REÚSO DE ÁGUA NA AGRICULTURA Cícero Onofre de Andrade Neto Universidade Federal do Rio Grande do Norte 29/04/2015 Reúso controlado da água Cada litro de água reutilizado “economiza” dezenas ou centenas de litros de água natural O reúso controlado de águas reduz a necessidade de captação de águas primárias em mananciais naturais, que são assim preservados para usos mais restritivos, e, devido a menor geração de efluentes finais, evita a poluição ambiental, que é a principal causa da crescente escassez de água, pela degradação da qualidade. PROSAB tema Esgoto: Edital 01 (1997 - 1998): Tratamento de Esgotos Sanitários por Processos Anaeróbios e por Disposição Controlada no Solo Edital 02 (1999 - 2001): Pós-Tratamento de Efluentes de Reatores Anaeróbios Edital 03 (2000 - 2003): Desinfecção de Esgotos Sanitários e Reuso de Efluentes Tratados para Fins Produtivos Edital 04 (2004-2005): Tratamento e utilização de esgotos sanitários. Edital 05 (2006-2009): Nutrientes de Esgoto Sanitário: Utilização e Remoção. O que vou lhes falar está apoiado em 13 anos de pesquisas REÚSO CONTROLADO DE ÁGUA E USO DE ESGOTO TRATADO EM IRRIGAÇÃO Combinações adequadas de técnicas de tratamento de esgotos, tipo de cultura, método de irrigação e cuidados ambientais, permitem a utilização de esgotos sanitários em irrigação, com baixo risco à saúde pública, de forma econômica e tecnicamente viável. UFRN UFRN UFRN UFRN UFRN Semi-árido do Rio Grande do Norte, irrigação com esgoto tratado Milho irrigado com esgoto tratado, no semi-árido (Parelhas, RN) 5 t / ha Sorgo irrigado com esgoto tratado, no semi-árido (Parelhas, RN) 95 t / ha UFRN UFC/CAGECE MOTA, Suetônio (2013). Aproveitamento de Águas Residuárias Tratadas em Irrigação e Piscicultura - A Experiência da Universidade Federal do Ceará. Palestra no Seminário Soluções Inovadoras de Tratamento e Reúso de Esgoto em Comunidades Isoladas - Aspectos Técnicos e Institucionais. ABES – SP e UNICAMP. Campinas, 20 e 21 de junho de 2013 Tratamentos 4 1412,4 3 1214,6 2 1986,2 1 887,5 0 500 1000 1500 2000 2500 Produtividade(kg/ha) T1 – Água + adub. T2 – Esgoto + adub. T3 – Esgoto T4 – Esgoto + ½ adub. Produtividade da mamona MOTA, Suetônio (2013). Aproveitamento de Águas Residuárias Tratadas em Irrigação e Piscicultura - A Experiência da Universidade Federal do Ceará. Palestra no Seminário Soluções Inovadoras de Tratamento e Reúso de Esgoto em Comunidades Isoladas - Aspectos Técnicos e Institucionais. ABES – SP e UNICAMP. Campinas, 20 e 21 de junho de 2013 UFC Média da Tratamento produtividade -1 (kg.ha ) Média do diâmetro do fruto (cm) T1 – água + adubação recomendada 16.269 a 15,9 a T3 – esgoto sem adubação recomendada 16.295 a 18,9 ab T2 – esgoto + adubação recomendada 19.350 ab 18,9 ab T4 – esgoto + 1/2 da adubação recomendada 23.120 b 20,2 b 6.550 4,3 DMS Produtividade da melancia MOTA, Suetônio (2013). Aproveitamento de Águas Residuárias Tratadas em Irrigação e Piscicultura - A Experiência da Universidade Federal do Ceará. Palestra no Seminário Soluções Inovadoras de Tratamento e Reúso de Esgoto em Comunidades Isoladas - Aspectos Técnicos e Institucionais. ABES – SP e UNICAMP. Campinas, 20 e 21 de junho de 2013 Irrigadas com esgoto tratado Irrigadas com água Sulco Gotejo Sulco Gotejo Salmonella sp. (25 g) ausente ausente ausente ausente Coliforme fecal (NMP g-1) <3 <3 <3 <3 Análise Características microbiológicas das melancias Obs. Atendem aos padrões estabelecidos pela ANVISA MOTA, Suetônio (2013). Aproveitamento de Águas Residuárias Tratadas em Irrigação e Piscicultura - A Experiência da