DEDICATÓRIA Aos meus pais, Mário Rodrigues de Sousa Guimarães e Estefânia da Cunha Fernandes. Aos meus filhos Miguel Fernando e João Nuno. À minha esposa Maria Guiomar da Silva Taveira. Quanto mais profunda é a investigação mais consciência temos da nossa ignorância! Joaquim Fernando da Cunha Guimarães ÍNDICE DESCRIÇÃO PÁG. N.º 1. Nota de Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 2. O 1.º Artigo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 3. O 200.º Artigo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 4. Lista dos 200 Estudos/Artigos de Opinião . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 5. Quadro-Resumo dos Estudos/Artigos de Opinião . . . . . . . . . . . . 32 6. Livros Publicados com Estudos/Artigos de Opinião . . . . . . . . . . 33 7. Ranking das Quatro Principais Revistas Ligadas a Associações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 8. Notas Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 1 NOTA DE APRESENTAÇÃO Quando em Maio de 2003 publiquei um pequeno livro de 32 páginas, sob o título “100 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO” (ver figura), comemorativo do facto de, em Março do mesmo ano, ter completado o centésimo estudo/artigo de opinião, não vislumbrava que, agora, passados menos de quatro anos, estaria a elaborar o presente livro intitulado “200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO”. Assim, enquanto os primeiros 100 estudos/artigos de opinião foram elaborados durante nove anos, os segundos foram-no em pouco menos de quatro anos. Este aumento significativo de produtividade, deve-se, essencialmente, ao incremento do gosto pela leitura, investigação e escrita. Acresce, ainda, a actividade de leccionação em Mestrados e Pós-Graduações nas áreas da Contabilidade e da Fiscalidade que tem também contribuído para tal motivação. Neste último período, registo a leccionação no Mestrado de Contabilidade e Auditoria da Universidade do Minho (disciplina de “Fiscalidade e Auditoria Fiscal”), no Mestrado de Contabilidade da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve (disciplinas de “Teoria da Contabilidade” e de “Contabilidade dos Grupos Empresariais”) e na Pós-Graduação em Fiscalidade do Instituto Politécnico de Tomar (Seminário sobre o “Sistema Fiscal Português”). Noutro prisma, aumentou significativamente a minha participação com comunicações em congressos, seminários, acções de formação, nacionais e internacionais, o que constitui, também, um factor incentivador para a feitura de estudos e artigos. Registo, igualmente, que, em 15 de Março de 2005, procedi ao lançamento provisório (o definitivo ocorreu em 21 de Julho de 2005) do Portal INFOCONTAB, em www.infocontab.com.pt (ver figuras do logotipo, da Homepage e do livro de divulgação do Portal lançado em 21 de Julho de 2006), o qual contempla diversas informações sobre Contabilidade e áreas conexas (v.g. Fiscalidade, Revisão/Auditoria), cuja manutenção e actualização, efectuada duas vezes por mês, potencia a investigação e, por arrastamento, a elaboração de estudos e artigos. Refira-se, aliás, que alguns dos artigos apenas são publicados na Revista Electrónica INFOCONTAB, incluída como menu do Portal, seja pelas características próprias do artigo, seja pelo facto de considerar que não se justifica a sua publicação em nenhuma das revistas nacionais. 4 ■ JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES É de sublinhar o facto de grande parte dos artigos terem sido publicados em quatro dos cinco livros que elaborei até à data: – “CONTABILIDADE, FISCALIDADE, AUDITORIA: BREVES REFLEXÕES”, Ed. do Autor, Braga, 1.ª edição em Março de 1997, 2.ª edição em Janeiro de 1998 e 3.ª edição Junho de 1998; – “TEMAS DE CONTABILIDADE, FISCALIDADE E AUDITORIA”, Ed. Vislis Editores, Lisboa, Março de 2001; – “HISTÓRIA DA CONTABILIDADE EM PORTUGAL – REFLEXÕES E HOMENAGENS”, Ed. Áreas Editora, Lisboa, Janeiro de 2005; – “TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS”, INFOCONTAB Edições, Braga, Janeiro de 2007. Destaco o penúltimo livro (ver capa), publicado em Janeiro de 2005 que, como é referido no sub-título, constitui um conjunto de trinta e três artigos (seis artigos de colaboração de alguns professores) de reflexões e homenagens (estas a alguns dos meus Professores e ou Mestres). Finalmente, a exemplo do anterior livro, divulgo o primeiro artigo, sob o título “CUSTOS E PROVEITOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES”, publicado simultaneamente no Jornal de Contabilidade da APOTEC n.º 203, de Fevereiro de 1994 e no Boletim da APECA n.º 61, de Abril de 1996, bem como o 200.º artigo sob o título “O GUARDA-LIVROS ‘FERNANDO PESSOA’”, publicado na Revista Electrónica INFOCONTAB n.º 12, de Setembro de 2006. Braga, Janeiro de 2007 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 5 2 O 1.º ARTIGO Custos e Proveitos de Exercícios Anteriores (Publicado no Jornal de Contabilidade da APOTEC n.º 203, de Fevereiro/94 e no Boletim da APECA n.º 61, de Abril/96) I. INTRODUÇÃO A contabilização dos “custos e proveitos de exercícios anteriores” e o tratamento fiscal de que foram objecto em sede do Código da Contribuição Industrial (CCI) constituíram, durante muitos anos, uma matéria que gerou bastante polémica e dividiu opiniões entre contribuintes e Administração Fiscal (AF). Na verdade, basta lembrar o “Direito Circulado” 1 que se produziu na vigência do CCI2 para se aquilatar da importância contabilístico-fiscal desta matéria. O legislador do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (CIRC), precavido daquele passado, decidiu, em boa hora, incutir ao princípio da especialização dos exercícios3 um relevo que não lhe conferiu o do CCI. Na verdade, este postulado, contrariamente ao CCI4, assume uma particular importância no CIRC, dado que o legislador lhe consagrou um artigo específico sob o título “Periodização do lucro tributável” (art.º 18.º) 5. 1 2 3 4 5 6 ■ Termo utilizado na DGCI para referir despachos, ofícios-circulares, circulares e demais formas administrativas para interpretar as leis contabilístico-fiscais; Com especial destaque para duas Circulares, a saber: – Circular C-1/71, de 11/1/71, em que os custos de exercícios anteriores eram acrescidos ao lucro tributável e os proveitos de exercícios anteriores eram deduzidos; – Circular C-1/84, de 18/6/84, em que se estabelece que: “… Os custos e os proveitos de exercícios anteriores deverão ser aceites para efeitos fiscais, no exercício em que forem contabilizados salvo quando resultem de omissões voluntárias ou intencionais, considerando-se em princípio daquela natureza, os que forem praticados com intenções fiscais designadamente, quando: a) Esteja para expirar ou para se iniciar um período de isenção ou de redução de taxa; b) O contribuinte tenha interesse em alterar os prejuízos fiscais de determinado exercício para retirar maior benefício do reporte permitido pelo art.º 43.º do Código; c) O contribuinte pretende reduzir o montante dos lucros tributáveis para suportar menos carga fiscal…” Assim designado no CIRC, contrariamente ao legislador do POC (Comissão de Normalização Contabilística), que preferiu o termo “Da especialização (ou do acréscimo)”; O CCI só se referia, em termos genéricos, ao princípio da especialização dos exercícios, em paridade com os restantes princípios contabilísticos geralmente aceites, nomeadamente quanto ao previsto no art.º 22.º em que “o lucro tributável reportar-se-á ao saldo revelado pela conta de resultados do exercício ou de ganhos e perdas, elaborada em obediência a sãos princípios de contabilidade…” Além do art.º 18.º, o CIRC prevê particularmente outras duas disposições em que se consagra a aplicação deste princípio, a saber: a) O art.º 19.º, sob o título “Obras de carácter plurianual”, especialmente dedicado ao apuramento dos resultados no sector da construção civil e obras públicas, o que, aliás, constitui um complemento do art.º 18.º, n.º 5; b) O art.º 22.º, sob o título “Subsídios ou subvenções não destinados à exploração”. JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES Não há dúvida que o art.º 18.º do CIRC limitou e eliminou certas situações que, em sede do CCI, eram abusivamente utilizadas pelos contribuintes, nomeadamente o diferimento de custos e proveitos, pese embora as contingências do referido “Direito Circulado”, com o argumento, não raras vezes, de que os documentos só foram recepcionados na contabilidade no(s) ano(s) seguinte(s) 6. Uma outra limitação, talvez até a mais importante, prevista no art.º 18.º, é, indubitavelmente, o seu n.º 2, que transcrevemos: “As componentes positivas ou negativas consideradas como respeitando a exercícios anteriores só são imputáveis ao exercício 7 quando na data de encerramento das contas8 daquele a que deveriam ser imputadas eram imprevisíveis ou manifestamente desconhecidas.” Desta forma, só se a situação a contabilizar se reputar de “imprevisível ou manifestamente desconhecida” é que a AF aceita a imputação de custos e proveitos de exercícios anteriores em exercícios seguintes. Neste contexto, com este trabalho pretendemos dar um pequeno e singelo contributo para a clarificação desta problemática a nível do Plano Oficial de Contabilidade (POC) e do CIRC. Particularmente no que se refere aos aspectos de índole fiscal destacamos o entendimento mais recente da AF (vide Capítulo IV). II. O PRINCÍPIO DA ESPECIALIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS O POC, no seu capítulo “4 – Princípios Contabilísticos”, define este princípio da seguinte forma: “Da especialização (ou do acréscimo): Os proveitos e os custos são reconhecidos quando obtidos ou incorridos, independentemente do seu recebimento ou pagamento, devendo incluir-se nas demonstrações financeiras9 dos períodos a que respeitam.” 6 7 8 9 Estamos a lembrar-nos, por exemplo, de uma factura de vendas emitida no ANO 2, cujas mercadorias foram expedidas no ANO 1, procedendo a empresa à contabilização do proveito no ANO 2. Esta situação está devidamente tipificada no art.º 18.º, n.º 3, alínea a), já que é a data de expedição (…) que releva para a contabilização do proveito que, neste caso, deveria ser contabilizado no ANO 1 e não no ANO 2; Exercício em que são contabilizadas; Nos termos do art.º 65.º, n.º 5 do Código das Sociedades Comerciais “o relatório de gestão, as contas do exercício e os demais documentos de prestação de contas devem ser apresentados e apreciados nos três primeiros meses de cada ano civil…” Contudo, sabemos que, na gíria contabilístico-fiscal, grande parte das empresas só encerram as suas contas em 31 de Maio, quando da apresentação da declaração de rendimentos à AF, pelo que só se deve contabilizar, em exercícios seguintes, custos e proveitos de exercícios anteriores se tivermos conhecimento (ou não eram previsíveis) da sua existência após 31 de Maio. As “demonstrações financeiras” que até aqui abrangiam o Balanço, a Demonstração dos Resultados, a Demonstração da Origem e da Aplicação de Fundos (DOAF) e o Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados, 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 7 A contabilidade assenta no “regime de competência económica”, i.e., estamos perante uma abordagem de custos vs. proveitos 10 e o resultado do exercício deriva do seu confronto. Por outro lado, o art.º 18.º, n.º 1, estipula que: “Os proveitos e os custos, assim como as outras componentes positivas ou negativas do lucro tributável, são imputáveis ao exercício a que dizem respeito, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.” Confrontando as duas redacções, podemos verificar que o conceito consagrado no CIRC é, obviamente, mais lato do que o do POC, na medida em que o CIRC, para além dos custos e proveitos, engloba as outras componentes positivas ou negativas do lucro tributável, i.e., as correcções fiscais resultantes dos acréscimos e deduções no quadro 17 (a partir daqui designado abreviadamente por Q17) da declaração de rendimentos do IRC mod. 22 e as variações patrimoniais positivas e negativas não reflectidas no resultado líquido 11 (linhas 2 e 3 do Q17, respectivamente). Por outras palavras, o POC visa o apuramento do resultado líquido (custos e proveitos), enquanto que o CIRC abrange não só esse resultado (é o ponto de partida para o cálculo do lucro tributável) como também as correcções fiscais e as variações patrimoniais atrás mencionadas, ou seja, o lucro tributável 12. III. CONTABILIZAÇÃO A contabilização dos “custos e proveitos de exercícios anteriores” poderá ser efectuada nas contas 697 e 797 ou, alternativamente (dependendo de certos parâmetros referenciados no quadro seguinte), na conta 59 (a débito ou a crédito). 10 11 12 8 ■ passam também a incluir, na nossa opinião, a Demonstração dos Fluxos de Caixa (Directriz Contabilística n.º 14 de 7/7/93); Não interessa o regime de competência financeira (despesa vs. receita) e o regime de caixa ou de tesouraria (pagamentos vs. recebimentos). Este último é matéria de interesse para os analistas/gestores financeiros e assume particular ênfase com a recente e já referida Directriz Contabilística n.º 14; Grande parte destas variações (art.os 21.º e 24.º do CIRC) não concorrem para a formação do lucro tributável. Enquanto que o art.º 21.º (positivas) só prevê excepções à sua inclusão no lucro tributável, o art.º 24.º (negativas) estabelece maioritariamente excepções (n.º 1) mas também consagra uma inclusão – as gratificações aos órgãos sociais e trabalhadores por aplicação de resultados… (n. os 2 e 3). Chamamos à atenção para a nova redacção do n.º 2 do art.º 24.º e a inclusão no mesmo articulado do n.º 3 que foram estatuídos pelo OGE/93 (Lei n.º 30-C/93, de 28/12); Nos termos do art.º 17.º, n.