FEFISA – FACULDADES INTEGRADAS DE SANTO ANDRÉ Educação Física - Bacharelado BRAULIO RAMOS EZEQUIEL GUILHERME DIAZ BALBO VINICIUS VIEIRA DE SOUSA PERFIL ANTROPOMETRICO DOS PRATICANTES DE RUGBY DA REGIÃO DO ABC Santo André 2013 BRAULIO RAMOS EZEQUIEL GUILHERME DIAZ BALBO VINICIUS VIEIRA DE SOUSA PERFIL ANTROPOMETRICO DOS PRATICANTES DE RUGBY DA REGIÃO DO ABC Trabalho apresentado à banca examinadora na forma de trabalho de conclusão de curso como exigência parcial para conclusão do curso de Bacharelado em Educação Física da Fefisa – Faculdades Integradas de Santo André, sob orientação da Prof. Glaucimeire Moura. Santo André 2013 "Todos os homens morrem, mas nem todos vivem." William Wallace AGRADECIMENTOS – Braulio Ramos Ezequiel Obrigado a todos os atletas e equipes participantes e aos meus amigos autores desse trabalho. Em suma, obrigado a todos que participaram de forma a cultivar o principio fundamental do rugby, apoio. AGRADECIMENTOS – Guilherme Diaz Agradeço a Deus, pela saúde, família e amigos. Agradeço as equipes: ABC Rugby, Templários e Tyrannus, pela ajuda na elaboração da pesquisa. Aos meus pais José Luiz e Eliane, que sempre me apoiaram durante estes 4 anos de curso e durante toda a minha vida : SEM VOCES NADA DISSO SERIA POSSIVEL. Ao meu irmão Gustavo, que sempre esteve do meu lado em todos os momentos. Aos colegas de curso, pelo auxilio e apoio durante todo o curso. Aos professores do curso de Educação Física da FEFISA, por todos os conhecimentos oferecidos, que sem duvidas foram muito importantes para a elaboração deste trabalho. Aos meus colegas de estudo: Braulio Ramos e Vinicius Vieira, pelo empenho e dedicação durante a elaboração deste estudo. AGRADECIMENTOS – Vinicius Vieira Agradeço primeiramente a Deus pelas graças concedidas na minha vida, inclusive a oportunidade de estar concluindo minha graduação em Educação Física. Agradeço aos meus pais Antonio João de Sousa e Rita Vieira de Sousa e meu irmão Gustavo por me darem todo o suporte, em especial a minha abençoada mãe, que não mediu esforços para me ajudar em tudo que necessitei em todos os momentos da minha vida, principalmente nesses 4 anos de faculdade. Aos amigos e companheiros de estudo Braulio e Guilherme pela dedicação para realização do trabalho. As equipes de Rugby que prestativamente foram objeto de estudo para o nosso trabalho. Aos colegas do curso de Educação Física da FEFISA pelo auxílio nas aulas, trabalhos e estudos. Aos professores da FEFISA pelo auxílio para a elaboração do trabalho, e pelos conhecimentos fornecidos para minha formação profissional. Agradecimento especial ao meu grande amigo, mentor e treinador de Powerlifting Braulio Socorro de Carvalho, pelo incentivo e ensinamentos no esporte e na vida. . RESUMO O rugby se trata de um esporte coletivo que vem crescendo muito no Brasil e já esta enraizado em todo mundo, um esporte que foi capaz de unir 2 povos na Africa.A escassez de estudos na área da saúde principalmente na região de São Paulo foi o ponto de partida para tal estudo que tem como objetivo o aumento da discussão sobre o esporte. O estudo buscou em 3 (três) equipes da grande São Paulo mais especificamente da região do ABC avaliar o perfil antropométrico de 53 atletas amadores de rugby, 27 Forwards e 26 Backs, e comparar suas características nas diferentes posições táticas. As equipes selecionadas foram Tyrannus, ABC Rugby e Templários. A análise antropométrica dos jogadores foi realizada através de coletas de dobras cutâneas, perimetria, peso, e estatura. Para a comparação dos dados foi utilizado o teste t-Student para análise de variação desigual de duas amostras, e todos os cálculos foram realizados com índice de significância de p < 0,05. As variáveis comparadas entre forwards e backs apresentaram resultados significativos (p < 0,05) para estatura (mm), massa corporal (Kg), massa magra (Kg), percentual de tecido adiposo (%), soma das dobras (mm), braço direito contraído (cm), e panturrilha direita (cm). Não houve significância somente na variável braço direito relaxado (cm) (r = 3,93). A partir desses resultados podemos chegar à conclusão que temos uma grande diferença entre forwards e backs devido as diferentes funções táticas, e exigências físicas desempenhadas pelos jogadores da modalidade durante a partida de Rugby. Palavras-Chave: Rugby; Jogadores; Amadores; Perfil; Antropometrico. ABSTRACT The rugby is a team sport that is growing a lot in Brazil and already ingrained in all over the world, a sport that was able to unite two people in Africa. The scarcity of studies on health especially in the region of São Paulo was the starting point for such a study that aims to increase the discussion about the sport. The study looked at three teams in the greater São Paulo especially from the ABC evaluate the anthropometric profile of 53 amateur athletes from rugby, 27 forwards and 26 Backs, and compare their characteristics in different tactical positions. The teams selected were Tyrannus, ABC Rugby and Templarios. Anthropometric analysis of the players was done through collection of skinfolds, girth, weight, and height. For comparison of the data was used t-test for unequal variance analysis of two samples, and all calculations were performed with a significance level of p < 0.05. Variables compared between forwards and backs showed significant results (p < 0.05) for height (mm), body mass (kg), lean mass (kg), body fat percentage (%), sum of skinfolds (mm) contracted right arm (cm), and right calf (cm). There was no significance only in the variable relaxed right arm (cm) (r = 3,93). From these results we can