Informativo oficial do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul CONTRATO Nº 066/2002 ECT/DR/MS X CRM/MS Mato Grosso do Sul - Junho de 2006 Sede do Conselho dispõe de vários benefícios As dependências da sede do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul podem ser utilizadas de diversas formas pelos médicos. Basta ir até lá e conferir tudo o que está à disposição. O profissional que precisar de alguma sala do prédio para palestras, cursos, conferências ou reuniões, só precisa agendar antecipadamente com as assistentes administrativas. Saiba de tudo o que a sede possui lendo a matéria na Página 3. Curso de atualização é oferecido para médicos Última edição foi publicada em setembro, totalmente revisada e atualizada Cerca de 35 pessoas estão participando do evento Profissionais do interior do Estado sem registro de especialidade no CRM estão participando da Educação Médica Continuada, um curso gratuito que aborda várias áreas da medicina. É a primeira vez que acontece este tipo de atividade. Os organizadores do evento visam à atualização destes médicos e esperam que cada vez mais pessoas participem. Até agora, aproximadamente 60% dos inscritos compareceram. Página 5 CBHPM defende remuneração justa e equilibrada No último fim-de-semana do mês de abril, em Campo Grande, lideranças médicas discutiram diversos assuntos que envolvem o atual quadro da medicina no país, entre eles a CBHPM. Estiveram presentes a Comissão Nacional de Consolidação e Defesa da CBHPM, formada por representantes da AMB, do CFM Clínico-geral soma oito recordes em paraquedismo Dr. Djalmir Seixas César é clínico-geral e paraquedista. Ele é instrutor de saltos há mais de 10 anos e, quando não está exercendo a profissão nos hospitais e clínicas de Campo Grande, o médico pode ser visto no céu desafiando os limites da gravidade. No total, Djalmir já realizou mais de 2.500 saltos. Página 7 e da Federação Nacional dos Médicos, e as Comissões Estaduais de Honorários Médicos. O trabalho constante da Comissão Nacional de Honorários Médicos busca, através dos parâmetros da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos, garantir uma re- muneração digna à classe médica. Em sua quarta edição, a CBHPM alterou de alguma maneira cerca de 700 procedimentos. Para João Caetano, da Unimed do Brasil, quanto mais cedo a Classificação for adotada por todas as Singulares, menos problemas operacionais acontecerão. Página 4 Entrevista com o representante do CFM na Capital, Dr. Rubens dos Santos Silva Nesta edição, o entrevistado é o médico psiquiatra e 2º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Dr. Rubens dos Santos Silva. Profissional formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), atuando na área há 34 anos, Dr. Rubens se preocupa com a falta de oportunidade de trabalho para os futuros médicos. Ele fala também de outros assuntos como a qualidade das faculdades de medicina no país, as operadoras de saúde e o atendimento ao cidadão. Página 6 2 Informativo Oficial do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul Editorial Mauro Luiz de Britto Ribeiro Presidente do CRM-MS Estamos chegando ao meio do ano de 2006 e continua a luta dos médicos brasileiros por melhores condições de trabalho e remuneração. Quanto às condições de trabalho, persistem as dificuldades em todo o Estado. A sazonalidade das viroses agravou em Campo Grande a superlotação dos postos de saúde e dos Prontos-Socorros dos grandes hospitais, que já operam sempre, e de maneira crônica, acima dos limites de capacidade, em virtude dos pacientes oriundos de outros municípios. No interior, a situação é a mesma, com os postos de saúde e hospitais superlotados. Este cenário, agravado na maioria das vezes pela falta de material e recursos humanos de suporte à atividade médica, são os locais onde somos obrigados a desenvolver nossas atividades profissionais, recebendo remuneração muito abaixo do que seria justo, pela importância e complexidade da prática médica. Diante desta realidade, o médico não pode estar satisfeito. E por não estar satisfeito e mais consciente de seus direitos é que se iniciou um movimento para mudar esta realidade, primeiramente na Santa Casa de Campo Grande há aproximadamente um ano, e que agora se prolifera com a mobilização dos médicos na Santa Casa de Corumbá e na Prefeitura de Dourados. O Conselho Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso do Sul está acompanhando estes movimentos e apóia toda reivindicação que objetive melhorar as condições de atendimento à sociedade, assim como a remuneração dos médicos. Fica o alerta para que se respeite o Código de Ética Médica, que nos obriga a garantir o atendimento de urgência e emergência à população. Quanto à remuneração, em Mato Grosso do Sul, temos muito a comemorar neste aspecto. A Comissão Regional para Implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) conseguiu um avanço nas negociações com a UNIDAS em nosso estado, fechando um acordo satisfatório frente à realidade atual. Isto é notável, visto que esta foi a primeira vez que os médicos foram bem sucedidos de forma coletiva neste tipo de negociação com uma operadora de saúde. Resta-nos permanecermos atentos para que tudo o que foi acordado seja efetivamente cumprido. Por outro lado, permanece a dificuldade em relação à UNIMED, que ainda não implantou a CBHPM, mesmo pagando o CH a 42 reais. Embora entendamos as razões colocadas pela cooperativa, é necessário que urgencializemos a adoção da CBHPM pela mesma, removendo todos os obstáculos pendentes, pois a não implementação pela UNIMED tem dificultado muito as negociações com os Planos de Saúde. Estes alegam que se a própria cooperativa dos médicos não adota a CBHPM pelo impacto gerado em seus custos, por que eles teriam que adotá-la. Questionam qual o direito dos médicos de exigirem dos Planos de Saúde o que não conseguem de suas próprias Cooperativas. Este assunto foi exaustivamente discutido no importante encontro realizado em Campo Grande em 27.04.2006 pelas Diretorias da Associação Médica Brasileira e do Conselho Federal de Medicina, ocasião em que também se reuniram as Comissões Estaduais com a Comissão Nacional de Implantação da CBHPM. A não implantação da CBHPM pelas UNIMEDS foi colocado de forma unânime como um dos maiores obstáculos para as negociações com os Planos e Operadoras de Saúde. Entendemos que, por esta razão, é necessário que todos caminhemos juntos em nível local; que todos nos conscientizemos da importância da UNIMED para esta conquista dos médicos; e que a UNIMED se sensibilize, expondo as dificuldades existentes que impedem a adoção imediata da Classificação, para que as mesmas sejam resolvidas por todos, de forma que a UNIMED possa implementar a CBHPM o mais rápido possível. Esta atitude não pode mais ser postergada. A Diretoria da UNIMED continua a contar com nosso apoio e compreensão, por acreditarmos em seu compromisso para com a classe médica, e por acreditarmos também que seus componentes estão conscientes da importância da posição de nossa cooperativa para que sejamos bem sucedidos em nossa luta pela implantação da CBHPM por todos os prestadores da Saúde Suplementar em nosso estado, de forma a melhorarmos, de maneira imediata, a remuneração de todos os médicos em Mato Grosso do Sul. Mato Grosso do Sul - Junho de 2006 Expediente Informativo oficial do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul Presidente: Mauro Luiz de Britto Ribeiro Vice-Presidente: Sérgio Renato de Almeida Couto 1º Secretário: Antônio Carlos Bilo 2º Secretário: Juberty Antônio de Souza Tesoureiro: Denise Aparecida de Almeida Tamazato Tesoureiro Adjunto: Nelson Tokei Simabukuro Conselheiros-Efetivos: Elson Yamasato, Gil Pacifico Tognini, Flávio Renato Rocha de Lima, José Luiz Saldanha Moreira, Laudison Perdomo Lara Spada, Leidniz Guimarães da Silva, Luciano Freire de Barros, Lúcio Mario da Cruz Bulhões, Luiz Henrique Mandetta, Maria Cláudia Mourão Santos Rossetti, Marcos Paulo Tiguman, Maurício de Barros Jafar, Moacyr Battistetti, Pedro Eurico Salgueiro, Renato Lúcio Martins, Walter Augusto Martinho Conselheiros-Suplentes: Alberto Cubel Brull, Carmen Sandra Mequi, Denise da Silva Gualhanone Nemirovsky, Claudia Emilia Lang, Celso Rafael Gonçalves Codorniz, Eltes de Castro Paulino, Joel Martinez Peixoto, José Antônio de Carvalho Ferreira, Laércio Tadeu Ferreira de Miranda, Luciana Reis Vaz de Moura Covre, Luiz Felipe Terrazas Mendes, Luis Henrique Mascarenhas Moreira, Luzia da Silva Santana, Manuel Gaspar Manso Perez, Maria Aparecida dos Santos Pires, Maria Denise Berri de Oliveira, Moacyr Basso Júnior, Oldemiro Hardoim Júnior, Orozimbo Silva Neto, Renate Vogl Hargesheimer Jornalista Responsável: Maria Alice Raposo DRT: 169/MS Médicos que quiserem enviar sugestões para o Jornal do Médico devem encaminhá-las para o e-mail [email protected], ou pelo correio ao endereço: Rua Des. Leão Neto do Carmo, nº 305, Parque dos Poderes - CEP: 79037-100 3 Conselho possui amplo