17 DE MARÇO DE 2015 Terça-feira MERCADO CONTRADIZ BANCO CENTRAL E PROJETA IPCA FORA DA META EM 2016 INDÚSTRIA DE PNEUS RECUA 3,4% NO 1º BIMESTRE LEVY PEDE APOIO A EMPRESÁRIOS SIDERÚRGICA ESTATAL CHINESA PLANEJA FECHAR INSTALAÇÕES POR EXCESSO DE CAPACIDADE GOVERNO MARCA 2º LEILÃO DE ENERGIA DE RESERVA DE 2015 PARA 13 DE NOVEMBRO FINANCIAMENTO DE VEÍCULOS ACOMPANHOU QUEDA DO MERCADO EM 2014 SCANIA VENDE DEZ STREAMLINE PARA O MERCADO BOLIVIANO DÓLAR INTERROMPE SEQUÊNCIA DE ALTAS E FECHA COTADO A R$ 3,24 CONGRESSO PROMULGA NESTA TERÇA A EMENDA DO ORÇAMENTO IMPOSITIVO MENOR ATRATIVIDADE E ALTA DO CUSTO DE VIDA CAUSARAM FUGA DE RECURSOS DA POUPANÇA IGP-10 AVANÇA PARA 0,83% EM MARÇO PETROBRAS SERÁ EXCLUÍDA DO ÍNDICE DOW JONES DE SUSTENTABILIDADE TRABALHADORES DA VOLKS EM TAUBATÉ TÊM CONTRATO SUSPENSO AJUSTES SÃO NECESSÁRIOS PORQUE MUNDO MUDOU, DIZ MINISTRO A CRISE, OS ECONOMISTAS E A SORTE TRABALHADORES DA LIMPEZA PÚBLICA DE CURITIBA INICIAM GREVE SETOR DE SERVIÇOS CRESCEU 1,6% EM JANEIRO, MENOR RESULTADO DESDE 2012 PROGRAMA DE CONCESSÕES VAI MUDAR PARA ATRAIR NOVOS INTERESSADOS DEMANDA EMPRESARIAL POR CRÉDITO SOBE EM FEVEREIRO POR MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, DIZ MERCADOS SERASA EMERGENTES TÊM QUE SE PREPARAR PARA ALTA DE JUROS NOS EUA, DIZ LAGARDE VENDAS A PRAZO CAEM EM TODO O SETOR AUTOMOTIVO DIRETOR DIZ QUE PETROBRAS DEVE REDUZIR INVESTIMENTO EM GÁS E ENERGIA RECEITA DA INDÚSTRIA CAI EM TODAS AS REGIÕES DO ESTADO SISTEMA ELÉTRICO DO PAÍS PREOCUPA ARCELORMITTAL NÃO ESPERA NOVO CORTE DE CAPACIDADE NA EUROPA SIDERÚRGICAS DE VÁRIOS PAÍSES ACUSAM A CHINA DE CAUSAR DANOS COM ‘DUMPING AÇÃO ON DA USIMINAS AMPLIA GANHOS E TEM ALTA DE 33,99% AL IMPORTA 11,4% DO AÇO CHINÊS MINERAÇÃO PODE GERAR 83 MIL EMPREGOS NO PARÁ EM 5 ANOS GOVERNO QUER IMPLEMENTAR REDUÇÃO DE FROTA DE CAMINHÕES DE CARGA PELA 1ª VEZ EM 10 ANOS, CONSTRUÇÃO CIVIL DEMITE MAIS QUE CONTRATA PERSPECTIVA DOS EMPRESÁRIOS SOBRE CONSTRUÇÃO PIORA EM FEVEREIRO MERCADO DIMINUI PROJEÇÃO PARA O PIB E PREVÊ INFLAÇÃO EM 7,93% CÂMBIO EM 17/03/2015 Compra Venda Dólar 3,265 3,266 Euro 3,462 3,464 Fonte: BACEN Mercado contradiz Banco Central e projeta IPCA fora da meta em 2016 17/03/2015 - Fonte: Folha de S. Paulo Uma nova rodada de projeções econômicas mais pessimistas atingiu uma expectativa até então comemorada pelo governo –a de queda da inflação em 2016. A despeito de novos sinais de retração da renda nacional, o mercado elevou de 5,5% para 5,6% a estimativa mais consensual para a alta dos preços no próximo ano, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (16). A piora contrasta com a avaliação divulgada na semana passada pelo Banco Central, segundo a qual estaria se consolidando a percepção de que finalmente será possível levar a inflação à meta oficial de 4,5%. "O Copom [Comitê de Política Monetária] avalia que o cenário de convergência da inflação para 4,5% em 2016 tem se fortalecido" foi uma das principais mensagens da ata da reunião mais recente do comitê, formado pela cúpula do BC. Essa leitura se amparava na aproximação entre as projeções do BC, de cumprimento da meta, e as do mercado, que haviam iniciado o ano em 5,7% e caído. AJUSTE MAIS LONGO Se mantida ou agravada nas próximas semanas, a previsão de uma elevação mais intensa dos preços faz crescer o risco de um ajuste econômico mais prolongado. A taxa de 2015 já é dada como perdida: a projeção para o IPCA, índice adotado como referência pelo BC, foi de 7,8% a 7,9%, acima do teto de 6,5% fixado na legislação. Para que seja interrompido o ciclo de alta das taxas de juros, reiniciado após as eleições do ano passado, o indicador a ser considerado será a perspectiva para 2016 –o BC, que descumpre a meta desde 2010, tenta reconquistar sua credibilidade. Um dos principais obstáculos a essa estratégia é a recente disparada do dólar, que encarece os importados. As expectativas centrais para a cotação da moeda americana ultrapassaram pela primeira vez a casa dos R$ 3. Mais exatamente, calculam-se hoje R$ 3,06 ao final deste ano, ante R$ 2,80 previstos em janeiro e R$ 3,11 em dezembro de 2016. RECESSÃO Até que a inflação seja reconduzida a uma trajetória segura, a economia permanecerá sofrendo o impacto do aperto das políticas monetária e fiscal do segundo governo Dilma Rousseff. Também divulgado nesta segunda, o índice de atividade econômica do BC para janeiro mostrou queda de 0,11%, na comparação com dezembro. O resultado, abaixo das expectativas, reforça os temores de uma recessão iminente. Esperava-se alguma melhora do índice depois da queda mais aguda, de 0,57%, em dezembro. Graças à base de comparação deprimida, a indústria e o varejo tiveram expansão no início do ano. Os dados mostram uma tendência de encolhimento da atividade desde outubro, que, pelas expectativas gerais, deve se acentuar com os ajustes da economia. Bancos e consultorias estimam uma queda de 0,78% do PIB neste ano, ante 0,66% na semana passada. Para 2016, a projeção de crescimento caiu de 1,4% para 1,3%. Indústria de pneus recua 3,4% no 1º bimestre 17/03/2015 - Fonte: Folha de S. Paulo Após ter registrado um leve crescimento (0,8%) no volume de vendas de pneus no ano passado, puxado pelo mercado de reposição, a indústria nacional do setor teve uma queda de 3,4% no primeiro bimestre deste ano. O desempenho negativo foi causado principalmente pela retração de 19,4% no fornecimento às montadoras de veículos, segundo a Anip (associação da área). A situação dos fabricantes só não foi pior porque o segmento de pneus destinados à reposição, para atender a frota já em circulação, conseguiu se manter no azul nos primeiros dois meses do ano houve alta de 8,6%. "O problema é que, com a diminuição na comercialização de carros novos, venderemos menos pneus no futuro", diz Alberto Mayer, presidente da entidade. "Por isso, vamos demorar mais para retomar [o crescimento]." Além da queda no mercado interno, o setor também enfrentou dificuldades nas exportações neste início de ano. O volume de pneus embarcados recuou 17%. As vendas para a Argentina caíram 8,9% no bimestre. "Os acordos bilaterais assinados pelo país com a China pioraram a situação, que já não era boa", diz Mayer. "Para a Venezuela, que também era um mercado significativo, as exportações praticamente deixaram de existir. Quem vendeu não recebeu, ficou com os créditos bloqueados lá", afirma. No fim do ano passado, a Anip chegou a projetar alta de 2% na produção de pneus em 2015, mas agora já trabalha com um cenário de baixa. "Nem mesmo o volume de 2014 deveremos repetir." Santos terá PPPs para garagens, rodoviária e iluminação A Prefeitura de Santos, no litoral paulista, vai lançar um pacote com o objetivo de atrair investimentos do setor privado em projetos de infraestrutura e transporte. O programa de PPPs (parcerias público-privadas) vai priorizar, de início, aportes na construção de um novo terminal rodoviário, de estacionamentos subterrâneos e na gestão da iluminação. A prefeitura contratou a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para elaborar o estudo de viabilidade dos projetos. Por enquanto, não há estimativa de quanto os parceiros privados terão de investir. "Com certeza é um volume que o município sozinho não teria capacidade para viabilizar", diz o prefeito, Paulo Alexandre Barbosa. O decreto que regulamenta o programa será assinado por ele nesta quarta-feira (18). A construção da nova rodoviária deverá ser integrada à revitalização da região que abriga a atual estrutura. "Temos o turismo como um dos vetores de desenvolvimento e, hoje, o terminal existente já não atende a demanda de passageiros." No caso da iluminação, a prefeitura assumiu em janeiro a gestão do sistema. O repasse para o setor privado incluirá a troca das lâmpadas por tecnologia LED, nos moldes da PPP em andamento na cidade de São Paulo. Fusões alheias A Orizon, empresa que gerencia sistemas como os que autorizam procedimentos médicos, vai acelerar seu ritmo de investimentos. Neste ano, irá aportar R$ 24,5 milhões em tecnologia e novos produtos. O montante é 28,9% superior ao desembolsado em 2014. A maior parte do aporte será utilizada na instalação de plataformas que permitam à companhia aumentar rapidamente sua capacidade de processamento. "Precisamos de um sistema que seja capaz de ganhar escala caso um cliente nosso compre uma outra empresa que tenha, por exemplo quatro milhões de clientes", afirma o presidente da Orizon, Rodrigo Bacellar. A companhia é responsável hoje por liberar consultas e exames de cerca de 18 milhões de beneficiários de planos de saúde. Bacellar afirma que, por enquanto, a empresa não sentiu os efeitos da desaceleração do PIB. "Para o nosso setor, é um pouco mais simples, pois é difícil alguém se privar de serviços de saúde. As pessoas costumam cortar o lazer antes. Seremos prejudicados apenas se houver desemprego prolongado", diz. "A economia pode ter percalços no curto prazo, mas crises sempre existem e o país voltará a crescer." R$ 131,1 milhões foi a receita líquida da Orizon no ano passado 19% foi quanto a receita cresceu de 2013 para 2014 970 é o número de funcionários da empresa 18 milhões são os beneficiários cujos procedimentos médicos são liberados pela companhia Senso hoteleiro O número de hotéis com contratos assinados para serem construídos ou que já estão em fase de obras chegou a 451 na América do Sul e Central em fevereiro. Juntos, eles terão 71.876 quartos -o que representa uma alta de 17,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado-, segundo levantamento da empresa STR Global, fornecedora de dados para a indústria hoteleira. O Rio de Janeiro é a cidade com o maior número de quartos para serem entregues: 3.990. A Cidade do Panamá é a única outra da região com mais de mil apartamentos sendo projetados ou construídos. São 1.431 no total. A região da Ásia banhada pelo Oceano Pacífico, apesar de ter um parque hoteleiro maior, apresenta um ritmo de crescimento menor do que o latino-americano. Em fevereiro, os quartos em desenvolvimento chegaram a 543.378, alta de 6,9% ante o mesmo mês de 2014. De cara fechada O Brasil só fica à frente de Espanha, França e Itália, entre as 25 nações que consideram boa a situação da economia de seu país, segundo estudo da consultoria Ipsos. Dos cerca de mil entrevistados brasileiros em fevereiro deste ano, somente 12% viam com bons olhos o contexto econômico atual. A média global é de 40%. Esse é o percentual mais baixo desde, pelo menos, abril de 2012, quando 59% dos brasileiros ouvidos para o estudo estavam otimistas. No topo do ranking estão Arábia Saudita (94%), Índia (80%) e Alemanha (76%). O Brasil também é citado como o país com a menor confiança entre os Brics. A média no bloco é de 48%, segundo o levantamento. Empatada com a Alemanha, a nação está entre as quatro que tiveram maior queda de confiança, de cinco pontos percentuais, em relação a janeiro de 2015. Egito (-6) e China (-9) lideram. Industrial A MZA, fabricante de