Associação dos Cônjuges dos Diplomatas Portugueses Resultados do inquérito realizado pela ACDP sobre as condições de saúde em posto A ACDP enviou a todos os postos um inquérito destinado a melhor conhecer a realidade das prestações de cuidados de saúde de que podem usufruir os diplomatas e suas famílias em posto. Até à data, chegaram-nos 41 respostas, cuja proveniência encontrará em listagem abaixo. Destas respostas, podemos perceber que na generalidade dos países da União Europeia, o cartão de saúde europeu dá-nos acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas que as condições variam consoante o país. Assim, se em Berlim, Copenhaga, Londres, Praga, Roma, Viena, Vilnius ou Tallin, o referido cartão nos permite um acesso, gratuito ou sujeito ao pagamento de uma taxa moderadora, a cuidados de saúde de bom nível, o mesmo não se passa na Irlanda ou em Bucareste, onde a insuficiência dos serviços públicos implicam o recurso a serviços privados onerosos. Em Bruxelas, Liubliana ou Paris, para se poder usufruir do serviço público, recomenda-se um seguro adicional, do tipo “mútua”. Fora da Europa comunitária, na Rússia existe um tipo de seguro para diplomatas, de valor bastante elevado, sem o qual não é possível aceder a cuidados médicos; a Noruega permite o acesso ao SNS, que é de boa qualidade, mediante pagamento de taxa moderadora; e na Suíça, vigora um acordo entre a Segurança Social portuguesa e a sua congénere suíça, que permite usufruir do SNS. Nas Américas, deparamo-nos com a situação dos Estados-Unidos, onde os cuidados médicos só são prestados mediante seguro. No México, onde o sistema se assemelha ao americano, o recurso ao sistema privado é obrigatório e a sua excelência tem preços e cauções quase incomportáveis. No caso do Brasil e Argentina, o SNS está-nos aberto, mas a sua deficiência obriga ao recurso ao privado que tem preços elevados. Na África do Norte, há grandes disparidades. Se em Rabat não há outro remédio senão recorrer ao serviço privado, em Tunis o serviço público é adequado e, mesmo o privado não apresenta grandes custos. No Cairo, a situação é mais complicada, pois mesmo o sistema privado é muito incipiente. Em Tripoli, existe um SNS gratuito, mas de qualidade bastante fraca e onde a língua é uma barreira. Muito diferente é a situação que se vive na África Subsaariana. Apenas o Senegal e o Quénia apresentam sistemas privados mais ou menos desenvolvidos. Em todos os restantes países, a inexistência de SNS e uma medicina privada embrionária, fazem da evacuação por avião para a África do Sul ou Europa a única solução para tratamentos mais sensíveis. Nesta situação, inclui-se também Timor-Leste, com evacuação necessária para a Austrália. Na Ásia, temos Tóquio, no topo da pirâmide de custos dos cuidados médicos. Em Pequim e Banguecoque, as clínicas internacionais são de nível europeu, mas com preços que o reflectem. Em Seul, podemos aceder ao SNS, mas este é pago e a língua constitui um problema. O mesmo acontecendo em Teerão, onde a falta de condições sanitárias pode implicar a deslocação ao Dubai. Em Jacarta, o SNS é pago e pouco aconselhável. Situação curiosa vive-se em Camberra. Capital de um país desenvolvido, não possui sistema de saúde à altura. A falta de médicos e especialistas obriga a deslocações a Sidney, com o consequente Calçada das Necessidades, 3 1350-213 Lisboa Tels. (+351)213952936 / Fax (+351)213971433 E-Mail: [email protected] Site: www.acdp.pt Associação dos Cônjuges dos Diplomatas Portugueses acréscimo de custos e onde o ter um seguro de saúde é condição sine qua non para se poder ser tratado. De todas as respostas recebidas, apenas Bruxelas, Copenhaga, Vilnius, Viena, Praga e Tunis, afirmam não ser necessário um seguro de saúde. Listas dos postos que responderam*: Berlim Bruxelas Bucareste Copenhaga Dublin Liubliana Londres Paris Praga Roma Tallin Viena Vilnius Moscovo Oslo Berna Nova Iorque Cidade do México (http://www.acdp.pt/docs /mexico.pdf) Brasília Buenos Aires Rabat (http://www.acdp.pt/ docs/rabat.pdf) Tunis Cairo Abuja Dakar Guiné-Bissau S. Tomé Nairobi Harare Kinshasa Luanda Teerão Pequim Seul Tóquio Banguecoque Jacarta Díli Camberra Sidney * A ordenação foi feita com base em continentes e dentro da Europa apresentamos em primeiro lugar as capitais da UE e depois as dos restantes países. Calçada das Necessidades, 3 1350-213 Lisboa Tels. (+351)213952936 / Fax (+351)213971433 E-Mail: [email protected] Site: www.acdp.pt