Universidade Federal do Ceará. Palestra no Seminário Soluções Inovadoras de Tratamento e Reúso de Esgoto em Comunidades Isoladas - Aspectos Técnicos e Institucionais. ABES – SP e UNICAMP. Campinas, 20 e 21 de junho de 2013 UNB USP - SABESP Cana USP Capim UFPE UFPA UFRGS UNICAMP REÚSO DE ÁGUA EM HIDROPONIA Os efluentes de sistemas de tratamento de esgotos sanitários são ricos em macro e micronutrientes e podem, portanto, com algumas adaptações das técnicas, ser utilizados como solução nutritiva em hidroponia. Efluentes de filtros anaeróbios: SST < 20 mg/L Ovos Helm < 1 /L Mantêm nutrientes UFRN UFES USP UFSC Hidroponia em canteiros - Forragem verde hidropônica UFRN UFRN UFV Forragem verde hidropônica com esgoto tratado + Tratamento complementar de esgotos em nível terciário com eficiência inigualável + Controle da poluição: não polui águas, nem solo nem ar + Proteção da saúde pública e do meio ambiente + Reúso de água e reciclagem de nutrientes + É hidropônica: pequena área; alta produção; controle natural de pragas + Hidropônica sem química, natural, orgânica + Produção de alimento + Alta relação benefício / custos e excelente retorno social do investimento + Proteção dos animais (rumem) + Altíssima eficiência evapotranspirométrica (clima) + Alta eficiência fotossintética (<< CO2; >> O2) PROSAB tema Esgoto: Edital 01 (1997 - 1998): Tratamento de Esgotos Sanitários por Processos Anaeróbios e por Disposição Controlada no Solo Edital 02 (1999 - 2001): Pós-Tratamento de Efluentes de Reatores Anaeróbios Edital 03 (2000 - 2003): Desinfecção de Esgotos Sanitários e Reuso de Efluentes Tratados para Fins Produtivos Edital 04 (2004-2005): Tratamento e utilização de esgotos sanitários. Edital 05 (2006-2009): Nutrientes de Esgoto Sanitário: Utilização e Remoção. (1999 - 2001) (1997 - 1998) EDITAL 3 Utilização de Esgotos Tratados em Fertirrigação, Hidroponia e Piscicultura Parceiros no PROSAB: UFCG; UFES; UFPE; UFRN; UFSC; UFV; UNICAMP; USP/SABESP (2000 - 2003) BASTOS, Rafael K X (coordenador) et al. Utilização de Esgotos Tratados em Fertirrigação, Hidroponia e Piscicultura. Rio de Janeiro: ABES, RiMa, 2003. 267p. 20 autores Principais conclusões das pesquisas do PROSAB: Utilização de Esgotos Tratados em Irrigação - Aspectos Sanitários: O padrão OMS para irrigação irrestrita resulta em qualidade de hortaliças aceitável para consumo humano. Utilização de Esgotos Tratados em Irrigação – Aspectos Agronômicos: Confirmaram a viabilidade técnica e econômica da fertirrigação com esgotos sanitários. Cabe ressaltar a elevada produtividade alcançada com a fertirrigação de forrageiras. Alimentação Animal com Produtos Irrigados com Esgotos Sanitários: O fornecimento do material irrigado com esgoto tratado para alimentação de bovinos e caprinos não resultou em alteração do quadro clínico dos animais, não se verificou evidência de infecção e de contaminação da carne e do leite. Os resultados indicam o potencial da produção, sanitariamente segura, de forrageira irrigada com esgotos sanitários para alimentação animal. (Bastos et al, 2003) Limitações do reúso agrícola BASTOS, Rafael K X (coordenador) et al. Utilização de Esgotos Tratados em Fertirrigação, Hidroponia e Piscicultura. Rio de Janeiro: ABES, RiMa, 2003. 