embalagens plásticas, terá um novo centro produtivo em Campinas (SP), dentro do condomínio logístico da GR Properties. O valor do negócio não foi informado. Logística A transportadora de carga expressa TNT Mercúrio acaba de instalar uma filial no Canindé, região central de São Paulo que concentra empresas de confecções, para atender apenas o setor têxtil. Levy pede apoio a empresários 17/03/2015 - Fonte: Gazeta do Povo O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, buscou nesta segunda-feira (16) apoio de grandes empresários brasileiros para a aprovação do plano de ajuste fiscal no Congresso Nacional. Em encontro fechado de quase três horas com os pesos pesados do PIB nacional, na Federação da Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Levy afirmou que é preciso urgência total na aprovação das medidas para garantir a retomada do crescimento. Na tentativa de enfrentar as resistências do setor produtivo às medidas fiscais, o ministro reforçou junto ao empresariado o discurso da presidente Dilma Rousseff pósmanifestações de domingo, de abertura ampla do diálogo. Segundo assessores, Levy não ficou assustado com as manifestações, que considera parte do jogo democrático. Para o atual chefe da Fazenda, não há solução para economia sem o ajuste, que precisa ser feito rapidamente para que o governo possa entrar na segunda etapa do plano econômico de garantir o crescimento. Apesar do discurso do ministro, os empresários reclamaram que o diálogo prometido tem que ocorrer antes de as medidas serem tomadas, para não serem surpreendidos negativamente, como ocorreu com o aumento da carga tributária dos setores beneficiados pela desoneração da folha de pagamentos. Siderúrgica capacidade estatal chinesa planeja fechar instalações por excesso de 17/03/2015 - Fonte: Reuters Uma siderúrgica estatal chinesa fechará a maior parte de suas instalações após a queda dos preços do minério de ferro a forçar a interromper a produção e dispensar trabalhadores, sinal do dano que o persistente excesso de capacidade tem feito ao setor. A Pangang Group Chengdu Steel & Vanadium, subsidiária da Panzhihua Steel na província de Sichuan, no sudoeste da China, fechará seus altos-fornos e interromperá a produção de produtos de aço mais baratos ainda neste mês após sofrer grandes perdas, disseram um funcionário de uma usina e fontes do setor. A parada fará com que a companhia permaneça fabricando apenas tubos de padrão superior. Espera-se que as siderúrgicas chinesas enfrentem mais dificuldades neste ano devido à elevação dos custos ambientais, excesso de capacidade e crescimento mais lento da demanda no maior consumidor do mundo. As usinas menos eficientes devem fechar permanentemente. "Interromperemos a fabricação de ferro a partir do minério por razões ambientais e a de aço de construção de menor padrão devido ao excesso de capacidade", disse um funcionário da área de vendas da empresa, que preferiu não ser identificado pois não está autorizado a falar com a imprensa. Governo marca 2º leilão de energia de reserva de 2015 para 13 de novembro 17/03/2015 - Fonte: Reuters O Ministério de Minas e Energia (MME) marcou a realização de um segundo leilão para contratação de energia de reserva pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2015, para o dia 13 de novembro, conforme portaria publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira. Serão negociados contratos para energia de reserva para empreendimentos de geração a partir da fonte solar fotovoltaica e da fonte eólica. Os contratos serão negociados na modalidade por quantidade de energia, com início de suprimento em 1º de novembro de 2018 e prazo de suprimento de vinte anos. Na segunda-feira, o governo marcou para 14 de agosto o primeiro leilão de energia de reserva de 2015, também por meio de portaria no Diário Oficial. Financiamento de veículos acompanhou queda do mercado em 2014 17/03/2015 - Fonte: Automotive Business O financiamento de veículos seguiu tendência de baixa do mercado em 2014 e encerrou o ano com queda de 7% no saldo total das carteiras, com R$ 212,7 bilhões em contratos ativos. A informação foi divulgada pela Anef, associação que representa empresas financeiras das montadoras. A contração acontece mesmo diante do aumento de 1,3% no volume de recursos liberados, que somou R$ 118,9 bilhões. O movimento indica que as quitações de contratos de crédito superaram as adesões a novos financiamentos ao longo do ano. Segundo a entidade, houve redução de 4,7% no estoque das carteiras de CDC (Crédito Direto ao Consumidor), para R$ 204,4 bilhões. O Leasing, que vem caindo nos últimos anos, registrou nova redução de 40,8% para R$ 8,3 bilhões. O aumento dos recursos liberados em 2014 foi puxado pelo CDC, que teve alta de 1,4% na comparação com 2013, chegando a R$ 115,6 bilhões. Apesar do cenário de redução do estoque de crédito, o setor financeiro conta com um bom indicador: a inadimplência está em queda. Em dezembro o índice de calotes diminuiu para 3,9% no financiamento de veículos por pessoa física, com redução de 1,3 ponto porcentual na comparação com o mesmo período de 2013. A redução da inadimplência, no entanto, não deve seguir a tendência de queda, segundo projeta a Anef. “Em janeiro, a taxa já foi maior do que a vista um ano antes. Infelizmente, o novo cenário econômico faz supor que o volume de pagamentos em atraso voltará a crescer nos próximos meses”, apontou Décio Carbonari, presidente da associação, em comunicado. A entidade prevê o aumento dos juros como desafio adicional para 2015. Em dezembro de 2014 as taxas chegaram a 1,4%, maior do que os juros de 1,27% registrados um ano antes. Nos próximos meses o movimento de alta deve continuar, acompanhando o aumento da taxa Selic. Do total de veículos leves novos licenciados em 2014, 53% foram financiados, 7% adquiridos por meio de consórcio, 2% por Leasing e 38% pagos à vista. Entre caminhões e ônibus, 74% foram comprados pelo Finame, 2% por consórcio, 11% por outras linhas de financiamento, 1% por Leasing e 12% foram comprados à vista. Já no caso das motocicletas, 34% foram adquiridas por consórcio, 33% por financiamento e 33% à vista. O praxo máximo oferecido pelos bancos foi de 60 meses. Scania vende dez Streamline para o mercado boliviano 17/03/2015 - Fonte: Automotive Business Confiabilidade para transporte de perecíveis motivou a escolha, segundo a El Palomar A Scania vendeu à empresa boliviana El Palomar as dez primeiras unidades do Streamline destinadas àquele país. O caminhão R460 LA4X2 Streamline foi o escolhido pela companhia. “Nossos produtos são perecíveis, por isso não temos espaço para falhas”, afirma o proprietário da empresa, Miguel Valencia. Segundo a fabricante de caminhões, 90% da frota da El Palomar é de veículos Scania e a parceria entre ambas começou há 45 anos. A El Palomar atua na Argentina, Uruguai, Chile e transporta em média 55 mil caixas de banana por mês, o que representa 1.265 toneladas. O mercado boliviano tem mostrado potencial, de acordo com a Scania. Nos últimos dois anos, o volume de negócios da fábrica de caminhões dobrou e em 2014 ela ficou em segundo lugar em vendas nos mercados não cativos, aqueles que não contam com unidade comercial própria, somente representante local. A expectativa é que os números cresçam ainda mais em 2015. “Negócios como este são resultado de nossos investimentos para a expansão no mercado latino-americano e reforçam as boas expectativas de crescimento neste país para os próximos anos”, acrescenta Julian. Porsche chega oficialmente ao Brasil 17/03/2015 - Fonte: Automotive Business A Porsche chega oficialmente ao Brasil e sua subsidiária nacional terá sede em São Paulo, operada diretamente pela matriz na Alemanha. O País é o primeiro mercado latino-americano para onde a montadora expende sua atuação e o 18º em todo o mundo. O início da operação está previsto para o fim de 2015 em uma joint-venture com a Stuttgart Sportcar, parceira de longa data e, até então, representante e importadora oficial da marca em solo brasileiro. A transação já foi autorizada pelo Cade, Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Para Bernhard Maier, membro do conselho executivo de vendas e marketing da fabricante, conhecer o mercado de atuação é essencial, bem como estruturar uma boa rede de vendas. “Estamos muito gratos por ter um parceiro de longo prazo ao nosso lado e que fez a Porsche ter negócios fortes no Brasil", reconheceu o executivo, sobre a parceria com a importadora brasileira. "Queremos garantir o sucesso futuro e atender às necessidades especiais ainda melhor com a ajuda de conhecimento de mercado do nosso parceiro”, concluiu. Marcel Visconde, presidente da Stuttgart Sportcar e Matthias Brück, presidente da Porsche Brasil O presidente da Stuttgart Sportcar, Marcel Visconde, celebra os 18 anos de parceria. "Desde a nossa nomeação como importador oficial Porsche, em 1997, temos provado que a marca pode contar com uma base de clientes fiéis aqui no Brasil", afirma o executivo. "Vamos continuar a oferecer uma experiência de cliente de primeira classe para os brasileiros e estamos ansiosos para o suporte estendido fornecido pela Porsche Brasil", comemorou. Matthias Brück, ex-presidente e CEO da Porsche na América Latina, foi nomeado presidente da montadora no Brasil. O executivo tem 19 anos de experiência na indústria automotiva e 13 deles na Porsche. "Tendo trabalhado na estratégia de longo prazo para a América Latina e especialmente no Brasil, durante os últimos seis anos, estou especialmente feliz em pavimentar o caminho para o sucesso futuro da companhia no país", afirmou em comunicado. Brück disse também que o mercado tem grande potencial de crescimento e com a criação da subsidiária, “continuaremos o desenvolvimento positivo dos negócios, contribuindo para a estratégia global da empresa". Atualmente, a rede de distribuição da Porsche no Brasil é composta por sete concessionárias chamadas Centros Porsche. As unidades de de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR) são de propriedade da Stuttgart Sportcar. Nas cidades de Brasília (DF), Ribeirão Preto e São José do Rio Preto (SP) a representação é da Eurobike. A montadora informa que planeja aumentar gradualmente a rede de concessionários. Dólar interrompe sequência de altas e fecha cotado a R$ 3,24 17/03/2015 - Fonte: Correio Braziliense A moeda norte-americana recuou 0,14% e fechou a R$ 3,245 nesta segunda-feira (16/3). O dólar interrompeu uma sequência de três altas seguidas. A média dos preços praticados nas casas de câmbio é de R$ 3,39. Na sexta-feira (13/3), o dólar fechou a R$ 3,249, maior nível desde 2003. Dicas para amenizar o impacto do dólar na sua viagem » Leve a maior parte dos recursos para a viagem em dólar. Sobre a compra da moeda, incide IOF de 0,38%. Antes de comprar os dólares, compare as cotações e as taxas cobradas por bancos e casas de câmbio. » Não é necessário adquirir todo o montante em dólar de