De modo geral, uma escova compreende as seguintes partes: A) Corpo da escova O corpo da escova corresponde à peça de carvão usinada, sendo a parte mais importante, pois uma escova pode ou não ter cordoalhas, terminais ou acessórios; seu corpo, porém, é necessariamente uma condição de existência da mesma. Como medir Para medir uma escova temos dois casos a considerar: - escova para comutadores (figura 6) - escova para anéis coletores (figura 6) onde: t = dimensão tangencial a = dimensão axial r = dimensão radial Estas dimensões deverão ser dadas com a aproximação em décimos de milímetros e nos limites e tolerâncias aprovadas pelas Normas IEC e ABNT, conforme tabelas 1 e 2. TABELA 1 Tolerâncias para "t" e "a" em micrômetros e para "r" em milímetros Porta-Escova (1) Valores Nominais t a mm Máx. Min. 1,6 2 2,5 + 54 3,2 Escova Elétrica FOLGA Escova t a Dif. Máx. Min. Dif. Máx. Min. + 14 40 - 90 - 30 60 144 44 +/- 0,3 + 68 + 20 48 - 90 - 30 60 158 50 +/- 0,3 4 5 + 68 + 20 48 - 110 - 30 80 178 50 +/- 0,3 6,3 8 10 + 83 + 25 58 - 110 - 30 80 193 55 +/- 0,3 12,5 16 + 102 + 32 70 - 130 - 40 90 232 72 +/- 0,5 20 25 + 124 + 40 84 - 130 - 40 90 254 80 +/- 0,5 32 40 50 + 150 + 50 100 - 150 - 50 100 300 100 +/- 0,8 r 64 80 + 180 + 60 + 60 - 150 - 50 100 330 110 +/- 0,8 100 125 +/- 1,0 (1) - As tolerâncias para os porta-escovas são conforme a tolerância E10 da ISO. A verificação dimensional dos porta-escovas é efetuada com o calibrador "passa", "não passa". - Tabela extraída da Norma da ABNT. TABELA 2 Tolerâncias para "t" e "a" em micrômetros e para "r" em milímetros para escovas de grafite natural e metal-grafite Porta-Escova (1) Valores Nominais t a mm Máx. Min. 1,6 2 2,5 + 54 3,2 4 5 Escova Elétrica Escova FOLGA t a Dif. Máx. Min. Dif. Máx. Min. + 14 40 - 120 - 60 60 174 74 +/- 0,3 + 68 + 20 48 - 150 - 70 80 218 90 +/- 0,3 6,3 8 10 + 83 + 25 58 - 170 - 80 90 253 105 +/- 0,3 12,5 16 + 102 + 32 70 - 260 - 150 110 362 182 +/- 0,5 20 25 + 124 + 40 84 - 290 - 160 130 414 200 +/- 0,5 32 40 + 150 + 50 100 - 330 - 170 160 480 220 +/- 0,8 50 + 150 + 50 100 - 340 - 180 160 490 230 +/- 0,8 64 + 180 + 60 120 - 380 - 190 190 560 250 +/- 0,8 80 + 180 + 60 120 - 390 - 200 190 570 260 +/- 0,8 r 100 125 +/- 1,0 (1) - As tolerâncias para os porta-escovas são conforme a tolerância E10 da ISO. A verificação dimensional dos porta-escovas é efetuada com o calibrador "passa", "não passa". (2) - As tolerâncias para as escovas são conforme a tolerância B11 da ISO para dimensões > 12,5 mm e c11 da ISO para dimensões < 12,5 mm. - Tabela extraída da Norma da ABNT. Na tabela 3 apresentamos todas as combinações recomendadas das dimensões principais "t", "a" e "r" - normas IEC e ABNT. TABELA 3 Combinações recomendadas das dimensões principais "t", "a" e "r" t/a 2* 2,5 3,2* 4* 5* 6,3 8* 10 12,5* 16 20* 25 32* 40 50* r 1,6* 8* 2* 2,5* 3,2* 4* 5* 6,3* 8* 10* 8* - - - - - - - - - - - - - 8 8* 8* - - - - - - - - - - - - 8 8* 10 8 10* 10 12,5* - - - - - - - - - - 8 10 12,5 8 10* 12,5 - 10 12,5* - 12,5* 16 - 8 10 12,5 16 10 12,5* - - 12,5 16* - 16 16 20* 20* - - 10 12,5 16 20 12,5 16 - 16 16 20* 20* 25 25 - 20 25* 32 - 20 25* 25 32 32* 32* 32 40 40* - 12,5 16 20 25 32 40 20* 20* 25 25 32 - 20 25* 32 - 25* 25 32 32* 32* 32 40 40 40* 50 50 50 - 12,5 16 20 25 32 40 50 20 25* 32 - 25* 32 - 25 25 32* 32* 32* 32 40 40 40 40* 50 50 50 64 - 16 20 25 32 40 50 64 25* 32 40 - 25 25 32* 32* 32 32 40 40 40* 40* 