UNIVAP – UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAIBA MELHORAMENTO DE SISTEMA MEDIDOR DE NÍVEL DE COMBUSTÍVEL AUTOMOTIVO, PROCEDIMENTO E SISTEMA DE CONTROLE DE QUALIDADE ELÉTRICO. Aparecido de Oliveira Araújo Trabalho de Conclusão em Engenharia Elétrica, orientado pelo Prof. Dr. José Ricardo Abalde Guede. São José dos Campos 2012 UNIVAP – UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAIBA MELHORAMENTO DE SISTEMA MEDIDOR DE NÍVEL DE COMBUSTÍVEL AUTOMOTIVO, PROCEDIMENTO E SISTEMA DE CONTROLE DE QUALIDADE ELÉTRICO. Aparecido de Oliveira Araújo _______________________________ Prof. Dr. José Ricardo Abalde Guede. São José dos Campos 2012 Aos Nossos pais e familiares. AGRADECIMENTOS A UNIVAP, em especial ao Prof. Dr. José Ricardo Abalde Guede pela orientação acadêmica. A TI Automotive, que forneceu todo o suporte para que este trabalho fosse realizado. RESUMO O crescimento da utilização de carro bicombustíveis no Brasil forçou as empresas prestadoras de serviço a adaptarem suas tecnologias, para capacitarem os carros a utilizarem como combustível tanto o álcool (Etanol) quanto a gasolina, porém esta adaptação fez com que alguns problemas antes não conhecidos, agora entrarem em evidência. O sensor de nível é parte do módulo de combustível que converte o volume de litros que o tanque possui em sinal elétrico, para assim o painel indicar a quantidade de combustível que o veículo possui este sensor quando processado de forma incorreta devido a um produto pouco robusto, apresenta um problema de estanho entre as partes do circuito (Curto Circuito) que faz com que o painel interprete de forma equivoca a quantidade de combustível presente no tanque e este ocasiona a incorreta marcação de combustível. Os resultados experimentais foram obtidos através de sensores montados com protótipos de cartões resistivos onde foi analisada a eficácia da modificação e com peças que representam possíveis falhas onde foi analisada a melhoria no método de controle de qualidade. Palavras Chave: Sensor de nível; método de controle de qualidade; bicombustíveis; 5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 9 Sensor de Nível .............................................................................................................................. 9 Princípios de medição .................................................................................................................. 10 Cartão resistivo discreto .............................................................................................................. 10 Cartão resistivo variável .............................................................................................................. 10 Sensores magnéticos de nível de combustível ............................................................................. 11 Sensor de Alavanca Giratória ...................................................................................................... 11 OBJETIVO .................................................................................................................................. 16 MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................................ 16 Sensor de Nível Magnético.......................................................................................................... 16 Componentes ............................................................................................................................... 17 Especificados padrões.................................................................................................................. 17 Análise da falha utilizando dispositivo de leitura de resistência ................................................. 18 Analise visual do motivo da falha ............................................................................................... 19 Analise da causa da falha por curto circuito ................................................................................ 20 Analise do sistema de controle de qualidade ............................................................................... 20 Melhoria do produto .................................................................................................................... 23 Melhoria do sistema de controle de qualidade elétrica................................................................ 