uma vez. Divida a compra do papel-moeda, indo semanalmente às casas de câmbio ou aos bancos. Como os preços variam muito, na média, a cotação será menor. » Parte dos recursos para a viagem pode ser colocada num cartão pré-pago, sempre uma boa opção para quem deseja evitar dores de cabeça no recebimento da fatura do cartão de crédito. » O IOF é o mesmo nas duas modalidades: 6,38%. Mas, no cartão pré-pago, tudo é à vista. No crédito, há a variação cambial entre o dia do gasto e a data de pagamento. Pode ser uma pancada. » Quem vai comprar pacote deve dar preferência às agências que oferecem desconto. Na hora de definir a hospedagem, escolha os quartos mais baratos, desde que a qualidade não caia muito. » Faça uma programação prévia da viagem e dispense gastos excessivos. Na hora das compras, pesquise preços dos produtos desejados no Brasil e no exterior e veja se realmente vale a pena trazer algo de fora. » Se a viagem já está programada, é importante manter o controle, e não se desesperar. Contenha os gastos e prepare uma reserva de 40% a mais dos valores que tinha planejado para evitar problemas futuros. » Caso tenha a intenção de viajar para o exterior nos próximos meses, mas ainda não se planejou, deixe para depois. Opte por viagens nacionais ou por países da América do Sul, mais baratos. » Não transforme a viagem dos sonhos em dor de cabeça. Faça e refaça as contas. Confira se, realmente, com o dólar mais caro, esse é o momento ideal para embarcar. Se for possível adiar, poupe ao longo de um ano para não cair na armadilha das dívidas. Os juros também estão altos demais. Congresso promulga nesta terça a Emenda do Orçamento Impositivo 17/03/2015 - Fonte: Correio Braziliense Uma sessão solene do Congresso Nacional foi convocada para hoje (17), para a cerimônia de promulgação da Emenda Constitucional do Orçamento Impositivo. Com ela, o governo fica obrigado a executar as emendas parlamentares ao Orçamento até o limite de 1,2% da receita corrente líquida. A aprovação da chamada PEC do Orçamento Impositivo foi considerada uma conquista dos parlamentares, que não precisarão mais negociar com o governo para ver suas emendas liberadas. Atualmente, eles colocam as emendas na Lei Orçamentária, mas o governo decide quais e quando executar. O texto também prevê que metade das emendas impositivas deve ser direcionada à saúde, ou seja, 0,6% da receita corrente líquida. Essa obrigatoriedade foi estabelecida pelo Senado e mantida pela Câmara. O valor não pode ser usado para pagamento de pessoal ou de encargos sociais, mas pode ser usado para outros gastos relacionados ao Sistema Único de Saúde (SUS). A emenda também estabelece que a União deve aumentar o investimento em saúde, passando de 13,2% em 2014 até atingir o percentual de 15% em 2018. Atualmente, os estados já são constitucionalmente obrigados a aplicar 15% de seus orçamentos e os municípios, 12%. A emenda foi aprovada em fevereiro deste ano e não precisa ser analisada pelo Poder Executivo, ou seja, não precisa ser sancionada pela presidenta Dilma Rousseff. Após a promulgação, ela já valerá para o Orçamento deste ano, que deve ser aprovado esta semana pelo Congresso. Boleto do Simples Nacional pode ser emitido em terminais do Sebrae 17/03/2015 - Fonte: Jornal do Brasil O Comitê Gestor do Simples Nacional aprovou resolução que autoriza a emissão do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) para o Microempreendedor Individual (MEI) nos terminais de autoatendimento (totens) do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Para a emissão, basta informar o número do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), com o mês em que se pretende pagar, e o DAS será liberado. A novidade se soma a outras formas já permitidas, como a emissão do DAS pela internet no Portal do Simples Nacional ou carnê impresso encaminhado pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República, via Correios. O Microempreendedor Individual é a pessoa que trabalha por conta própria e se legaliza como pequeno empresário. É necessário faturar no máximo até R$ 60 mil por ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular. O MEI também pode ter um empregado contratado que receba salário mínimo ou piso da categoria. Menor atratividade e alta do custo de vida causaram fuga de recursos da poupança 17/03/2015 - Fonte: Jornal do Brasil A perda de atratividade em relação a outros investimentos e o aumento do custo de vida são os fatores que motivaram a fuga de recursos da poupança no primeiro bimestre de 2015, na avaliação de especialistas consultados pela Agência Brasil. Segundo dados do Banco Central (BC), em janeiro e fevereiro as retiradas dos poupadores superaram os depósitos em R$ 11,79 bilhões. É o pior resultado para o período desde o início da série histórica da autoridade monetária, em 1995. Para o economista Carlos Alberto Ramos, professor da Universidade de Brasília (UnB), a baixa atratividade da poupança como aplicação é o principal motivo para a queda na captação. “Há uma aceleração da inflação, aumento das taxas de juros, [consequentemente] uma queda do rendimento [da poupança]. Você está perdendo dinheiro e tem outras aplicações que são muito mais rentáveis”, explica, citando como exemplo as aplicações cujo rendimento é indexado à inflação ou ao dólar. Na visão dele, a pressão inflacionária sobre a renda também pode ser um fator de influência. “A poupança sempre foi uma aplicação das classes mais populares, com renda menor. Pode ser essa questão também, dos salários menores com a inflação [fazendo com que a população não tenha sobras de renda para poupar]. Mas essa realocação de recursos não é tanto por isso, quanto um problema de rendimento”, acredita, lembrando que juros altos tornam a poupança menos rentável. Segundo a regra atual, quando a Selic, taxa básica de juros de economia, passa de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês, o que equivale a 6,17% ao ano, mais a taxa referencial (TR). Quando os juros básicos estão iguais ou inferiores a 8,5%, o rendimento é 70% da Selic mais a TR. Essa fórmula, em vigor desde agosto de 2013, vale só para o dinheiro depositado a partir de maio de 2012. Atualmente, os juros básicos estão em 12,75% ao ano, o que significa rendimento de 0,5% ao mês mais a TR, abaixo da inflação que tem sido registrada. Em janeiro, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi 1,24%. Em fevereiro, a variação foi 1,22%. O economista José Kobori, professor de Finanças das Faculdades Ibmec, analisa que a fuga de recursos da poupança no primeiro bimestre deve-se “a uma conjunção de fatores”. “A inflação é alta. A economia também deixou de crescer, o que impacta sobre o emprego. Além disso, quanto mais aumenta a taxa Selic, menos atrativa fica a poupança. Aqueles que estão na ponta do investimento acabam retirando para investir em outras aplicações”, avalia. De acordo com Kobori, a pressão da inflação sobre a renda pode estar levando à utilização do dinheiro guardado para honrar compromissos. “Se você mantém o salário e os custos aumentam, de algum lugar você vai tirar dinheiro para cobrir esse déficit. Se faltar no fim do mês, acaba retirando [da poupança]”. IGP-10 avança para 0,83% em março 17/03/2015 - Fonte: Agência Brasil A inflação medida pelo Índice Geral de Preços–10 (IGP-10) ficou em 0,83% em março deste ano, taxa acima da observada em fevereiro (0,43%). Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o índice acumula taxas de 1,29% desde o início do ano e de 3,83% em 12 meses. A alta do IGP-10 na passagem de fevereiro para março foi provocada pelos preços no atacado, medidos pelo Subíndice de Preços ao Produtor Amplo, cuja inflação subiu de 0,03% em fevereiro para 0,75% neste mês. Os preços no varejo, medidos pelo Subíndice de Preços ao Consumidor, tiveram queda na taxa, mas ainda apresentam aumento de preços acima de 1%. O subíndice caiu de 1,39% em fevereiro para 1,29% em março. Também teve queda a inflação da construção civil, medida pelo Subíndice Nacional de Custo da Construção, que passou de 0,8% para 0,24% no período. O IGP-10 é medido com base em preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência. Petrobras será excluída do Índice Dow Jones de Sustentabilidade 17/03/2015 - Fonte: Agência Brasil A Petrobras será excluída do Dow Jones Sustainability Index World (DJSI World) a partir de 23 de março por causa das denúncias de corrupção investigadas pela Operação Lava Jato. A estatal foi comunicada da decisão do Comitê do Índice Dow Jones de Sustentabilidade e repassou a informação a investidores em comunicado divulgado hoje (16). O Dow Jones Sustainability Index World (DJSI World) é um índice mundial de sustentabilidade, que avalia práticas de gestão social, ambiental e econômica no mundo. A Petrobras fazia parte do índice desde 2006. “A decisão do comitê foi baseada nas denúncias de corrupção investigadas no âmbito da Operação Lava Jato. O comitê informou que vai monitorar a evolução das investigações e o posicionamento da Petrobras ao longo deste ano, podendo reconsiderar a participação da companhia a partir de 2016”, diz o comunicado. Em relação às investigações da Lava Jato, a Petrobras informou que “vem colaborando com os trabalhos das autoridades públicas, assim como atendendo a demandas de seu público de interesse, incluindo o Comitê do Índice Dow Jones de Sustentabilidade”. Trabalhadores da Volks em Taubaté têm contrato suspenso 17/03/2015 - Fonte: Agência Brasil A unidade da Volkswagen em Tatuapé, interior paulista, vai suspender, temporariamente, o contrato de trabalho (lay-off) de 250 trabalhadores a partir desta terça (17). A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e região. Segundo o sindicato, 210 desses trabalhadores estavam em férias coletivas e retornariam ao trabalho nesta segunda (16). Além do lay-off, a empresa também vai dar férias coletivas a todos os trabalhadores da unidade, nos dois turnos, por um período de 20 dias, que começa a contar no dia 30 de março. De acordo com o sindicato, a unidade de Taubaté tem atualmente cerca de 5 mil empregados. Procurada pela Agência Brasil, a empresa não confirmou as informações e não se pronunciou sobre as medidas até a edição desta matéria. De acordo com o sindicato, todos os direitos dos trabalhadores em lay-off estão garantidos, como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), por exemplo. A fábrica de Taubaté é a segunda maior da empresa no país, responsável pela produção de todas as versões do Volkswagen Up!, Gol e Voyage. Ajustes são necessários porque mundo mudou, diz ministro 17/03/2015 - Fonte: Agência Brasil O ministro da Fazendo, Joaquim Levy, disse hoje (16), em palestra para empresários da Associação Comercial de São Paulo, que o fundamento do que o governo está fazendo está relacionado com as mudanças políticas executadas pelos principais parceiros mundiais do Brasil. “A presidenta Dilma Rousseff fala que o mundo mudou não porque