conclude that we have a big difference between forwards and backs due to the different tactical functions, and player’s physical demands during a Rugby match. Key words: Rugby; Amateur; Players; Profile; Anthropometric LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1- A quadra ....................................................................................................05 Gráfico 1 - Média de estatura em centímetros ..........................................................16 Gráfico 2 - Média de massa corporal em quilogramas ..............................................17 Gráfico 3 - Média de massa magra em quilograma ...................................................18 Gráfico 4 - Média de percentual de gordura ..............................................................19 Gráfico 5 - Média da soma das dobras cutâneas em milímetros ...............................20 Gráfico 6 - Média de perimetria do braço direito contraído e relaxado em centímetros ..................................................................................................................................21 Gráfico 7 - Média do perimetro da panturrilha direita em centimetros .......................22 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Valores respectivos à antropometria dos jogadores (27 forwards; 26 backs) ........................................................................................................................15 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................01 2 RUGBY .................................................................................................................03 2.1 Historia do Rugby ............................................................................................03 2.2 O jogo..............................................................................................................04 2.2.1 As Posições no Rugby .................................................................................06 3 ANTROPOMETRIA ................................................................................................07 3.1 Composição corporal ......................................................................................07 3.1.1 Estatura ........................................................................................................08 3.1.2 Peso corporal ...............................................................................................08 3.1.3 Perimetria .....................................................................................................08 3.1.4 Dobras cutâneas ..........................................................................................09 4 METODOLOGIA ...................................................................................................12 4.1 Problematização .............................................................................................12 4.2 Plano de pesquisa ...........................................................................................12 4.3 Procedimentos ................................................................................................12 4.3.1 Universo e amostra ......................................................................................13 4.3.2 Instrumentos ................................................................................................13 4.3.2.1 Avaliação antropométrica ..........................................................................13 4.4 Análise estatística ...........................................................................................14 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..............................................................................15 6 CONCLUSÃO .........................................................................................................24 REFERÊNCIAS .........................................................................................................25 ANEXO I ....................................................................................................................29 1 INTRODUÇÃO O perfil antropométrico dos praticantes de rugby da região do ABC este tema a ser abordado no presente estudo, mostra quanto este esporte é democrático tanto no perfil físico quanto no social, destes praticantes de um esporte coletivo que cresce a cada dia em nosso país. O esporte é algo incrível que pode ser considerado único quando se trata da união de pessoas. O rugby se mostra presente nesta frase de uma forma que vem crescendo e se difundindo no país. Um esporte tão antigo quanto o futebol e que por historiadores chegou até o Brasil junto com ele, apenas no século XXI se torna conhecido. O rugby se tornou um esporte olímpico e estará presente nas Olimpíadas do Rio-2016, imaginemos que a partir de então aconteça uma guinada com esta modalidade no Brasil tendo em vista que já se trata de um esporte acompanhado e praticado em quase todo mundo. A região sudeste concentra os maiores polos do rugby do Brasil, principalmente São Paulo e Rio Grande do Sul. O referido estudo tem como objetivo traçar um perfil antropométrico de atletas amadores de rugby do ABC (Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul). O estudo para traçar o perfil foi embasado em algumas variáveis sendo elas : Massa corporal, estatura, perimetria e dobra cutâneas. A amostra foi composta por 53 jogadores amadores, sendo divididos em forwards e backs. Com as médias, desvio padrão e teste de relação, foi possível observar as diferenças entre esses dois grupos que possuem funções diferentes nos jogo. Sendo um esporte composto por constantes tiros de corrida em alta intensidade e diversos impactos físicos de contato, é exigido que os jogadores apresentem variadas capacidades físicas, habilidades motoras, e respostas fisiológicas durante uma partida. Devido a essas diferentes funções exercidas pelos jogadores de Rugby, os atletas são divididos em dois grupos, Forwards e Backs. Segundo Nicholas (1997) e Scott et al. (2003) forwards desempenham maior potência física, enquanto backs demonstram maior velocidade e agilidade. Os forwards apresentam maior percentual de gordura, massa muscular e produção de força enquanto backs apresentam baixo percentual de gordura e melhor capacidade aeróbia. 