Doria, São Sebastião e São Vicente. GIACOMO D’ORIA Ou Jacome Doruje, como é referido nos documentos contemporâneos, chegou a S. Vicente c. 1532; talvez tenha vindo com Martim Afonso de Sousa. (Portanto, deve ter nascido c. 1500, ou antes.) Aparece em Santos em 1562 como juiz ordinário, e em 10.9.1565 recebe uma sesmaria no Rio, junto com seu genro Jácome Lopes. Versão 3.0, Janeiro de 2003. Francisco Antonio Doria ?FILHO OU FILHA Teria c.c. um filho ou filha de Diogo Castanho [Cattaneo] Torres (I) e de s.m. Suzana Adorno, filha ou neta de Manuel Fernandes e de s.m. Maria Adorno, filha de Rafael Dias Adorno, que chegou a S. Vicente em 1532. INOCENCIA DORIA (I) Casou com Jácome Lopes (I), n.c. 1535. Lopes foi meeiro da sesmaria de Giacomo d’Oria no Rio e era o Lopes partidista do engenho São João, de José Adorno, e foi povoador de S. Vicente em 1559. Chegou no Rio em 1565 na armada de Estácio de Sá com o sogro. Sua mulher foi salva por José de Anchieta quando se achava gravemente doente. Jácome Lopes ainda exerceu o cargo de juiz ordinário em Santos em 1589. [Conexão duvidosa ou hipotética] MARIA DORIA N.c. 1570, moradora em São Vicente e em Santos com o marido, era com certeza neta de Giacomo d’Oria, e muito provavelmente filha de Inocencia Doria. C.c. Domingos Rodrigues Marinho, n.c. 1565. JÁCOME LOPES (II) Obteve uma sesmaria em S. Sebastião em 1609. Era com certeza filho de Inocência Doria (I), e não seu marido, face à data em que obteve a sesmaria. DIOGO CASTANHO TORRES (II) Era com certeza descendente dos Adornos e destes Dorias de S. Vicente. C.c. Antonia de Escobar Ortiz, n. em S. Sebastião após 1630 e † 1725 no mesmo local, filha de Francisco de Escobar Ortiz e de s.m. Inês de Oliveira Cotrim. MANUEL DE FARIA [DORIA] (I) S.m.n. Nome semelhante ao de seu longínquo sobrinho, o padre Manuel de Faria Doria. INÊS DE OLIVEIRA (II) N.c. 1665, mencionada em último lugar no inventário da mãe; c.c. Inácio Preto de Oliveira, filho de Manuel Bicudo de Mendonça e de s.m. Ana Preto de Oliveira, filha de Inácio Preto e de s.m. Catarina de Horta. Outros filhos listados no inventário da mãe: (1) Antonio Lopes de Faria (o Lopes indica sua proveniência de Jácome Lopes); (2) Madalena Doria; (3) Catarina Páscoa; (4) Maria de Jesus. BRÁS PIRES DORIA N.c. 1600, o primeiro personagem de nome Doria em S. Vicente no século XVII. (O nome muito provavelmente repete o de Brás Cubas.) S.m.n. MANUEL DE FARIA DORIA Era padre; seu nome repete o do ascendente-colateral (supra). N. em S. Sebastião em 14.11.1761 e m. no mesmo local em 21. 11.1837. (J. G. Sant'Anna dá ‘1781.’ o que é um engano óbvio.) Foi vigário colado de S. Sebastião de 1816 até sua morte. Recebeu ordens sacras em 1816; empreendedor, construiu em 1832 uma estrada de rodagem entre S. Vicente e S. Luiz do Paraitinga. Quando morreu era deputado provincial. Outro filho: Sebastião Álvares NARCISA ALVES DE OLIVEIRA DORIA de Oliveira Cruz, n. 1768 (?) e N. 1767 em S. Sebastião. C.c. seu parente Luiz Nunes † 1862 (?); era padre, como o de Moura Garcez, n. 1755 em S. Sebastião, e filho de irmão. Tomé Aires Garcez de Aguirre e de s.m. D. Ana Maria Leite da Silva, trineta de Potência Leite da Silva e de Diogo de Escobar Ortiz, supracitados. Filhos: (1) Maria Benedita Alves de Oliveira Doria, n. 1805 em S. Sebastião e † em Piracicaba. C.c. Domingos José da Silva Braga, n. em 1802 em Portugal. C.g. (2) José Leandro Garcez, c.c. ..., c. g. (3) Miguel Alves de Oliveira, c.c. Antonia Frutuosa de Oliveira, c.g. (4) João Alves de Oliveira, solteiro, s.g. (5) Manuel Alves de Oliveira Doria n. c. 1810 em S. Sebastião e † em 1883 em Rio Claro. C. em primeiras núpcias com Maria Soares de Barros, c.g. C. em segundas núpcias com Maurícia Eufrosina