espaço à disposição dos médicos Mato Grosso do Sul - Junho de 2006 Informativo Oficial do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul O prédio do CRM-MS é localizado no Parque dos Poderes A sede do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul, CRM-MS, fica no Parque dos Poderes, ao lado da Associação Médica. É um lugar muito bonito, com uma fachada moderna e amplo espaço interno. Apesar dos muitos recursos que estão à disposição dos médicos, poucos conhecem o Conselho. O 1º secretário do Conselho, Dr. Antônio Carlos Bilo, alergista, brinca que isso acontece porque os médicos têm medo de aparecer por lá e serem julgados ou cassados. Quem não conhece ou ainda não desfrutou de nenhum benefício do local nem Artigo Célula-tronco é um tipo de célula que pode se diferenciar e constituir diferentes tecidos no organismo. Têm a capacidade de se transformar em células específicas de qualquer tecido ou órgão. O seu nome em português é uma tradução do inglês stem-cell. Stem é caule, haste. O verbo to stem significa originar. Outra capacidade especial das células-tronco é a auto-replicação, ou seja, elas podem gerar cópias idênticas de si mesmas. Os cientistas trabalham com dois tipos de células-tronco de seres humanos: embrionárias (pluripotentes) e adultas (multipotentes), cujas funções e características são diferentes. As células-tronco embrionárias são derivadas de embriões que se desenvolvem de óvulos fertilizados in vitro e doados para propósitos de pesquisa com o consentimento dos doadores. Não são derivados de óvulos fertilizados no corpo da mulher. Estes embriões têm tipicamente quatro ou cinco dias de idade e são, no microscópio, uma bola oca de células chamada blastocisto. As adultas são células indiferenciadas encontradas imagina o que está perdendo. As pessoas que trabalham diariamente no CRM são receptivas e prestativas, atendem sempre com um sorriso no rosto. Gerusa Cordeiro é responsável pela copa e faz tudo com capricho. Hendrix Fabiano é o contador e Juliano Kerber cuida do CPD. Ainda tem o entregador, Carlos Alberto, e os vigias.Aluízia Santos, Maria Aparecida da Costa e Rosenilda de Oliveira são as assistentes administrativas, mulheres que trabalham com dedicação. Maria Aparecida trabalha no Conselho há 28 anos. Desde que entrou, a sede do CRM já mudou de local três vezes, mas ela garante que entre todos esse é o melhor prédio, porque é muito confortável. O doutor que precisar fazer alguma palestra para a classe médica pode utilizar o Auditório, que tem capacidade para 112 pessoas, basta reservar com antecedência. O local é cedido, apenas paga-se uma taxa de R$ 40,00 para a limpeza. Caso precise de mesa de som e data show, o palestrante deve alugar por conta própria. Os julgamentos de processos éticoprofissionais são realizados no Plenário, que acomoda 36 pessoas. É neste mesmo local que os conselheiros se reúnem uma vez ao mês. Existem mais duas salas, uma com 72 e outra com 30 lugares. Elas têm a mesma função e são locadas de acordo com a finalidade do evento e o número de participantes. Com muito conforto, a sala de estar com alguns sofás e mesas de centro é um ótimo lugar para realizar o coffee break dos eventos. O ambiente é amplo e claro. Nele, há dois banheiros, um masculino e um feminino, com adequações para deficientes físicos. Na sala de reuniões ficam livros e revistas que podem ser consultadas pelos médicos. A única recomendação é que a consulta deve ser feita no próprio local. A sala de audiência é utilizada quando algum colega de profissão está sendo julgado ou acusado. Quando são feitas vistorias nos hospitais, clínicas e consultórios da Capital, os responsáveis pela tarefa, geralmente duas pessoas concursadas, podem utilizar a sala de fiscalização. Além de tudo isso, ainda tem a copa, a sala de contabilidade, da presidência, da assessoria jurídica, três salas para arquivos, uma para guardar material em geral, a biblioteca, um jardim de inverno muito bem cuidado e estacionamento para 150 carros. Dr. Bilo admite que a sede do CRMMS é um lugar muito agradável e que mesmo assim é mais freqüentado por membros do Conselho. Os outros médicos quase não passam por aqui, diz. O alergista explica que alguns locais precisam de pequenas reformas, mas que isso depende da liberação de verba pelo Conselho Federal de Medicina, o CFM. Célula-tronco, um novo horizonte de pesquisas entre células diferenciadas dentro de um tecido ou órgão, podendo se renovar e se diferenciar para produzir tipos especializados. Seu papel primário é manter e reparar o tecido no qual elas são encontradas. Estas células podem passar por um fenômeno denominado plasticidade. A terapia com células-tronco trata doenças e lesões através da substituição de tecidos doentes por células saudáveis. Um exemplo é o transplante de medula óssea. A medula óssea do doador contém células-tronco sanguíneas que vão fabricar novas células sanguíneas sadias. Esta terapia poderá no futuro tratar muitas doenças degenerativas, hoje incuráveis, causadas pela morte prematura ou mal funcionamento de tecidos, células ou órgãos. Podemos citar as doenças neuromusculares, diabetes, doenças renais, cardíacas ou hepáticas. Existem substâncias ou fatores de diferenciação que, quando colocados em culturas de células-tronco in vitro (isto é, cultivadas em laboratório) determinam que elas se diferenciem em um certo tecido. Outra possibilidade que está sendo investigada é se células-tronco, em contato com um tecido diferenciado, transformamse naquele tecido. Isso já foi demonstrado com células-tronco embrionárias, mas não se sabe qual é o potencial que célulastronco de cordão (adultas) têm de se diferenciar em vários tecidos. As células-tronco adultas são encontradas em vários tecidos de crianças e adultos, e também no cordão umbilical e na placenta. Entretanto, ainda não se sabe em quais tecidos elas são capazes de se diferenciar. Um estudo recente com células-tronco da medula óssea injetadas no coração da própria pessoa, o autotransplante, sugeriu uma melhora aparente do quadro clínico em pacientes com insuficiência cardíaca. Porém, ainda não se sabe se elas formam um novo tecido cardíaco ou promovem uma neovascularização. A lei que regulamentou as pesquisas com células-tronco é de nº 11.105 de 24/ 03/2005 publicada no DOU de 28/03/ 2005. O Brasil é um dos poucos países a ter tal legislação. As pesquisas com células-tronco embrionárias estão sendo feitas nos países que permitem esses estudos. A clonagem terapêutica é a transferência de núcleos de uma célula para um óvulo sem núcleo. A grande vantagem é que esse novo óvulo ao dividir-se gera, em laboratório, células potencialmente capazes de produzir qualquer tecido. Evitaria a rejeição se o doador fosse a própria pessoa. A clonagem reprodutiva humana, condenada por todos os cientistas, é a técnica pela qual pretende-se fazer uma cópia de um indivíduo. Nessa técnica, transfere-se o núcleo de uma célula (adulto ou embrião) para um óvulo sem núcleo. Se o óvulo com esse novo núcleo começasse a se dividir, fosse transferido para um útero humano e se desenvolvesse, ter-se-ia uma cópia da pessoa de quem foi retirado o núcleo da célula. A diferença entre os dois procedimentos é que na clonagem terapêutica as células são multiplicadas em laboratório para formar tecidos e na reprodutiva requer a inserção em útero humano. Luís Henrique Mascarenhas Moreira Médico Hematologista Conselheiro-Suplente do CRM-MS 4 Informativo Oficial do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul Mato Grosso do Sul - Junho de 2006 CBHPM Evolução da consolidação depende do envolvimento da classe médica A Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) é o parâmetro de honorários médicos que pretende garantir uma remuneração mínima e equilibrada dos serviços prestados. A CBHPM surgiu da ação unificada da Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina, Federação Nacional dos Médicos e Sociedades de Especialidades Médicas. Esta importante conquista busca preservar o respeito ao profissional médico, como também ampliar a qualidade no atendimento ao paciente. O progresso escalonado da remuneração médica considerado pela proposta tem a seguinte cronologia para as consultas médicas: R$ 40,00 até 30 de junho e chegaria a R$ 42,00 a partir de 1º de julho. Totalmente atualizada e revisada, a Classificação já está na quarta edição, na qual cerca de 700 procedimentos tiveram algum tipo de alteração. Em um comunicado oficial publicado em setembro do ano passado, a Comissão Nacional de Honorários Médicos da AMB (Associação Médica Brasileira) relata que apesar dos esforços aplicados na revisão deste documento, ainda não atingimos a perfeição; por isso acreditamos que este trabalho deverá estar em constante processo de aperfeiçoamento. Após a publicação da quarta edição da CBHPM, em setembro de 2005, aconteceram ainda alguns questionamentos da Unidas e do Sistema Unimed, que poderiam impossibilitar sua implantação. Estes ajustes foram