ESTRADA RIO BRANCO
RIO GRANDE
O governo imperial brasileiro tinha
interesse especial na imigração italiana,
no final do século 19, e a construção
de estradas era fundamental tanto para
o sucesso desse projeto, quanto para
a emancipação das colônias – que
não significava ainda a emancipação
política.
De acordo com o professor Luiz
Brambatti, um dos idealizadores do
ARTE CHARLES SEGAT
roteiro turístico que reproduz o caminho
dos imigrantes que desembarcaram
em São Sebastião do Caí, a Estrada Rio
Branco, quanto mais cedo os colonos
começassem a produzir e comercializar
produtos, mais cedo haveria a
emancipação.
A estrada Rio Branco só foi entregue à
Câmara de São Sebastião do Caí em
11 de dezembro de 1884.
EDUARDO V. DA CUNHA, REPRODUÇÃO
PORTO ALEGRE
FELIPE AGNE, DIVULGAÇÃO
A viagem para o Rio Grande do Sul chegava até
a cidade de Rio Grande. A partir de Pelotas, os
imigrantes que desembarcariam na Serra gaúcha
ingressavam na Lagoa dos Patos e chegavam a
Porto Alegre, onde desciam e pegavam outro barco
A viagem de embarcação a vapor de Porto
Alegre a São Sebastião do Caí levava cerca de
12 horas
MONTENEGRO
SÃO SEBASTIÃO DO CAÍ
A demora da viagem variava de acordo com o
porto de destino. Quem iria para Garibaldi (colônia
Conde D’Eu) e Bento Gonçalves (colônia Dona
Isabel) desembarcava em Montenegro, depois
de sete horas de viagem.
O porto
em São
Sebastião do
Caí era um projeto
estratégico do governo
imperial brasileiro para desenvolver
a Serra.
FELIPE NYLAND
FELIZ
São Sebastião do Caí (na época,
conhecido como Porto dos
Guimarães, por ser propriedade
de Antonio Guimarães) era o
último ponto navegável do Rio Caí (o
mais extremo e mais perto de Caxias)
e, por isso, ponto de desembarque dos
imigrantes que iam a Caxias
Os imigrantes embarcavam em de
lanchões – ou barcos maiores quando
o rio estava cheio. Havia uma barragem
entre Montenegro e São Sebastião do Caí,
no município de Pareci Novo (que foi a
primeira com comportas na América do
Sul) e possibilitava uma travessia similar à
do canal do Panamá
A ponte de ferro no Paço da Boa
Esperança, em Feliz, foi uma
das primeiras do Estado
No início, nem carretas
passavam pela estrada. A trilha
ficava no meio do mato, e os
imigrantes abriam o caminho a
facão
O marco zero da Estrada Rio
Branco fica na Rua Tiradentes,
em São Sebastião do Caí
O caminho foi percorrido por
carreta até 1910
RENATO KLEIN, DIVULGAÇÃO
NOVA PALMIRA
Entre 1915 e
1920, já era
possível trafegar com
os raros carros que existiam
A partir da década de 1930,
o tráfego de ônibus começou a
ocorrer
A Estrada Rio Branco, embora
ainda exista e atravesse as
cidades situadas entre São
Sebastião do Caí e Caxias,
teve maior movimento até o
asfaltamento da BR-116, no
início dos anos 1950
CAXIAS DO SUL
Em 1890, Caxias
emancipou-se de São
Sebastião do Caí. A
demarcação das colônias
começou em Nova
Palmira, que hoje pertence
a Vila Cristina. O primeiro
nome da colônia foi
Fundos de Nova Palmira,
que era uma fazenda,
e a área aos fundos da
propriedade era destinada
pela Comissão de Terras
do Império para abrigar os
imigrantes que chegavam
à região.
Essa construção é o antigo paradouro no qual
os imigrantes repousavam antes de encarar a
penosa subida da Serra, que demorava três
dias
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QUARTA-FEIRA,
20 DE MAIO DE 2015
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