º 1 do CIRC “o lucro tributável… é constituído pela soma algébrica do resultado líquido do exercício e das variações patrimoniais positivas e negativas verificadas no mesmo período e não reflectidas naquele resultado, determinados com base na contabilidade e eventualmente corrigidos nos termos deste Código.” Por outro lado, o art.º 3.º, n.º 2 do CIRC estabelece que “… o lucro consiste na diferença entre os valores do património líquido no fim e no início do período de tributação, com as correcções estabelecidas neste Código.” JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES As notas explicativas do POC (capítulo 12) relativas às contas “697 – Correcções relativas a exercícios anteriores” e “797 – Correcções relativas a exercícios anteriores” têm redacção idêntica, a saber: “… derivadas de erros ou omissões relacionadas com exercícios anteriores, que não sejam de grande significado nem ajustamentos de estimativas inerentes ao processo contabilístico.” Por outro lado, a nota explicativa da conta “59 – Resultados transitados” prevê que: “… Excepcionalmente, esta conta também poderá registar regularizações não frequentes e de grande significado que devam afectar, positiva ou negativamente, os capitais próprios, e não o resultado do exercício.” Em síntese, atentemos no seguinte quadro: RESULTADOS TRANSITADOS CORRECÇÕES RELATIVAS A EXERCÍCIOS ANTERIORES 59 – DÉBITO (Correcções de custos) 697 – DÉBITO (Correcções de custos) PARÂMETRO 59 – CRÉDITO (Correcções de proveitos) 797 – CRÉDITO (Correcções de proveitos) Regularizações excepcionais SIM SIM Valor Grande significado Não sejam de grande significado Exercícios económicos Próprio exercício ou de anteriores Só de exercícios anteriores Frequência Não frequentes Não depende da frequência CONTA Alertamos para o conteúdo da Directriz Contabilística n.º 8 de 19/11/92, sob o título «Clarificação da expressão “regularizações não frequentes de grande significado” relativamente à conta “59 – Resultados transitados”», que veio estabelecer novas regras sobre a movimentação desta conta e de outras contas “alternativas” (697, 797, 698 e 798). Dos parâmetros mencionados no quadro, aquele que, em nossa opinião, deverá ter mais relevo na apreciação feita pelos contabilistas/revisores/auditores sobre a situação/operação a contabilizar nas duas alternativas apresentadas é, sem dúvida, o “valor”, i.e., a materialidade monetária 13 do facto patrimonial. 13 A materialidade (ou “substancialidade”, ou “importância relativa”) pode ser medida em termos monetários (v.g., 0,1 a 2,5% do activo líquido, 5% dos resultados líquidos, 5% dos resultados antes de impostos, 1 a 2,5% dos capitais próprios, 0,5 a 1% das vendas) e em termos não monetários (v.g., descrição enganosa de um acontecimento ou da situação real da empresa). Além disso, os factos patrimoniais sobre os quais se aprecia a materialidade poderão ser analisados individualmente ou em conjunto. Considerando que se trata de um assunto polémico e ainda pouco dissecado voltaremos à sua abordagem em artigo futuro. 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 9 Nestes termos, se a operação for considerada materialmente relevante, deverá ser registada a débito (custos) ou a crédito (proveitos) na conta “59 – Resultados transitados”, sendo considerada, respectivamente, uma variação patrimonial negativa não reflectida no resultado líquido, ou uma variação patrimonial positiva não reflectida no resultado líquido, ambas não previstas nas excepções dos competentes articulados do CIRC (21.º e 24.º) pelo que devem concorrer para o apuramento do lucro tributável14. Pelo contrário, se a operação não for considerada materialmente relevante, deverá ser registada na conta 697 ou na 797, conforme se trate de correcção de custos ou correcção de proveitos. IV. ENTENDIMENTO RECENTE DA ADMINISTRAÇÃO FISCAL A AF publicou muito recentemente o Ofício-Circulado n.º 14/93, de 93/11/23 15, que anexamos a este trabalho (Anexo n.º 1) e que passamos a analisar. Desse ofício transcrevemos e comentamos algumas partes, a saber: 1. “… nomeadamente quanto à não imputação dos custos ao exercício a que digam respeito, quando não tenham sido aceites como componente negativa do lucro tributável do exercício em que foram contabilizados, procedimento contrário ao que, em regra, é adoptado quanto aos proveitos.” (1.º § do ofício). Comentários: Considerando que o ofício resulta de instruções internas da DGCI (aos Directores de Serviços e Directores Distritais de Finanças), esta frase deve-se interpretar como sendo o tratamento ou procedimento que tem sido seguido na AF e que, sinteticamente, se traduz no seguinte: a) A nível dos custos de exercícios anteriores – Não consideração dos custos como componente negativa do lucro tributável do exercício em que foram contabilizados, ou seja, acrescendo-os ao lucro tributável no Q17, quer pelo contribuinte quer pelos Serviços de Fiscalização (SF), em análise interna ou externa; – Não imputação desses mesmos custos no exercício a que dizem respeito, com prejuízo para os contribuintes. b) A nível dos proveitos de exercícios anteriores Julgamos que o parágrafo em análise poderá ter uma dupla interpretação, a saber: 14 15 10 ■ Este assunto suscita outros comentários que guardamos para próxima oportunidade. Mais uma vez a AF se atrasa na análise das questões. O ofício em referência está datado de 91/07/22 (N.º Proc.º 749/91), o despacho governamental está datado de 93/03/29 e só agora (Nov./93) se procede à sua distribuição. JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES – Consideração dos proveitos como componente positiva do lucro tributável do exercício em que foram contabilizados, ou seja, não os deduzindo ao lucro tributável, o que resulta num diferimento efectivo na tributação do proveito; – Ou, alternativamente (julgamos ser esta a hipótese aqui abordada, até pelo teor do n.º 2 a seguir comentado), não consideração dos proveitos como componente positiva do lucro tributável do exercício em que foram contabilizados (deduzidos ao lucro tributável), mas sim no exercício a que dizem respeito (adicionados ao lucro tributável). 2. “2. Assim, e competindo aos Serviços de Fiscalização no âmbito de análise interna ou externa o controlo da matéria colectável, determinada com base em declaração do contribuinte, devem os mesmos, sem prejuízo da penalidade ao caso aplicável, fazer as correcções adequadas ao resultado líquido do exercício a que os custos ou proveitos digam respeito, quando, nos termos do art.º 18.º do CIRC, não sejam consideradas componentes negativas ou positivas do lucro tributável do exercício da sua contabilização.“ Comentários: a) A AF exceptua (n.º 3 do Ofício) daquele procedimento as provisões e as reintegrações e amortizações quando não contabilizadas como custos ou perdas do exercício a que respeitam. Relativamente a estes casos, não é admitida a imputação a outro exercício que não seja aquele a que efectivamente dizem respeito (originando, no caso das amortizações, “quotas perdidas”, nos termos do art.º 19.º, n.º 1 do Decreto-Regulamentar 2/90, de 12 de Janeiro). Assim, se o contribuinte os contabilizou como “custos de exercícios anteriores” terá que efectuar uma correcção fiscal positiva ao lucro tributável (linha 23 a 25 do Q17); b) A consideração dos custos e proveitos de exercícios anteriores como componentes negativa e positiva do lucro tributável do exercício em que foram contabilizados depende do requisito essencial de serem “imprevisíveis ou manifestamente desconhecidos”, de acordo com o estatuído no art.º 18.º, n.º 2 do CIRC; c) Se os custos e proveitos eram “imprevisíveis ou manifestamente desconhecidos”, i.e., o contribuinte não teve a possibilidade de os contabilizar nos exercícios a que dizem respeito, devem ser considerados como componentes negativa e positiva do lucro tributável em que foram contabilizados. Neste caso, os SF não procedem a qualquer correcção fiscal, nem há lugar a penalidades e juros compensatórios, pois cumpriu-se escrupulosamente aquele articulado; d) Se, pelo contrário, os custos e os proveitos não eram “imprevisíveis ou manifestamente desconhecidos”, i.e., o contribuinte tinha a possibilidade efectiva de os imputar aos exercícios a que dizem respeito, a acção dos SF será diversa e dependente dos procedimentos utilizados pelos contribuintes, de acordo com as quatro hipóteses constantes no quadro que elaborámos para o efeito (Anexo n.º 2). 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 11 A acção dos SF traduz-se nos seguintes aspectos (procedimentos comuns às quatro hipóteses): – A tributação ocorre nos exercícios a que dizem respeito os custos e os proveitos e não no exercício em que foram contabilizados. Deste modo, os SF corrigem (deduzem os custos e acrescem os proveitos) o resultado líquido do exercício a que dizem respeito. E se já tiverem decorrido os 5 anos previstos no art.º 79.º do CIRC (prazo de caducidade)? A tributação deverá, então, ocorrer no exercício de contabilização? – A correcção do resultado líquido pelos SF (através de impresso de uso interno) é efectuada somente para efeitos fiscais em sede do CIRC e não para outros fins (v.g., distribuição de lucros). O contribuinte não deverá proceder a idêntica rectificação, até porque os contas já teriam sido encerradas e aprovadas em Assembleia Geral. – O exercício em que os custos e proveitos foram contabilizados é, sempre, corrigido extracontabilisticamente para apuramento do lucro tributável, i.e., acrescendo-se os custos e deduzindo-se os proveitos no Q17. Na última coluna do quadro citam-se, ainda, outros procedimentos dos SF (não comuns), de acordo com as referidas hipóteses. e) Face ao que referimos no capítulo “III – Contabilização”, os custos e proveitos de exercícios anteriores poderão ser contabilizados de duas formas, a saber: e1) Como variações patrimoniais quantitativas ou modificativas reflectidas no resultado líquido (contas 697 e 797 do POC), quando os montantes envolvidos não sejam materialmente relevantes. Neste caso, o lucro tributável é influenciado através do resultado líquido (linha 1 do Q17), ou e2) Como variações patrimoniais quantitativas ou modificativas não reflectidas no resultado líquido, quando os valores são materialmente relevantes (conta 59 do POC). Aqui estamos na presença de variações patrimoniais positivas e negativas não reflectidas no resultado líquido (art.os 21.º e 24.º do CIRC, respectivamente) que devem concorrer para o apuramento do lucro tributável (não na linha 1 mas nas linhas 2 e 3 do Q17), porque não estão previstas nas excepções desses articulados. O raciocínio expendido no Quadro 1 é, evidentemente, o mesmo para as duas hipóteses de contabilização apresentadas. Será curioso verificar que as duas alternativas em confronto conduzem aos seguintes resultados: – O lucro tributável e o imposto (IRC) são iguais; – O resultado líquido é diferente; – Os capitais próprios são iguais. Embora o resultado líquido, na 1.ª hipótese seja inferior, vai ser transferido no início do ano seguinte para a conta “59 – Resultados transitados” 16, 16 12 ■ Conforme nota explicativa no POC JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES pelo que esta rubrica, na altura da deliberação da aplicação dos resultados, vai apresentar o mesmo saldo credor nas duas hipóteses. Para documentarmos estas conclusões, simulamos um exemplo (a seguir descrito) que versa o problema dos “custos de exercícios anteriores” (raciocínio idêntico pode ser expendido a nível dos “proveitos dos exercícios anteriores”). EXEMPLO: Um contribuinte contabilizou em “custos de exercícios anteriores” o valor de 100 u.m., que eram “imprevisíveis ou manifestamente desconhecidos”, i.e., constituíam componentes negativas do lucro tributável em que foram contabilizados (não há lugar a correcção fiscal positiva do Q17). O “Resultado antes de impostos” (RAI) e antes dessa operação (i.e., com a contabilização dos restantes proveitos e custos do exercício) era de 1100 u.m. Admite-se que não haja outras correcções fiscais ou variações patrimoniais que possam concorrer para o apuramento do lucro tributável, assim como quaisquer outros factos que possam influenciar a estimativa do IRC (v.g., benefícios fiscais, prejuízos fiscais, deduções à colecta). Assim, vamos calcular o resultado líquido, o lucro tributável e o IRC liquidado para cada uma das alternativas apresentadas, ou seja, considerando o custo na conta “697 – Correcções relativas a exercícios anteriores” ou na conta “59 – Resultados transitados” (a débito): RUBRICA Hipótese e1) (conta 697) Hipótese e2) (conta 59) 1 100 1 100 Demonstração dos Resultados (Q12 mod. 22) RAI antes da operação Operação (custo do exercício) RAI após a operação 100 — 1 000 1 100 Imposto sobre o rendimento (*) 360 360 Resultado líquido 640 740 Linha 1 – Resultado líquido 640 740 Linha 3 – Variação patrimonial negativa… (art.º 24.º) — 100 Linha 12 – IRC… (art.º 41.º ...) (*) 360 360 1 000 1 000 360 360 Apuramento do lucro tributável (Q17 mod. 22) Linha 40 – Lucro tributável Apuramento da colecta (Q19 mod. 22) IRC liquidado (36% s/o lucro tributável) (*) (*) Valor contabilizado na conta “86 – Imposto sobre o rendimento” que é um custo contabilístico (86 a 241) mas não é um custo fiscal (linha 12 do Q17). Como pressuposto admite-se que não haja derrama. 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 13 V. CONCLUSÕES Em síntese, poderemos concluir o seguinte: 1) Este tema, para além de ter um historial polémico, tem sido tratado por parte da DGCI de uma forma não uniforme, destacando-se o recente Ofício-Circulado n.