ANA CAROLINA DA GRAÇA FAGUNDES FREIRE Avaliação do conhecimento, formação e capacitação do TSB e ASB no desenvolvimento das atividades no serviço público de saúde ARAÇATUBA – SP 2011 ANA CAROLINA DA GRAÇA FAGUNDES FREIRE Avaliação do conhecimento, formação e capacitação do TSB e ASB no desenvolvimento das atividades no serviço público de saúde Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Araçatuba, para obtenção do título de “Mestre em Odontologia Preventiva e Social”. Orientadora: Profa. Adj. Cléa Adas Saliba Garbin ARAÇATUBA – SP 2011 Ana Carolina da Graça Fagundes Freire DADOS CURRICULARES ANA CAROLINA DA GRAÇA FAGUNDES FREIRE NASCIMENTO: 14/01/1981 – São Paulo-SP FILIAÇÃO: Pricila da Graça Fagundes Adalberto Fagundes 2003/2008: Curso de Graduação em Odontologia Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP. 2009/2011: Curso de Pós-Graduação em Odontologia Preventiva e Social Nível de Mestrado Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Dedicatória A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se para frente. (Soren Kierkergaard) Ana Carolina da Graça Fagundes Freire A Deus, que sempre guiou meus passos, caminhou ao meu lado e me carregou em Seus braços todas as vezes que hesitei em abandonar minha caminhada. Ele afastou de meu olhar os meus pecados, cancelou minhas culpas e cria em mim a cada dia um espírito renovado. Sem Ele nada disso seria possível. Salmo 04 “Responde-me quando eu clamar, ó Deus da minha justiça! Na angústia me deste largueza; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração. Filhos dos homens, até quando convertereis a minha glória em infâmia? Até quando amareis a vaidade e buscareis a mentira? Sabei que o Senhor separou para si aquele que é piedoso; o Senhor me ouve quando eu clamo a ele. Irai-vos e não pequeis; consultai com o vosso coração em vosso leito, e calai-vos. Oferecei sacrifícios de justiça, e confiai no Senhor. Muitos dizem: Quem nos mostrará o bem? Levanta, Senhor, sobre nós a luz do teu rosto. Puseste no meu coração mais alegria do que a deles no tempo em que se lhes multiplicam o trigo e o vinho. Em paz me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança.” Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Ao grande amor de minha vida, meu marido Josecarlos Freire, o meu anjo maior que foi capaz de ir ao mais profundo abismo pra me resgatar e me provar do que nosso amor e nossa fé seriam capazes de transformar nossas vidas. Você foi incansavelmente compreensivo todas as vezes em que abdiquei de sua companhia, foi companheiro para todos os momentos. Eu sei que vou te amar Por toda a minha vida eu vou te amar A cada despedida eu vou te amar Desesperadamente Eu sei que vou te amar E cada verso meu será pra te dizer Que eu sei que vou te amar Por toda a minha vida Eu Sei que vou chorar A cada ausência tua eu vou chorar, Mas cada volta Tua há de apagar O que essa ausência tua me causou Eu sei que vou sofrer A eterna desventura de viver a espera De viver ao lado teu Por Toda a minha vida. (Vinicius de Moraes) Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Ao pequeno Davi, meu filho e reizinho da minha vida, meu amor, que foi paciente e participou intensamente da Saúde Coletiva e da elaboração dessa dissertação desde que foi gerado. Toda essa busca pelo conhecimento é para entregar a você um mundo diferente. "Se achar que precisa voltar, volte! Se perceber que precisa seguir, siga! Se estiver tudo errado, comece novamente.” (Fernando Pessoa) Aos meus pais Pricila e Adalberto Fagundes, orgulhos de minha vida, que me ensinaram a importância do saber, da fé e de ser gente. Nunca deixaram de acreditar em mim, mesmo quando eu mesma o fiz. Obrigada por um dia terem optado por me trazer ao mundo e aceitarem assim o desafio de ainda jovens criarem e educarem seus filhos com tanto amor, carinho e competência. Vocês são o meu exemplo de casal, de pais e profissionais “Com sabedoria se constrói o lar e sobre a prudência ele se firma” (Provérbios 24:3) Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Ao meu irmão, Pedro Ivo, meu eterno “filhotinho” que sempre me ensinou com sua força e garra que nunca devemos desistir e perder a alegria de viver..... “Eu agora sei bem que os melhores brinquedos são os irmãos. Brinquedos vivos, que dão e recebem, que nos fazem crescer e crescem também pelas nossas mãos. Que se transformam depois em grandes amigos para toda a vida, em companhia sempre presente de uma maneira ou de outra, em refúgio e estímulo. Em algo que fica quando se perde tudo aquilo a que nos conduziu a nossa loucura, quando se perde o que o tempo nos vai levando.” (Paulo Geraldo) Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Agradecimentos Especiais “Para ensinar há uma formalidade a cumprir: saber” (Eça de Queiroz) Ana Carolina da Graça Fagundes Freire A Professora Cléa Adas Saliba Garbin, minha orientadora, docente e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Odontologia Preventiva e Social da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, por seu carinho especial, pelo acolhimento e por ter proporcionado condições para o desenvolvimento do meu trabalho. Agradeço por não ter se limitado a ser somente minha orientadora, mas por ser amiga, mãe, mestra e um exemplo de vida, de profissional e de mulher que é! Obrigada pelas palavras de conforto e otimismo em todos os momentos necessários e por sempre acreditar em mim. A Professora Suzely Adas Saliba Moimaz, docente e vice-coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Odontologia Preventiva e Social da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP. Um grande exemplo de liderança e de pesquisadora, sempre muito dedicada à Saúde Coletiva. Obrigada pelos momentos de compreensão, companheirismo e amizade. Agradeço pela oportunidade de conhecê-la melhor e poder conviver com uma pessoa sensível e apaixonada pela família que existe por trás da pesquisadora séria, dedicada e talentosa. Ao Professor Artênio José Isper Garbin, meu orientador de iniciação cientifica, docente do Programa de Pós-Graduação em Odontologia Preventiva e Social da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, por me ensinar muito com seu talento como pesquisador e visão de mercado, pelas idéias inovadoras, práticas e objetivas. Agradeço pela compreensão em todos as vezes que atrapalhei seus momentos de lazer e roubei a atenção de sua esposa. A Professora Nemre Adas Saliba, pelo exemplo de vida e determinação ao sonhar, criar e dia a dia construir e manter o Programa de Pós-Graduação em Odontologia Preventiva e Social da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP. Acolheu-me como aluna de iniciação científica e Ana Carolina da Graça Fagundes Freire posteriormente de Pós-Graduação e que com seu carinho imenso fez com eu me sentisse um membro de sua família. Ao Professor Orlando Saliba, pela incansável dedicação e paciência e constante disposição em ajudar os alunos com suas análises estatísticas e seus ensinamentos de vida. Sua presença neste Programa de PósGraduação foi fundamental para o meu aprendizado. A Professora Tânia Adas Saliba Rovida, por seu carinho especial e momentos de atenção que, mesmo em pouco tempo de convívio, possibilitaram uma aproximação envolvendo amizade e respeito. Agradeço por suas palavras e pela confiança a mim depositada e os conselhos em como ser uma “mãe de primeira viagem”. Ao Professor Renato Moreira Arcieri, pela sua paciência oriental e calma sem igual. Agradeço a contribuição para minha formação profissional e pessoal. Obrigada por sua dedicação e exemplo de vida! A Professora Ana Paula Dossi, eterna companheira de “espera de orientadora” e que com muito orgulho acompanhei sua trajetória e sigo como exemplo. Ao Professor Ronald J. Martins, pelos momentos de amizade e ensinamentos. A Profa. Doris Hissako Sumida, pelo carinho inesgotável e dedicação como pesquisadora. Obrigada por ser sempre tão atenciosa comigo e meu marido, por contribuir em minha formação pessoal e profissional com sua sabedoria e serenidade. A Dona Neusa, a quem agradeço pela agradável companhia no departamento e em vários outros momentos. Obrigada pelos momentos de Ana Carolina da Graça Fagundes Freire amizade, pela ajuda e preocupação que sempre teve comigo. Sua presença foi fundamental para que minha caminhada fosse mais agradável. Ao Nilton por transformar o departamento em um ambiente mais alegre, com sua espontaneidade e otimismo, sempre se preocupando com os alunos e tornando a convivência entre todos mais agradável. Obrigada! A Valderez, pela amizade compartilhada, paciência nos momentos de correria e pela convivência gratificante por todo esse percurso e por abrir as portas de sua casa sempre. Obrigada! A Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP, nas pessoas do Diretor Prof. Dr. Pedro Felício Estrada Bernabé e Vice-Diretora Profª Drª Ana Maria Pires Soubhia. Aos funcionários da Seção de Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP, Valéria Queiroz Marcondes Zagatto e Inácio Mendes. À Marina Midori Sakamoto Hawagoe, diretora acadêmica, Diogo Reatto e todos os funcionários da sessão acadêmica, obrigada pela dedicação! À Célia Cristina Antonello Cunha, assessora administrativa, obrigada por resolver todos os mistérios burocráticos da FAPESP. À Izamar da Silva Freitas, bibliotecária chefe e aos funcionários da Biblioteca da Faculdade de Odontologia de Araçatuba- UNESP, Ana Claudia Grieger Manzatti, Ivone Rosa de Lima Munhoz, Maria Cláudia de Castro Benez, Luzia Anderlini, Ana Paula Rimoli de Oliveira, Luis Cláudio Sedlacek e Cláudio Hideo Matsumoto, pelas orientações e disposição em me ajudar sempre! Ana Carolina da Graça Fagundes Freire A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e a FAPESP (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo) que me concederam bolsa durante a realização deste Mestrado, contribuindo, assim, para a viabilização deste trabalho. Deixo aqui meu profundo agradecimento. As amigas, Milene e Renata, colegas de profissão e de turma, madrinhas (de crisma e casamento respectivamente) e companheiras de todos os momentos, fiéis escudeiras..... Por quem tenho uma amizade sólida e sincera. Seja qual for o momento, sempre estarei ao lado de vocês, oferecendo meu ombro amigo com muito carinho, respeito e dedicação. Obrigada! Aos Auxiliares e Técnicos de Saúde Bucal e Coordenadores de Saúde Bucal que participaram deste trabalho, que muito gentilmente colaboraram com este estudo. Obrigada! Sem a ajuda de vocês, este trabalho não seria completo! “Um homem terá pelo menos dado a partida para a descoberta do sentido da vida humana quando começar a plantar árvores frondosas sob as quais sabe muito bem que jamais se sentará.” (D. Elton Trueblood) Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Agradecimentos “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina” (Cora Coralina) Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Aos meus amigos de turma do Mestrado, Renata, Milene, Marco Aurélio e Carlos, obrigada pelo carinho e ajuda dedicados a mim! Aprendi muito com cada um de vocês e jamais os esquecerei. Obrigada! Aos meus colegas da Pós-Graduação, Thaís Jaqueline, Fernando Shiba, Tatiana, Luiz Fernando, Daniela Pereira, Najara, Diego, Fabiano, João Nayme, Renata Colturato, Paula, Lenise, Heloísa, Lídia, obrigada pela alegre convivência, pelo apoio, pelas dicas, enfim por terem sempre estendido a mão quando precisei. As estagiárias, Michele, Jéssica (Caju), Adriana, Adrielli, Thayane, Érika, Jaqueline que estão ou já passaram pelo departamento, pela presença e apoio nos trabalhos, projetos de extensão e principalmente pela grande ajuda no desenvolvimento dessa dissertação. Aos meus queridos amigos da graduação e colegas de FOA, pelos momentos de alegria e tristeza superados juntos, longe de nossas famílias. Mesmo seguindo rumos diferentes, nosso carinho e amizade devem continuar inalterados. Ao casal de amigos Daniel Augusto e Carolina Satinoni (juntamente com sua família), pela amizade, momentos diversão e apoio sempre. Aos meus estimados amigos de Diretório Acadêmico, Carlos Shimabucoro, Renato Ferraço, Pedro Paulo e Igor pelos momentos de luta, ensinamentos, vivências e intermináveis reuniões. A minha querida amiga Jóice Galo de Moraes, companheira de anos de Moradia Estudantil, por ter participado de momentos tão especiais da minha Ana Carolina da Graça Fagundes Freire vida, sempre com muita alegria, confiança, respeito e amor. Obrigada por tudo! A meus avós Lydia e João por sempre torcerem por mim e por compreenderem quando não pude estar por perto. Obrigada pelo apoio e confiança depositada em mim! A meus avós Lola e Baduda ( in memoriam) que onde estiverem acompanharão meus passos. A Denise, que me recebeu de braços abertos em minha chegada à Araçatuba. Obrigada por toda a dedicação, carinho cuidado e amparo! A querida Nelly, que foi responsável por me orientar durante a “adoção” desse trabalho. Obrigada pela paciência e por sempre estar disposta a me ajudar! A querida madrinha e amiga Kátia Nascimbeni e toda sua família, pelas palavras de apoio nos momentos que precisei, por toda a ajuda, carinho, confiança, incansável dedicação e amizade. “A vida é como uma viagem no mar da história, com frequência enevoada e tempestuosa, uma viagem na qual perscrutamos os astros que nos indicam a rota. As verdadeiras estrelas da nossa vida são as pessoas que souberam viver com rectidão. Elas são luzes de esperança.” (Bento XVI) Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Resumo “Aquilo que pensamos saber, com frequência nos impede de aprender” (Claude Bernard) Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Freire ACGF. Avaliação do conhecimento, formação e capacitação do TSB e ASB no desenvolvimento das atividades no serviço público de saúde. [dissertação]. Araçatuba: Universidade Estadual Paulista; 2011. Resumo O trabalho executado pelos profissionais auxiliares da odontologia constitui uma ferramenta diferenciada para se obter um aumento de produtividade, principalmente no que se refere ao serviço público de saúde. Para o cirurgião-dentista alcançar a produtividade máxima, os auxiliares precisam ter conhecimento de suas funções segundo as legislações vigentes. Esses conhecimentos abrangem a parte técnica e as posturas éticas desses profissionais, buscando uma humanização dos serviços na odontologia e a promoção dos direitos dos pacientes. Sendo assim, o consentimento informado e o sigilo profissional devem ser respeitados na prática odontológica, não apenas como uma doutrina legal, mas como um direito moral dos pacientes e que gera obrigações morais para os CirurgiõesDentistas e pessoal auxiliar. O objetivo foi avaliar o conhecimento dos Técnicos em Saúde Bucal (TSB) e Auxiliar de Saúde Bucal (ASB) quanto à realização de suas funções regulamentadas pela Lei Nº 11.889, de 24 de dezembro de 2008, assim como a formação destes e capacitação recebida antes de exercerem suas funções no sistema publico de saúde; avaliar também o conhecimento destes em relação aos conceitos bioéticos, no que diz respeito ao consentimento informado e sigilo profissional, aprendidos durante os cursos de formação ou prática profissional dentro do sistema público de saúde. A população alvo do presente estudo foram os TSB e ASB (N=76) que atuam no sistema público de 5 municípios da área de abrangência do DRS II-SP. A coleta dos dados foi realizada através de questionários semiestruturados e auto-administrados, com questões abertas e fechadas. A taxa resposta foi de 90,79% (n= 69). Os resultados mostraram que a maioria dos profissionais conhece parte de suas funções (56%). Quase metade dos profissionais tem curso de formação (47,8%). Quanto às informações Ana Carolina da Graça Fagundes Freire recebidas pelos profissionais nos cursos técnicos freqüentados, 80% afirmam ter recebido todas as informações necessárias para sua formação, no entanto, 84% afirmam sentir necessidade de atualização de seus conhecimentos para o desenvolvimento de suas atividades. 