24 Validação da modificação no sistema de controle de qualidade elétrica .................................... 24 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................ 25 CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 26 REFERÊNCIAS BIBIOGRAFICAS........................................................................................... 27 ANEXO I ..................................................................................................................................... 28 ANEXO II ................................................................................................................................... 29 6 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – Exemplos de Sensores de Alavanca Giratória.................................................12 FIGURA 2 – Princípio Sensor Hall Linear............................................................................13 FIGURA 3 – Sinal de Saída Cartão Resistivo x Sensor Hall................................................13 FIGURA 4 – Dispositivo de Medição de Nível com Sensor Hall.........................................14 FIGURA 5 – Comportamentos dos Sensores Hall................................................................15 FIGURA 6 – Sensor de Nível Magnético.............................................................................16 FIGURA 7 – Componentes do Sensor de Nível Magnético.................................................17 FIGURA 8 – Gráfico de Resistência x Ponto.......................................................................19 FIGURA 9 – Analise Visual da Falha Elétrica.....................................................................20 FIGURA 10 – Desenho de Circuitos com Falhas.................................................................21 FIGURA 11 – Analise do Sistema de Controle de Qualidade.............................................22 FIGURA 12 – Gráfico de Pontos x Resistência da peça 4...................................................22 FIGURA 13 – Modificação Proposta de Produto................................................................23 FIGURA 14 – Gráfico de Pontos x Resistência da Peça 4..................................................24 FIGURA 15 – Controle de Rejeitos 2012............................................................................25 7 LISTA DE TABELAS TABELA 1 – Matriz de Decisões....................................................................................15 TABELA 2 – Padrão de Ponto x Resistência..................................................................18 TABELA 3 – Ponto x Resistência...................................................................................19 TABELA 4 – Validação de Processo..............................................................................23 8 INTRODUÇÃO A TI Automotive é uma empresa do ramo automotivo, Inglesa fundada em 1919, que desenvolve sistema de combustível e freios. A empresa opera em 27 países nos 6 continentes, onde a parte de sistemas de combustível corresponde a 40% de seus projetos e os sistemas de tubulações para freios correspondem a 60%. No Brasil a empresa esta localizada em São José dos Campos e Eugenio de Melo. A fábrica de São José dos Campos desenvolve os sistemas de tubulação para fluídos de freio, e a fábrica de Eugenio de Melo, desenvolve módulos, bombas e sensores de nível para o sistema de combustível. Sensor de Nível O sensor de nível esta presente em cada carro, caminhão ou motocicleta são equipados com um sensor de combustível para medir a quantidade de gasolina, álcool ou diesel que resta dentro do tanque. Apesar de estes sensores estarem a muito tempo sendo utilizados, algumas inovações e evoluções estão ocorrendo e estão fazendo com que os fabricantes de veículos considerem estas novas soluções como ponto de partida para economia de espaço, peso e custos, aumento da confiabilidade destes sensores e das medições feitas dentro do tanque de combustível. Outros requisitos também estão sendo considerados: as atuais complexidades das geometrias dos recipientes, a redução da abertura e a dificuldade de remoção do tanque, que diminui a chance de possíveis vazamentos, o que garante de forma eficaz a estanqueidade do sistema. Um sensor de nível de combustível tem que operar sob