º 14/93, de 93/ /11/23, que vem determinar a acção dos SF e, por força das circunstâncias, dos próprios contribuintes; 2) “Os custos e os proveitos de exercícios anteriores” só concorrem para a formação do lucro tributável do exercício em que foram contabilizados (e não no exercício a que dizem respeito) quando forem imprevisíveis ou manifestamente desconhecidos, face ao estatuído no art.º 18.º, n.º 2 do CIRC. Neste caso, o contribuinte ou os SF não deverão efectuar qualquer correcção fiscal extracontabilística no Q17; 3) Se “os custos e proveitos de exercícios anteriores” não forem imprevisíveis ou manifestamente desconhecidos (i.e., se forem previsíveis ou conhecidos) deverão ser expurgados do lucro tributável do exercício em que foram contabilizados (acréscimo dos custos e dedução dos proveitos). O contribuinte poderá utilizar as prerrogativas do art.º 151.º do Código do Processo Tributário para corrigir o lucro tributável do exercício a que os custos e proveitos dizem respeito (vide Circular n.º 5/92, de 30 de Março, da DGCI). O contribuinte deverá, ainda, atentar que o prazo para a reclamação da autoliquidação é de dois anos (Art.º 111.º, n.º 2 do CIRC). Se o contribuinte não corrigiu o lucro tributável 17, nos termos dos articulados acima referidos, os SF, em análise interna ou externa (exame à escrita), procederão a tais rectificações; 4) Para cada uma das situações expostas nos items anteriores (acontece, vulgarmente, a existência de ambas as situações num mesmo exercício), deverá juntar-se à declaração mod. 22 um anexo discriminativo dos custos e proveitos de exercícios anteriores, por exercícios económicos a que dizem respeito, a fim da AF poder controlar, essencialmente, o requisito do art.º 18.º, n.º 2 atrás mencionado (“imprevisível ou manifestamente desconhecido”) e proceder, caso o contribuinte não o tenha efectuado, às competentes correcções dos lucros tributáveis desses exercícios; 5) Na contabilização dos “custos e proveitos de exercícios anteriores” deverá ser apreciada a substancialidade dos valores envolvidos, face ao princípio contabilístico da materialidade, que, tal como os restantes princípios contabilísticos geralmente aceites e previstos no POC, deverão ser cumpridos pelos contribuintes em sede do CIRC, especialmente por força da aplicação do seu art.º 17.º, n.º 3. 17 14 ■ A correcção do lucro tributável deverá ser efectuada através do preenchimento de nova declaração mod. 22 (e não “declaração de substituição” como se designava no anterior CCI). JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES De salientar que a relevação contabilística das duas formas mencionadas, i.e., nas contas “697” e “797” ou, alternativamente, na conta “59” (a débito, quando é uma variação patrimonial negativa, ou a crédito quando é uma variação patrimonial positiva), de acordo com a materialidade, produz os mesmos efeitos no apuramento do lucro tributável do CIRC; 6) No fluxograma junto (Anexo n.º 3) podemos visualizar melhor os comentários atrás desenvolvidos. BIBLIOGRAFIA BENTO, José; MACHADO, José Fernandes, “O PLANO OFICIAL EXPLICADO”, 21.ª Edição, Porto Editora. BORGES, António; MARTINS, Ferrão, “O NOVO P.O.C. COMENTADO”, 2.ª Edição, Editora Rei dos Livros. BORGES, António; RODRIGUES, Azevedo; RODRIGUES, Rogério, “ELEMENTOS DE CONTABILIDADE GERAL”, 13.ª Edição, Editora Rei dos Livros. DIRECÇÃO GERAL DAS CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS, “CÓDIGO DO I.R.C. – Comentado e Anotado”, 1990. FERREIRA, Henrique Quintino; BARREIROS, J. A. R. Martins; TEIXEIRA, Manuel A. Costa, “CÓDIGO DA CONTRIBUIÇÃO INDUSTRIAL”, 2.ª Edição, Editora Rei dos Livros, 1986. 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 15 ANEXO N.º 1 OFÍCIO -CIRCULADO N.º 14/93, DE 93/11/23, SAIR – D IRECÇÃO DE S ERVIÇOS DO IRC DO Assunto: Custo e proveitos de exercícios anteriores Tem a Direcção de Serviços do IRC vindo a ser questionada sobre o tratamento dos custos e proveitos de exercícios anteriores, nomeadamente quanto à não imputação dos custos ao exercício a que digam respeito, quando não tenham sido aceites como componente negativa do lucro tributável do exercício em que foram contabilizados, procedimento contrário ao que, em regra, é adoptado quanto aos proveitos. Considerando-se que, de tal facto resulta uma incorrecta quantificação do rendimento real que deve constituir a base de tributação, foi submetido o assunto à consideração superior, tendo sido por despacho de 93.03.29, de S. Ex.ª o Subsecretário de Estado Adjunto da Secretária de Estado Adjunta e do Orçamento, sancionado o seguinte entendimento: 1. Nos termos do Art.º 18.º do CIRC os proveitos e custos, assim como as outras componentes positivas ou negativas do lucro tributável são imputáveis ao exercício a que digam respeito, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. 2. Assim, e competindo aos Serviços de Fiscalização no âmbito de análise interna ou externa o controlo da matéria colectável, determinada com base em declaração do contribuinte, devem os mesmos, sem prejuízo da penalidade ao caso aplicável, fazer as correcções adequadas ao resultado líquido do exercício a que os custos ou proveitos digam respeito, quando, nos termos do Art.º 18.º do CIRC, não sejam consideradas componentes negativas ou positivas do lucro tributável do exercício da sua contabilização. 3. Exceptuam-se deste procedimento as provisões, reintegrações e amortizações quando não contabilizadas como custos ou perdas do exercício a que respeitam. Com os melhores cumprimentos. O Director Geral, (Francisco Rodrigues Porto) 16 ■ JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES ANEXO N.º 2 ANÁLISE DO N.º 2 DO OFÍCIO C IRCULADO N.º 14/93 DE 93/11/23 CUSTOS PROVEITOS PENALIDADE HIPÓTESES RL Q07 (+) RL Q07 (–) RJIT 1) O Contribuinte não considerou os custos e os proveitos como componentes negativa e positiva do lucro tributável do exercício em que os contabilizou i.e., registou-os na contabilidade e efectuou as correcções fiscais extracontabilísticas. X X X X X 2) O Contribuinte considerou os custos e os proveitos como componentes negativa e positiva do lucro tributável do exercício em que os contabilizou, i.e., registou-os na contabilidade e não efectuou as correcções fiscais extracontabilísticas. 3) O Contribuinte somente não considerou os custos como componente negativa do lucro tributável do exercício em que os contabilizou, i.e., só efectuou extracontabilísticamente a correcção fiscal positivados custos. 4) O Contribuinte somente não considerou os proveitos como componente positivo do lucro tributável do exercício em que os contabilizou, i.e., só efectuou extracontabilísticamente a correcção fiscal negativados proveitos. X X X — X — X X X — — X OUTROS PROCEDIMENTOS DO SF X * Os SF acrescem os custos e deduzem os proveitos ao lucro tributável do exercício em que foram contabilizados. X * Os SF deduzem os proveitos ao lucro tributável do exercício em que foram contabilizados. X * Os SF acrescem os custos ao lucro tributável do exercício em que foram contabilizados. LEGENDA: X Produz efeito — Não produz efeito 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 17 ANEXO N.º 3 DE CUSTOS E P ROVEITOS E XERCÍCIOS A NTERIORES (POC E CIRC) São imprevisíveis ou manifestamente desconhecidos? SIM SIM 18 ■ São materialmente relevantes? NÃO NÃO SIM São materialmente relevantes? NÃO POC POC POC POC – Custos na conta 59 (a débito) – Proveitos na conta 59 (a crédito) – Custos na conta 697 – Proveitos na conta 797 – Custos na conta 59 (a débito) – Proveitos na conta 59 (a crédito) – Custos na conta 697 – Proveitos na conta 797 CIRC CIRC CIRC CIRC 1 – Os custos (art.º 24.º) e os proveitos (art.º 21.º) são componentes negativa e positiva do lucro tributável do exercício em que foram contabilizados (inscritos nas linhas 3 e 2 do Q17), i.e., os custos não são acrescidos nem os proveitos deduzidos no Q17 (linha em branco) desse exercício. 1 – Os custos e os proveitos são componentes negativa e positiva do lucro tributável do exercício em que foram contabilizados, através da sua incorporação no resultado líquido, i.e., os custos não são acrescidos nem os proveitos deduzidos do Q17 (linha em branco) desse exercício. 1 – Os custos (art.º 24.º) e os proveitos (art.º 21.º) não são componentes negativa e positiva do lucro tributável do exercício em que foram contabilizados (inscritos nas linhas 3 e 2 do Q17), i.e., os custos são acrescidos e os proveitos deduzidos no Q17 (linha em branco) desse exercício. 1 – Os custos e os proveitos não são componentes negativa e positiva do lucro tributável do exercício em que foram contabilizados, através da sua incorporação no resultado líquido, i.e., os custos são acrescidos e os proveitos deduzidos do Q17 (linha em branco) desse exercício. 2 – Os SF não corrigem os resultados dos exercícios a que os custos e os proveitos dizem respeito. 2 – Os SF não corrigem os resultados dos exercícios a que os custos e os proveitos dizem respeito. 2 – Os SF corrigem os resultados dos exercícios a que os custos e os proveitos dizem respeito. 2 – Os SF corrigem os resultados dos exercícios a que os custos e os proveitos dizem respeito. JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES 3 O 200.º ARTIGO O GUARDA-LIVROS “FERNANDO PESSOA” (Publicado na Revista Electrónica INFOCONTAB n.º 12, de Setembro de 2006) Em 2005, algumas revistas e jornais nacionais apresentaram textos sobre Fernando Pessoa, evocando a efeméride do 70.º aniversário da sua morte (nasceu a 13 de Junho de 1888 e faleceu, com 47 anos de idade, no dia 30 de Novembro de 1935). Com este breve apontamento pretendemos essencialmente dar a conhecer alguns aspectos da actividade de guarda-livros de Fernando Pessoa, pois temos a percepção que muitos profissionais de Contabilidade desconhecem esta sua faceta. A revista “Focus” n.º 322/2005, em texto da autoria de Eduardo Leão Maia, referia: “Em 2005, perfazem-se 70 anos sobre a morte do poeta a quem chamaram SuperCamões. Vale a pena recordar a vida deste homem apagado que tanto nos iluminou: Fernando Pessoa; um D. Sebastião!”. Antes, em 29 de Outubro de 2004, o Jornal de Notícias apresentou um texto com o título “O livro do desassossego de um famoso guarda-livros” e com sub-título “Na galeria dos mais mediáticos TOC, terá, forçosamente, que surgir o poeta Bernardo Soares”, sublinhava: “Fernando Pessoa – que numa heresia se dirá ser o mais famoso dos guarda-livros portugueses – dá voz a Bernardo Soares, “ajudante de guarda-livros” na cidade de Lisboa, uma personalidade literária que ora coincide com o seu criador, ora se distancia, através de fragmentos em que se cruzam temas e vozes dos múltiplos heterónimos.”. É, especialmente, no “Livro do Desassossego”, considerado uma das grandes obras de literatura mundial do século XX, que Bernardo Soares (semi-heterónimo de Pessoa) retrata a sua faceta de “empregado do comércio”. O mesmo artigo do “Jornal de Notícias” sublinha com certa curiosidade: “Será a figura de Bernardo Soares a verdadeira imagem do Guarda-Livros e a deste a do antecessor do Técnico Oficial de Contas, profissional a quem já não se associa a pena comercial e a letra francesa, desenhada, mas antes o informático Excel e outras folhas de cálculo?”. A mencionada revista “Focus” apresenta a figura do Bilhete de Identidade (ver figura), emitido em 28 de Agosto de 1928, que reproduzimos, registando o nascimento em Lisboa em 13 de Junho de 1888. 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 19 Apesar de Pessoa ser muito conhecido nos meios literários, é curioso notar o facto do bilhete de identidade referir como profissão “empregado em comércio”, pois como é sublinhado nesse artigo, para Pessoa poesia e literatura eram uma vocação, não uma profissão. Esse texto, sublinha, ainda, que Pessoa efectuava escritas e traduções comerciais em diversas firmas, sem horário fixo e as suas tentativas de se estabelecer por conta própria falharam sempre. Note-se, também, que a revista de contabilidade mais antiga em actividade em Portugal, A Revista de Contabilidade e Comércio1, publicou um número dedicado exclusivamente a Fernando Pessoa, com o título “Fernando Pessoa e as Ciências Empresariais” (ver figura), assinado pelo então Director, Almiro de Oliveira, que referiu: “… daí que, a priori, surpreenda esta pretensão de ver Fernando Pessoa à luz das ciências empresariais.”. “… daí que, a posteriori, não surpreenda que Fernando Pessoa tenha de facto, trabalhado, vivido e escrito no domínio da Economia, da Gestão – das Ciências Empresariais…” Mas, já antes, Pessoa colaborou na Revista de Comércio e Contabilidade2, sendo da sua autoria o primeiro artigo do primeiro número (Janeiro de 1926), sob o título “Palavras iniciais”, do qual extraímos a seguinte frase: “Toda a teoria deve ser feita para poder ser posta em prática, e toda a prática deve obedecer a uma teoria. Só os espíritos superficiais desligam a teoria da prática, não olhando a que a teoria não é senão uma teoria da prática, e a prática não é senão a prática de uma teoria…”. Nessa revista, Fernando Pessoa, escreveu catorze artigos, cujos títulos passamos a descrever: – Palavras Iniciais; – A Essência do Comércio 3; – A Cotação C.I.F. Inclui as Despesas com a Factura Consular? 3; – Como os Outros nos Vêem; – A Inutilidade dos Conselhos Fiscais e dos Comissários do Governo nos Bancos e nas Sociedades Anónimas; 1 2 3 20 ■ A revista iniciou-se no ano de 1933 e o último número publicado foi o n.º 234/235, distribuído em Julho de 2004. Em artigo sob o título “70.º Aniversário (1933-2003) da Revista de Contabilidade e Comércio” publicado na Revista “TOC” n.