realizados e resumidos na Resolução Normativa da Comissão Nacional de Honorários Médicos nº 1/2006 assinada em março pelo presidente da Associação Médica Brasileira, José Luiz Gomes do Amaral, pelo presidente da Câmara Técnica Permanente da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos, Amílcar Martins Giron, pelos representantes da Unidas (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde), Walter Lyrio do Valle, e da Unimed do Brasil, João Batista Caetano e Jurimar Alonso, além do presidente do Conselho Científico da AMB, Giovanni Guido Cerri. Os ajustes contidos nesta Resolução Normativa serão impressos e encartados nos exemplares da quarta edição da CBHPM e incorporados à quinta edição da Classificação, assim como as próximas deliberações da Câmara Técnica. O presidente da AMB, José Luiz Gomes do Amaral, explica que as operado- ras de autogestão e as cooperativas tornaram-se parceiras indissociáveis das entidades médicas neste processo, construindo com paciência e seriedade um começo feliz da busca por soluções para contemplar as expectativas de todos os agentes envolvidos, visando um sistema suplementar que respeite o paciente, a medicina e que seja viável. João Caetano, da Unimed do Brasil, observa que esta revisão da CBHPM, feita com responsabilidade e transparência, valoriza o trabalho do médico. Ele lembra também a importância das outras cinco Câmaras Técnicas para garantir a viabilidade do sistema suplementar de saúde. Segundo Caetano, quanto mais cedo a CBHPM for adotada por todas as singulares, menos transtornos operacionais haverá. A partir deste consenso, a Unimed do Brasil estimulará e agilizará o processo de implantação, garante João Caetano. Jurimar Alonso, também da Unimed do Brasil, ressalta que este trabalho vem reverter um afastamento histórico entre as entidades médicas e o sistema cooperativista, que de forma franca voltam a falar a mesma linguagem e a buscar alternativas para uma remuneração mais digna do médico. Ao informar que a Resolução Normativa será apresentada à Assembléia Geral da Unidas de forma oficial, Walter Lyrio do Valle, representante da Unidas, destaca a necessidade de um esforço por parte das instituições envolvidas para que este consenso seja disseminado pelo Brasil, facilitando as negociações regionais. A presidente da Unidas, Marilia Ehl Barbosa, afirma que todas as questões técnicas apontadas por nós depois da última edição da CBHPM foram esclarecidas, com destaque para a boa vontade das entidades médicas na análise das nossas reivindicações, mas só poderemos discutir a implantação a partir da assembléia nacional. Em breve, os representantes que não estiveram presentes no encontro realizado na sede da AMB também irão assinar o documento. Em Assembléia Geral no CRM-MS, no fim do ano passado, os médicos do Mato Grosso do Sul fecharam acordo com a Unidas para implantação imediata da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos, com seus códigos e nomenclaturas. A Unidas é a maior representante do segmento de autogestão no Brasil, além de ser uma entidade associativa, sem fins lucrativos, que atua em âmbito nacional, através de suas 27 Su- Evento na Capital reuniu médicos e líderes importantes para discutir a tabela da CBHPM perintendências Estaduais e 143 instituições, as quais respondem pela assistência à saúde de mais de cinco milhões de beneficiários. As operadoras de saúde sob a orientação da Unidas assinaram o termo de adesão à CBHPM no Mato Grosso do Sul, exceto a Assefaz, Plansfer, Compania Vale do Rio Doce e Proasa, para as quais recomenda-se o descredenciamento por parte das sociedades e cooperativas médicas. Dr. Antônio Gentil, médico endoscopista e coordenador da Comissão Estadual de Honorários Médicos, explica que, em relação às negociações, é necessário o envolvimento da classe médica e das Sociedades de Especialidade para que haja evolução no processo de consolidação da CBHPM. Dr. Juberty Antônio de Souza, médico psiquiatra e 2º secretário do CRM-MS, explica que falta reconhecimento do trabalho médico para que todas as operadoras aceitem a CBHPM. As operadoras queriam negociar baseadas em valores, nós queremos negociar baseados nos parâmetros da CBHPM, que neste momento está em 40 reais uma consulta. Quando aceitamos esta remuneração, mostramos o sacrifício do médico, pois uma consulta vale muito mais do que isso. Porém, somos realistas e conhecemos o país onde vivemos. O psiquiatra reforça que o profissional é um trabalhador social, porque cada vez mais está acontecendo a sociabilização da medicina, mas às custas do trabalho médico. No dia 27 de abril, Campo Grande recebeu importantes lideranças médicas para debater o atual quadro da saúde e da medicina no país. O objetivo da reunião, segundo a AMB, era apontar propostas de mudanças que viabilizem uma assistência mais adequada ao cidadão. A Comissão Nacional de Consolidação e Defesa da CBHPM, formada por representantes da AMB, do CFM e da Federação Nacional dos Médicos, se encontraram com as Comissões Estaduais de Honorários Médicos. Dra. Ana Amália Oliveira, ginecologista, homeopata e presidente da Associação Médica Homeopática do Mato Grosso do Sul, foi convidada para participar do evento, assim como todos os presidentes de especialidades. Ana Amália diz que sua intenção é solicitar da AMB uma revisão no pagamento do procedimento homeopático. O valor de uma consulta nossa abaixou de R$ 32,00 para oito reais. Fizeram esta mudança na tabela sem a participação de um médico homeopata, avalia. Também esteve presente na reunião o consultor parlamentar da AMB e do CFM, Napoleão Salles. Ele é o responsável pela entrada de alguns projetos no parlamento. Napoleão afirma que a CBHPM é polêmica e que ainda depende da negociação dos líderes partidários. O projeto está pronto para ser aprovado no plenário, mas depende do acordo entre interesses favoráveis e contrários, explica. Fizeram parte da mesa os coordenadores da Comissão de Consolidação e Defesa da CBHPM, da Câmara Técnica da CBHPM e da Comissão Estadual de Honorários Médicos de MS, além do presidente do Sindicato dos Médicos de MS e o diretor representante da Unidas. Mato Grosso do Sul - Junho de 2006 Informativo Oficial do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul 5 Profissionais do interior têm oportunidade de se beneficiar com curso de atualização na Capital Os temas das palestras são variados, tentando abordar diversas áreas da medicina Durante todo o ano de 2006 acontecerá em Campo Grande o curso Educação Médica Continuada. A iniciativa é do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRMMS) com patrocínio do Conselho Federal de Medicina (CFM). Este curso está sendo preparado desde o ano passado, mas só neste ano o CFM deu o aval e patrocinou a proposta. O objetivo dos organizadores do evento é que o curso seja realizado anualmente, mas por enquanto apenas esta edição está garantida. É a primeira vez que é promovido este tipo de atividade, provavelmente não será possível abordar todas as áreas da medicina. O curso é uma espécie de atualização destinada aos médicos do interior que não têm especialidade registrada no Conselho. Foram convidados 450 médicos para 60 vagas disponíveis. No total, 58 pessoas se inscreveram, porém 33 compareceram no primeiro módulo do evento e 35 no segundo. Segundo Dr. Juberty Antônio de Souza, médico psiquiatra e 2º secretário do CRM-MS, para o profissional se afastar do interior ele precisa da tranqüilidade de que os pacientes estarão sendo assistidos e que o hospital onde trabalha não ficará descoberto. Por ser a primeira iniciativa, consideramos muito bom o número de pessoas que compareceram. Talvez elas estejam esperando para ver como é o curso, mas a expectativa é que cada vez venham mais pessoas, explica o psiquiatra. Os médicos inscritos que faltaram nos primeiros módulos e ainda quiserem participar terão o caso analisado. Será verificado o motivo da ausência, porque o benefício se dá com a totalidade, com a permanente atualização. A Educação Médica Continuada está prevista para acontecer até dezembro. Os temas serão variados, buscando abranger diversas especialidades. Como os convidados são generalistas, será uma explicação sobre o que há de mais moderno, mais comum e mais prático sendo utilizado na profissão. De Iguatemi, veio a médica Maria AuxiliadoraAlves Guilherme para participar do evento. Maria Auxiliadora acompanha o curso desde o 1º dia e está satisfeita com a intensidade das palestras. Estou tirando todas as minhas dúvidas, tem muitas coisas que eu não sabia. Aprendi diversas novidades, ressalta. Já Dr. Geueudes Ernani Silva, que trabalha em Ponta Porã e também em Aral Moreira, está aproveitando a oportunidade de se especializar. Ele considera gloriosa a Educação Médica Continuada. Nos dias 22 e 23 de abril o assunto foi pneumologia, com os temas: Pneumonias Adquiridas na Comunidade, Asma e DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. As palestrantes foram Dr. Eliana Setti