severas condições ambientais. Não somente ele é exposto a pesadas variações de temperaturas e vibrações, bem como tem que sobreviver aos ataques de componentes químicos como: etanol, metanol, ácido sulfúrico ou aditivos de combustíveis, etc. Estes componentes químicos têm um impacto direto na confiabilidade do sensor. Os fabricantes de automóveis estão constantemente aumentando os requisitos de confiabilidade, o que se explica pela qualidade exigida e demonstrada no ponto de venda dos carros e, por outro lado, se isso não for respeitado pode trazer para o consumidor um aumento do custo de reparos das peças defeituosas por conta da alta integração dos sensores, tanque, módulos e a complexa instalação de mangueiras e cabos. Existem, ainda, outros diferentes líquidos utilizados em um veículo moderno. Muitos deles, importantíssimos para o correto funcionamento dos sistemas veiculares. Alguns exemplos são: óleo do motor, fluido de freios e da direção hidráulica, água do radiador, água de limpeza do pára-brisa e dependendo do veículo, líquidos especiais utilizados em alguns conversores catalíticos. Os sensores que são utilizados para detectar estes líquidos 9 normalmente têm que cumprir todos os requisitos de resistência química que os sensores de nível de combustível seguem. Outro ponto importante é o espaço útil que cada vez é mais restrito, já que a maioria destes tanques é muito menor que um tanque de combustível tradicional. Muitos destes líquidos não são continuamente monitorados pelo motorista, mas é importante e suficiente que se tenha um indicador caso o nível mínimo destes líquidos tenha sido ultrapassado. Apresentaremos mais adiante o emprego de um indicador de nível baixo para este caso. Princípios de medição O número dos princípios de medição é tão amplo quanto os números de aplicações no mercado. Abaixo, damos alguns exemplos dos principais sensores e suas características de medição. Cartão resistivo discreto Este é um tipo de resistor variável que é amplamente usado para medida de nível. Um contato, conectado a um braço de uma alavanca com uma pequena bóia na ponta percorre os terminais dos contatos que estão ligados a resistores individuais, mudando assim a resistência vista entre os dois terminais. Somente dois fios são necessários para ligar o cartão resistivo e com apenas um elemento resistivo pode-se efetuar a leitura, e isso é suficiente para acomodar as não linearidades do formato do tanque. Assim, temos uma saída discreta proporcional aos elementos resistivos usados. De certa forma, nesta solução, podese perder um contato na transição entre dois pontos de contato. Outra desvantagem desta solução é que o princípio de sensoriamento de contato pode acarretar desgastes mecânicos; Cartão resistivo variável Neste caso, os resistores não são discretos, mas são formados por uma pista resistiva que usa um material resistivo depositado em uma placa de cerâmica e um braço de alavanca com um ponto para o contato. O projetista que escolhe esse princípio pode projetar seu sistema tanto para uma alavanca rotativa como para solução vertical flutuante. Algumas das deficiências dos cartões de resistor discreto são resolvidas dessa maneira, mas a solução ainda é baseada em contatos que podem desgastar-se devido à sobreposição de movimentos em torno de uma posição causada pela própria movimentação e nível do líquido; 10 • Contato Reed: Uma solução sem contato mais simples usa o famoso contato Reed. O elemento Reed consiste, basicamente, de um contato de metal ferroso que é montado em uma cavidade selada. Os contatos se conectam um com o outro assim que um campo magnético é aplicado. As aplicações típicas são: chaves de proximidades, indicadores de nível baixo de líquidos, substitutos sem fio para sensores de nível de líquidos discretos. Por serem simples e baratos, são mais frágeis e podem se quebrar devido a condições mais severas tipo vibrações; • Sensores Hall: Por serem baratos e robustos e de comprovada solução sem contato para várias aplicações de sensoriamento de posição, iremos abordar esse princípio de medição em detalhes mais a frente; • Outros Princípios: Existem outras inúmeras técnicas que não vamos explicar aqui em detalhes: Capacitiva, óptica, ultra-sônica, magneto- resistiva ou estimativa de nível usando variáveis intermediárias tais como pressão e