40 50 50 50 50* 64 64 64 64 - 16 20 25 32 40 50 64 - - 10* - - 10* - 10* - - 12,5* - 12,5 - - 12,5* - 12,5 16 - 16 - - 16 20* - 16 20* - 20 - - 16 20* - 16 20* 25 - 20 25* 32 25* 25* 32 32 25* - - - - - - - 12,5* - - - - - 20* 25 - 16* - - - - - 20* 25 - - 25 - - - - - - - - - - - - - - 25 32* 32* 32 32 40 40 40* 40* 40 50 50 50 50* 50 64 64 64 64* 80 80 80 - - - - - - 20 25 32 40 50 64 80 20 25 20* 25* 32* 40* 50* - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 32 - 32* 40 - 32* 40 - - 25* 25 32 32* 40 - 32* 40 50 - 32* 40 50 - - 32* 32* 40 40 50 50 - 32* 40 50 - 32 32 40* 40* 50 50 64 64 - - 32* 40 50 64 - 32 40* 50 64 - 32 32 40* 40* 40* 50 50 50 64 64 64 80 80 80 100 100 125 - 40* 50 64 - 40* 40 40 40 50 50* 50* 50* 64 64 64 64 80 80 80 80 100 100 100 125 125 - - - - - - - - 32 32 32 40* 40 40* 40 50 50* 50 50* 50 64 64 64 64* 80 80 80 32 40 50 64 80 32 32 40* 40* 40 50 50 50* 50 64 64 64 64* 80 80 80 100 25 32 40 50 64 80 100 40* 40 50 50* 50 64 64 64* 80 80 80 100 100 32 40 50 64 80 100 40 50* 50 64 64* 80 80 100 100 125 125 32 40 50 64 80 100 125 80* 100 125 40 50 64 80 100 125 40 40 50* 50* 50 64 64 64* 64 80 80 80 80* 100 100 100 100 125 125 125 40 50 64 80 100 125 NOTAS: 1) Escovas elétricas de seção quadrada não são recomendadas. 2) Quando da utilização de escovas com valores de "r" elevados, tomar a precaução de verificar que sejam adequadas ao tipo de porta-escovas utilizado. (*) - Valor preferencial - Tabela extraída da Norma ABNT. B) Rabichos (flexíveis) É sempre vantajoso fabricar escovas equipadas com cabos flexíveis de cobre, para servirem com elo de ligação entre a escova e a rígida estrutura de máquina. O rabicho irá permitir um melhor caminho para a corrente fluir. Uma extremidade deverá estar bem fixada na escova, assim como uma outra estará fixada ao terminal. Na tabela 4 demonstramos os valores recomendados da seção nominal - Normas IEC e ABNT. TABELA 4 Valores da seção nominal, do diâmetro aproximado e da massa aproximada de cordoalhas Formação Efetiva Diâmetro aproximado mm Corrente máxima por cordoalha Amperes Massa aproximada g/m 0,08 0,5 3 1,3 7x8 0,08 0,7 5 2,5 0,53 7x15 0,08 1,0 7 4,9 1,16 7x33 0,08 1,5 10 11,0 2,00 7x3x19 0,08 2,0 16 19,6 2,64 7x3x25 0,08 2,5 21 26,2 3,48 7x3x33 0,08 3,0 27 34,0 4,64 7x3x44 0,08 3,5 34 43,5 6,00 7x3x57 0,08 4,0 42 66,0 7,40 7x7x30 0,08 4,5 50 71,0 9,36 7x7x38 0,08 5,0 60 91,5 12,80 7x7x52 0,08 6,0 73 134,0 Seção Nominal mm2 Número de fios Diâmetro do fio elementar mm 0,13 3x9 0,28 Notas: 1) O fabricante das escovas elétricas deve ser avisado pelo fabricante da máquina no caso de sobrecorrentes excepcionais ou de ventilação reduzida a fim de que possa ajustar o diâmetro da cordoalha. 2) Se a cordoalha for isolada, o fabricante da escova elétrica pode ajustar o seu diâmetro levando isso em consideração. 3) Tabela extraída da Norma ABNT. A escolha do rabicho é feita considerando-se a corrente que irá conduzir, e esta é função da escova à qual o rabicho será conectado. Assim, para cada tipo de escova, há valores definidos para a bitola e formação dos rabichos. Geralmente, são dimensionados para conduzir uma corrente bem maior que a corrente nominal da própria escova. Ao se apresentarem "queimados" é indicação de haverem conduzido sobrecarga acima de 300% por períodos prolongados. C) Conexões A conexão do rabicho à escova pode ser feita das seguintes formas: 1a - Conexão com pó de