Aguiar e Dra. Liana Peres Duailibe. Dra. Liana está muito contente com esta iniciativa do CRM e se surpreendeu que mesmo com o feriado de Tiradentes os inscritos compareceram normalmente. As pessoas estão cada vez mais se interessando pelo curso. A idéia é que se estabeleça a função de continuidade e que a cada ano os temas possam ser mais aprofundados, diz a pneumologista. Além da inscrição ser gratuita, o patrocínio do CFM permite que seja dada uma ajuda de custo para o transporte e a hospedagem dos participantes, esta ajuda não custeia todas as despesas, mas compartilha os gastos. Como previsto, nem todos os inscritos vieram, por isso o valor repassado será recalculado, de acordo com o 2º secretário do CRM-MS. Fato CRM-MS esclarece o caso César Maksoud O CRM-MS instaurou Sindicância disciplinar contra o médico César Roberto Maksoud Cabral, por conta da existência de indícios de envolvimento do referido médico com tratamentos médicos à base de células-tronco. Colhidos esclarecimentos do médico, instaurou-se processo disciplinar, porque foi considerado, em votação unânime, que existem indícios reveladores de condutas anti-éticas, algo que é de natureza grave e que precisa ser apurado no âmbito do Conselho de Medicina. Ao mesmo tempo, deliberou-se pela suspensão cautelar temporária do exercício da medicina.O médico ingressou na Justiça Federal e obteve liminar, interrompendo a suspensão temporária cautelar. O juiz federal determinou que fosse realizado novo julgamento da Sindicância, para garantir a presença do médico e do advogado. O CRM-MS ingressou com pedido de reconsideração e com recurso perante o Tribunal Regional Federal (em São Paulo), mas não conseguiu reverter a liminar. Sendo assim, para cumprir a ordem judicial, deliberou-se por realizar sessão extraordinária para novo julgamento da Sindicância, visando destrancar a apuração disciplinar. O CRM-MS tudo tem feito de acordo com as regras do Código de Processo Ético-Profissional. Os direitos do médico estão sendo observados. É necessária apuração séria e rápida, em razão da gravidade da utilização de células-tronco em tratamento médico. Tudo precisa ser esclarecido, para o bem da sociedade geral. No dia 22 de maio, os conselheiros do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul avaliaram , em sessão extraordinária, a possibilidade de abertura de processo disciplinar contra o médico, que infringiu 19 itens do Código de Ética da profissão. César Maksoud e o advogado dele estiveram presentes. Foi a primeira vez que este tipo de Sindicância teve a presença do médico denunciado. 6 Informativo Oficial do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul Mato Grosso do Sul - Junho de 2006 Entrevista Dr. Rubens dos Santos Silva, 2º vice-presidente do CFM No dia 27 de abril, esteve presente em Campo Grande, o 2º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Dr. Rubens dos Santos Silva, representando o presidente Edson de Oliveira Andrade. Psiquiatra formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) em 1972, o médico falou para o jornal do CRM-MS sobre a qualidade do atendimento ao cidadão, a abertura de faculdades de medicina no país, a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médico (CBHPM) e as operadoras de saúde. Como está a negociação para a implantação da CBHPM? Dr. Rubens: É uma negociação muito difícil. O SUS (Sistema Único de Saúde) é um sistema próximo à perfeição e o Brasil não consegue implantá-lo. No país inteiro, pode-se ver a dificuldade com que as pessoas pagam os impostos, a dificuldade que existe para ter acesso ao SUS. Por conta disso, apareceram os planos de saúde, que fazem intermediação da assistência médica, credenciando o médico, vendendo caro o plano, que é muito restritivo. A operadora ganha uma fábula de dinheiro e remunera muito mal os médicos. Isso vem se acentuando cada vez mais por uma questão fácil de entender. As pessoas que têm poder aquisitivo não vão mais pagar os médicos como faziam no passado, porque elas pagam um plano de saúde. Acabou a consulta particular, restou o SUS, com o qual o médico ganha dois reais por consulta, e os planos de saúde. Hoje um jovem médico formado, seis anos de curso, faz mais uma residência, às vezes 10 anos para se tornar um profissional qualificado, mas não há onde trabalhar, ele se submete a viver uma vida muito desgastante. A maioria dos médicos brasileiros vive de virar plantão, porque é onde tem uma remuneração melhor. Foi por esse motivo que o CFM enviou uma pesquisa a cerca de 20 mil médicos? Para analisar as condições de trabalho? Dr. Rubens: Esta pesquisa possibilita termos uma idéia mais próxima da verdade possível, a respeito da saúde dos nossos médicos, para que possamos fazer algo em benefício. Quais são as propostas para viabilizar um atendimento com mais qualidade para o cidadão? Dr. Rubens: Nós estamos preocupados em qualificar o médico. As pessoas têm direito a um sistema único de saúde, mas não conseguem chegar lá. Nós temos muitas coisas para nos preocuparmos na vida, mas a própria assistência à saúde não deveria ser preocupação. Esse é um direito de todos. O SUS paga um litro de gasolina a um atendimento médico, isso é vergonhoso! Já existem médicos que estão ficando desempregados. Nossos garotos estão se formando, mas não sabem o que vão fazer quando se formar, onde irão trabalhar. Mesmo assim, nossos governantes dão licenças para abertura de novas faculdades à vontade. O que o CFM pretende fazer para conter a abertura indiscriminada de faculdades de medicina? Dr. Rubens: O Conselho Federal já vem fazendo gestões, reclamando, falando com ministros, indo no Conselho Nacional de Educação, Conselho Nacional de Saúde, mas a lei brasileira não contenta que o CFM possa obstar, não temos poder de veto, é o Governo quem dá a licença para as faculdades de medicina. Os ministros Paulo Renato e Cristóvão Buarque, com os quais conversei pessoalmente, prometeram, mas na mesma semana estavam autorizando a abertura de faculdades. Não sou contra abrir escola, sou contra escola de má qualidade. O Ministério da Educação e o Ministério da Saúde não tiveram coragem de fechar nenhuma faculdade. Não importa se são novas ou velhas. Que o Ministério fiscalize, avalie e feche uma escola. Não existe essa coragem. Alguns estados têm 10 faculdades, mas os governos não têm se incomodado com a qualidade. Se existe alguma faculdade de excelente padrão, deve ser aberta, porém se precisar fechar 20 ruins, vamos fechar. Nunca teremos uma boa medicina sem uma boa educação. Enquanto países como Chile, Coréia e Japão estão investindo de 10 a 15% do PIB na educação, o Brasil não investe nem 4%. Não há investimento adequado para a educação. Nossos jovens não merecem isso. Como tem sido a relação entre o CFM e a AMB (Associação Médica Brasileira)? Dr. Rubens: A AMB é uma entidade médica coorporativa, e o CFM é criado por lei. O Estado brasileiro delega ao Conselho Federal e aos conselhos regionais a normatização e a fiscalização do exercício da profissão médica. Muitas coisas que a AMB pode fazer, o CFM não pode. Em muitas ações, estamos harmonicamente trabalhando, somos parceiros, como por exemplo, na educação médica, na defesa do SUS, na luta pela implantação da CBHPM. Nós temos uma relação harmônica. Em geral, caminhamos juntos. Quais são os principais problemas enfrentados pelo CFM? Dr. Rubens: O CFM, como representante dos médicos brasileiros, se preocupa principalmente com a qualidade da assistência médica oferecida ao cidadão e com a qualidade do ensino. Nós gostaríamos muito de ter o poder de fiscalizar as escolas, fechar escolas ruins e dar aval para escolas de boa qualidade. Isso seria a concretização da função dos médicos brasileiros coordenados pelo CFM. Outro problema é a confusão que tem se estabelecido nos últimos anos entre as profissões da saúde. Até alguns anos atrás, Um médico bem remunerado pode ser um mal profissional. Só pode ser um bom médico quem gosta de cuidar do próximo. Ele pode saber muito, mas não saber cuidar. Há médicos que ganham mal, mas são maravilhosamente dedicados. O principal é o cuidado com o paciente. Tem que pegar na pessoa, tem que ouvir, tem que olhar. nós sabíamos o que era da competência do médico. Hoje, são oferecidas muitas coisas em nome de tratamento que nem sempre são oriundos do conhecimento médico. Muitos profissionais estão extrapolando as suas profissões, querendo realizar procedimentos médicos. Isso é ruim, porque as pessoas podem ser enganadas. O que está mais prejudicado, o atendimento ao paciente ou a remuneração médica? Dr. Rubens: Os dois. É difícil comparálos. Um médico bem remunerado pode ser um mal profissional. Só pode ser um bom médico quem gosta de cuidar do próximo.Médico pode saber muito, mas não saber cuidar. Às vezes porque gosta de dinheiro, de posição, mas não gosta de gente, não gosta de pegar na pessoa, tomar conta da pessoa. Há médicos que ganham muito mal, mas são maravilhosamente dedicados. O principal é o cuidado