º 44, de Novembro de 2003, pp. 33-5 e no nosso livro “História da Contabilidade em Portugal – Reflexões e Homenagens”, pp. 467-74, também disponível no Portal INFOCONTAB em: www.infocontab.com.pt, destacámos a importância da revista no contexto das publicações nacionais de Contabilidade e áreas conexas. Nesse artigo, destacámos a Revista dedicada a Fernando Pessoa. Não é a mesma revista referida no parágrafo anterior. Nos títulos das duas revistas aparecem por ordem inversa as palavras “Contabilidade” e “Comércio”. A Revista de Comércio e Contabilidade apenas publicou seis números todos no ano de 1926, cujo Director era o cunhado de Fernando Pessoa, Francisco Caetano Dias. Este artigo foi republicado na Revista de Contabilidade e Comércio n.º 193/196, de Junho de 1986. JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES – – – – – – – – – As Algemas; Régie, Monopólio, Liberdade3; A Evolução do Comércio 3; Organizar 3; O Arquivo de Correspondência; O Monopólio Internacional; Os Preceitos Práticos em Geral e os de Henry Ford em Particular; A Reforma do Calendário e as suas consequências Comerciais; A Forismos, Preceitos e Considerações Várias, nas Bases das Páginas. Como podemos verificar, os temas abordam aspectos relacionados com o comércio e a administração e não propriamente sobre Contabilidade. Refira-se, ainda, a publicação, após a sua morte, de alguns artigos sobre Fernando Pessoa nas revistas nacionais de Contabilidade, como passamos a descrever no quadro seguinte: Revista/Jornal N.º Mês/Ano Autor Título do Artigo Pág. Inicial Pág. Final Total Pags. Jornal do Técnico de Contas e da Empresa 269 Jan./1988 Enrique Fernandez Peña La Auditoria Empresarial en el Pensamento de Fernando Pessoa 23 24 1 Jornal do Técnico de Contas e da Empresa 280 Dez./1988 Fernando da Conceição Lopes Fernando Pessoa, Algumas Notas Sobre a Sua Obra Para a História da Contabilidade e do Comércio em Portugal 237 242 6 Revista de Contabilidade e Comércio 176 Out./1980 A. Álvaro Dória Fernando Pessoa. Teórico de Gestão Comercial 445 458 14 Revista de Contabilidade e Comércio 193/ /196 Jun./1986 José Augusto Seabra Fernando Pessoa e os Discursos do Comércio e da Contabilidade 51 57 7 Revista de Contabilidade e Comércio 193/ /196 Jun./1986 A. Álvaro Dória Fernando Pessoa. Teórico de Gestão Comercial 59 72 14 Revista de Contabilidade e Comércio 220 Jan./1999 Almiro de Oliveira A Propósito de Descartes e de Pessoa – Salvemos a Alma dos Sistemas e Tecnologias da Informação 867 878 12 É certo que o texto do “Jornal de Notícias” atrás mencionado ao mencionar a expressão “famoso guarda-livros” apenas pretende associar “a fama” de poeta à actividade menos conhecida de “guarda-livros”. Assim, pretendemos sublinhar que Fernando Pessoa não foi, efectivamente, um “guarda-livros famoso” mas um “famoso guarda-livros” pois, em nossa opinião e salvo melhor, não tem obra de actividade na área contabilística que justifique tal distinção. 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 21 4 LISTA DOS 200 ESTUDOS/ARTIGOS DE OPINIÃO (Disponíveis para download no Portal INFOCONTAB no menu “Actividades Pessoais/Artigos”). N.º Título Livroa) Publicações Jornal/Revistab) Custos e Proveitos de Exercícios Anteriores 1 Jornal de Contabilidade da APOTEC FEV/94 Boletim APECA ABR/96 203 61 6 7 2 Fiscalização das Sociedades por Quotas. Importância do art.º 262 do C.S.C. 1 Jornal de Contabilidade da APOTEC ABR/94 205 2 3 As Variações Patrimoniais (POC e CIRC) 1 Jornal de Contabilidade da APOTEC JUL/94 208 9 4 A Demonstração da Origem e da Aplicação de Fundos (Breves Referências à Demonstração dos Fluxos de Caixa) 1 JTCE DEZ/94 e JAN/95 351 e 352 11 5 As Prestações Suplementares – Breve Análise no Âmbito do CSC, POC e CIRC 1 Jornal de Contabilidade da APOTEC JAN/95 214 4 6 As Demonstrações Financeiras 1 Eurocontas FEV/95 5 9 7 Deverá o ROC Rever (Auditar) a Declaração Mod. 22 do IRC? 1 Boletim da CROC Eurocontas ABR/JUN/95 MAI/JUN/95 3 8 3 3 8 Provisões para Créditos de Cobrança Duvidosa – Algumas Questões a Resolver pela Administração Fiscal 1 JTCE De MAR/96 a JUN/96 MAIO/96 366 a 369 62 13 9 Os P.C.G.A. – Um Caso Real Sobre Juros de Mora 1 Jornal de Contabilidade da APOTEC MAIO/96 230 3 10 Os Donativos (POC e CIRC) 1 Boletim APECA FEV/96 59 8 11 A Tributação Autónoma das Despesas Confidenciais ou não Documentadas 1 Eurocontas ABR/96 16 3 12 A Obrigatoriedade da Nomeação de um ROC pelas Empresas 1 Boletim da CROC ABR/JUN/95 3 2 13 A Estimativa do IRC 1 Boletim da CROC Boletim APECA JAN/MAR/96 MAR/96 6 60 4 4 14 As Regularizações de Saldos de Terceiros 1 Boletim APECA Boletim da CROC MAR/96 ABR/JUN/96 60 7 5 5 b) c) d) e) ■ N.º N.º Pág. 1 a) 22 Mês(es)/Ano Boletim APECA 11 LIVRO 1 – “Contabilidade, Fiscalidade, Auditoria: Breves Reflexões”, Ed. do Autor, Braga, 1.ª Edição – Março de 1997, 2.ª Edição – Janeiro de 1998 e 3.ª Edição – Junho de 1998; LIVRO 2 – “Temas de Contabilidade, Fiscalidade e Auditoria”, Ed. Vislis Editores, Lisboa, 2001; LIVRO 3 – “História da Contabilidade em Portugal – Reflexões e Homenagens”, Ed. Áreas Editora, Lisboa, 2005; LIVRO 4 – “Técnicos Oficiais de Contas”, INFOCONTAB Edições, Janeiro de 2007. Abreviaturas: ADCES – Associação de Docentes de Contabilidade do Ensino Superior; AIM – Associação Industrial do Minho; APECA – Associação Portuguesa de Empresas de Contabilidade, Auditoria e Administração; APOTEC – Associação Portuguesa dos Técnicos de Contabilidade; CEHC – Centro de Estudos de História de Contabilidade da APOTEC; CROC – Câmara dos Revisores Oficiais de Contas; CTOC – Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas; IPAT – Instituto de Pesquisas Augusto Tomelin; JTCE – Jornal do Técnico de Contas e da Empresa; OROC – Ordem dos Revisores Oficiais de Contas; RCC – Revista de Contabilidade e Comércio; RCF – Revista de Contabilidade e Finanças da APPC; SE – Semanário Económico; SROC – Boletim Informativo de Joaquim Guimarães, Manuela Malheiro e Mário Guimarães, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas; TOC – Revista “TOC” da CTOC. Não publicado em livro. Não publicado em revista/jornal. Aguarda publicação. JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES N.º Título Livroa) Publicações Jornal/Revistab) Mês(es)/Ano N.º N.º Pág. 15 Ainda as Variações Patrimoniais (POC e CIRC) 1 Jornal de Contabilidade da APOTEC JAN/97 238 6 16 A Conta “59 – Resultados Transitados (POC e CIRC)” 1 Boletim APECA Boletim da CROC NOV/96 JAN/MAR/97 65 10 7 8 17 As Reavaliações do Imobilizado 1 RCC Boletim APECA FEV/97 FEV/97 213 68 22 10 18 As Provisões para Créditos de Cobrança Duvidosa c) Boletim APECA JTCE NOV/96 DEZ/96 65 375 2 2 19 A Problemática das Provisões e as suas Implicações Fiscais 1 Boletim APECA JUN/97 73 7 20 As Reintegrações/Amortizações do Imobilizado 1 Boletim da CROC Eurocontas ABR/JUN/97 FEV/97 11 25 8 8 21 As Mais-Valias e Menos-Valias do Imobilizado 1 Boletim APECA Eurocontas NOV/DEZ/98 SET/97 87 30 17 4 22 Em Prol da Dignificação do “Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados” 2 Boletim da CROC Eurocontas OUT/DEZ/97 JAN/98 13 34 5 4 23 Os Encargos com Viaturas Ligeiras de Passageiros no CIRC 1 Boletim APECA ABR/97 70 5 24 O Princípio da “Da Prudência” e o Caso das Provisões no POC e no POCP 2 Boletim APECA FEV/98 79 21 25 Auditoria Fiscal 2 RCC FEV/98 217 54 26 O Ensino da Contabilidade no Ensino Superior 1 JTCE MAR/98 390 2 27 Princípios Contabilísticos Geralmente Aceites e Princípios Fiscais Geralmente Aceites (“Impostos”) 2 Boletim APECA MAIO/98 82 3 28 Características (Algumas) do Modelo Contabilístico Actual 2 Revisores & Empresas da OROC JUL/SET/98 2 10 29 Ensino da História da Contabilidade e sua Actualidade em Portugal 2 Boletim do IPAT OUT/98 Jornal de Contabilidade da APOTEC JAN/99 15 262 29 10 30 A “Certificação das Contas” pelos TOC e ROC Eurocontas OUT/98 42 3 31 Gratificações por Aplicação dos Resultados. Alguns Aspectos Contabilísticos e Fiscais 2 Boletim APECA SET/98 85 2 32 Inventário ou “Realário” (das Existências) 2 Eurocontas JAN/99 33 História e Teoria da Contabilidade – Breve Reflexão 2 JTCE AGO/98 a NOV/98 34 Contabilidade e Fiscalidade das Mais-Valias (Menos-Valias) do Imobilizado 2 Boletim APECA DEZ/98 2e 4 45 4 407 ao 410 15 87 17 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 23 N.º 24 ■ Título Livroa) Publicações Jornal/Revistab) Mês(es)/Ano N.º N.º Pág. 35 As Responsabilidades das (nas) Contas 2e 4 Semanário Económico JUN/99 650 1 36 O TOC Perante a “Imagem Verdadeira e Apropriada” 2e 4 Semanário Económico Eurocontas AGO/99 JUL/99 658 50 1 1 37 10 Anos do POC – Para Quando um Novo POC? 2 Semanário Económico Eurocontas AGO/99 JUL/99 657 50 1 1 38 A Declaração de Responsabilidade do Órgão de Gestão na Regulamentação dos TOC 2e 4 Semanário Económico Eurocontas AGO/99 JUL/99 656 50 1 2 39 A Investigação Contabilística e a Formação dos TOC 2e 4 Semanário Económico Eurocontas DEZ/99 DEZ/99 674 55 1 1 40 Os TOC na Administração Pública 2e 4 Semanário Económico Eurocontas DEZ/99 JAN/00 673 56 1 1 41 Os TOC, os ROC e os “DOC” Perante o POC 2e 4 Eurocontas Semanário Económico NOV/99 DEZ/99 54 677 1 1 42 O Exercício Profissional da Auditoria em Portugal 2 Revista das XVI Jornadas Gestão de Empresas da U.Minho MAIO/99 – 1 43 A “Nova” Comissão de Normalização Contabilística 2 Semanário Económico JAN/00 679 1 44 Primórdios do Desenvolvimento das Ciências Empresariais e da Contabilidade em Portugal 2 Boletim CEHC-APOTEC JAN/00 7 1 45 Qual a Responsabilidade dos TOC na (não) Nomeação dos ROC? 2 Semanário Económico MAR/00 687 1 46 A I.V.A. e as Políticas Contabilísticas 2 Semanário Económico Eurocontas FEV/00 FEV/00 685 57 1 1 47 A Importância da Contabilidade na Regulamentação Profisssional dos TOC TOC da CTOC ABR/00 1 4 48 A Auditoria às Contas por não ROC 2 Semanário Económico MAR/00 690 1 49 A Auditoria às Contas no Estatuto da OROC 2 Revisores & Empresas da OROC TOC da CTOC JAN/MAR/00 MAIO/00 8 2 4 4 50 Os Subsídios (POC e CIRC) 2 TOC da CTOC RCC FEV/01 AGO/00 11 226 10 25 51 As Despesas Sujeitas a Tributação Autónoma no CIRC e no CIRS 2 TOC da CTOC AGO/00 5 8 52 O Regime Simplificado de Tributação e a Contabilidade Criativa 2 Semanário Económico MAIO/00 696 1 53 O Direito Contabilístico 2 Semanário Económico MAIO/00 697 1 54 A Contabilidade Criativa 2 Semanário Económico ABR/00 694 1 2e 4 JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES N.º Título Livroa) 2 Publicações Jornal/Revistab) Mês(es)/Ano N.º N.º Pág. Semanário Económico JUN/00 701 1 TOC da CTOC SET/00 6 4 55 A Contabilidade Fiscal 56 As Responsabilidades Sobre as Demonstrações Financeiras 2e 4 57 A Contabilidade ao “Justo Valor” 2 Semanário Económico SET/00 713 1 58 A Contabilidade e o Jornalismo 2 Semanário Económico AGO/00 710 1 59 O Relatório de Gestão – Sua Importância na Actividade dos TOC 2e 4 Semanário Económico SET/00 712 1 60 Do Resultado Contabilístico ao Resultado Fiscal c) Semanário Económico SET/00 714 1 61 A Publicidade na Actividade dos TOC 4 Semanário Económico NOV/00 722 1 62 Temas de Contabilidade e Fiscalidade c) TOC da CTOC NOV/00 8 4 63 As Gratificações por Aplicação dos Resultados (POC e CIRC) 4 TOC da CTOC MAIO/01 14 9 64 As Gratificações por Aplicação dos Resultados c) Semanário Económico JAN/01 733 1 65 O “Novo Regime” do Aluguer de Longa Duração c) Semanário Económico JAN/01 731 1 66 A “Reforma Fiscal” c) Semanário Económico MAR/01 741 1 67 Questões em Torno da Actividade dos TOC c) TOC da CTOC JUL/01 16 4 68 Do Resultado Contabilístico ao Resultado Fiscal c) JTCE OUT/01 433 9 69 A Reavaliação e a Utilização das “Reservas” (“Excedentes”) de Reavaliação c) Revisores & Empresas da OROC ABR/JUN/01 13 5 70 A Formação e a Qualidade de Trabalho dos TOC 4 Jornal de Contabilidade da APOTEC SET/01 295 1 71 Nota de Apresentação da DC n.º 28 da CNC c) TOC da CTOC SET/01 18 1 72 O Art.º 35.º do Código das Sociedades Comerciais c) Semanário Económico NOV/01 776 1 73 O Art.º 35.º do Código das Sociedades Comerciais c) TOC da CTOC DEZ/01 21 4 74 A Transmissão e a Aquisição de Acções/Quotas Próprias (POC e IRC) c) Revisores & Empresas da OROC OUT/DEZ/01 15 6 75 O Inventário Permanente das Existências – “Breves Reflexões” c) TOC da CTOC FEV/02 23 5 76 A Teoria do Incremento Patrimonial no Código do IRC c) Jornal de Contabilidade da APOTEC MAR/02 300 1 77 O “Princípio da Especialização no POC e no CIRC” c) JTCE 438 1 MAR/02 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 25 N.º Título ■ Publicações Jornal/Revistab) Mês(es)/Ano N.º N.º Pág. Revisores & Empresas da OROC ABR/JUN/02 17 4 78 A Designação de ROC nos Clubes Desportivos e nas SAD c) 79 O Resultado Fiscal na Directriz Contabilística n.º 28 c) JTCE JUN/02 441 2 80 O Aluguer de Longa Duração (POC e CIRC) c) TOC da CTOC ABR/02 25 6 81 2 Anos da “TOC” em Revista c) TOC da CTOC MAIO/02 26 6 82 O Choque Fiscal em Choque e “em Xeque” Obs.: versão 1 c) d) 83 O Choque Fiscal em Choque e “em Xeque” Obs.: versão 2 c) Revista “ADEGE” do Curso Gestão U.Minho ABR/02 1 1 84 O Art.º 35º. do CSC nos Clubes Desportivos c) RCCe) 85 A “Reavaliação” Legal em 2002 c) Boletim APECA ABR/JUN/02 108 2 86 A Conta 88 (“Conta Urna”) do POC c) Semanário Económico MAIO/02 803 1 87 4 anos da “Revisores & Empresas” c) Revisores & Empresas da OROC ABR/JUN/02 JUL/SET/02 17 18 2 2 88 Os Encargos com Viaturas Ligeiras (POC e CIRC) c) TOC da CTOC AGO/02 29 8 89 As Correcções Relativas a Exercícios Anteriores (POC e CIRC) c) TOC da CTOC NOV/02 32 7 90 A Participação dos TOC na Vida Associativa 4 Vida Económica JUL/02 961 1 91 Contabilidade Criativa e Auditoria c) Jornal da AIM NOV/02 38 1 92 Centenário (1902-2002) da “Escola Prática Raul Dória” 3 TOC da CTOC DEZ/02 33 6 93 Impostos ou “Facultativos” c) Semanário Económico FEV/03 840 1 94 Contabilidade Criativa e Auditoria (Revisão) c) JTCE FEV/03 448 2 95 O Pagamento Especial por Conta em IRC c) Jornal da AIM Revista do 25.