58% dos profissionais declararam não receber capacitação após contratação. Os resultados mostraram que 60,3% disseram ter recebido orientação sobre sigilo profissional. Quanto ao tipo de orientação recebida, 72,7% demonstrou ter algum conceito definido sobre sigilo profissional. Quanto aos seus conhecimentos sobre consentimento livre e esclarecido 58,2% não receberam orientação, porém 85,3% não realizam qualquer procedimento no paciente sem o seu consentimento; e 88,2% dizem que somente acima dos 18 anos o paciente tem autonomia para autorizar seu próprio tratamento. Não foi observada associação estatisticamente significativa entre os profissionais que possuíam cursos de formação e seus conhecimentos sobre as funções que podem executar segundo as legislações vigentes (p=0,0806); entre os profissionais que possuíam cursos de formação e seus conhecimentos sobre TCLE (p=0,9998) e sigilo profissional (p=0,3442); profissionais que receberam orientação sobre TCLE e seus conhecimentos sobre a idade em que o paciente pode autorizar o próprio tratamento (p=0,3571). Conclui-se, portanto, que a maioria dos profissionais conhecem parte suas funções, tem curso de formação e não recebem capacitação quando ingressam no sistema público de saúde, no entanto, foi observado que uma parcela considerável ainda não possui formação específica desconhecendo parte de suas funções prevista em legislação vigente. A maioria dos pesquisados não possui os conhecimentos necessários sobre os conceitos bioéticos da profissão relacionado a consentimento informado e sigilo, influenciando assim sua conduta profissional dentro do serviço público de saúde. Palavras-chave: Recursos humanos em odontologia. Capacitação em serviço. Consentimento livre e esclarecido. Comunicação sigilosa. Autonomia pessoal. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Abstract “Ninguém ignora tudo, ninguém sabe tudo. Por isso aprenderemos sempre“ (Paulo Freire) Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Freire ACGF. Assessment of knowledge, education and training of TSB and ASB in the development of activities in public health service. [dissertation]. Araçatuba: UNESP – São Paulo State University; 2011. Abstract The work made by dental auxiliaries is a different tool to obtain an increase of productivity, principally about public health service. It’s necessary that auxiliaries have knowledge about their role according current Law, and so, dental surgeon get the maximum productivity. This knowledge involves techniques and ethical postures of them, aiming humanization on dental services and promotion of patient’s rights. So, informed consent and professional secrecy should be respected on dental practice, not only like a legal doctrine, but like a moral right of patients and that cause moral duties for dental surgeons and dental auxiliaries. The aim of this study was to evaluate the knowledge of hygienists (TSB) and dental auxiliaries (ASB) about performance of their roles regulated by Law number 11.889, December 24th, 2008, evaluate the formation of them and capacitating received before they had executed their roles on Public Health System; to evaluate the knowledge of them about bioethical means, in relation to informed consent and professional secrecy, learned during courses of formation or professional practice into public health system. The target population of this study were TSB and ASB (N=76) that work on public health system from 5 cities belong to DRS II-SP. Data collection was performed through semi-structured questionnaire and self-applied, with opened and closed questions. The answer rate was 90,79% (n=69). The results showed that the majority of professionals know part of their roles (56%). Near half of them has formation course (47,8%). About received information during current course, 80% affirmed had received all information that are necessary for their formation, however, 84% affirmed feel necessity of actualization of their knowledge to develop their works. 58% of researched professionals said that they didn’t receive capacitating after Ana Carolina da Graça Fagundes Freire admission. The results showed that 60,3% of interviewed professionals said that they received orientation about professional secrecy. In relation to type of it, 72,7% demonstrated had some defined concept about professional secrecy. Just 58,2% didn’t receive orientation about free and clear consent, but 85,3% didn’t realize any procedure on patient without their consent; and 88,2% said that only over than 18 years-old that patient gets autonomy to authorizes self treatment. It was not observed statistically significant association between professionals that had formation courses and their knowledge about roles that they can execute according legislation (p=0,0806); between professionals that had formation courses and their knowledge about Free and Clear Consent Term (TCLE) (p=0,9998) and professional secrecy (p=0,3442); professionals that received orientations about TCLE and their knowledge about age that patient can authorizes self treatment. It was possible to conclude that the majority of professionals knows part of their roles, has formation courses and doesn’t receive capacitating when they are admitted in public health system, however, it was observed that a part of them don’t have specific formation yet and don’t know part of their roles according current legislation. The majority of researched professionals didn’t have necessary knowledge about bioethical means of profession related to informed consent and secrecy, influencing their professional conducts into public health system. Keywords: Dental staff. Inservice training. Confidentiality. Personal autonomy. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Informed consent. Lista de gráficos e abreviaturas “A boa educação é moeda de ouro: em toda a parte tem valor“ (Padre Antônio Vieira) Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Lista de Gráficos Capítulo 1 Gráfico 1 44 Gráfico 2 44 Gráfico 3 45 Capítulo 2 Gráfico 1 61 Gráfico 2 61 Gráfico 3 62 Gráfico 4 62 Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Lista de Abreviaturas ACD: Auxiliar de Cirurgião-Dentista ASB: Auxiliar de Saúde Bucal CAPES: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CD: Cirurgião Dentista CEO: Centro de Especialidade Odontológica CEP: Conselho de Ética em Pesquisa CFO: Conselho Federal de Odontologia CRO: Conselho Regional de Odontologia FAPESP: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo DRS II: Departamento Regional de Saúde de Araçatuba II ESF: Equipe de Saúde a Família FOA: Faculdade de Odontologia de Araçatuba NEPESCO: Núcleo de Pesquisa em Saúde Coletiva PSF: Programa de Saúde da Família SES-SP: Secretaria Estadual de Saúde SP: São Paulo SUS: Sistema Único de Saúde TCLE: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido THD: Técnico de Higiene Dental TSB: Técnico de Saúde Bucal UBS: Unidade Básica de Saúde UNESP: Universidade Estadual Paulista Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Sumário 1 Introdução Geral 27 2 Capítulo 1: O conhecimento e a formação do TSB e ASB que exercem suas funções no serviço público de saúde. 2.1 Resumo 33 2.2 Abstract 34 2.3 Introdução 35 2.4 Metodologia 37 2.5 Resultados e Discussão 38 2.6 Conclusão 41 2.7 Agradecimentos 41 2.8 Referências 42 3 Capítulo 2: O conhecimento dos auxiliares odontológicos do serviço público de saúde sobre os aspectos bioéticos na prática profissional. 3.1 Resumo 47 3.2 Abstract 48 3.3 Introdução 49 3.4 Objetivos 50 3.5 Metodologia 51 3.6 Resultados 52 3.7 Discussão 54 3.8 Conclusão 57 3.9 Referências 58 Anexos 63 Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 1 Introdução Geral “A chave de todas as ciências é o ponto de interrogação” (Honoré de Balzac) Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 1 Introdução Geral* O Brasil é um país com diversos problemas sociais, em que o acesso aos serviços odontológicos é bastante restrito e a demanda é elevada, necessitando de um aumento de oferta desses serviços e com maior resolutividade. Com isso, a proposta de utilização de pessoal auxiliar é oportuna, pois comprovadamente, aumenta a produtividade e a qualidade dos serviços (GARBIN et al., 2007; NARESSI; NARESSI, 1992; ORENHA et al., 1998; QUELUZ, 2005; SBRAVATI et al., 1999). No Brasil, a Odontologia vai gradativamente incorporando o trabalho em equipe em seus procedimentos clínicos. Este processo acontece através das figuras do Técnico em Higiene Dental (THD) e do Auxiliar de Consultório Dentário (ACD), ambos com a formação específica para o desempenho de suas funções (PIMENTA, 1994). Existe uma carência de estudos que tratam da importância da utilização dos TSB e ASB na atenção primaria, pois esses profissionais auxiliares têm um grande perfil educativo, sendo um agente importante na prevenção e diagnóstico precoce de doenças (OLIVEIRA et al., 2009). Os benefícios trazidos pela utilização dos serviços desses profissionais também diminuem os custos, e isso tem grande relevância principalmente para o setor público (QUELUZ, 2005). As profissões de Técnico em Higiene Dental(THD) e Auxiliar de Consultório Dentário(ACD) foram oficialmente instituídas pelo Ministério da Educação em 1975, mas apesar disso sua expansão tem sido lenta por causa, principalmente da resistência da classe odontológica. A maioria dos Cirurgiões-Dentistas ainda não aprenderam a trabalhar com auxiliares, mantêm o monopólio de atividades e funções que poderiam e deveriam ser delegadas (LAZERIS et al., 2007; SALIBA et al.,1998; SILVA et al., 2009). Além disso, grande parte dos auxiliares que são contratados é * As referências estão no anexo A. Normatização segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire treinada nos próprios consultórios, sem formação que lhes proporcione o título e conseqüentemente o registro como Atendente de Consultório Dentário (ACD) e Técnico em Higiene Dental (THD) nos Conselhos de Odontologia (SERRA; GARCIA, 2002). É importante o emprego de pessoal auxiliar em Odontologia no Brasil para o atendimento de massa, onde sua atuação reduz os custos e agiliza o processo, porém exige uma análise e reflexão quanto à maneira como este pessoal está sendo formado (LAZERIS et al., 2007; QUELUZ, 2005; SILVA, 1984). Em alguns municípios do Estado de São Paulo, o pessoal auxiliar odontológico dedica sua jornada de trabalho mais para a promoção de saúde bucal do que para ações de assistência odontológica individual, colaborando assim com as práticas odontológicas em saúde coletiva e do sistema de saúde em construção no Brasil (FRAZÃO, 1998). Na literatura podemos observar que em países que utilizam o pessoal auxiliar odontológico, também o fez de forma diferenciada, ora esse pessoal executa atividades de promoção de saúde bucal, ora para atividades clínicas. Essa utilização do pessoal auxiliar para promoção de saúde bucal demonstra que esta pode ser feita por meio de métodos de educação em saúde. Pois é através da promoção e educação em saúde que se constitui um paciente motivado e informado, pois a motivação é a força propulsora de hábitos saudáveis, prevenindo problemas mais sérios e custosos ao estado (COSTA et al., 2001; FRAZÃO, 1998; MOIMAZ et al., 1994). Com objetivo de identificar as diferenças de desempenho entre os profissionais auxiliares de Odontologia com formação escolar e com formação em serviço, Leite et al. (2002) e Alcântara e Takahashi (2006), mostraram que houve melhor desempenho técnico e segurança por parte dos profissionais com formação escolar. Isso pode ser observado também em trabalho realizado por Pontes e Fonseca (2007/2008) onde relata que as práticas cotidianas de ensino devem buscar fortalecer não só a como a formação técnica, mas também princípios como ética e a educação da sensibilidade e dos sentidos. A sociedade atual exige que as organizações operem de modo socialmente responsável e que os administradores demonstrem um comportamento ético (FRIGOTTO, 2007/2008). Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Hansen (2002) e Lazeris et al.(2007) apontam para a necessidade de um incremento na oferta dos cursos de formação para o pessoal auxiliar em saúde bucal, além da implementação de estratégias de educação permanente, contextualizada nas necessidades do Sistema Único de Saúde por meio de capacitações para qualificar os profissionais da saúde. Tendo em vista esse contexto, a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (EPS) lançada pelo Ministério da Saúde através da Portaria 198, de fevereiro de 2004, possibilita a identificação das necessidades de formação e de desenvolvimento dos trabalhadores da área da saúde e a construção de estratégias e processos que qualifiquem a atenção e a gestão em saúde, fortalecendo o controle social com o objetivo de produzir um impacto positivo sobre a saúde individual e coletiva da população (CAROTTA et al., 2009; NICOLETTO et al., 2009). O cirurgião-dentista deveria desenvolver sua capacidade gerencial além de suas habilidades clínicas (QUELUZ, 2005). Sendo assim, o objetivo do uso de pessoal auxiliar não é buscar status ou aumentar custos, mas sim promover uma maior eficiência, elevação do rendimento, otimização do uso do tempo, minimizar o custo operacional, aumentando assim a produtividade. Só que para o cirurgião-dentista alcançar essa produtividade máxima, precisa utilizar pessoal auxiliar e delegar funções (BARROS, 1995; QUELUZ, 2005; PEREIRA; MOREIRA, 1992; PINTO, 1983; PINTO, 1994). Sendo o CFO o órgão responsável pela regulamentação do exercício profissional da classe odontológica no Brasil, este não tem apresentado movimentos que valorizem a qualificação do THD e ACD. Pois somente a partir de junho de 2000, este órgão exige a apresentação de um certificado ou diploma conferido por curso de qualificação profissional autorizados pelo Conselho Estadual de Educação, para o ACD poder se inscrever nos Conselhos Regionais de Odontologia. Antes dessa data, essa exigência era feita apenas para os CD e THD, para as ACD então a exigência do mesmo foi prorrogada desde 1987 (QUELUZ, 2005). A exigência do diploma para se inscrever nos Conselhos para os THD, teve início em 1987, e para ACD iniciou-se em junho de 2000, até então era Ana Carolina da Graça Fagundes Freire exigido apenas uma carta do cirurgião-dentista comprovando a experiência de um ano na função, seja para ACD ou para THD (QUELUZ, 2005). Após a aprovação da Lei Federal nº 11.889, de 24/12/2008 (Anexo G), que regulamenta o exercício das profissões de