com o paciente. A remuneração é importante, mas não define o bom e o mal médico. É até preferível o médico que saiba menos, mas se dedique a tomar conta de alguém. O médico tem que pegar na pessoa, tem que ouvir, tem que olhar. Ele não tem obrigação de curar, mas tem a obrigação de assistir bem. A cura depende de diversas coisas, é claro que o médico é uma delas, talvez o principal, mas ninguém pode exigir que ele cure. Deve-se exigir que o médico assista, tome conta, se responsabilize pelo doente. Dizer ao profissional um obrigado, ter um olhar de gratidão, dar um sorriso, apertar a mão, não tem preço, reconhecimento maior não pode existir. Só pode ser médico quem quer bem as pessoas, quem é capaz de acolher. Mato Grosso do Sul - Junho de 2006 Informativo Oficial do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul 7 Esporte Médico é recordista mundial em paraquedismo A marca foi conquistada na Tailândia em 1999 em um salto com 300 pessoas O que tem em comum a medicina, uma ciência tradicional milenar indispensável à sociedade, e o paraquedismo, uma técnica que passou a ser usada como esporte a partir da Segunda Guerra Mundial? À primeira vista, nada. Mas com uma pequena conversa com Djalmir Seixas César, médico e paraquedista, pode-se perceber a importância das duas atividades. Dr. Djalmir, clínico geral formado pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) em 1988, faz saltos com páraquedas desde 1991, quando entrou para a Força Aérea Brasileira (FAB). Durante a semana ele pode ser encontrado vestido de branco na Clínica Campo Grande, Santa Casa, Cassi e no próprio consultório. Porém, nos fins-de-semana o médico pratica e ensina as técnicas deste esporte radical. São duas atividades totalmente distintas, mas para ele são paixões infinitas. Para se apaixonar pelo esporte é preciso ter coragem de dar o primeiro salto. Para algumas pessoas é assustador, para outras é um desafio. Dr. Djalmir conta que quando saltou pela primeira vez sentiu a maior sensação de abandono que teve na vida. Foi a primeira vez que eu estava fazendo algo que dependia absolutamente de mim. O pára-quedas é maravilhoso porque a vida quase nunca admite errar duas vezes, o pára-quedas permite. A vida não deixa ver de forma tão clara como somos finitos, com o pára-quedas é possível enxergar perfeitamente, enfatiza. Ele ainda brinca fazendo uma pergunta: Por que uma pessoa, em seu juízo perfeito, sairia de dentro de um avião que não está em pane?. O médico explica que faz pelo desafio, por aquilo que impele o homem a ir além, porque com o pára-quedas podese ter essa sensação, já que o ser humano não possui asas para voar. Depois de saltar pela primeira vez, ele não parou mais. Em um ano, já podia realizar a atividade sem a ajuda de um profissional. Hoje em dia, devido à melhora da qualidade dos equipamentos, um aluno está apto a saltar sem grandes esforços em quatro meses. Três anos depois, em 1995, Djalmir se tornou instrutor de pára-quedismo, passando a experimentar outro tipo de emoção, já que a responsabilidade é muito maior. Deve-se mostrar confiança para o acompanhante, provar que tudo está em ordem. Os equipamentos precisam estar em total condição de uso, os melhores são importados dos Estados Unidos e da França. O preparo físico e principalmente o psicológico devem estar perfeitos. Para garantir a segurança, todos os saltos são filmados. Assim, fica mais difícil pensar Na foto, o médico-atleta se preparando para um dos seus 2.500 saltos já realizados Djalmir sofreu apenas uma torção de pé no momento mais perigoso do salto, o pouso que esta atividade é perigosa. Quando as pessoas me perguntam a respeito da segurança, eu digo que saltar é a coisa mais segura que faço, mais do que andar de carro. Porque o pára-quedismo é diferente pelo fato de poder enxergar o perigo. No trânsito pode vir uma pessoa pela esquina que você não está esperando. Se acontecer algo, qual o tempo de reação? Nenhum. Outra comodidade que o pára-quedas me dá é o tempo. É a possibilidade de ter um problema e resolvêlo, afirma Djalmir. Para provar que ele consegue resolver esses problemas, o médico soma 2.500 saltos e apenas uma torção de pé. O que mais mata nesta atividade é o pouso, porém quando o atleta tem a técnica adequada, o pouso é equivalente a descer um degrau. Só o último metro dói, diz. Além de um esporte radical, Djalmir vê o pára-quedismo como uma terapia. Quando sobe para o salto no fim da tarde e vislumbra o maravilhoso pôr-do-sol é um momento de conversar com Deus. Eu me desligo de tudo e me sinto mais perto dEle, admite o médico enquanto fecha os olhos. As emoções do médico-atleta com relação ao esporte mudaram, mas ele nunca deixou cair no banal, procurando sempre fazer um salto especial. Ele ressalta três saltos inesquecíveis. Nos Estados Unidos, um salto técnico fantástico com 25 pessoas em sincronia total, formando uma figura de diamante, muito difícil de ser realizada. Outro salto no Rio de Janeiro, saindo da Baía de Guanabara e pousando em Copacabana. Foi um salto muito bacana porque saltei com um amigo que foi meu primeiro aluno, fazendo um tipo de treinamento com o pára-quedas aberto, lembra. E o terceiro foi em Ubatuba, devido ao visual. Já realizou saltos em mais de 15 cidades do Mato Grosso do Sul. Saltou também nos Estados Unidos e em países da Europa. Além de tudo isso, Djalmir foi recordista mundial em 1999, na Tailândia, com o maior número de pessoas formando uma figura no ar. No total, foram 300 pessoas de vários lugares do mundo. Outros sete recordes fazem parte do currículo do atleta. Dr. Djalmir finaliza explicando que o medo é bom para esta atividade, porque enquanto existe o medo, existe o respeito e o cuidado. Deve-se ter coragem, ser arrojado por estar fazendo uma coisa diferente, mas não ser estúpido, a ponto de executar algo que não se saiba fazer. 8 Informativo Oficial do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul Mato Grosso do Sul - Junho de 2006 NOVAS INSCRIÇÕES 4876 4878 4885 4888 4889 4890 4891 4892 4893 4894 4896 4897 4898 4899 4900 4901 4903 4904 4905 4906 4908 4909 4910 4911 4912 4913 4915 4916 CAROLINE CASSOL FRACASSO RAFAEL FREITAS C. TEIXEIRA CLÁUDIA DA CRUZ NANTES EDMAR OLIVEIRA ESPINDOLA CAMILA KARIM N. Y. TAMASHIRO VANESSA PAIVA COLMAN VANIA ESTEVES SILVA ADRIANO DE SOUZA TATIANE HIGA FROES THAYANA M. JORGE CAMARGO JOÃO RICARDO G. MONTANHA IVONE LIMA MARTOS SÉRGIO TAMASHIRO FRANCELLY GOMES SOUZA BITES AMANDA FERREIRA CARLI DOUGLAS B. FERNANDES LAURICI SANTOS AMARAL PATRICIA BERG G. PEREIRA BRUNO BARROS DE A. COUTINHO FABIANA CRISTINA DONADON MARCELA BARBOSA CORREIA ISABELA DE BRITO DUARTE YUMI MIYAHIRA V. BARBOSA RICARDO ROSINSKI GUIRELLI MARCELA E. DE ARAUJO SOUZA CAROLINE FRANCISCATO PATRICIA OTTO MATA DE MATOS ELAINE A. DE ARAUJO SILVA 4917 4918 4919 4920 4921 4922 4923 4924 4925 4926 4927 4929 4930 4931 4932 4933 4934 4935 4936 4937 4938 4939 4940 4941 4942 4943 4944 4945 MARCIO ESTEVÃO MIDON FLAVIO RENATO DE A. SENEFONTE RENATO GONÇALVES FELIX PATRICIA SALOMÃO CUNHA FERNANDO PAJANOTI RAZENTE LUCAS MATOS FERNANDES GUILHERME SALATI STANGARLIN FRANCIANE N. S. REBMANN THIAGO FRANCHI NUNES ANA CAROLINA W. XAVIER MICHELE HIGA FROES JULIANA TULUX DA SILVA ROSEMARY DE ARAUJO MARTOS THAISA MINATA SIMABUKURO FABIO TOOME WAUKE VIVIANE DA COSTA LEITE NOVAES ELISSON ANTONIO F. DOS SANTOS SUELEN GALVÃO DE SOUZA MARINA J. P. S. S. DE FIGUEIREDO GLEISVER DIAS SANDIM ANTONIO CARLOS SABIO JUNIOR PAULO ALVARES COSTA TORRES MANUELA FONZAR DOS SANTOS FERNANDO COUTINHO PEREIRA CELIO TOBARU KANASHIRO THAIS VILAS BOAS SILVA HENRIQUE COSTA GASPARINI THIAGO BRAGA A. MARQUES 4946 4947 4948 4949 4950 4951 4952 4953 4954 4956 4957 4958 4959 4960 4961 4962 4963 4964 4965 4966 4967 4968 4969 4970 4971 4972 4973 4974 JULIANA S. DE OLIVEIRA CYNTHIA DUAILIBI MARIA LUDMILA SETTI AGUIAR FABIO COELHO BRANDÃO ALESSANDRO HENRIQUE A. LOPES RODRIGO A. M. MARTINHO SUELY CRISTINA C. DE OLIVEIRA MARINA BUAINAIN BALBUENA FABRICIA SANTOS DE MELO GUILHERME ANGHEBEN BERTHIER GUILHERME ROCHA CARRENHO CYRO AUGUSTO CORREIA LEONE ANA CAROLINA Y. R. DIAS HEMILENE LUCAS MENDES FERNANDA E. DE ARRUDA NATALIA PEREIRA MACHADO MAISSE F. DE OLIVEIRA ANSELMO COSTA MARIANE M. DE OLIVEIRA CRISTHIAN LUIS M. SANDIM TIAGO ANDRE A. O. BUENO GUSTAVO SCORSATTO BATISTA GEORGETTE BEATRIZ DE PAULA ANDRESSA MATEUS DA CUNHA ANA PAULA O. MENDONÇA DANIELA ARAKAKI CEZAR AUGUSTO V. GALHARDO SIMONE DE MEDEIROS BASSO 4975 4976 4978 4979 4981 4982 4983 4984 4985 4987 4988 4990 4992 4993 4994 4995 4996 4997 4998 4999 5000 5001 5004 5005 5015 5017 5022 5030 FERNANDO LEMOS OLIBONE FLAVIA MIDORI ARAKAKI AYRES CAROLINE BEZERRA FERRAGUT LUCIANO CHAVES LIMA ARETHA MARIA A. O. NANTES DANIELLA BRUNELLI DAVILA SILVIA DE CARVALHO ZAGUI GABRIEL ANNES N. DA CUNHA SILMARA FERREIRA GONÇALVES LARISSA FALCÃO GOMES BEATRIZ MACIEL MAEGAWA ANA CAROLINE CAFURE KAMILLA AMARAL GONÇALVES SILVIA KAMIYA YONAMINE IRIS BUCKER FROES DEBORA SIQUEIRA RAMOS LIDIANE DE OLIVEIRA COSTA LEANDRO SILVA DE BRITTO