cobre 2a - Conexão com rebite 3a - Conexão com solda 4a - Conexão no topo metálico 1a) Conexão com pó de cobre - O rabicho é preso à escova, previamente furada com brocas especiais, com pó de cobre compactado em sua volta (figura 2). Figura 2 2a) Conexão com rebite - O rabicho é fixado através de rebites ao corpo da escova (figura 3). Figura 3 3a) Conexão com solda - O rabicho é fixado com solda branca à escova que previamente recebe um banho eletrolítico, depositando uma camada de cobre na escova (figura 4). Figura 4 4a) Conexão no topo metálico - O rabicho é fixado por solda no topo metálico da escova que, por sua vez, é fixado a ela por rebites ou solda (figura 5). Figura 5 Os rabichos das escovas elétricas serão conectados ao corpo das mesmas nas posições indicadas na (figura 6). Figura 6 Chamamos de "posição" ao local onde o rabicho é fixado no corpo da escova. No comprimento dos rabichos recomenda-se usar uma das dimensões especificadas na tabela 5, considerada pela (figura 7). Figura 7 TABELA 5 REFERÊNCIA COMPRIMENTO DO RABICHO TOLERÂNCIA EM mm 1 16 mm 2 20 mm +3 -0 3 25 mm 4 32 mm 5 40 mm 6 50 mm 7 63 mm 8 80 mm 9 100 mm 10 125 mm 11 160 mm +5 -5 +8 -0 Nota: Tabela extraída da Norma ABNT. D) Terminais Uma grande variedade de terminais é usada em escovas elétricas. Temos os terminais estampados e os de tubo prensado - Normas IEC e ABNT, conforme tabelas 6, 7, 8 e 9, e figuras 8, 9, 10 e 11. TABELA 6 TERMINAIS AXIAIS Dimensões para os terminais axiais Codificação d corresponde B L X ao furo ou 0,03 max. max. min. ao rasgo do 0 terminal TA 2,5 2,8 7 14 - TA 4 4,3 11 18 6 TA 5 5,2 13 20 7 TA 6 6,5 17 28 8,5 TA 8 TA 10 8,5 10,5 21 23 32 40 10,5 13 Nota: As espessuras do material devem ser escolhidas entre os valores da série R20 da recomendação ISO/R388. - Tabela baseada na Norma ABNT. TABELA 7 TERMINAIS DE DUPLA CONEXÃO Dimensões para os terminais de dupla conexão Codificação d B corresponde ao - 0,03 max. furo ou ao rasgo 0 do terminal L max. X min. TDC 4 4,3 11 6 12 TDC 5 5,2 13 7 14 TDC 6 6,5 17 9 17 TDC 8 8,5 21 11 21 TDC 10 10,5 23 11 26 Nota: 1) As tiras de larguras padronizadas podem ser utilizadas para a dimensão B dos terminais de dupla conexão. 2) "b" aplica-se somente no caso de terminais de dupla conexão aberta, conforme figura 9. 3) A espessura das tiras deve ser escolhida entre os valores da série R20 da recomendação ISO/R388. 4) Tabela baseada na Norma ABNT. TABELA 8 TERMINAIS BANDEIRA Dimensões para os terminais bandeira Codificação d corresponde B L X ao furo ou 0,03 max. max. min. ao rasgo do 0 terminal TB 2,5 2,8 7 8 - TB 4 4,3 11 12 6 TB 5 5,2 13 13 7 TB 6 6,5 17 16 8,5 TB 8 8,5 21 20 10,5 TB 10 10,5 23 25 10 Nota: 1) As tiras de larguras padronizadas podem ser utilizadas para a dimensão B dos terminais bandeira. 2) A espessura das tiras deve ser escolhida entre os valores de série R20 da recomendação ISO/R388. 3) Tabela baseada na Norma ABNT. TABELA 9 TERMINAIS TUBULARES Dimensões para os terminais tubulares Codificação d B corresponde ao - 0,03 max. furo ou ao rasgo 0 do terminal L max. X min. TT 4 4,3 11 12 6 TT 5 5,2 13 13 7 TT 6 6,5 17 18 8,5 TT 8 8,5 21 20 10,5 TT 10 10,5 23 25 13 Nota: Se o terminal é previsto com uma extremidade em forma de sino, como na figura 11a, ele deve ser prolongado de modo que a parte curva não avance sobre as superfícies BxA e BxX que devem ser planas. Tabela baseada na Norma ABNT. Figura 8 