267p. O uso domiciliar da água pode acrescentar elevados teores de sais e de sólidos dissolvidos inorgânicos, resultado da própria dieta humana e da intensa utilização de produtos de limpeza. Dessa forma, a irrigação, hidroponia ou cultivo de peixes com esgotos sanitários é essencialmente fertirrigação ou piscicultura com água salina, com condutividade elétrica e teores de cloretos, sódio e sólidos dissolvidos relativamente elevados, devendo, portanto, ser observados todos os cuidados inerentes a tais práticas. Os principais impactos da irrigação com águas salinas prendem-se aos problemas de salinidade e sodicidade, com efeitos sobre o solo e as plantas. Os sais contidos nas águas de irrigação podem se acumular na solução do solo em torno da zona radicular, comprometendo a absorção de água pelas plantas devido aos efeitos osmóticos. A principal propriedade do solo afetada pela sodicidade é a velocidade de infiltração da água no solo ou sua permeabilidade. De uma maneira geral, alta salinidade aumenta a velocidade de infiltração da água; inversamente, baixa salinidade e, ou elevada proporção de sódio em relação ao cálcio (Razão de Adsorsão de Sódio - RAS) proporciona redução na condutividade hidráulica do solo. Águas com baixa salinidade tendem a dissolver os sais e minerais do solo (inclusive o cálcio), lixiviando-os e, portanto, reduzindo sua influência sobre a estabilidade dos agregados e estrutura das camadas superficiais. Como conseqüência, pode ocorrer a dispersão de minerais de argila e obstrução dos poros do solo. Com isso, a infiltração da água no solo passa a ser dificultada, favorecendo o escorrimento superficial e a ocorrência de erosão A dispersão do solo pode se dar também quando os teores de cálcio são insuficientes para contrabalançar o efeito dispersante de altos teores de sódio que tendem a acumular-se nas camadas superficiais. Além disso, o efeito do excesso de Na são potencializados quando a relação Ca/Mg é menor que a unidade. Isto porque o excesso de Mg-trocável no solo pode induzir à deficiência de Ca. A julgar pelos valores de condutividade elétrica e teores de Na, Ca e Mg (RAS), o grau de restrição de uso para irrigação dos efluentes registrados na Tabela 1.2 variam de nenhum a ligeiro e moderado. Nas condições mais desfavoráveis, a utilização deveria ser acompanhada de uma criteriosa seleção de culturas menos sensíveis e, prioritariamente, dirigida a solos com boa capacidade de drenagem. Os principais problemas de toxicidade às plantas devida à íons específicos referem-se à concentrações elevadas de sódio, cloretos e boro, sendo que os teores mais elevados registrados na Tabela 1.2 imporiam sérias restrições de uso, especialmente à irrigação por aspersão (AYERS e WESTCOT, 1991) (ver Capítulo 4). Em se tratando de águas residuárias domésticas, os metais pesados não devem constituir problema maior. De maneira análoga, oligoelementos provavelmente estarão presentes em concentrações abaixo dos teores tóxicos e acima da demanda nutricional da maioria das culturas e peixes. Adicionalmente, os teores de sólidos ou as características químicas da água residuária podem provocar problemas de entupimento em sistemas de irrigação por gotejamento ou aspersão, o que exige um pré-condicionamento da água de irrigação. Em resumo, os manejos necessários, agronômicos e de piscicultura, são perfeitamente equacionáveis, não diferem das boas práticas requeridas à irrigação, hidroponia e piscicultura convencionais , e envolvem a compatibilização entre a qualidade da água, a quantidade de água disponível, as características do solo, a técnica de irrigação ou de cultivo de peixes empregada e a adequada seleção de culturas e espécies de peixes. Resta ainda outra limitação à utilização de efluentes a ser considerada: os riscos de saúde advindos da qualidade microbiológica das águas residuárias, já que os esgotos sanitários podem veicular