COLÉGIO GUILHERME DE ALMEIDA Nome: nº 1 º Ano: Prof. Meire PIE – Exercícios de Filosofia – 1º EM - 2015 1- Leia o texto abaixo: “No século V a.C. surgiu em Atenas um grupo de pensadores conhecidos pelo nome de sofistas, os quais dominavam e ensinavam as artes da oratória e da retórica. Originários de diferentes regiões de Grécia, eles estudavam as obras filosóficas de seus antecessores, para, depois, viajarem pelas cidades (póleis) governadas por regimes democráticos, como Atenas, onde, após discursarem em público, ensinavam sua ‘sabedoria’ em troca de pagamento”. (Fonte: Curso especial de Filosofia – Apostila de Filosofia do Terceiro Ano, Vol. 01, 2011, p. 12). Explique qual foi exatamente a função teórica e pedagógica que os sofistas desempenharam em Atenas e o porquê de Sócrates recriminá-los. 2- Apesar de Sócrates não ter deixado suas ideias registradas por escrito, algumas frases filosóficas muito importantes foram atribuídas a ele. Uma dessas frases é “Conhece-te a ti mesmo”. Explique em que consistia o método socrático de aquisição da verdade. 3- (UEM – Verão 2008) “Sócrates: Imaginemos que existam pessoas morando numa caverna. Pela entrada dessa caverna entra a luz vinda de uma fogueira situada sobre uma pequena elevação que existe na frente dela. Os seus habitantes estão lá dentro desde a infância, algemados por correntes nas pernas e no pescoço, de modo que não conseguem mover-se nem olhar para trás, e só podem ver o que ocorre à sua frente. (...). Naquela situação, você acha que os habitantes da caverna, a respeito de si mesmos e dos outros, consigam ver outra coisa além das sombras que o fogo projeta na parede ao fundo da caverna? ”. (PLATÃO. A República [adaptação de Marcelo Perine]. São Paulo: Editora Scipione, 2002. p. 83). Relacione o Mito da Caverna com Atenas do período Socrático. 4- (UFF 2008 – 2009) - Em seu diálogo A República, Platão descreve na célebre Alegoria da Caverna a situação de homens aprisionados desde a infância no fundo de uma caverna e de tal forma que só podem olhar para uma parede em frente sobre a qual se projetam as sombras de bonecos colocados atrás destes homens. Um destes homens se liberta, sai da caverna e aos poucos se acostuma com a luminosidade externa, começa a distinguir as coisas e por fim descobre o Sol como a fonte da luz. Ele se dá conta, então, da ilusão representada pelas sombras que ele e os outros tomavam como realidade. Exultante com sua descoberta, ele retorna à caverna para relatar sua experiência, que é assim narrada por Sócrates: “Suponha que esse homem volte à caverna e retome o seu antigo lugar. Desta vez, não seria pelas trevas que ele teria os olhos ofuscados, ao vir diretamente do Sol? E se ele tivesse que emitir de novo um juízo sobre as sombras e entrar em competição com os prisioneiros que continuaram acorrentados, enquanto sua vista ainda está confusa, seus olhos ainda não se recompuseram, enquanto lhe deram um tempo curto demais para acostumar-se com a escuridão, ele não ficaria ridículo? Os prisioneiros não diriam que, depois de ter ido até o alto, voltou com a vista perdida, que não vale mesmo a pena subir até lá? E se alguém tentasse retirar os seus laços, fazê-los subir, você acredita que, se pudessem agarrá-lo e executá-lo, não o matariam? ”. Platão parece estar descrevendo a situação do “filósofo” quando este pretende esclarecer os demais seres humanos sobre o que ele pensa ser a verdade. A partir desta narrativa de Platão, discorra sobre qual o papel do “filósofo” no mundo contemporâneo. 5- Na célebre pintura A Escola de Atenas, o artista renascentista italiano Rafael reuniu os principais nomes da filosofia grega, tendo ao centro do quadro as figuras de Platão e de Aristóteles. Na pintura, Platão aponta com sua mão para o alto e Aristóteles aponta para baixo. Deste modo, com estes gestos, Rafael estava ilustrando a distinção entre a filosofia de Platão e a filosofia de Aristóteles. Indique e discorra sobre a principal diferença entre a filosofia de Platão e a de Aristóteles. 6- Uma parte importante da doutrina de Aristóteles sobre a ética foi registrada em seu livro Ética Nicomaquéia. Nele, encontra-se o seguinte trecho: Com relação ao temor, ao ardor, ao desejo, à ira, à piedade e, em geral, ao gozo e à dor, há um excesso e uma falta, e ambos não são bons; mas se experimentamos aquelas paixões [...] com a finalidade e do modo como se deve, então estaremos no meio e na excelência, que são próprios da virtude [...]. Portanto, a virtude é certa mediania, que tem por escopo o justo meio. Aristóteles, Ética Nicomaquéia, B 6, 1106 b. p. 18-28. Com base no texto citado e em seus conhecimentos, responda: A) Em que consiste a virtude, de acordo com Aristóteles? B) Segundo Aristóteles, qual é o papel da prudência na busca pelo justo meio do qual se fala a propósito da virtude ética? 7- Explique por que o slogan “Brasil: ame-o ou deixe- o” pode ser considerado falacioso. Para isso, considere o contexto histórico da ditadura brasileira – caracterizada, principalmente, pela perseguição implacável aos opositores do regime – e o trecho que segue: Falácias são discursos, ou tentativas de persuadir o ouvinte ou leitor, promovendo um engano ou desvio. Suas estruturas de apresentação de informação não respeitam uma lógica correta ou honesta, pois foram manipuladas certas evidências ou há insuficiência de prova concreta e convincente. Uma afirmação falaciosa pode ser composta de fatos verdadeiros, mas sua forma de apresentação conduz a conclusões erradas. Toda pessoa esclarecida, instada a elaborar argumentos, por força do trabalho que executa ou de situações cotidianas, deve reconhecer nos próprios argumentos o uso proposital do raciocínio falacioso (intenção de ludibriar) e a imperícia de raciocínio (lógica acidentalmente comprometida). De uma forma ou de outra, compra-se ou vende-se gato por lebre. (Adaptado de http://www2.uol.com.br/aprendiz/n_colunas/ f_litto/index.htm, acesso em 06/02/2008)