REGIS LEME RODRIGUES RODRIGO ANACHE ANBAR RAFAEL ANACHE ANBAR ANDRE AUGUSTO W. TOBARU DANIELA MITSUGI COLOMBO ERIVALDO ELIAS JUNIOR RAFAELA MOREIRA SOARES ISIDRO CELSO DUO PAEZ JANINA FERREIRA LOUREIRO BRENO JUNQUEIRA SULZER 5046 5047 5050 5051 5052 5053 5054 5055 5056 5060 5061 5062 5065 5066 5067 CLOVIS KAPENY SOARES RODRIGO PIZZATTO BRUNO BAPTISTA M. FILARDO ADNAN HADDAD SILVANA CALAIS DE FREITAS FELIPE CUNHA BAWDEN MAX DIA CORREA KARINE MARIA P. SERRA PINTO SHEILA DE AGUIAR NUNES SARA ALENCAR ALVES FRANKLIN DIOGO FREISLEBEN EMERSON XAVIER SERRA PINTO WESLEY MENDES RODRIGUES ALEXANDRE BAILONE A. LEITE LETICIA ARAUJO SALVADOR INSCRIÇÕES POR TRANSFERÊNCIA 3443 4867 4873 4874 4877 4879 4883 4884 4886 4887 4902 4907 4914 4955 4977 JOSÉ RIBAMAR LIMA MARCIA DIAS DE SOUZA LIMA DENISE CRISTINA RUIZ DANIELLE O. GONÇALVES ALEXANDRO NAKAO ODASHIRO FALVIA ESTEVAM DE BRITO VALDIR JESUS PAGOTTO EDNO JOSÉ V. DE CARVALHO MARCOS ROGERIO C. ARAUJO MONICA LUIZA C. MAGALHÃES LAURA MEZZOMO DA SILVA EVANDRO TAMPELLINI FURLAN RUI ANTONIO CARVALHO MARCELA CARDOSO YANAGA ELKE C. F. MASCARENHAS 4980 4986 4991 5002 5003 5006 5007 5008 5009 5010 5011 5013 5014 5016 5019 ANA PAULA CAVALIERI PONTES ALEX FABIANO S. DE QUEIROZ VANILZA RODRIGUES VIEIRA LEONARDO RODRIGUES RESENDE VIVIANE G. M. BARRETO RESENDE MARCOS ANTONIO ZEULI FABIO CATÃO A. M. DA SILVA JUCILANE LIMA H. FERRUZZI EMERSON HENKLAIN FERRUZZI JOSÉ LUIZ DE CRUDIS JUNIOR JOSÉ MAURO P. C. FILHO JOÃO MANOEL A. G. MOREIRA GUSTAVO RIBEIRO FALCÃO ELSAALIDIA PETRY GONÇALVES RAFAEL TIBYRICA L. DA ROSA INSCRIÇÕES SECUNDÁRIAS 4868 4869 4871 4872 4875 4880 4881 4895 4928 4989 5012 5018 5023 5026 5028 5029 DALILA DIAS DE SOUZA LIMA ALCIDES CARRILLO CAICEDO ROMERO CARLOS TONINI ROGERIO J. REZENDE ZAMZAM SCHABIB HANY ANGELA IZABEL C. GUIMARÃES HENRIQUE MARINI FERREIRA NELSON R. LEMES SOBRINHO GILSON HIROSHI YAGI ALAN FERNANDES LAURINDO ELPIDIO MARCOS THAIS MILANESE BESSEGATO PAULO MIKI JUNIOR LUCIANA Y. T. DOS SANTOS LEONARDO VICTOR E. R. SILVA LINCOLN SAITO MILLAN 5031 5036 5037 5038 5043 5048 5049 5057 5058 5059 5063 5064 5068 5069 5070 5071 FLAVIA A. F. BERGAMIN MICHELE MIYUK A. TAKAHASHI FABIANA MEIRA GUIMARÃES RICARDO TOLEDO G. GOMES RAFAEL CORREA APOLONI NIMIO RAFAEL G. BALBUENA LIDAMAR MARQUES DE JESUS JORGE ODILON B. MENDONÇA ELIANA MIDORI IANAGUIHARA IVO BARELLI JUNIOR ANTONIO CESAR P. SCOMBATTI LEANDRO DE PAIVA ALEXANDRE S. JUNIOR JOÃO CARLOS B. FLORENCE MARCELO G. SANT ANNA YAGI BERNARDINO L. NADALIM 5020 5021 5024 5025 5027 5032 5033 5034 5035 5039 5040 5041 5042 5044 5045 LAWRENCE ASEBA TIPO GISLAYNE NUNES DE SOUZA FERNANDA ELIZA A. MIKI RAFAEL SIMIONATO SUSIN PEDRO DEBIEUX VARGAS SILVA LUIS HENRIQUE T. KANASHIRO RICARDO FRANCO PEREIRA ALICARDO CESAR FIGUEIRA ROGERIO ROLDÃO C. DO AMARAL DANIEL CEOLIN SCHMITT LUCIANA ZULIANI NEGRI MARIA BEATRIZ M. F. MENDONÇA VANESSA FERNANDA CLEMENTE ANA CLAUDIA HISE FERRARI SERGIO W. BRAUNSTEIN REINSCRIÇÃO POR TRANSFERÊNCIA 1998 LUIZ AUGUSTO M. H. FILHO 3254 BEATRICE MIGUEIS DOS SANTOS 3341 EDILBERTO LIMA FALLEIROS 3390 NAYENE GREMA. V. MARQUES 3755 MANUELA JANINI GONÇALVES 3912 ANA PAULA PASCHOAL DE MELO 3928 JOÃO HERNANDES F. LIMA 4002 ERLON KLEIN 4052 RAFAEL GARANHANI 4064 ANA CAROLINA C. FREITAS 4076 FERNANDA TAKAHASHI 4077 LARA CRISTINA LEITE RUBIO 4078 LUCIANA ARAUJO BENTO 4099 PAULO HENRIQUE S. MARIANO 4114 DANIEL C. DE FIGUEIREDO 4118 ATALLA MNAYARJI 4126 MICHELE S. FERREIRA 4128 IBSEN ARSIOLI PINHO 4132 RUI MALTA DA SILVA FILHO 4206 FERNANDO PILOTTO 4340 ANTONIO CARLOS G. HINDO 4362 HERBERT PAULO DE ALMEIDA 4394 GUSTAVO ADOLFO G. HINDO Mato Grosso do Sul - Junho de 2006 Informativo Oficial do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul 9 TRANSFERÊNCIA PARA OUTRA UF 916 1501 1695 1758 2537 2880 3039 3188 3373 3443 3489 3899 3905 3943 3948 3957 3974 4077 4154 4180 4228 4229 4230 4231 4248 PAULO ANTONIO C. MONTEIRO MESSIAS MARCIO MELKEN SERGIO PEREIRA FELIPE REYES RIVERA FERNANDO ASATO JOÃO CARLOS F. DE MACEDO SERGIO ANTONIO CHADE GUIDO VACA CESPEDES CILENE DENISE DE LIMA GARCIA JOSÉ RIBAMAR LIMA SOLANGE MURTA GOMIDES SERGIO RICARDO L. LOUREIRO LUCAS RAMÃO S. LOPES MARCELO ALVES HIGA BISMARK DUTRA FERNANDEZ JOAQUIM RIBERIO A. JUNIOR OMAR MAMUD SALES LARA CRISTINA LEITE RUBIO CASSIA SENGER HENRIQUE YOSHIO SHIROZAKI ROSELENE T. DEL MONACO SENE EVELYN JOY RAYWOOD T. GARCIA PEDRO AUGUSTO Z. DE OLIVEIRA SANDRA ANA SANDINI ELVEM FABIANE S. DOS SANTOS 4253 4262 4294 4303 4307 4316 4325 4334 4344 4350 4359 4361 4362 4375 4385 4448 4450 4462 4463 4464 4472 4474 4491 4498 4508 GUINTHER R. P. WONDRACEK CESAR AUGUSTO A. DE LIMA PAULO MILTON F. R. JUNIOR ANDERSON VALENTINI SANTOS JOSÉ HENRIQUE S. ROBLES EDSON OSSHIRO MARCELO SPEGIORIN MORENO PATRICK COSTA VIEIRA RICARDO CORREA GONZALES GIZELE FERNANDA H. TORRES DENISE GALVAN BRAFF CLEITON CASSIO BACH HERBERT PAULO DE ALMEIDA CARLA MARIA ROSAS LEAL FABIO LUIS ESTRELA BESSA MARYANGELA F. S. MONTEIRO RAFAELA MORAES SIUFI FABIO SANTANA B. RODRIGUES FAUSTO RICARDO BAUNGARTEL BERTHA LUCIA B. M. DA SILVA HELENA CRISTINA R. KOHARATA LILIAN YURI TSUGE ADRIANA E. A. B. CARRASCO NILSON MORO JUNIOR FAUSTO AZAMBUJA MACHADO 4515 4520 4521 4528 4540 4544 4568 4586 4587 4599 4600 4633 4634 4645 4678 4717 4738 4740 4745 4752 4753 4754 4756 4757 4758 LUIS FELIPE ANTUNES RIBEIRO RICARDO CONDI CASTELÃO MARCELO CHEMIN CURY MARZO ANDRÉ XAVIER BUENO HUGO MURILO AMARAL VICTOR MAIA MARQUES RONALDO CESAR ALVES DANIELA DE SOUZA RODRIGUES LEONARDO TADEU FACHINI LUIS ALBERTO PINOTTI BROGLIO ALINE MARIA BRANDÃO KATHIA SILVA MARTIN FRANCISCO MENESES DE MORAIS LUIS FERNANDO Z. SALVARIEGO VINICIUS DE MELDAU BENITES DANILO SANTOS V. DE ARRUDA PAULO HENRIQUE WERLANG SAVIO ALVES DO PRADO ALEXANDRE DE OLIVEIRA LEITE FERNANDO HENRIQUE DE PAULA HEVERTON RAMOS DOS SANTOS NATANAEL DE PAULA PORTILHO FERNANDO ANTONIO S. E SILVA LUCIANO PARTATA BORGES DIEGO MENDES FERREIRA 4762 4763 4764 4769 4774 4778 4779 4788 4790 4804 4811 4826 4839 4840 4848 4855 4856 4897 4901 4909 4912 4914 4937 4995 4997 5005 ROGERIO SGURA MINNICELLI RODRIGO A. MATTOS GENEROSO CARLOS HANYERE BORGES FRANYA DE FREITAS BASTOS RODRIGO KUBO DIEGO VENDRUSCULO POSSARI FERNANDO HENRIQUE N. MAUA GIULIANO ROBBAASOLA FLAYANE PINTO CALIL MARCIO LEANDRO F. FERREIRA MAXIMIANO CORREA C. E SILVA WALTER CALIL ELIAS JUNIOR RODRIGO FRANCISCO P. CRUZ PATRICK CAMPOS DINIZ DIANNE FERREIRA SOARES MARIO SERGIO M. PEREIRA EYMAR ANGELICA BANDEIRA IVONE LIMA MARTOS DOUGLAS B. FERNANDES ISABELA DE BRITO DUARTE MARCELA ESTIVAL A. SOUZA RUI ANTONIO CARVALHO GLEISVER DIAS SANDIM DEBORA SIQUEIRA RAMOS LEANDRO SILVA DE BRITTO ERIVALDO ELIAS JUNIOR LEANDRO BORGES MONTEIRO ANDRE OCTAVIO N. SANCHES OSVALDINO MEDINA S. FILHO ERICA ABEL DA SILVA INESILA SCHETTINI ROCHA BRUNO MARIANO S. SCHMIDT MARCUS ANDRE DOS SANTOS 4522 4528 4777 4784 4792 4896 4942 JONATHAN O. A. MACHADO MARZO ANDRE XAVIER BUENO GILL CESAR F. DE FREITAS RODRIGO IMADA GREBY FABIAN RUIZ ORTUNO JOÃO RICARDO G. MONTANHA CELIO TOBARU KANASHIRO INSCRIÇÃO SECUNDÁRIA - OUTRA UF 565 684 1615 2465 2740 2785 2980 HELVIO GUIMARÃES LOUREIRO SELVIRIO DE SOUZA NETO VICENTE JONAS A. MACIEL AUGCLAR JACE M. BANDERA RUI FRANCISCO P. DE OLIVEIRA VIRGILIO GONÇALVES S. JUNIOR WAGNER SAYD CARVALHO 3214 3348 3349 3636 3781 3791 3851 REINSCRIÇÃO SECUNDÁRIA 2441 3337 3405 3929 4870 LUIS CESAR RODRIGUES DANIELA RIBEIRO A. FERNANDES JOÃO SOARES BORGES GUSTAVO HENRIQUE S. FERREIRA CLAUDIA F. B. COURBASSIER FLAVIA ILSE M. R. CARMINATTI CESAR AUGUSTO M. R. DA CRUZ 148 882 1113 1881 1882 LEO MENDONÇA DO AMARAL JORGE LUIS F. DE VASCONCELOS ANA MARQUES DOS SANTOS CLEIDE C. SILVA DOS SANTOS ILDEFONSO F. DOS SANTOS 1758 4229 HUGO SILVA COSTA JUVENAL MARCELINO DA ROCHA ALICIE R. PENA CRISTALDO MARIA DELMAARGUELLO VERA INSCRIÇÃO POR TRANSFERÊNCIA 4130 LUCIANO PEREIRA PERES 3047 3223 3638 3929 4046 RENE LEAL NUNES DE FREITAS VALERIANE MAIA SIRAVEGNA HELENA DE LIMA C. CASTRO GUSTAVO HENRIQUE S. FERREIRA CESAR ANIBAL A. BENAVIDES 4416 4417 4734 4835 4881 REINSCRIÇÃO DEVOLUÇÃO RES. 1299/89 FELIPE REYES RIVERA EVELYN JOY RAYWOOD T. GARCIA CANCELADOS: 1ª INSCRIÇÃO 499 1961 4386 4389 3910 4214 4220 4279 4384 4401 4507 TRANF. INSC. SECUNDÁRIA EM PRIMÁRIA REINSCRIÇÃO PRIMÁRIA 4393 4882 LYSSA MORETTI SANDRA S. DE SOUZA POLETTI JOÃO RICARDO POLETTI SILVIA NAOMI O. UEHARA RICARDO CUSTODIO ZUCOLOTTO LUIZ AUGUSTO MORELLI SAID YURI OTANI 4528 4779 FALECIDOS MARZO ANDRÉ XAVIER BUENO FERNANDO HENRIQUE N. MAUA INSCRIÇÃO SECUNDÁRIA 3146 3158 4432 4621 4654 4815 4846 VERA IRENE COLLINO LEWIS KEI HAYASHI FRANCISCO LEITE DE AMORIM CARLOS EDUARDO M. DA ROCHA ALEXANDRE CAETANO RENATO VARGAS PINHEIRO PAULO DE TARSIO PEREIRA SANTOS CARLOS ALBERTO A. NORMANHA MARCO ANTONIO BONINI FILHO HALAN CASTANHEIRA SAMPAIO VANESSA PUCCINELLI DOTTI HENRIQUE MARINI FERREIRA 436 471 2851 JOSÉ ISSA ROMEU ALBANEZE JOHNNY HOI TO CHEUNG REINSCRIÇÃO SECUNDÁRIA 1961 3146 JUVENAL MARCELINO DA ROCHA VERA IRENE COLLINO TRANSFERÊNCIA PARA OUTRA UF 1961 JUVENAL MARCELINO DA ROCHA 10 Informativo Oficial