os mais variados microrganismos patogênicos, dentre vírus, bactérias, protozoários e helmintos. Entretanto, observados os devidos cuidados não há maiores objeções, sendo que as evidências disponíveis indicam que mesmo os critérios de qualidade de efluentes mais flexíveis, como os da Organização Mundial da Saúde, apresentam-se como medidas necessárias e suficientes para a minimização dos riscos de saúde (OMS, 1989; BLUMENTHAL et al., 2000) (ver Capítulo 2).Neste particular, os sistemas hidropônicos e de irrigação localizada apresentam vantagem adicional, ao, na maioria dos casos, minimizar o contato água residuária-planta, especialmente a parte comestível, e o contato da água residuária com o pessoal envolvido na operação. Permitimo-nos concluir que, observadas as boas práticas e vencidas as resistências de natureza cultural, a utilização de esgotos sanitários apresenta-se como uma solução sanitariamente segura, economicamente viável e ambientalmente sustentável. Edital 4 Tema: Reúso das águas de esgoto sanitário, inclusive desenvolvimento de tecnologia de tratamento para esse fim. Cerca de 200 pesquisadores de 15 grupos de pesquisa, em 13 estados do Brasil Parceiros : PUC-PR; UFBA; UFCE; UFES; UFMG; UFPE; UFRJ; UFRN; UFRS; UFSC; UFT; UFV; UNB; UNICAMP; USP. FLHORENCIO, L; BASTOS, R K X; AISSE, M M. (coordenedores) et al. Tratamento e utilização de esgotos sanitários. Rio de Janeiro: ABES, 2006. 427p. 29 autores (2004-2005) Edital 5 Desenvolvimento e aperfeiçoamento de tecnologias de condicionamento e de reúso de águas residuárias, considerando a qualidade do efluente tratado necessária para os possíveis usos e para atender ao padrão do enquadramento do corpo d’água receptor. Temas Tratam ento de esgoto s MOTA e von SPERLING (coordenadores) et al. Nutrientes de Esgotos Sanitários: utilização e remoção. Rio de Janeiro: ABES, 2009. 428 p. Universidades Participantes Sistemas naturais UFRS / UFMG / USP Lodos ativados UFCG / UFPA / UFRJ Filtros submersos e percoladores UFMG / UFRN / USP UFPE / UFRJ Tratamento avançado UFCG / UFRJ Fertirrigação UFRS / UNICAMP / USP / UFC / UFPE / UFPA Hidroponia UFRN / UFPA Piscicultura UFC (2006-2009) www.finep.gov.br/prosab/produtos.htm BASTOS, Rafael K X (coordenador) et al. Utilização de Esgotos Tratados em Fertirrigação, Hidroponia e Piscicultura. Rio de Janeiro: ABES, RiMa, 2003. 267p. FLHORENCIO, L; BASTOS, R K X; AISSE, M M. (coordenedores) et al. Tratamento e utilização de esgotos sanitários. Rio de Janeiro: ABES, 2006. 427p. MOTA e von SPERLING (coordenadores) et al. Nutrientes de Esgotos Sanitários: utilização e remoção. Rio de Janeiro: ABES, 2009. 428 p. ANDRADE NETO, C. O.; MELO, H. N. S. ; ABUJAMRA, R. C. P. . Utilização de Água Residuária Tratada em Sistemas Hidropônicos. In: GHEYI, H R; MEDEIROS, S S; SOARES. F A L (Organizadores) et al. Uso e Reúso de Águas de Qualidade Inferior - Realidades e Perspectivas. Campina Grande: 2005, p. 317-345. A questão sanitária do uso dos esgotos tratados Dimensões de partículas e solutos encontrados em águas naturais e residuárias. (SCHNEIDER e TSUTIYA 2001, apud SCHÄFER 1999). µm = 1x10-6 m. Esgoto Tratamento ”terciário” Restrição as Culturas Controle Pessoal Técnica de Irrigação Tratamento ”secundário” Solo Cultura Trabalhador Consumidor UFRN Efluente de filtros anaeróbios SST 20 mg/L; 0,25 ovo verme/L UFRN Tratamento de esgotos em filtros anaeróbio e aerado submerso. Alta eficiência: DBO 5mg/L; Amônia 6mg/L; Turbidez 1 a 2. Membranas UFRN Irrigação “clandestina” com efluente de lagoas de estabilização no Rio Grande do Norte, Brasil