O PESO DAS ESTRELAS
Novo post convidado da nutricionista Ana Carvalhas, que já nos
tinha dado "Pelo S. João, sardinha no pão":
Segundo
Mário
João
Monteiro,
astrofísico da Universidade do Porto, “a
vida das estrelas é uma sequência de
tentativas (algumas com sucesso mas
outras não) de impedir que o seu peso a
destrua… porque, como gasta energia, a
estrela
‘envelhece’;
logo
todas
as
estrelas têm um início, uma juventude
(intempestiva), uma idade adulta, uma
velhice e um fim. Assim, ao longo da sua
vida, o interior da estrela vai mudando (por vezes de uma forma
drástica) adaptando-se como pode ao efeito da força inevitável que
é o se u peso”. Devíamos aprender com as estrelas. De facto, tal
como elas, temos de impedir que o nosso peso nos destrua... O peso
excessivo representa uma sobrecarga para o coração.
As doenças cardiovasculares têm liderado, ano após ano, as
causas de morte em todo mundo. Os números não deixam margem
para dúvidas: 16,6 milhões de mortes por ano, dos quais seis
milhões na Europa. Destes seis milhões, 50 mil ocorrem em
Portugal. É muita gente!
Em ge ral as vítimas são ma is homens d o que mulheres, mas,
entre nós, é precisamente ao contrário. Morrem mais mulheres por
doença cardiovascular do que homens porque elas são, em média,
mais obesas do que eles. As mulheres estão realmente mais
protegidas até à menopausa, mas, a partir dessa altura, o risco
aumenta drasticamente.
A maior parte dos factores de risco são bem conhecidos: não
só a
obesidade, mas também a
hipertensão arterial, a
hipercolesterolemia (colesterol elevado), o tabagismo, o stress, a
ausência de actividade física… só para referir alguns.
Quando se comparam as estatísticas de saúde de 1996 com as
de 2006, até ficamos animados: há maior controlo da hipertensão
arterial
e
da
hipercolesterolemia,
em
parte
porque
se
desenvo lve ram fármacos a dequados, e o número de fumadores
diminuiu. Mas ficamos desanimados com o aumento acentuado do
número de indivíduos obesos. Em particular, é indispensável lutar
contra a obesidade aliada à diabetes.
Os obesos têm um risco acrescido de virem a sofrer um
e ve nto ca rdiovascula r, um risco que só diminui com a prática de
u ma activida de física regular. Esta fa vorece a circu lação e
constitui um precioso auxiliar na perda de peso.
Cabe a cada um de nós vigiar o seu peso! A nossa esperança
de vida e a nossa qualidade de vida dependem desse cuidado.
Imitando as estrelas, precisamos de nos livrar do excesso de peso
para vivermo s mais...
Fonte: Blog De Rerum Natura
Data: Junho 2007
Autor: Ana Carvalhas
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