecionismo alfandegário; incentivo às manufaturas nacionais; estímulo ao crescimento demográfico
... com o objetivo de:

fortalecer o Estado; acumular metais preciosos; obter balança comercial favorável
O modelo colonizador português
Atendendo aos interesses mercantilistas, a expansão comercial acelerou o desenvolvimento da economia de mercado, incentivando a
acumulação capitalista...
Na Europa, essa fase foi marcada pela transformação da produção artesanal em manufatureira e desta para o sistema fabril, quando,
então, se completou a formação do capitalismo (séc. XVIII)
Contudo, para a constituição do sistema fabril era necessário um certo grau de acumulação de capital que foi obtido com a exploração
das colônias...
Na Ásia e na África foi suficiente a constituição de feitorias onde se guardavam os artigos de luxo, as especiarias e os homens
escravizados que, vendidos na Europa, propiciavam grandes lucros.
No Brasil, porém, essa prática não se mostrou satisfatória. Aqui, para que a exploração colonial favorecesse a acumulação capitalista
foi necessário penetrar no âmbito da produção. Dai a introdução da agricultura, e por extensão, o surgimento do povoamento, da
colonização e da valorização das terras.
O sentido da colonização...
Todavia, a seleção dos produtos a serem cultivados e mesmo a quantidade e o ritmo de sua produção deveriam ser determinados,
em última instância, pela flutuação da procura européia dos produtos ultramarinos.
Originou-se, assim, a agricultura de exportação com os centros básicos decisórios fora das fronteiras coloniais e, conseqüentemente,
a estreita dependência do mercado da metrópole. A colônia, reservado para exploração da metrópole, tornou-se uma área periférica a
gravitar em torno da área central - a metrópole.
O sistema colonial...
Definimos como o conjunto de normas de política econômica que regulavam as relações entre colônia e metrópole.
O elemento fundamental do Sistema Colonial era o regime de comércio instaurado entre a metrópole e a colônia, que se baseava no
monopólio comercial, que consistia na reserva do mercado da colônia para a metrópole, i.é., para a burguesia mercantil metropolitana,
tanto para compra como para venda.
O Sistema Colonial definia-se também...
... pelo modo como as mercadorias deveriam ser produzidas. Esse modo de produção foi organizado de maneira que a exploração
colonial pudesse se realizar sem acarretar redução dos lucros da metrópole. Adotou-se formas de trabalho compulsório (forçado) ou,
na forma limite, o escravismo.
Além disso, a produção colonial, dirigida para o mercado externo, precisava se organizar como produção em larga escala, o que
pressupunha amplos investimentos iniciais...
O tripé da economia colonial
Excluía-se, assim, a produção à base de pequenos proprietários autônomos, que produzissem sua subsistência, exportando o
pequeno excedente.
Daí o tripé em que se assentou a propriedade agrícola no Brasil durante o período colonial (e mesmo após a independência):
latifúndio, monocultura e escravidão.
Era a plantation: especialização na produção agrária (monocultura), realizada em grandes propriedades (latifúndio), de natureza
agroindustrial, de gêneros destinados ao mercado externo (europeu) com a utilização do trabalho escravo.
A agro manufatura do açúcar: O Engenho
A unidade produtora da agro manufatura açucareira era o engenho, que se constituía basicamente de:
 casa-grande: residência, geralmente assobradada, onde viviam o senhor e sua família. Nela também moravam os empregados de
confiança (capatazes) que cuidavam de sua segurança. Era a central administrativa das atividades econômicas do engenho.
 senzala: habitação de um único compartimento, rústica e pobre, onde viviam os escravos.
 capela: local das cerimônias religiosas
 casa do engenho: formada pelas instalações destinadas à produção do açúcar, como a moenda, a fornalha, a casa de purgar e os
galpões.
Sociedade
A família patriarcal...
A estrutura das famílias demonstra como a sociedade colonial era autoritária, fechada, violenta e machista. O pai ocupava a função
de comando da família e a ele todos deviam obediência e respeito. Possuía um grande poder sobre as pessoas de sua família,
parentes mais próximos, pequenos proprietários e sobre os escravos. Todos os assuntos e problemas familiares eram decididos por
ele, desde o destino dos filhos até a distribuição da herança.
Apenas o filho mais velho (primogênito) herdava as propriedades e o poder do pai (raramente as propriedades eram divididas por
herança).
Sociedade estamental
A sociedade colonial brasileira “herdou concepções clássicas e medievais de organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas
de graduação que se originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social (...) As distinções essenciais entre
fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu,
de fato, um gentil-homem em potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos imigrantes
concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se
em um substituto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de categoria tradicionais. Contudo, o fato de
serem aborígenes e, mais tarde, os africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para
novas distinções e hierarquias baseadas na cultura e na cor.”
Presença holandesa
A montagem da agro-manufatura do açúcar no Brasil exigiu investimentos elevados de capital. Parte deste capital Portugal buscou
junto aos flamengos (holandeses). Eles financiavam a produção no Brasil, comprovam-na de Portugal, muitas vezes refinavam o
açúcar e o revendiam pela Europa ficando com a maior parte dos lucros.
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Período do Açúcar - Colégio Luiza de Marillac