é uma desculpa, mas porque precisamos nos adaptar: senão, fica impossível continuar com a política anticíclica. Primeiro, porque as contas não aguentam; segundo, porque nossos parceiros estão em outra.” E acrescentou: “O que vimos de queda de [de preços] de commodities e de aumento do câmbio é consequência do fim da política anticíclica desses países. Agora não temos muito mais o quer escolher. Temos que nos adaptar”. Segundo ele, a boa notícia é a de que, no Brasil, quando é preciso adaptação de momentos delicados, todos colaboram resultando em reequilíbrio das contas. Citou, como exemplo de colaboração de todos os setores da sociedade, a percepção de que o ajuste fiscal não aumentará impostos e sim reduzirá a desoneração de itens, medida aprovada em um determinado momento com um objetivo específico. “As medidas adotadas [agora] nada mais [significam) do que ajustar [a economia] a uma nova situação e eliminar algumas coisas feitas em um período em que se falava de política anticíclica. Não havia presunção de persistência nessas questões para sempre porque são itens insustentáveis do ponto de vista fiscal”, disse. Levy ressaltou que a presidenta Dilma Rousseff está absolutamente tranquila e confiante sobre o caminho a ser seguido. No entender do ministro da Fazenda, mesmo que a presidenta Dilma tenha de consultar o Congresso Nacional, adotará o caminho por ter consciência de que o país é democrático. Acrescentou, porém, que o contato do governo com o Congresso será feito com base em um trabalho de convencimento. “O objetivo das medidas é trazer tranquilidade aos negócios já que o mercado mudou e se não mudarmos também teremos problemas”. O ministro lembrou que os gastos públicos continuam altos. Acrescentou que é preciso fazer ajustes para mostrar ao setor privado um cenário que dê confiança. “Queremos evitar cenários muito desfavoráveis, porque aí fica muito difícil trabalhar. Se fizermos no tamanho que necessário, rapidamente teremos um cenário no qual as pessoas podem sentir o chão firme, começar a trabalhar com menos incerteza e tomar riscos”, disse. Levy disse ainda que é preciso uma ação rápida para criar estabilidade a fim de que o país volte a crescer. “Pagamos o custo, mas temos benefício. O governo, além de fazer ajustes, tem atividades que incentivarão a retomada das concessões com maior envolvimento do capital privado. Estamos trabalhando com diversos vetores para permitir que a economia volte a crescer com base sólida. Olhar para uma nova etapa será cada vez mais importante, mas só poderemos [ir adiante] se a etapa inicial estiver completa”, disse. A crise, os economistas e a sorte 17/03/2015 - Fonte: Agência Brasil É muito comum ler-se que a crise global está arrefecendo, e que as economias emergentes poderiam promover uma retomada acelerada se adotassem medidas e receituários, que variam de acordo com a persuasão de quem as propõe. Este é o caso por exemplo de uma edição recente da revista inglesa “The Economist”, que tem como ilustração de capa um elefante turbinado — uma alusão ao suposto impacto que boas políticas e reformas têm tido para a recuperação da economia da Índia. Minha leitura (do caso indiano e de outros casos) é distinta: creio que crise global continua um mar de tempestade, e que a retomada do crescimento aqui e acolá se deve mais a circunstâncias do que ao receituário adotado. Comecemos com a capa da revista. Na Índia, a conta petróleo representa cerca de 1/3 do total das importações nacionais. Os preços dos combustíveis ainda são fortemente subsidiados. Qualquer oscilação do preço dessa commodity tem impacto direto sobre alguns dos principais indicadores macroeconômicos. Por exemplo, a queda do preço do petróleo em mais de 50% em menos de um ano permitiu à Índia uma simultânea redução do déficit comercial e da inflação, um aumento da competitividade, da produção e da arrecadação de tributos. Por gerar uma enorme queda dos custos dos subsídios aos combustíveis, de quebra melhorou, e muito, a situação fiscal do país. Sem pressões sobre preços, apesar do crescimento da demanda interna, as autoridades monetárias decidiram continuar a reduzir as taxas de juros, agora em cerca de 7% — para evitar “a deflação de preços”, conforme mencionou o presidente do Banco Central indiano Raghuram G. Rajan. Ou seja, gerou-se um ciclo virtuoso a partir de oscilações de um preço completamente externo a qualquer decisão de política dentro do país. Uma questão de sorte mesmo. Pode causar algum constrangimento o fato de uma recuperação de uma economia emergente ser mais fruto de sorte do que de técnica. Afinal, a maioria dos economistas, de distintas persuasões, prefere crer que há uma receita de bolo para enfrentar crises e alcançar a prosperidade no longo prazo. Mas bastaria olhar a história econômica recente de algumas entre as 20 maiores economias do mundo (G-20) para entender-se que isso não existe. Tomemos o caso dos Estados Unidos. Depois de anos de produção em queda e desemprego em alta, e frente à obstrução à política fiscal anticíclica de Obama, a economia parece recuperar-se. Por que? Creio que devido à mescla de, pelo menos, três fatores: o “privilégio único” de ter o dólar como moeda tem permitido ao banco central, o Fed, implementar, sem nenhum constrangimento, uma política super-expansionista; segundo, a expansão dos investimentos e da produção de óleo de xisto, uma decisão primordialmente do setor privado e, portanto, não diretamente relacionada à política econômica; e, mais recentemente, pela queda do preço do petróleo, que aumentou o poder de compra da empobrecida classe trabalhadora. Diga-se de passagem que a recuperação americana ainda não está garantida por que não se sabe ainda se o crescimento da demanda agregada é sustentável. Por um lado, muitos dos postos de trabalho recém-criados são de contratos curtos e de baixa remuneração baixa, o que restringe o poder de compra da grande classe média. Muito em função disso, o mercado financeiro continua a se recusar a expandir o crédito como outrora fazia. Por outro, o dólar mais forte ameaça reverter os melhores resultados recentes da balança comercial e anular os bons efeitos gerados pelo petróleo mais barato. Por essas razões, muitos temem que a recuperação morra na praia — inclusive o Fed, que se mostra reticente em reverter a sua atual política. Ou seja, mesmo para o poderoso EUA, a sorte tem jogado — e continuará a jogar — um papel fundamental para a recuperação. No outro extremo estão os membros da União Europeia (UE) que, liderados pela Alemanha, procuraram enfrentar a crise com algumas políticas, digamos, mais convencionais, de austeridade e reformas. Se até recentemente apostava-se que este receituário poderia dar certo, a sorte não tem sorrido para aquela parte do mundo. Assustados com as altas taxas de desemprego, e a crescente instabilidade política interna, há algum tempo os europeus vinham olhando com uma mistura de ciúmes e ressentimento o que fazia o Fed no outro lado do Atlantico. No final do ano passado, e começo deste ano, abriram as porteiras, permitindo ao Banco Central Europeu (BCE) implementar um programa de compra de títulos financeiros muito similar ao que os colegas americanos e japoneses vinham fazem. Agora, alguns sinais de recuperação aparecem aqui e acolá, mas o desemprego (especialmente entre os jovens na “periferia europeia”) continua altíssimo. E só aumenta o temor que mesmo essa situação se deteriore, agravada (e agravando) as tensões políticas dentro da UE. Por mais que adotem o receituário que salvou os Estados Unidos da crise, a Europa sabe que precisa de muita sorte para não cair em um cenário de estagnação secular. A China, alguns diriam, não precisa de sorte: possui quase US$ 4 trilhões em reservas, e uma capacidade política de mudar sua política macro incomparável com outras economias de mercado com sistemas políticos mais abertos. Agora, o governo chinês aponta a possibilidade de reformas para garantir o crescimento no futuro, mas isso é ainda um capítulo a ser totalmente aberto — e tido como incerto mesmo pelos economistas mais convencidos desta rota. Pelo sim e pelo não, o governo tem tomado medidas de estímulo monetário e creditício que, não surpreendentemente, tornam difícil entender o receituário seguido — se algum há. Tudo isso pode fracassar — por exemplo, caso a recuperação global não se sustente, ou se estourar a atual bolha dos mercados financeiros (e especialmente imobiliários) naquele país. Ou seja, vai também depender da sorte. O Brasil não deixa de estar vivendo uma situação excepcional — por razões absolutamente distintas das economias citadas acima. Apesar de ter reservas tão elevadas quanto a Índia, um setor produtivo sólido, um mercado interno pujante e fundamentos macroeconômicos bons, vive um momento peculiar de inflação alta e dificuldades geradas pelo ambiente político complexo. Nesse quadro, o governo tem implementado correções visando evitar que, frente a um mar de ondas altas e um raio de manobra estreito, não acabemos por bater contra alguns dos diversos obstáculos que se colocam à frente — entre eles, a possibilidade de redução do rating. Nada indica que, com algumas importantes reformas, e melhorando algumas das variáveis externas e a situação política interna, não possamos brevemente voltar a um círculo virtuoso de crescimento inclusivo. Mais importante do que procurar em exemplos externos receituários, ou contar simplesmente com a sorte, talvez o essencial agora seja manter o olho na bússola e navegar com segurança — e esperar esta tempestade passar. Trabalhadores da limpeza pública de Curitiba iniciam greve 17/03/2015 - Fonte: Gazeta do Povo Uma das greves que mais saltam aos olhos da população começou na manhã desta terçafeira (17): a de coleta de lixo e de varrição de ruas. Após uma assembleia diante da empresa Cavo, concessionária do serviço na capital, os trabalhadores filiados ao Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação (Siemaco) decidiram unanimemente por uma paralisação por tempo indeterminado. A proposta da empresa era de reposição da inflação de 7,7% retroativa a 1º de março, somada a um ganho real de 1,3% começando em 1º de setembro, o que não interessou aos 2.700 trabalhadores da categoria, composta por coletores de lixo, varredores, serventes e roçadores. O Siemaco reivindica ganho real de 20% nos salários, além de um incremento de 30% nos vale-alimentação e refeição. Para os coletores de lixo, o salário atual é de R$ 1.118 e R$ 958 no caso dos varredores. Já o vale-refeição e alimentação, juntos, equivalem a R$ 736,56. O presidente do Siameco, Manassés Oliveira, afirmou que, no ano passado, com uma inflação de 5% à época da negociação, o ganho real dos trabalhadores foi de 5%. “Neste ano, com uma inflação da cesta básica de 16%, aliada a altas na luz e em outros itens, não podemos aceitar um ganho real tão baixo”, afirmou Oliveira em entrevista por telefone à Gazeta do