PH DA CHUVA COMO PROPOSTA DE CONTEXTUALIZAÇÃO DO ENSINO DE
ACIDEZ /BASICIDADE PARA ALUNOS DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO
Ana Alice Pimentel MARINHO1-([email protected])
Francisca Mayara Oliveira ANASTÁCIO2-([email protected])
Jorge Raimundo da Trindade SOUZA3-([email protected])
1
Universidade Federal do Pará (UFPA)
Universidade do Estado do Pará (UEPA)
3
Universidade Federal do Pará- Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências Matemáticas
2
RESUMO: A crise da falta de água vivida atualmente em algumas regiões do Brasil submete a população a
uma necessidade de economia, racionamento e reutilização da água. Diante deste cenário, a água proveniente
da chuva, torna-se uma alternativa barata de amenizar o problema em questão. Neste sentido, este trabalho
utilizou a água de chuva como proposta de contextualização dos conceitos de acidez/basicidade, e analisou a
aceitação do método experimental como proposta de ensino de Química em uma turma do 1º ano do ensino
médio de uma escola no munícipio de Concórdia do Pará, bem como de que forma a acidez está relacionada
com a qualidade da água. A investigação teve como foco levar os estudantes a medir o pH da água de chuva
coletada dos dias 1 à 15 de março de 2015, na cidade de Belém e no munícipio de Concórdia do Pará, para
níveis de comparação ao se relacionar os resultados encontrados nos dois locais com os conceitos de acidez e
basicidade e a forma com que a poluição atmosférica interferiu nos resultados. Os resultados obtidos nas
sondagens inicial e final mostraram que os alunos tiveram um maior interesse pela disciplina, pois
incialmente apenas 46% dos estudantes, de uma turma de 42 alunos, consideravam a disciplina Química
importante e após a realização da atividade este percentual aumentou para 89%, mostrando a importância de
propostas experimentais para um ensino de Química contextualizado.
Palavras-Chave: Água de chuva, pH, Contextualização.
Área Temática: Ensino da Química (ENQUI)
INTRODUÇÃO
A chuva é um dos fenômenos atmosféricos mais desejados, e simultaneamente um dos
mais temidos pela população. É comum encontrarmos nos noticiários situações antagônicas no
Brasil acerca da chuva, pois ao mesmo tempo em que algumas regiões brasileiras enfrentam secas
severas, outras são totalmente devastadas por enchentes ocasionadas pelos altos níveis
pluviométricos. Porém, em meio a essas facetas, a água de chuva é essencial, e em alguns locais ela
é utilizada para o consumo humano, logo se tem uma preocupação sobre a qualidade desta água,
que poluentes ela absorveu em seu processo de formação e que riscos poderá ocasionar a quem a
utilizar (LEITE, 2010).
A análise desta água nos mostra a possível região onde está chuva se formou, como a
dinâmica dos ventos é a responsável por transportar nuvens de chuva para muitos quilômetros longe
do local de formação da mesma, esta chuva pode levar água poluída a regiões onde o ar seja mais
puro, e dependendo do caráter ácido dela, plantações, monumentos e etc. podem ser destruídos. A
simples análise de pH, nos oferece um leque de possiblidades para ser discutidos em uma aula, não
401
apenas de química mas de geografia, biologia, basta analisar todos os fatores do conjunto. Podendo
ser oferecido aos alunos um entendimento mais completo e contextualizado.
Fazer com que os alunos se interessem por disciplinas que utilizam cálculo é uma tarefa
árdua aos docentes. Professores de química frequentemente encontram resistência e desmotivação
por parte dos alunos. Maldaner (2003), cita que é comum esses alunos definirem como difícil ou
chata a disciplina, haja vista que em sala de aula, em sua grande maioria só veem a linguagem
tecnicista da química.
Deve-se mostrar aos alunos que o conhecimento não se restringe somente a um
vocabulário técnico, ou seja, a uma linguagem científica arraigada, apresentar tanto a linguagem
cotidiana quanto a científica são formas complementares de se conhecer o mundo. Deve-se
procurar um equilíbrio entre as duas formas, para que o conteúdo não perca a essência conceitual, e
não se transforme em algo chato e desmotivante para eles (AGUIAR, 2005).
Neste sentido, este trabalho utilizou a água de chuva como forma de explicar os conceitos
de acidez/basicidade a uma turma do 1º ano do ensino médio, avaliando a aceitação do método
experimental de baixo custo contextualizado, e de que forma este método promove a motivação
destes alunos pela química.
OBJETIVO
Utilizar a contextualização no ensino dos conceitos de acidez/basicidade, através do pH da
água de chuva, tendo a experimentação como ferramenta metodológica para contextualização da
disciplina química, para uma turma do 1º ano do ensino médio, a fim de avaliar a aceitação dos
alunos ao método didático aplicado.