força1. Sensores magnéticos de nível de combustível Este item mostra algumas soluções de sensores de nível de combustível baseadas em sensores de efeito Hall. Consideramos aqui duas possibilidades: sistemas de flutuação vertical, bem como os sistemas de braço e alavanca. Por fim, mostraremos soluções de chave única para indicação de tanque cheio e tanque vazio2. Sensor de Alavanca Giratória Sensor de Alavanca Giratória é a solução sem contato mais moderna para um sensor de nível de combustível que mantém o uso das mesmas estruturas mecânicas usadas até agora. A única diferença é que, neste caso, somente se substitui o cartão resistivo por um sensor sem contato baseado em um princípio magnético. Os circuitos magnéticos mostrados na FIGURA 1 podem ser utilizados para uma simples implementação prática. 11 FIGURA 1 – Exemplos de Sensores de Alavanca Giratória. No primeiro exemplo, o sensor Hall linear é posicionado no centro de um ímã em um anel magnetizado diametralmente, em volta do ímã temos outro anel feito de uma liga leve de ferro que será usado para orientar o fluxo magnético. Esta implementação tem a seguinte vantagem: o campo magnético dentro do anel é bem homogêneo, assim, mesmo pequenos problemas de variações mecânicas, não significam grandes desvios no sinal de saída. Adicionalmente o sensor é protegido pela liga leve de ferro, o que traz uma melhor segurança contra distúrbios externos. Alternativa, no segundo exemplo visto na FIGURA 1, é um circuito magnético mais simples que usa apenas duas placas magnéticas. Esta solução oferece um razoável grau de precisão e que, ao mesmo tempo, reduz os custos dos materiais utilizados. Este circuito é um pouco menos robusto contra desalinhamentos mecânicos, mas é suficiente para diferentes aplicações de medição de nível de combustíveis. Se usarmos um sensor programável do tipo TLE4997 poderá fazer uma rápida calibração e assim usarmos o mesmo sensor para múltiplos e diferentes projetos. Um sensor Hall linear mede somente o componente vertical do campo magnético, assim, se nós girarmos o ímã em torno do mesmo, nós conseguiremos o sinal de saída abaixo: Onde B é o componente perpendicular do campo magnético medido e Bmax é o campo magnético máximo. A relação entre o ângulo da alavanca β e a distância vertical h é dada pela equação: h = Rsen(β), onde R é a distância entre o ponto de articulação e a bóia. Agora, combinando-se as duas fórmulas podemos obter: 12 Isso nos mostra que o sinal de saída OUT é proporcional ao nível do líquido h. A FIGURA 2 também nos mostra como este sensor pode ser usado para substituir um sensor de nível que usa o tradicional cartão resistivo. FIGURA 2 – Princípio Sensor Hall Linear. A fim de termos uma sensibilidade similar, no que diz respeito à variável medida através de uma determinada faixa de medição, a forma de onda senoidal da saída do sensor Hall nos permite seguir a forma de onda de saída da placa resistiva dentro de alguns de seus limites. A FIGURA 3 ilustra a comparação do sinal de saída típico de um sensor de nível que usa o cartão resistivo e de uma solução similar que emprega o sensor Hall. FIGURA 3 – Sinal de Saída Cartão Resistivo x Sensor Hall. 13 O erro remanescente pode ser corrigido usando o micro controlador e levando-se em conta a geometria não linear to tanque de combustível. Sistemas de flutuação vertical: Outra possível implementação dos sensores de nível de combustível seria o uso de uma bóia de movimento vertical. Dependendo da necessidade, sinal contínuo ou discreto pode utilizar neste projeto tanto sensores Hall linear ou chaves interruptoras Hall. A FIGURA 4 exibe as duas possibilidades de implementação usando uma fileira de sensores Hall que se utiliza de dois pequenos ímãs, os quais estão magnetizados em direções opostas. FIGURA 4 – Dispositivo de Medição de Nível com Sensor Hall. Através da escolha certa da distância e do tamanho dos ímãs, o componente horizontal do campo magnético acaba por ser linear em uma considerável faixa de operação como podemos ver na FIGURA 5. 