Povo. São, ao todo, 2,5 mil trabalhadores que cuidam da limpeza pública de Curitiba. As duas últimas greves, em março de 2014 e abril de 2013, tiveram dois dias de duração cada, segundo o Siemaco. Reunião termina sem acordo Nesta segunda-feira (16), uma reunião foi realizada entre trabalhadores, membros do Siemaco e representantes da Cavo, a empresa que administra a limpeza pública de Curitiba. No entanto, apesar dos trabalhadores sinalizarem que a proposta melhorou, não houve acordo. Com isso, a paralisação prenunciada pelo indicativo de greve declarado na semana passada foi efetivado nesta manhã. Prefeitura orienta a população Por meio de nota em seu site, a Prefeitura de Curitiba pediu para que a população evite tirar o lixo para coleta “até pelo menos 48 horas após o próximo dia e horário previstos para coleta”. Segundo a administração municipal, um planejamento especial foi montado para minorar o impacto da greve, mas que as medidas serão implementadas “conforme a necessidade”. “Caçambas adesivadas pelo Departamento de Limpeza Pública estão disponíveis nos terminais de transporte coletivo para receber resíduos levados pela população, mas a orientação é para que, sempre que possível, os resíduos sejam retidos em casa até que a situação se normalize ou que seja definida a escala de coleta emergencial nos bairros”, informa a nota. A prefeitura informou ainda que notificou à Cavo que espera que a empresa, como responsável pelo serviço, implemente um programa emergencial de coleta. Setor de serviços cresceu 1,6% em janeiro, menor resultado desde 2012 17/03/2015 - Fonte: Gazeta do Povo A receita bruta nominal do setor de serviços cresceu 1,6% em janeiro de 2015, ante igual mês de 2014, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (17). Foi o pior resultado da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços, que teve início em janeiro de 2012. A receita bruta do setor acumula alta de 5,4% em 12 meses. A Pesquisa Mensal de Serviços foi inaugurada em agosto de 2013, com série histórica desde janeiro de 2012. A pesquisa produz índices nominais de receita bruta, desagregados por atividades e com detalhes para alguns Estados, divididos em três tipos principais: o índice do mês frente a igual mês do ano anterior; o índice acumulado no ano; e o índice acumulado em 12 meses. Ainda não há divulgação de dados com ajuste sazonal (mês contra mês imediatamente anterior), porque, segundo o IBGE, a dessazonalização requer a existência de uma série histórica de aproximadamente quatro anos. A entrevista coletiva para comentar os resultados da PMS começará daqui a pouco. Programa de concessões vai mudar para atrair novos interessados 17/03/2015 - Fonte: Gazeta do Povo Um dos principais itens do que está sendo chamado no Planalto de “segunda etapa do ajuste fiscal” ou “agenda de retomada do crescimento”, o programa de concessões em infraestrutura deverá ser reformulado para atrair novos interessados. Além de elevar a rentabilidade dos projetos, o Ministério do Planejamento, incumbido de coordenar o programa, analisa uma proposta das construtoras para facilitar a participação de empresas de menor porte. Se, na etapa anterior, as parcerias ficaram concentradas nas gigantes do setor, agora a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, aumentou a necessidade de diversificar o leque de investidores. A vez das pequenas A principal sugestão das construtoras é reduzir o tamanho dos empreendimentos. “Não adianta fazer projetos enormes, com exigências que as menores não conseguem cumprir”, diz o presidente da Comissão de Obras Públicas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Carlos Eduardo Lima Jorge. “Em vez de uma rodovia de 1.000 km, pode dividir em três lotes de 300 e poucos.” Projetos menores demandam menos fôlego financeiro das empresas, o que é uma grande ajuda num momento em que os juros estão elevados e as linhas de crédito, escassas. Para o setor privado, também seria necessário mudar a postura dos bancos. Principais fornecedores do crédito de longo prazo para os investimentos, eles concentram sua análise na empresa, em vez de focar na sustentabilidade do projeto. Mas, desde 2012, o governo adotou uma modalidade de financiamento chamada “project finance”, no qual a receita futura da concessão é a principal garantia do empréstimo. “Sentimos que há um grande interesse em discutir adequações para assegurar o sucesso das concessões”, comentou Jorge. Representantes da CBIC estiveram no Ministério do Planejamento apresentando essas propostas. Um estudo técnico mais aprofundado, com propostas detalhadas, deverá ser concluído esta semana. “Estamos analisando”, disse o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. Ele explicou que o fracionamento dos projetos pode encarecê-los devido a perda de escala. Por outro lado, o maior número de concorrentes pode forçar a redução dos preços. “Queremos aumentar a concorrência.” Salvação O governo aposta suas fichas nas concessões para superar a crise que se instalou no setor de construção civil por uma combinação de fatores: Lava Jato, redução dos investimentos do setor público, alta dos juros e desaceleração econômica. O presidente da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias (Aneor), José Alberto Pereira Ribeiro, disse à reportagem que esteve no Ministério da Fazenda para falar sobre o risco de quebradeira que paira sobre seu setor. Ouviu em resposta que a saída para as empresas são as concessões. Até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no jantar que teve na semana passada com a presidente Dilma Rousseff, pediu a ela atenção especial para as concessões. Ele frisou que é preciso estabelecer uma agenda de crescimento, para deixar claro à população que os sacrifícios impostos pelo ajuste fiscal têm uma razão de ser. Desde então, a elaboração de uma segunda etapa do Programa de Investimentos em Logística (PIL) ganhou senso de urgência no governo. Embora Barbosa trabalhasse desde o início do ano para ter uma primeira versão em abril ou maio, Dilma disse que anunciaria os projetos, se possível, ainda este mês. Demanda empresarial por crédito sobe em fevereiro por micro e pequenas empresas, diz Serasa 17/03/2015 - Fonte: Reuters A procura de empresas brasileiras por crédito em fevereiro avançou 4,8 por cento ante o mesmo mês no ano passado e 5,8 por cento ante janeiro, impulsionada pela atividade de micro e pequenas empresas, informou nesta terça-feira a Serasa Experian. Para economistas da Serasa, o aumento da procura por crédito nesse porte de empresas pode significar que, diante da maior seletividade e rigor de instituições financeiras por conta do quadro econômico mais adverso, as micro e pequenas empresas estariam buscando fontes alternativas de financiamento, como o crédito mercantil. No detalhamento por porte, as firmas de micro e pequeno porte foram as únicas a registrar alta no indicador, com avanço de 5,9 por cento na busca por crédito em fevereiro ante igual mês do ano passado. Entre as grandes companhias, a busca por crédito recuou 3,7 por cento. Já entre as empresas de médio porte, a procura por crédito caiu 11,5 por cento na mesma base de comparação. Na análise por setor, o industrial teve forte queda na busca por crédito, de 22,7 por cento em fevereiro sobre um ano antes. O setor de serviços, no entanto, ampliou a procura por crédito em 8,3 por cento, enquanto no comércio a busca avançou 10,6 por cento em fevereiro na base anual. Mercados emergentes têm que se preparar para alta de juros nos EUA, diz Lagarde 17/03/2015 - Fonte: Gazeta do Povo Os mercados emergentes têm que se preparar para o impacto de uma alta na taxa de juros dos Estados Unidos que pode surpreender tanto pelo seu momento quanto pelo ritmo, afirmou a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, nesta terça-feira, na Índia. Em discurso em Mumbai, Lagarde alertou que o chamado "furor de retirada gradual de estímulos" que afetou os mercados emergentes em 2013 pode se repetir. Naquela época, o então chairman do Federal Reserve Ben Bernanke deixou investidores atribulados quando falou sobre as condições que poderiam levar o Fed a reduzir suas compras de títulos de 85 bilhões de dólares por mês, cujo objetivo era estimular a economia. "O perigo é que as vulnerabilidades que se acumularam durante um período de política monetária bastante expansionista podem sem se revelar repentinamente quando tal política é revertida, criando volatidade substancial no mercado", disse Lagarde em declarações preparadas. "Nós já tivemos uma amostra disse durante o furor de retirada gradual de estímulos... temo que isso possa não ser um episódio isolado." Lagarde disse que economias avançadas podem ajudar a reduzir o risco de volatilidade no mercado ao comunicar claramente as intenções de política. Mas acrescentou que os mercados emergentes que atacaram as vulnerabilidades econômicas se deram melhor em 2013. "Em particular, crescimento mais alto do PIB, posições mais fortes de conta corrente externa, inflação mais baixa e mercados financeiros mais líquidos ajudaram a amortecer a volatilidade do mercado", disse Lagarde, acrescentando que um setor de serviços financeiros mais resiliente ajudaria. Vendas a prazo caem em todo o setor automotivo 17/03/2015 - Fonte: Automotive Business Os carros zero-quilômetro vendidos no Brasil em fevereiro por alguma forma de parcelamento somaram 105,3 mil unidades, volume 28,2% menor que o de janeiro e 29,9% abaixo do registrado em fevereiro de 2014. Os números são da Cetip, que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG). No caso dos usados, os 208,1 mil autos negociados resultaram em recuo de 17,9% em relação a janeiro e de 12,7% ante fevereiro de 2014. A venda parcelada de caminhões novos somou em fevereiro quase 3.989 veículos, 25,9% a menor que em janeiro e 67,2% abaixo do segundo segundo mês do ano passado. No caso dos veículos pesados de segunda mão, em que o volume somou 9,3 mil unidades, a retração ante janeiro foi de 11,3% ante janeiro e de 22,9% em relação a fevereiro de 2014. O menor volume de vendas a prazo em fevereiro afetou também as motocicletas. Segundo a Cetip foram parceladas no mês 63,1 mil unidades zero-quilômetro, 11,3% a menos que em janeiro e 21,6% abaixo de fevereiro do ano passado. As usadas financiadas somaram 8,1 mil unidades em fevereiro, volume 11,6% menor que o de janeiro e 11,5% abaixo do apresentado no segundo mês de 2014. Os números da Cetip mostram também que o leasing foi a modalidade que mais perdeu mais espaço. As 3,8 mil unidades entregues por essa modalidade em fevereiro apontam recuo de 45,7% ante o mesmo mês de 2014. O consórcio foi a forma de venda parcelada que apresentou a menor queda em fevereiro. Foram 60,7 mil unidades por meio de cotas contempladas, recuo de 14% na comparação com fevereiro de 2014. A menor retração da modalidade está vinculada aos autos usados, que registraram 17,1 mil unidades vendidas por essa