1 O estudo se torna recorrente tendo em vista poucas referencias nacionais sobre a modalidade, bem como a falta de qualquer estudo que se faça presente na região do ABC, muito se deve a falta de incentivo de Órgãos públicos para com a modalidade na região. Isto se mostra claro quando falamos das estruturas das equipes e de suas condições de treinamento. O trabalho foi realizado justamente para que se aumente a gama de estudos do Rugby e de aprofundamento de conhecimentos na área da saúde e da educação física. Para nós é um grande prazer fazer parte da história desse esporte, contribuindo com um estudo que esperamos ser de grande ajuda a futuros pesquisadores e aos atletas em si. 2 2 RUGBY 2.1 Historia do Rugby Na cidade de Rugby, dentro de uma universidade de mesmo nome, o football foi interpretado de uma maneira distinta de outros locais da Inglaterra, resultando em uma variação do esporte, que passou a ser conhecido como rugby football union, e mais tarde apenas rugby (CENAMO, 2010). Segundo Duarte (2000), em 1823 na Rugby School, surgiu o rugby. Um jovem chamado William Ellis revoltado por não saber jogar football, resolveu pegar a bola na mão e correr até o final do campo sendo perseguido por seus colegas. O feito foi criticado na época, mas hoje existe uma placa em homenagem a ele na universidade. Entretanto Cenamo (2010) apesar de citar esse feito, refere-se como uma fábula que muito acrescentou ao rugby, porém diz que ao longo da história o homem já havia inventado diversos esportes com bola que já utilizavam as mãos. O rugby se trata de um esporte oriundo da Inglaterra que a priori era visto como um esporte elitizado onde apenas os ricos praticavam, enquanto os pobres ficaram com o futebol. O rugby hoje é o segundo maior esporte em quantidade de praticantes de nosso mundo, ficando atrás apenas do futebol. (DEL PRIORE, MELO, 2009). No Brasil o rugby chegou através do mesmo “precursor” do tão famoso futebol: Charles Miller, que trouxe dois livros onde falavam de regras de Futebol e Rugby, e assim como em seu inicio na Grã-Bretanha o rúgbi foi direcionado a um publico elitizado e o futebol para a maioria do povo, e apesar de tão antigo quanto o futebol o Rugby no Brasil ainda não se tornou tão popular quantos outros esportes como o Vôlei, Basquete, Futebol e outras modalidades populares em nosso país (MAZZONI, 1950; NOGUEIRA, 2007) Cafeo e Marques (2013) Citam que o Rugby participou das 4 (quatro) primeiras edições das Olimpíadas modernas, ficando de fora das posteriores edições até que em 2009 o COI ( Comitê Olímpico Internacional) apostou na volta da modalidade nas olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. 3 A região sudeste do Brasil representa 38% da quantidade de instituições vinculadas a pratica de Rugby de todo o território nacional, e junto com a região sul detêm mais da metade de praticantes de todo o País (JUNIOR, 2012) Martins (2012) Escreve sobre Nelson Mandela que ao assumir a África do Sul em 1994, encontra um pais dividido entre negros e brancos e em guerra, o mesmo utiliza-se do Rugby para unir este país trazendo ate a África à Copa do mundo de Rugby, Mandela então uniu o País que era dividido entre Africaners e Apartheid a partir do Rugby, em uma só NAÇÃO que hoje permanece sendo uma potencia no rugby 2.2 O jogo O esporte consiste em uma divisão de duas equipes onde o objetivo principal é fazer mais pontos do que a outra, o ponto é feito através de um Try,que consiste em o atleta ultrapassar uma linha demarcada e colocar a bola no chão, o try vale 5 pontos para a equipe, e da direito a uma conversão que é um chute (INTERNATIONAL RUGBY BOARD, 2013). Segundo a IRB (2013) não é necessário nenhuma aparato para a pratica do esporte supracitado apenas uma chuteira, para auxiliar na tração ao solo e recomenda-se o uso de protetor bucal. O campo onde se pratica o rugby tem 100m de comprimento por 68,62 m de largura; as traves têm 5,64 m de largura por 3,05m de altura até a barra transversal e duas traves laterais continuam mais altas, com a forma de um “H”. (DUARTE, 2000). 