14 FIGURA 5 – Comportamentos dos Sensores Hall. As distâncias entre os sensores Hall lineares devem ser escolhidas de tal forma que haja sempre um sensor em sua faixa linear. Dependendo do sinal de saída dos sensores, é possível então escolher qual saída deve ser utilizada3. Agora, se você precisa saber apenas um sinal discreto do nível do líquido, então os sensores Hall Switches consistem numa opção mais barata e mais simples. Como vimos na FIGURA 4, mostramos esta implementação onde é usada uma fileira de sensores Hall Switches. Diferentemente dos sensores lineares, a solução com interruptores Hall necessita apenas de um ímã. Uma forma de se obter uma boa resolução na medição e na distância coberta é se certificar que durante as transições sempre haja dois sensores ativos. Na TABELA 1 podemos ver uma matriz de decisões possíveis. Com este esquema é possível detectar nove posições distintas com 4 interruptores de efeito Hall. TABELA 1 – Matriz de Decisões O atual modelo adotado e utilizado pela TI Automotive até então é o sistema resistivo. 15 A empresa fornece no Brasil, para o mercado de reposição e também para as grandes montadoras. No ano de 2005 iniciou-se a fabricação de veículos bicombustíveis, que permitem que o veículo trabalhe tanto com Álcool (Etanol) quanto gasolina, houve então a necessidade do desenvolvimento de novos produtos devido ao alto poder de corrosão que o Álcool possui. Houve então a necessidade de se desenvolver um novo modelo de sensor totalmente selado evitando que o Álcool (Etanol) entre em contato direto com a placa resistiva e os pinos, para evitar os desgastes que o Álcool (Etanol) proporciona aos componentes. Este trabalho foi desenvolvido dentro da fábrica de Eugenio de Melo, onde foi detectado o problema de curto circuito durante o processo de fabricação dos sensores de nível4. OBJETIVO O objetivo do trabalho é validar uma modificação no sensor de nível e melhorar o método de controle de qualidade existente, para solucionar o problema do curto circuito e de envio futuro de peças com falhas elétricas para os clientes. MATERIAIS E MÉTODOS Os materiais ou peças empregados no trabalho são: Sensor de Nível Magnético Sensor de nível que tem o princípio de funcionamento por indução magnética onde o sistema resistivo não tem contato com o combustível5. Dispositivo mostrado na FIGURA 6. • Os componentes internos são protegidos da ação dos contaminantes existentes no combustível; • Aplicação em diversos combustíveis tais como Gasolina, Álcool, Diesel e Flex Fuel; • Resistente a combustíveis de baixa qualidade; • Resistente à corrosão; • Preciso, com alto desempenho e com alta durabilidade; FIGURA 6 – Sensor de Nível Magnético. 16 Componentes Os Componentes usados no trabalho foram Haste, Magnetos, Cursores, Conector, Cabos, Travas, Bóia, Etc. Conforme mostrado na FIGURA 7. FIGURA 7 – Componentes do Sensor de Nível Magnético. Especificados padrões Características do comportamento correto do sensor de nível magnético de acordo com a engenharia de desenvolvimento do produto. As resistências de referencia do sensor de nível magnético foram baseadas nos valores da TABELA 2. 17 TABELA 2 – Padrão de Ponto x Resistência. Ponto Resistência (Ohm) Ponto Resistência (Ohm) Ponto Resistência (Ohm) Ponto Resistência (Ohm) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 992,12 964,75 937,37 910 890,74 871,48 852,22 832,96 813,71 794,45 775,19 755,93 736,67 721,84 707 692,17 677,34 662,5 647,67 632,83 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 618 603,17 588,33 573,5 561,2 548,89 536,59 524,29 511,98 499,68 487,38 475,07 462,77 450,47 438,16 425,86 416,38 406,89 397,41 387,92 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 378,44 368,95 359,47 349,98 340,5 331,85 323,2 314,55 305,9 297,25 288,6 279,95 271,3 262,65 254 246,8 239,6 232,4 225,2 218 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 210,8 203,6 196,4 189,2 182 176,09 170,18 164,27 158,36 152,44 146,53 140,62 134,71 128,8 122,89 116,98 111,07 105,16 99,24 93,33 Ponto Resistência (Ohm) 81 82 83 84 85 86 87,42 81,51 75,6 67,44 59,28 51,12 Os métodos empregados no trabalho no caso da falha elétrica são: Análise da falha utilizando dispositivo de leitura de resistência A análise da falha utilizando dispositivo de leitura de resistência foi utilizada para identificar a falha elétrica e seus efeitos no carro. O dispositivo foi utilizado de acordo com o procedimento usado na empresa que pode ser visto no ANEXO I. A falha foi detectada por um valor incorreto na leitura de resistência de 3 ohms encontrada no lugar de 51 ohms, valores na TABELA 3. Essa falha elétrica também pode ser vista na FIGURA 8 na forma de gráfico. 