do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul PARECERES PARECER CRM/MS N° 001-2006 Ementa: Pessoas detidas e conduzidas por policiais a hospital não são consideradas pacientes. Os institutos ou departamentos médicos legais, mantidos pelo Estado, é que devem se encarregar do atendimento de presos. O acesso a prontuário se vincula às Resoluções do CFM, legislação infraconstitucional e Constituição Federal, havendo que se atentar para a gravidade do segredo médico. PARECER CRM/MS N° 002-2006 Ementa: Para o atestado de saúde, o médico deve atestar o que realmente pode provar, comprovar, reprovar e confirmar. Deve escrever o que observou, viu e analisou, baseado em critérios científicos. Deve aconselhar seu paciente visando proteção de sua saúde e evitar projeções naquilo que não se pode prever. Mato Grosso do Sul - Junho de 2006 PARECER CRM/MS N° 003-2006 PARECER CRM/MS N° 005-2006 PARECER CRM/MS N° 19-2005 Na data de 20/10/2005 este Conselho protocolou ofício do Juiz de Direito da 5º Vara Cível de Campo Grande-MS, Dr. Geraldo de Almeida Santiago, solicitando que se esclareça as seguintes questões: 1- Quais as causas geradoras da paralisia cerebral em criança recémnascida; 2- Se pode ser causada por período expulsivo prolongado ou pode haver causa pós-parto normal ou se decorre de complicações durante o parto; 3- Se na hipótese de 1ª gestação, qual o período de dilatação normal para se efetivar o parto normal (especificamente, o período entre 7h às 17h seria um período normal para dilatação; 4- Se a manobra de Kristelleré usual em parto normal (principalmente em 1ª gestação) ou se somente é usada em casos excepcionais de complicações de parto. Ementa: Ao médico é permitido acumular a responsabilidade de Diretor Técnico e/ou Clínico por até 2 (duas) instituições prestadores de serviços médicos, pública ou privada, as quais não são especificadas pela norma vigente. Ementa: O nefrologista responsável técnico pelo Serviço de Hemodiálise deve permanecer à disposição durante todo o período de plantão, para atender qualquer intercorrência, não podendo, portanto, assumir regime de trabalho em locais distintos nesse horário. A realização de cirurgias por médicos não especialistas não constitui ilícito ético, pois o título de especialista é apenas um presuntivo de um plus de conhecimento em uma determinada área da ciência médica. PARECER CRM/MS N° 004-2006 Ementa: Cabe ao CRM fiscalizar o exercício da profissão, interferindo quando a falta de condições de atendimento, oferece riscos a saúde da população. Cabe ao Hospital conveniado rever junto ao Gestor de Saúde a adequação às Portarias Ministeriais. PARECER CRM/MS N° 006-2006 Ementa: Deve o Hospital prestar continuidade ao tratamento do paciente, quando este tiver indicação de alta e de tratamento após alta hospitalar, mas ainda não saiu do estabelecimento, seja qual for o motivo. A equipe médica preferencial para manutenção do tratamento é a original que já assistia ao paciente e, no seu eventual impedimento, deve a diretoria do Hospital indicar médico ou equipe substituta. PARECER CRM/MS N° 22-2005 Ementa: O médico deve exercer a profissão com ampla autonomia e não deve renunciar à sua liberdade profissional, porém não deve permitir que sua ideologia religiosa limite o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos dos pacientes sob seus cuidados, dentro dos parâmetros da Legislação vigente. PARECER CRM/MS N° 20-2005 Ementa: O médico tem ampla autonomia na sua profissão, mas a divulgação de especialidade não reconhecida constitui infração ao CEM. Somente a CME tem a prerrogativa do reconhecimento de especialidades e o CRM do registro para a sua divulgação. PARECER CRM/MS N° 21-2005 Ementa: As informações contidas na Portaria n° 988 do Ministério da Saúde não constituem ilícito ético, pois prevalece o entendimento que o fim social a ser atingido requer informações precisas com o único objetivo em aprimorar os serviços de saúde. MPF regulamenta o parecer nº 001/2006 através de procedimento administrativo O parecer do CRM-MS nº 001/ 2006 gerou muita polêmica. A ementa do parecer define o seguinte: pessoas detidas e conduzidas por policiais a hospital não são consideradas pacientes. Os institutos ou departamentos médicos legais, mantidos pelo Estado, é que devem se encarregar do atendimento de presos. O acesso a prontuário se vincula às Resoluções do CFM, legislação infraconstitucional e Constituição Federal, havendo que se atentar para a gravidade do segredo médico. Devido tal parecer, aconteceram duas reuniões, uma no dia 31 de março e outra no dia 27 de abril, para tratar de irregularidades relacionadas ao atendimento de pessoas em prontossocorros sul-mato-grossenses, sob escolta policial, suspeitas de ingerir substâncias entorpecentes. Estiveram presentes nas reuniões Mauro Cichowski dos Santos, procurador da República, Mauro Luiz de Britto Ribeiro, presidente do CRM-MS, Fernando Carlos Romero Teixeira e Rubens Grandini, representantes da Polícia Federal, Jorge Neto, representante da Polícia Civil, Miguel Ângelo Vila, representante do Instituto Médico Legal (IML), Denise Almeida Tamazato, diretora da Santa Casa, Fernando Lousada, diretor da Polícia Civil do interior, Valter Aparecido Favaro e Vera Lucia Cella, da Polícia Rodoviária Federal, além de representantes do Hospital Universitário e do Hospital Regional. Dr. Mauro Ribeiro enfatizou na reunião do dia 31 de março, que não existe justificativa para que os médicos atuantes dos prontos-socorros da Capital realizem um trabalho que deveria ser implementado por alguns médicos do IML. O procurador da República, Mauro Cichowski dos Santos, propôs a formulação do acordo entre as autoridades envolvidas para possibilitar que o IML requisite a realização de procedimentos de raio-X em hospitais públicos, garantindo a persecução penal pelas polícias Federal e Rodoviária Federal. O Ministério Público Federal publicou o Procedimento Administrativo nº 1.21.000.000168/2006-33, a fim de regulamentar o parecer nº 001/2006. Na reunião do dia 31 de março ficou definido que a Polícia Rodoviária Federal, quando se tratar de retenção de suspeito de ingestão de cápsulas de substância entorpecente, encaminhará o suspeito à Superintendência ou Delegacia de Polícia Federal, para que um delegado da Polícia Federal faça o encaminhamento formalmente para o IML. O médico do Instituto fará uma solicitação de raio-X. Com essa solicitação, a autoridade policial encaminhará o suspeito ao hospital da rede pública de saúde para que seja feito o raioX. O resultado do raio-X deve ser entregue ao médico do IML que, constatando a presença de cápsulas de substância entorpecente, encaminhará o mesmo para o pronto-socorro indicado pelo sistema de regulação do município. Caso não seja constatada a presença de cápsulas no sistema digestivo do suspeito, o médico do IML deve emitir um laudo relatando tal situação. Em relação a retenções procedidas pela Polícia Federal, caberá ao delegado de Polícia Federal responsável encaminhar diretamente o suspeito ao IML, para que seja adotado o procedimento especificado acima. Na reunião do dia 27 de abril, as autoridades presentes decidiram que na hipótese de retenção pela polícia de pessoa suspeita de ingerir cápsulas contendo substância entorpecente em locais onde não haja Delegacia de Polícia Federal nem unidade do IML deve-se adotar o seguinte procedimento: · Tratando-se de retenção de suspeito de ingestão de tais cápsulas realizada por integrantes do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, o detido será encaminhado à Delegacia de Polícia Civil mais próxima, oportunidade em que o delegado de Polícia Civil adotará os procedimentos pertinentes para aferir a existência ou não de cápsulas no organismo. O médico perito nomeado lavrará relatório e encaminhará o suspeito ao delegado de Polícia Civil. Este, por sua vez, ciente da existência das cápsulas, tomará as providências necessárias para garantir a internação e o tratamento do suspeito na rede pública de saúde local. Constatado a inexistência de cápsulas no organismo do detido, o médico perito nomeado lavrará relatório confirmando esta constatação e encaminhará ao delegado de Polícia Civil. O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul solicita compreensão e união da classe médica para auxiliar o trabalho desenvolvido pelas autoridades policiais na repreensão ao tráfico de drogas no Estado. Mato Grosso do Sul - Junho de 2006 Informativo Oficial do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul 11 Artigo A medicina não tem alternativa As palavras mudam de significação mesmos que, depois da superação do historicamente. No Renascimento terror da Idade Média, transformaram chamava-se soldado ao guerreiro o conhecimento empírico-espontâneo mercenário que lutava por dinheiro, a em conhecimento científico e a técnica soldo. Ninguém usa mais esta palavra em tecnologia. O médico leigo ou laico, tal como foi com este sentido, que foi radicalmente transformado. Exatamente como