forma de parcelamento. A retração foi de apenas 1,2% ante fevereiro de 2014. Diretor diz que Petrobras deve reduzir investimento em gás e energia 17/03/2015 - Fonte: Conexão Marítima O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Hugo Repsold, disse que a verticalização da companhia no mercado de energia é um “erro estratégico” e sinalizou que a empresa deve reduzir os investimentos na área de gás e energia. O diretor reforçou, ainda, que a companhia não tem gás natural para oferecer a termelétricas nos próximos leilões de energia. “Não acho que dá para fazer tudo numa empresa”, disse o executivo, sobre a verticalização da estatal. “Colocar a Petrobras para investir em todas as dimensões é um erro estratégico, vai drenar recursos importantes para outras áreas”, complementou Repsold, em evento no Rio.Sem entrar em detalhes sobre a possibilidade de desinvestir na área, o diretor citou como exemplo o esforço despendido pela companhia para ampliar as redes de distribuição de gás canalizado. “Hoje a Petrobras participa de 22 distribuidoras de gás. É um trabalho que precisa de uma expertise de comercialização e desenvolver isso demora”, disse o diretor.Este mês, a Petrobras lançou um programa de desinvestimentos de US$ 13,7 bilhões para o biênio 2015/2016. A área de Gás e Energia, segundo a companhia, deve concentrar 40% desse plano de vendas de ativos. Receita da indústria cai em todas as regiões do Estado 17/03/2015 - Fonte: Jornal do Comércio O ano não começou nada bem para a indústria mineira. Enquanto o faturamento do parque produtivo do Estado, em geral, recuou 10% no primeiro mês de 2015 ante o mesmo período de 2014, todas as seis regiões avaliadas pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) no interior apresentaram recuo na receita no mesmo tipo de comparação. A maior queda ocorreu no Leste e chegou a 50,1%, com grande participação do setor de produtos metálicos. E até mesmo o Triângulo, que vinha apresentando sucessivos resultados positivos, mesmo diante do cenário adverso, amargou perda de 12,03% no primeiro mês deste exercício. De acordo com a economista da Fiemg Annelise Rodrigues Fonseca, embora para o período já sejam esperados resultados mais fracos, em função da sazonalidade que engloba baixa demanda, feriados e férias coletivas, a retração no faturamento industrial nas regiões superou - e muito - os resultados do ano passado. E o motivo, segundo ela, é a crise econômica pela qual passa o país. "Ainda é cedo para dizermos quais são os impactos da instabilidade política e econômica do Brasil na indústria. Mas os resultados do primeiro mês já indicam que não são bons", afirma. Embora Annelise Fonseca ainda não faça projeções sobre o desempenho industrial no decorrer de 2015, ela pondera que tudo dependerá do que vai ser feito pelo governo federal daqui para frente. "O que podemos dizer é que até agora não existe luz no fim do túnel. O empresário segue pessimista em relação ao país e não vai realizar investimentos", explica. A retração no faturamento no Leste mineiro chegou a 50,1% em janeiro de 2015 contra o primeiro mês de 2014. Segundo os dados da Pesquisa Indicadores Industriais Regionais (Index-Regionais), as horas trabalhadas sofreram redução de 10,06% no mesmo período, enquanto o nível de emprego e a massa salarial se mantiveram positivos em 5,88% e 1,5%, respectivamente. O nível de ocupação da capacidade instalada (Nuci), por sua vez, saiu de 85,49% para 85,66%. No Norte, a queda do faturamento chegou a 43,75% no primeiro mês deste ano sobre o anterior. As horas trabalhadas fecharam em -29,08%, o emprego em -9,55% e massa salarial em -14,34%. A Nuci de janeiro de 2014 havia sido de 75,85%, enquanto que em 2015 ela chegou a 64,05%. A economista da entidade destaca que, neste caso, as indústrias de produtos têxteis e alimentícios tiveram grande influência, já que seus resultados foram muito ruins. No Sul, mais uma vez, a atividade automotiva foi a principal responsável pelo recuo de 19,14% no faturamento da indústria. Em janeiro deste ano as horas trabalhadas recuaram 15,75%, o emprego 12,19% e massa salarial 15,68%, sempre frente ao mesmo mês do ano passado. O nível de ocupação da capacidade chegou a 68,46%, ante 76,55% em 2014. No Centro-Oeste, as receitas foram 14,13% menores que janeiro de 2014, as horas trabalhadas caíram 25,29%, o emprego diminuiu 20,67% e a massa salarial recuou 20%. A Nuci foi de 59,29% contra 64,34% no ano passado. "O destaque negativo no CentroOeste ocorreu por conta da metalurgia, setor que tem sofrido bastante na região", diz ela. Annelise Fonseca destaca ainda a situação do Triângulo. Ela lembra que até o fim do ano passado, a região vinha se destacando entre as demais, em função do desempenho positivo por conta dos investimentos das indústrias de produtos químicos. No entanto, nem mesmo a região conseguiu aumentar o faturamento industrial no início de 2015. "O recuo foi menor do que nas outras partes do Estado, mas ocorreu. Com a sazonalidade, o setor de produtos alimentícios, que tem grande representatividade na região, apresentou queda significativa", destaca. Além da queda de 12,03% no faturamento, as horas trabalhadas recuaram 9,76%, o emprego caiu 3,13% e a massa salarial retraiu 2,96%. A Nuci neste caso foi de 80,56%. Por fim, a Zona da Mata, onde a queda foi puxada pelo setor têxtil, registrou a menor queda no faturamento de janeiro: 6,11%. As horas trabalhadas caíram 11,9%, a massa salarial ficou estável (0,06%) e o emprego cresceu 1,73%. Sistema elétrico do país preocupa 17/03/2015 - Fonte: Conexão Marítima O Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) vai permanecer no teto regulatório de R$ 388,48 nesta semana em todos os submercados, conforme boletim da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O valor revela que as chuvas recentes não foram suficientes para deixar os reservatórios do país em uma situação confortável. A situação preocupa especialistas por causa do fim do período chuvoso já no final deste mês. Chegou a hora de se definir entre um racionamento ou deixar o país chegar a um colapso energético. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a energia armazenada nos reservatórios do sistema Sudeste/Centro-Oeste (o mais representativo do país) ficou a 23,49% da média histórica. No mesmo período de 2014, quando a situação já era considerada crítica, o nível do mesmo subsistema estava em 36,26%. "Nós chegamos no nível mais baixo da média histórica nos grandes reservatórios. E a demanda está cada dia maior. Se alcançarmos picos de temperatura como no ano passado, com certeza, o sistema entrará em colapso", afirma o sócio-diretor da Enecel Energia, Raimundo de Paula Batista Neto. O especialista explica que a única opção para evitar que ocorram os temidos apagões em um futuro próximo é a adoção de uma política de racionalização do consumo o mais rápido possível. Porém, o problema é que as projeções do governo são otimistas, o que impede uma tomada de decisão imediata. Afluências - Segundo o boletim da CCEE, as afluências previstas para o Sudeste no mês de março serão melhores do que o esperado anteriormente. Os números foram revistos para cima, saindo de 69% da média histórica para 75%, o que representa uma elevação de 3.300 Megawatts Médios. O mesmo documento prevê temperaturas mais amenas para o Sudeste, o que levaria a uma redução no consumo em 300 Mw médios comparado com a previsão anterior. Para as demais regiões a demanda deverá ficar estável nessa fase. Para o presidente da Trade Energy, Walfrido Avila, as previsões estão mais otimistas do que deveriam. Ele explica que o período chuvoso encerrará em março, o que inviabiliza uma melhora considerável dos reservatórios. O especialista explica que um grande gargalo para o sistema energético brasileiro é a ausência de novos reservatórios. Em decorrência das restrições ambientais, o governo optou por apostar em usinas com reservatórios menores, as chamadas fio d"água. Dessa forma, em momentos de secas, as reservas disponíveis são baixas. "Há mais de dez anos que não fazemos reservatórios. Por isso, quando falta chuva entramos em colapso. Enquanto não fizermos mais reservatórios ficaremos sempre na berlinda", afirma. E o valor do PLD no teto não é o único preço a ser pago pela energia. Como o governo federal reduziu artificialmente neste ano o teto, que antes era de R$ 822,83 o MW, a diferença será paga por meio do Encargo de Serviço do Sistema (ESS). Ou seja, a conta paga pelo consumidor permanecerá nas alturas. Arcelormittal não espera novo corte de capacidade na Europa 17/03/2015 - Fonte: INDA O grupo siderúrgico ArcelorMittal afirmou que não planeja novos cortes de capacidade na Europa, mesmo que importações baratas pressionem ainda mais os preços de aço este ano. "Absolutamente não", disse o presidente das operações alemãs da ArcelorMittal, Frank Schultz, à Reuters nesta segunda-feira, quando perguntado se novos cortes de capacidade estavam sendo planejados na Europa. "Fizemos nossa lição de casa. Ajustamos nossa capacidade." A ArcelorMittal fechou usinas na Bélgica e paralisou outras na Alemanha e França depois da crise financeira de 2008, e desde então a demanda por aço ainda não se recuperou totalmente. A capacidade de produção pode ainda exceder a demanda na Europa em até 30 por cento, afirmou a ArcelorMittal em relatório anual de 2014. A companhia, maior produtora de aço do mundo, afirmou que 19 de seus 25 alto-fornos na Europa estão atualmente em operação e Schultz afirmou que não há planos de desacelerar ou suspender atividade de qualquer um deles, com exceção para possíveis reparos. A demanda por aço deve subir quase 2 por cento na Europa este ano, com início de recuperação nos setores de veículos e construção civil. Siderúrgicas de vários países acusam a china de causar danos com ‘Dumping 17/03/2015 - Fonte: The Wall Street Journal A imensa indústria siderúrgica da China, determinada a continuar produzindo mesmo com a desaceleração da economia doméstica, está inundando o mundo com exportações, o que tem levado rivais de outros países a pedir proteção a seus governos contra os preços em queda. Da União Europeia até a Coreia e a Índia, o excesso de oferta do aço produzido na China está desmantelando padrões de comércio e incitando disputas entre produtores locais. Nos Estados Unidos, o segundo maior consumidor de aço do mundo, uma nova onda de demissões tem incentivado empresas a solicitar subsídios. Siderúrgicas americanas como a U.S. Steel Corp. X +0.73% e a Nucor Corp. NUE +1.09% começam a procurar apoio político para medidas protecionistas. As exportações de aço da China cresceram 63% em janeiro ante um ano atrás, para 9,2 milhões de toneladas, um aumento que as coloca no caminho de ultrapassar os 82,1 milhões de toneladas exportadas no ano passado. Em 2014, o total já havia sido 59% maior que o de 2013 e consistido no maior volume de aço já exportado por um país neste século. A