REFERENCIAL TEÓRICO
Desde o início da civilização, o Homem que vivia em grupos ou tribos dependeu do meio
ambiente para garantir sua sobrevivência. Tais grupos deslocavam-se constantemente de região para
região em busca do seu sustento, e de locais em que pudessem ser beneficiados pela chuva
(VAISTMAN; VAISTMAN, 2006).
Diversas mudanças ambientais correram, e a maioria provocada pela ação antrópica. A
poluição dobra a cada ano, por conta da constante industrialização desenfreada e inconsciente, e a
água de chuva consequentemente está transportando cada vez mais poluição para diversos locais. É
neste cenário que surgem preocupações a respeito da qualidade desta água, devido os diversos
danos que ela pode causar à saúde de quem a consumir. Desta forma, verifica- se a importância de
conscientizar os alunos sobre esses riscos.
Para isso é necessária articulação dos conceitos físicos, biológicos e químicos no ensino de
Ciências, principalmente nas séries finais. Porém esta disciplina ainda é ministrada de forma
fragmentada como ressalta Lima; Silva (2007):
Segundo uma tradição já consagrada na educação em ciências, o mundo natural é
apresentado de modo fragmentado, como uma sucessão de referências em cada serie é
apresentado um ambiente, um eixo que na maioria das vezes não estabelece um diálogo e
uma conexão entre os conteúdos químicos, físicos e biológicos, daí quando o aluno vai para
ensino médio tem a impressão de que nunca viu tais disciplinas e de que elas são
extremamente complexas.
Tal realidade no ensino de ciências-Química mostra a necessidade de desenvolver os
assuntos nos seus diferentes enfoques, como por exemplo, os conceitos de acidez/basicidade
desenvolvidos neste trabalho podem ser desenvolvidos em qualquer outra disciplina, basta que
sejam adaptados ao enfoque da mesma. O ensino de Ciências tem como objetivo proporcionar
compreensão dos processos, e eventos que ocorrem no mundo em que estamos inseridos, pois os
402
diversos temas transcendem a lógica única de cada disciplina, mas não prescindem dela (LIMA;
SILVA, 2007).
Por outro lado, a Química lida com modelos e teorias abstratas, por isso é necessário um
intenso trabalho pedagógico para que as ideias da química sejam entendidas de modo não
dogmático, como uma ferramenta para compreender e interferir nos processos naturais (GÓES,
1993).
Desta forma propõe-se a utilização de metodologias adequadas a cada tipo de conteúdo,
para que os assuntos ministrados na disciplina não fiquem apenas no campo da abstração, e passem
a ser mais significativos para estes alunos, e no objetivo que se propõe neste trabalho a
experimentação abordando temas do cotidiano cumpriu esse papel de forma satisfatória.
METODOLOGIA
O trabalho desenvolveu-se em dois dias, com um público alvo de quarenta e dois
estudantes da 1º série do ensino médio, com idades entre 15 e 16 anos, pertencentes a uma escola
pública do município de Concórdia do Pará. Sendo 19 alunos moradores da zona urbana, e 23
alunos moradores da zona rural do município.
No primeiro dia foi realizada a aplicação de um questionário de sondagem inicial para
avaliar que visão estes alunos possuíam acerca da disciplina mostrando sua importância, se
costumavam ter aulas experimentais, que importância atribuíam as aulas que utilizavam fatos do
cotidiano para explicar um determinado assunto, e de que forma isto facilitava sua compreensão.
Para garantia de que as respostas apresentariam o maior nível qualitativo possível, solicitou-se a
professores de outras duas disciplinas (matemática e física) que pontuassem a resolução dos
questionários.
No segundo dia, após a tabulação dos primeiros questionários, pode-se ter uma visão de
como eram e quais eram os receios e bloqueios desses alunos em relação à disciplina. Com base
nesses dados, desenvolve-se e realizou-se uma aula teórica, explicando os conceitos de
acidez/basicidade, sua importância na compreensão de fenômenos cotidianos e de que forma a água
de chuva pode ser utilizada na aplicação (falou-se sobre o experimento que iria ser desenvolvido em
seguida) desses conceitos.
Desenvolveu-se um experimento que consistiu em duas etapas. A primeira foi realizada
fora de sala de aula, na qual durante os 15 primeiros dias do mês de março recolheu-se água de
chuva no município de Belém, e no município de Concórdia, para comparar uma possível variação
no pH . A água foi armazenada em frasquinhos plásticos pré-identificados. Na segunda etapa foi
medido o pH da água coletada em cada dia com o indicador azul de bromotimol, e avaliado se
houve variação no mesmo, para que se pudesse iniciar as discussões com os alunos.