o de conhecido primeiro no ocidente porque medicina. A não ser como provocação. não era sacerdote, surgiu na Grécia Ninguém chama as vivandeiras, clássica designado como terapeuta, mulheres que acompanhavam os aquele que cura; o que sabe tratar exércitos e cuidavam dos soldados doentes, a designação que ali era feridos de enfermeiras; embora lhes atribuída aos curandeiros que, depois, foram chamados tenham feito às iátricos, quando vezes no passado, consultavam os eram elas que Os médicos podem dizer enfermos e cuidavam dos com orgulho que não existe kliniátricos, soldados doentes e quando tratavam feridos. Como não uma medicina alternativa, p a c i e n t e s se chama como não existe uma física a c a m a d o s . mercenário ao alternativa ou uma química Entretanto, o soldado, embora alternativa... modo religioso e aquela tenha sido mágico de sua significação encarar a saúde e original (o que luta pelo soldo). Por isto, não tem sentido a enfermidade, a vida e a morte, e de chamar o feiticeiro ou o xamã de médico enfrentar vicissitude do existir humano tradicional, médico alternativo ou coisa não desapareceu inteiramente da cultura que valha. Os feiticeiros e xamãs ocidental, mesmo nas regiões mais primitivos foram sucedidos na arte de desenvolvidas, principalmente nas curar, na evolução das civilizações, pelos situações de desesperança e desespero. sacerdotes-médicos que apareceram Persiste ainda abrigada nas mesmas com o agregamento de grupos humanos instituições supersticiosas nas quais se E, freqüente e representados pelo surgimento das originou. inadequadamente, denominada como cidades e dos impérios; e estes, pelos médicos leigos ou profanos no mundo medicina, terapêutica, terapia. A rigor, medicina é o trabalho dos grego. Os médicos sucederam médicos e os médicos fazem a medicina. imediatamente a estes sacerdotes. A medicina surgiu da substituição dos O trabalho que os médicos realizam por curandeiros e dos sacerdotes pelos serem médicos, o trabalho socialmente médicos leigos, agentes da medicina instituído dos profissionais da medicina racional, cuja atividade curativa se e que se restringe à sua especificidade desprendera da magia e da superstição funcional ou profissional como prática religiosa para se transformar em social e técnica responsável. E medicina, técnica; os feiticeiros que o trabalho profissional dos médicos. transformaram o ritual mágico- Posto que, nem todas as atividades sobrenatural com propósitos curativos praticadas por um médico sejam na tekhnê iatrikê (em grego) ou ars necessariamente medicina; só devem ser curandi (em latim), expressões que denominadas assim aquelas realizadas significam técnica ou arte de curar, de no exercício da prática profissional pelo exercer o cuidado com os doentes com conjunto de médicos de uma sociedade. A relação bi-unívoca do médico e da o objetivo de lhes devolver o estado de saúde. O aparecimento dos médicos data medicina é mencionada em outros pontos deste momento. Estes médicos foram os deste trabalho, mas deve-se destacar, ainda que reiterativamente, que a alternativas dentro da medicina. Medicina se concretiza no trabalho dos Procedimentos mais ou menos médicos e somente se realiza assim. Não equivalentes que possam permitir uma existe medicina sem médicos, nem escolha honesta. médicos sem medicina. Em qualquer A medicina se faz assim, como a hipótese. Como ramo do conhecimento e síntese da atividade de diferentes da práxis profissional, a medicina pode ser pessoas, atuando em todos os rincões concebida como um corpo harmônico de do mundo, nas condições mais diversas, informações, procedimentos e atitudes que mas seguindo um projeto que prevê a sintetizam o núcleo essencial do que deve atividade de todos e de cada um para ser o trabalho de todos os médicos ou de aperfeiçoar ou revolucionar os recursos qualquer um deles. Também se refere a de que se valhem os médicos em seu um modelo geral e universal de ação que trabalho. Como uma orquestra bem se emprega para dirigir e conter a afinada executando uma partitura longa atividade profissional dos médicos nos e complicada, mas sempre renovada. limites mais aceitáveis do ponto de vista Cada executante com seu instrumento ético e técnico. seguindo o projeto coletivo comum, que Aquilo que os faz ser médicos e os é dado pela unidade de sua profissão, diferencia dos demais agentes sempre a mesma em todos os lugares profissionais. Entretanto, como pessoas, do mundo. Por isto, os médicos podem os médicos são todos diferentes uns dos dizer com orgulho que não existe uma outros, ponto em que se destaca a medicina alternativa, como não existe influência da personalidade individual de uma física alternativa ou uma química cada um deles em seu trabalho profissional alternativa; uma engenharia alternativa comum. ou um direito alternativo. Ainda que Desde sua origem, a medicina tem existam e devam existir alternativas na incorporado todo os novos conhecimentos, medicina. O que passa disto é ilusão ou toda técnica e toda tecnologia nova engodo. capazes de servir para atender às suas finalidades: diagnosticar enfermidades, tratar enfermos e praticar todos os procedimentos profissionais decorrentes destas suas finalidades essenciais. Ao mesmo tempo que incorpora a nova contribuição que lhe é mais útil, segura e econômica, descarta aquelas que se tornam superadas e, por isto, se tornam obsoletas. Não faz o menor sentido chamar de alternativa à medicina as informações e tecnologias que foram descartadas por obsoletas. Pois, uma alternativa deve ser ao menos equivalente àquilo Dr. Luiz Salvador de Miranda Sá Junior a que se refere. O que Conselheiro-Efetivo do CFM existe, na verdade, são 12 Informativo Oficial do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul Mato Grosso do Sul - Junho de 2006 Presidente do CRM participa de encontro em Cuiabá A capital mato-grossense foi o local do XII Encontro dos Conselhos Regionais de Medicina das Regiões Norte e CentroOeste realizado entre os dias quatro e seis de maio. Dr. Mauro Luiz de Britto Ribeiro, presidente do CRM-MS, participou do debate sobre Erro Profissional Médico. Outros temas discutidos foram perícia médica, assistência médica prisional, células-tronco e saúde indígena. Também estiveram presentes no evento o presidente do CFM, Edson de Oliveira Andrade, representantes da Associação de Vítimas de Erro Médico em Mato Grosso (Avem), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Ministério Público, da Associação Matogrossense de Magistrados (Amam) e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam). Dr. Mauro Luiz de Britto Ribeiro, presidente do CRM-MS, participou da discussão sobre Erro Médico Política A AMB e o CFM no Congresso Nacional Criada no final do ano passado especializados e um acompanhamento posicionamento dos médicos com objetivo de analisar os Projetos sistemático por parte das entidades enriquecendo o debate e apontando as abalizadas e de conteúdo técnico de Lei em trâmite no Congresso médicas. correções técnicas que se façam profissional consistente. Nacional que envolvem, direta ou Após essa análise inicial, a Comissão, indiretamente, a área da saúde, a que conta ainda com a consultoria do CAP Comissão de Assuntos assessor parlamentar Napoleão Puente priorizados farão parte da Agenda Políticos CFM/AMB é composta Salles, direciona os Projetos de Lei para Legislativa da Medicina, que será pelos Conselheiros Alceu Pimentel, as Sociedades de Especialidades impressa e distribuída aos senadores, Pedro Pablo Magalhães Chacel, envolvidas, para avaliarem o conteúdo deputados, Neuman da e Regionais, Sociedades de Especialidade, representantes da AMB, Jurandir devolverem os Projetos dentro de um CRM´s e pessoas interessadas. A Ribas Filho, José Luiz Dantas prazo exeqüível estabelecido. A agenda também será disponibilizada, com Mestrinho e Luc Maurice Weckx. Comissão também poderá recorrer a a atualização on-line, nas páginas outras entidades ou médicos de notório eletrônicas das entidades médicas. Figueiredo e pelos Atualmente, a CAP já avaliou mais de 200 Projetos de Lei e, matéria, se posicionarem saber. da necessárias. Os pareceres consolidados Entidades e Médicas Com essa iniciativa, o CFM e a AMB contribuem para o efetivo classe com informações No entanto, o mais importante será o envolvimento das especialidades médicas e dos médicos em conferir aos pareceres da reunião a certeza da prestação de um serviço seguro e de qualidade, para que possamos discutir com os parlamentares a política que mais convém não somente à classe, mas à sociedade. Nós, médicos, temos a oportunidade ímpar de defender os nossos direitos no Congresso Nacional, desses, 72 foram considerados Além disso, o assessor parlamentar relevantes, com a necessidade de agenda reuniões com os autores e ou esclarecimento aos parlamentares, de propositalmente, nas decisões que nos emissão de pareceres técnicos relatores dos projetos para discutir o maneira clara e objetiva, sobre a opinião competem.