º Aniv. do CETEC JAN/03 FEV/03 39 3 1 1 96 Um Novo Modelo de Normalização Contabilística Nacional c) Jornal da AIM FEV/03 40 1 97 Um Novo Modelo de Normalização Contabilística Nacional c) TOC da CTOC MAIO/03 38 4 98 As Directrizes Contabilísticas – Sua Importância no Contexto da Normalização Contabilística Nacional c) Revisores & Empresas da OROC JAN/MAR/03 20 9 99 Definitivamente (!) As Mais-Valias não são Reinvestidas c) Semanário Económico MAR/03 843 1 c) RCF ABR/JUN/03 30 2 100 As Directrizes (“Imperatrizes”) Contabilísticas 26 Livroa) JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES N.º Título Livroa) Publicações Jornal/Revistab) Mês(es)/Ano N.º N.º Pág. 101 O PeC do PEC c) Semanário Económico MAR/03 846 1 102 O Futuro da Normalização Contabilística Nacional das Empresas c) Jornal de Contabilidade da APOTEC MAIO/03 314 1 103 O “ALD” e o “ACD” c) JTCE MAIO/03 451 1 104 A Falência (!?) do Conceito de Lucro Tributável em IRC c) Jornal AIM Semanário Económico ABR/03 MAIO/03 41 855 1 1 105 “Do Choque Fiscal” ao “Choque Contabilístico” c) Jornal AIM Vida Económica MAIO/03 JUN/03 42 1008 1 1 106 “Para quando a nova “Reavaliação Legal” do Imobilizado” c) Semanário Económico JUN/03 859 1 107 As Despesas de Representação (POC e CIRC) c) Revisores & Empresas da OROC ABR/JUN/03 21 4 108 O Inventário Permanente e as Demonstrações Financeiras c) TOC da CTOC OUT/03 43 5 109 Um POC para o Sector Desportivo c) Jornal de Contabilidade da APOTEC SET/03 318 1 110 O Inventário Permanente e as Demonstrações Financeiras c) Semanário Económico JUL/03 860 1 111 A Sisa, o Siso e o Sistema c) Semanário Económico Jornal AIM SET/03 SET/03 871 44 1 1 112 70.º Aniversário (1933-2003) da Revista de Contabilidade e Comércio 3 TOC da CTOC NOV/03 44 3 113 Do “PEC” ao “REF” c) Semanário Económico NOV/03 879 1 114 O Justo Valor c) Vida Económica OUT/03 1024 1 115 A Adopção das “NIC” em Portugal c) Jornal de Contabilidade da APOTEC ABR/04 325 2 116 Entrevista à Revista TOC da CTOC na Qualidade de Presidente do Conselho Fiscal c) TOC da CTOC NOV/03 44 8 117 A Cultura da Factura c) Vida Económica JAN/04 1035 1 118 O JTCE – 30 anos ao serviço da Contabilidade e do Técnico de Contas 3 TOC da CTOC FEV/04 47 6 119 A Estrutura Conceptual do IASB – Versão 1 c) Vida Económica FEV/04 1038 1 120 A Estrutura Conceptual do IASB – Versão 2 c) Guia do Contribuinte do SE Jornal AIM FEV/04 FEV/04 1 48 1 1 121 As Variações Patrimoniais (POC e CIRC) c) TOC da CTOC MAR/04 48 14 122 A Teoria e a Prática Contabilística (I) 3 Vida Económica MAR/04 1041 1 123 A Teoria e a Prática Contabilística (II) 3 Vida Económica MAR/04 1042 1 124 A Revisão das Declarações Fiscais em IRC c) Revisores & Empresas da OROC JAN/MAR/04 24 6 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 27 N.º Título Livroa) Publicações Jornal/Revistab) 28 ■ Mês(es)/Ano N.º N.º Pág. 125 A Formação dos TOC 4 Guia do Contribuinte do SE ABR/04 5 1 126 Órgão de Gestão e as Contas (I) c) Jornal AIM Semanário Económico MAIO/04 ABR/04 49 1046 1 1 127 Órgão de Gestão e as Contas (II) c) Semanário Económico ABR/04 1047 1 128 A Insuficiência do Lucro Tributável como Base de Tributação no CIRC c) Boletim APECA JAN/MAR/04 47 6 129 A Contabilidade – Utilidade para a Gestão (decisão) c) Revisores & Empresas da OROC TOC da CTOC ABR/JUN/04 SET/04 25 54 7 6 130 As NIC e a Revisão de Contas c) Guia do Contribuinte do SE MAIO/04 8 1 131 Os Relatos do Órgão de Gestão c) Vida Económica Jornal AIM MAIO/04 MAIO/04 1053 50 1 1 132 História da Contabilidade c) Semanário Económico Jornal AIM JUL/04 JUN/04 11 51 1 1 133 4 anos da “TOC” em Revista 3 TOC da CTOC AGO/04 53 8 134 Sociedade Portuguesa de Contabilidade – Breve História c) Boletim CEHC-APOTEC OUT/04 26 2 135 As Reavaliações Legais e o Art.º 35.º do CSC c) Jornal AIM Semanário Económico SET/04 AGO/04 52 918 1 1 136 Os TOC e o Código das Sociedades Comerciais 4 Vida Económica AGO/04 1064 1 137 As Provisões e os Ajustamentos Contabilísticos c) Guia do Contribuinte do SE OUT/04 15 2 138 A “IVA” na Contabilidade c) RCF JAN/MAR/05 80 2 139 A “Declaração do Órgão de Gestão” na Actividade dos ROC e dos TOC 4 Boletim APECA OUT/DEZ/04 119 11 140 As Publicações Periódicas da OROC – Uma Análise Histórica 3 d) 141 Contributo para a História da Revisão de Contas em Portugal 3 Revisores & Empresas da OROC 142 Os TOC e o Art.º 35.º do CSC 4 Jornal de Contabilidade da APOTEC DEZ/04 143 O IRS no OE/2005 c) Cidade em Revista DEZ/04 0 1 144 Para Quando Um Novo Modelo de Normalização c) Guia do Contribuinte do SE DEZ/04 19 2 145 A Sociedade Portuguesa de Contabilidade “Ressurreição” (ou não?) 3 TOC da CTOC FEV/05 e MAR/05 59 e 60 22 146 Contributo Para a Elaboração do “ABDR” 4 TOC da CTOC JAN/05 58 16 147 Contributo para a História da Normalização Contabilística em Portugal 3e 4 Boletim APECA JAN/MAR/05 120 13 JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES 7 OUT/DEZ/04 27 15 333 2 N.º Título Livroa) Publicações Jornal/Revistab) Mês(es)/Ano N.º N.º Pág. 148 Os Primeiros Livros Portugueses sobre Contabilidade 3 Revista Electrónica INFOCONTAB SET/06 12 14 149 F. V. Gonçalves da Silva e as “Doutrinas Contabilísticas” 3 Jornal de Contabilidade da APOTEC SET/05 342 5 150 Martim Noel Monteiro e a História da Contabilidade 3 d) 151 António Lopes de Sá e o “Neopatrimonialismo” 3 Jornal de Contabilidade da APOTEC DEZ/05 152 Rogério Fernandes Ferreira e a “Normalização Contabilística” 3 d) 17 153 As “Lições de Contabilidade Geral” de Jaime Lopes Amorim 3 d) 15 154 Cimourdain de Oliveira – Sua Contribuição para a Contabilidade e a Fiscalidade 3 d) 19 155 Os Primeiros Livros Portugueses de Contabilidade – Uma Análise a Três Livros de Aritmética 3 d) 18 156 Ricardo de Sá e a “Dívida” dos Técnicos de Contas 3 TOC da CTOC 157 Armandino Rocha e “A Ciência da Contabilidade” 3 d) 9 158 Hernâni O. Carqueja – “A Contabilidade como Sistema de Informação” 3 d) 8 159 O IRS de 2004 – Um Caso Prático c) Cidade em Revista JAN/FEV/05 1 2 160 A Confiança e os “Choques” c) Cidade em Revista ABR/MAIO/05 2 1 161 A “Confiança” no (e o) “Plano Tecnológico” c) Semanário Económico Jornal AIM ABR/05 JUN/05 952 58 1 1 162 O DL 35/2005 – Alterações ao Plano Oficial de Contabilidade c) Guia do Contribuinte do SE Jornal AIM MAIO/05 ABR/05 20 57 5 2 163 Análise (Breve) do DL 35/2005 c) SROC ABR/05 39 1 164 O DL 35/2005 – Análise de Alguns Aspectos Contabilísticos e Fiscais c) c) Jornal de Contabilidade da APOTEC JUN/05 Revista Electrónica INFOCONTAB JUL/05 339 1 5 5 165 Revisão/Auditoria às Contas e a Actividade dos TOC 4 TOC da CTOC JUL/05 64 9 166 O Sistema Fiscal Português – Uma Breve Análise c) Boletim APECA ABR/JUN/05 121 15 167 c) Semanário Económico MAIO/05 959 1 c) d) Recibos Verdes, Sacos Azuis e Fisco Vermelho 168 História (Breve) do Centro de Estudos de História da Contabilidade da APOTEC 12 DEZ/05 345 69 4 9 12 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 29 N.º 30 ■ Título Livroa) Publicações Jornal/Revistab) Mês(es)/Ano N.º N.º Pág. 169 A Tanga (?) e a Confiança c) Jornal AIM JUN/05 59 1 170 História da ADCES c) Boletim Informativo “Contabilidade e Professores” da ADCES 2.º Semestre/ /05 19 2 171 As Normas Internacionais de Contabilidade (NIC) e a Fiscalidade c) Boletim APECA Revista Electrónica INFOCONTAB OUT/05 DEZ/05 123 4 19 46 172 A Certificação e o Controlo de Qualidade dos TOC 4 Jornal AIM Jul/05 61 1 173 A Certificação (Legal) das Contas c) RCF Revista Electrónica INFOCONTAB JUL/05 SET/05 82 2 3 7 174 As Contas dos Clubes do Minho c) Revisores & Empresas da OROC Revista Electrónica INFOCONTAB JUL/SET/05 JAN/06 30 5 6 13 175 Marquês de Pombal – o “Farol” da Contabilidade em Portugal 4 Jornal AIM FEV/06 64 1 176 Comentários à DC18 c) TOC da CTOC OUT/05 67 6 177 A DC18 (Revista) c) Guia do Contribuinte do SE Jornal AIM SET/05 OUT/05 37 62 2 1 178 As NIC/NIRF e a Fiscalidade c) Guia do Contribuinte do SE Jornal AIM NOV/05 DEZ/05 41 63 3 1 179 O “Património (Fundo) Associativo” – Uma Análise Crítica c) Jornal de Contabilidade da APOTEC MAR/05 348 Boletim APECA OUT/DEZ/05 123 Revista Electrónica INFOCONTAB NOV/05 3 9 9 23 180 A Simplificação do Depósito de Contas c) c) Jornal AIM Revista Electrónica INFOCONTAB 1 4 181 Ricardo de Sá – Um Homem da e para a Contabilidade 4 d) 44 182 A Auditoria às Contas nas Associações – Análise de um Caso c) e) 14 183 A Investigação Contabilística em Portugal 4 TOC da CTOC Revista Electrónica INFOCONTAB ABR/06 ABR/06 73 8 12 26 184 A Formação dos TOC – Passado, Presente e Futuro 4 Revista Electrónica INFOCONTAB FEV/06 6 5 185 Valor Patrimonial Tributário – Quo Vadis? c) TOC da CTOC Revista Electrónica INFOCONTAB JUN/06 ABR/06 75 8 12 24 186 O Jornal “A Voz do Comércio” (1929-1931?) c) Revista Electrónica INFOCONTAB MAR/06 7 6 187 O Léxico Português de Contabilidade e as NIC/NIRF c) RCF Revista Electrónica INFOCONTAB JUN/06 ABR/06 85 8 2 5 188 Guarda Livros, Contabilistas e TOC 4 Revista Electrónica INFOCONTAB ABR/06 8 30 189 A “Contabilidade das Sociedades”, de F. V. Gonçalves da Silva (60.º Aniversário) c) Revista Electrónica INFOCONTAB MAIO/06 Jornal de Contabilidade da APOTEC SET/06 9 354 10 4 JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES MAR/06 FEV/06 8 6 N.º Título Livroa) Publicações Jornal/Revistab) Mês(es)/Ano N.º N.º Pág. 190 A “Nova Contabilidade” das PME c) Guia do Contribuinte do SE Jornal AIM ABR/06 MAIO/06 51 66 4 1 191 Compreender a Revisão/Auditoria às Contas c) Jornal AIM JUN/06 67 1 192 A Fiscalidade na Actividade dos TOC 4 Revista Fiscal Revista Electrónica INFOCONTAB JUL/AGO/06 MAIO/06 7 9 11 23 193 O Relatório de Gestão na Actividade dos ROC e dos TOC 4 Revista Electrónica INFOCONTAB Boletim APECA JUN/06 ABR/JUN/06 10 125 39 17 194 Um Livro de Contabilidade Francês do Século XVIII (1.ª versão) C) Revista Electrónica INFOCONTAB JUN/06 10 10 Um Livro de Contabilidade Francês do Século XVIII (2.ª versão) c) Revista Electrónica INFOCONTAB SET/06 12 13 195 Os Primórdios das Associações e das Revistas de Contabilidade em Portugal 4 Revista Electrónica INFOCONTAB TOC da CTOC JUL/06 SET/06 11 78 25 13 196 Preenchimento do Quadro 09 da Declaração Anual de Informação Contabilística e Fiscal c) Revista Electrónica INFOCONTAB JUL/06 11 4 197 Sr. Empresário – Sabe para que Serve a Contabilidade? (I) c) Jornal AIM Revista Electrónica INFOCONTAB AGO/06 SET/06 70 12 1 3 198 Controlo da Actividade dos ROC pela Administração Fiscal c) Jornal AIM JUL/06 69 1 199 Sr. Empresário – Sabe para que Serve a Contabilidade? (II) c) Jornal AIM Revista Electrónica INFOCONTAB SET/06 SET/06 71 12 1 2 200 O Guarda-livros “Fernando Pessoa” c) Revista Electrónica INFOCONTAB SET/06 12 5 a) b) c) d) e) LIVRO 1 – “Contabilidade, Fiscalidade, Auditoria: Breves Reflexões”, Ed. do Autor, Braga, 1.ª Edição – Março de 1997, 2.ª Edição – Janeiro de 1998 e 3.ª Edição – Junho de 1998; LIVRO 2 – “Temas de Contabilidade, Fiscalidade e Auditoria”, Ed. Vislis Editores, Lisboa, 2001; LIVRO 3 – “História da Contabilidade em Portugal – Reflexões e Homenagens”, Ed. Áreas Editora, Lisboa, 2005; LIVRO 4 – “Técnicos Oficiais de Contas”, INFOCONTAB Edições, Janeiro de 2007. Abreviaturas: ADCES – Associação de Docentes de Contabilidade do Ensino Superior; AIM – Associação Industrial do Minho; APECA – Associação Portuguesa de Empresas de Contabilidade, Auditoria e Administração; APOTEC – Associação Portuguesa dos Técnicos de Contabilidade; CEHC – Centro de Estudos de História de Contabilidade da APOTEC; CROC – Câmara dos Revisores Oficiais de Contas; CTOC – Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas; IPAT – Instituto de Pesquisas Augusto Tomelin; JTCE – Jornal do Técnico de Contas e da Empresa; OROC – Ordem dos Revisores Oficiais de Contas; RCC – Revista de Contabilidade e Comércio; RCF – Revista de Contabilidade e Finanças da APPC; SE – Semanário Económico; SROC – Boletim Informativo de Joaquim Guimarães, Manuela Malheiro e Mário Guimarães, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas; TOC – Revista “TOC” da CTOC. Não publicado em livro. Não publicado em revista/jornal. Aguarda publicação. 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 31 5 QUADRO-RESUMO DOS ESTUDOS/ARTIGOS DE OPINIÃO 1-100 Revista/Jornal 101-200 Total N.º de Art.º Total de Pág. N.º de Art.º Total de Pág. N.º de Art.º Total de Pág. Boletim CEHC-APOTEC 1 1 1 2 2 3 Boletim APECA 16 128 7 90 23 218 Boletim da CROC 7 35 0 0 7 35 Boletim do IPAT 1 29 0 0 1 29 Boletim Informativo “Contabilidade & Professores” (ADCES) 0 0 1 2 1 2 Boletim Informativo da SROC (JOAQUIM GUIMARÃES, MANUELA MALHEIRO E MÁRIO GUIMARÃES, SROC) 0 0 1 1 1 1 CETEC 25.º Aniversário 1 1 0 0 1 1 Cidade em Revista 0 0 3 4 3 4 Eurocontas (PROTOCONTAS) 15 46 0 0 15 46 Guia do Contribuinte (SEMANÁRIO ECONÓMICO) 0 0 9 21 9 21 Jornal AIMINHO 3 3 21 22 24 25 Jornal de Contabilidade (APOTEC) 9 42 9 33 18 75 JTCE 9 57 1 1 10 58 Revista de Contabilidade e Comércio (EDICONTA) 3 81 0 0 3 81 Revisores & Empresas (OROC) 7 42 5 38 12 80 TOC (CTOC) 16 93 14 141 30 234 Revista “ADEGE” do Curso Gestão UMinho 1 1 0 0 1 1 Revista das XVI Jornadas Gestão de Empresas da U.Minho 1 1 0 0 1 1 Revista de Contabilidade & Finanças (APPC) 1 2 3 7 4 9 Revista Electrónica INFOCONTAB 0 0 23 342 23 342 Revista Fiscal (VIDA ECONÓMICA) 0 0 1 11 1 11 Semanário Económico 27 27 12 12 39 39 Vida Económica 1 1 8 8 9 9 Não Publicado em Revista 0 0 10 161 10 161 119 590 129 896 248 1486 Total De notar que o n.º total de artigos deste quadro (248) não coincide com o total de artigos (200) do quadro anterior, em virtude de alguns artigos serem publicados simultaneamente em mais que uma revista/jornal. 