Técnico e Saúde Bucal (TSB) e de Auxiliar em Saúde Bucal (ASB), estes profissionais estão obrigados a se registrar no Conselho Federal de Odontologia e a se inscrever no Conselho Regional de Odontologia em cuja jurisdição exerça suas atividades (BRASIL, 2008). A maioria dos TSB e ASB que atuam no mercado de trabalho é treinada pelo próprio cirurgião-dentista e às vezes não possui conhecimento suficiente, formação específica ou registro no CFO (LIÑAN e BRUNO, 2007; QUELUZ, 2005) pois esse conhecimento pode-se limitar apenas as técnicas e práticas do cotidiano. O que nos leva a refletir, por exemplo, sobre o seu conhecimento relacionado aos aspectos bioéticos, principalmente no que diz respeito ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e sigilo profissional, podendo ser insuficiente e implicar em problemas legais. Os profissionais de saúde devem estar seguros na prática clínica, nos conhecimentos técnicos e científicos para transmitir aos pacientes segurança e as informações corretas. Na prática, eles decidem como informar e são responsáveis pelas informações prestadas. Há profissionais que se empenham em informar adequadamente seus pacientes para assim obter o consentimento livre e esclarecido. Mas as vezes, informações erradas ou incompletas são fornecidas no início do tratamento. Outras vezes, ela é fornecida somente após a obtenção do consentimento livre e esclarecido, resultando na execução de um tratamento sem que o paciente saiba corretamente o que foi realizado (SERRA et at., 2010). Assim, um trabalho que verificasse o conhecimento , a formação e capacitação desse pessoal auxiliar é oportuno, pertinente e de grande valia, principalmente para o setor público. O presente estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento dos Técnicos em Saúde Bucal (TSB) e Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) em relação à realização de suas funções regulamentadas pela Lei Federal nº 11.889, de Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 24/12/2008, sua formação e se receberam capacitação no sistema público de saúde dos Municípios do noroeste paulista. Para isso esse trabalho foi dividido em dois capítulos onde o primeiro teve por objetivo avaliar o conhecimento do TSB e ASB quanto a realização de suas funções regulamentadas pela legislação vigente; a formação de pessoal auxiliar odontológico; se receberam algum tipo de capacitação quando contratados, ou seja, a necessidade de educação permanente em serviços de saúde. No segundo capítulo o objetivo foi avaliar o conhecimento dos TSB e ASB em relação aos conhecimentos bioéticos sobre Consentimento Livre e Esclarecido e sigilo profissional aprendidos durante os cursos de formação ou durante a prática profissional, e que exercem suas funções dentro do sistema público de saúde de 5 municípios do interior paulista pertencentes ao DRS II-SP. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 2 Capítulo 1 O conhecimento das funções e a formação dos profissionais auxiliares que exercem suas funções no serviço público de saúde de municípios do noroeste paulista. * * Normatização segundo a Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde (Anexo C) Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 2.1 Resumo O objetivo do presente estudo foi de avaliar o conhecimento dos Técnicos em Saúde Bucal (TSB) e Auxiliar de Saúde Bucal (ASB) quanto à realização de suas funções regulamentadas pela Lei Nº 11.889, de 24 de dezembro de 2008, assim como a formação destes e capacitação recebida antes de exercerem suas funções no sistema publico de saúde. Trata-se de um estudo transversal descritivo onde a população alvo foram os TSB e ASB (N=76) que atuam no sistema público de 5 municípios da área de abrangência do DRS II-SP. A coleta dos dados foi realizada por meio de questionários semi-estruturados e auto-administrados, com perguntas abertas e fechadas. A taxa resposta foi de 90,79% (n= 69). Os resultados mostraram que a maioria dos profissionais conhecem parte suas funções (56%). Quase metade dos profissionais ter curso de formação (47,8%). Quanto às informações recebidas pelos profissionais nos cursos técnicos freqüentados, 80% afirmam ter recebido todas as informações necessárias para sua formação, no entanto, 84% afirmam sentir necessidade de atualização de seus conhecimentos para o desenvolvimento de suas atividades. 58% dos profissionais declararam não receber capacitação após contratação. Conclui-se, portanto, que a maioria dos profissionais conhecem parte de suas funções, tem curso de formação e a maioria não recebem capacitação quando ingressam no sistema público de saúde, no entanto, foi observado que uma parcela considerável ainda não possui formação específica desconhecendo parte de suas funções prevista em legislação vigente. Palavras-Chave: Recursos humanos em odontologia; Capacitação em serviço; Serviço público. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 2.2 Abstract The aim of this study was to evaluate the knowledge of Hygienists (TSB) and Dental Auxiliaries (ASB) in relation to their roles regulated by Law number 11.889, December 24th, 2008, and formation of them and capacitating received before they had been admitted in public health system. It’s a transversal and descriptive study where target population were TSB and ASB (N=76) that works in public service from 5 cities belong of DRS II-SP. Data collection was performed by semi-structured instrument with opened and closed questions. The answer rates was 90,79% (n=69). The results showed that the majority of professionsl know part of their roles (56%) Near half of them had formation course (47,8%). In relation to information received during formation courses, 80% affirmed had received all information necessary to actualization of knowledge, however, 84% affirmed to feel necessity to actualize their knowledge to develop their works. 58% of professionals said that they don’t receive capacitating after they had been admitted. It was possible to conclude that the majority of professionals know part of their roles, has formation course and the majority don’t receive capacitating when they are admitted in public health system, however, it was observed that a part of them don’t have specific formation yet and don’t know part of their roles according to current legislation. Keywords: Dental staff; Inservice training; Public service. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 2.3 Introdução Os profissionais auxiliares e técnicos em Odontologia estão ganhando cada vez mais espaço no mercado de trabalho, sendo respeitados e inseridos no cotidiano da prática odontológica para assim, dinamizar o atendimento e dar condições para que o cirurgião-dentista desenvolva seu trabalho com agilidade, dentro dos padrões ergonômicos e de biossegurança. Esses profissionais em odontologia podem aumentar a produtividade e a qualidades dos serviços prestados.O acesso aos serviços odontológicos em nosso país ainda é restrito e a demanda é elevada, necessitando de um aumento de oferta desses serviços e com maior resolutividade1,2. Portanto, a Odontologia brasileira vai gradativamente incorporando o trabalho em equipe em seus procedimentos clínicos. Este processo acontece através das figuras do Técnico em Higiene Dental (THD) e do Auxiliar de Consultório Dentário (ACD), ambos com a formação específica para o desempenho de suas funções3,4.O trabalho auxiliado se bem supervisionado pelo CirurgiãoDentista pode ser de grande valia, aumentando assim a produtividade dos serviços prestados, principalmente no setor público, onde existe uma grande demanda 5. A utilização dos serviços do pessoal auxiliar não só aumentam a produtividade como diminuem os custos, e isso tem grande relevância, principalmente, para o setor público1,2. Entretanto, Hayassy6 mostrou que muitas vezes o THD atua como simples auxiliar, não realizando funções que poderiam ser supervisionadas pelo cirurgião-dentista. As profissões de Técnico em Higiene Dental (THD) e Auxiliar de Consultório Dentário (ACD) foram oficialmente instituídos pelo Ministério da Educação em 1975, mas apesar disso, sua expansão tem sido lenta por causa, da resistência da classe odontológica, o que pode estar associado a um desconhecimento desses profissionais ou despreparo para trabalharem com auxiliares7. A partir de 24 de dezembro de 2008 esses profissionais passaram a ser conhecidos como Técnico em Saúde Bucal(TSB) e Auxiliar de Saúde Bucal(ASB), modificando assim algumas funções8. Grande parte dos Cirurgiões-Dentistas ainda não aprenderam a trabalhar com auxiliares, Ana Carolina da Graça Fagundes Freire mantêm o monopólio de atividades e funções que poderiam e deveriam ser delegadas9,10, pois são permitidas pela Resolução CFO 185 Federal 11.889 8. 11 e pela Lei Além disso, grande parte dos auxiliares que são contratados é treinada nos próprios consultórios, sem formação que lhes proporcione o título e registro como Atendente de Consultório Dentário (ACD) e Técnico em Higiene Dental (THD) nos Conselhos de Odontologia11. Na literatura pode-se observar que em países como Reino Unido e alguns países da América Latina12 utilizam o pessoal auxiliar odontológico e também o fazem de forma diferenciada, não os utilizando somente como auxiliares de atividades clínicas, mas também executando atividades de promoção de saúde bucal Para alguns autores os auxiliares odontológicos poderiam dedicar mais horas de sua jornada de trabalho para a promoção de saúde bucal, do que para ações de assistência odontológica individual, colaborando assim com os procedimentos coletivos preconizados pelo SUS. Pois é através da promoção e educação em saúde que se constitui um paciente motivado e informado, pois a motivação é a força propulsora de hábitos saudáveis, prevenindo problemas mais sérios e custosos ao estado13,14,15. É importante o emprego de pessoal auxiliar em Odontologia no Brasil para o atendimento de massa, onde sua atuação reduz os custos e agiliza o processo, promovendo uma maior eficiência, elevação do rendimento, otimização do uso do tempo, minimizar o custo operacional, aumentando assim a produtividade. Só que para o cirurgião-dentista alcançar essa produtividade máxima, precisa utilizar pessoal auxiliar e delegar funções1. Assim, um trabalho que verificasse o conhecimento , a formação e capacitação desse pessoal auxiliar é oportuno, pertinente e de grande valia, principalmente para o setor público. O presente estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento dos Técnicos em Saúde Bucal (TSB) e Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) em relação à realização de suas funções regulamentadas pela Lei Federal nº 11.889, de 24/12/2008, sua formação e se receberam capacitação ao ingressarem no sistema público de saúde dos Municípios do noroeste paulista. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 2.4 Metodologia O presente trabalho caracteriza-se como sendo um estudo transversal descritivo. Foram convidados a participar desse estudo os Técnicos em Saúde Bucal (TSB) e Auxiliar de Saúde Bucal (ASB) que exercem suas atividades no Sistema Público de Saúde de 5 Municípios da área de abrangência do DRSII/SP (N=69). A pesquisa foi realizada por meio de questionários semi-estruturados, auto-administrados com questões abertas e fechadas entregues pessoalmente a todos os Técnicos em Saúde Bucal (TSB) e Auxiliar de Saúde Bucal (ASB). O instrumento de coleta foi previamente testado com um estudo piloto para minimizar possíveis erros que o mesmo poderia conter. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP, segundo Resolução CNS 196 (Processo FOA 20091416). Cada questionário foi acompanhado de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, esclarecendo a razão da pesquisa e a forma de divulgação dos dados. Após a coleta, os dados foram apurados e analisados utilizando-se os programas estatísticos Epi Info® versão 3.2 e Bioestat 5.0 para testar a hipótese de associação entre algumas variáveis, onde foi realizada análise em relação às questões fechadas 16. As análises incluíram o Teste-G e Exato de Fisher, ao nível de significância de 5% (α=0.05). Para as questões abertas foi feita uma análise qualitativa, abrangendo as seguintes fases: pré-análise, exploração do material, tratamento dos resultados obtidos e interpretação; para categorizá-las e assim quantificá-las, permitindo assim, uma melhor apresentação dos resultados17. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 2.5 Resultados e Discussão O aperfeiçoamento dos métodos de trabalho se reflete na melhoria da execução das tarefas. A simplificação do trabalho se aplica em direcionar esforços para executar uma tarefa, ou uma série delas, de modo mais eficiente e econômico. Para avaliar o conhecimento, formação e capacitação dos profissionais auxiliares da Odontologia (ACD/ASB e THD/TSB), foram analisados 69 questionários respondidos pelos profissionais que trabalham nas Unidades Básicas de Saúde de 5 (cinco) municípios da área de abrangência do Departamento Regional de Saúde (DRSII-SP), com taxa de resposta de 90,79%. Com relação à ocupação dos sujeitos da pesquisa, observou-se que a maioria (87,1%) são ACD, 7,10% são ASB e 4,3% THD (Gráfico 1). Quanto a formação destes profissionais analisados observou-se que menos da metade (47,8%) tem formação em ACD e uma parcela considerável (20,3%) não tem curso de formação específico (Grafico 2). Silva em 2009 observou resultados semelhantes, porém a maioria deles receberam treinamento do próprio cirurgião dentista10. Em relação à atuação dos ASB/ACD TSB/THD pode-se observar que a maioria desses profissionais (56%) têm conhecimento das ações que podem desenvolver segundo a Resolução CFO-185 18 e a Lei 11.889 8 (Gráfico 3). Pode-se observar que 35,3% dos profissionais acham que receberam todas as informações necessárias para formação nos cursos técnicos freqüentados, já 29,4% acham que não receberam todas as informações necessárias, 35,3% não respondeu. Estudo realizado por Frazão (1998)15 indica que quanto à formação específica, os profissionais auxiliares odontológicos que declararam já ter concluído ou ainda estarem realizando sua qualificação profissional, demonstraram que existe, de fato, um esforço por parte dos trabalhadores e dos municípios pesquisados no sentido de cumprir as diretrizes relativas aos recursos humanos do SUS. Serra e Garcia (2002)11 citam que grande parte dos auxiliares quando contratados, acabam sendo treinados nos próprios consultórios, sem uma formação que lhes proporcione um título e como conseqüência ficam sem o registro de Auxiliar de Consultório Dentário (ACD)/Auxiliar de Saúde Bucal(ASB) ou de Técnico de Higiene Dental Ana Carolina da Graça Fagundes Freire (THD)/Técnico em Saúde Bucal(TSB) nos respectivos Conselhos Regionais e Conselho Federal de Odontologia. Queluz (2005)1 coloca que tanto as profissões de ACD como os THD estão regulamentadas pelo CFO e sendo assim, aqueles que as exercem, devem estar registrados nos Conselhos de Odontologia. Com a atuação mais rigorosa dos Conselhos Regionais tem sido comum os cirurgiões-dentistas, serem autuados pela fiscalização, quando estes mantêm em seu quadro de funcionários, profissionais sem registros no Conselho. Em relação à necessidade de atualização