18 TABELA 3 – Ponto x Resistência. Ponto Resistência (Ohm) Ponto Resistência (Ohm) Ponto Resistência (Ohm) Ponto Resistência (Ohm) Ponto Resistência (Ohm) 1 992,12 21 618 41 378,44 61 210,8 81 87,42 2 964,75 22 603,17 42 368,95 62 203,6 82 81,51 3 937,37 23 588,33 43 359,47 63 196,4 83 75,6 4 910 24 573,5 44 349,98 64 189,2 84 67,44 5 890,74 25 561,2 45 340,5 65 182 85 59,28 6 871,48 26 548,89 46 331,85 66 176,09 86 3 7 852,22 27 536,59 47 323,2 67 170,18 8 832,96 28 524,29 48 314,55 68 164,27 9 813,71 29 511,98 49 305,9 69 158,36 10 794,45 30 499,68 50 297,25 70 152,44 11 775,19 31 487,38 51 288,6 71 146,53 12 755,93 32 475,07 52 279,95 72 140,62 13 736,67 33 462,77 53 271,3 73 134,71 14 721,84 34 450,47 54 262,65 74 128,8 15 707 35 438,16 55 254 75 122,89 16 692,17 36 425,86 56 246,8 76 116,98 17 677,34 37 416,38 57 239,6 77 111,07 18 662,5 38 406,89 58 232,4 78 105,16 19 647,67 39 397,41 59 225,2 79 99,24 20 632,83 40 387,92 60 218 80 93,33 Correto 51,12 1200 1000 800 600 400 200 0 1 7 13192531374349556167737985 FIGURA 8 – Gráfico de Resistência x Ponto. Analise visual do motivo da falha Na analise visual do motivo da falha nos sensores de nível magnético percebeu-se a solda por estanho unindo dois pontos do circuito resistivo que não deviam ter contato como visto na FIGURA 9. 19 FIGURA 9 – Analise Visual da Falha Elétrica. Analise da causa da falha por curto circuito A Analise da causa da falha por curto circuito foi feita utilizando testes funcionais. Foram soldadas 300 peças em uma hora de trabalho (Quantidade de acordo com a norma AIAG) para representar o processo normal de produção usando como base o procedimento usado na empresa, Vide ANEXO II. No fim do teste foram encontradas 2 peças com falha elétrica por curto circuito onde evidenciou que devido a distancia entre as partes do circuito ser muito pequena, não especificado em desenho mas, com o valor de 0,4 mm algo que tornava o processo pouco robusto para a produção do sensor de nível magnético. Analise do sistema de controle de qualidade Analise do sistema de controle de qualidade simulou possíveis falhas no sensor de nível magnético. A relação levantada das possíveis falhas no sensor de nível no processo de solda do cartão resistivo são as seguintes : BrainStorm: Peça 01 – Falta de resistência no meio do circuito. Peça 02 – Resistência com pontos menor que o especificado. Peça 03 – Curto circuito no início do circuito (parte de cima). 20 Peça 04 – Falta de resistência no fim do circuito. Peça 05 – Curto circuito no meio do circuito. Peça 06 – Curto circuito no início do circuito (parte de baixo). O desenho para cada peça pode ser visto na FIGURA 10. FIGURA 10 – Desenho de Circuitos com Falhas. As peças com falhas elétricas levantadas acima foram passadas pelo controle de qualidade elétrica. O sistema de controle de qualidade elétrica é um dispositivo que simula o funcionamento do sensor de nível magnético e analisa o sinal elétrico de resposta para saber se o sensor de nível magnético esta interpretando de forma correta o nível de combustível no veiculo. A peça 1 foi reprovada pelo sistema de controle de qualidade elétrico que detectou a falta de resistência no meio do circuito. A peça 2 foi reprovada pelo sistema de controle de qualidade elétrica que detectou a falta de resistência no fim do circuito. A peça 3 foi reprovada pelo sistema de controle de qualidade elétrica que detectou o curto circuito que nesse caso só apresentava a resistência de 51 ohms. A peça 5 foi reprovada pelo sistema de controle de qualidade elétrica que detectou o curto no meio do circuito que resultou na falta de uma resistência. A peça 6 foi reprovada pelo sistema de controle de qualidade elétrica que detectou o curto no início do circuito que resultou aparecimento de uma resistência de 3 ohms. 21 FIGURA 11 – Analise do Sistema de Controle de Qualidade. A peça 04 foi aprovada pelo sistema de controle de qualidade elétrica mesmo tendo uma falha conhecida no sensor de nível magnético, percebeu-se que o teste comparava todas as resistências com a curva padrão porém, se faltasse um pedaço da resistência final a máquina interpretava que estava conforme. Essa falha propiciava painel indicasse vazio quando o tanque estivesse totalmente cheio. A falta da de resistência pode ser percebido no gráfico da FIGURA 12. O valor de circuito aberto foi substituído no gráfico por 1300 ohms para que pudesse ser visualizado. 