4 (Figura 1 – A quadra. Fonte: DUARTE, O. História dos Esportes. Pg. 202 No Rugby o que é importante é que a bola não pode ser lançada para frente, [...] para o desarme, pode-se agarrar o adversário pelas coxas, derrubando-o, agarrá-lo pela cintura, agarrá-lo pelo tórax ou pelos ombros, e não é fácil impedir a avançada de um atacante (DUARTE, 2000). A bola deve ser oval e feito de quatro gomos (INTERNATIONAL RUGBY BOARD, 2013). O scrum é uma característica marcante do rugby e segundo a IRB (2013) é formado no campo de jogo quando oito jogadores de cadaequipe, unidos em três linhas para cada time, encaixa-se com os seus adversários para que as cabeças das filas da frente fiquem interligados. O sevenside é uma modalidade de rugby criada na Escócia, em 1883 (DUARTE, 2000). A modalidade seven-a-side possui basicamente as mesmas regras que o Rugby Union, com exceção ao número de jogadores (apenas sete de cada lado) e ao tempo de jogo (dois tempos de sete minutos). Essa modalidade foi incluída entre os esportes que farão parte dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 (CENAMO,2010). Cenamo (2010) também destaca as diferenças entre o rugby union e o league, este último como uma variação do primeiro criada a partir de 1895 com o 5 intuito de tornar o esporte profissional. O Rugby League se tornou menos popular do que o Rugby Union, porém foi também difundido pelo mundo, em especial ao longo de países europeus e entre Ilhas do Pacífico, onde existem inúmeros torneios altamente profissionais até os dias atuais. (CENAMO, 2010). A cultura de amadorismo no rugby union se manteve até o ano de 1995, quando finalmente a International Rugby Board (2013) passou a permitir jogadores profissionais participando de jogos de rugby (CENAMO, 2010). Os princípios do Rugby são o elemento fundamental em que o jogo se baseia e permite aos seus praticantes identificar o seu carácter, que faz dele um desporto tão distinto. (FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE RUGBY, 2008). 2.2.1 As posições O rugby é um esporte que tem a diversidade física de seus praticantes como características, suas posições são definidas como forwards e backs. (CARTERI, 2009) Abreu e Santos (2011) corroboram com a pesquisa citando que o Rugby se trata de um esporte inclusivo a todos os tipos físicos tendo em vista a diversidade de funções e posições do esporte. Segundo Carteri (2009) os atletas com a função forwards são definidos como atletas que devam conter uma potencia física, além de uma porcentagem maior de gordura. Os backs de velocidade e agilidade e antagônico aos forwards os backs tem um percentual de gordura mais baixo. Segundo o IRB (2013) as posições são subdividas em forwards: Pilares; Hooker; Segundas linhas; Asas; Oitavo; e backs: Medioscrum; Abertura; Centros; Pontas; Fullback. 6 3 ANTROPOMETRIA Menezes e Marucci (2005) citam quem a antropometria se trata de um importante método para avaliar o estado nutricional de pessoas e se caracteriza por não ser invasiva. Segundo Soares e De Paula (2006) o método antropométrico pode incluir medidas de peso, estatura, perímetros corporal, diâmetros ósseos e dobras cutâneas. Queiroga (2004) em seu estudo cita a funcionalidade da antropometria para quantificar o tamanho, forma, proporções e maturações biológicas. O baixo custo da cineantropometria é o que fez com que a mesma se desenvolvesse de tal forma em nosso país (DE ROSE; DE ROSE; PIGATTO, 1984) 3.1 Composição Corporal A constituição corporal é composta por (Muscularidade, Linearidade e Gordura) algumas modalidades tem por sua essência dominância algumas destas três características(WILMORE,2001) Mcardle et al(2001) colabora com a pesquisa citando que a composição corporal tem como objetivo nos mostrar a quantidade de diferentes segmentos corporais que somados 1(um) 2(dois) ou mais partes dão um resultado fidedigno do peso total da pessoa Wilmore (2001) cita que além da constituição corporal temos o tamanho corporal que é definido com alto ou baixo, grande ou pequeno, o que pode variar de acordo com modalidades, um atleta de basquete com 1,90 seria baixo para tal modalidade, entretanto se o mesmo praticasse ginástica artística seria considerado alto. A composição corporal, segundo Wilmore (2001) faz referência a composição química do corpo que é divida entre massa corporal isenta de gordura (ossos, músculos, órgãos e tecidos conjuntivos), e massa gorda (tecido adiposo). Heyward (1996) em seu artigo cita que temos diferentes formas de divisão corporal, sendo elas 2 compartimentos (Gordura e massa magra), a forma química de 4 compartimentos (Gordura, H20,proteínas e minerais), a forma de fluidos metabólicos subdivididos em 5 (cinco) formas ( fluidos extracelular, intracelular e 7 sólidos extracelular e intracelular) e a forma anatômica com 4(quatro) componentes sendo eles (Tecido adiposo, musculo esquelético, osso e outros tecidos) Wilmore (2001) cita que a composição corporal se faz mais precisa do que o peso corporal, para classificarmos cada atleta, pelo fato de que o peso corporal não define o quanto de massa muscular o atleta possui, já a composição corporal mostra quanto o atleta tem de massa gorda e massa isenta de gordura. 3.1.1 Estatura Estatura trata-se da aferição de dois pontos longitudinais sendo eles a planta do pé ate o ponto mais alto da cabeça (BOHME, 1996) Estadiômetro se trata de uma superfície localizada no plano horizontal, onde encontramos escola de 1mm para aferirmos a estatura de indivíduos. (DE ROSE; DE ROSE; PIGATTO, 1984). 3.1.2 Peso corporal Costa (2001) colabora com a pesquisa afirmando que ao definirmos um sujeito como obeso apenas com o embasamento de seu peso corporal, estamos sujeitos a erros nesta avaliação. Nossa massa corporal não pode ser definida apenas com o implemento da balança, tendo em vista que o implemento afere apenas a força que somos atraído pela terra (DE ROSE; DE ROSE; PIGATTO, 1984). 