China produz um volume de aço igual ao do resto do mundo somado — quatro vezes maior que o auge da produção americana, nos anos 70. Mas à medida que a China desacelera, o excesso de aço que a indústria chinesa não absorve é exportado. O uso de aço pela China cresceu apenas 1% em 2014 e o ritmo se reduzirá ainda mais este ano, para 0,8%, segundo a Associação Mundial de Aço, devido ao esfriamento do setor imobiliário chinês. As usinas chinesas não reduziram suas operações para acompanhar a mudança. A produção delas tem sido sustentada pela queda nos preços do minério de ferro, o principal ingrediente na fabricação do aço. A recusa das usinas em reduzir a produção apesar da desaceleração da demanda é o que tem irritado a indústria siderúrgica no resto do mundo. Os diretores-presidentes das principais siderúrgicas americanas disseram, na semana passada, que iriam depor no fim do mês em uma audiência de um grupo formado no Congresso americano em defesa do setor siderúrgico, medida que muitos advogados especializados em comércio dizem ser um prelúdio para a abertura de pelo menos uma queixa “antidumping” na Comissão Internacional de Comércio. “Dumping”, ou a venda de produtos abaixo do custo de produção para aumentar participação de mercado, é uma prática ilegal segundo as leis da Organização Mundial de Comércio, e punida com tarifas. As exportações chinesas para os EUA, que cresceram 40% em janeiro em relação a um ano antes, pressionaram ainda mais os preços, já afetados pela redução na perfuração de poços de petróleo e a consequente retração na demanda por tubos de aço. O índice padrão de “bobinas de aço laminadas a quente” caiu 18%, para US$ 492 por tonelada, desde 1o de janeiro. As lideranças do setor de aço na Europa se reuniram com a representante de comércio da Europa, Cecilia Malmström, na semana passada, para pedir mais proteção tarifária, diz Robrecht Himpe, vice-presidente executivo da ArcelorMittal MT +0.59% Europe e presidente do grupo de lobby de aço da Europa, Eurofer. Tanto os EUA quanto a União Europeia já têm tarifas em vigor para uma série de produtos de aço da China, mas as empresas as consideram insuficientes. Elas dizem que o que é exigido delas para demonstrar os danos provocados pelas exportações chinesas é muito difícil de cumprir. “Temos que sofrer antes de receber algum alívio”, diz Debbie Shon, diretora de comércio internacional da U.S. Steel. A U.S. Steel demitiu 614 funcionários na semana passada, em um processo que fechará temporariamente uma fábrica em Lorain, no Estado americano de Ohio. A U.S. Steel já fechou seis fábricas desde 2014 e, neste ano, já demitiu ou emitiu avisos prévios para cerca de 3.500 empregados. A União Europeia tem seis investigações em andamento que podem levar a aplicação de tarifas sobre vários produtos como braçadeiras e cabos de aço, diz um porta-voz da UE. Os países da UE importaram 4,5 milhões de toneladas de aço da China em 2014, ante 1,2 milhão de toneladas em 2009. Em dezembro, as coreanas Hyundai Steel 004020.SE +3.40% e Dongkuk Steel001230.SE +0.48% entraram com um pedido de criação de um imposto antidumping entre 18% a 33% sobre o aço chinês. A Comissão Antidumping da Austrália está investigando dezenas de casos de supostas práticas de dumping de produtos de aço com preços baixos de países da Ásia, incluindo a China. O ministro da Indústria australiano, Ian Macfarlane, diz que a alegação é que siderúrgicas de outros países estão realizando pequenas alterações nos produtos de aço ou fazendo-os passar por outros lugares para evitar as leis antidumping da Austrália. As siderúrgicas dos EUA se queixam de uma prática similar, afirmando que a China frequentemente envia aço para ser processado na Coreia do Sul, antes de embarcá-lo para os EUA. Na Índia, onde as importações de alguns produtos de aço chineses mais baratos subiram em torno de 200% entre abril de 2014 e janeiro deste ano, alguns produtores de aço buscam medidas comerciais como impostos maiores, diz Jayant Acharya, diretor comercial da JSW Steel. 500228.BY +1.30% “Algumas ações comerciais são necessárias” diz o executivo. Ele afirma que certos produtos de aço que custavam US$ 550 por tonelada em outubro caíram para US$ 150 com as importações chinesas. As siderúrgicas chinesas dobraram suas exportações para a Índia no ano passado, para 2,8 milhões de toneladas, segundo relatório do ING Bank. Alguns produtores temem que o pior ainda esteja por vir. Apesar de um recente corte nos juros, a demanda dos setores de construção e infraestrutura da China deve permanecer reprimida após uma rápida expansão, dizem analistas. Isso significa que a demanda doméstica por aço não deve se recuperar logo. O setor de aço da China se beneficia de uma mão de obra relativamente barata e, apesar de regras mais severas para o mercado de crédito, as siderúrgicas estatais continuam tendo suas dívidas refinanciadas, dizem analistas, que também apontam para o enfraquecimento do yuan como uma vantagem. Além disso, as produtoras de aço da China podem, agora, ganhar um impulso de investidores estrangeiros. A siderurgia será um dos setores abertos ao investimento estrangeiro, segundo informou, na sexta-feira, a Comissão de Desenvolvimento Nacional e Reforma da China. Ação on da Usiminas amplia ganhos e tem alta de 33,99% 17/03/2015 - Fonte: The Wall Street Journal As ações ordinárias da Usiminas ampliam nesta segunda-feira os fortes ganhos obtidos na sexta-feira e subiam, nesta tarde, 32,99%, para R$ 17,94 cada. Os papéis PNA mostravam desempenho bem mais tímido, com alta de apenas 0,41%, a R$ 4,88, enquanto o Ibovespa avançava 0,1%. Na avaliação de um analista ouvido pelo Valor, que pediu para não ser identificado, o avanço das ações da Usiminas hoje, depois de terem subido 39% na sexta-feira, reflete justamente a “corrida” por papéis ordinários da siderúrgica, empreendida tanto pelo empresário Lirio Parisotto quanto pela Ternium-Techint. Para esse profissional, investidores que não estão diretamente relacionados à disputa pelo controle da Usiminas podem estar contribuindo para esses ganhos, ao comprar ações ON na expectativa de vendê-las a um dos dois grupos com algum prêmio. “Mais instituições podem estar envolvidas”, apontou. Parisotto, acionista minoritário da Usiminas por meio do fundo L. Par, entrou com pedido na empresa na semana passada de convocação de uma assembleia geral extraordinária (AGE) para se eleger um novo controle de administração da siderúrgica. O empresário é candidato à vaga de presidente do conselho, no evento que deve recompor e reformular o colegiado. Na AGE, os minoritários ordinaristas, donos de 10,01% das ações, é que devem definir o novo presidente do conselho, uma vez que os controladores Ternium-Techint e Nippon Steel & Sumitomo travam uma batalha judicial sobre a gestão da Usiminas e devem ficar impedidos de votar. Para isso, o L. Par, de Parisotto, precisa contar com 5% de ações ON (próprias e de outros acionistas apoiadores de seu nome). A AGE, segundo apurou o Valor, deve ser convocada entre quarta e quinta-feira desta semana. A assembleia seria realizada em 2 ou 6 de abril. A Ternium trabalha para que as mudanças no conselho sejam feitas na AGO de acionistas em 28 de abril. Ao preço atual, as ON de Usiminas já superaram com folga os R$ 12 pagos pela Ternium por papel detido pela Previ na companhia. Em 2 de outubro, o fundo de pensão confirmou um acordo para venda de uma fatia de 10,4% no capital ordinário na siderúrgica para o grupo ítalo-argentino, em operação que superou os R$ 616 milhões. “Esses R$ 12 podem funcionar como um preço informal para as ações ON. Ao superar esse valor, a indicação é a de que os preços estão incorporando um eventual tag along [prêmio de 80% pela troca de controle na empresa]”, afirmou o analista. Para ele, porém, essa aposta é arriscada, uma vez que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ainda não se posicionou sobre o pleito da CSN, maior acionista fora do bloco de controle da Usiminas, de pagamento de tag along por troca de controle a partir da entrada do grupo Ternium na Usiminas. Parisotto também encaminhou à CVM uma manifestação nesse sentido, apoiando o pedido da CSN. Além disso, caso a decisão seja favorável à CSN, não está claro se os investidores que compraram ações ON depois da entrada do grupo ítalo-argentino também teriam direito a receber esse prêmio. AL importa 11,4% do aço Chinês 17/03/2015 - Fonte: INDA Segundo dados da Associação Latino-Americana de Aço (Alacero), a China exportou 9,4 milhões t de aço laminado para o mundo em janeiro de 2015, 59% a mais que em janeiro de 2014. Deste total, 1,1 milhão t ou 11,4% foi destinado para a América Latina. O volume para a região é 73% superior aos 623 mil t do mesmo mês de 2014. A região é apenas ultrapassada pela Coreia do Sul, que recebeu 1,2 milhão t (com uma participação de 12,4%) no mês. Vietnã, terceiro destino, recebeu 904.796 t (9,6%) em janeiro de 2015. Os principais destinos da América Latina para o aço laminado da China em janeiro foram: México, que recebeu 208.700 t (19% da região); Brasil, 188.027 t (17%); e América Central, 130.914 t (12%). No primeiro mês do ano, os países que mais aumentaram proporcionalmente suas importações de laminados da China em comparação com janeiro 2014 foram: Argentina (cresceu 427%), México (325%), Equador (208%) e República Dominicana (204 %). No entanto, no caso da Argentina e República Dominicana os volumes que foram recebidos ainda são baixos (perto de 30 mil t no mês passado, com uma participação de 3% cada um, do total exportado pela China para a região). Os produtos planos foram responsáveis por 58% do aço laminado importado da China em janeiro de 2015, atingindo 621.664 t. Entre estes, os destaques são Folhas e outras bobinas de aço de liga (281.632 t, 45% dos aços laminados importados); Galvanizados a quente (121.163 t, 19%); Bobinas a frio (92.873 t, 15%). Os aços longos exportados pela China para a América Latina atingiram em janeiro 407.769 t, concentrados principalmente em Fio-máquina (198.463 t, 49% dos aços longos), Barras (149.474 t, 37%). " Mineração pode gerar 83 mil empregos no Pará em 5 anos 17/03/2015 - Fonte: INDA A mineração deve gerar mais de 83 mil empregos no Pará até 2020, segundo estimativa divulgada por José Fernando Gomes Junior, presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral). Ele esteve presente na sessão especial na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), em comemoração ao dia estadual da mineração. Segundo Gomes, entre os desafios do setor, que neste mesmo período deve movimentar em torno de US$ 31 bilhões em investimentos, estão as barreiras logísticas e tributárias. “Todo aumento de carga tributária preocupa o setor. Somos o segundo elo na cadeia produtiva e nossa preocupação é de que estes fatores possam afetar o resultado final que é o consumidor”, disse. Durante o evento, o presidente do Simineral destacou avanços, como