Após aplicação da aula experimental, o questionário de sondagem inicial foi reaplicado
para níveis de comparação entre as opiniões.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
O mês de março em nossa região é um dos meses com altos níveis pluviométricos, porém
no interior do estado, como pode ser observado na tabela abaixo, essa chuva não é tão constante,
principalmente na região onde foi coletada a água de chuva, por ser uma região bem devastada, por
conta da economia voltada à plantação de Dendê, então com pouca vegetação a precipitação das
águas ocorre com menos frequência se comparado à cidade de Belém.
Tabela 1: Dias em que foi realizada a coleta de água para o experimento.
Dias do mês
Presença de Chuva em Belém
Presença de Chuva em Concórdia
403
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
Sim
Sim
Não
Água coletada insuficiente
Sim
Sim
Sim
Não
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Não
Não
Não
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Água coletada insuficiente
Não
Sim
Sim
Sim
Sim
Ao realizar-se a sondagem inicial verificou-se que os alunos apresentavam uma visão
limitada sobre a importância da química, e confundiam a importância da disciplina com os
problemas enfrentados em sala de aula ao estuda-la. Pode-se visualizar o resultado no gráfico
abaixo:
1º sondagem: Visão sobre a importância
da disciplina Química
33%
21%
46%
é boa, pois está em tudo
possui muito cálculo
é complicada
Gráfico 1: Rendimento dos alunos quando abordados sobre a importância da disciplina química.
Neste primeiro momento considera-se importante e significativo para níveis de análise dos
resultados uma sondagem inicial, haja vista que após a aplicação da aula teórica, verificou-se uma
maior capacidade de organização de novos conceitos com as informações apresentadas. Essa
capacidade de reestruturação conceitual está de acordo com a Teoria da Aprendizagem Significativa
de Ausubel:
Aprendizagem significativa é um processo pelo qual uma nova informação se relaciona de
maneira substantiva, não arbitrária e não literal a um aspecto relevante da estrutura
significativa do indivíduo. A nova informação interage com uma estrutura cognitiva
presente (ALBINO, 2008, p.126).
A Teoria da Aprendizagem Significativa de David Paul Ausubel descreve a essência da
construção de um novo conhecimento, pois a estabilidade estrutural dessa construção é devido à
inter-relação com os outros conceitos.
No gráfico abaixo, pode-se visualizar o resultado das respostas dos alunos sobre pergunta
apresentada anteriormente, mas após a aplicação da intervenção didática.
404
2º Sondagem: visão sobre a importância
da disciplina Química
18%
Importante, podemos nos
prevenir de riscos
82%
complexa, mas importante
Gráfico 2: Rendimento dos alunos quando abordados sobre a importância da disciplina química.
Nota-se que houve uma relevante aceitação dos alunos à metodologia desenvolvida como
fonte motivadora da aprendizagem da disciplina química, pois nenhum aluno a considerou sem
importância. Anteriormente 54% dos alunos confundiram sua importância e apenas 46%
consideravam-na boa.
Após a aula com experimentação, 82% passaram a considera-la importante sem restrições,
18% também a consideram importante, mas citaram ser uma disciplina difícil ao se referirem a ela
como complexa. Zanon (1995), fala a esse respeito ao citar que o processo de aprendizagem é algo
construído gradativamente, e uma única aula não é o suficiente para promover uma mudança de
defasagens conceituais acumuladas. Chassot, (1993) fala a esse respeito citando que os alunos
aprendem com muito mais facilidade uma determinada ciência quando encontram correlações com
seu dia-a-dia, e a química quando vista como uma linguagem nos permite ir além do simples
cálculo, ela nos mostra “a leitura do mundo natural” (CHASSOT, 1993, p. 37).
Quando abordados inicialmente sobre a presença de aulas experimentais, 100% dos alunos
nunca havia tido este tipo de aula, o que é preocupante, e também justifica os altos valores da
sondagem inicial, na qual eles consideraram a disciplina química difícil, e tinham uma noção vaga
de sua importância. A maioria (45%) tinha uma ideia de que aulas experimentais seriam divertidas,
associavam experimentos a ludicidade. Enquanto que 35% deles acreditavam que essas aulas seriam
mais reais, quando indagados sobre o que exatamente significava reais para eles, os mesmo
disseram que seriam aulas em que a química seria vista com aplicações e significações cotidianas. E
20% nem tinha ideia de como seriam essas aulas experimentais. Estes resultados podem ser
visualizados no gráfico a seguir.
