Economia
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O ESTADO DO MARANHÃO · SÃO LUÍS, 5 de setembro de 2015 - sábado
Inauguração da loja Mix
Mateus atrai centenas de
pessoas ao Jardim Tropical
Nova unidade do Grupo Mateus, que reúne a modalidade de vendas de atacado
e varejo, é a quinta nesse segmento na Região Metropolitana de São Luís
Divulgação
C
om um mix de aproximadamente 17 mil itens, foi
inaugurado ontem o Mix
Mateus Jardim Tropical, empreendimento do Grupo Mateus
localizado na Estrada da Mata
(próximo ao Socorrão II), que atua com o conceito “cash and carry”, popularmente conhecido
como atacarejo - modalidade de
vendas de atacado e varejo em
um só ambiente. Desde cedo,
centenas de pessoas aguardavam a abertura da loja.
Com essa, em um intervalo
de 52 dias, o Grupo Mateus
abriu mais uma unidade na
Grande São Luís, subindo para
58 o número de empreendimentos na plataforma de operação da empresa genuinamente maranhense. Além do
Jardim Tropical, há Mix Mateus
no João Paulo, Maiobão, Vinhais e São Cristóvão.
O presidente do Grupo Mateus, Ilson Mateus, destacou ser
este mais um importante passo
da sua empresa. “O Brasil já passou por vários planos econômicos, muitas crises, mas eu acredito que é com muito trabalho
e empenho que vamos fazer
com que este momento de instabilidade econômica seja passageiro. Estou confiante. Vamos
avançar muito mais”, declarou.
Com 11.134,88 m², o Mix Mateus Jardim Tropical tem 35
check-outs, 330 vagas de estacionamento, seções como padaria, lanchonete, hortifruti,
açougue, peixaria, frios, resfriados e congelados, bazar, higiene e perfumaria, limpeza, mercearia, entre outras.
O empreendimento gera 370
empregos e uma grande quantidade de indiretos. “Independente se a classe é A, B ou C, o
Grupo Mateus quer, cada vez
mais, estar próximo dos seus
clientes e levar conforto, como-
Mais de 10 mil veículos adquiridos no Maranhão foram identificados pela Secretaria de Estado de
Fazenda (Sefaz) sem o lançamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores
(IPVA) e podem estar circulando
irregularmente sem o licenciamento obrigatório.
Destes veículos identificados
sem o pagamento do IPVA, 252
são de quatro rodas, para os quais
a Sefaz lançou o débito do IPVA
no valor de R$ 678 mil. Os proprietários já foram identificados
e seus endereços localizados, para onde foram enviadas as notificações. Caso não façam o paga-
A moeda
americana foi
cotada em
R$ 3,8590
EURO
+0,73%
A moeda
europeia foi
cotada em
R$ 4,22290
OURO
+3.21%
Commoditie
foi
vendida a
R$ 138.40
Panorama
econômico
NASDAQ
-1,05%
bolsa fechou
com a marca
de 4.684
pontos
Miriam Leitão
Com Valéria Maniero
A demolidora
A
lguns indicadores mostram mais que outros o fenômeno do qual os economistas falam tanto: a deterioração
fiscal do país. É preciso esmero para se chegar a esse resultado. Só um governo dedicado a atacar as bases do edifício fiscal pode realizar a proeza. Nisso, a presidente Dilma Rousseff foi
realmente imbatível. O fato da semana, o Orçamento deficitário,
é emblemático dos anos de demolição.
Os gráficos abaixo dão uma noção visual desse resultado. O superávit
primário, que já chegou a 3,57% do PIB, foi desmontando até chegar ao
déficit, que pode se estender por três anos. Nos 15 anos antes de 2014, o
resultado sempre foi positivo. A dívida bruta cresceu mais de 10 pontos, e
o Brasil retrocedeu até se fazer uma peça orçamentária com rombo.
Não foi a primeira vez na história, porque a história é muito longa, mas
é inédito na era do real. Antes da criação da nova moeda, a contabilidade
pública era confusa, e a hiperinflação tratava de aumentar as receitas ou
diminuir a despesa, bastante para isso cobrar antes e pagar com atraso.
O economista Maílson da Nóbrega lembra de um período até anterior, em que mágicas eram feitas com bancos públicos:
- A partir dos anos 1930, quando a Carteira de Redesconto do Banco
do Brasil, que exercia a função de Banco Central, se tornou a fonte básica
da agricultura, o orçamento sempre foi deficitário, na prática. Isso piorou
no governo militar, quando se institucionalizou a “conta de movimento”
do Banco Central no Banco do Brasil, e a dívida pública subia para suprir
os dois bancos de recursos para o crédito rural.
Havia naquela época o Orçamento Monetário, que cobria os gastos
com os créditos subsidiados para a agricultura, a indústria e o comércio.
Funcionava assim: o Banco do Brasil emprestava às empresas, depois sacava do Banco Central para se cobrir, e tudo era ajeitado na contabilidade do Orçamento Monetário.