a internalização dos empregos, citando por exemplo, que na Mineração Rio do Norte, hoje, 87% das contratações são preenchidas por paraenses. Ele, porém, chamou atenção para a necessidade do país em avançar na retomada da discussão do pacto federativo, que tem penalizado o Pará nas exportações, bem como na conclusão de obras importantes como a ferrovia Norte Sul, a hidrovia do Araguaia Tocantins e a construção de novos portos que possam melhorar o escoamento da produção. O presidente da Frente Parlamentar da Mineração, deputado Raimundo Santos (PEN), que requereu a sessão, destacou a importância da união de esforços para pressionar o Congresso a destrancar estas pautas, em especial, a discussão do novo marco regulatório da mineração e da regulamentação da Lei Kandir. “Tem que oficializar os nomes de quem vai acompanhar essas discussões destes dois projetos em Brasília porque são questões que vão ao encontro de tudo aquilo que estamos debatendo há tantos anos”, afirmou Santos. De acordo com Santos, outra prioridade da Frente Parlamentar é fazer com que a sociedade se aproprie destes debates, até mesmo como uma forma de pressionar o governo federal a concluir obras importantes como o derrocamento do Pedral do Lourenço. O superintendente do Sebrae no Pará, Fabrizio Guaglianone, anunciou investimentos de R$ 2 milhões para capacitação de micro e pequenos empresários que atuam no setor. Segundo ele, os cursos que serão ofertados nos municípios de Parauapebas, Ourilândia, Canaã dos Carajás e Belém, terão como foco não apenas o atendimento, mas também o acesso ao mercado com mais independência dos grandes projetos mineradores. A expectativa é que a produção dos pequenos empreendedores aumente entre 5% a 15% nos próximos anos. Governo quer implementar redução de frota de caminhões de carga 17/03/2015 - Fonte: INDA Com caminhões demais e mercadoria de menos, o governo começa a implementar neste ano uma política para diminuir a quantidade de veículos autorizados a fazer transporte de carga no país. Todos os veículos registrados na ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) para fazer frete serão recadastrados e ganharão chip e adesivo para que possam ser fiscalizados automaticamente numa rede com cerca de 200 pontos de vistoria no país. Carga pesada A partir de maio, os primeiros novos pontos de fiscalização estarão em teste no Rio Grande do Sul. Em junho, os primeiros caminhões devem ganhar o novo equipamento. "Nossa intenção é tirar do sistema aquele que está cometendo irregularidades", afirmou o diretor-geral da ANTT, Jorge Bastos. Um enxugamento com aperto da fiscalização no transporte rodoviário de carga, que inflou nos últimos anos pela facilidade para a compra de caminhões novos e a queda na atividade econômica, é visto como ideal para reequilibrar o sistema. Há, no entanto, pressão de caminhoneiros e empresas para que a solução para a queda no preço dos fretes seja maior regulação. Entre as propostas, estão a criação de uma tabela com valor mínimo de frete e vale-diesel. Após a paralisação dos caminhoneiros que ocorreu no fim de fevereiro e no início deste mês, grupos de representantes do governo federal, empresários e caminhoneiros debatem o tema. Frota O país tem 3,2 milhões de caminhões, dos quais quase metade está apta a fazer frete (pegar carga de outra empresa e levá-la ao destino). A outra metade pode operar apenas para a própria empresa, sem registro da ANTT. Nos últimos cinco anos, incentivos diversos –de juros subsidiados a diesel barato– fizeram com que a frota aumentasse 24%. Os caminhões novos entraram sem que os velhos saíssem, sobretudo quando os preços do frete subiam artificialmente, como quando o preço dos grãos explodiu. A estimativa do economista Ricardo Gallo, da consultoria KonSCIO, é que o país tenha hoje um excedente de 300 mil caminhões. O descasamento entre oferta e demanda achata o valor do frete e pesa principalmente sobre caminhoneiros autônomos (45% dos fretistas), que, para negociar, dependem de agenciadores – empresas que se responsabilizam pela documentação do transporte e chegam a ficar com 40% do valor do frete. Outro problema é que, sem fiscalização, menos de 15% dos fretes têm o registro necessário na ANTT para garantir que o caminhoneiro receba, além do valor do transporte, verbas como pedágio. Segundo dados do BNDES, o programa Procaminhoneiro, que recebia subsídios do Tesouro, financiou quase 70 mil veículos com R$ 11,7 bilhões desde 2007. Essas operações são uma fração dos financiamentos e se concentram em grandes empresas. Por isso, o governo federal ainda não sabe o que fazer. Procurada, a Fazenda não comentou o tema. Pela 1ª vez em 10 anos, construção civil demite mais que contrata 17/03/2015 - Fonte: INDA Em janeiro deste ano, pela primeira vez desde 2003, o setor de construção civil demitiu mais do que contratou. Foram eliminadas 9.729 vagas com carteira assinada no setor. Os dados são do Ministério do Trabalho e ilustram um cenário pessimista para um setor que sempre foi considerado a “menina dos olhos” do mercado trabalho. As principais causas da crise são a Operação Lava-Jato, que investiga empreiteiras acusadas de corrupção, e a redução do investimento do governo no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Entre as construtoras que reduziram o número de funcionários está a Amorim Barreto. Responsável pelas obras na BR-116, a empresa tinha 730 funcionários em dezembro do ano passado. Hoje, são cerca de 300. Para completar, o governo adiou para 2016 a ordem de serviço para o início das obras da rodovia. “O que estava previsto para hoje só vai sair no ano que vem. O planejamento é zero no nosso setor. Você abre a empresa, corre riscos, emprega e não pode se programar. Para a BR-116, uma obra de R$ 270 milhões, eu contrataria pelo menos 500 pessoas. Trabalhar para o governo é muito difícil, e a estrada está precisando de reforma, porque está em péssimo estado”, diz Hildebrando Amorim, dono da Amorim Barreto. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), órgão que representa o setor, há previsão de que até o fim do ano a força de trabalho da construção civil vai encolher até 15%, com cerca de 300 mil demissões. Essa tendência pode aumentar a lentidão nas obras públicas. “As empresas vão diminuir o ritmo e passar a demitir, pois não veem no horizonte os pagamentos pelo que estão produzindo”, alerta José Carlos Martins, presidente da CBIC. Em nota, o Ministério do Planejamento, responsável pelas obras do PAC e do programa Minha Casa Minha Vida, informou que o governo vem adotando uma série de ajustes fiscais para sanar o problema, e garantiu que os projetos prioritários serão mantidos. “É importante ressaltar que os investimentos públicos dos programas prioritários estão mantidos. Provavelmente haverá alguma adequação, mas mesmo com esforço fiscal haverá, e já está ocorrendo, um grande investimento público neste ano”, diz o órgão. Perspectiva dos empresários sobre construção piora em fevereiro 17/03/2015 - Fonte: INDA A 62ª Sondagem Nacional da Indústria de Construção Civil, relativa a fevereiro, indica piora nas perspectivas dos empresários sobre o desempenho das companhias do setor. Realizada pelo SindusCon-SP e pela FGV, a pesquisa mostra continuação da tendência de queda observada ao longo do ano passado. A percepção dos empresários sobre o desempenho atual de suas construtoras caiu 5,9% na comparação com o último levantamento, feito em novembro, e recuou 23,6% em 12 meses. No que diz respeito às dificuldades financeiras, a percepção das empresas do setor aumentou 1% em relação ao trimestre anterior e cresceu 6,9% em um ano. Dentre os piores indicadores, está o que aponta para as perspectivas de crescimento econômico — a queda foi de 12,4% sobre novembro e de 53,95% em 12 meses. As apostas para os próximos meses também são pessimistas. Houve queda de 10,4% no indicador em fevereiro sobre novembro. Em 12 meses, o recuo foi de 26%. Para o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, “os empresários do setor se sentem reféns de uma política econômica mal-sucedida, que resultou em crise econômica e política”. Ele defende ainda a implementação de um ajuste fiscal por meio de corte de gastos, de forma a poupar o setor empresarial. A entidade critica o fim das desonerações concedidas às empresas. Mercado diminui projeção para o PIB e prevê inflação em 7,93% 17/03/2015 - Fonte: INDA Depois de o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro ter ficado bastante alto e o de fevereiro, acima das expectativas, a projeção para a inflação em 2015 está cada vez mais perto dos 8%, segundo analistas consultados pelo Banco Central no Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 16. A previsão para o IPCA passou a ser de 7,93%, ante os 7,77% registrados na estimativa da semana anterior. Para 2016, a projeção para o indicador passou de 5,51% para 5,60% Mesmo com a melhora nos números da economia após a revisão dos dados de 2010 e 2011 do Produto Interno Bruto (PIB), especialistas preveem retração de 0,78% na atividade econômica este ano, ante os 0,66% divulgados na semana passada. Mais uma vez apresentando forte piora, a produção industrial foi o estopim para uma nova correção para baixo das previsões do mercado para o PIB de 2015. Há quatro semanas, a estimativa era de queda de 0,42%. Esta foi a décima primeira revisão seguida para baixo desse indicador. Para o ano que vem, a estimativa é de expansão de 1,30%, redução de 0,1 ponto porcentual em relação aos 1,40% registrados na semana passada. Os economistas, no entanto, não alteraram suas estimativas, para este ano, para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB. A mediana das previsões ficou estável em 38,00% - mesmo porcentual de quatro semanas atrás. No caso de 2016, as expectativas foram reduzidas de 39,15% para 38,90% de uma semana para outra - um mês atrás estava em 38,55%. Câmbio. A estimativa dos analistas consultados pelo Banco Central é de que o dólar comercial seja negociado a R$ 3,06 no fim do ano. A projeção anterior era de R$ 2,95. Já a previsão para o fim de 2016 passou de R$ 3,00 para R$ 3,11. Juros. Para a reunião do mês de abril do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, foi mantida a expectativa de que o colegiado promoverá um novo aumento da taxa básica de juros (Selic), mas desta vez menor do que o ritmo que vinha sendo usado. Pelo boletim, a expectativa é de que o aperto seja de 0,25 ponto porcentual, para 13,00% ao ano. Há um mês, no entanto, a previsão era de que a Selic encerrasse 2015 em 12,75% ao ano. Como houve congelamento das estimativas, a taxa média do ano foi mantida em 12,88% ao ano, como na semana passada. Quatro semanas antes, no entanto, a taxa estava em 12,78% ao ano. Para o fim de 2016, a mediana das projeções também foi mantida em 11,50% ao ano de uma semana para outra. Esta é a décima primeira semana consecutiva que a taxa está estacionada neste patamar.