32 ■ JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES 6 LIVROS PUBLICADOS COM ESTUDOS/ARTIGOS DE OPINIÃO Como já referi, a maioria dos estudos/artigos de opinião foram compilados em quatro livros. Assim, de seguida indico as respectivas capas, prefácios e índices. Contabilidade, Fiscalidade, Auditoria – Breves Reflexões (Ed. do Autor, Braga, 3 Edições, 1997 e 1998) PREFÁCIO O livro que se apresenta é uma colectânea de artigos escritos para publicação em diversas revistas da especialidade temática de que tratam. O seu autor licenciou-se em Gestão de Empresas pela Universidade do Minho, tendo tido eu, a feliz oportunidade de o ter como aluno. Refiro feliz pois que a sua capacidade de aprendizagem foi sempre elevada, e na convivência que então estabelecemos surgiu uma amizade que ainda perdura. A sua ideia de reunir num só volume os diversos artigos avulsos foi excelente e, se bem que o autor aborde questões práticas relacionadas com a contabilidade, a fiscalidade e a auditoria, elas não deixam de levantar problemas que podem ser causa e ou efeito das abordagens teóricas da contabilidade. Esta disciplina, que se rege por princípios próprios, não deixa de ter que atender aos utilizadores da informação que, como subproduto, apresenta. Entre estes utilizadores encontra-se a Administração Fiscal e todos os que dão crédito público aos seus dados, nos quais inserimos os auditores e os revisores oficiais de contas. São duas (ou três) actividades que o autor conhece bem, por ter exercido a primeira e estar actuante na segunda. Considerando a contabilidade como a ciência do equilíbrio patrimonial, preocupando-se com todos os acontecimentos que o possam influenciar, identificando-os, relacionando e analisando, ela não pode deixar de ter em conta os que se relacionam com a fiscalidade. Com o afirmarmos que a contabilidade deve ter em conta a fiscalidade, porque directa ou indirectamente influencia o equilíbrio patrimonial, não significa que as regras da fiscalidade se devam sobrepor às da ciência contabilística. Lamenta-se que seja esta uma atitude 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 33 natural entre aqueles que exercem a actividade prática da contabilidade. É uma situação que sempre temos combatido e esperamos vir um dia a verificar que quem trabalha nesta área procure adoptar as regras contabilísticas que levem a promover medidas, processos, avaliação e comunicação de dados que facilitem a tomada de decisões a nível da entidade cujo património está em causa. A fiscalidade tem outros interesses e se, porventura, recorre a elementos da contabilidade, o que nem sempre aconteceu, é porque esta lhe dá um manancial de informações que não deve desperdiçar, ainda que, nos seus dados, lhe introduza métodos correctivos que só têm a ver com as suas regras próprias. Esta posição tem vindo a ser assumida pela Administração fiscal em Portugal mas, curiosamente, os práticos da contabilidade, e não só, continuam agarrados àquilo que a fiscalidade aceita ou não. Os problemas da fiscalidade são importantes e pertinentes para a contabilidade, devido ao facto de poderem influenciar o equilíbrio patrimonial, e daí o interesse em se estudarem fora do contexto fiscal como contributo para uma melhor actuação da contabilidade. A experiência que o autor possui nesta áreas, junta-se ao facto de há alguns anos vir a exercer a actividade de docente na universidade que lhe ministrou os conhecimentos de base. Desta simbiose resultou o “produto” que agora é reunido neste volume, onde emergem temas que têm a ver com problemáticas teóricas da contabilidade, tais como os chamados princípios contabilísticos, as provisões, as depreciações do imobilizado e tantos outros. O trabalho apresentado poderá, ou melhor, deverá ser uma base de questionamento das teorias contabilísticas e das suas consequências na prática contabilística. Esta é a esperança de quem escreveu este prefácio e creio ser a preocupação do autor dos textos agora reunidos. Braga, 5 de Março de 1997 Armandino Cordeiro dos Santos Rocha 34 ■ JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES ÍNDICE Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Abreviaturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Custos e Proveitos de Exercícios Anteriores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fiscalização das Sociedades por quotas: importância do art.º 262.º do CSC . . . . . As Variações Patrimoniais (POC e CIRC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . As Prestações Suplementares: Breve Análise no Âmbito do CSC, POC e CIRC . . . A Demonstração da Origem e da Aplicação de Fundos: Breves Referências à Demonstração dos Fluxos de Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . As Demonstrações Financeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Deverá o Roc Rever (Auditar) a Declaração Mod. 22 do IRC? . . . . . . . . . . . . . . . . . A Obrigatoriedade da Nomeação de um ROC pelas Empresas . . . . . . . . . . . . . . . . . Papéis de Trabalho de “Auditoria (Revisão) à Declaração Mod. 22 do IRC” . . . . . . Os P.C.G.A. – um Caso Real sobre Juros de Mora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Os Donativos (POC e CIRC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Provisões para Créditos de Cobrança Duvidosa (Algumas Questões a Resolver pela Administração Fiscal) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A Tributação Autónoma das Despesas Confidenciais ou não Documentadas . . . . . . A Estimativa do IRC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . As Regularizações de Saldos de Terceiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ainda as Variações Patrimoniais (POC e CIRC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A Conta “59 – Resultados Transitados” (POC e CIRC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . As Reavaliações do Imobilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A Problemática das Provisões e as suas Implicações Fiscais . . . . . . . . . . . . . . . . . . As Reintegrações/Amortizações do Imobilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Os Encargos com Viaturas Ligeiras de Passageiros no CIRC . . . . . . . . . . . . . . . . . . As Mais-Valias e Menos-Valias do Imobilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O Ensino da Contabilidade no Ensino Superior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 13 15 17 21 39 49 75 91 115 143 151 159 185 197 213 243 249 259 273 289 307 329 349 373 389 401 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 35 Temas de Contabilidade, Fiscalidade e Auditoria (Ed. Vislis Editores, Lisboa, 2001) PREFÁCIO O meu amigo e distinto publicista Cunha Guimarães brinda-nos com mais um excelente livro centrado sobre temáticas de contabilidade e relacionação desta com outras matérias nomeadamente fiscalidade. Quis ele mostrar-me prova de estima solicitando escrevesse alguns parágrafos a prefaciar o seu trabalho. Acompanho a brilhante e esforçada carreira deste técnico de contabilidade, auditoria e fiscalidade. Conheço muitos dos seus trabalhos e alguns mereceram-me já citações ou serviram-me de leitmotiv para reflexões teóricas ou trabalhos práticos. O Guimarães é valoroso profissional e empenhado estudioso que não se intimida com as complexidades das questões. Acompanha a evolução, mantendo-se actualizado e pronto para apresentar as opções que devem ser tomadas mesmo que estas não se descortinem inteiramente. O Professor Bento Caraça terá dito “se não receio o erro é porque estou sempre a corrigi-lo”. O Guimarães assim pensa, não errando mas sabendo que “errar é humano”. Já concluí, aliás, que o Guimarães não hesitaria em confessar erros, se estes houvesse. É assim de assinalar a sua honestidade intelectual, avançaria a dizer a sua probidade científica. Gosta o Guimarães de estudar, ensinar, coloquiar. É brilhante conferencista, dando prazer ver a inteligência e a afabilidade com que motiva seus alunos ou trata com os colegas. O presente trabalho do Autor é mostra de intensa e dedicada vida profissional. É essencialmente constituída por uma compilação de valiosos estudos, anteriormente publicados em revistas da especialidade. Repositório de reflexões, aponta o livro orientações a seguir no exame de assuntos profissionais diversificados. Será assim leitura proveitosa para quem compulse suas ideias com as do Autor ou para quem procure aprofundar conhecimentos sobre matérias versadas ou para quem busque pistas com vista a solucionar problemas como os que o Autor examina. Felicito o Autor por mais esta utilíssima publicação que entendo de a recomendar a todos os estudiosos e profissionais da contabilidade, fiscalidade, auditoria, incluindo juristas e gestores. Rogério Fernandes Ferreira 36 ■ JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES ÍNDICE Dedicatória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Abreviaturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Nota de Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 11 13 17 21 CONTABILIDADE 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. Em Prol da Dignificação do “Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados” . . . . . . . . . . . . . . . . O Princípio da “Da Prudência” e o caso das Provisões no POC e no POCP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Características (Algumas) do Modelo Contabilístico Actual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ensino da História da Contabilidade e sua Actualidade em Portugal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Inventário ou “Realário” (das Existências) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . História e Teoria da Contabilidade – Breve Reflexão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . As Responsabilidades das (nas) Contas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O TOC perante a Imagem Verdadeira e Apropriada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Anos do POC – Para quando um novo POC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Responsabilidade do Órgão de Gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A Investigação Contabilística e a Formação dos TOC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Os TOC na Administração Pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Os TOC, os ROC e os “DOC” perante o POC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A “Nova” Comissão de Normalização Contabilística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Primórdios do Desenvolvimento das Ciências Empresariais e da Contabilidade em Portugal . . . . . . . . . . A I.V.A. e as Políticas Contabilísticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A importância da Contabilidade na Regulamentação Profissional dos TOC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Os TOC e a (não) nomeação dos ROC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Contabilidade Criativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A Contabilidade e o Jornalismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O Relatório de Gestão – Sua importância na actividade dos TOC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . As responsabilidades sobre as Demonstrações Financeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A Contabilidade ao “Justo Valor” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 37 85 103 131 141 177 179 181 183 185 187 189 191 193 195 197 205 207 209 211 213 225 CONTABILIDADE E FISCALIDADE 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. Princípios Contabilísticos Geralmente Aceites e Princípios Fiscais Geralmente Aceites (“Impostos”) . . . . Gratificações por Aplicação dos Resultados. Alguns Aspectos Contabilísticos e Fiscais . . . . . . . . . . . . . . Contabilidade e Fiscalidade das Mais-Valias (Menos-Valias) do Imobilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O Regime Simplificado de Tributação e a Contabilidade Criativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O Direito Contabilístico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A Contabilidade Fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . As Despesas Sujeitas a tributação Autónoma no CIRC e no CIRS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Os Subsídios (POC e CIRC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229 239 245 289 291 293 295 315 AUDITORIA 32. 33. 34. 35. 36. Auditoria Fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A “Certificação das Contas” pelos TOC e ROC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O Exercício Profissional da Auditoria em Portugal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A Auditoria às contas por não ROC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A Auditoria às contas no Estatuto da OROC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 339 393 401 403 405 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 37 História da Contabilidade em Portugal – Reflexões e Homenagens (Ed. Áreas Editora, Lisboa, Janeiro de 2005) PREFÁCIO É importante perceber quantos esforços foram feitos para que a Contabilidade chegasse neste despontar do século XXI com tamanho vigor e qualidade. Difícil, todavia, é compreender o vigor da atualidade se não se conhece a História; cada Nação precisa avaliar a sua, inclusive para acender a chama do justo orgulho sobre o valor da intelectualidade que possui. O papel que Portugal representa no contexto da evolução do conhecimento contábil procurou demonstrá-lo uma liderança cultural como a exercida por Jaime Lopes Amorim, Fernando Vieira Gonçalves da Silva e Martim Noel Monteiro, dedicando-se a estudos que teceram o panorama mundial do passado de nossa disciplina. Na atualidade, apreciável é o movimento empreendido pelo Centro de Estudos de História da Contabilidade da APOTEC, correspondido pelo esforço de destacados mestres da nossa disciplina, no que tange ao relevo que o estudo do passado deveras merece. A virtude de entidades como a referida é exatamente a de criar atmosferas culturais sob o influxo das quais germinam idéias e acionam-se iniciativas intelectuais como a presente. Esta oportuna obra do Professor Dr. Joaquim Fernando da Cunha Guimarães vem enriquecer o arquivo das letras históricas em Portugal, enfocando com propriedade o assunto de que trata, apresentando pesquisa de relevante significação. A contribuição lusitana à técnica e à ciência da Contabilidade encontra neste livro um destaque especial e competente. Conheci, sim, grandes trabalhos desenvolvidos por outros povos latinos, através do que escreveram denodados historiadores, mas, em língua portuguesa, escassa foi a literatura que compulsei. O trabalho do Professor Dr. Joaquim Fernando vem resgatar em boa parte, com dignidade, a dívida cultural havida e que nos impedia de penetrar em meandros antes não revelados. A fatalidade histórica, em certas fases, como aurora radiosa a prenunciar dia fulgurante, traça momentos significativos como este que estou a perceber em Portugal no campo da cultura contábil refinada, ou seja, naquele verdadeiramente superior da História, Ciência e Filosofia da Contabilidade. 