Figura 9 Figura 10 Figura 11 Figura 11 A E) Isolamento Em muitos casos, alguns locais podem exigir que os flexíveis (rabichos) sejam isolados, a fim de impedir que haja um contato com a armadura da máquina. Para tanto, são utilizados ou espaguetes (de fibra de vidro ou porcelana) ou fibras espiraladas, as quais recobrem todo o rabicho, sem lhe tirar a capacidade de movimento. F) Estribos Muitas escovas são equipadas com acessórios especiais de topo. O material com que é feito o estribo pode ou não ser metálico (de preferência cobre ou latão). Podemos encontrar estribos de fibra, borracha, neoprens, celeron, plástico, ou mesmo uma combinação de dois diferentes materiais como cobre e neoprens, borracha e celeron, etc. De acordo com a função, podemos classificar em: 1. Estribos de proteção 2. Estribos de distribuição de pressão 3. Estribos limitadores de vida da escova 4. Estribos com conexão 1) Estribo de proteção - São usados em escovas muito macias (geralmente grafite) ou nas sujeitas a muita vibração. Sua função é evitar o desgaste da escova por parte do dedo de pressão do porta-escovas (figura 12). Figura 12 2) Estribos de distribuição de pressão - Geralmente são usados em escovas duplas ou triplas cuja função é distribuir igualmente os esforços do dedo de pressão sobre cada uma das partes da escova (figura 13). Figura 13 3) Estribos limitadores de vida da escova - São topos geralmente estendidos além das faces das escovas, cuja função é determinar o limite máximo de uso da escova. Este estribo trabalha encaixado em rasgos nos porta-escovas e, quando o mesmo toca o fundo do rasgo, é sinal de que a escova chegou ao máximo de desgaste, devendo ser substituída (figura 14). Figura 14 4) Estribos com conexão - Em algumas escovas, os rabichos não são presos diretamente no carvão e sim soldados em peças metálicas, sendo estas, por sua vez, presas às escovas. A estas peças metálicas dá-se o nome de estribos com conexão (figura 15). Figura 15 É comum encontrarmos rabichos com mais de uma função, como, por exemplo, estribos de proteção e distribuição de pressão; estribos de conexão e limitadores de vida, etc. G) Ângulos Ângulos são cortes feitos nas extremidades das escovas, podendo ser divididos em dois tipos: 1) Ângulos de bisel da face superior: São aqueles feitos na face superior das escovas, isto é, na face onde toca o dedo de pressão. Os valores recomendados para o ângulo b são: 0o - 7,5o - 15o - 22,5o - 30o - 37,5o - 45o As tolerâncias para todos estes valores são +/- 1o . Quando é superior a 15o , uma superfície plana de largura menor ou igual a 1 mm pode ser deixada no vértice da escova elétrica (figura 16). Figura 16 2) Ângulos de bisel da face de contato: São aqueles feitos na face inferior ou face de contato com o comutador ou anel, conforme figura 17. Figura 17 Os valores recomendados para o ângulo a são: 0o - 7,5o - 15o - 22,5o - 30o - 37,5o As tolerâncias para todos estes valores são de +/- 1o . Os ângulos de bisel superior e inferior deverão seguir orientação das Normas e serão medidos conforme figura 18, devendo ser descritos da seguinte forma: Bisel superior Bisel inferior Figura 18 Os raios serão designados pelo seu comprimento em milímetros seguido da letra "R". This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com. The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only. This page will not be added after purchasing Win2PDF.