da Cruz, n. em Itu em 1824 e † em S. Paulo em 1892. C.g. INOCENCIA DORIA (II) N.c. 1590-1595. Morava em Santos. C. de 1615 c.c. Paulo de Proença Varela, n. após 1560, filho de Isabel Cubas e de Paulo de Proença, casados em 1557 em Santos. ANTONIO DE PROENÇA VARELA que c.c. Maria de Alvarenga Maciel em S. Paulo em 1643. C.g. (Silva Leme, V, p. 421). ISABEL DE PROENÇA VARELA C.c. João de Abreu, n. da ilha Terceira, residente em Santos, almoxarife das capitanias de Santo Amaro e S. Vicente em 1597. ? DIOGO CASTANHO TORRES (III) N. 11.1.1700, S. Sebastião. C.c. Josefa Maria do Amaral, n. 1710 em Paraty, filha de José Caetano e de s.m. Maria Barbosa, n. Ilha Grande. MARIA BARBOSA DO AMARAL (!734-1776), n. de S. Sebastião. C.c. Amaro Alves da Silva Cruz (1727-1804), n. de S. Sebastião, filho de Amaro Alves da Cruz, n. 1679 em Azurara (Portugal) e de s.m. Mariana Gonçalves de Oliveira, n. S. Sebastião. FRANCISCO RODRIGUES DORIA N. Santos c. 1590 e casou em 1632 na matriz de S. Paulo c. Ana Morzillo, filha de João Morzillo e de s.m. Catarina Álvares. Devem ter deixado descendentes. ISABEL NUNES CORREIA Pelo que presumimos era neta de Isabel de Proença Varela. C.c. Diogo Correia Marzagão. MARIA NUNES CORREA C.c. João da Mota Moreira, filho de Manuel da Mota Moreira e de s.m. Angela da Gaya. DIOGO CORREA MARZAGÃO N. 1704. C.c. Inês de Oliveira Leitão, n. 6.1.1710, na ilha Grande, filha de João Gago de Oliveira e de s.m. Inês de Andrade, n. esta em1677 no Rio. Outros filhos: (1) Isabel de Proença, c.c. Baltazar Fernandes, c.g.; (2) Paulo de Proença de Abreu, casado duas vezes, da primeira com Benta Dias Fernandes, s.g., e da segunda c.g., em 1676, c. Maria Bicudo de Brito, filha de João Bicudo de Brito. (Silva Leme, VI, p. 181 e ss.) Outros filhos: (1) Francisco Paes da Silva, † 1735, c. [1] c. Inês Monteiro, c.g.; c [2] c. Maria Bueno do Amaral, em 1699. (2) Maria de Abreu Pedroso Leme, c.c. Estevão Raposo Bocarro, c.g. Outra filha: (1) Maria Leite, c.c. Manuel Lopes Pereira, s.g. Outros filhos: (1) João Correia Marzagão, n. 1736. (2) D. Isabel, n. 1740. (3) Apolinário Aires de Aguirre, n. 1742. (4) D. Ana Correia de Oliveira, n. 1747. (5) D. Antonia Correia Doria, n. 1750. (6) D. Josefa, n. 1753. (7) D. Maria Correia de Jesus, n. 1754. JOSÉ CORREA DE OLIVEIRA DORIA N. 1745. C.c. sua parenta D. Ana Francisca de Cruz, filha de Amaro Alves da Silva Cruz e de s.m. Florência Mendes de Oliveira. C.g.: Correias de Oliveira Doria. BARTOLOMEU SIMÕES DE ABREU Cerca de 1636 em S. Paulo c. Isabel Paes da Silva, † 1666, filha de Pedro Dias Paes Leme e de s.m. Maria Leite, e irmã do sertanista Fernão Dias Paes. (Depois de † Bartolomeu, Isabel Paes c.c. Simão Ferreira Delgado, filho do sertanista baiano Sebastião Fernandes Tourinho, c.g.) POTÊNCIA LEITE DA SILVA C.c. Diogo de Escobar Ortiz, filho de Gaspar Picão e de s.m. Catarina de Oliveira, filha esta de Francisco de Escobar Ortiz e de s.m. Inês de Oliveira Cotrim. D. CATARINA PAES LEITE C.c. João da Silva Rabelo, n. de Portugal. Onze outros filhos, c.g. D. MARIA LEITE DA SILVA C. em S. Sebastião c. Amaro Dias Torres, n. de Portugal. Sete outros filhos, c.g. ANA LEITE DA SILVA (I) Em S. Sebastião c.c. Sebastião Homem de Oliveira Coutinho. Seis outros filhos, c.g. D. ANA LEITE DA SILVA (II) C.c. Tomé Aires de Aguirre, filho do cap. Diogo Aires de Aguirre e de s.m. Ana Nunes de Freitas. LUIZ NUNES DE MOURA GARCEZ C.c. a prima Narcisa Alves de Oliveira Doria. “...o conde Andrea Doria refugia-se com seu irmão Giovanni em S. Vicente, no Brasil, devido a um crime político que haviam cometido na Itália; Giovanni ou João estabelece-se em Sergipe, enquanto Andrea fixa-se em S. Sebastião, originando os Oliveiras Dorias...” Esta legenda