1500 1000 500 1 2251 4501 6751 9001 11251 13501 15751 18001 20251 22501 24751 0 FIGURA 12 – Gráfico de Pontos x Resistência da peça 4. 22 Melhoria do produto A melhoria do produto após analise onde se constatou que a distancia entre os pontos do circuito elétrico não era o suficiente para que o processo atual pudesse ser executado sem o risco de falha foi iniciado um processo de melhoria do produto com a modificação do formado do circuito aumentando a distancia entre os pontos e com especificação em desenho como mostrado na FIGURA 13. FIGURA 13 – Modificação Proposta de Produto. Validação do produto proposto e processo A Validação do produto proposto e processo foi de acordo com manual de PPAP6 que indicam 3 operadores por turno de trabalho durante um dia com uma mostra mínima que represente 1 hora de trabalho para cada operador. O resultado foi positivo onde após a validação não foi encontrada nenhuma peça com falha como mostrado na TABELA 4, provando que a modificação melhorou o processo de solda. TABELA 4 – Validação de Processo. 23 Melhoria do sistema de controle de qualidade elétrica A melhoria do sistema de controle de qualidade elétrica após analise onde se constatou que o dispositivo tinha uma falha na interpretação do resultado, aprovando peças com falhas elétricas foi necessário modificar programa de gerenciamento. O programa desenvolvido em Visual Basic foi modificado pela empresa que desenvolveu o sistema que depois da modificação deve reconhecer todas as resistências e também durante o teste não pode registrar valores de resistências que não existem no sensor de nível magnético. Validação da modificação no sistema de controle de qualidade elétrica A validação da modificação no sistema de controle de qualidade elétrica foi realizada através dos re-testes de todas as peças desenvolvidas baseadas no BrainStorm onde todas as peças foram reprovadas pelo sistema de controle de qualidade elétrica mostrando que a modificação apresentou o resultado esperado. O sistema de controle de qualidade elétrica reprovou a peça 4 que anteriormente havia aprovado por falta de resistência como mostrado no gráfico da FIGURA 14. 1500 1000 500 1 2251 4501 6751 9001 11251 13501 15751 18001 20251 22501 24751 0 FIGURA 14 – Gráfico de Pontos x Resistência da Peça 4. 24 RESULTADOS E DISCUSSÃO O resultado do trabalho foi evidenciado através da quantidade de peças reprovadas durante o ano de 2012 que apresentou falhas por curto circuito até o mês de Junho quando foi feito a modificação de produto como pode ser visto na FIGURA 15. Defeitos vs Mês 35 30 25 20 15 10 5 0 Curto Circuito FIGURA 15 – Controle de Rejeitos 2012. O monitoramento de falhas do sensor de nível devera continuar e a melhoria que deve ser sempre continua será agora aplicada a outras falhas no processo ou produto sempre que necessário. 25 CONCLUSÃO Concluiu-se que com a modificação o produto se tornou muito mais robusto e o processo não registrou mais nenhuma falha por curto circuito e que a modificação no método de teste de qualidade evitará que falhas desconhecidas no sensor de nível possa futuramente chegar aos clientes. Assim o produto sensor de nível torna-se mais seguro no processo de produção resultando em um produto final totalmente confiável. Sobre todos os estudos realizados para a execução deste projeto científico, concluiu-se que o aprendizado nunca é e nunca será demasiado proporcionando melhorias em nossas vidas na parte pessoal e profissional. 26 REFERÊNCIAS BIBIOGRAFICAS [1] Rosário, João Maurício, Princípios de Mecatrônica, São Paulo, Prentice Hall, 2005. [2] Thebas, Vantuil Manoel, Características dos Sensores, Instituto Federal do Espírito Santo,Serra, 2009. [3] Thomazini, Daniel, Sensores Industriais: Fundamentos e Aplicações, Editora Érica LTDA, São Paulo, 2005. [4] MSPC INFORMAÇÕES TÉCNICAS. Disponível em: http://www.mspc.eng.br/tecdiv/med100.shtml. Acessado em 17 nov. 2010 [5] Disponível em: http://www.tiautomotive.com/global-product-divisions/pump-module-systems/resistivesealed-and-piezo-level-sensors/ Acessado em 10 Nov. de 2010 [6] PPAP (Production Part Approval Process) Kelly's Tech Library. 2012 [last update]. Retrieved December 15, 2012 27 ANEXO I 28 ANEXO II 29