A VISÃO DO AGRICULTOR NA PRÁTICA DO REÚSO AGRÍCOLA NÃO CONTROLADO NA CIDADE DE CAICÓ/RN Hercília C. de MEDEIROS; Cícero O. ANDRADE NETO CONCLUSÕES O estudo apontou que o reúso informal está arraigado culturalmente e economicamente a cidade, sendo praticado há mais de meio século. Foi possível estimar que a produção de leite dos 16 agricultores entrevistados corresponde a cerca de 8% da produção do Município, mostrando que o reúso tem significativo valor econômico para a população local. Observou-se que a comunidade, de uma forma intuitiva, estabeleceu barreiras sanitárias para o reúso: a única cultura irrigada pelo esgoto sanitário é o capim para forragem animal e não é permitido o uso de aspersor para irrigação direta para esgoto bruto. Um outro aspecto verificado é que os agricultores reconhecem o risco sanitário (risco potencial) decorrente desta atividade. No entanto, ao considerar suas experiências, eles fazem, empiricamente, uma comparação entre o risco potencial e o real, considerando que este risco (real) é baixo. A constatação, pela própria vivência, da diferença entre o risco potencial e o risco real é que afasta o temor do risco sanitário, e provavelmente tem contribuído para que eles continuem praticando esta atividade. A pesquisa revelou também que esta atividade é realizada sem nenhuma orientação técnica, existindo um subaproveitamento quanto à produção. Em que pese todas as condições inadequadas quanto à segurança sanitária e ao meio-ambiente, os exemplos verificados in loco, os dados coletados, as considerações e depoimentos ao longo de toda a pesquisa, apontam para a propriedade do reúso agrícola para a cidade, apresentado todas as facilidades sócio-culturais para que seja implantado um programa de reúso planejado e controlado. MEDEIROS, Hercília C., ANDRADE NETO, Cícero O. de. A Visão do Agricultor na Prática do Reúso Agrícola não Controlado na Cidade de Caicó/RN. In: 24º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, 2007, Belo Horizonte. Anais .... Rio de Janeiro: ABES, 2007. REÚSO DE ÁGUA EM IRRIGAÇÃO Não há empecilho tecnológico A tecnologia necessária já é do domínio da agronomia e da engenharia sanitária e ambiental Não há empecilho econômico nem social Os investimentos são economicamente vantajosos e socialmente desejáveis Não há empecilho financeiro Os custos são elevados mas não são proibitivos Não há empecilho Há dificuldades, mas é viável REÚSO CONTROLADO Controle: sanitário (saúde pública) ambiental (sustentável) tecnológico (adequação) econômico (viabilidade) social (decisões e benefícios) legal (normas, direitos e deveres) DIMENSÃO E RIGOR DO CONTROLE ?? Mas para fazer reúso controlado de águas é necessário planejar e projetar, contemplando questões de disponibilidade e demanda de água de reúso (esgoto tratado quase sempre) e estudos de alternativas tecnológicas e de arranjos institucionais para gestão e regulação. Todos os municípios do Brasil precisam elaborar seus planos de saneamento básico, previstos na Lei 11.445. Será muito oportuno incluir a discussão e o planejamento do reúso controlado das águas e do uso produtivo dos esgotos tratados. ANDRADE NETO, Cícero O. de. (2011). O que vamos fazer com os esgotos tratados? São Paulo: Infraestrutura Urbana, Nº 9, ano 1, p. 80, dez 2011. (ISSN 2179-0728) Cícero Onofre de Andrade Neto Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Engenharia Civil Programa de Pós Graduação em Engenharia Sanitária Laboratório de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental [email protected] 55 (84) 3215 3775 Ramal 203