3.1.3 Perimetria Segundo, Machado (2008) para fracionarmos o corpo podemos usar diferentes formas, são elas; método direto, que seria a dessecação de cadáver métodos indiretos; impedância bioelétrica, densitometria, ultra-sonografia e os conhecidos como duplamente indireto que seria a perimetria e as dobras cutâneas. Sem duvidas os métodos diretos tem uma precisão maior nos resultados, porem são mais complexos (MOURÃO E GONÇALVES, 2008) 8 Guedes (1994) cita a facilidade do método indireto de medidas antropométricas pelo fato de ser algo treinável, portanto a capacitação do profissional se torna mais vantajoso do que o investimento em outros aparelhos que desempenham tal função. A precisão das medidas antropométricas estão sujeitas a serem influenciadas por diversos fatores habilidade do avaliador, equipamento, fatores do sujeito e equação de predição selecionada para estimular a composição corporal que não convém com o grupo em estudo, temos uma margem de erro quando falamos de gordura corporal e massa magra relativa de 3,5% e 2,8% respectivamente para pessoas do sexo feminino e de 3,5% para homens (HEYWARD, 2000) Heyward (2000) cita que para tomarmos as medidas de nossos alunos podemos utilizar antropômetros ósseos e compassos de abertura para medirmos larguras ósseas e corporais. Para medir circunferência o autor supracitado recomenda o uso de fita antropométrica. Segundo De Rose, De Rose e Pigatto (1984) para determinação de perímetros devemos utilizar fitas métricas flexíveis e metálicas além da mesma ser de fácil visualização dos números. 3.1.4 Dobras cutâneas Gordura subcutânea é a gordura localizada embaixo da superfície da pele (GUEDES, 1994). Neto (1994) cita o fato dos mamíferos acumularem uma quantidade relativamente grande de gordura subcutânea e desta mesma gordura ter uma relação com a gordura corporal. Gonçalves e Mourão (2008) citam que para a mensuração de gordura corporal o método de dobras é o mais indicado dentro da antropometria. Segundo Machado (2008) para tirarmos as medidas corretas devemos seguir alguns protocolos e diretrizes como utilizar sempre o lado direito do nosso atleta para a medida das dobras, além de nunca fazer o procedimento logo após o exercício, e também medir o mesmo local ao menos 2 (duas) vezes para que possa ocorrer um mínimo de divergência nos valores 9 Algumas recomendações segundo Heyward (2000) devem ser seguidas entre elas estão não realizar a mensuração pós treino, fazer as medições sempre em pele seca, além de marcar sempre o local a ser aferido. Guedes (1994) expõe o fato de que a gordura subcutânea não se encontra apenas em uma parte de nosso corpo, fazendo – se necessário que o avaliador faça a mensuração em diversas partes do corpo. Guedes (1994) complementa citando que esta diversidade de locais se faz útil para vermos onde esta pessoa tem um percentual maior de gordura. A gordura pode ter uma maior concentração nas periferias ou na região central do corpo, através das medidas podemos também quantificar onde o individuo tem uma maior concentração de tecido adiposo e fazer uma correlação com algumas doenças que acometem um grupo de pessoas com gordura localizada, principalmente na região central (NETO,1994). Heyward (2000) colabora com a pesquisa citando que a idade é uma variável a ser considerada tendo em vista que sujeitos mais velhos tem menos gordura subcutânea se comparados a grupos do mesmo sexo mais jovens. Machado (2008) cita a importância dos avaliadores estarem preparados para fazerem o procedimento. E complementa definindo que um bom avaliador deve saber o local correto do pinçamento de cada dobra Carnaval (2000) escreve que vários pesquisadores estudaram a determinação da composição corporal; Yuhasz utiliza 6 (seis) dobras e utiliza a formula : % gordura = soma 6 medidas x 0,095 + 3,64. Faulkner (1968) faz uso de apenas 4 (quatro) dobras e utiliza a seguinte formula % gordura = some 4 medidas x 0,153 + 5,783. Segundo Heyward (2000) O método de dobras cutâneas tem sido muito utilizado para a estimativa de gordura corporal, oriundo de sua facilidade de administrar os dados e de seu baixo custo. A gordura subcutânea obtida em avaliações de dobras é semelhante a valores encontrados em ressonâncias magnéticas. Neto (1994) cita paquímetro de dobras cutâneas plicometro ou espessimetro. Tem característica por ser um sistema mecânico que gera pressão em sua periferia, seja qual for a matéria aferida. 10 Segundo Heyward (2000) alguns autores citam que os compassos de metal são mais precisos do que os de plástico, porem estudos contrapõe que esta diferença não chega a ser significativa. Heyward (2000) recomenda usar sempre o mesmo compasso para conferir mudanças no corpo de um grupo de indivíduos evitando assim o aumento das diferenças de medidas. 11 4 METODOLOGIA 4.1 Problematização Devido a baixa concentração de trabalhos a respeito do perfil de praticante de rugby brasileiro. A pesquisa foi voltada à caracterização desses jogadores tendo como foco o percentual de gordura e alguns perímetros. Utilizando esses dados para comparar com alguns trabalhos internacionais e nacionais, e também entre os dois grupos de jogadores forwards e backs para verificar se existe em relação da composição corporal e função do jogador. Os forwards dentro do rugby tem um função de maior contato físico e por consequência necessitam de uma maior estrutura, enquanto os backs necessitam de maior agilidade, velocidade e explosão para desempenharem a função de ataque. 4.2 Plano de Pesquisa A pesquisa será feita de forma exploratória. As pesquisas exploratórias têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema “(...) bastante flexível, pois interessa considerar os mais variados aspectos relativos ao fenômeno estudado” (GIL, 2010) A abordagem utilizada é a quantitativa , segundo Gil (1995) afirma que a utilização de dados desta natureza pode conduzir a importantes intuições, além de esclarecer a natureza das relações estatisticamente verificadas entre as variáveis e proporcionar nova visão acerca do problema e muitas vezes conduzir a novas hipóteses. 