38 ■ JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES À semelhança de outros locais onde o fulgor intelectual marcou época, é notório o esforço dos colegas lusitanos em desenvolver matéria de seriedade cultural. Assim, como razão analógica, é digna de recordação, a revolução científica italiana prenunciada pelo Congresso Nacional de 1879, realizado em Roma. Figuras proeminentes como Cerboni, Besta e Rossi, embora alimentando doutrinas de tendências diferentes, convergiram no objetivo do progresso das ciências contábeis. Reconheceram que uma nova era estava surgindo, que as correntes de pensamento já estavam amadurecidas e que o futuro exigia novas definições para o campo de nossa disciplina. Profissionais, como o genial Fábio Besta, assumiram, no momento a que me referi, uma posição perante a nossa história, todavia, alicerçada nos fundamentos exuberantes que Villa já deixara em 1840 (o materialismo contábil do passado foi o que ofereceu raízes a todas as correntes modernas, como foi a escola grega clássica antiga a que alimentou o Renascimento italiano que encerrou a Idade Média). Como um autêntico Renascimento Contábil, surgiu um novo tempo, onde, o papel social da Contabilidade não poderia limitar-se a informações e onde o passado deveria ser analisado sob ótica científica, para que o futuro pudesse ser esplendoroso. A nobreza de um conhecimento está na qualidade intelectual que inspira. Buscou-se uma utilidade magna, pelos caminhos de uma tecnologia inspirada em uma vigorosa ciência. Reconheceu-se que a prática precisava estar vigorosamente sustentada em métodos racionais, dimanados de conhecimentos superiores que já no passado haviam sido acenados e que mereciam aperfeiçoamentos, mas que precisavam ser conhecidos em suas origens. O importante nas profissões é a utilidade que prestam a terceiros, mas, também, a confiança que inspiram pelo vigor de seu acervo cultural. Sendo a Contabilidade a ciência da riqueza individualizada, é natural que ofereça meios para que se alcance a prosperidade da célula social, mas, como asseverou Leonardo da Vinci, não se pode entender o presente e nem abrir perspectivas ao futuro do saber e nem das práticas se não se conhece bem o passado. Naquele famoso Congresso de 1879, seguindo o que comentou Vincenzo Masi em importante artigo publicado na Revista Italiana de Contabilidade, nos anos de 1923 e 1924, sobre essas lutas doutrinárias, o que se buscava, em verdade, era a maior “qualidade” do conhecimento, esta que só se alcança quando realmente se atribui valor a conquistas já feitas e que às vezes são abandonadas inexplicavelmente. Buscar um qualitativo que emerge da cultura já conseguida, da experiência já alcançada, é a grande contribuição do estudo histórico. 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 39 “A experiência é a mestra de todas as coisas”, escreveu, há dois mil anos, Caio Júlio César, quando historiou sobre a guerra civil romana. A evolução não se opera em saltos, mas, quaisquer progressos dependem de grandes observações, raciocínios e experiências, estas que a História revela. A razão alcança onde os olhos nem sempre conseguem distinguir; quando no século, no século XVII, Copérnico afirmou sobre as fases do planeta Vênus não tinha comprovado as mesmas, mas, sabia que deveras existiam, pelo fruto de suas observações e raciocínios. Só depois, com a produção do telescópio, com o aperfeiçoamento a este dado por Galileu Galilei, é que se conseguiu comprovar o que a teoria havia estabelecido. Por isto, em todos os ramos do conhecimento humano, sejam quais forem, existe a necessidade premente de unir teoria e prática, amalgamar conhecimentos de todos os tempos, nisto sendo relevante o estudo da História. Quando isto é feito com qualidade, como o é nesta obra do Professor Dr. Joaquim Fernando da Cunha Guimarães, pode-se, então alcançar objetivos válidos. O autor apelou para a pesquisa, segundo ele mesmo nos manifestou, mas, também, para a cooperação de luminares como os ilustres professores: Camilo Cimourdain de Oliveira, Rogério Fernandes Ferreira, Armandino Cordeiro dos Santos Rocha, Hernani O. Carqueja, Lúcia Maria Portela de Lima Rodrigues, Delfina Rosa da Rocha Gomes e Ana Rita Serra Faria, ampliando, assim, a qualidade do que já havia produzido, considerada a expressão dos referidos intelectuais. Em verdade, com este prefácio, nenhuma intenção me move em aduzir qualquer assunto ao já tão bem exposto tema aqui desenvolvido, mas, apenas, o afirmar que neste trabalho é possível encontrar uma contribuição de qualidade. Quando um ser se dispõe a entregar parte dele mesmo à comunidade, transferindo experiências, merece respeito; isto é o que me merece o Professor Dr. Joaquim Fernando Cunha Guimarães. Sempre se renovam em mim esperanças quando observo que existem denodados companheiros de profissão preocupados com o destino desta, com a valorização permanente da comunidade através de cultura qualificada. A literatura contábil de língua portuguesa está enriquecida com o presente trabalho que certamente contribuirá para o progresso cultural de todos os que dele se valerem como consulta visando a acrescentar conhecimentos. Prof. Doutor Antônio Lopes de Sá Presidente de Honra do Centro de Estudos de História da Contabilidade da APOTEC, Conselheiro Consultivo da Fundação Brasileira de Contabilidade, do Conselho Federal de Contabilidade, Vice-Presidente da Academia Nacional de Economia, Doutor em Ciências Contábeis pela Faculdade Nacional de Ciências Econômicas da Universidade do Brasil, Rio de Janeiro, Doutor em Letras, H. C., pela Samuel Benjamin Thomas University, de Londres, Inglaterra 40 ■ JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES ÍNDICE DEDICATÓRA: A MEUS PROFESSORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . NOTA PRÉVIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . PREFÁCIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 13 17 I – REFLEXÕES DE ÂMBITO GERAL 1. O Ensino da Contabilidade no Ensino Superior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2. Ensino da História da Contabilidade e sua Actualidade em Portugal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3. História e Teoria da Contabilidade – Breve Reflexão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4. Primórdios do Desenvolvimento das Ciências Empresariais e da Contabilidade em Portugal. . . . . . . 5. O Direito Contabilístico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6. História da Contabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7. A Teoria e a Prática Contabilística (I). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8. A Teoria e a Prática Contabilística (II) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9. Contributo para a História da Revisão de Contas em Portugal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10. Contributo para a História da Normalização Contabilística em Portugal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11. Contabilidade e Fiscalidade (Articulações). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12. Corporativismo, Liberalismo e a Profissão Contabilística em Portugal desde 1755 . . . . . . . . . . . . . . . 13. Investigação em História da Contabilidade em Portugal, 1990-2003: Um Estudo Empírico. . . . . . . . . 14. O Ensino Superior e as Disciplinas de Contabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 27 55 87 89 91 93 95 97 127 159 167 199 251 II – HOMENAGENS A PERSONALIDADES 15. Ricardo de Sá e a “dívida” dos Técnicos de Contas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16. As “Lições de Contabilidade Geral” de Jaime Lopes Amorim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17. F. V. Gonçalves da Silva e as “Doutrinas Contabilísticas” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18. Martim Noel Monteiro e a “História da Contabilidade” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19. Cimourdain de Oliveira – Sua Contribuição para a Contabilidade e a Fiscalidade. . . . . . . . . . . . . . . . 20. António Lopes de Sá e o “Neopatrimonialismo” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21. Rogério Fernandes Ferreira e a “Normalização Contabilística” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22. Armandino Rocha e a “Ciência Contabilística” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23. Hernâni O. Carqueja – “A Contabilidade como Sistema de Informação” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24. Panegírico a José Luís Lopes Marques . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 279 293 307 319 331 349 357 371 379 387 II – REFLEXÕES E HOMENAGENS – ORGANIZAÇÕES E PUBLICAÇÕES 25. Centenário (1902-2002) da “Escola Prática Comercial Raul Dória” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26. A Sociedade Portuguesa de Contabilidade – “Ressurreição” (ou não)?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27. As associações e as revistas de contabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28. 70.º Aniversário (1933-2003) da “Revista de Contabilidade e Comércio”. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29. O “JTCE” – 36 anos ao serviço da Contabilidade e do Técnico de Contas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30. 4 anos da “TOC” em Revista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31. Os Primeiros Livros Portugueses sobre Contabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32. Os Primeiros Livros Portugueses de Contabilidade – Uma Análise a Três Livros de Aritmética. . . . . 33. As Publicações Periódicas da OROC – Uma Análise Histórica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 393 409 457 467 475 489 509 533 547 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 41 Técnicos Oficiais de Contas (INFOCONTAB EDIÇÕES, Braga, Janeiro de 2007) PREFÁCIO Solicita-me, o meu desde há muito amigo, Mestre Joaquim Fernando da Cunha Guimarães e Presidente do Conselho Fiscal da CTOC, a elaboração do prefácio para a sua obra TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS. Honra que não me é merecida, pois nesta longa caminhada que, conjuntamente com outros, temos percorrido no universo associativo dos Técnicos Oficiais de Contas, acumula saber, vontade e inteligência que me faz sentir indigno de sobre ele emitir opinião. Antes de mais, porque justo, deve ser mencionado que o Joaquim Guimarães é um apaixonado por estas coisas associativas e nelas coloca não só a sua enorme facilidade de transcrever para forma de letra o que lhe vai na alma, mas sobretudo, porque a sua criatividade não tem limites, colocando-lhe desafios que ele aceite e que, de uma forma ímpar, realiza através dos seus escritos. Desta vez, porque muitas outras houve, traz-nos, pela primeira vez após a regulamentação da profissão, uma visão dinâmica da história em que enquadrando os factos, verte sobre eles, não só o seu pensamento actual, mas também o relato dos que constituem a ainda curta história dos Técnicos Oficiais de Contas em Portugal. O percurso que antecedeu a regulamentação e consequente criação da entidade pública Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, não é por ele esquecido, abordando de uma forma realista e factual as organizações, os intervenientes e os factos que foram, de algum modo, percursores da actual realidade profissional em Portugal. A abordagem de questões complexas, nem sempre pacíficas, e, por isso, geradoras de discussão, constitui um manancial inesgotável de energia que só os lutadores natos sabem com mestria aproveitar, como é o caso de muitas das questões abordadas na presente obra. A sua leitura, para além de abordar questões pertinentes sobre o exercício da profissão de Técnico Oficial de Contas, possibilitará a criação e desenvolvimento de interpretações mais aprofundadas sobre o seu ordenamento jurídico, alargando o campo de visão dessa realidade profissional. É, pois, um precioso contributo histórico e dinâmico sobre a profissão que julgo constituir uma mais valia para todos os profissionais. Facto que me cria um enorme orgulho, não só como amigo de há já longa data, mas também como colega de profissão e como Presidente da Direcção da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, dou o meu humilde contributo para esta maravilhosa obra destinada aos profissionais da Contabilidade e Fiscalidade em Portugal. Lisboa, Dezembro de 2006 O Presidente da Direcção da CTOC, (António Domingues de Azevedo) 42 ■ JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES ÍNDICE GERAL DEDICATÓRA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 AGRADECIMENTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 ABREVIATURAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 NOTA DE APRESENTAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 PREFÁCIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 CAPÍTULO I – HISTÓRIA DA PROFISSÃO E DO ASSOCIATIVISMO 1. Contributo para a História da Normalização Contabilística em Portugal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2. Marquês de Pombal – o “Farol” da Contabilidade em Portugal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3. Ricardo de Sá – Um Homem da e para a Contabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4. A Investigação Contabilística em Portugal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5. Os Primórdios das Associações e das Revistas de Contabilidade em Portugal . . . . . . . . . . . . . . 