Os pontos-chave
mostram a deterioração fiscal no governo
1 Indicadores
Dilma: resultado de anos de erros
bruta subiu mais de 10 pontos; déficit nominal
2 Dívida
disparou; e o primário foi do azul ao vermelho
em excesso, crédito subsidiado, redução de im3 Gasto
postos a escolhidos derrubaram o edifício fiscal
Centenas de pessoas aguardavam desde cedo a abertura da loja para adquirir produtos em promoção
Mais
Números
58
É o número de
empreendimentos na plataforma
de operação da empresa
genuinamente maranhense
didade, praticidade e produtos
de qualidade com preços competitivos”, disse Ilson Mateus.
Promoções - A loja funciona de
segunda a sábado, das 7h30 às
22h e, aos domingos, das 7h30
às 14h. Ontem, na inauguração,
centenas de pessoas foram ao
Mix Mateus em busca de promoções. O aposentado Francis-
330
Vagas de estacionamento
estão disponíveis para os
clientes no Mix Mateus Jardim
Tropical
co de Assis informou que foi à
loja, atraído pelo baixo preço do
quilo do tomate, vendido a R$
1,99. Já a funcionária pública Valéria Prazeres estava em busca
de produtos para sua cozinha e
não abriu mão de levar para casa uma panela de pressão de 4,5
litros, que adquiriu por R$19,89.
“Moro bem próximo à loja e
agora ficou mais prático e cô-
Mais de 10 mil veículos
não tiveram o IPVA pago
Proprietários já foram
identificados e
notificados a regularizar
os débitos do imposto
DÓLAR
+2,63%
mento no prazo de 30 dias, terão
os débitos inscritos em dívida ativa do Estado para a execução judicial e terão o registro no cadastro restritivo do Serasa.
Segundo o secretário de Fazenda, Marcellus Ribeiro, mais de
10 mil veículos de duas rodas
(motocicletas) com a mesma irregularidade, sem registro de licenciamento no Detran e sem o
pagamento do IPVA, foram adquiridos no Estado Maranhão
nos últimos cinco anos e estão
transitando nas rodovias do Estado de forma irregular.
Para este grupo de veículos
(motocicletas), até o final do ano
a Sefaz não vai lançar o IPVA e tomar as providências para execução do débito e inscrição no Serasa, pois estes veículos podem receber os benefícios do Programa
Moto Legal, que incentiva a regu-
larização do licenciamento de
motos, visando também reduzir
acidentes e crimes.
Com o Moto Legal, os proprietários de motos que se apresentarem ao Detran para regularizar
seus veículos terão benefícios para legalizá-los; isenção do IPVA para as motos irregulares e que forem apresentadas até o dia 31 de
dezembro no Departamento Estadual de Trânsito.
O programa ainda beneficia
proprietários de motos com redução de 50% do IPVA para as novas
motos que serão licenciadas e redução perene de 50% do imposto para motos avaliadas no valor
venal de até R$ 10 mil. A redução
de 50% do IPVA para as novas motos só valerá para os motociclistas
que possuírem carteira de habilitação e utilizar o equipamento de
segurança (capacete).
O Grupo Mateus reúne cerca de
18 mil funcionários e está presente nos estados do Maranhão,
Tocantins, Pará e Piauí, onde
mantém 58 empreendimentos
em sua plataforma de operação.
modo fazer compras, dá até para vir andando”, observou.
Moradora do bairro São José,
a dona de casa Domingas Silva,
relatou que a chegada de uma
loja de grande porte como o Mix
Mateus na região vai facilitar a
vida de quem busca variedade
de produtos e qualidade. “Agora não preciso mais ir ao centro
para fazer compras para o dia a
dia”, declarou.
Rápida
Cesta básica
SÃO PAULO - Comprar os
alimentos básicos ficou mais
barato em agosto, em 15 das
18 cidades analisadas pelo
Dieese. A maior queda foi
registrada em Fortaleza, de
4,6%, seguida por Salvador
(-4,02%) e Brasília (-3,46%).
Em comparação a esse passado remoto, estamos em uma situação
bem melhor. Mas, na verdade, é um baita retrocesso, porque a partir do
fim da conta de movimento, em 1986, o país passou a buscar a transparência das contas públicas. Não foi possível até 1994, por causa da
hiperinflação. Nos primeiros anos do real, o país ainda teve déficit primário, mas a partir de 1998 perseguiu o positivo no resultado primário.
Foi feito então um trabalho cuidadoso de retirada de velhas dívidas do
limbo contábil para serem reconhecidas. Isso mostrou o tamanho real
da dívida do governo. Esse trabalho foi concluído com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Com gastos crescendo de forma extravagante, com a transferência de
R$ 500 bilhões ao BNDES para serem emprestados a juros subsidiados às
empresas, com isenções de impostos a grupos escolhidos, com o uso da
Cide para mascarar a inflação, o governo atacou o edifício fiscal que o país
montou durante anos. Foi assim que se chegou a um orçamento deficitário. Foi preciso persistência e determinação.