4.3 Procedimentos Os locais para coleta dos dados foram onde as equipe fazem seus treinos. ABC Rugby Clube (Fundação Santo André, Av. Príncipe de Gales, 821 Príncipe de Gales), São Bernardo Templários Rugby ( ADC Mercedez Benz - Diadema - SP R. Brejaúva, 337 - Vila Santa Rita) e Tyrannus 12 Rugby SCS (CER Victório Dal'Mas - Santa Maria R. Cavalheiro Ernesto Giuliano, 1301 - São Caetano do Sul – SP). 4.3.1 Universo e Amostra Foram avaliados 53 atletas amadores, sendo divididos em 26 backs e 27 forwards com idades entre 18 e 53 anos e média de 26,28 anos, todos participantes de clubes da região do ABC de São Paulo. As equipes representantes são: ABC Rugby Clube, São Bernardo Templários Rugby e Tyrannus Rugby São Caetano Do Sul. Todos os participantes assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido (anexo I) e estão cientes do objetivo do trabalho. 4.3.2 Instrumentos 4.3.2.1 Avaliação antropométrica As dobras cutâneas foram medidas utilizando um adipômetro marca Lange e modelo Skinfol Caliper, com precisão de 0-60 mm e escala de 1 mm . Os perímetros utilizando fita métrica Sanny com precisão de 2 mm e escala de 1 mm . Massa corporal medida por balança de marca G-Life e modelo Slim, com capacidade máxima de 150 Kg. Para altura foi utilizado o estadiômetro de parede marca Sanny de altura máxima 230 cm e escala de 1 mm . As marcações dos locais e a técnica de tomada das dobras cutâneas seguiram os padrões da Sociedade Internacional para o Avanço da Cineantropometria (ISAK). Foram coletadas 7 pontos de dobras cutâneas que são eles subescapular, tríceps, peitoral, axilar medial, supra ilíaca, abdominal, coxa. Os cálculos de densidade corporal foram realizados através de Jackoson e Pollock (1978) peitoral, abdômen e coxa. D = 1,109380 - 0,0008267* (PT+AB+CX) + 0,0000016 * (PT+AB+CX)² - 0,0002574 * (idade). O percentual de gordura foi calculado através da equação de Siri (1961) %G = [(4,95/D) – 4,50] x 100 adaptada com as variações de Lohman (1986). E para perimetria foram medidos, coxa direita, perna direita, braço direito, branço direito relaxado, braço esquerdo contra. 13 4.4 ANÁLISES ESTATÍSTICA Todos os dados apresentados foram através de suas médias com desvio padrão. Foi utilizado o teste t (Student) para análise de variação desigual de duas amostras. Os testes apontaram p<0,05 para todas as variáveis analisadas entre forwards e backs. Todos os cálculos foram realizados em IBM SPSS versão 20. 14 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO A seguir segue a tabela com os valores encontrados nas avaliações e alguns gráficos para discussão do assunto. Tabela 1 – Valores respectivos à antropometria dos jogadores (27 forwards; 26 backs). * p<0,05 Forwards Backs Estatura (cm) * 1,81 ± 0,05 1,76 ± 0,04 Massa corporal (kg) * 106,84 ± 12,47 80,64 ± 8,50 Massa magra (kg) * 77,38 ± 7,65 64,65 ± 5,99 % tecido adiposo * 26,98 ± 8,13 19,27 ± 8,27 Soma das dobras (mm) * 180,77 ± 49,41 151,25 ± 43,85 Braço direito relaxado (cm) 35,31 ± 3,21 31,27 ± 2,35 Braço direito contraído (cm) * 39,11 ± 3,22 34,7 ± 2,72 Panturrilha direita (cm) * 43,04 ± 2,33 38,65 ± 2,37 Média de Estatura Na tabela a seguir será apresentado os resultados da média de estatura dos atletas ( FORWARDS E BACKS) 15 Gráfico 1 – média de estatura em centímetros Por se tratarem teoricamente dos jogadores mais pesados do jogo, os forwards, por conseguinte levam a caracterização de mais altos, de acordo com nossa pesquisa uma diferença de 5 cm é encontrada entre forwards e backs. Para Lopes, et al (2011) ao avaliarem, jogadores brasileiros encontraram 179,2cm para forwards e 175,1cm para backs. Sedeaud e colaboradores (2011) destacam a altura dos jogadores das seleções finalistas da Copa do Mundo de Rugby Union de 2007 tendo forwards com 187,0cm e backs 182,0cm. Gabbett (2000) estuda jogadores amadores de rugby league e encontra para forwards 178,4 cm e backs 178,0 cm. Gabbett, Jenkins & Abernethy (2011) citam a média de jogadores de alto desempenho de rugby league é de 183,9cm sem distinguir forwards e backs. Já para Georgeson e colaboradores (2012) destaca uma média de altura entre os jogadores profissionais de rugby league de 181,0cm. Portanto é possível notar a predominância em altura dos forwards, porém os amadores sendo inferiores aos profissionais nas duas categorias. Média de Massa corporal A seguir veremos o gráfico que mostra a média da massa corporal de BACKS e FORWARDS. 16 Gráfico 2 – Média de massa corporal em quilogramas. No campo visual é justamente essa a diferença mais marcante entre os jogadores de rugby, para quem conhece um pouco do esporte sabe destacar bem um linha de um forward, embora algumas vezes sejam cometidos enganos, evidenciando a necessidade de levantamentos estatísticos nossa pesquisa mostra forwards e backs com massa corporal de 106,84 Kg e 80,64 Kg respectivamente. Uma diferença de 24,52%. Colacilli e colaboradores (2008) apontam forwards profissionais australianos com 111,50 Kg, irlandeses 104,40 e japoneses com 88,00 Kg em comparação com a seleção m-18 (menores de 18 anos de idade) de Buenos Aires com 92,60 Kg. Para os backs os valores são de australianos com 90,00 Kg, japoneses 75 Kg e selecionado de Buenos Aires m19 com 72,69 Kg. Sedeaud, et al. (2011) destaca os jogadores de rugby de 2007 com 109,00 Kg e 90 Kg para forwards e backs respectivamente. Lopes, et al (2011) cita ao avaliar jogadores brasileiros que forwards possuem em média 101,60 Kg e backs 78,50 Kg. Se tratando de rugby league, Gabbett (2000) coloca jogadores amadores de rugby league com forwards 90,80 Kg e backs 79,70 Kg. Em outro estudo de Gabbett (2002) expõe 91,90 Kg para forwards e 88,60 Kg para backs. Georgeson e colaboradores (2012) destaca sem segregar forwards e backs uma massa corporal de 95,30 Kg para jogadores de rugby league profissionais de 2009. Em suma há relação entre os forwards serem mais pesados que os backs. Uma vez que ainda vamos destacar a quantidade de gordura e massa magra presente em nossos avaliados, essas são as únicas observações até o momento. 