fundadora, insistentemente se apresentando na memória oral dos Oliveiras Dorias, reflete no entanto um fato histórico referente a outra família genovesa no Brasil, os Adornos: Paulo Dias Adorno, fidalgo cavaleiro da casa de d. João III, de longínqua ascendência genovesa (era português), e que se fixara em S. Vicente junto com outros irmãos, comete um homicídio tendo certo Afonso Rodrigues como comparsa, e foge para a Bahia, onde se casa com uma filha do Caramuru. Pois os Dorias de S. Sebastião descendem, muito certamente, de Giacomo d’Oria, que lá aportou cerca de 1532, sendo um de seus primeiros povoadores. Os primeiros nexos neste pedigree são obscuros, mas podemos ter uma visão boa da família desde o século XVII. A estes pertencem também os Chagas Dorias, Escragnolles Dorias e Menezes Dorias do Paraná. Os Chagas Dorias e Escragnolles Dorias têm origem comum, o sargento-mor Francisco Manuel das Chagas Doria (Santos, SP, 1789 - São Paulo, 1846), casado com D. Guilhermina Müller, e pais de Francisco Manuel das Chagas Doria (1829-1909), Barão de Itaipu em 6.5.1889, casado com D. Maria Amélia Seabra, c.g.; e o general Luiz Manuel das Chagas Doria (S. Paulo, 1835 - Petrópolis, 1896), casado com D. Adelaide Carolina 5. Amélia d’Escragnolle Taunay (1841-1921), filha de Félix Émile Taunay, Barão de Taunay, e de s.m. D. Gabriela Hermínia de Robert d’Escragnolle. Os Escragnolles Dorias tiveram armas concedidas no império, um esquartelado de Doria e de Escragnolle, mas sem prova de ascendência, infelizmente. Os Menezes Dorias do Paraná descendem do Dr. Luiz Tebyriçá da Silva Doria, n. em Iguape (SP) c. 1825, um de cujos irmãos se chamava Pedro José de Leão Mendes, e de s.m. D. Adelaide Ferreira de Menezes, paranaense. O filho do casal Luiz-Adelaide foi o político João de Menezes Doria, brevemente governador “maragato” do Paraná, e depois deputado federal pelo mesmo estado. A origem deste ramo dos Oliveiras Dorias é obscura. Um Giacomo Doria (Jacome Dorya, Jacome Doruje) é personagem bem atestado, após 1532 até 1565, em S. Vicente e no Rio, bem como sua filha Inocência Doria. Mas, quem era? Não apareceram até agora, em Portugal, documentos sobre este Giacomo Doria. Entre fins do século XV e meados do XVI encontramos quatro persnagens com este nome, no mesmo ramo dos Dorias genoveses: um Giacomo di Stefano Doria, bastardo, fins do século XV, sacerdote; outro, Giacomo di Pietro Doria, casado com a prima Nicoletta Doria, e com descendência conhecida em Gênova, em começos do século XVI; seu neto, Giacomo di Niccolò Doria, fins do século XVI; e, enfim, um Giacomo di Bartolommeo Doria, começos do século XVI, sem mais notícias. Seria este o de São Vicente? Fontes para as seis tabelas: — Para as genealogias genovesas, N. Battilana, Genealogia delle Famiglie Nobili di Genova, reimpressão Forni (1971). — Detalhes sobre os Dorias: C. Fusero, I Doria, dall’Olio (1973). — Sobre os Oliveiras Dorias, G. de Oliveira Doria e Nayse Doria Cintra, Doria de São Sebastião e Ilha Bela, ed. privada (2000). — Sobre os Dorias da Madeira: H. H. Noronha, Nobiliário da Ilha da Madeira, S. Paulo (1947). — Sobre Hierônimo Dornellas e os Chagas Dorias, An. Gen. Bras., III e V, e Rev. Gen. Bras. I. — Sobre o ramo baiano, P. Calmon, Introdução e Notas ao Catálogo Genealógico de Frei Jaboatão, Bahia (1985), e R. L. de Macedo Leme, Nobiliário, ms, BN - Rio (1792). — Sobre a filiação de Clemenza d’Oria, Afonso Torres, Nobiliário, BN - Rio, original de 1635, cópia de começos do século XVIII. — Francisco Antonio Doria, De Gênova ao Brasil, 2002, disponível como costadoria.pdf (onde aparecem fontes documentais específicas e os agradecimentos especiais.) — Arquivo documental dos Dorias baianos, séculos XVI-XX.