6. História da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas – 10.º Aniversário (1995-2005) . . . . . . . . . 23 55 59 101 129 153 CAPÍTULO II – ESTATUTO E CÓDIGO DEONTOLÓGICO 7. As Responsabilidades das (nas) Contas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8. A Investigação Contabilística e a Formação dos TOC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9. Os TOC na Administração Pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10. Os TOC, os ROC e os “DOC” Perante o POC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11. As Responsabilidades sobre as Demonstrações Financeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12. A “Certificação das Contas” pelos TOC e ROC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13. A Publicidade na Actividade dos TOC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14. A Formação e a Qualidade de Trabalho dos TOC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15. A Participação dos TOC na Vida Associativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16. A Formação dos TOC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17. Os TOC e o Código das Sociedades Comerciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18. Os TOC e o Art.º 35.º do CSC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19. A Certificação e o Controlo de Qualidade dos TOC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20. A Formação dos TOC – Passado, Presente e Futuro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21. Guarda Livros, Contabilistas e TOC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22. Qual a Responsabilidade dos TOC na (não) Nomeação dos ROC? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 257 259 261 263 265 275 283 285 289 291 293 295 301 303 309 345 CAPÍTULO III – CONTABILIDADE E FISCALIDADE 23. O TOC perante a “Imagem Verdadeira e Apropriada” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24. A Importância da Contabilidade na Regulamentação Profissional dos TOC . . . . . . . . . . . . . . . . . 25. A Fiscalidade na Actividade do TOC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 349 351 359 CAPÍTULO IV – ENCERRAMENTO DE CONTAS 26. O Relatório de Gestão – Sua Importância na Actividade dos TOC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27. Contributo para a Elaboração do “ABDR” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28. A “Declaração do Órgão de Gestão” na Actividade dos ROC e dos TOC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29. Revisão/Auditoria às Contas e a Actividade dos TOC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30. O Relatório de Gestão na actividade dos ROC e dos TOC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31. As Gratificações por Aplicação dos Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 385 387 419 449 469 511 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 43 DAS QUATRO PRINCIPAIS REVISTAS 7 RANKING LIGADAS A ASSOCIAÇÕES Até à data elaborei quatro artigos sobre dados estatísticos das duas revistas editadas pelas duas Associações representativas dos profissionais TOC (Câmara dos TOC) e ROC (Ordem dos ROC), com os seguintes títulos: – 2 ANOS DA “TOC” EM REVISTA, publicado na revista TOC n.º 26, de Maio de 2002 e disponível no Portal INFOCONTAB; – 4 ANOS DA “TOC” EM REVISTA, publicado na revista TOC n.º 53, de Agosto de 2004 e disponível no Portal INFOCONTAB; – 4 ANOS DA “REVISORES & EMPRESAS”, publicado na revista Revisores & Empresas n. os 17 e 18, de Abril e Julho de 2002, respectivamente, e disponível no Portal INFOCONTAB; – AS PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS DA OROC – UMA ANÁLISE HISTÓRICA, disponível no Portal INFOCONTAB. Conjugando e actualizando esses dados com os constantes do menu “Bases de Dados/Pesquisa” do Portal INFOCONTAB, a seguir indico o ranking (por número de artigos e por número de páginas) das quatro principais revistas ligadas às quatro principais Associações desses profissionais1. 1 44 ■ Relativamente ao Jornal de Contabilidade, da APOTEC, e ao Boletim APECA da APECA, a estatística reporta-se à data em que foi publicado o primeiro artigo, i.e., em Fevereiro de 1994 e em Abril de 1996, respectivamente. Já relativamente às publicações da OROC e à revista TOC da CTOC, os dados referem-se ao primeiro número das publicações, i.e., Janeiro/Abril de 1986 e Abril de 2000, respectivamente. JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES Revista TOC, da CTOC AUTORES ORDENADOS POR N.º DE ARTIGOS (Até Setembro/2006) Lugar Totais Autores Artigos Páginas Média 83 1,30 1.º António Domingues de Azevedo 64 2.º Armando Pereira Marques 54 58 1,07 3.º Rogério Fernandes Ferreira 42 111 2,64 4.º Joaquim Fernando da Cunha Guimarães 30 234 7,80 5.º Clotilde Celorico Palma 16 81 5,06 6.º Hugo Carolino 16 42 2,63 7.º Mário Portugal Resende 13 70 5,38 8.º Artur Maria da Silva 8 25 3,13 243 704 2,90 TOTAIS AUTORES ORDENADOS POR N.º DE PÁGINAS (Até Setembro/2006) Lugar Totais Autores Páginas Artigos Média 1.º Joaquim Fernando da Cunha Guimarães 234 30 7,80 2.º Rogério Fernandes Ferreira 111 42 2,64 3.º António Domingues de Azevedo 83 64 1,30 4.º Clotilde Celorico Palma 81 16 5,06 5.º Mário Portugal Resende 70 13 5,38 6.º Armando Pereira Marques 58 54 1,07 7.º José Manuel Bernardo 52 7 7,43 8.º Hugo Carolino 42 16 2,63 731 242 3,02 TOTAIS 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 45 Boletins da CROC e Revista “Revisores & Empresas”, da OROC AUTORES ORDENADOS POR N.º DE ARTIGOS/ESTUDOS (Até Junho/Setembro de 2006) Lugar Totais Autores Artigos Páginas Média 1.º Joaquim Fernando da Cunha Guimarães 19 115 6,05 2.º Hernâni Olímpio Carqueja 19 52 2,74 3.º Rogério Fernandes Ferreira 15 51 3,40 4.º José Gonçalves Roberto 11 62 5,64 5.º António Pedro Coelho 11 37 3,36 6.º José Joaquim Marques de Almeida 10 64 6,40 7.º Octávio de Brito Gastambide Fernandes 9 57 6,33 8.º Rodrigo de Moctezuma 7 9 1,29 101 447 4,43 TOTAL AUTORES ORDENADOS POR N.º DE PÁGINAS (Até Junho/Setembro de 2006) Lugar Totais Autores ■ Artigos Média 1.º Joaquim Fernando da Cunha Guimarães 115 19 6,05 2.º José Joaquim Marques de Almeida 64 10 6,40 3.º José Gonçalves Roberto 62 11 5,64 4.º Tiago Caiado Guerreiro 59 6 9,83 5.º Octávio de Brito Gastambide Fernandes 57 9 6,33 6.º Hernâni Olímpio Carqueja 52 19 2,74 7.º Rogério Fernandes Ferreira 51 15 3,40 8.º António Pedro Coelho 37 11 3,36 497 100 4,97 TOTAL 46 Páginas JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES Boletim APECA, da APECA AUTORES ORDENADOS POR N.º DE ARTIGOS/ESTUDOS (De Abril de 1996 a 2.º Trimestre de 2006) Lugar Totais Autores Artigos Páginas Média 1.º Rogério Fernandes Ferreira 84 182 2,17 2.º Jorge Manuel Teixeira da Silva 23 306 13,30 3.º Joaquim Fernando da Cunha Guimarães 23 218 9,48 4.º Rui Vicente 23 44 1,91 5.º Joaquim Alexandre de Oliveira e Silva 18 253 14,06 6.º Virgílio Pires 18 68 3,78 7.º Albano Santos 17 30 1,76 8.º António Rodrigues Neto 13 145 11,15 9.º Maria Dulce Soares 6 27 4,50 10.º Helena Gabriela Dias Reis 6 27 4,50 231 1300 5,63 TOTAL AUTORES ORDENADOS POR N.º DE PÁGINAS (De Abril de 1996 a 2.º Trimestre de 2006) Lugar Totais Autores Páginas Artigos Média 1.º Jorge Manuel Teixeira da Silva 306 23 13,30 2.º Joaquim Alexandre de Oliveira e Silva 253 18 14,06 3.º Joaquim Fernando da Cunha Guimarães 218 23 9,48 4.º Rogério Fernandes Ferreira 182 84 2,17 5.º António Rodrigues Neto 145 13 11,15 6.º José Alberto Pinheiro Pinto 121 9 13,44 7.º João Colaço 77 7 11,00 8.º Virgílio Pires 68 18 3,78 9.º José Alberto Brito Pereira 47 1 47,00 10.º Maria Dulce Soares 27 6 4,50 11.º Helena Gabriela Dias Reis 27 6 4,50 1471 208 7,07 TOTAL 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 47 Jornal de Contabilidade, da APOTEC AUTORES ORDENADOS POR N.º DE ARTIGOS/ESTUDOS (De Fevereiro de 1994 a Setembro de 2006) Lugar Totais Autores Artigos Páginas Média 1.º Rogério Fernandes Ferreira 58 130 2,24 2.º Manuel José Benavente Rodrigues 37 115 3,11 3.º António Lopes de Sá 21 81 3,86 4.º Joaquim Fernando da Cunha Guimarães 18 75 4,17 5.º Joaquim Manuel Leite Pinheiro 14 44 3,14 6.º Jorge Manuel Teixeira da Silva 10 64 6,40 7.º António José Cardão Machado 16 90 5,62 8.º Joaquim Alexandre de Oliveira e Silva 9 123 13,66 9.º António de Santa Cruz Gouveia Videira 9 105 11,67 10.º Fernando Augusto Monteiro Correia TOTAL 9 83 9,22 201 910 4,52 AUTORES ORDENADOS POR N.º DE PÁGINAS (De Fevereiro de 1994 a Setembro de 2006) Lugar Totais Autores ■ Artigos Média 58 2,24 1.º Rogério Fernandes Ferreira 130 2.º Joaquim Alexandre de Oliveira e Silva 123 9 13,67 3.º Manuel José Benavente Rodrigues 115 37 3,11 4.º António de Santa Cruz Gouveia Videira 105 9 11,67 5.º António José Cardão Machado 90 16 5,63 6.º Fernando Augusto Monteiro Correia 83 9 9,22 7.º António Lopes de Sá 81 21 3,86 8.º Joaquim Fernando da Cunha Guimarães 75 18 4,17 9.º Jorge Manuel Teixeira da Silva 64 10 6,40 10.º António Martins TOTAL 48 Páginas JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES 57 8 7,13 923 195 4,73 Dos quadros anteriores resumimos o ranking: RANKING REVISTA/JORNAL N.º de Artigos N.º de Páginas Lugar N.º Lugar N.º TOC, da CTOC 4.º 30 1.º 234 Boletins da CROC e Revisores & Empresas, da OROC 1.º 19 1.º 115 Boletim APECA, da APECA 3.º 23 3.º 218 Jornal de Contabilidade, da APOTEC 4.º 18 8.º 75 Neste contexto, conclui-se que sou um dos principais colaboradores das revistas das duas associações públicas representativas dos profissionais de Contabilidade (CTOC) e de Revisão/Auditoria de Contas (OROC), bem como do Jornal de Contabilidade, da APOTEC, e do Boletim APECA, da APECA. 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 49 8 NOTAS FINAIS Este livro comemorativo do facto de, em Setembro de 2006, ter completado a elaboração de “200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO”, é uma sequência de um outro com as mesmas características, sob o título “100 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO”, publicado em Maio de 2003. Assim, enquanto os primeiros 100 artigos foram escritos num prazo de nove anos os últimos 100 foram-no em menos de quatro anos, evidenciando um aumento significativo da produtividade. Grande parte dos artigos foram incluídos nos quatro livros de compilação que publiquei até à data. É óbvio que ao promover a publicação dos meus trabalhos estou sujeito às críticas dos leitores (mais fácil que executar é criticar!) e ao cometimento de incorrecções devido a deficiências, insuficiências e ou incapacidades. Apesar disso, só muito esporadicamente tenho recebido esses contributos, que agradeço. Mas, como os principais objectivos dos meus trabalhos são os de aprender com a investigação e aumentar a minha ignorância (quanto mais profunda é a investigação mais consciência temos da nossa ignorância!), posso concluir que, modéstia à parte, tenho conseguido atingi-los. A este propósito é oportuno transcrever as palavras de Fernando Vieira Gonçalves da Silva (Curiosidades, Velharias e Miudezas Contabilísticas, Lisboa, 1970, pp. 89-90): “Os publicistas, como é natural, apreciam mais os elogios, que os estimulam ou desvanecem, do que as censuras, que os vexam ou desanimam. Todavia, só os muitos pedantes (que se julgam infalíveis) deixarão de ficar agradecidos aos críticos que, com observações argutas, pertinentes e sensatas, os auxiliam a adquirir clara consciência das qualidades e defeitos dos trabalhos que publicam. Se não há livros maus que não tenham algo de bom, também não existem livros bons (a começar pel’ Os Lusíadas…) em que não possa encontrar-se alguma coisa de mau ou de menos bom. Todos os escritores com alguma prática sabem perfeitamente que ninguém é crítico sagaz de si mesmo e revisor competente dos seus próprios escritos. De boa ou má vontade, são forçados a reconhecer, mais tarde ou mais cedo, que os críticos sérios, competentes e bem educados são, afinal, colaboradores que, por vezes lhes prestam serviços inestimáveis.” Finalmente, agradeço os contributos dos meus colaboradores da sociedade JOAQUIM GUIMARÃES, MANUELA MALHEIRO E MÁRIO GUIMARÃES, SROC, Dr. Mário da Cunha Guimarães (também meu sócio), Dr. João Manuel Fernandes Gomes, Dr. Carlos José da 50 ■ JOAQUIM FERNANDO DA CUNHA GUIMARÃES Cunha Henriques, Dr. Ricardo Manuel da Silva Carvalho, Dra. Cidália Gomes Marcos, Dr. António José Oliveira Lamelas, Dr. João Carlos Ferreira Fernandes, Dra. Emília da Conceição Rocha Gomes e Dra. Marianela Rego, dos técnicos administrativos, Raúl da Cunha Guimarães, Eduardo da Cunha Guimarães e Filipe Luís da Silva Malheiro, bem como dos ex-colaboradores, Dr. Marco José Vieira e Dr. Nelson Rodrigues de Bastos. Braga, Janeiro de 2007. Joaquim Fernando da Cunha Guimarães 200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO ■ 51