CONGRESSO
INTERNACIONAL
SPCCTV
SALA SANTIAGO
Comunicações Cirurgia Vascular
CO04
REPARAÇÃO HÍBRIDA DO ARCO AÓRTICO - EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL DE SANTA MARTA
Hugo Rodrigues; Sérgio Eufrásio; Ricardo Souto; Gonçalo Alves; Hugo Valentim; Ana Garcia;
Leonor Vasconcelos; João Monteiro Castro; Álvaro Laranjeira; Daniela Afonso; Ana Ferro; Maria
Emília Ferreira; João Albuquerque e Castro; José Fragata; Luís Mota Capitão
Hospital De Santa Marta, CHLC
INTRODUÇÃO: A doença do arco aórtico, por aneurisma ou
dissecção, tem permanecido no domínio da cirurgia
convencional, com recurso a paragem cardio-respiratória em
hipotermia e bypass cardiopulmonar. Contudo, as taxas de
mortalidade (6- 20%) e morbilidade (8-17% de AVC) são
significativas e a presença de co-morbilidades major pode
contra-indicar a intervenção em muitos doentes.
O recurso à abordagem híbrida (debranching dos vasos
supra aórticos + TEVAR) tem-se afirmado como uma
alternativa segura e reprodutível, quer em técnica, quer em
resultados, para casos seleccionados, provavelmente
extendendo as indicações cirúrgicas para doentes antes
considerados de risco proibitivo
para cirurgia convencional.
Existem apenas 18 séries mundiais com > 5 casos de
reparação híbrida tipo II. Neste trabalho mostramos a
experiência do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital de
Santa Marta que iniciou estes procedimentos em cooperação
com a Cirurgia Cardio-Torácica, tendo-se realizado o
primeiro caso em 2007.
RESULTADOS: Desde 2007 realizaram-se 10 cirurgias de
debranching dos troncos supra-aórticos, para extensão da
zona de selagem proximal para TEVAR.
Notas
Foram realizados 6 debranching totais do arco, 2
bypasses aorta ascendente-carótida primitiva esquerda e 2
bypasses carótido-carotídeos.
Todas as cirurgias foram realizadas electivamente,
tendo sido privilegiada uma abordagem diferida para o
TEVAR, com uma taxa de concretização do 2º procedimento
de 87,5% (9 casos).
Não registamos casos de mortalidade aos 30 dias,
tendo a referir como morbilidade um EAM e uma flebotrombose úmero-axilar esquerda.
CONCLUSÕES: A cirurgia híbrida do arco aórtico permite
alargar a janela terapêutica da cirurgia endovascular.
Ao apresentar taxas de morbi-mortalidade inferiores à
cirurgia convencional, oferece uma alternativa terapêutica
válida em doentes de alto risco com esta patologia.
Contudo os resultados desta técnica a longo prazo
aguardam ainda validação por estudos prospectivos.
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SALA SANTIAGO
OBJECTIVO: Apresentar a experiência inicial de um Serviço
de Cirurgia Vascular no tratamento de aneurismas toracoabdo-minais (TAA) com endopróteses ramificadas/fenestradas.
MÉTODOS: Analisamos prospectivamente os doentes
submetidos a tratamento endovascular de TAA no nosso
centro. Os doentes foram selecionados com base no
elevado risco cirúrgico para tratamento convencional. As
endoprótese foram desenhadas de modo personalizado a
partir da análise de Tomografia Axial Computorizada
(TAC) com reconstruções 3D em workstation. São
avaliados parâmetros clínicos, hematológicos e bioquímicos no pré e durante o pós operatório. É descrita a
técnica operatória e complicações durante e após cirurgia. Os doentes foram avaliados radiologicamente aos 30
dias pós cirurgia.
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