Do Poema à Virgem, de José de Anchieta.
PAI-NOSSO
ORAÇÃO
Derramai sobre nós, Senhor, a vossa graça, para que,
a exemplo de José de Anchieta, como servos fiéis do
Evangelho, fazendo-nos tudo para todos, ganhemos
para Vós, na caridade de Cristo, os nossos irmãos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na Unidade do Espírito Santo.
HINO A SÃO JOSÉ DE ANCHIETA – Eliomar Ribeiro, SJ
Missionário incansável, padre, amigo e irmão,/
Homem forte e valente, todo entregue à missão!/
Das Canárias ao Brasil há uma voz que se levanta:/
São José de Anchieta, tua vida nos encanta!
Anchieta, santo, missionário e intercessor!
Vem nos ajudar a bem servir ao reino do Senhor! (bis)
A maior glória de Deus, a glória maior do povo!/
Literato e poeta, profeta de um mundo novo./
Da Bahia a São Paulo há uma voz que se levanta:/
São José de Anchieta, tua arte nos encanta!
De cidades, fundador; toda a vida um louvor!/
És um exemplo de luta, com as armas do amor/.
Do Espírito Santo ao Rio há uma voz que se levanta:/
São José de Anchieta, tua força nos encanta!
Defensor do oprimido, dos pequenos e dos pobres:/
Índios, crianças e negros, preferência mais que nobre./
Das matas, ruas e tribos há uma voz que se levanta:/
São José de Anchieta, teu amor nos encanta!
Companheiro de Jesus, devoto da Mãe Maria,/
Boa nova a tua vida, servindo com alegria./
Do ventre da terra mãe há uma voz que se levanta:/
São José de Anchieta, testemunho que encanta!
Tríduo
6 a 8 de junho
São José de Anchieta
RESPONSÓRIO
"Eis os versos que outrora, ó Mãe Santíssima,
Te prometi em voto,
Enquanto entre tamoios conjurados,
Pobre refém, tratava as suspiradas pazes,
tua graça me acolheu em teu materno manto
E teu poder me protege intactos corpo e alma."
Companhia de Jesus
Província do Brasil
Noviciado Nossa Senhora da Graça
ABERTURA
Vinde ó Deus em meu auxílio.
R.Socorrei-me sem demora.
Glória.
HINO
Cristo Pastor, modelo dos pastores,
comemorando a festa de Anchieta Santo,
a multidão fiel e jubilosa,
vosso louvor celebra neste canto.
Feito por Deus ministro e sacerdote,
associado ao vosso dom perfeito,
bom despenseiro, foi por vós chamado
a presidir o vosso povo eleito.
Do seu rebanho foi pastor e exemplo,
ao pobre alívio e para os cegos luz,
pai carinhoso, tudo para todos,
seguindo em tudo o Bom Pastor Jesus.
Cristo, que aos santos dais nos céus o prêmio,
com vossa glória os coroando assim,
dai-nos seguir os passos deste mestre
e ter um dia um semelhante fim.
Justo louvor ao Sumo Pai cantemos,
e a vós, Jesus, Eterno Rei, também.
Honra e poder ao vosso Santo Espírito
no mundo inteiro, agora e sempre. Amém.
SALMO (Sl 20(21),2-8.14)
Ant. Quem quiser ser o primeiro,
seja o servo, seja o último. Aleluia.
–2 Ó Senhor, em vossa força o rei se alegra; *
quanto exulta de alegria em vosso auxílio!
–3 O que sonhou seu coração, lhe concedestes; *
não recusastes os pedidos de seus lábios.
–4 Com bênção generosa o preparastes; *
de ouro puro coroastes sua fronte.
–5 A vida ele pediu e vós lhe destes, *
longos dias, vida longa pelos séculos.
–6 É grande a sua glória em vosso auxílio; *
de esplendor e majestade o revestistes.
–7 Transformastes o seu nome numa bênção, *
e o cobristes de alegria em vossa face. –
–8 Por isso o rei confia no Senhor, *
e por seu amor fiel não cairá,
–14 Levantai-vos com poder, ó Senhor Deus, *
e cantaremos celebrando a vossa força!
LEITURA – 1º DIA
"Aqui fizemos uma casinha pequena de palha, e a
porta estreita de cana. As camas são redes que os
índios costuram; os cobertores, o fogo, para o qual,
acabada a lição à tarde, vamos buscar lenha no mato e
a trazemos às costas, para passarmos a noite. A roupa
é pouca e pobre, sem meias ou sapato, de pano de
algodão... A comida vem dos índios, que nos dão
alguma esmola de farinha e algumas vezes, mas
raramente, alguns peixinhos do rio e mais raramente
ainda, alguma caça do mato."
Da carta do P. José de Anchieta ao R. P. Inácio de Loyola. 1554.
LEITURA – 2º DIA
“Ao socorrermos as necessidades dos outros, muitas
vezes nós mesmos sofremos indisposições e
desfalecemos no caminho, fatigados de dores, de tal
modo que dificilmente podemos chegar ao destino.
Deste modo, não parecem ter menos necessidade de
ajuda os médicos que os próprios enfermos. Mas nada
é árduo para aqueles que procuram unicamente a
honra de Deus e a salvação das almas, pelas quais não
duvidarão dar a vida. Muitas vezes nos levantamos do
sono para socorrer os doentes e os moribundos...”
Da carta do P. José de Anchieta ao R. P. Diego Laynez. 1560.
LEITURA – 3º DIA
“Muitas vezes (creio) nos veio isto ao
pensamento; a mim, de certo, e muita consolação me
dava a ideia de que, naquela mesma ocasião, muitos
dos nossos Irmãos que andavam por diversas regiões,
tinham todos o espírito alçado para Deus, e cujas
orações, subindo á presença divina, pediam auxílio
para nós outros, e que, por seus suspiros e gemidos,
finalmente movida, a divina piedade pudesse trazernos os benefícios da sua costumada misericórdia.
Entretanto, não nos servindo das velas nem de auxílio
algum humano, éramos levados sãos e salvos pelo
meio dos recifes, para onde a corrente nos arrebatava,
e esperando a todo o momento que se despedaçasse a
embarcação, expostos à chuva, flagelados por
tremenda tempestade, vendo a morte a cada instante,
passamos toda aquela noite sem dormir. Ao romper do
dia, recobrando algum alento, concertamos da melhor
maneira as velas e, procurando a terra, desejávamos
ao menos encalhar o navio na praia; mas, levados uma
corrente mais favorável do que esperávamos,
chegamos a um porto bastante seguro, habitado por
Índios, onde nos acolheram eles benignamente, e nos
trataram com humanidade. Finalmente, quão grande
fora a misericórdia do Senhor para conosco, a qual não
duvidamos que nos fosse propícia, não só pelos
merecimentos e preces da bem-aventurada Virgem,
como dos Santos, cujas relíquias trazíamos conosco.”
Da carta do P. José de Anchieta ao R. P. Diego Laynez. 1560.
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