1º sondagem: Frequência de aulas experimentais e
qual importância atribuem à elas
20%
35%
Não. Deve ser divertido
45%
Não. Apresenta mais
realidade
Não. Sem ideia de como
seja
Gráfico 3: Resultados da abordagem sobre a frequência de aulas experimentais.
405
Na segunda sondagem, a intervenção didática havia ocorrido então à pergunta referente à
presença da experimentação foi substituída, e em seu lugar indagou-se sobre que importância eles
atribuíam A ela, e como esta experimentação estava relacionada ao cotidiano deles, incluiu-se um
questionamento complementar, sobre de que forma esses fatores do cotidiano facilitaram a
aprendizagem e entendimento dos conceitos abordados. Pode- se visualizar os resultados no gráfico
abaixo:
2º sondagem: importância das aulas experimentais e
utilização de fatos do cotidiano como facilitador da
aprendizagem
15%
30%
55%
muito importante, abriu
minha mente para novas
visões
deixou o assunto mais fácil,
e deu pra ver como ocorre e
onde se aplica os conceitos
divertida, a metodologia
tirou a monotomia da aula
Gráfico 4: Resultado da segunda sondagem, quando abordados sobre a importância da experimentação, e utilização da
contextualização como facilitador da aprendizagem.
Com base nesse último questionamento, consideram-se satisfatório os resultados obtidos
em relação ao uso da contextualizada aliada a experimentação, pois todos os alunos mostraram
aceitação à metodologia utilizada na pesquisa. Quando indagados sobre os fenômenos cotidianos
como facilitadores da aprendizagem, 55% afirmaram ter aberto a mente a várias possibilidades de
como ver a química em suas vidas, um citou “não vivo sem química, e nunca me dei conta disso”.
30% a considerou agente facilitador, e 15% citaram o fator ludicidade, inicialmente 45%
imaginavam ser divertido, e com a realização do experimento eles puderam ver que não era só
divertido, mas também, proveitoso para uma aprendizagem mais completa.
Freire (2002) nos dá uma ideia de como essa interação do aluno com a realidade vivida e
com o outro, desenvolve uma aprendizagem pautada em uma construção dialética, as discussões
promovem reestruturação, amplificação e maior clareza dos conceitos preexistentes. Como
resultado tem-se uma aprendizagem construtivista, com formação de significação conceitual
(VIGOTSKY, 2008).
CONCLUSÕES
A partir das análises feitas, e dos resultados obtidos nas sondagens, percebeu-se que a
experimentação em algumas escolas ainda é incipiente, e existem alunos que nunca viram um
experimento em uma aula de química, o que é uma perda inestimável a aprendizagem destes alunos.
A aceitação da metodologia foi 100% positiva na turma avaliada, e a contextualização
promoveu uma maior motivação por partes dos educandos, tirando um pouco a imagem da
disciplina química como cheia de cálculos e complexa.
As
questões
levantadas
na
pesquisa
sobre
essa
defasagem
na
contextualização/experimentação fazem-nos refletir como os conteúdos estão sendo abordados nas
aulas de química nas escolas, e o quanto esta abordagem está sendo prejudicial à aprendizagem.
O professor é o principal mediador entre o conhecimento e o aluno, portanto quanto mais
efetiva for essa mediação, e quanto mais fatores puderem contribuir para que ocorra a
406
aprendizagem, teremos mais aulas proveitosas, e a química será vista com bons olhos por mais
alunos, aumentando o interesse pela disciplina e consequentemente diminuindo os altos índices de
baixo rendimento escolar.
REFERÊNCIAS
AGUIAR JR, Orlando; LIMA, Maria Emília C. C.; MARTINS, Carmen C. A formação
de conceitos científicos: reflexões a partir da produção de uma coleção de livros
didáticos. Anais do V Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências,
2005.
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CHASSOT, Attico, (1993). Catalisando transformações n
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Ijuí: Editora Unijuí.
FREIRE, Paulo. Ação Cultural para a Liberdade. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
GÓES, M. C. R. Os modos de participação do outro no funcionamento do sujeito. Revista
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LEITE, Laurinda; MENDOZA RODRÍGUEZ, José; DOURADO, Luís; SOARES, Filipa &
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LIMA, M, E; C.; SILVA, N, S. A Química no Ensino Fundamental: uma proposta em ação. In:
ZANON, L, B.; MALDANER, Otavio A. (Org.). Fundamentos e Propostas de Química para a
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VAITSMAN E. P.; VAITSMAN D. S. Química & Meio Ambiente: Ensino contextualizado.
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VIGOTSKY, Lev Semenovitch. Pensamento e Linguagem. 4ª ed. São Paulo:
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ZANON, Lenir B.; PALHARINI, Eliane M. A Química no Ensino Fundamental de
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