17 Média de massa magra O Gráfico abaixo nos remete aos resultados obtidos durante o estudo comparando a média de massa magra em atletas de Rugby subdivididos em FORWADS e BACKS. Gráfico 3– Média de massa magra em quilograma A partir do estudo podemos constatar uma variancia significativa de massa magra entre forwards e backs. Os forwards pesquisados apresentaram em média 77,38 Kg, 16,45 % a mais que os backs com 64,65 Kg. Georgeson e colaboradores (2012) citam que jogadores de rugby league no início dos campeonatos chegam a ter 81,45 Kg em média de massa magra. O autor ainda destaca que ao longo da temporada os atletas perdem massa magra e ganham massa gorda, o que ressalta ainda mais a importância da preparação e desgaste desses atletas. Sant’anna (2010) em seu estudo atribui esta diferença a função que cada um desempenha em campo, tendo em vista que os Forwards estão durante a partida em maior contato com os oponentes eles necessitam de uma maior massa corporal e sucessivamente de mais massa magra que suporte este tipo de ação enquanto os Backs necessitam de mais agilidade e velocidade o que lhes torna um grupo de menor percentual de gordura e sucessivamente menor quantidade de massa magra. 18 Não havendo muitos estudos explicitando a massa magra dos atletas, fica importante ressaltar a relação estatísticas de que os forwards possuem mais massa magra que os backs. Média de percentual de gordura A seguir o gráfico do estudo que apresenta a média do percentual de gordura de FORWADS e BACKS Gráfico 4 – Média de percentual de gordura Com uma média de 26,98% de gordura enquanto os backs com 19,27%. Lopes, et al (2011) apresenta forwards e backs brasileiros com respectivamente 29,7 e 24,7%, porém com p maior que 0,05 não estabelecendo relação. Também sem relação Gabbett (2000), mostra jogadores de rugby league amador com 19,9 % e 17,5% para forwards e backs respectivamente. Lohman (1992) classifica a partir do percentual de gordura; Obesos >24% ; Gordos 21-24% ; Sobrepeso 16-20% ; Otimo 8-15% Magro <8%, a partir destes dados podemos ver que os atletas que participaram dos estudos se encontram em Obesos – Forwards e Sobrepeso- Backs. Um grande percentual de gordura pode vir a causar problemas na execução de gestos motores e tambem em capacidades necessarias para as modalidades esportivas, segundo Mantovani e colaboradores (2008) 19 Atletas não devem ter menos de 5% afim de não ocasionar nenhum problema dentro de suas funções metabólicas Heyward (2000). Esse elevado nível de gordura dos forwards tende a ser pelo fato de participarem de mais jogadas de contato físico, apesar de nosso estudo apontar a relação estatística de forwards terem mais tecido adiposo outros estudos não deixam claro essa relação. Média da soma das dobras cútaneas Abaixo veremos o gráfico da média da soma das dobras dos jogadores de Rugby. Gráfico 5 – Média da soma das dobras cutâneas em milímetros. No estudo em questão, foi constatado diferença significativa na soma das dobras cutâneas entre os grupos avaliados, onde forwards apresentaram quantidade maior de tecido adiposo com 180,77 mm em relação aos backs, com 151,25 mm na média das dobras. Revelando uma discrepância de 16,33%. Gabbet et al (2013), observaram as relações fisiológicas e antropométricas no desenpenho de jogo em jogadores profissionais da Rugby Legue. Eles associaram as habilidades de sprints repetidos, e de tiros intermitentes prolongados de alta intensidade dos jogadores, com o tempo de de jogo realizado por partida, e constataram que jogadores com a soma das dobras mais elevadas jogavam por menos tempo, e sugerem que soma de dobras menores estão 20 relacionadas com maior tempo de jogo. Esses resultados podem ser relacionados com os jogadores avaliados nesse estudo, pois os forwars tem como maior objetivo a contensão do time adversário e caracterizam-se por terem maior quantidade de gordura corporal por não terem que se deslocar tanto durante a partida quanto os backs, que necessitam de velocidade e agilidade para a realização dos dribles e ataques. A relação estatística de maior soma de dobras entre forwards e backs leva a fortalecer a hipótese, pois vai ao encontro do percentual de gordura que também houve relação. Média de perimetria de braço direito Segue o gráfico que apresenta a média de perimetria de braço direito com contração e relaxado dos atletas de Rugby avaliados neste presente estudo. Gráfico 6 – Média de perimetria do braço direito contraído e relaxado em centímetros. Com a avaliação foi possível verificar a circunferência do braço direito dos atletas, revelando para forwards 35,31 cm e 39,11 cm para braços relaxado e contraído respectivamente. Para os backs 31,27 cm relaxado e 34,70 cm contraído. Apontando uma diferença 11,44% a mais de braço contraído e 11,27% de braço relaxado. Importante ressaltar que as medidas de braço relaxado não foi verificado relação no teste estatístico. 