profissional, observou-se que 75% destes anseiam por mais aprendizado, contato com novas técnicas e materiais, justificam ainda estarem despreparados para alguns atendimentos, como por exemplo, o de pacientes especiais. Esse resultado demonstra a mesma dificuldade observada por Oliveira19 em seu estudo, destacou que apesar dos TSB e ASB ter conhecimento satisfatório para executar suas funções, os mesmos ainda necessitam de treinamento específico ou capacitações para e identificação de câncer bucal. A questão da atualização profissional, reciclagem e bom relacionamento no trabalho em equipe foram ressaltados por Ribeiro7, como condição para se obter um bom desempenho de suas funções. Em se tratando de atendimento auxiliado “a quatro mãos”, a maioria (86,80%) exerce essa atividade em seu cotidiano. Quando os profissionais foram questionados se realizam algum tipo de atividade além de auxiliar os cirurgiões-dentistas, observou-se que apenas 27,9% não executam outra atividade e 64,7% afirmam realizar outra atividade, como fazer escovação supervisionada, lavar instrumentais, ministrar palestras, aplicação tópica de consultas, preenchimento de flúor, embalar materiais, marcar fichas e reposição de materiais. Em estudo realizado por Hayassy6 com os THD, do setor público do Rio de Janeiro, demonstrou que também houve uma má utilização dos profissionais (34,8%), atuando como auxiliares e não desempenhando nenhuma atividade preventiva, mesmo quando o local de trabalho oferece instalações adequadas. Observou-se que 68% dos profissionais da equipe auxiliar afirmam trabalhar sob supervisão dos cirurgiões-dentistas, o que corrobora com a Resolução CFO-185 e Lei 11889 nas quais regulamentam e descrevem o exercício legal da profissão 18,8. Já 18% não recebem supervisão dos CDs Ana Carolina da Graça Fagundes Freire quando executam suas atividades. Em 2005, Queluz1 relata em seu estudo, que os profissionais da equipe auxiliar, independente do procedimento que executam, todos são supervisionados pelo Cirurgião-Dentista. No entanto, embora haja a previsão normativa, a delegação é facultada ao cirurgiãodentista, que responde por aquilo que delega11. Serra e Garcia11 descrevem em seu estudo realizado no Brasil, que é a normalização do Conselho Federal de Odontologia, através da Resolução CFO –185, que define o que pode ser delegado aos ACD e THD. Quando foram questionados sobre o recebimento de capacitação profissional fornecida pelas respectivas Prefeituras municipais pertencentes ao DRSII/SP após a contratação, foi observado que 58,8% dos funcionários afirmam não terem recebido nenhuma capacitação. Dos profissionais que receberam capacitação (39,7%), foi encontrada uma diversidade de cursos sobre atualização em materiais odontológicos, motivação em saúde bucal, capacitação para PSF (Programa de Saúde da Família), Biossegurança. Portanto, diante dos resultados encontrados, observou-se a necessidade de maiores informações aos profissionais auxiliares da odontologia, sobre as funções que ASB e TSB podem ou não realizar e que são regulamentadas segundo a resolução CFO185 e a Lei 11889. Não foi observada associação estatisticamente significativa entre os profissionais que possuíam cursos de formação e seus conhecimentos sobre as funções que podem executar segundo as legislações vigentes (p=0,0806). Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 2.6 Conclusão O presente estudo permitiu concluir que a maioria dos profissionais entrevistados conhecem parte de suas funções, mas uma parcela significativa desconhece as mesmas, e poucos profissionais afirmam ter recebido as informações necessárias para sua formação. Observou-se que uma parcela dos entrevistados recebeu capacitação ao ingressarem no sistema público de saúde, mesmo que esta fosse mínima, demonstrando uma preocupação por parte de algumas prefeituras em inseri-los nas diretrizes dos programas de saúde local, porém grande parte dos profissionais não teve acesso a essa capacitação. Apesar de muitos profissionais declararem ter formação, uma parcela considerável destes não tiveram acesso aos cursos técnicos. São de grande importância estudos sobre o tema, pois dessa forma além de aumentar a produtividade e qualidade do serviço público, os mesmos serão melhores capacitados para exercer as funções que lhes são designadas. 2.7 Agradecimentos A Fundação de Amparo a Pesquisa do estado de São Paulo (FAPESP) pelo apoio financeiro concedido durante a pesquisa. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 2.8 Referências 1. Queluz DP. Perfil dos profissionais auxiliares da odontologia e suas implicações no mercado de trabalho. Rev Odonto Ciênc, 2005; 20(49): 270-80. 2. Garbin AJI, Garbin CAS, Rovida TAS, Ferreira NF, Fagundes ACG, Santos RR. Avaliação do conhecimento, formação e capacitação do THD e ACD no desenvolvimento das atividades no sistema público de saúde. Rev OMNIA Saúde 2007; 4(2):25-31. 3. Pimenta A. Dentista X THD. Rev Assoc Paul Cir Dent, 1994; 48(6):151222. 4. Liñan MBG, Bruno LENB. Trabalho e formação profissional do atendente de consultório dentário e do técnico em higiene dental. Trab Educ Saúde 2007; 5(2):297-316. 5. Basting RT, Cerqueira AMC, Pereira AC, Meneghim MC, Corrente JE. Avaliação clínica de uma resina composta modificada por poliácido, utilizada como selante oclusal, quando aplicada por dentista, THD e graduando. Rev Odontol Univ São Paulo 1999; 13(2): 111-7. 6. Hayassy A. Perfil do técnico em higiene dental no setor público do estado de Rio de Janeiro. Rev Bras Odontol 1997; 54(1): 11-3. 7. Ribeiro ES, Ficher GE, Marques MCM. Perfil do técnico em higiene dental em Minas Gerais. Rev CROMG 1999; 5(3): 164-71. 8. Brasil. Lei Federal nº 11.889, de 24 de dezembro de 2008: Regulamenta o exercício das profissões de Técnico e Saúde Bucal (TSB) e de Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) [citado 14 mar 2009]. Disponível em: URL: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20072010/2008/Lei/L11889.htm. 9. Saliba TA, Eleutério D, Saliba CA, Moimaz SAS. Trabalho odontológico auxiliado em serviços públicos e particulares. Rev Pos Grad 1998; 5(3): 171-6. 10. Silva RF, Monini AC, Valladares Neto J, Francesquini Júnior L, Daruge Junior E. Percepção dos auxiliares odontológicos na clínica ortodôntica Ana Carolina da Graça Fagundes Freire quanto aos seus limites de atuação profissional. Rev Dent Press Ortodon Ortopedi Facial 2009; 14(3): 34-9. 11. Serra MC, Garcia PPNS. Delegação de funções: utilização de pessoal auxiliar na clínica odontológica. Rev ABO Nac 2002; 10(2): 98-104. 12. Carvalho CL. La emergência y el significado de lãs carreras intermédias em Odontologia em los Estados Unidos y América Latina. Washington: Panamerican Health Organization; 1991. 13. Costa EL, Silva EM, Costa ICC. Como motivar adolescentes em saúde bucal: avaliação de estratégias didático-pedagógicas aplicadas em escolas de São Luís/MA. Ver Fac Odontol Lins 2001; 13(2): 36-43. 14. Moimaz SAS, Saliba NA, Saliba O, Almeida ICF. Educação para saúde bucal e prevenção. RGO, 1994; 42(2): 71-4, mar/abr/1994. 15. Frazão P. A participação do pessoal auxiliar odontológico na promoção de saúde bucal. Rev Odontol Univ São Paulo 1998; 12 (4): 329-36. 16. Epi Info™, a database and statistics program for public health professionals [programa de computador]. Atlanta: Centers for Disease Control and Prevention; 2007. 17. Minayo MCS, Deslandes SF, Cruz Neto O, Gomes R. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes; 1994. 18. Conselho Federal de Odontologia. Resolução CFO - 185/93 de 26 de abril de 1993: aprova a Consolidação das normas para procedimentos nos Conselhos 155/84.[citado de Odontologia 2 maio e 2007]. revoga a Disponível Resolução em: CFO URL: – < http://www.cfo.org.br> 19. Oliveira BA, Michel-Crosato E, Biazevic MGH, Croato E. Conhecimentos e atitudes dos profissionais auxiliares de odontologia com relação aos fatores de risco para câncer de boca. Rev Odontol Soc 2009; 11(1): 1823. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Gráfico 1- Distribuição percentual dos profissionais auxiliares odontológicos quanto a função que foram contratados para exercer no serviço público de saúde de municípios pertencentes ao DRS II/SP. Araçatuba-2010. Gráfico 2- Distribuição percentual dos profissionais auxiliares odontológicos quanto ao curso de formação freqüentado para exercer suas funções no serviço público de saúde de municípios pertencentes ao DRS II/SP. Araçatuba-2010. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Gráfico 3- Distribuição percentual do conhecimento dos profissionais auxiliares odontológicos que exercem suas atividades no serviço público de saúde de municípios da área de abrangência do DRS II/SP. Araçatuba-2010. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 3 Capítulo 2 O conhecimento dos auxiliares odontológicos do serviço público de saúde de municípios do noroeste paulista sobre os aspectos bioéticos na prática profissional.* *Normatização segundo a Revista Acta Bioethica (Anexo D) Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 3.1 Resumo O consentimento informado dos pacientes ou responsáveis legais deve ser respeitado na prática odontológica, não apenas como uma doutrina legal, mas como um direito moral dos pacientes que gera obrigações morais para os Cirurgiões-Dentistas e pessoal auxiliar. Outra conduta ética importante é a preservação do paciente, principalmente no que diz respeito ao sigilo profissional, portanto o paciente tem o direito de ser preservado e os profissionais da Odontologia. Sendo assim, a promoção dos direitos dos pacientes deve ser uma constante na prática odontológica. Objetivou-se avaliar o conhecimento dos Técnicos em Saúde Bucal (TSB) e Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) em relação aos conceitos bioéticos, no que diz respeito ao consentimento informado e sigilo profissional, aprendidos durante os cursos de formação e prática profissional dentro do sistema público de saúde dos Municípios do Noroeste Paulista. O estudo foi realizado utilizando questionários com perguntas abertas e fechadas relacionadas ao tema. Participaram da pesquisa 69 profissionais auxiliares odontológicos. Os dados foram analisados quanti-qualitativamente e observou-se que 60,3% disseram ter recebido orientação sobre sigilo profissional e 35,3% não receberam. Quanto ao tipo de orientação recebida, 72,7% demonstrou ter algum conceito definido sobre sigilo profissional. Quanto aos seus conhecimentos sobre consentimento livre e esclarecido 58,2% não receberam orientação, porém 85,3% não realizam qualquer procedimento no paciente sem o seu consentimento; e 88,2% dizem que somente acima dos 18 anos o paciente tem autonomia para autorizar seu próprio tratamento. Conclui-se que, a maioria dos pesquisados não possui os conhecimentos necessários sobre os conceitos bioéticos da profissão relacionado a consentimento informado e sigilo, influenciando assim sua conduta profissional dentro do serviço público de saúde. Palavras-chave: consentimento livre e esclarecido, autonomia pessoal, recursos humanos em odontologia, sigilo profissional. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 3.2 Abstract The informed consent of patients or legal responsible adults should be respected on dental practice, not only like a legal doctrine, but like a moral right of patients that results moral duty for dental surgeons and dental auxiliaries. The wishes by humanization of services on dentistry and the promotion of patients’ rights should be a constant on dental practice. The aim of this study was evaluate the knowledge of Oral Health Technicians (TSB) and Oral Health Auxiliary (ASB) in relation to bioethical concepts, about informed consent, learned during their courses and Professional practice into Public Health System of cities of São Paulo State northwest. It was used an instrument with opened and closed questions about theme. Just 69 dental auxiliaries participated of research. Data were analyzed quantitatively and qualitatively and it was observed that 60.3% said received orientation about professional secrecy and 35.3% didn’t receive it. About type of received orientation, 72.7% demonstrated have some defined concept about professional secrecy. In relation to their knowledge about clear and free consent, 58.2% didn’t received orientation, but 85.3% doesn’t realize any procedure on patient without her/his consent; and 88.2% say that only over than 18 year-old that patient has autonomy to authorize the own treatment. It’s possible to conclude that the majority of participants don’t have necessary knowledge about bioethical concepts of profession related to informed consent and secrecy, influencing their professional conducts into Public Health System. Keywords: Informed consent, personal autonomy, dental staff, secrecy professional. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 3.3 Introdução O emprego de pessoal auxiliar em Odontologia no Brasil é importante para o atendimento de grande demanda, principalmente no que diz respeito ao atendimento no serviço público de saúde, a atuação desse profissional reduz os custos e permite que os procedimentos sejam otimizados. Isso pode ser alcançado através da racionalização do trabalho, da delegação de funções promovendo uma maior eficiência, elevação do rendimento, reduzindo o tempo, minimiza o custo operacional, aumentando assim a produtividade, principalmente no setor público (1,2,3,4,5). No entanto, para o Cirurgião-Dentista obter essa agilidade no serviço é preciso delegar funções aos auxiliares odontológicos (Técnico em Saúde Bucal- TSB e Auxiliar em Saúde Bucal- ASB), sem ferir os princípios éticos e legais que regem o exercício da Odontologia (1,2,3,4). As funções dos Técnicos e Auxiliares em Saúde Bucal são regidas pela Lei Nº 11.889, de 24 de dezembro de 2008 (6). A maioria dos TSB e ASB que atua dos no mercado de trabalho é treinada pelo próprio cirurgião-dentista e às vezes não possui conhecimento suficiente, formação específica ou registro no CFO(5,7) pois esse conhecimento pode-se limitar apenas as técnicas e práticas do cotidiano. O que nos leva a refletir sobre o seu conhecimento relacionado aos aspectos bioéticos, principalmente no que diz respeito ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) que pode ser insuficiente e implicar em problemas legais. No Brasil, o termo de consentimento informado aparece como uma conduta obrigatória preconizada pela Resolução 196/96(8) em caso de pesquisas, e em casos de atendimento essa conduta também se torna obrigatória segundo o Código de Ética Médica (9) e Odontológico(10), no Código Civil Brasileiro(11) e no Código de Defesa do Consumidor(12). Os pacientes têm o direito de saber sobre os riscos, desconfortos e benefícios que irão se submeter com o tratamento, porém não deve ser coagido a consentir e também não deve ser coagido a rejeitar o tratamento(13,14,15,16). Ana Carolina da Graça Fagundes Freire O princípio da autonomia também deve ser respeitado e este exige que aceitemos que as pessoas se autogovernem, possuindo assim independência em relação a controles externos e capacidade de atuar segundo sua própria vontade e escolha; de acordo com esse princípio, o profissional da saúde precisa respeitar a vontade do paciente, não esquecendo seus valores morais e crenças(16). Um ponto importante na odontologia é a preservação do paciente, principalmente no que diz respeito ao sigilo profissional, portanto o paciente tem o direito de ser preservado e os profissionais da Odontologia (cirurgiõesdentistas e auxiliares) tem o dever de praticar o sigilo profissional(17). O consentimento informado dos pacientes ou responsáveis legais deve ser respeitado na prática odontológica, não apenas como uma doutrina legal, mas como um direito moral dos pacientes que gera obrigações para os Cirurgiões-Dentistas e pessoal auxiliar(18,16). O TCLE assegura a autonomia do indivíduo, ou seja, lhe concede o direito de aceitar participar ou não de algum procedimento relativo à sua saúde, de acordo com as informações fornecidas, o consentimento também pode ser usado como prova legal de que o paciente concordou com o tratamento caso haja algum problema futuro(19,20,1,21). Dada a importância do conhecimento dos profissionais sobre esse tema e a carência de estudos na literatura, despertou-se o interesse em buscar mais informações que sejam de interesse para o pessoal auxiliar, melhorando assim, o desenvolvimento de suas atividades na prática profissional. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 3.4 Objetivos O estudo teve por objetivo avaliar o conhecimento dos Técnicos em Saúde Bucal (TSB) e Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) em relação aos conhecimentos bioéticos sobre Consentimento Livre e Esclarecido e sigilo profissional aprendidos durante os cursos de formação ou durante a prática profissional. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 3.5 Metodologia Trata-se de um estudo transversal, exploratório e descritivo, onde utilizou-se um questionário com questões abertas e fechadas relacionadas sobre o tema(22,23). O projeto foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – SP – FOA-UNESP, sendo aprovado sob o Processo nº 2009-1416. Foram convidados a participar da pesquisa todos os TSB e ASB que exercem suas funções no serviço público de saúde de 5 municípios da área de abrangência do Departamento Regional de Saúde II (DRS II). Dos profissionais convidados, os que consetiram em participar assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido antes de responderem a pesquisa. Após a coleta, os dados foram apurados e analisados utilizando-se os programas estatísticos Epi Info® versão 3.2 e Bioestat 5.0 para testar a hipótese de associação entre algumas variáveis, onde foi realizada análise em relação às questões fechadas(24). As análises incluíram o Teste-G e Exato de Fisher, ao nível de significância de 5% (α=0.05). Para as questões abertas realizou-se uma análise qualitativa, abrangendo as seguintes fases: pré-análise, exploração do material, tratamento dos resultados obtidos e interpretação para categorizá-las e assim quantificá-las, permitindo assim, uma melhor apresentação dos resultados(22,23). Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 3.6 Resultados Foram convidados a participar da pesquisa todos TSB e ASB, deste total, 69 voluntários consentiram em participar (taxa de resposta de 90,79%). Observou-se que 60,3% disseram ter recebido orientação sobre sigilo profissional e 35,3% não receberam nenhuma informação (Gráfico1). Quanto ao tipo de orientação recebida, 72,7% diz que guardar segredo sobre o tratamento dos pacientes é fundamental. Quanto aos seus conhecimentos sobre consentimento livre e esclarecido 58,2% não receberam orientação (Gráfico2), porém 85,3% não realizam nenhum procedimento no paciente sem o seu consentimento (Gráfico 3). Quanto ao entendimento dos TSB e ASB sobre o consentimento livre e esclarecido 24,64% relatou ser a autorização do paciente após o esclarecimento. Observou-se que 92,4% dizem que o consentimento do paciente tem que ser por escrito e 4,5% diz ser verbal (Gráfico 4). Quando questionados sobre a idade em que o paciente tem autonomia para autorizar seu próprio tratamento, observou-se que 88,2% dizem que é acima dos 18 anos. Não foi observada associação estatisticamente significativa entre os profissionais que possuíam cursos de formação e seus conhecimentos sobre Termo de Consentimento Livre e esclarecido (p=0,9998); sigilo profissional (p=0,3442); profissionais que receberam orientação sobre TCLE e seus conhecimentos sobre a idade em que o paciente pode autorizar o próprio tratamento (p=0,3571). Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 3.7 Discussão O consentimento informado é um instrumento que assegura a autonomia do indivíduo o que lhe confere o direito de aceitar ou não a participar de algum procedimento relativo à sua saúde, de acordo com as informações dadas(19,16), porém isso não foi observado no estudo já que a maioria dos entrevistados (58,2%) diz não ter recebido informações sobre o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, mas quando foram questionados se realizam algum procedimento sem o consentimento do paciente a grande maioria (85,3%) relatou não ter essa prática. Esse resultado vai de encontro com estudo realizado com cirurgiões-dentistas onde apenas 25% relataram obter autorização antes do tratamento(21,25). Isso pode funcionar como um mecanismo de defesa para que esses profissionais da odontologia possam se defender de eventuais acusações , fato esse bem destacados em outros estudos realizados anteriormente(1,17,20). Há profissionais que se empenham em informar adequadamente seus pacientes para assim obter o consentimento livre e escarecido. Mas as vezes, informações erradas ou incompletas são fornecidas no início do tratamento. Outras vezes, ela é fornecido somente após a obtenção do consentimento livre e esclarecido, resultando na execução de um tratamento(26). Para formar um técnico ou auxiliar odontológico (ASB/TSB) inclui capacitá-los para um bom desempenho profissional, que se atente não só para a competência técnica, mas também pelos valores éticos(27), esses valores e conhecimentos éticos devem ser passados aos profissionais auxiliares da odontologia, por meio de cursos técnicos de formação ou capacitação dados pelo serviço, já que a minoria (24,64%) apresentou algum conhecimento sobre o consentimento informado. O consentimento tem validade legal e garante ao profissional o que realmente foi realizado sob autorização do paciente, mas para que este tenha utilidade deve ser feito de forma escrita, para que possa ser arquivado junto ao prontuário do paciente e posteriormente ser consultado em caso de necessidade(17,21). A maioria dos auxiliares Ana Carolina da Graça Fagundes Freire odontológicos que participaram do estudo (92,4%) disseram que o consentimento do paciente tem que ser feito por escrito, demonstrando o cuidado desses profissionais com o respaldo legal com que podem lançar mão. O TCLE é muito importante, pois é através dele que o paciente autoriza o tratamento, por isso deve ser bem explicado. Para que um consentimento seja considerado válido precisa conter informações sobre o tratamento numa linguagem que o paciente ou responsável compreendam, para que assim possam consentir ou não o tratamento(16). De acordo com o Cap. IV art. 10 Código de Ética Odontológica constitui infração ética revelar fato sigiloso, ou fazer referencia a casos clínicos, expondo o paciente(10). Observou-se que 60,3% disseram ter recebido orientação sobre sigilo profissional e 35,3% não receberam (Gráfico1). Quanto ao tipo de orientação recebida, 72,7% diz que guardar segredo sobre o tratamento dos pacientes é fundamental. Esses resultados demonstram que esses profissionais têm consciência da importância da preservação do paciente , e isso é um ponto importante na odontologia, principalmente no que diz respeito ao sigilo profissional, ou seja, o paciente tem o direito de ser preservado e os profissionais da Odontologia (cirurgiões-dentistas e auxiliares) tem o dever de praticar o sigilo profissional(17). Segundo o Código Civil Brasileiro(11), em seu artigo 4 “São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos“, ou seja, somente o paciente maior de 18 anos pode autorizar o tratamento o que corrobora com os resultados deste estudo, onde a maioria dos auxiliares (88,2%) demonstraram conhecimento sobre a idade em que o paciente tem autonomia para autorizar seu próprio tratamento. Garbin et al.(16), em 2006, ressalta em seu estudo que mesmo pacientes que tenham sua capacidade de autorizar o tratamento reduzida, devem ter o princípio da autonomia respeitado, permitindo ou não o tratamento. Apesar dos profissionais auxiliares em odontologia não terem uma normatização quanto aos preceitos éticos, estes trabalham em equipe junto aos Ana Carolina da Graça Fagundes Freire cirurgiões dentista e por isso devem seguir as mesmas condutas éticas. Por isso, os conhecimentos éticos deveriam ser transmitidos com mais ênfase nos cursos técnicos de formação e capacitação, ou até mesmo ser ensinado pelos próprios cirurgiões dentistas. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 3.8 Conclusão A maioria dos pesquisados não possui os conhecimentos necessários sobre os conceitos bioéticos da profissão, influenciando assim as condutas adotadas em sua prática profissional dentro do serviço público de saúde. 3.9 Agradecimentos A Fundação de Amparo a Pesquisa do estado de São Paulo (FAPESP) pelo apoio financeiro concedido durante a pesquisa. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 3.10 Referências 1. Garbin CAS, Garbin AJI, Saliba NA, Zina LG, Gonçalves PE. El consentimiento informado en la clinica odontológica. Acta Odontológica Venezolana 2007; 45(1): 37-43 . 2. Sales CVM, Pinto AEA, Cavalcanti AL, Lucas RSCC, Lins SD. Delegação de funções ao pessoal auxiliar odontológico pelos cirurgiões-dentistas da cidade de Campina Grande – PB. Revista de Ciências Médicas e Biológicas 2007; 6(!):47-53. 3. Silva RF, Monini AC, Daruge Júnior E, Francesquini Júnior L, Lenza MA. 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Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Gráfico 3 - Distribuição percentual dos profissionais entrevistados quanto a realização de algum procedimento sem o consentimento dos pacientes, Araçatuba-SP, 2010. Gráfico 4 - Distribuição percentual dos profissionais entrevistados segundo como deve ser feito o consentimento livre e esclarecido, Araçatuba-SP, 2010. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Anexos “Sem educação não há democracia consolidada e justiça social” (Oded Grajew) Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Anexo - A Referências Bibliográficas Introdução Geral Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Referências da Introdução Geral ALCÂNTARA, C. M.; TAKAHASHI, A.R.W. Planejamento estratégico de cursos de ACD/THD – a experiência da Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná. Rev ABENO, v.6, n.1, p.28-34, jan./jun.2006. BARROS, O.B. Ergonomia 3: auxiliares em odontologia: ACD, THD, TPD, APD. São Paulo: Pancast; 1995. BRASIL. 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Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Anexo - B Parecer de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia de Araçatuba UNESP Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Anexo - C Normas para Publicação – Revista De Pesquisa Brasileira De Pesquisa Em Saúde Ana Carolina da Graça Fagundes Freire INSTRUÇÕES AOS AUTORES A UFES Revista de Odontologia é inter e multidisciplinar. Publica prioritariamente pesquisas originais sobre temas relevantes e inéditos sobre a Odontologia e as áreas de saúde afins, que podem ser replicadas e generalizadas, e também outras contribuições de caráter descritivo e interpretativo, baseadas em literatura recente, bem como artigos sobre temas atuais, comunicações breves e cartas ao editor. O conteúdo dos trabalhos não reflete, necessariamente, a opinião do Conselho Editorial. Os artigos se destinam exclusivamente à UFES Revista de Odontologia, não sendo permitida a sua apresentação simultânea a outro periódico impresso ou eletrônico. Os trabalhos submetidos à UFES Revista de Odontologia devem atender ao seu objetivo e às instruções aos autores. Os que não atenderem serão devolvidos. CONTEÚDO DAS SEÇÕES O trabalho para publicação na UFES Revista de Odontologia deve ser redigido em português ou inglês e se enquadrar em uma das diferentes seções da revista, descritas a seguir: 1. Editorial – comentário crítico e aprofundado, preparado pelos Editores da Revista e/ou pessoa convidada com notória vivência sobre o assunto abordado. 2. Artigos originais (perfazem 80% da edição) – apresentam os resultados inéditos de pesquisa clínica ou experimental, entre outros. 3. Revisões sistemáticas – avaliação crítica sistematizada sobre determinado assunto, devendo ter conclusões. Devem ser descritos os procedimentos adotados – metodologia de busca, critérios de inclusão e exclusão, resultados e discussão, esclarecendo a delimitação e limites do tema. 4. Artigos de revisão – serão aceitos quando solicitados pelos editores especialistas da área. Destinam-se a divulgar os conhecimentos disponíveis sobre determinado tema, trazendo comentários sobre trabalhos de outros autores. 5. Relatos de casos ou técnicas – apresentação da experiência profissional, baseada em estudos de casos peculiares e/ou de novas técnicas, com comentários sucintos de interesse para a atuação de outros profissionais da área. 6. Comunicações breves – artigos originais, porém mais curtos, abordando campos de interesse para a Odontologia, com resultados preliminares de relevância. 7. Cartas – opiniões e comentários sobre o conteúdo da revista, sua linha editorial ou sobre temas de relevância científica, consultas, situações clínicas. Serão publicadas a critério do Editor. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 8. Resenhas – revisões críticas de trabalhos recém-publicados, orientando o leitor quanto a suas características e usos potenciais. Serão selecionados pelo Editor. SELEÇÃO DE ARTIGOS E REVISÃO POR PARECERISTAS Na seleção de artigos para publicação, avaliam-se a originalidade, a relevância e a metodologia, além da adequação às normas editoriais adotadas pelo periódico. O não-cumprimento das normas implicará a devolução do artigo. Os autores responsabilizam-se por manter uma cópia do artigo e das imagens originais. Todos os artigos serão previamente submetidos à apreciação de dois ou mais membros do Conselho Editorial ou de outros consultores especializados no assunto. Nesse processo de revisão, os pareceristas serão mantidos anônimos e os nomes dos autores não serão encaminhados junto ao texto a ser avaliado. Os artigos, quando aceitos, estarão sujeitos a pequenas correções ou modificações que não alterem o estilo do autor. Essas eventuais modificações só ocorrerão após prévia consulta ao autor. Quando recusados, os artigos serão devolvidos com a justificativa do Editor-Chefe. Os comentários dos conselheiros, nesses casos, poderão ser enviados pelo Editor-Chefe ou solicitados pelo autor. O artigo pode ser retirado pelo autor, segundo seu critério de conveniência, a qualquer momento antes de ser selecionado pelo Corpo Editorial. Ineditismo do material O conteúdo do material enviado para publicação na UFES Revista de Odontologia não pode ter sido publicado anteriormente, nem ter sido submetido à apreciação para publicação em outros locais. Para ser publicado em outros locais, ainda que parcialmente, necessita de aprovação por escrito do Corpo Editorial da Revista. Os conceitos contidos nos trabalhos são de total responsabilidade dos autores. SEPARATAS A Revista oferece ao autor cinco separatas gratuitamente. Mais exemplares poderão ser solicitados pelo autor, que deverá cobrir as despesas com os números excedentes. COMO ENVIAR O MATERIAL Os artigos deverão ser digitados em Word for Windows/PC e enviados em CD-ROM, acompanhados por três cópias impressas. Os originais não serão devolvidos ao autor a não ser por uma solicitação expressa no momento da solicitação do trabalho. As páginas do artigo devem estar numeradas e Ana Carolina da Graça Fagundes Freire configuradas para papel A4, com margens superior, inferior, esquerda e direita de 3cm, fonte Arial tamanho 12 e espaço duplo, com alinhamento do texto justificado. O número de páginas está limitado a 17 e deve obedecer à configuração acima, incluindo ilustrações, figuras, tabelas, quadros e gráficos. Carta de apresentação O material fornecido deverá conter uma carta de encaminhamento. Todos os autores devem assinar a carta enviada aos Editores, porém, apenas, um deve ser identificado como responsável pela troca de correspondência, fornecendo endereço completo (incluir CEP, telefone e correio eletrônico) para contato. Os artigos devem ser enviados com exclusividade a: UFES Revista de Odontologia Caixa Postal 015157 – Vitória – ES CEP 29045-970 Aspectos éticos Na carta, os autores devem revelar eventuais conflitos de interesse (profissionais, financeiros e benefícios diretos ou indiretos) que possam afetar os resultados da pesquisa. Todos os trabalhos que envolvam estudos com seres humanos deverão estar de acordo com a Resolução nº. 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, acompanhados do consentimento, por escrito, do paciente e aprovado pela Comissão de Ética da instituição onde foram realizados. Direitos autorais Solicita-se aos autores enviar, junto com a carta aos Editores, um termo de responsabilidade. Dessa forma, os trabalhos submetidos à apreciação para publicação deverão ser acompanhados de documento de transferência de direitos autorais, contendo a assinatura de cada um dos autores, cujo modelo está a seguir apresentado(em formato de carta): DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE E TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS AUTORAIS Nós abaixo assinado transferimos todos os direitos autorais do artigo intitulado “_____________________________” à UFES Revista de Odontologia. Declaramos, ainda, que o trabalho é original e não está sendo considerado para publicação em outra revista., quer seja no formato impresso ou no eletrônico. (Discriminar as funções de cada autor) Exemplos: ____Nome do autor_______ realizou a aplicação do questionário, experimento clínico correção e edição final. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire ____Nome do autor_______ realizou a busca bibliográfica, coletou dados, redação, correção e edição final. Local, __/__/__. Assinatura(s): _______________ Estrutura do texto de acordo com a natureza do artigo Artigos originais e Revisões sistemáticas A sua estrutura formal deve seguir o esquema: Introdução, Objetivos, Material e Método, Resultados, Discussão e Conclusões. Devem também apresentar Resumo, Abstract, Palavras-chave (em português e inglês) e Referências. Artigos de revisão A organização do texto do artigo, com exceção da Introdução, da Discussão e da Conclusão, fica a critério do autor. Incluir Resumo, Abstract e Palavraschave (em português e inglês). Deve ser apresentada uma lista pertinente de referências. Relatos de casos clínicos ou de técnicas A sua estrutura fica a critério do autor e deve apresentar, no mínimo, os seguintes tópicos: Introdução, Relato(s) do(s) Caso(s), Discussão. Para as técnicas: Introdução, Apresentação da Técnica, Conclusão. Devem apresentar: Resumo, Abstract, Palavras-chave (em português e inglês) e, no máximo, dez referências. Artigos de atualização Trabalhos afins à Odontologia, mais breves que os artigos de revisão. Devem apresentar Resumo, Abstract e Palavras-chave (em português e inglês). Cartas Serão aceitas críticas ou sugestões dirigidas a qualquer aspecto da publicação, sejam elas formais, sejam de conteúdo. Deverão ser sucintas e objetivas. Respostas às críticas e/ou sugestões poderão acompanhar a publicação da carta enviada. Dependendo do número de correspondências, estas serão selecionadas para publicação segundo a sua contribuição ao assunto abordado. Resenhas Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Devem ser breves, preparadas por especialistas da área, consistindo em um resumo comentado, com opiniões que possam nortear os leitores interessados na publicação. Antes do texto, incluir a referência completa da obra resenhada e, no final, a assinatura, a titulação acadêmica e a filiação institucional do autor da resenha. Orientações gerais Página de rosto Deverá ser enviada uma página de rosto contendo somente os seguintes itens: título do trabalho em português e inglês e nome completo dos autores, informação sobre a afiliação dos autores (titulação, instituição de origem, cidade e país) considerando somente um título e uma afiliação por autor, nome e endereço completo para correspondência, local em que o estudo foi realizado. Título do artigo O título do artigo deve ser curto, claro e conciso, para facilitar a sua classificação. Quando necessário, pode ser usado subtítulo. Estrutura do texto A estrutura do texto deverá estar de acordo com a natureza do artigo. Figuras As figuras (fotografias, desenhos e esquemas) devem ser numeradas consecutivamente com algarismos arábicos, na ordem de apresentação no texto, ser suficientemente claras para permitir sua reprodução e apresentar numeração e posicionamento indicados no verso. Os desenhos enviados poderão ser melhorados ou redesenhados pela produção da Revista, a critério da Comissão Editorial. Imagens fotográficas deverão ser apresentadas no forma de “slides” e em duplicata. Na falta destes, as fotografias em papel devem ser acompanhadas dos negativos que lhe deram origem. Imagens digitais poderão ser aceitas desde que sua captação primária tenha ocorrido, pelo menos, em tamanho (10cm x 15cm) e resolução adequada (300 dpi). Muitas máquinas fotográficas digitais comerciais ou semiprofissionais não alcançam os parâmetros citados e, portanto, não se prestam a produzir imagens com qualidade profissional para reprodução. Desenhos e esquemas deverão ser limitados ao mínimo, feitos, preferencialmente, em Corel Draw, devendo ser fornecidos em formato digital junto com o disquete do artigo e apresentados em folhas separadas. As legendas deverão ser claras, concisas e apresentadas em folha à parte. Se houver figuras extraídas de outros trabalhos previamente publicados, os autores devem providenciar permissão, por escrito, para a reprodução. Essa autorização deve acompanhar o trabalho submetido à apreciação para publicação. Todas as figuras, sem exceção, devem ser citadas no corpo do Ana Carolina da Graça Fagundes Freire texto. Fotos coloridas serão custeadas pelos autores interessados na publicação. Tabelas, quadros e gráficos As tabelas, os quadros e outras ilustrações devem ser apresentados em páginas separadas e numerados consecutivamente em algarismos arábicos. As legendas das tabelas devem ser colocadas na parte superior e as das outras ilustrações vêm na parte inferior. Todas as tabelas, quadros, gráficos, etc., sem exceção, devem ser citados no corpo do texto. Resumos e Abstracts Os resumos devem possibilitar ao leitor avaliar o interesse do artigo e compor uma série coerente de frase, e não a simples enumeração de títulos, fornecendo, portanto, uma visão clara e concisa do conteúdo do trabalho, suas conclusões significativas e a contribuição do autor. Deve ser apresentado também um “abstract” (resumo em inglês). O Resumo/Abstract deve conter, no máximo, 250 palavras para os artigos originais e de revisão; para os demais tipos de artigos, 150 palavras, no máximo, de forma estruturada com: introdução, objetivos, metodologia, resultados e conclusão. Palavras-chave São palavras ou expressões que identificam o conteúdo do artigo, fornecidas pelo próprio autor. Deverão ser seguidos os cabeçalhos de assuntos do DeCS – Descritores em Ciência da Saúde, traduzidos para o português pela Bireme, e/ou os Descritores em Odontologia – DeOdonto, publicação elaborada pelo Serviço de Biblioteca e Documentação da Faculdade de Odontologia da USP. Fornecer de três a seis palavras-chave. Agradecimentos Devem ser breves, diretos e dirigidos apenas a pessoas ou instituições que contribuíram substancialmente para a elaboração do trabalho. Virão antes das referências. Referências As referências estão limitadas a um número máximo de 25 (para os casos clínicos no máximo dez) e devem ser ordenadas alfabeticamente, numeradas e normatizadas de acordo com o Estilo Vancouver. Consultar o Medine CDROM, o Index to Dental Literature e/ou a Bibliografia Brasileira de Odontologia para padronizar as abreviaturas dos títulos dos periódicos. A exatidão das referências é de responsabilidade dos autores. Comunicações pessoais, trabalhos em andamento e os não publicados não devem ser incluídos na lista de referências, mas citados em notas de rodapé. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Exemplos de referências: ● Livros Livros com até seis autores, citam-se todos; com sete ou mais autores, citam-se os seis primeiros e, em seguida, a expressão “et al.” Seltzer S, Bender IB. The dental pulp: biologic considerations in dental procedures. 2 ed. Philadelphia: Lippincott; 1975. ● Em suporte eletrônico Wotherspom AC, Falzon MR, Isaacson PG. Fractures: adults and old people [livro em CD-ROM]. 4 ed. New York: Lippincott-Raven; 1998. Perrin EB, Kashel JJ, editors. Assessment of performance measures for public health, substance abuse, and mental health. Washington: NAP; 1997. Disponível em: URL: http://search.nap.edu/redingroom/books/apm. ● Capítulo de livro em suporte eletrônico Chandler RW. Principles of internal fixation. In: Wonag DS, Fuller LM. Phosthesis [livro em CR-ROM] 5 ed. Philadelphia: Sauders; 1999. Chen LV. World population and health. In: 2020 vision: health in the 21 century [monografia online]. Washington: national Academic Press; 1996. p. 15-23. [citado 2003 July 25]. Disponível em: URL: http://books.map.edu/books/0309054885/html/R1.htm#pageto. ● Editor(es) ou compilador(es) como autor(es) de livros Opperman RV, Rösing CK, coordenadores. Periodontia ciência e clínica. São Paulo: Artes Médicas; 2001. ● Organização ou sociedade como autor de livros World Health Organization. Design and implementation information systmes. Geneve: World Health Organization; 2000. of health ● Artigo de periódico em suporte eletrônico Mok CC, Lau CS. Pathogenesis of systemic lupus erythematosus. J Clin Pathol [periódico on-line] 2003; 56:481-90 [citado 2003 July 23]. Disponível em: URL:http://gateway1.ovid.com/ovidweb.cgi. Söderman M. Volume determination and predictive models in the management of cerebral arteriovenous mal-formations. Acta Radiol [periódico em CD-ROM] 2000;42 Suppl:425. ● Artigo sem indicação de autor Antibiotcs before dental work: who needs them? Harv Hearth Lett 1999;9:2-4. Actinobacillus actinomycetemcomitans and Porphyromonas gingivallis in periodontal diseases. Periodontol 2000 1999;20:362. ● Organização ou sociedade como autor de artigo The American Dental Association. Michigan Dental Association Standards of Ethics and Code Professional Conduct. J Mich Dent Assoc 1998;40:40-6. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire ● Volume com suplemento Sugiya H, Michikawa H, Mitsui. Ca –nitric-oxide-cGMP signaling in rabbit parotid acinar cells. Eur J Morphol 1998;36 Suppl:194-7. ● Parte de volume Smalley JW, Silver J, Marsh PJ. The periodontopathogen Porphyromonas gingivalis binds iron protoporphyrin IX in the um-oxo dimeric form: an oxidative buffer and pathogenic mechanism. Biochem J 1998;331(Pt3):681-5. ● Fascículo com suplemento Sowinsk J, Petrone DM, Battista G. Clinical efficacy of a dentifrice containing zinc citrate: a 12-week calculus clinical study in adults. Comp Contin Educ Dent 1998;19(2 Suppl):16-9. ● Fascículo sem indicação de volume Simon I. O oráculo bibliográfico: sonhos de um pesquisador. Rev USP 2002;(55):6-11. ● Parte de fascículo Suarez F, Springfield J, Furne J. Differentiation of mouth versus gut as site of origin of odoriferous breath gases after garlic ingestion. Am J Physiol 1999;276(2 Pt1): 425-30. ● Sem volume ou fascículo Peter JE, Gakstetter GD. Streptococcus pyogenes transmission among Air Force recruits: efficacy of surveillance and prophylaxis protocols. Mil Med 1998;667-71. ● Resumo Costa MEPR, Charlier SC, Ferreira FTSC, Chianca T, Vianna RBC. Evaluating the “Rural Smile” oral health program [abstract 963]. J Dent Res 2002;81(Spec Issue B):B161. ● Errata Entwistle N. Safety and cross infection [published erratum in Br Dent J 2003;194(2):63]. Br Dent J 2002;193(12):668. ● Artigo citado por outros autores- apud Bass CC. The optimum characteristics of toothbrushes for personal oral hygiene (1948) apud Esteves SRR, Milanezi LA, Carvalho LB, Garcia VG. Avaliação das marcas das escovas dentárias, do seu tempo de uso e da freqüência de escovação diária dos alunos ingressantes em 1998, no curso de Ciências Odontológicas da UNIMAR – São Paulo, Brasil. Rev Cienc Odontol 2002;5(5):43-7. ● Dissertações e Teses Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Carrilho MRO. Efeito da armazenagem sobre as propriedades mecânicas da união resina composta/dentina e seus constituintes [Tese de Doutorado]. São Paulo: Faculdade de Odontologia da USP;2002. Gavini G. Avaliação in vitro da limpeza da parede do canal radicular (terço apical), após o preparo químico-mecânico, valendo-se da microscopia eletrônica de varredura, tendo como fonte de variação a solução irrigadora e seu volume [Dissertação de Mestrado]. São Paulo: Faculdade de Odontologia da USP; 1992. ● Dissertações e Teses em suporte eletrônico Mori AT. Expectativas com relação aos resultados estéticos dos tratamentos odontológicos [Dissertação em CD-ROM]. São Paulo: Faculdade de Odontologia da USP; 2003. Mello EC. Subsídios para reflexão sobre publicidade odontológica [Dissertação on-line]. São Paulo: Faculdade de Odontologia da USP; 2000. Disponível em: URL: http://www.saber.usp.br[2003 jul. 24]. ● Trabalho apresentado em evento Carneiro Junior AM, Carvalho RCR, Turbino ML. Avaliação da força de união da resina composta à porcelana [resumo b047]. In: Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica; 1998 Set 8-11; São Paulo. Anais. São Paulo: SBPqO; 1998.p.110. ● Em suporte eletrônico Ciamponi AL. Abordagem comportamental em crianças portadoras de necessidades especiais [CD-ROM]. In: 21º Congresso Internacional de Odontologia; 2003 Jan 27-30; São Paulo. Anais. São Paulo: APCD; 2003. Momen H. La información científica y técnica en salud como un bien público: propriedad, derecho de autor regulación local y equidad en el acceso. In: 6º Congresso Regional de Información em Ciencias de la Salud [online]; 2003 mayo 6-9; Puebla. Anais eletrônicos. São Paulo: Bireme; 2003 [citado 2003 jul 24]. Disponível em URL: http://www.crics.info/crics6/program/?mode=new. ● Artigo de jornal Araújo ME. Saúde do trabalhador cirurgião-dentista. Jornal APCD; 2001 fev 14. Lee G. Hospitalizations tied to ozone pollution: study estimates 50,000 admissions annualy. The Washington Post 1996 Jun 21; Sect.A:3(col.5). ● Documentos legais Brasil Lei nº 006.681, de 16 de agosto de 1979. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 17 ago 1979, col 2, p.11721. Preventive Health Amendments of 1993, Pub. L. No. 103-183, 107 Stat. 2226 (Dec. 14, 1993). Citação das referências no texto Seguir o sistema numérico de citação, no qual somente os números índices das referências, na forma sobrescrita, são indicados no texto. Números seqüenciais devem ser separados por vírgula. Não devem ser Ana Carolina da Graça Fagundes Freire citados os nomes dos autores e o ano de publicação. Somente é permitida a citação de nome de autores (seguidos de número índice e ano de publicação do trabalho) se estritamente necessário, por motivo de ênfase. Exemplos de citação de referências no texto: ● Números aleatórios “O processamento é um negligenciado pela maioria dos profissionais, chegando alguns autores a afirmar que cerca de 90% das falhas em radiografias acontecem na câmara escura” 2,8,10. ● Números aleatórios e seqüenciais “Desde que observações clínicas comprovaram que lesões de mancha branca são reversíveis, a remineralização passou a ser um importante mecanismo na prevenção e redução clínica das cáries em esmalte”1-4. ● Citação de nomes por motivo de ênfase “Cassatly et al.2 reportam um caso de osteomielite em uma paciente submetida a apicectomia com laser de Nd:YAG, que levou à necrose de parte da maxila, pela difusão do calor gerado ao tecido ósseo adjacente ao ápice radicular.” Abreviaturas Não são recomendáveis, exceto as reconhecidas pelo Sistema Internacional de Pesos e Medidas ou as consagradas nas publicações médicas, que deverão seguir as normas internacionais tradicionalmente em uso (aprovadas pelo documento de Montreal publicado no British Medical Journal 1979;1:532-5). Quando o número de abreviaturas for significativo, providenciar um glossário à parte. Nomes de drogas A utilização de nomes comerciais (marca registrada) não é recomendável; quando necessário, o nome do produto deverá vir após o nome genérico, entre parênteses, em caixa-alta-e-baixa, seguido pelo símbolo que caracteriza a marca registrada, em sobrescrito. Considerações éticas e legais Evitar o uso de iniciais, nome e número de registro de pacientes. O paciente não poderá ser identificado em fotografias, a menos que dê por escrito o seu consentimento, o qual deve acompanhar o trabalho original. As tabelas ou ilustrações publicadas em outras revistas ou livros devem conter as respectivas referências e o consentimento, por escrito, do autor ou dos editores. Estudos realizados em seres humanos devem estar de acordo com os padrões éticos, devendo apresentar o devido consentimento dos pacientes. A Revista reserva-se o direito de não publicar trabalhos que não obedeçam a essas e a outras normas legais e éticas explicitadas nas diretrizes Ana Carolina da Graça Fagundes Freire internacionais para pesquisas em seres humanos, que incluem a aprovação do trabalho proposto pela Comissão de Ética do estabelecimento onde foi realizado e o consentimento do paciente, dado livremente, depois de devidamente informado. Considerações Finais Ao enviar as cópias impressas e os CD-ROMs, procurar acondicionálos adequadamente para evitar danos. As ilustrações, principalmente as fotografias, devem ser protegidas com material impermeável antes de ser postadas no correio. Verificação de itens: 1. Envio de três cópias do trabalho 2. Envio do arquivo em cd-rom 3. Endereço para correspondência do autor principal, incluindo e-mail e telefone 4. Declaração de Responsabilidade e Transferência de Direitos Autorais 5. Cópia do parecer do Comitê Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Anexo - D Normas para Publicação Revista Acta Bioethica Ana Carolina da Graça Fagundes Freire INSTRUÇÕES AOS AUTORES ISSN 1726-569X versão online ISSN 0717-5906 versão impressa INSTRUÇÕES AOS AUTORES * Abragência e política editorial * Forma e prepação de manuscritos * Referência eletrônica Abragência e política editorial Acta Bioethica publica estudos e artigos de revisão sobre temas bioéticos, sobretudo os problemas e dilemas éticos provenientes do avanço tecnocientífico da sociedade contemporânea, de campos de investigação científica, como: biomedicina, direito, saúde pública, entre outros. Dirige-se a especialistas profissionais, pesquisadores e docentes, além de considerar outros interessados por esta área. Cada edição aborda um tema monográfico de bioética, ao mesmo tempo que contempla artigos de temas variados, desde que apresentem uma interface com esta temática. Os autores poderão enviar seus manuscritos por vontade própria ou por solicitação da editora, os quais serão submetidos à revisão por um comitê avaliador. O prazo de publicação dos artigos aceitos vincula-se à disponibilidade de cada uma das seções e da oportunidade em relação às respectivas monografias. Forma e prepação de manuscritos 1. Apresentação dos manuscritos Os trabalhos encaminhados à Acta Bioethica deverão ser formatados em conformidade à quinta edição (1997) dos "Requisitos uniformes para manuscritos enviados a Revistas Biomédicas" (Vancouver), estabelecidos pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas Biomédicas. Ver, por exemplo: International Committee of Medical Journal Editors. Annals of Internal Medicine 1997; 126:36-47. 2. Requisitos técnicos Os manuscritos deverão ser encaminhados a: Ana Carolina da Graça Fagundes Freire a) endereço eletrônico: [email protected] (atachados); ou b) correio: texto impresso em papel bond branco, formato A4, com margens de pelo menos 2,5 cm, impressão somente na frente do papel, espaçamento duplo. Os originais deverão vir acompanhados de cópia em versão eletrônica (disquete 3-1/2") em formato MS Word. As páginas deverão ser numeradas de modo consecutivo, a partir da página de rosto. A extensão do texto não deve exceder 6000 palavras, incluindo quadros e gráficos. Conserve cópias de todo o material enviado. 3. Esquema estrutural do trabalho 3.1 Página de rosto: a primera página do manuscrito deverá conter: 1) título do trabalho – conciso, considerando o conteúdo central da publicação; 2) nome e sobrenome de cada autor, acompanhado de titulações acadêmicas mais importantes e sua afiliação institucional; 3) nome das seções, departamentos, serviços e instituições a que se dever atribuir crédito pela execução do trabalho; 4) declaração com Termo de responsabilidade de autoria; 5) nome completo, endereço, número de fax e endereço eletrônico do autor responsável pela correspondência do manuscrito e solicitação de separatas. 3.2 Resumo e palavras-chave: a segunda página deverá conter um resumo não excedente a 200 palavras que descreva os propósitos do estudo e da pesquisa, metodologia adotada e as conclusões mais significativas. Ao final do resumo, os autores deverão mencionar de três a dez "palavraschave" que permitam aos indexadores classificar o artigo, os quais serão publicados junto ao resumo. Recomenda-se utilizar a lista de descritores do Medical Subject Headings (MeSH) do Index Medicus. No caso de termos que não se configuram no MeSH, permite-se usá-los como expressões atuais. Consultar a seguinte URL: • http://www.nlm.nih.gov/mesh/meshhome.html Recomenda-se aos autores enviar a tradução do resumo em inglês (abstract), o qual também deve incluir a menção de palavras-chave (keywords). No Ana Carolina da Graça Fagundes Freire entanto, Acta Bioética realizará a tradução dos resumos aos autores que assim desejarem. 3.3 Introdução: expressa o propósito do artigo e resume o fundamento lógico do estudo ou observação. Destaca as referências estritamente pertinentes, sem, no entanto, proceder a uma extensa revisão do tema. Não inclui dados e nem conclusões do trabalho investigado. 3.4 Metodologia: propõe o detalhamento dos métodos, técnicas procedimentos utilizados na organização dos dados e informações. e 3.5 Resultados: apresentá-los em uma sequência lógica no texto, acrescidos de quadros e gráficos, sem repetições. Enfatizar resumidamente os dados mais significativos. 3.6 Discussão: enfatizar os aspectos novos e importantes do estudo e as conclusões derivadas desta investigação. Recomenda-se não repetir detalhadamente dados e outras informações já apresentadas nas seções Introdução e Resultados. Na seção Discussão, justificar o significado dos resultados e suas limitações, mencionando também as implicações nas investigações futuras. Estabelecer o nexo das conclusões com os objetivos do estudo, evitando afirmações gerais e conclusões não plenamente respaldadas pelos dados apresentados. Podem ser mencionadas Recomendações caso se julgue apropriado. 3.7 Agradecimentos: como Apêndice do texto, pode-se mencionar a) colaboradores que mereçam ser reconhecidos, desde que com a anuência do chefe do departamento; b) colaboração técnica recebida; c) apoio financeiro e material; d) as relações financeiras que possam desencadear conflitos de interesse. Expressar agradecimentos somente a pessoas e instituições que de fato contribuiram substancialmente ao trabalho. 3.8 Referências: - as referências devem ser numeradas consecutivamente obedecendo a ordem de menção do texto (Sistema de ordem de menção). Caso uma referência seja citada mais de uma vez, será utilizado o número original citado anteriormente. -se for necessário citar o número das páginas, esta deverá ser incluída em parêntesis com o número de referência. Recomenda-se esta prática ao referenciar transcrições textuais. Por exemplo: A resolução instou aos Governos Membros a «realizarem esforços especiais por meio de contribuições voluntárias para o desenvolvimento da investigação catalítica» (17, p.240). - identificar as referências no texto, tabelas e legendas por meio de numeração arábica, colocada entre parêntesis ao final da frase ou do parágrafo correspondente. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire - as referências citadas somente em quadros ou ilustrações serão numeradas obedecendo a uma sequência de apresentação destes no corpo do texto. - as referências deverão ser mencionadas em ordem numérica ao final do texto. - recomenda-se não citar referências nos resumos. - os artigos aprovados, porém não publicados, deverão ser referenciados como «no prelo» ou «proximamente publicados»; os autores receberão por escrito documento comprobatório de autorização de aceite dos artigos. - os autores poderão conferir as referências cotejando-as com os originais. - considere, também, como exemplo de referência o formato da U. S. National Library of Medicine (NLM), utilizado no Index Medicus. - ao referenciar revistas científicas, cite-as entrando pelo nome completo (não abreviado). (Consultar: U.S. National Library of Medicine. List of journals indexed. Full tittle listing. Index Medicus 1998: 111-190. o URL: http://www.nlm.nih.gov/). Exemplos 3.8.1 Artigos de revistas científicas Autor Individual, artigo que forma parte de uma série Lessa I. Epidemiologia dos acidentes vasculares encefálicos na cidade do Salvador: II, Fatores de risco, complicações e causas de morte. Arquivos Brasileiros de Cardiologia 1985;44(4):225-260. Mais de seis autores Mencione os seis primeiros autores seguidos por «et al» Parkin DM, Clayton D, Black RJ, Masuyer E, Friedl HP, Ivanov E, et al. Childhood leukaemia after Chernobyl: 5 year follow-up. British Journal of Cancer 1996;73:1006-12. Autor corporativo Organização Panamericana da Saúde, Programa Ampliado de Imunização. Estratégias para a certificación da erradicação da transmissão do poliovirus salvaje autóctono nas Américas. Boletín de la Oficina Sanitaria Panamericana 1993:115(4):281-290. 3.8.2 Livros e outras monografías Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Indivíduos como autores Ringsven MK, Bond D. Gerontology and leadership skills for nurses. 2nd. ed. Albany(NY): Delmar Publishers; 1996. Editores ou organizadores como autores Norman IJ, Redfern SJ, (eds). Mental health for elderly people. NewYork: Churchill Livingstone; 1996. Capítulo de livro Phillips SJ, Whistnant JP. Hypertension and stroke. In: Laragh JH, Brenner BM, eds. Hypertension: pathophysiology, diagnosis and manangement. 2nd. ed. New York: Raven Press; 1995. p. 465-78. Referência eletrônica Artigo de revista em formato eletrônico Morse SS. Factors on the emergence of infectious diseases. Emerg Infect Dis [serial online] 1995 Jan-Mar [cited 1996 Jun 5]; 1 (1): [24 screens]. Available from: URL: http://www.cdc.gov/ncidod/EID/eid.htm. Para mais informações e outros exemplos, consultar: International Committee of Medical Journal Editors. Uniform requirements for manuscripts submitted to biomedical journals. Annals of Internal Medicine 1997;126:36-47. URL: http://www.nlm.nih.gov/ (inglês) URL: http://www.infmed.com.ar/REQUISPUB.htm (espanhol) 3.9 Quadros e ilustrações A quantidade de inserção de quadros e ilustrações vincula-se estritamente ao que é essencial para a compreensão do texto. 4. Separatas: deverão ser solicitadas por escrito à Acta Bioethica, depois do recebimento da comunicação oficial de aceite do manuscrito enviado. Ficam asseguradas a cada autor cinco separatas livres de custo. NOTA: Para a elaboração do presente documento, o Departamento de Publicações e Difusão do Programa Regional de Bioética - OPS/OMS consultou as seguintes fontes bibliográficas: Organização Panamericana da Saúde. Manual de estilo OPS. Washington, DC:OPS;1995 (Documento PAHO/WHO STAND/ 95.1). International Committee of Medical Journal Editors. Uniform requirements submitted to biomedical journals. Annals of Internal Medicine 1997; 126: 36-47. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Day R. Cómo escribir y publicar trabajos científicos. Washington, DC: Organización Panamericana de la Salud; 1990. (Publicación Científica 526). Sociedad Médica de Santiago. Revista Médica de Chile 1998; 126: 875-887. National Library of Medicine. List of journals indexed. Full title listing. Index Medicus 1998: 111-190. E a seguinte URL: http://www.nlm.nih.gov%20/ http://www.infmed.com.ar/REQUISPUB.htm Termo de responsabilidade de autoria Nota: O manuscrito deverá ser enviado pelo autor responsável após organização do mesmo em conformidade com as norma editoriais da revista e conter anexo termo de responsabilidade de autoria. Termo de responsabilidade de autoria Este trabalho (ou parte deste) é inédito e não será enviado a outras revistas até que se receba a decisão dos editores de Acta Bioethica. O artigo não excede 6000 palavras, incluindo quadros e ilustrações. Inclui resumo com até 250 palavras, em espanhol e em inglês. As citações bibliográficas se apresentam em conformidade com as normas internacionais exigidas pela revista. (Vancouver). O manuscrito foi organizado de acordo com as «Instruções aos Autores». São mencionados endereços para correspondência, números telefônicos e de fax, bem como endereço eletrônico do autor responsável pela comunicação direta com a editoria de Acta Bioethica. ___________________________________________________________________________ Nome completo do autor ___________________________________________________________________________ Endereço para correspondência Telefone______________________________ Fax:__________________________________ E-mail:___________________________________________________________ Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Anexo - E Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Faculdade de Odontologia Campus de Araçatuba-UNESP PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA PREVENTIVA E SOCIAL TERMO DE CONSETIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO - TCLE “Avaliação do conhecimento, formação e capacitação do TSB e ASB no desenvolvimento de suas atividades no serviço público de saúde” Prezado(a) Participante, Eu, Profª Cléa Adas Saliba Garbin, Professora do Departamento de Odontologia Infantil e Social da Faculdade de Odontologia de Araçatuba estou coordenando um estudo sobre o conhecimento, a formação e a capacitação dos Técnicos de Saúde Bucal e Auxiliares de Saúde Bucal, que realizam suas atividades no serviço público de saúde.O presente estudo terá como objetivo avaliar o conhecimento dos Técnicos em Saúde Bucal (TSB) e Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) em relação à realização de suas funções regulamentadas pela Lei Federal nº 11.889, de 24/12/2008, sua formação e se receberam capacitação no sistema público de saúde dos Municípios do noroeste paulista. A pesquisa consiste que você responda ao questionário que recebeu junto a este documento. O estudo não apresenta risco aos seus participantes. Os dados individuais não serão divulgados em nenhuma hipótese, mas os resultados da pesquisa ajudarão muito na melhoria da educação e gestão pública de nosso país. Esclarecemos que a sua participação é decorrente de sua livre decisão após receber todas as informações que julgar necessária. Você não será prejudicado(a) de qualquer forma caso sua vontade seja de não colaborar. Para qualquer esclarecimento, estou à disposição. Tel: (018) 3636-3249/ 3636-3250 [email protected] ou [email protected] Atenciosamente, Coordenação do Projeto CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO Declaro que, após ter sido convenientemente esclarecido (a) pelo pesquisador, consinto em participar, na qualidade de respondente ____________,______ de _______________ de 2010. (local) (data) ____________________________________ Assinatura RG. nº______________ Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Anexo - F Instrumento utilizado para Coleta de Dados Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Faculdade de Odontologia Campus de Araçatuba-UNESP PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA PREVENTIVA E SOCIAL QUESTIONÁRIO DATA:__/___/_____. Município:_______________________ UBS:___________________________________. O presente questionário é parte integrante de um projeto de pesquisa. Os dados obtidos deverão ser divulgados em publicações e reuniões científicas. O sigilo de sua identidade será assegurado. Sua participação neste trabalho, respondendo as questões a seguir, é voluntário. 1- Assinale as alternativas contendo as atividades no qual você, Técnico em Saúde Bucal(TSB) pode exercer: a) participar do treinamento e capacitação de Auxiliar em Saúde Bucal e de agentes multiplicadores das ações de promoção à saúde; b) participar das ações educativas atuando na promoção da saúde e na prevenção das doenças bucais; c) participar na realização de levantamentos e estudos epidemiológicos, exceto na categoria de examinador; d) ensinar técnicas de higiene bucal e realizar a prevenção das doenças bucais por meio da aplicação tópica do flúor, conforme orientação do cirurgião-dentista; e) fazer a remoção do biofilme, de acordo com a indicação técnica definida pelo cirurgião-dentista; f) supervisionar, sob delegação do cirurgião-dentista, o trabalho dos auxiliares de saúde bucal; g) realizar fotografias e tomadas de uso odontológicos exclusivamente em consultórios ou clínicas odontológicas; h) inserir e distribuir no preparo cavitário materiais odontológicos na restauração dentária direta; i) proceder à limpeza e à anti-sepsia do campo operatório, antes e após atos cirúrgicos, inclusive em ambientes hospitalares; j) remover suturas; k) aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos; l) realizar isolamento do campo operatório; m) exercer todas as competências no âmbito hospitalar, bem como instrumentar o cirurgião-dentista em ambientes clínicos e hospitalares. n) compor a equipe de saúde, desenvolver atividades auxiliares em Odontologia e colaborar em pesquisas. o) exercer a atividade de forma autônoma; p) prestar assistência direta ou indireta ao paciente, sem a indispensável supervisão do cirurgião-dentista; q) fazer propaganda de seus serviços. Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 2- Assinale as alternativas contendo as atividades no qual você, Auxiliar em Saúde Bucal(ASB) pode exercer: a) organizar e executar atividades de higiene bucal; b) processar filme radiográfico; c) preparar o paciente para o atendimento; d) auxiliar e instrumentar os profissionais nas intervenções clínicas, inclusive em ambientes hospitalares; e) manipular materiais de uso odontológico; f) selecionar moldeiras; g) preparar modelos em gesso; h) registrar dados e participar da análise das informações relacionadas ao controle administrativo em saúde bucal; i) executar limpeza, assepsia, desinfeção e esterilização do instrumental, equipamentos odontológicos e do ambiente de trabalho; j) realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal; k) aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, transporte, manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos; l) desenvolver ações de promoção da saúde e prevenção de riscos ambientais e sanitários; m) realizar em equipe levantamento de necessidades em saúde bucal; n) adotar medidas de biossegurança visando ao controle de infecção. o) exercer a atividade de forma autônoma; p) prestar assistência, direta ou indiretamente, a paciente, sem a indispensável supervisão do cirurgião-dentista ou do Técnico em Saúde Bucal; q) fazer propaganda de seus serviços. 3- Você tem formação de: ( ) THD ( ) TSB ( )ACD ( )ASB ( )Não sei 4- Foi contratada para exercer a função de: ( ) THD ( ) TSB ( )ACD ( )ASB ( )Não sei 5- No seu curso técnico, você acha que recebeu todas as informações necessárias para sua formação?Sim ( ) Não ( ) 6- Você sente a necessidade de atualização para desenvolvimento de suas atividades? Por quê?Sim( ) Não( )_________________________________________________________ 7- Quando contratado pela Prefeitura recebeu alguma capacitação? Se sim, qual? Sim( ) Não( ) 8- No dia a dia, você auxilia o Cirurgião-Dentista durante os procedimentos que ele executa (atendimento a 4 mãos)? Sim( ) Não( ) 9- Além de auxiliar o Cirurgião-Dentista, realiza algum procedimento? Sim( ) Não( ) Quais?______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 10- Durante a rotina de trabalho, quais os procedimentos da sua prática clínica que são supervisionadas pelo cirurgião-dentista e quais não são? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 11- Recebeu orientação sobre sigilo profissional?Se sim, qual foi essa orientação? ( ) Sim ( ) Não Qual?______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 12O que você entende por Consentimento livre e esclarecido?___________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 13- Recebeu orientação sobre Consentimento livre e esclarecido? Se sim, qual foi essa orientação? ( ) Sim ( ) Não Qual?______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 14- Utilizando seus conhecimentos sobre Consentimento livre e esclarecido responda: Você pode realizar qualquer procedimento no paciente mesmo sem o consentimento dele? Se sim, qual? ( ) Sim ( ) Não Qual?______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 15- O consentimento do paciente deve ser dado verbalmente ou por escrito? Verbal( ) Escrito( ) 16- Qual a idade em que o paciente tem autonomia para autorizar seu próprio tratamento? ( )12 a 15 anos ( )acima de 16 anos ( ) acima de 18 anos ( ) acima de 21 anos 17- Você tem conhecimento sobre “Educação em saúde bucal”? ( ) Sim ( ) Não 18- O que você entende por “Educação em saúde bucal”? ___________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 19- Você utiliza ou já utilizou algum método de “Educação em saúde bucal” durante suas atividades no serviço público de saúde? ( ) Sim ( ) Não 20- Qual desses métodos você já utilizou? ( ) desenhos para colorir ( ) contar histórias ( ) teatro ( ) fantoches ( ) músicas ( ) macro modelos ( ) livros ilustrativos ( ) vídeos ( ) palestras Ana Carolina da Graça Fagundes Freire 21- Você sentiu alguma dificuldade em utilizar esses métodos de “Educação em saúde bucal”? ( ) Sim ( ) Não Por quê?_________________________________________________________________ 22- Com que freqüência você utiliza esses métodos de “Educação em saúde Bucal”? ( ) Sempre ( ) às vezes ( ) nunca 23- Você acha que “Educação em saúde bucal” pode ser utilizada para todas as faixas etárias? ( ) Sim ( ) Não 24- Através de sua experiência, qual a faixa etária em que a “Educação em saúde Bucal” traz mais resultados? ( ) crianças ( ) adolescentes ( )adultos ( ) idosos ( ) gestantes ( ) pacientes especiais Obrigada pela sua contribuição! Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Anexo - G Lei Federal nº 11.889, de 24/12/2008 Ana Carolina da Graça Fagundes Freire Senado Federal Subsecretaria de Informações LEI Nº 11.889, DE 24 DE DEZEMBRO DE 2008. Regulamenta o exercício das profissões de Técnico em Saúde Bucal - TSB e de Auxiliar em Saúde Bucal -ASB. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o (VETADO) Art. 2o (VETADO) Art. 3o O Técnico em Saúde Bucal e o Auxiliar em Saúde Bucal estão obrigados a se registrar no Conselho Federal de Odontologia e a se inscrever no Conselho Regional de Odontologia em cuja jurisdição exerçam suas atividades. § 1o (VETADO) § 2o (VETADO) § 3o (VETADO) § 4o (VETADO) § 5o Os valores das anuidades devidas aos Conselhos Regionais pelo Técnico em Saúde Bucal e pelo Auxiliar em Saúde Bucal e das taxas correspondentes aos serviços e atos indispensáveis ao exercício das profissões não podem ultrapassar, respectivamente, 1/4 (um quarto) e 1/10 (um décimo) daqueles cobrados ao cirurgião-dentista. Art. 4o (VETADO) Parágrafo único. A supervisão direta será obrigatória em todas as atividades clínicas, podendo as atividades extraclínicas ter supervisão indireta. Art. 5o Competem ao Técnico em Saúde Bucal, sempre sob a supervisão do cirurgião-dentista, as seguintes atividades, além das estabelecidas para os auxiliares em saúde bucal: Ana Carolina da Graça Fagundes Freire I - participar do treinamento e capacitação de Auxiliar em Saúde Bucal e de agentes multiplicadores das ações de promoção à saúde; II - participar das ações educativas atuando na promoção da saúde e na prevenção das doenças bucais; III - participar na realização de levantamentos e estudos epidemiológicos, exceto na categoria de examinador; IV - ensinar técnicas de higiene bucal e realizar a prevenção das doenças bucais por meio da aplicação tópica do flúor, conforme orientação do cirurgião-dentista; V - fazer a remoção do biofilme, de acordo com a indicação técnica definida pelo cirurgião-dentista; VI - supervisionar, sob delegação do cirurgião-dentista, o trabalho dos auxiliares de saúde bucal; VII - realizar fotografias e tomadas de uso odontológicos exclusivamente em consultórios ou clínicas odontológicas; VIII - inserir e distribuir no preparo cavitário materiais odontológicos na restauração dentária direta, vedado o uso de materiais e instrumentos não indicados pelo cirurgião-dentista; IX - proceder à limpeza e à anti-sepsia do campo operatório, antes e após atos cirúrgicos, inclusive em ambientes hospitalares; X - remover suturas; XI - aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos; XII - realizar isolamento do campo operatório; XIII - exercer todas as competências no âmbito hospitalar, bem como instrumentar o cirurgião-dentista em ambientes clínicos e hospitalares. § 1o Dada a sua formação, o Técnico em Saúde Bucal é credenciado a compor a equipe de saúde, desenvolver atividades auxiliares em Odontologia e colaborar em pesquisas. § 2o (VETADO) Art. 6o É vedado ao Técnico em Saúde Bucal: I - exercer a atividade de forma autônoma; Ana Carolina da Graça Fagundes Freire II - prestar assistência direta ou indireta ao paciente, sem a indispensável supervisão do cirurgião-dentista; III - realizar, na cavidade bucal do paciente, procedimentos não discriminados no art. 5o desta Lei; e IV - fazer propaganda de seus serviços, exceto em revistas, jornais e folhetos especializados da área odontológica. Art. 7o (VETADO) Art. 8o (VETADO) Parágrafo único. A supervisão direta se dará em todas as atividades clínicas, podendo as atividades extraclínicas ter supervisão indireta. Art. 9o Compete ao Auxiliar em Saúde Bucal, sempre sob a supervisão do cirurgião-dentista ou do Técnico em Saúde Bucal: I - organizar e executar atividades de higiene bucal; II - processar filme radiográfico; III - preparar o paciente para o atendimento; IV - auxiliar e instrumentar os profissionais nas intervenções clínicas, inclusive em ambientes hospitalares; V - manipular materiais de uso odontológico; VI - selecionar moldeiras; VII - preparar modelos em gesso; VIII - registrar dados e participar da análise das informações relacionadas ao controle administrativo em saúde bucal; IX - executar limpeza, assepsia, desinfeção e esterilização do instrumental, equipamentos odontológicos e do ambiente de trabalho; X - realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal; XI - aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, transporte, manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos; XII - desenvolver ações de promoção da saúde e prevenção de riscos ambientais e sanitários; XIII - realizar em equipe levantamento de necessidades em saúde bucal; e XIV - adotar medidas de biossegurança visando ao controle de infecção. Art. 10. É vedado ao Auxiliar em Saúde Bucal: I - exercer a atividade de forma autônoma; Ana Carolina da Graça Fagundes Freire II - prestar assistência, direta ou indiretamente, a paciente, sem a indispensável supervisão do cirurgião-dentista ou do Técnico em Saúde Bucal; III - realizar, na cavidade bucal do paciente, procedimentos não discriminados no art. 9o desta Lei; e IV - fazer propaganda de seus serviços, mesmo em revistas, jornais ou folhetos especializados da área odontológica. Art. 11. O cirurgião-dentista que, tendo Técnico em Saúde Bucal ou Auxiliar em Saúde Bucal sob sua supervisão e responsabilidade, permitir que esses, sob qualquer forma, extrapolem suas funções específicas responderá perante os Conselhos Regionais de Odontologia, conforme a legislação em vigor. Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 24 de dezembro de 2008; 187º da Independência e 120º da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Carlos Lupi José Gomes Temporão Ana Carolina da Graça Fagundes Freire