21 Colacilli e colaboradores (2008) apontam em comparação de jogadores m18 da seleção de Buenos Aires com jogadores Australianos. Primeiro compara apenas os pilares, forwards número 1, 2 e 3. Mostrando o selecionado com 35,2 cm para braço relaxado e 37,00 cm contraído. Os forwards restantes números 4, 5, 6, 7 e 8 aparecem com média de 33,00 cm e 35,80 cm, relaxado e contraído respectivamente. Para os backs as marcações foram de 36,7cm relaxado e 38,6 contraído. Os jogadores profissionais apresentam na mesma ordem 40,80cm, 42,40cm, 38,00cm, 39,90cm, 36,70cm, 38,6cm. É possível observar a diferença de tamanho do braço entre os jogadores, mas por falta de relação estatísticas não é correto afirmar que forwards costumam ter o braço maior que os backs, colocando outras partes do corpo como responsáveis da sua superioridade em dimensões. Média de perimetria de panturrilha direita Abaixo em forma de grafico veremos a média da perimetria de panturrilha de atletas de Rugby, avaliados neste trabalho. Gráfico 7 – Média do perimetro da panturrilha direita em centimetros. Os resultados acima revelam a diferença da circunferência da panturrilha direita entre forwards e backs. Forwards apresentaram uma média de 43,04 cm e backs apresentaram 38,65 cm. 22 Colacili e colaboradores (2008) realizaram um estudo comparando a diferença na circunferência de panturrilha direita entre forwards e backs de uma equipe m-18 de Buenos Aires com jogadores profissionais Australianos. Os resultados apresentados na equipe australiana foram similares aos obtidos no nosso estudo, onde forwards e backs obtiveram 43.8 cm e 39.7 cm respectivamente. 23 6 CONCLUSÃO A partir deste presente estudo conseguimos traçar um perfil antropométrico dos atletas de rugby do ABC, mesmo sendo elaborada com apenas 3 (três) equipes ou 53 (cinquenta e três) atletas, conseguimos iniciar um nova discussão sobre qual é este perfil e como são os atletas desta modalidade que vem crescendo muito no território nacional. O estudo nos mostra que os forwards por suas características dentro do jogo são mais pesados e maiores se comparados aos backs que tem por características do jogo uma necessidade maior de velocidade, logo necessitam ter mais massa magra em relação à gordura e serem mais ágeis do que os forwards. Foi possível observar a predominância maior em todas as medidas para os forwards e quase todas com relação estatística. Forwards costumam ser mais altos, pesados e possuem tanto mais massa magra como adiposa. O Rugby por si só se caracteriza por um esporte aberto a todos os perfis físicos, porém vimos em outros estudos que há disparidade entre o preparo físico, fisiológico de atletas profissionais tanto no território nacional, quanto fora do pais. Os atletas que apenas treinam a modalidade, que tem uma alimentação adequada e um acompanhamento especifico, tem um resultado físico muito melhor, se compararmos os mesmos com os atletas amadores utilizados neste estudo. O referenciado estudo pode iniciar uma serie de estudos sobre o rugby na região tendo em consideração o crescimento do esporte bem como a formação de novas equipes amadoras, o que necessitaria de novos estudos para que se tenha de fato um perfil de todos os praticantes de rugby do ABC. 24 REFERÊNCIAS ABREU, M. A.; S. L. G. SANTOS A inclusão do rugby na educação física escolar: notas para a construção de uma abordagem de ensino 2011 Disponível em <http://www.blogdorugby.com.br/images/A%20inclus%C3%A3o%20do%20rugby%2 0na%20educa%C3%A7%C3%A3o%20f%C3%ADsica%20escolar.pdf> acessado em 17/09/2013 às 16:40 BOHME, M.T Aptidão física e crescimento físico de escolares de 7 a 17 anos de Viçosa – MG Revista Mineira de Educação Física 1996 vol 4 pag 45- 60. CAFEO, M. R. G.; MARQUES J. C. 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Esse trabalho visa traçar um perfil por posição dos atletas de Rugby do ABC Paulista, além da contribuição de estudos na área, ainda pouco desenvolvida. Ao participar da pesquisa você terá direito ao acesso, em qualquer tempo, às informações sobre procedimentos, riscos e benefícios relacionados à pesquisa, bem como os resultados observados. Caso você sinta algum desconforto em continuar participando, você terá total liberdade de retirar seu consentimento a qualquer momento e de deixar de participar do estudo. Todas as informações fornecidas por você serão mantidas em absoluto sigilo, confidencialidade e privacidade e serão destinadas única e exclusivamente para fins de pesquisa científica. Caso seja necessária a assistência médica por eventuais danos à sua saúde, desde que esses danos estejam relacionados com aspectos da pesquisa proposta, a FEFISAFaculdades Integradas de Santo André prestará atendimento. Caso haja necessidade, entrar em contato com o pesquisador responsável GLAUCIMEIRE MOURA (TEL: 4972-7377) ;GUILHERME DIAZ (TEL:98232-9766) BRAULIO RAMOS (TEL:97249-4867) VINICIUS VIEIRA (TEL:99958-0336). Eu ..................................................................................................................., residente a ..............................................................................declaro ter sido informado e estar devidamente esclarecido sobre os objetivos e intenções desse estudo, sobre as técnicas (procedimentos) a qual estarei sendo submetido, sobre os riscos e desconfortos que poderão ocorrer. Recebi garantias de total sigilo e de obter esclarecimentos sempre que o desejar. Sei que tenho direito a tratamento hospitalar (ou outro) se necessário e que minha participação está isenta de despesas. Concordo em participar voluntariamente desse estudo e sei que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem nenhum prejuízo ou perda de qualquer benefício (caso o sujeito da pesquisa esteja matriculado na Instituição onde a pesquisa está sendo realizada). Local e data Assinatura do sujeito da pesquisa ou responsável 29